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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - UEPB CENTRO DE

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA

JORNALISMO

MAURÍCIO SILVA BEZERRA


THUANANATANA NAYARA DE SOUZA MARQUES

PRÉ-PROJETO DE TCC: REVISTA CAMINHOS DO SABER

Campina Grande – PB
2018
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Pensar na melhor maneira de idealizar um produto jornalístico não é uma


tarefa fácil, criar um produto impresso no formato de revista é um desafio ainda maior.
A revista é um produto jornalístico peculiar, porque é um meio de comunicação que
consegue ser mais íntimo ao leitor que os outros meios convencionais como rádio,
televisão e internet.

A revista é ótima para copiar (SCALZO, 2011). É da revista que vimos a moda,
as tendências, as receitas, as ideias, as opiniões serem copiadas pelos leitores pelas
próprias empresas. A revista apesar de não ter a cara o leitor e em determinada
situação parecer que é o leitor que tem a cara da revista, tem com ele uma relação de
amor e ódio. Ela é na verdade “um veículo de comunicação, um produto, um negócio,
uma marca, um objeto de serviço, uma mistura de jornalismo e entretenimento”
(SCALZO, 2011 p. 11-12.)

Numa revista o leitor não é apenas receptor da informação, há um certo


preconceito com o consumidor de conteúdo impresso em relação a sua interatividade
com o veículo. Isso porque pensar na interação que o jornalismo televisivo, radiofônico
e o web jornalismo podem proporcionar é mais óbvio. Na televisão e no rádio o
telespectador e o ouvinte podem entrar até mesmo ao vivo e se comunicar, se
indignar-se, elogiar. Na internet o leitor interage com a matéria e ainda discute com
outros leitores os principais temas.

Na revista, como já foi dito anteriormente, a relação é mais estreita. O leitor


trata diretamente com o editor, gostando, criticando, pedindo mais, modificando ao
ponto de uma revista não existir sem a opinião do leitor. A revista passa a ter um estilo,
a pertencer a um grupo e a derivar opiniões. Na perspectiva de Scalzo (2006), “quem
define revista, antes de tudo, e o seu leitor”.

Sobre as peculiaridades do modo de interação entre leitor e revista temos a


seguinte definição:

O serviço de atendimento ao leitor é um espaço de


conversa privilegiado na relação entre o público e sua
revista. É alie que os leitores reclamam quando acham
que a revista errou, dão palpites, oferecem ideias, brigam,
pedem ajuda. Atualmente, a maioria das revistas tem uma
linha telefônica e/ou um e-mail reservado exclusivamente
par atender a seus leitores. Dali saem sugestão de pauta,
sente-se o pulso das seções e das matérias, medem-se
os erros e acertos de cada edição. (SCALZO, 2006 p. 37)
A revista, ou qualquer veículo de comunicação que tenha como função
principal a ato de informar, entreter e prestar serviço deve fazer uma reflexão do que
publicar. Além disso é necessário que façamos uma peneira do que é interessante e
o que obedece aos critérios da objetividade do fazer jornalístico. Para que isso
aconteça observamos sete critérios de objetividade. (PIEDRAHITA, 1993 apud
GRADIM, 2000)

 Proximidade: o que quer dizer que um fato será noticia mediante a


proximidade do acontecimento com a área de influência do jornal.

 Importância: ou seja, quem é importante para ser notícia? Os leitores


se interessariam mais por pessoas que diante dos critérios apresentados para
objetividade fossem mais importantes que as pessoas de rua.

 Polêmica: o que vai gerar mais atração dos leitores, porém é necessário
gerir uma polêmica com muita cautela para que não pareça um insulto

 Estranheza: tudo aquilo que é bizarro, incomum e que de certa forma


surpreende os leitores.

 Emoção: é o recurso dos mais úteis da notícia, dos quais o leitor se sinta
no local ou envolvido por ele, os grandes feitos, as histórias de acessão social,
superação, ou seja, é aquilo que comove e aproxima o leitor da realidade vivida por
ele.

 Repercussões: a notícia também tem prazo de validade, mas no que


diz respeito ao tempo de vida da notícia, repercutir por vários dias, meses também é
um critério de objetividade que merece atenção, principalmente se mesmo na forma
indireta repercutir na vida os leitores.

 Agressividade: o comportamento de um jornalismo agressivo é


fundamental, no sentido de que é necessário lutar pelos asseios da população e não
deverá adotar uma postura servil aos poderes instituídos. O jornalismo precisa
apresentar uma face que remeta a sua independência e a defesa da voz dos seus
leitores.

Após o processo de produção é necessário construir o texto jornalístico de


forma clara e concisa a começar pelo título. Essa é a primeira informação que o leitor
recebe ele "vai viajando de título em título até encontrar algo que lhe prenda
definitivamente a atenção, ou corresponda aos seus interesses quotidianos: aí detém-
se, prosseguindo a leitura da notícia". (GRADIM, 2011 p. 68)

A primeira publicação em revista é datada de 1663, foi editada na Alemanha


e recebeu o nome de Erbauliche Monaths-Unterredungen, seguia o estilo livro e trazia
vários artigos sobre teologia. Podemos dizer também que a Erbauliche Monaths-
Unterredungen é a primeira revista segmentada do mundo por ser voltada para um
público específico.

Seguindo o cronograma da história das revistas tivemos o surgimento da Le


Mercure Galant em 1672 que detinha vários tipos de conteúdo, porém curtos sobre
notícias, anedotas e poesia (SCALZO, 2011). Em 1741 surge nos Estados Unidos a
Américan Magazine e a General Magazine que dominaram o mercado de revista da
época.

No Brasil, as revistas tiveram início em 1812 com As Variedades, que era


basicamente composta por verso e prosa. Assim como na Alemanha e em outros
cantos do mundo eram na verdade livros que continham publicações e artigos
variados. Em 1813 o Rio de Janeiro ganha, O Patriota que era uma revista de elite e
voltada para elite.

A primeira revista a ser segmentada surgiu em 1827, intitulada de O


Propagador dás Ciência Médicas e era um periódico da Academia de Medicina do Rio
de Janeiro. É considerado por Luiz Otávio Ferreira como o primeiro jornal de medicina
do país.

O Brasil também é responsável por algumas revistas que se tornaram


fenômeno de tiragens. O Cruzeiro, criado pelo jornalista Assis Chateaubriand, tinha
suas características voltadas para o jornalista fotográfico e chegou a vender cerca de
700 mil exemplares (SCALZO, 2011)

Lançada em 1968, copiada do modelo norte-americano da Times, a Revista


Veja até 2011 vendia um total de 1,1 milhão de exemplares.

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