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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO


CAMPUS DE BAURU
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

Bruno Müller da Silva


Dalila Toledo Diman
Milena Andréa Cunha

Plano de Aula: Cor

Bauru
2009
Tema: Misturas de Cores

Público alvo: 3º Ano do Ensino Fundamental Ciclo I (8-9 anos)

Objetivo Geral: Participar de atividades práticas artísticas e investigativas


relacionadas às cores primárias e secundárias.

Objetivos Específicos:
• Participar da contação da história “O mistério do arco-íris”.
• Investigar os resultados das misturas das cores primárias com materiais
expressivos diversos.
• Criar o próprio personagem com base nas descobertas das investigações
realizadas.
• Criar, em grupos, histórias com os personagens.
• Explorar as possíveis maneiras de confeccionar os personagens criados sob forma
tridimensional.
• Elaborar grupalmente teatros de fantoches com os personagens criados.
• Apresentar teatro de fantoches em grupos.

Conteúdos:
• Cores primárias
• Cores secundárias
• Criação de texto narrativo (conteúdo interdisciplinar – Português)
• Desenho criativo
• Tridimensionalidade
• Estrutura teatral
• Pesquisa de materiais expressivos secos e úmidos.

Recursos materiais: cartolinas de diversas cores, material de apoio para contação de


história (bonecos, fantoches, livro, etc), guache, tinta acrílica ou para tecido, lápis de cor, giz
de cera, canetas hidrográficas, pincéis, etc.

Duração: 12 aulas, aproximadamente.


Justificativa:

O que pode ser encontrado, com grande freqüência, nas aulas de Arte, são aulas
expositivas, com temática fragmentada e práticas limitadas; com maior ênfase nos clássicos
do passado e seu contexto histórico.
Este projeto busca priorizar a prática investigativa em torno da temática central
proposta, passando por conteúdos interdisciplinares e oportunizando vivências em diversas
situações que envolvem o tema cor.
Segundo Piaget, a criança aprende o conhecimento por meio da prática, assim sendo,
não seria suficiente apresentar as possíveis misturas a serem feitas com as cores primárias sob
a forma de texto. É importante que a criança conheça a cor, a maneje sob a forma de
diferentes materiais expressivos, sobre diferentes suportes, e ainda, posteriormente, aplique
essas misturas em diferentes situações, durante as quais seja necessário que seja criativa,
criando conexões.

Desenvolvimento:

Aula 1: Contação da história “O mistério do arco-íris”, em um primeiro momento.


Ao final da história, levantamento do que os alunos conhecem sobre as cores primárias e
secundárias, por meio de roda de conversa.
Aula 2: Resgate do levantamento do que foi dito pelo grupo de alunos e da história
contada na aula anterior. Atividade investigativa individual ou em grupo, que consiste em
criar imagens e misturar as cores primárias, utilizando materiais diferentes, de maneiras
diferentes, resgatando ainda a história contada no dia anterior. Avaliação coletiva dos
trabalhos feitos.
Aula 3: Criação de, no mínimo, um personagem, a partir das descobertas feitas com
a histórias sobre as cores. Esta atividade será individual, e o aluno deverá desenhar e pintar o
personagem, além de atribuir-lhe características de personalidade.
Aulas 4 e 5: Em grupos de 4 ou 5 integrantes, os alunos deverão unir os
personagens criados em uma única história de temática livre, de modo que as características
definidas previamente por eles sejam preservadas e estejam evidentes na história. Esta
atividade é um desafio, e desde o princípio será orientada pelo professor. Solicitação de
materiais descartáveis diversos para aula seguinte.
Aulas 6 e 7: Aula expositiva sobre objetos tridimensionais e bidimensionais e a
diferença entre eles, com destaque para os fantoches. Confeccionar, em grupos, os
personagens das histórias criadas, sob forma tridimensional.
Aulas 8, 9 e 10: Adaptar a história criada anteriormente para teatro (texto corrido
para diálogo), com o auxílio do professor e ensaios das peças teatrais dos grupos.
Aulas 11 e 12: Apresentação das peças.

HISTÓRIA: O MISTÉRIO DO ARCO-ÍRIS – por Milena Andréa Cunha

Em um certo lugar, não muito longe daqui, em uma dimensão paralela, havia o país
das cores. Era uma terra magnífica, cheia de cavernas brilhantes, vales onde arco-íris
apareciam todos os dias, árvores altas, flores fluorescentes e o ar possuía diferentes cores e
perfumes, dependendo da hora do dia. E as cores, moradoras do país, voavam sempre em
grupos de iguais. Vermelhos com vermelhos, azuis com azuis e amarelos com amarelos. Essas
eram as únicas cores que existiam no país das cores, e ninguém compreendia porque os arco-
íris tinham tantas outras cores, e nem mesmo de onde elas vinham e como ficavam lá,
paradas, uma ao lado das outras, no meio do ar, como se fossem se dissolver ou desaparecer, a
qualquer momento. Este era o grande mistério que os azuis, sérios cientistas locais, tentavam
descobrir. Mas sem resultados.
Em uma família de alegres vermelhos, cor dominante por todo o país, que vivia nos
jardins rubros, entre as Cavernas Frias e os Vales da Ilusão, um pequeno vermelhinho, o
Carmim, filho mais jovem de todos, não se cansava de passear, e correr, e voar por toda a
parte em busca de aventuras. Seu pai, o velho e respeitado Escarlate, sempre lhe dizia:
- Pequeno Carmim, meu filho, cuidado por onde andas e com que se misturas. Sabes
muito bem que é terminantemente contra as regras envolver-se com amarelos ou azuis, são
diferentes de nós e podem acabar com tua pureza, e principalmente com os azuis, são
dominantes e muito mais fortes que nós.
- Mas, papai, quem foi que disse que temos que ser puros? – reclamava Carmim.
- Eu estou dizendo, pequeno. Sempre foi assim, e assim deve continuar sendo.
Obedeça. E muito cuidado com tuas andanças por aí. Passe longe das Cavernas Frias do Sul, e
das Terras Resplandecestes.
- Está bem, papai – respondia tristemente o pequeno Carmim, que sentia-se vibrar
apenas de imaginar-se desvendando os antigos mistérios do arco-íris e explorando as terras
proibidas.
Certa manhã quente e perfumada de primavera, nos jardins rubros, Carmim saiu,
decidido a divertir-se e viver grandes aventuras.
- Cuidado, Carmim, cuidado! Não voe muito longe, menino! – gritou Coral, irmã
mais velha de Carmim, que regava as pequenas flores do jardim enquanto o irmão saia.
Carmim voava em círculos pelas terras permitidas, entediado, não agüentava mais
seguir às regras e ficar nos limites dos jardins rubros do Norte.
- Ai, ai... Cansei. – E encostou-se sobre uma rocha, que delimitava a fronteira entre
suas terras e as Cavernas Frias do Sul. Um arrepio fez toda a sua vermelhidão vibrar.
“Puxa vida, preciso de aventuras! Por que os azuis são tão perigosos? Parecem
legais...” – pensou, observando fascinado, ao longe, manchas azuladas que movimentavam-se
lentamente, deixando um longo rastro de luz prateada.
De repente, viu uma daquelas manchas aproximar-se, aproximar-se, aproximar-se...
Aí, então, ele percebeu. Era uma pequena azul ciano, filha do grande Dr. Ciano, o cientista
mais popular de todo o país. Carmim não a conhecia pessoalmente, mas já vira uma fotografia
em um dos jornais do pai, que dizia o quanto a pequena quebrava as regras e recomendava
que os filhos vermelhos não se aproximassem dela.
“Mas ela é tão... tão... linda, e... azul...” – pensou Carmim, encantado. E ela se
aproximava rodopiando, lentamente, espalhando tua luz.
- Olá, vermelho – disse ela, e Carmim mal podia enxergar seu rosto, tamanha sua luz.
- O-o-lá... – gaguejou. – Quem é você?
- Como assim, quem sou eu, vermelho atrevido? Sou Azulina, filha do Doutor Ciano
– disse, toda cheia de si, resplandecendo ainda mais. E Carmim pensou que pudesse ficar
cego.
- Ah... claro. Sou Carmim, filho do senhor Escarlate.
- Claro.
- Podemos fazer isso? Conversar, assim? – hesitou Carmim, afastando-se um pouco.
- Eu não sei você, mas eu posso fazer tudo o que eu quiser... – respondeu sorrindo.
- Verdade? – e então ela já não parecia tão assustadora, e Carmim podia ver-lhe o
belo rosto azulado.
- Verdade, vermelho tolinho – e sorriu ainda mais. – Vamos passear um pouco?
- Mas eu nunca saí dos Jardins Rubros, Azulina.
- Não? Ah, vamos, por favor. Não seja tão obediente. Como pode nunca ter saído das
terras vermelhas? – e voava ao redor de Carmim, sem parar, como se quisesse enfeitiçá-lo.
- Não sei se devo... E se acontecer algo?
- Vai acontecer! Você vai se divertir, oras. Vamos?
- Tudo bem, você me convenceu. Vamos!
E saíram a voar juntos, alegremente. E foi a primeira vez que um azul e um vermelho
foram vistos juntos, voando tão próximos e felizes. Tiveram um dia magnífico, passaram
pelos vales, cavernas e todo o tipo de jardins que havia no país. E o inevitável aconteceu:
Carmim e Azulina se apaixonaram e viam-se todos os dias, para desespero das duas famílias.
Mas nada podia separá-los, tamanho o amor que surgiu entre eles. E assim, passaram-se
alguns anos.
Um belo dia frio de inverno, com perfume de flores, Carmim aproximou-se do pai
sem jeito, mas decidido e confiante.
- Pai, vou me casar.
- O quê?!! Está maluco, Carmim?
- Não, pai. Estou decidido. Vou me casar. E não há nada que possa me fazer mudar
de idéia. Com a Azulina.
- Azulina? A Ciano? Uma azul? Você enlouqueceu! Só pode ter enlouquecido! Vai
acabar com a honra de nossa família, meu filho.
- Sim pai, com a Azulina.
- E teus filhos? Não se incomoda de ter pequenas aberrações da natureza com esse
casamento? Seus filhos serão o quê? Vermelhos azulados? Por favor, não faça isso.
- Já estou fazendo, meu pai. Desculpe-me.
E ocorreu que na primeira manhã de Outono daquele ano, com frescos ventos a
cantar por entre as árvores, Azulina e Carmim casaram-se, e houve festa entre as borboletas, e
os arco-íris saíram dos vales a dançar ao redor deles, e aquele ficou conhecido como o mais
belo dia dentre todos, no país das cores.
Azulina e Carmim foram viver em um vale próximo ao arco-iris mais belo de todos.
E, um pouco mais tarde, veio a notícia. Foi Azulina quem reuniu as famílias e comunicou:
- Cianos e Escarlates, estou esperando um bebê.
Todos choraram de felicidade, abraçaram-se e ao final, quando o bebê nasceu,
ninguém podia acreditar no que viam:
- É uma nova cor!
As fadas e ninfas vieram conhecer a criança e batizaram-na de: Lilás. Era linda,
suave e refletia o calor alegre de seu pai, assim como a serenidade e frieza de tua mãe.
Com o passar dos anos, tornou-se comum o casamento entre cores diferentes, e
outras diferentes cores surgiram, como o laranja e o verde. Aí, então, todos descobriram: a
união entre diferentes cores... daí vem o arco-íris!
E o país das cores tornou-se o mais belo e colorido lugar de todos os tempos e até
hoje, Carmim e Azulina, são conhecidos como pai e mãe do arco-íris.

REFERÊNCIAS

MARTINS, Mirian Celeste. Projetos em Ação no Ensino de Arte.

PIAGET, J. e GRECO, P. Aprendizagem e conhecimento. São Paulo: Freitas Bastos, 1974.

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