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25/03/2018 Módulo IX - Fases do Processo Disciplinar (Rito Sumário)

Introdução
Este rito, não previsto na redação original da Lei nº 8.112, de 11/12/90, foi acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97. O procedimento é
aplicável na apuração de acumulação ilegal de cargos, de abandono de cargo e de inassiduidade habitual, sendo a todas cabível a pena
de demissão. A regra geral é de que se trata de rito com instrução célere, pois visa a apurar casos em que já se tem materialidade pré-constituída.

“Outro aspecto inovador a merecer destaque é o que faz sobressair a importância dos órgãos de pessoal de cada repartição, a quem incumbe o
dever de exercer a fiscalização ininterrupta e tomar as iniciativas tendentes à imediata apuração, mediante prova pré-constituída. É que a natureza
sumária do procedimento de apuração faz pressupor que a instauração do processo se fundamenta nos válidos elementos de prova previamente
coligidos pelo órgão de pessoal acerca da acumulação ilegal de cargos, de modo a ensejar que, em três dias, contados da publicação do ato
constitutivo da comissão apuradora, como exige o § 2º do art. 133, possa ela lavrar o termo de indiciamento. (...)

Vale também, para as hipóteses ora apreciadas (abandono de cargo e inassiduidade habitual), pôr em evidência a importância fiscalizadora dos
órgãos de controle ininterrupto, para ensejar imediata apuração da irregularidade, por meio da comprovação documental preexistente da ausência
do servidor faltoso ao serviço, de forma contínua ou interpolada, conforme o caso.” Francisco Xavier da Silva Guimarães, “Regime Disciplinar do
Servidor Público Civil da União”, pgs. 131 e 133, Editora Forense, 2ª edição, 2006.

Em linhas gerais, o rito sumário possui as seguintes especificidades: os prazos são reduzidos em relação ao rito ordinário e a portaria de instauração
deve explicitar a materialidade do possível ilícito. Como exemplo, no caso de abandono de cargo, a portaria deve trazer a indicação precisa do
período de ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos; no caso de inassiduidade habitual, deve trazer a
indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante o período
de 12 (doze) meses; por fim, no caso de acumulação ilegal de cargos públicos, deverá conter a descrição dos empregos, funções e cargos públicos
ocupados, bem como o órgão de origem.

Assim, as provas a serem produzidas no processo sumário seriam, em tese, meramente documentais.

Destaca-se que, de acordo com o disposto na Lei nº 8.112/90, as fases do processo administrativo disciplinar sob o rito sumário são diferentes do
submetido ao rito ordinário, bem como os prazos para sua conclusão.

Nos termos do art. 133 da citada lei, a fase inicial do processo administrativo disciplinar sob o rito sumário denomina-se instauração e efetiva-se
com a publicação do ato que, além de constituir a comissão, que será composta por dois servidores estáveis, indicará a respectiva autoria e
materialidade do ilícito supostamente praticado.

Após a instauração, inicia-se a fase de instrução sumária do processo, que compreende: a indiciação do acusado, a defesa e o posterior relatório da
comissão. Por fim, o processo é julgado pela autoridade competente, no prazo de 5 dias, contado do recebimento dos respectivos autos,
diferentemente do disposto no rito ordinário, para o qual é estabelecido o prazo de 20 dias.

A fase apuratória da comissão deve ser desenvolvida no prazo total de até 30 dias, podendo ser prorrogado por até 15 dias, de acordo com o § 7º
do art. 133, da Lei nº 8.112/90. Saliente-se que esses prazos não são fatais e que são diferentes tanto do processo administrativo disciplinar sob o
rito ordinário (60 + 60 dias) quanto da sindicância punitiva (até 30 + até 30 dias).

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