Devido a sua versatilidade de ligação, o carbono pode produzir amplas
coleções de estruturas carbono-carbono com uma grande variedade de grupos funcionais; esses grupos conferem às biomoléculas as suas propriedades químicas e biológicas.
Um conjunto universal de aproximadamente mil moléculas pequenas é
encontrado em células vivas; a interconversão dessas moléculas nas rotas metabólicas centrais se conservou ao longo da evolução.
Proteínas e ácidos nucleicos são polímeros lineares feitos de
subunidades monoméricas simples; suas sequências contêm as informações que fornecem a cada molécula sua estrutura tridimensional e suas funções biológicas. A configuração molecular pode ser alterada somente mediante quebra de ligações covalentes. Para um átomo de carbono com quatro substituintes diferentes (carbono quiral), os grupos substituintes podem ser arranjados em duas diferentes formas, gerando estereoisômeros com propriedades distintas. Somente um dos estereoisômeros é biologicamente ativo. A conformação molecular é a disposição dos átomos no espaço que pode ser mudada por rotação em torno de ligações simples, sem quebrar ligações covalentes.
Interações entre moléculas biológicas são quase invariavelmente
estereoespecíficas: elas requerem um ajuste próximo entre as estruturas complementares das moléculas interagentes.