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28/03/2018 O que é apropriação cultural?

— Capitolina

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28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

11 de fevereiro de 2015 | Ano 1 (http://www.revistacapitolina.com.br/anos/ano-1/), Edição #11


(http://www.revistacapitolina.com.br/edicoes/edicao-11/) | Texto: Stephanie Ribeiro
(http://www.revistacapitolina.com.br/author/stephanieribeiro/) | Ilustração: Bia Quadros
(http://www.revistacapitolina.com.br/author/biaquadros)

O QUE É APROPRIAÇÃO
CULTURAL?

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28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

Esse vem sendo um dos assuntos mais polêmicos ultimamente, muitos acusam, outros muitos se sentem no direito
de usar e abusar de símbolos, mas no fundo a maioria não entende do que se trata, por isso nessa matéria da
Capitolina vou tirar algumas dúvidas:

Usar turbantes e dreads são apropriações? Se a pessoa não é negra, mas a


família/religião/cultura/costumes é, ainda é apropriação usar turbantes ou fazer dreads?

http://www.revistacapitolina.com.br/o-que-e-apropriacao-cultural/ 3/20
28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

Usar turbantes ou dreads é apropriação cultural. No caso, o turbante é um ornamento de símbolo religioso em
várias culturas, inclusive na afro. Ele evidenciava a ligação dos negros escravizados com seus costumes originais e
representava a resistência. No caso do dread, ele é característico em indianos, africanos e outras culturas não-
ocidentais e, quando reproduzido, as pessoas se apropriam de um item que faz parte da “beleza natural” de
determinado povo, mas que também está ligado às tradições.

O caso é que ninguém é realmente proibido de nada, mas vivemos num mundo onde há séculos uma cultura é
dominante e imposta, o modelo a ser seguido é o europeu, consequentemente, o padrão estético é o ocidental e
branco. Quando se nota o interesse nos casos citados, esses símbolos sofrem um processo de embranquecimento,
elitização e exclusão dos costumes. O turbante que sua empregada fazia não era interessante até aquela
amarração sair numa revista. O pior lado disso tudo é que a exclusão vem quando a tradição se torna um bem de
consumo caro e de acesso restrito, ou seja, vira “modinha”. É totalmente diferente ser branco – ou passar como
branco – e usar um turbante/dread, e ser negro usando as mesmas coisas; os olhares são outros, exatamente
porque quando usado pelo protagonista daquela tradição, o símbolo ganha outro significado, ele é político, de
resistência e empoderamento.

Em relação a religiões de matrizes africanas: todas as pessoas podem participar com respeito e, inclusive, se for
necessário o uso de turbantes, isso pode ser feito, até porque o respeito àquele espaço (terreiro) deve vir em
primeiro lugar. No fim, o argumento “eu tenho um parente negro” é sempre usado quando apontamos racismo e
apropriação. Como eu disse, todo mundo pode usar, mas vale o bom senso de perceber que está participando de
um sistema que legitima o racismo. Se a pessoa se sentir pertencente à cultura por conta dos laços de parentesco,
não tem por que não, mas é muito fácil se dizer negro quando lhe é conveniente.

Apropriação cultural não faz parte da globalização?

http://www.revistacapitolina.com.br/o-que-e-apropriacao-cultural/ 4/20
28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

O sistema global hoje só existe e se sustenta porque fazemos parte de um mundo em que exclusão, segregação,
racismo e elitismo são características mantidas e propagadas. Não se pode ver a apropriação de culturas
marginalizadas com bons olhos, porque quem marginaliza é o mesmo que se apropria, é algo muito mais amplo
que mera globalização, é um processo para manutenção das mazelas. Ao mesmo tempo em que se impõe o
padrão de beleza branca-de-cabelos-lisos e se propaga a ideia de que o uso de turbante por negras é coisa de
“macumbeira”, o símbolo vira tendência da noite para o dia. Mas tendência para quem? As capas de revistas com
mulheres usando turbantes mostram a mesma musa idealizada de sempre; visualmente, já se exclui a
protagonista. Isso não é globalização, é um processo onde agora a moda é negra, mas o negro não está na moda,
porque ser negro continua sendo ruim. Agora, ele não “pode” mais ser o agente principal da sua própria cultura.

Como falar de apropriação cultural se cultura, apesar de ser própria de um povo, não é propriedade do mesmo? Se
cultura é algo que abrange tantas questões, se tornando um “apanhado de hábitos”, como dizer (e fazer entender)
que não é positivo incorporar uma cultura a outra – especialmente em um mundo globalizado?

A cultura é a marca de um povo, não vivemos sem cultura, e determinados povos mantém a sua mesmo que ela
tenha sido intensamente perseguida, por isso a necessidade de reafirmar o protagonismo ganha peso. Sobre ser
abrangente, e consequentemente de todos, as religiões de matrizes africanas existem há séculos e ainda são
vistas de forma pejorativa, porém vem sendo crescente a ideia de que é “cult” ir na umbanda. Até anos atrás era
coisa de “macumbeiros” (e continua sendo se você é negro), então quando isso virou hábito e tornou-se de todos?

O samba enquanto ritmo hoje é reverenciado e todos enchem a boca para dizer que é um marco nacional. Primeiro
que ele é um ritmo negro, segundo que ele é intrinsicamente ligado com todas as músicas negras feitas para
denunciar as mazelas sociais que o nosso povo sofria, e ainda sofre, as tristezas causadas, seja pela escravidão, a
fome, a exclusão social ou a miséria. Quando ele surgiu não só foi visto como coisa de “malandro”, como
perseguido e reprimido, inclusive pela polícia. E agora ele é de todos? Quando se tornou de todos? Ou melhor,
quando ele virou interessante?

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28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

Certo e natural seria nenhuma cultura ser imposta e nenhuma outra perseguida, a ponto de ser preciso
reafirmação.

Se eu fizer um feijão sem carne e chamar de feijoada vegetariana? É apropriação?

Não interpreto como apropriação, só me incomoda o nome. A feijoada nacional é a feita dos restos de carne e
feijão pelos escravos, e compartilhada entre eles, então tirar a carne me soa “gourmetizar” esse prato, mesmo que
eu entenda as questões por trás do ato de não comer carne.

Existe apropriação musical? Iggy Azzalea é um exemplo?

Para ambas as perguntas a resposta é sim, tanto Iggy, quanto Elvis, são casos de apropriação no campo musical.
No Brasil é comum também, acontece geralmente com ritmos negros, como samba, rock, funk, rap, etc., que são
tratados como ruins, coisa de “bandido”, são perseguidos, seja com repressão violenta, ou com as opiniões que
demonizam, e por fim quando se percebe o potencial por trás destes, são “lançados” no mercado, contudo com
cantores brancos. E esses são tidos como os “melhores” mesmo que o ritmo tenha uma outra origem e outros
cantores que, além de entender mais sobre o assunto (isso é fato), trazem em suas letras questões mais
importantes como aquelas que expõem a pobreza ou violência a que o nosso povo está sujeito, mas esses são ou
esquecidos, ou tem suas músicas roubadas ou regravas pelos “queridos da mídia”. Isso aconteceu no rock com
Elvis e está acontecendo novamente com Iggy no rap, e como sempre tudo é tratado de uma forma, como se
errado fossem os negros que querem reconhecimento pelos seus feitos, no caso culturais. Para mim é a evidência
que o racismo e apropriação de culturas não dominantes, consequentemente a de grupos que são vistos como
“minorias”, estão interligados e se fortalecem.

Como devo lidar então com outras culturas não dominantes?

http://www.revistacapitolina.com.br/o-que-e-apropriacao-cultural/ 6/20
28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

Com respeito. O que inclui só usar se o grupo de permite isso, afinal, num mundo onde pessoas que pertencem às
minorias não possuem voz, se você quer ser justo, tem que escutar o que elas têm a dizer sobre o assunto, ou
seja, se dizemos não a apropriação, é não. Mesmo que haja negros que não se incomodam, ainda será mantido o
processo que citei, por isso há muitos que não aceitam e pedem para que essas ações sejam repensadas.

Tags: apropriação (http://www.revistacapitolina.com.br/tag/apropriacao/), comida


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28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

STEPHANIE RIBEIRO
(HTTP://WWW.REVISTACAPITOLINA.COM.BR/AUTHOR/STEPHA
Colaboradora de Artes

Arquiteta e Urbanista, ativista feminista e escritora. Contribui com textos e artigos para
(http://www.afronta.org/)
diversos meios, além de participar de palestras e eventos. Trabalha em seu livro a ser
lançado pela Cia das Letras em breve.
(http://twitter.com/RibSte)

(https://www.facebook.com/stephanie.ribeiro.93)

Penny Lane
Stephanie, excelente texto. Acho que umas das melhores explicações para apropriação cultural que vi foi de
uma feminista. Ela dizia mais ou menos que apropriação cultural é tomar partes da cultura de outrém,
incentivando o colonialismo e a opressão. Principalmente na moda (ela cita o Halloween), a apropriação
cultural é problemática porque, se na moda determinada tendência é passageira, e o apropriador pode
retomar sua vida como se nada tivesse acontecido, o sujeito apropriado continuará a sofrer discriminação
exatamente por sua cultura explorada. Vem bem de encontro ao que você expõe no seu texto. Ela também a
favor da “apreciação cultural”, ao invés da “apropriação”. Um beijo!

http://www.revistacapitolina.com.br/o-que-e-apropriacao-cultural/ 9/20
28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

Pedro
Apesar de concordar com a ideia de conclusão do texto e os diagnósticos em geral, enquanto negro e
resistente, achei o tom um tanto autoritário. Penso que uma coisa é criticar, com toda razão, a aspiração ao
protagonismo branco em nichos originados e portanto identificados com a nossa cultura (caso do Elvis);
outra coisa é focar na crítica aos costumes cotidianos da feijoada vegetariana, moda do samba, umbanda-
cult, etc. Acredito que reafirmação se faz mais com luta por protagonismo em espaços de poder (incluindo
poder cultural, simbólico), trabalhos de base de (re)valorização da nossa cultura (sempre em transformação)
entre nosso povo, e menos com preocupações autoritárias contra a patricinha loira de dreads.

Pingback: 99 motivos por que nós precisamos do feminismo |


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feminismo/)()

Anne
Tenho uma dúvida a respeito do assunto. Eu sempre achei lindo o uso de alargadores, mas por motivos de
saúde nunca pude alargar minhas orelhas. Lendo o texto pensei muito sobre isso.. usar alargadores seria
apropriação cultural, certo? E pensando na frase “O que inclui só usar se o grupo de permite isso”, eu só
poderia usar alargadores de maneira respeitosa após perguntar a alguns indígenas que também usam? É
uma questão pessoal/subjetiva ou uma questão de indústria/mercado? É desrespeito eu, enquanto não-
indígena, usar alargadores ou é desrespeito eu ,enquanto não indígena, usar isso como forma de lucro? Não
sei me expressar muito bem, talvez esteja confuso o comentário, mas a dúvida é sincera e não uma tentativa
de provocar a autora e/ou diminuir o texto, é só uma tentativa de aprender mais sobre o assunto e não
prejudicar pessoas e culturas..

lilian
Gostaria de saber essa resposta também.

Flavinha
Não espere regras. Você precisa formar seu próprio conceito sobre isso. Pesquise, vá atrás do
assunto e então você encontrará a resposta. Ela deve vir de você, não deve ser imposta.

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28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

http://bandodeum.com.br BandoDeUm – Jogos – Análises


Olha
o turbante é usado no oriente/asia, e ganhou expansão com as guerras e
religião. O turbante não é predominante entre os africanos, e sim usado
entre africanos de certas religiões (muçulmanos, sik, etc), e asiáticos.
ou seja está mais ligado a cultura
religiosa muçulmana, sik, hindu, etc. Aqui no Brasil é moda, e uma
ilusão de que turbante é cultura africana. è sim uma cultura religiosa,
que não se estende a região, mas a fé.

Conheço uma família Sik. Ela usa turbante, não é negra, e mostrei esse post para ela. O filho deles sabe
português, ele nasceu aqui, os pais não bem. E comentei com eles. Assim, tudo bem. Mas turbante só
represente a comunidade negra para apresentações aqui no brasil, porque ele representa no mundo, e
surgiu, e ainda é, uma forma de cultura que surgiu da religião mulçumana/hindu.

Piotr
Faria uma ressalva, ou talvez um adendo… o turbante é comum nos povos de origem semita, o que
inclui muçulmanos e judeus, principalmente judeus sefaraditas, que têm ascendência árabe.

Poliane Paulino ?
O texto é específico sobre apropriação de forma geral. Seja oriental, ou negra, etc etc então inclui se
apropriar de outros turbantes que nao sejam especificamente negros. Por mais que pareça igual os
turbantes sao diferentes.

http://bandodeum.com.br BandoDeUm – Jogos – Análises


O que eu quis dizer, é que turbante é moda. Uma moda da África Negra, que veio inicialmente
dos novos muçulmanos, e com isso é mais relax, mulheres passaram a usar, e como tudo há
sincretismo, também houve por lá. Mas Se o turbante, foi uma moda que foi passada, porque
ele pertenceria a um grupo racial? Ele é de todos. A moda todos se apropriam. E o texto,
colocou como se ele tivesse um dono, que não tem. É como se os chineses brigassem com
quem come macarrão. Eles inventaram, mas todos comem. Ou o alfabeto, pelos árabes, e tudo
mais. Nada é de ninguém. Ainda mais moda. Religião sim, mas se o próprio foi uma moda
passada, não fica correto esse coro de propriedade. Bom eu que acho, mas posso estar errado.

lu
Se um povo não importa qual se utiliza de algo e não é visto pela sociedade julgado e etc,
enquanto digamos a elite utiliza ou algum famoso e ele é tratado como o principal
utilizador disso e virou “moda” depois dele mas ele tem nada a ver com cultura, povo ou
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28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

raça sim. Exemplo o Twerk as artistas negras já o faziam e a população negra também e
a Cyrus fez em uma premiação enquanto condenaram nicki minaj um grande exemplo
pela dança vulgar, ela ficou como o símbolo do twerk mas desde os anos 90 as negras
fazem isso lá tem até competição para o mesmo. Outro exemplo recente os dread a
Cyrus usou para apresentar a premiação e aconteceu o que? Nada. Já a Zendaya que
nem “negra” chega a ser foi humilhada por fotógrafos e pessoas no tapete vermelho do
Óscar por esta usando dreads. Então ai ta a diferença, enquanto algo de uma cultura
como música ou etc é questionado, julgado pelas as verdadeiras pessoas que usufrui
deles e quem é de fora e faz parte da elite branca e é tida como símbolo e
aclamada/aplaudida aí sim apropriação cultural. Tem vários exemplo mas o que de fato
acontece você no mundo artístico como o americano lá a pessoa ver de fato a diferença
dos comentários e etc. Se quiser saber mais procura artigos sobre apropriação cultural –
j.cole, ele que trouxe de algum modo essa questão de volta.

Pingback: Apropriação cultural | Ovelha (http://ovelhamag.com/apropriacao-cultural/)()

Alvaro
Gostaria que indicasse as fontes da sua pesquisa, se possível.

Pingback: Glossário de termos do feminismo - Capitolina (http://www.revistacapitolina.com.br/glossario-de-


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Mariá Vecchi
Ótimo texto. Mas tenho uma dúvida/questionamento: a Iggy deve deixar de cantar rap por ser apropriação?
Acho que música é arte, é uma forma de expressão, o artísta não deve ser o criticado, mas sim o sistema.
Por exemplo, uma revista de adolescente nomeou 10 artistas que as meninas deviam se inspirar. Nenhuna
era negra e a Iggy estava representando a mulher no rap, sendo que existe várias artístas negras no rap.
Então, a revist deve ser criticada, não a artista. Certo?

http://twitter.com/lightsblindme Luana Salotti


O ideal seria a artista falar sobre o assunto, mencionar em toda oportunidade que ela nao é
protagonista dessa cultura, e no caso especifico da Iggy: parar de cantar com o “blaccent” (literalmente
ela SÓ canta desse jeito, esse sotaque é inexistente quando ela fala), mas infelizmente não vejo isso
acontecer, julgando por algumas perolinhas que ela costuma soltar em entrevistas e em algumas
letras também…

analu

http://www.revistacapitolina.com.br/o-que-e-apropriacao-cultural/ 12/20
28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

Oie! Adorei o texo… já venho há um tempo pesquisando sobre apropriação cultural,


principalmente de cabelos. Sou branca e sempre fui uma amadora da cultura negra, desde criança convivi
com crianças e adultos negros que usavam dreads e sempre foi um sonho meu usar também, mas nada que
minha mãe me deixasse fazer… Gostaria de saber se, mesmo eu entendendo e respeitando todo o porquê
de muitos não serem a favor de uma pessoa branca usar dread, ainda assim seria considerado apropriação?
Nesse caso, entraria a questão do grupo permitir o uso? Existe aquilo que muitos brancos, e alguns negros,
usam: “Cabelo é cabelo”, às vezes sou contra e às vezes sou a favor, o que tu achas disso?

Laiane Gomes
Texto foda demais!!!

Iago
Tubante tem origem Africana,hoje em dia que costuma usar são os Indianos negros, que descende de
Etíopes, e povo nativo do Oriente Médio que são negros e alguns Nigerianos. No Brasil, pessoas com
religião afro-Brasileiro que costumava usar,eram chamada de várias coisas. Agora alguns brancos mestiços
tão costumando usar, depois vira febre e os negros? Vão se excluído mais uma vez. Eu acho que tem
representar os negros, foi eles que usava os turbantes desde começa desse País.

HG Erik
Análise bastante interessante e pertinente de Negro Belchior:

“/…/ as leituras pós-modernas fragmentam a realidade social e tomam a análise dos fragmentos em si,
ignorando suas relações essenciais com a totalidade social. A apropriação cultural, tirada do pano de fundo
de defesa dos interesses da classe dominante, não pode ser vista senão como uma ação perversa de
responsabilidade de alguns indivíduos brancos que, por usarem símbolos culturais negros, estariam
enfraquecendo seu conteúdo cultural. Essa análise fragmentária, ao atribuir ao indivíduo o conceito de
apropriação cultural, na verdade esvazia esse conceito de seu conteúdo social real: tira da essência do
racismo a luta de classes e, por isso, essencializa no indivíduo branco a origem do enfraquecimento da
cultura negra. Essa análise ganha credibilidade por fatores muito importantes: empiricamente, são
principalmente os indivíduos brancos que encarnam e reproduzem as estratégias racistas de interesse da
classe dominante, assim como é por indivíduos brancos que essa classe dominante é formada. Mas, para se
compreender o conteúdo concreto da apropriação cultural e do racismo não se pode permanecer no nível
empírico apenas: é necessário que se ultrapasse a aparência dada e se encontre a essência desses
conceitos no todo social, o que as teorias pós-modernas não fazem.

Assim, combate-se uma certa apropriação cultural como se se combatesse um fantasma; o sucesso dessa
luta se revelaria um fracasso: os símbolos negros não se fortaleceriam, e nem estariam menos apropriados
por uma dominação branca se os indivíduos brancos parassem de usá-los. Um branco usar dreads ou
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28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

turbante, praticar capoeira ou participar de religiões de matriz africana – nada disso é, em si, essa
apropriação cultural de que estamos falando. A apropriação cultural perversa, que tira a identidade do povo
negro e enfraquece sua luta, tem sua origem na indústria que vende tais elementos como produtos, esta sim
com o poder de tirar deles sua significação cultural. O uso desses produtos está, no sistema em que
vivemos, submetido a essa indústria e às diversas ideologias ligadas a ela.

Dessa forma, devemos defender as opções individuais de todas as pessoas de se vestirem da forma como
quiserem, e ao mesmo tempo, e algumas vezes inclusive contraditoriamente, combater a indústria que em
todo momento incide e molda à sua maneira tais vontades individuais. Esse combate se dá pela reafirmação
desses elementos culturais como elementos de resistência dos negros contra a dominação que lhes é
imposta. Assim como tanto o racismo quanto a apropriação cultural estão, em sua essência, ligados à
estrutura de classes, não se pode combatê-los sem que se intervenha na luta de classes de forma geral. É
importante que, dentro dessa luta, os trabalhadores brancos se conscientizem do que significam esses
símbolos, de sua história e de sua força organizativa e política para nós, seus companheiros negros, e que
essa consciência trazida pela nossa luta, e não a indústria capitalista, determine a forma como cada
indivíduo se relacionará com tais símbolos”.

http://negrobelchior.cartacapital.com.br/apropriacao-cultural-sob-uma-analise-marxista/
(http://negrobelchior.cartacapital.com.br/apropriacao-cultural-sob-uma-analise-marxista/)

Letícia
Mas, dreads também fazem parte da cultura rastafari, aqueles que acreditam em Haile Selassie, imperador
da Etiópia. Tenho uma amiga branca, que fez dreads à 6 anos e segue rigorosamente a cultura rasta, que
inclusive, apoia o veganismo (ela é). Acho que vale lembrar que ela propaga a cultura, orienta, ensina e
escolheu viver esse estilo de vida contra o sistema. Os rastas não se separam entre brancos e negros, mas,
acreditam que dread não é modismo e sim uma manifestação contra o sistema que vivemos, no cabelo.
Outro ponto a se levantar é, por exemplo, os kimonos que são da cultura oriental. Ele foi criado no Japão no
século IV, porque a corte adotou regras para o vestuário da população. Neste caso, também não seria
apropriação cultural? Ainda me considero muito leiga, fico descolada nesse tema, pois cada um fala uma
versão…

Arnour Sabino
Apropriação cultural é um processo natural quando culturas diferentes entram em contato… Uma
cultura sempre assimila traços da outra. Isso se dá pela interação, pelo convívio. O problema é
quando essa apropriação toma um viés negativo.

http://www.revistacapitolina.com.br/o-que-e-apropriacao-cultural/ 14/20
28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

Ex: Turbante só virou moda quando as brancas passaram a usar. A mulher negre sempre usou e
nunca foi visto com bonito ou legal. E além disso, quando o turbante vai pra capa da revista na branca,
perde todo seu significado original. Passa de símbolo de caracterização da cultura negra para peça de
vestuário.

No caso do Kimono, a apropriação não vem junto de exclusão ao japonês. Kimonos e japoneses são
legais. Japoneses são considerados inteligentes e inovadores!

Nota o desequilíbrio? Quando o negro for tão na moda quanto o turbante e a música a conversa vai
tomar um tom mais brando e menos crítico.

laisa
exatamente concordo ,menos com a parte de, então tirar a carne me soa “gourmetizar” esse prato, mesmo
que eu entenda as questões por trás do ato de não comer carne( sera¿) . eu n entendi bem …..ser
vegetariano n e frescura nem coisa de rico
pra ser gourmet .me soa ofensivo essa parte :c

Gabriel
A feijoada não é o prato de origem negra/africana. É um prato europeu, com origem no norte de Portugal, e
era feita com os mesmos miúdos do porco. A história de que foi criada pelos escravos com os restos que
eram dispensados é lenda.
https://www.petitgastro.com.br/a-historia-da-feijoada-e-sua-origem-de-berco-europeu/
(https://www.petitgastro.com.br/a-historia-da-feijoada-e-sua-origem-de-berco-europeu/)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Feijoada_(Brasil) (https://pt.wikipedia.org/wiki/Feijoada_(Brasil))

Pao
Algumas dúvidas sinceras Stephanie (mesmo! não é briga não rsrs):

Caso uma minoria “se aproprie” de um elemento de outra minoria como acessório puramente “fashion”, seria
apropriação cultural?

Vejo muitos negros nos Estados Unidos particularmente, usando acessórios Indianos. Como proceder?

Também sempre fiquei na dúvida até que ponto é válido dizer o “universo África/ a cultura Africana”, quando
é um continente com tantos países e e etnias complemente diferentes. Não seria o caso de uma pesquisa
mais a fundo, para entender quais são as características exatas de sua origem? Por exemplo, seria muito
conveniente eu me auto denominar LATINA, mas sabemos que é um termo tão amplo que perde qualquer
traço específico e agregador.

http://www.revistacapitolina.com.br/o-que-e-apropriacao-cultural/ 15/20
28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

Entendo ressalvas muito coerentes e importantes que você comentou (principalmente a questão de “se vestir
de outra cultura” como uma fantasia, ou simplesmente se apropriar de uma identidade como Iggy), mas onde
entra a assimilação e entendimento de uma cultura com a outra? Cito aqui o exemplo da Iris Apfel que sugiro
a pesquisa.

Obrigada pelo texto, o diálogo é sempre a melhor escolha

PS: a feijoada não foi feita pelos escravos e tampouco consumida por estes. Este é um mito romantizado
brasileiro.

Andressa
Gostaria de dividir com a autora do post e todas e todos, esta pesquisa, que conta uma, das muitas histórias,
das origens dos turbantes.
Turbantes: Por que seu uso nunca será apropriação cultural.

https://www.facebook.com/andressa.fourquet/media_set?
set=a.1065314793489015.1073741869.100000315134950&type=1
(https://www.facebook.com/andressa.fourquet/media_set?
set=a.1065314793489015.1073741869.100000315134950&type=1)

Andressa
Gostaria de dividir com a autora do post e todas e todos, esta pesquisa, que conta uma, das muitas histórias,
das origens dos turbantes.
Turbantes: Por que seu uso nunca será apropriação cultural.

https://www.facebook.com/andressa.fourquet/media_set?
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(https://www.facebook.com/andressa.fourquet/media_set?
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Nádia Camuça
Todos os músicos que já usuram de música afro estão errados e nunca deveriam ter feitos seus álbuns?
você só escuta música negra de quem é negro? você escuta caetano? vinicius de moraes? e quem não for
negro não pode comer feijoada? Não estou sendo irônica, realmente gostaria de solucionar essas dúvidas

Lyn Lee
Até as imagens de santas são apropriadas pra por rupa do Batman na virgem e do Robin no menino Jesus…
Daniela Mercury se apropriou da capa dos disco de John Lennon… Isso não tem jeito.

Chris
http://www.revistacapitolina.com.br/o-que-e-apropriacao-cultural/ 16/20
28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

Tenho uma duvida sobre apropriação cultural, já procurei em vários lugares e não entendi (se estava no texto
acho que não consegui interpretar desculpa aushauhsauhs) mas tenho vergonha de fazer com medo de
ofender alguém, é mais de uma duvida na verdade, usar/escutar/vestir coisas apenas da nossa cultura e não
querer/não gostar que uma pessoa de outra cultura use também não é um sentimento xenofóbico? Nos
casos em que a vestimenta tem uma simbologia religiosa, na moda varias “tendencias” são inspiradas por
símbolos religiosos como a cruz cristã estampada em camisetas “punk” ou “indie” etc e isso parece não ter
problema porque parece ter uma separação do simbolo como moda e do simbolo como vestimenta (parece,
eu n sei dizer), mas isso me leva a ultima pergunta, o problema da apropriação só acontece de uma cultura
dominate sobre uma oprimida? Eu sei que o texto é longo e q eu n entendo nd mas por isso msm q eu to
procurando saber asauhsuahs e desculpa dnv qualquer coisa 😡

mare
Em minha humilde opnião, vejo que a apropriação cultural existe sim. Mas não faz sentido dizer que a
pessoa não pode usar algo porque ela não pertence a cultura x, ou não é da raça y. Isso é segregação, só
serve para separar as pessoas. Já que negro usando tal coisa é visto como feio, e branco visto como bonito,
isso tem que ser desconstruído na cabeça de quem o vê como feio, e não de quem usa. E também é errado
se você é branco, usa tal coisa, mas critica a cultura de qual a tal coisa pertence. A pessoa que é
preconceituosa que deve ser desconstruída.

Marcelo Dias
Excelente argumentação!

Fulano
O que eu, um brasileiro que não é nem negro, nem branco, nem indígena, de uma pele parda, nascido no
“ocidente”, não na África , nem naÁsia , nem em berço de cultura qualquer com que eu possa me identificar
(que também n passa nem perto do padrão branco ocidental de beleza) devo vestir? ou usar pra me adornar,
sem me apropriar de outras culturas contribuindo com o sistema que perpetua o racismo e o elitismo ?
complicado…anderei nú

Marcelo Dias
Respeitosamente discordo dessa visão… A cultura humana é muito dinâmica, querer se “apoderar” de um
penteado ou uma peça de vestuário, dizer que: “olha, você não pode usar, mas ele não pode” , “só nós
podemos, eles não”; isso é reforçar o racismo, reforçar as diferenças entre as pessoas. Visão negativa e
fragmentadora, levantando barreiras inaceitáveis. Então se um homem usar uma peça de roupa ou bijuteria
“não-masculina” seria “apropriação”? Vamos deixar de divisionismos…

Pingback: Literatura e apropriação cultural | Dos Dias Corridos


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28/03/2018 O que é apropriação cultural? — Capitolina

https://www.facebook.com/susan.godinho.7 Susan Godinho


Bem cheio de opiniões próprias e pouco contexto mundial de outras culturas

Pingback: Ojá | mojubá (https://macumbeirinhas.wordpress.com/2016/05/03/oja/)()

Hulk de Diadema
Na periferia esse papo de apropriação cultural é mato

raquel depieri
Através desse texto eu entendi que eu não tenho que me posicionar em relação a isso, porque a briga não é
minha, não faz parte da minha história e cultura. Não tenho que gostar ou não da imposição, apenas
respeitá-la. Obrigada pelos esclarecimentos! Eu acabei levantando outros questionamentos que talvez vocês
poderiam me ajudar a esclarecer, visto que a tatuagem faz parte de mim pergunto, é apropriação? sempre vi
a capoeira como parte da cultura brasileira, esta é apropriação? Como distinguir?

Lari
Excelente texto! Apenas reforçou a opinião que eu tinha sobre, e a respeito dos muito equívocos que a
sociedade promove dentro desse assunto, que precisa muito ser discutido e mostrado nas mídias e
escolas.Parabéns!

Vinícius Souza
“A igualdade e a justiça não são lutas de uma única comunidade, mas de todos.”
http://www.revistaforum.com.br/2015/10/27/o-homem-branco-naquela-fotografia/
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oi lyz! é a bia quadros, o perfil dela está acima da ilustração

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Oi Livia, não acreditamos que seja. Um abraço!

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