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COLÉGIO DOM DIOGO DE SOUSA

Português - 12.ºano

Trabalho realizado por: Ana Sofia de Sousa Rodrigues, nº2 12.º70

1
Índice

A obra (drama ou tragédia e aspetos relativos à estrutura externa)…….………3

Resumo da obra (pontos mais importantes no desenlace da história)…………3

As personagens (funções e características)………………………………………..4

Simbologia……………………………………………………………………………..5

2
A obra

Drama, da autoria de Almeida Garrett, escrito em 1843 e publicado em 1844, é


considerado a obra-prima do teatro romântico e da literatura portuguesa. Está escrito em prosa
e aborda, ao longo de 3 atos, temas relacionados com o romantismo.
A obra apresenta o drama que se abate sobre a família de Manuel de Sousa Coutinho e
D. Madalena de Vilhena. Os receios e pressentimentos de D. Madalena de que a paz e a
felicidade da sua família poderiam estar em risco tornam-se, com o desenrolar da hybris, numa
realidade.

“Com uma ação que se passa entre pai, mãe e filha, um frade, um escudeiro velho e um
peregrino que apenas entra em duas ou três cenas - tudo gente honesta e temente a Deus -
sem um mau para contraste, eu quis ver se era possível excitar fortemente o terror e a
piedade.”
Garrett, Memória ao Conservatório Real

Resumo da obra

O primeiro marido de D. Madalena de Vilhena, D. João de Portugal tinha partido para a


guerra de Alcácer Quibir estando desaparecido há sete anos, quando ela decide casar de novo,
com D. Manuel de  Sousa Coutinho. Deste casamento nasce uma filha, D. Maria, que se
transforma numa jovem pura, curiosa e impetuosa. Com o casal e a filha vive Telmo, fiel aio de D.
João de Portugal, Apesar de viver feliz e amar verdadeiramente D. Manuel Coutinho, D.
Madalena, uma mulher muito supersticiosa, sente-se constantemente atormentada com a
possibilidade do regresso do seu primeiro marido cujo corpo nunca fora encontrado.
  O primeiro ato termina com D. Manuel a incendiar a sua própria casa, como símbolo de
patriotismo, incendiando também um retrato seu (simboliza o inicio da destruição da família),
movendo-se a família para o palácio de D. João de Portugal (apesar dos agouros de D.
Madalena).A existência de um retrato seu ao lado de um outro do rei D. Sebastião, que o povo
acredita que regressará um dia, deixa D. Madalena ainda mais atormentada.
Mais tarde, na obra surge uma nova personagem, o Romeiro que diz ter informações
sobre D. João mas, na verdade, é o próprio D. João que esteve cativo, durante vinte anos, na
Terra Santa. Ao tomar conhecimento de toda a verdade, D. Maria tenta demover os pais dessa
decisão, mas pela sua condição de saúde e pelo desgosto de ser filha ilegítima, morre e os pais
(D. Madalena e D. Manuel) vão para um convento (a religião como consolação), tornando-se D.
Manuel, Frei Luís de Sousa.
3
As personagens

Madalena de Vilhena

É uma heroína romântica que vive marcada por conflitos interiores e pelo passado. Os
sentimentos e a sensibilidade sobrepõe-se à razão e é uma mulher em constante sofrimento. Crê
em agoiros, superstições e dias fatais (a sexta-feira). É sofredora, tem um amor intenso e uma
preocupação constante com a filha Maria, contudo coloca a cima de tudo a sua felicidade e amor
por Manuel  de Sousa, mesmo o amor à pátria.

Manuel de Sousa Coutinho

Herói clássico, nobre fidalgo dominado pela razão, que se orienta por valores universais,
como a honra, a lealdade, a liberdade, é um patriota, forte, corajoso e decidido, bom marido, pai
terno, não sente ciúmes do passado e não crê em agoiros. O incêndio e a decisão violenta de o
concretizar é um traço romântico.
Contudo, esta personagem evolui de uma atitude interior de força e de coragem e
segurança para um comportamento de medo, de dor, sofrimento, insegurança e piedosa mentira
no ato III quando teme pela saúde da filha e pela sua condição social.
No final da obra, mostra-se igualmente decidido como noutros momentos: abandona
tudo refugiando-se no convento.

Maria de Noronha

É a mulher-anjo dos românticos, uma bela menina de 13 anos, embora fraca e frágil, é,
psicologicamente, muito forte.
Nobre, de inteligência precoce, é muito culta, intuitiva e perspicaz. É uma romântica: é
nacionalista, idealista, sonhadora, fantasiosa, patriota, crente em agoiros e no mito sebástico.
É a vitima inocente de toda a situação e acaba por morrer fisicamente, tocada pela
vergonha de se sentir filha ilegítima.

          

4
 D. João de Portugal     
     

Nobre cavaleiro, está ausente fisicamente durante o I e o II atos da peça. Contudo, está
sempre presente na memória e palavras de Telmo, na consciência de Madalena, nas palavras de
Manuel e na intuição de Maria.
É relembrado como patriota, digno, honrado, forte, fiel ao seu rei. O seu fantasma paira
sobre a felicidade daquele lar como uma ameaça trágica, isto é, considera-se a ausência mais
presente da obra.
D. João é uma figura simbólica: representa o Portugal do passado, a época gloriosa dos
descobrimentos; representa também o presente, a pátria morta e sem identidade na mão dos
espanhóis e é a imagem da pátria cativa.

Telmo Pais

É o velho aio, leal e confidente privilegiado de Madalena e de Maria. Fiel, dedicado, é o


elo de ligação entre as duas famílias (os dois maridos de Madalena), é a chama viva do passado
que alimenta os terrores de Madalena, sebastianista que sofre pela sua lealdade.
Telmo vive um profundo drama interior e debate-se com algumas indecisões, como por
exemplo, no final da peça, quando é posto à prova pelo aparecimento do seu antigo senhor,
percebe aquilo que já temia: ama mais Maria do que D. João.
Representa o papel de coro da tragédia grega, com os seus diálogos, os seus agoiros ou
os seus apartes.

Frei Jorge

Irmão de Manuel de Sousa, representa a autoridade de Igreja, amigo da família e


confidente nas horas de angústia, especialmente de D. Madalena. É um uma figura moderadora,
que procura harmonizar o conflito, impõe uma certa racionalidade, tentando manter o equilíbrio
no seio da família.

5
Simbologia em Frei Luís de Sousa

Os elementos simbólicos surgem na obra com o intuito de pressagiar o desenrolar da


ação e a desgraça das personagens, por exemplo, a leitura dos versos de Camões referem-se
ao trágico fim dos amores de D. Inês de Castro que, como D. Madalena, também vivia uma
felicidade aparente quando a desgraça se abateu; o tempo dos principais momentos da acção
sugerem o dia aziago: sexta-feira, fim da tarde e noite (Ato I), sexta-feira, tarde (Ato II), sexta-
feira, alta noite (Ato lll); e à sexta-feira D. Madalena casou-se pela primeira vez; à sexta-feira viu
Manuel pela primeira vez; à sexta-feira dá-se o regresso de D. João de Portugal; à sexta-feira
morreu D. Sebastião, vinte e um anos antes; Maria vive apenas 13 anos. Na crença popular o 13
indica azar. Embora como número ímpar deva apresentar uma conotação positiva, em
numerologia é gerado pelo 1+3=4, um número par, de influências negativas, que representa
limites naturais. Maria vê limitados os seus momentos de vida, entre outros.

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