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MSGS" mae a ata Th DOS ALUNOS DO ISI. ereiro-1947 wT Socieoave Inousraut Metavurcica Responsabilidade Limitada (REGISTADO) one SERRALHARIAS, CALDEIRARIA, PERRARIA, Fabricado pelos mais modernos pro- cessos preferido para todos os tra- FUunRDICoOES balhos de responsabilidade. Sacos de papel ou de juta com 50 Kg. eue Barricas de 180 Kg. ESCRITORIO BS Ccik Rua de S. Tiago, 13 COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO LISBOA RUA DO COMERCIO, 56, 3.° Telefone 26572 ms Cimento TEJO bs} FABRICA EM ALHANDRA RRROUUCUGE CUA AR A A instalagéo mais moderna do Pais. Dois fornos rota- tivos em laboracéo.—O “CIMENTO TEJO” marca pelas suas altas resisténcias ¢ regularidade, garantidas pela fiscalizagdo continua de todas as fases do fabrico, exercida por técnicos portugueses especializados. Pedidos a Companhia “CIMENTO TEJO” SEDE EM LISBOA FILIAL NO NORTE WUA DA VITORIA, 88, 2.° AV. DOS ALIADOS, 20, 3.° w PORTO "1 y : errr TECNICA { 7\ REVISTA DE ENGENHARIA . ALUNOS DO INSTITUTO SUPERIOR TECNICO Fovereiro—1947 ayn Rite: AV. ROVISCO PAIS, ST /LISBOA.N,/TEL, 70144 (iss 60) \ pinector i FERNANDO MANZANARES ABECASIS 5 | ADMINISTRADOR §S UMA RIO FERNANDO JACOME DE CASTRO | JOSE TELES SECRETARIO Pose, HENRIQUE ESTACIO histérico - ped: MARQUES © Instituto Superior Seabed ser dee Dr, Alfredo Bensaude » +. 159 REDACTOR JOSE QUINTINS ROGADO Transporte de Nquides. .. . Eng. Luis A. de Almeida Al- yess 165 Resisténcia de terreno arenosos loros - - vent + Dring. Armin Malkowitz » . 383 Prospeceéo mincira © zonas geotecténices na mataloge- NOMERO AVULSO 7650 nese ibérica vets + DiAndeé Sebnetder 19 ASSINATURAS: A fistea © 8 engenharis clvit. . Eing* Manuel Rocha ng ! me Normatizaglo do sinel da po= nine Pero ces téncia reactive |... See letne i om | | | Bibiloiece oe eget wee tyne 3 a3 EDITOR E PROPRIETARIO. ASS, DOS ESTUD. DO 1.1. || COMPOSTO E IMPRESSO é } Tip. JORGE FERNANDES, L.O* } RUA CRUZ DOS POIAIS, 103 | LISBOA eee. Sondages. Eanchoments, Ganslidatins "Proeélés. Rig” Sondagens geolégicas Sociedade Anénima Estudo da resisténcia e permeabilidade com séde em PARIS de terrenos; laboratério geofisico es Consolidagéo e impermeabilizagao de As melhores referéncias terrenos e alvenarias por meio de no pais e no estrangeiro injecgdes de cimento, produtos qui- micos, emulsio betuminosa Shell- perm, etc. Estacas de beton armado, sistema Rédio sem fazer trepidar o solo Rebocos comprimidos por «sement gun» Fundagées em terrenos dificeis por congelagdo artificial, ow baixando nivel da Agua fridtica. Engonheiro delegate para Portugal Walter Weyermann P. do Municipio, 32-2.°—LISBOA Tel, 2 8685 CARROS INDUSTRIAIS MOTORES GRUPOS MARITIMOS OIC ES GERADORES MOTORES INDUSTRIAIS A GASOLINA E GASOLINA / PETROLEO Sé BHP. — R.P.M. : 2, —1800 41-5 — 1200 Ss —18s0 TF —isco Em Armazém para ontrega imediata 1 cilindro REPRESENTANTES EXCLU- SIVOS PARA PORTUGAL H. ahi F. 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No entanto, milhares de grandes e pequenos industriais empregam-nos exclu- sivamente em todos os paises do mundo, Porqué? Porque o custo inicial, relative- mente elevado dos dleos Gar- goyle, representa uma economic real de que o industrial beneficia sob a forma de: 1- Menor custo de forca motriz. 2- Reducéo do desgaste e das despesas de reparacées. 3. - Menor perda de tempo em paragens para limpexo, 4- Menor custo onuol do lubrificacdo. Empregar éleos baratos 6 pou- par alguns escudos para gastar depois alguns contos. SOCONY -VACUUM sees se iia §. soconr-vicuui HILL TECNICA FERNANDO MANZANARES ABECASIS pinector ANO XXII-N° 171 FEVEREIRO 1947 NOTAS HISTORICO-PEDAGOGICAS SOBRE O INSTITUTO SUPERIOR TECNICO ror ALFREDO BENSAUDE Crganidr de msn nat su Dirtor , feaie 19113 1920 (Continvagto) eater PROCESSOS PEDAGOGICOS Desenvolvimento da vontade e do poder de assimilago. Disci Da ripida anélise das principais caracterfstieas do nosso aluno, tal como se apre- senta geralnents i matrfcula no Instituto, conclui-se que, para o aproveitar, é, pelo menos, indispensivel que a escola exerga nele uma influéneia educativa, a fim de Ihe desenvolver duas qualidades essenciais : a persisténcia no trabalho e a faculdade de assimilagio. Estas qualidades adquirem-se simultneamente, pois ¢ evidente que, se o aluno estu- dar com vontade de aprender, assimilaré também o que estuda, se nfo for de todo privado de faculdades. Se nio se realizassem tais objectivos, a acgio da escola limitar-se-ia muitas vezes a diplomar alunos que ufo teriam condigdes para prosperar honestamente na vida e que vitiam, mais tarde ou mais cedo, a transformar-se em parasitas da colectividade, contri- buindo para a sua degradagio moral. (© primeiro passo para evitar tal resultado consiste em eliminary prineipalmente no primeiro ano de estudos, todos os que niio possuem um minimo de vontade, que se admite existir, om estado mais ou menos radimentar, no momento da matricula, ¢ cujo desenvol- vimento se procura depois promover por uma suceasio graduada de trabalhos, cada vex mais complexos e demorados, como sic, por exemplo, os exercfoios de desenho dos dois primeiros anos do Instituto. ‘A faculdade de assimilagdo desenvolve-se igualmente por provas frequentes ém que o aluno tena de aplicar as matérias que Ihe ensinam nas aulas, Antes de se poder aplicar racionalmente o que se aprendeu, & preciso, evidentemente, té-lo assimilado. em resumo, 0 essencial de toda a organizagao do Instituto, destinada a eduear os alunos: 1° Necessidade absoluta de produsir metddicamente muito trabalho material para desenvolyer a voutade; TECNICA 189 2.° Necessidade absoluta de reter o que se aprenden, para o saber aplicar nos traba- Thos préticos que acompanham o estudo em todos os cursos, até & saida da escola, Um outro elemento educativo, que reputo de grande importincia, é a liberdade de frequéneia, como se tem aplieado no Instituto. Nas escolas em que ela foi introduzida nos seus cursos por cursos livres, 0 que nao significa o que se deseja exprimi As aulas de qualquer cadeira ordindria nio podem constituir um curso livre, visto © seu estudo ser obrigatério para o aluno que deseje diplomar-se na especialidade a que a endeira pertence, Curso livre 6 um curso facultativo, que se nfo destina a uma categoria especial de alunos; assim, por exemplo, 0 professor de matemitieas tem regido no Instituto um eurso livre de anilise superior que termina sem nenhuma espécie de exame e se destina a quais- quer estudiosos, mesmo alheios ao Instituto, que, por curiosidade cientifica, ou para seu proveito, desejam tomar conhecimento da matéria, A frequéneia sem fisealizagho, introduzida em varias escolas depois do advento da Reptiblica, tem sido diversamente apreciada, Ao passo que no Instituto é considerada um elemento de progresso, nas Faculdades de Cigneias e de Letras da Universidade de Lisboa, pelo menos, parece predominar a opi- nifo contrdvin, manifestando alguns dos seus professores o desejo de a ver abolida, por a julgarem inadaptével ao nosso pats, Esta grande discordancia resulta do facto de a liberdade de frequéncia ter sido aplicada de modos diversos nos estabelecimentos onde vigora, conduzindo a diversidade da aplicacio a resultados opostos. A liberdade de frequéncia é, como todas as liberdades, excelente apenas quando razolvelmente regulamentada. Para que possa aplicar-se com vantagem numa determinada escola, é naturalmente necessirio contar-se com cla na sua organizagao. Conservando-se, por exemplo, o tradicional exame de fim de ano em cada eadcira, como principal elemento de seleegio, 0 que conduz o aluno a estudar de preferéncia & ‘iltima hora (porque 6 esse 0 meio de conseguir a aprovagio com menor esforco), agra- vam-se as deficiéncias do sistema: o aluno continuard a estudar a tiltima hora e, além disso, abandonaré as aulas onde jé lhe nfio maream faltas, 86 aparecendo na escola para prestar as provas de exame. Citnm-so exames felizes feitos nestas condigdes (até por alunos que nem residiram nas sedes das escolas durante 0 ano lectivo!) como argumento contra a frequéncia livre; na realidade esses exames felizes s6 demonstram que as exigéncias dos examinadores sto pequenfssimas, pois aceitam como provas suficientes, a recitagio de ciéncia livresea aprendida de véspera. Se to pouco bastasse para produzir gente instruida, ficaria até provada a inutili- dade das escolns, que, nesse caso, poderiam ser substitufdas por simples comissdes de exame, A liberdade de frequéneia As aulas tebricas, conforme ¢ regulamentada no Instituto, nfo dispensa de modo algum o alano de as frequentar, Para achar a formula que combina as duas condigdes aparentemente antindmicas: a liberdade de frequéneia com uma grande soma de trabalho escolar, foi necessirio adaptar is nossas condigdes o que hd muitos anos se faz nos paises onde o sistema dé bons resultados, Assim se evitaram os inconvenientes aque, noutrasescolas, conduziu a liberdade de frequencia sem a regulamentagao conveniente. Vejamos pois como ela funciona no Instituto: As bases regulamentares (Didrio do Governo de 14 de Julho de 1911) dispdem que ano haveré registo algum das faltas nas aulas oraiss, Fica assim consignada a liberdade tém sido estes designados TECNICA 160 de 08 to de 0 Ss ew da que tem o aluno de faltar a essns aulas, quando assim o entender, porque a escola quer quo seja ele, quanto possfvel, o juiz dos seus actos, Mas nontro artigo fica estatufde que thaverd anualmente em cada cadeira ordindria, tanto na parte pritica como na parte teb~ ica, trés exames de freqnéncia obrigatérios»; e ainda outro artigo manda que as provas tedricas se efectuem depois das priticas. Nas ondeiras de matemética, por exemplo, a parte pritica consiste na aplicacio a ‘casos concretos dos teoremas expostos nas ligdes orais. O tempo empregado nesses exeroi- cios 6, mais ou menos, seis horas por cada trés horas de ligao oval. O aluno pode, eviden- temente, faltar As trés horas de aula tedrica, mas nao pode deixar de conhecer a matéria que li se ensinou, para aplici-la nos problemas das provas priticas obrigatérins. Pode faltar; mas nio falta, se no quiser perder o ano; nfo falta, porque nisso nao tem vanta- gem alguma, antes pelo contririo, pois & mais fécil e mais ripido tomar eonhecimento da iatéria exposta na aula pelo professor, do que estudd-la pelo livro. 86 quando estas con- digdes se invertem, isto 6, quando o ensino do professor € deficiente, ou este se limita a passar ligdes a dedo, ou a lex um compéndio impresso ou mannserito (sebenta), 6 que 0 hluno dé naturalmente preferéncia ao estudo particular, renunciando mais ou menos com- pletamente & aula, porque assim tem a vantngem de nfo perder o seu tempo. Dum modo geral pode pois dizer-se: 0 aluno quo tem de dar provas prdtieas obri- gatorias nas quais se apliquem as matbrias ensinadas nas aulas te6ri¢as, 6 faltard a estas, quando elas forem mal regidas. Nas cadeiras de aplicagio, a parte pritica consiste na resolugio de problemas téenieos, que exigem quase todos a exeouglo de desenhos e céloulos que representam um trabalho material considerdvel. Como os trabalhos grificos se fazem na escola para excluir 0 auxilio de estranhos, 0 aluno nfo é admitido a exame tedrico parcial on anual sem a sua entrega, compreen- de-se que a liberdade de frequéncia nfo dispense a sua presenga na escola por muito mais tempo além do que Ihe absorvem as aulas te6ricas. Una disposigdo das bases regulamentares determina que os alunos que tenham alean- gado uma certa média nos exames parciais de qualquer eadeira sfio dispensados do respec- tivo exame final e consideram-se aprovados. Hntre os aprovados por médias e os repro- vyados, ficam aqueles alunos cujas notas nfo conferem passagem nem implicam reprovagio 86 estes siio admitidos a exames finais das viirias endeiras. "A. prética mostra que ® esses exames finais de ondeira 86 se apresenta um niimero imitado de alunos, que nfo satisfizeram completamente, no correr do ano, aos exames pareiais, mas que, no entanto, produziram uma soma de trabalho considenvel, sem 0 que Tyo seriam admitidos. Esta disposigio elimina automiticamente os espertos preguigosos, que estudam s6 no fim do ano e constituem o elemento desmoralizndor das escolas. Pela iberdade de frequéncia, combinada com as provas priticas obrigatérias, obtém-se pois os seguintes resultados: 1.° Combate-se a tendéncia tradicional dos alunos para estudar apenas i iltima hora; ‘até og menos conssienciosos se preparum muitas vezes no ano para os exames das diferen- tes cadeiras que frequentam, consistindo essa preparacko em sucessivos trabalhos, quase sempre demorados. 2° Consegue-se, gracas aos muitos exerefcios de aplicagio, que o aluno assimile os assuntos ensinados nas aulas tobricas. Os numerosos trabalhos grificos realizados nesses exercicios so os que antalmente se expdem ao ptiblico na ocasifio da abertura do Tustituto, 3.° Consogue-so ainda climinar automiiticamente aqueles alunos que cumprixiam talven de modo mediocre os sous deveres escolares, se, em vez da vontade de que carecem, tivessem o medo da falta mareada pelo continuo. Esses retiram-se em grande parte, logo no primeiro ano. Como ninguém os forga a estudar, s6 trabalham os enérgicos e cons- cienciosos, tinioos de quem se podem fazer homens titeis. TECNICA 161 : i i No Instituto, como em toda a parte once se aplicn um regime igual ou semelhante, € © primeiro ano 0 que o aluno considera mais dificil de vencer; mas a dificuldade estd, mais na falta do hibito de se governar por si, do que nas exigéncias escolares. Vindo da escola secundéria, habituado a uma estreita fiscalizagio dos seus actos, hesita e desouida-se, porque Ihe falta quem o force a cumprir os seus deveres, Nas escolas superiores alemis, por exemplo, é frequente a perda mais ou menos completa de um ou dois semestres, antes que o aluno adqnira a autonomia necesséria para se dirigir a si préprio; mas o sacrificio 6 bem compensado. Depois, vem o remorso de ter perdido initilmente 0 tempo, remorso que acorda a vontade a quem a tiver; e o aluno entra na fase da auto-edueagio, Exactamente o mesmo se observa no Instituto; no pri- meiro ano o ntimero de baixas 6 muito grande; muitos abandonam os estudos; outros insistem em repeti-lo, no todo ou em parte, e as dificuldades que Ihes pareciam a prinef= pio insuperdveis, vo sendo veneidas A medida que o regime da escola Ihes desenvolve © hébito de empregar um esforgo moderado, mas continuo, para atingirem o fim desejado. Adquirido 0 habito do trabalho regular ¢ sereno, cresce naturalmente 0 interesse do aluno pelos assuntos de que se ocupa, ea carta de curso deixa de ser o seu anseio exclu- sivo: estuda para saber. Desde que o aluno atingin a fase inevitével do interesse pelos trabalhos escolares, desponta mais fitcilmente a natural aspiragio de adquirir qualidades intelectuais e morais, com que possa conquistar dignamente a subsisténcia, O estndo deu- -Ihe o interesse pela sua profissio ¢ desenvolveu-Ihe ambigdes sadias. A experiéneia mostra que, para a grande maioria dos alunos dos cursos espeeiais, principalmente aqueles que frequentaram 0 Instituto desde o primeiro ano, a obrigatorie- dade da frequéncia dos trabalhos priticos seria até dispensivel. Estes pedem hs veres que se Ihes fornegam ainda outros meios de instrugio, além dos que a escola Ihes faculta ; onge, pois, de fugirem ao trabalho, querem que Iho aumentem. Compreende-se que o nosso regime escolar acorde nos melhores alunos certa relu- tincia pelas sitnagdes oficiais, em que a iniciativa pessoal, que o regime hes desenvolve, nko tem grande aplicagio © om que a competéncia nio é devidamente apreciada, porque tanto se paga ao que sabe como ao que nio sabe. ‘Pais situagdes sto principalmente vantajosas para os menos competentes, que, por isso mesmo, as procuram com mais frequéncia, No que respeita & edueagHo da vontade, a experiéncia do Instituto prova mais uma vex que, para dotar a moeidade com o hibito de querer, sio intiteis og sermdes de moral; a maneira de o conseguir, é, em primeiro lugar, acordar a curiosidade ¢ 0 interesse do aluno, que constituem os estimulos mais efieazes de todo 0 ensino; e depois coloci-lo em condigdes tais, que a aquisigio © o desenvolvimento de uma vontade serena e persistente, por meio de trabalhos metédicos ¢ graduados, seja o tinico proceso que conduza aos resul- tados desejados. Paralelamente com a vontade disciplinada, vao aparecendo outras qualidades morais, igualmente preciosas, que vém completar harmdnicamente as intelectuais, mais vulgares ¢, ‘is vezes, superiores, nos nossos rapazes. As més influéneias ambientes, que originaram as suas principais deficiéneias, eonti- nuam a actuar sobre o aluno, neutralizando mais ou menos of efeitos salutares do regime, mesmo durante a frequéneia da escola, que nao o pode isolar completamente. Daf a vanta~ gem de organizar ao menos os horérios de modo que este passe o dia inteiro ocupado, dentro do edificio do Instituto, em trabalhos variados, a fim de o subtrair o mais posstvel 8 tais influéneias. Seria até por isso conveniente que o aluno ali pudesse tomar as suas refeigdes Est fora de todas as possibilidades climinar completamente os efeitos de més influén- cias contra as quais a escola tem de lutar. A ac¢o do Instituto sobre os seus alunos, TECNICA. 162 oe ve Jo uw os. es a durante estes anos mais préximos, n&o poderd ir além da que exeree uma vacina preven tiva, que, se nfo dé sempre a imunidade completa, aumenta pelo menos a resisténcia ao contigio. Depois, no decorrer do tempo, i medida que for ereseendo 0 mimero de ex-aln- nos bem orientados, que vio entrando na vida prittiea, muitos se tornarko propagandistas pelo exemplo, alargando-se entAo a iniluéncia da escola para além dos muros do seu edificio. O regime adoptado no Instituto é susceptivel de ser aplicado com vantagem em todas as escolas superiores. Em parte alguma poderd dar melhores resultados do que no nosso pais, onde a falta de vontade 6 uma doenga moral frequente, que esteriliza muitos homens inteligentes, Muitas, se nfo todas as nossas escolas superiores, tém adoptado mais ou menos com- pletamente a organizagio do Instituto, num ou noutro ponto. Julgamos que Thes seria igualmente vantajosa a nossa orientagio pedagégica, Exercendo uma boa influéneia nos estudantes, o regime da frequéncia livre também acta favorhvelmente sobre os professores e promove a disciplina escolar. Como vimos, as aulas so frequentadas com regularidade, apenas quando o ensino é ministrado com proficiéneia, porque, nesse caso, 0 aluno realiza uma economia de tempo e de esforgo. No enso contrario, recorre ad estudo pelos compéndios ¢ falta mais ou menos completamente As aulas. Basta pois saber-se qual & a afluéneia de alunos a qualquer aula e conhecer a qualidade ¢ quantidade dos trabalhos priticos que a acompanham, para ava- liar se ela funciona normalmente, Hi quem reprove o sistema, por julgar que ele inverte as naturais relagdes de pro- fessor a aluno, arvorando este em juiz do primeiro; mas o aluno, que, com efeito, nto ters competéncia para julgar o professor, decide apenas se Ihe 6 mais ficil tomar conhecimento dos assuntos tratados na sua cadeira pela frequéneia da aula, ou pelo estudo particular; ¢ ninguém melhor do que ele est em condigdes de avaliar qual dos processos Ihe exige menor esforgo, sendo natural qne escolha o mais ficil. Se os alunos abandonam a aula, a situagio do professor pode ser insustentavel; os alunos concluem naturalmente que ele ndo ensina bem. Mas isto mesmo nfo deixariam de descobriz, se o regime escolar fosse de fre~ qnéncia obrigatérin, isto 6, de protecqdo aos maus professores. Forgado a assistir a uma aula onde, segundo a sua experiéncia, o ensino Ihe nao é proveitoso, sdmente para evitar que Ihe marquem faltas, 0 aluno mais ficilmente esquece a natural deferéneia que deve nos seus superiores, do que permitindo-se-lhe que néo assista, O regime de liberdade, quando 0 professor possua as condigdes para bem cumprir a sua missio e, entre estas, avultam 0 conhecimento da sua ciéncia, a simpatia pela moci- dade © a conseiéncia das suas responsabilidades como mestre, ndo 86 contribui para con servar o ensino » um nfvel elevado, como favorece também a disciplina, Os alunos trabalham, porque querem; ¢ 0 papel do professor consiste sobretudo em dirigi-los de modo que os esforgos deles os conduzam ao maior aproveitamento possivel. Em condigdes tais desenvolvem-se normalmente relagdes entre mestres e discipulos, que niio podem existir quando 0 medo do castigo, a mareagiio de falas, 6 um dos maiores esti- mulos para o trabalho, e o professor um ser olimpico que manda castigar periddicamente uns tantos alunos, exereendo o seu mester um ponco como o domador de feras, a quem estas detestam naturalmente ¢ agatanham logo que para tal ge apresenta ocasiio, Os processos compulsérios, que j4 sio maus para criangas de cinco ou seis anos, silo péssimos ¢ deprimentes para homens feitos. No regime de liberdade, a escola ¢ compa~ TECNICA 163 rivel a ima grande familia em que os mais experientes conduzem os inexperientes, basean- do-se a subordinagio voluntiria destes na consideragio que a toda a criatura normal devem merecer o saber ¢ a virtude. $6 para os alunos sem conseiéneia moral é que a forga entra em defesa da disciplina; mas estes sio felizmente raros, O sistema s6 pode ser antipitico aos mestres a quem faltem alguns dos requisitos para o exerefeio das suas fungdes ¢, por isso, tém de valer-se da autoridade que Ihes con- fere a posigdo, para imporem, pelo terror, um simulacro de respeito feito de aversio mas- carada pela hipoorisia, Ora, a existéncia de tais professores, que assim tém de salvaguar- dar a disciplina, além de outros graves imconvenientes, exerce uma acco nociva sobre 0 cardcter da mocidade, conduzindo-a fAeilmente ao servilismo ou A revolta. (Continua) TECNICA 164 wa) TRANSPORTE DE LIQUIDOS PELO ENG» QUIMICO-INDUSTaIAL LUIS A. DE ALMEIDA ALVES Intredugao. A maior parte das reacgdes quimicas efeotun-se em fase Nquida ou em fase ga- sosa; por isto, o transporte de liquidos ede gases tem, para o Engenheiro Quimico, wma importincia excepeional e obriga a ter um conhecimento razoivel da mecinica dos finidos. Este assunto niio tem, todavia, no curso de quimiea do Instituto Superior Téenico um desenvolvimento suficiente, porque se reduz a uma descrigio suméria de canali- zagdes, bombas e ventiladores em Quimica ‘Tecnoldgica ¢ a algumas expressdes de per- das de carga em Metalurgia, Por essa razio, dentro da orientagio ge- ral, definida a propésito do transporte me- cfinieo de s6lidos, vamosescrever umpequeno artigo sobre mecinica dos fluidos, limitan- do-nos, nas aplicngdes, ao enso dos Ifquidos e reservando a mecinica dos gases para outro artigo. Nao 6 nosso propésito eserever qualquer coisa de novo, para quem jé sabe hidréuliea, mas sim, fazer uma exposigio simples(’) ¢ curta que permita introduzir os quimicos na Ieitura de livros sobre meciinica dos liqui- dos, sem grande dificuldade. Por uma ques- tio de uniformidade, conservaremos, sempre que possivel, as notagies do actual curso de hidréulica do I. 8. T., mas nto empregare- tog, em geal, os sets racioeios, porgue preferimos aplicar nogdes matemiticas j& conhecidas que tornam a exposigdo mais ri- pida e menos pesada. Por isso, o esindo que vamos fazer s6 () Entendendo-se por exposisio simples a que aplia, ordenadamente, conhecimentos ja adyuiridos, mesmo que 1s conhesimentos, em si, possam nfo ser simples. Assist Lat. ©. 832 exige uma ceria pritien de Matemétiens Gorais, de Céleulo Diferencial e Integral, de Meciniea Racional e de Fungdes Analitieas, para certos casos, | PARTE GENERALIDADES. MOVIMENTO DE LIQUIDOS POR ACCAO DA GRAVIDADE CAPITULO I Equasses do movimento de um fluido qualquer a) Fluidos compressfveis e incompresstveis Sube-se, da Geometria das Massas, que, considerando um corpo como continuo, a sna densidade » se define pela derivada da massa em ordem ao volume : dm P= Utilisando as designagdes usuais, o valor de» , assim definido, representa uma massa especifica © as suas dimenstes so [ML~]. Considerando um fluido qualquer, o valor de », em cada ponto, é fngio das eoorde- nadas dese ponto, da temperatura e da pressio; pode acontecer, porém, que p seja constanie em relagio A pressio. liste tiltimo caso refere-se aos fiuidos chamados incom- pressiveis (Iiquidos) ¢ 0 easo mais geral corresponde aos fluidos compressiveis (ga- sea). Estudar-se-o, em primeiro Ingar, 08 fluidos compressiveis considerar-se-io os incompressfveis como casos particulares. TECNICA 165 b) Equagéo da continuidade Consideremos um fiuido em movimento, a temperatura constante, e isolemos, no ins- tante t,, uma dada massa que ocupa 0 Vo- Tume v,, sendo a massa espectfica g, (fig. 1). Mo10,b,0) % Po e Fig a No instante t, se nfio houver dispersiio, mesma massa ocupars um volume ¥ e, por- tanto, a massa espeeffiea variaré ¢ tomaré © valor de ». Como a massa se mantém, serd es fe dy, ow [lig saab de =f ff ear ay ae Se, no integral do segundo membro se fizer a mudanga de varidvel x, y, 2 (a, b, €), ficard Uff as ay de =f ffe Tan ad de(9 em que ax ox ds da ob de ab de Serd, portanto, LTT da db de Como esta ignaldade teri de ser verda deira, qualquer que seja v,, a8 fungdes inte- gradas devem ser iguais; logo _ aaa (2) Cileulo Integral = Mudanga do varidveis vos intex sgrais miltiplos. TECNICA 166 que é a primeira expresso da equagio da continuidade que nfo se usa por niio ser cémoda, Para se tornar aplictvel, transfor- ma-se a equagio achada, derivando-a em ordem ao tempo: ae al o= F149 at far c Pela regra de derivagio de determinan- ar tes('). 0 valor de é: 2 (!). 0 valor de $* at _d@yy, 9 9G v ar a(s.y.¥) 0b, 3) 0 @, be) a@,d, a em que ‘ou sejam as componentes da velocidade V de um ponto do fluido de coordenadas (x, ys 2) Pelas propriedades dos. determinantes, conelui-se que (?): d@y2 . 2@bhe : 2 (ys ¥) 26,9) Portanto, al ‘du, dv, aw aly (20g oe 4g oe) aa Gt +s) Ter-se-4, pois ‘dg 1(L4¢divV)—0 Gi eawv) Como 1§0('), a equagdo da continuidade seri, finalmente, dp +4 _divV=0 tte (2) Céleulo diferoneial — Derivaso de determinantes, @ Matematieas Gerais — Determinantes (0) Nao se efeetuaram todas as teausformagGes por so- rein longas © initois. (0) Se I forse nulo, x, y © x nfo oram independenter. Ver Ciéleulo diferencial. da ser ‘or em an- ade unter 0 flnido for incompressivel, a massa é constante e, portanto diy V=0 ©) Equacies indefinidas da Hidrodina- mica'(') Estudemos, agora, as forgas que actuam sobre a massa que se isolon (fig. 2). —— as Koop" Nw Fig. 2 Essas forgas sfio ns que actuam sobre a massa (forgas missiens), as que actuam s0- bre a superficie § ¢ as de atrito. 1) Forgas méssicas Sioa forgas aplicadas ¢ as forgas de inéreia. Representando por F a resultante das forgas aplicadas por unidade de massa e por Ma aceleraglo do ponto M, a forga apli- cada & massa ; dv ¢ a forga de inéreia desta mesma massa sero, respectivamente, I"; dv eM, dy. A resultante das forgas méssi das ao volume v ser4, portanto, 8 apliea- Fe=f@ M9 a 2) Forgas de pressdo Representando, por p, a pressto (forga por unidade de superficie, de dimensdes {LOMT-*), ¢ por dS a Area elementar da superficie S que limita o volume vy, a forga CY Quem nfo estiver muito familiarizado eoin 0 cate culo pode limitae-ve a utilizar 0s resultados achados, de pressiio sobre a superficie dS tem a grati- des pdS e é dirigida segundo a normal interior. Sendo N o vector unitirio da no mal interior, a forga de pressio, total, serd: ftoryas F, 8) Forcas de atrito I—Doefinigéo de viscosidade As forgas de atrito, nos fluidos, sfio devi- das 4 viscosidade a qual di origem a uma resistencia de escorregamento quando duas superficies contiguas se deslocam com ve- locidades diferentes. Essa forga de atrito 6 directamente pro- poreional i sirea das superficies em contacto © A diferenca das grandezas das velocidades e inversamente proporeional & distancia entre as duas superficies (fig. 8). es Sathu fig a3, sondo U = mod V So as superffcies forem infinitamente pré- ximas, ser a yas ary da. © factor de proporeionalidade » deno~ mina-se coeficiente de viseosidade, I — Coeficiente de viseosidade Da expresso anterior, conelui-se que ar, PuMr | ar, [LMT] dy L A unidade ©. unidade € muito grande e, portanto, os va- () Nome derivado de Poiseuile TECNICA 167 lores de y expressos em poises stio muito pequenos ; por isso, as tabelas, em geral, dio 2 em centipoises, embora nas formulas se tenha de aplicar » em poises('). Os valores de p sito determinados com viseosfmetros ¢ dados em tabelas Quando nio houver possibilidade de en- contrar tabelas com os valores de y que se pretendem, ter-se-4 de fazer a sua determi- nagilo, Como os viseosimetros que dio » , directamente, so aparelhos mmito deliea- dos (), usam-se, para os liquidos, aparelhos standard, ji conhecidos da Quimica Geral e Aplicada e que tém os nomes de viscost- metros de Engler, Saybolt ¢ Redwood. ‘As determinagies feitas nestes. viscosi- metros permitem determinar o valor de » , mediante férmulas simples. 1— Viscostmetro de Engler Sendo t o niimero de segundos de eseoa- ‘mento de 200 ce de liqnido, tem-se: 0.1471 — .O & om contipoises o ¢ em t gren) (9) Ew geral, hd sempre vantagom em usar em uni dades C, G. 8, ou seja em [em—I gr seg-t].. No trieo, as dimensBes de p sero [= m2 kg sey] @, portanto, a unidado métrica vale 9,85<10 poises. Em unidades inglesas, exprime-se Lem és, Mom libras eT’ em segundos e 0 valor de y, assim sachado, vale 1488 poises. fntanto, mesmo a6 tabelas inglesas ¢ americanas Ao y om centipoises ou poises, () Por exomplo: «Elements of Chemical Enginceringe, ‘de Tadger and Me Cabo, 2° edigio, pig. 632 ¢ 683 sPhysico-Chemieal Methods», de Joseph Reilly, edi- sii, I volume, pig. 619. ‘Handbook of Chemistry», de Norbert Lange, 5: oli- so, pig. 1588 a 1595, ‘Chemical Engineers'Handbooks, de J, Hl, Perry & W, 8. Caleott, 1 elie, pig. 674 a 684, (A sua deserigho pode ver-se uo livro jé eltado «Physico-Chemieal Methods», pig. 542 a 505, a plein Tt ° ML 0 nome de viteosidade cinematics A sua unidade ©. G, 8. d 0 stake que corresponds a0 (9 A relasto. = [L!T=1) tom poise; a0 centipoise corresponde o eentistoke. TECNICA 161 2— Viseostmetro de Saybolt Sendo t o ntimero de segundos de eseoa- mento de 60 cc de Hquido (designado, na Amériea por 8. U, 8. on seja Saybolt Uni- versal Seconds), £0,926 1 ~ 2% (para t< 100) ( em centi- e SPM poises ep om gr em) £0,220 — 225 (para t>100) (4 em centi- ‘ +N poises ep em gr em) 3 — Viscostmetro de Redwood Sendo t o mimero de segundos de eseoa- mento de 50 ce de liquid (designado, na América por R. 8. 8, isto é Redwood Stan- dard Seconds), 2001 — 2 om contipoises © ¢ em gr ew) (") II — Influéncia da viscosidade na varia gio de volume de um fluido Consideremos, de novo, o volume v da fig. 2 e suponhamos que, ® menos de infini- tGsimos de ordem superior, a superficie 4S Fig. 6 uma ealote esférien eujas normais no con- torno definem uma superficie ednien de vértice no ponto D (fig. 4). () Muitas vores ubilisase a vitcosidade especiion aque & a relagho entre a viseosidado do fuido eonsiderado @ a de outro tomado para unidade. Representando por te 0 covficionte do viscosidade especitien © por gy 0 da wnidade send 4 = 6g «ty oon sna tan- 2on- tien erado 9 por oda Se houver uma varingio de pressio ¢ 0 fluido for compressivel, 0 volume do sélido limitado pela calote esfériea e pela superfi- cie céniea variard também, mantendo-se, constante, no entanto, a abertura da super- ie coniea, Um ponto qualquer M, do It- quido seré obrigado a aproximar-se ou a afastar-se do vértice consoante o volume diminuir on aumentar. Mas, como o sélido se mantém semelhante ao s6lido inicial, 0 movimento do ponto, em relagio ao vértice 6 acompanhado, simultineamente, de uma aproximagio ow afastamento do eixo, ou seja de um escorregamento sobre a ealote dr . Por outro Indo, a velocidade de escorre- gamento 6 tanto maior quanto maior for a distincia da calote dz ao vértice ¢, por- tanto, aparece uma forea de atrito que se opie ao escorregamento. Kissa forga de atrito a origem ao aparecimento da forga P, aplieada em a8, que se opde & varingio de volume e que seré dirigida para fora on para dentro, conforme se irate de uma com- pressiio ou de uma dilatagio. Atendendo 4 isotropia dos fluidos, eada ponto se deslocard radialmente ¢, portanto, © problema reduz-se ao estudo do que se passa numa cunha do sélido de abertura ds (fig. 5). Mas, Py =P sen(as sen(a!) € d6 sio infin Logo Pi ad, visto que itésimos equivalentes('). Py ds Sobre uma superficie dy distancia x do vértice, a forga de atrito, seri, como vimos: Mas, au au da adr Por outro lado, a velocidade das parti- culas proporcional 3 distincia ao vértice e, portanto, w+ au aU ae U ye? ou ainda au dr Portanto Frapad Mas, U “, sendo s 0 arco que limita it Fig. 5 A forga P, ser a soma de todas as forgas dirigidas sobre cada uma das cunhas ea sua componente tangencial P,, hé-de ser igual 2 forga de atrito £, sobre cada cunha (fig. 6)'(!), isto 6 P,.=f, () Nesta figura, supSe-so P, dirigide para dentro; se fosbe para fora, o racigeinio era 0 mesmo. i 6 face da ennha representada na fig. 6, ou seja s—=rdi; como a 6 constante, seri tay a () Caleuto intogral — Tnfinitésimos. ( Cileule integral — Céleulo vectorial TECNICA 169 Como, além disso, acaite rhader.rdi. ds a forga F, seré dr a op (a0 SE ot ro= Mas a velocidade radial & é proporcional A distincia ao vértiee e, portanto a ak at at Finalmente, ak oy ts B= doy (PE A forga de atrito clementar ser av at E Portanto, a forga de atrito total sobre a cunha considerada serd vr dr aF, =2dey (a0 : a i 2 sit (F frm 2dop (a5) tt free mat at a = dep yt Bap * avas = doy (dP R= pF ands, visto que d8 = dy Rt ae, Da igualdade inicial, conclui-se que aR D, at IS appa Convém transformer esta expressio do seguinte modo: ‘0 volume do sélido é dy fl \ vy aR? Hy Reo Greet } dy Re /, \ qt (m+ en) Mas, a menos de infinitésimos de ordem superior, TECNICA 170 MRA, M—=Re t= R (aye Logo ay? (09 Desta expressilo conclui-se que dy dp RECA)? at 2 yo de RS aR at ar wv a& _ i at “ROT By ‘Mas, os volumes variam na raziio inversa das densidades, isto 6 ev =constante; por- tanto ow (cquagio da continuidade) Serd, portanto, y= : pdivV aS Como Py é dirigido segundo a normal, a forga total de atrito seré Fr. =fes as =LG piv V x) as. Esta forga F, tem sempre sentido contré- rio ao de Fy. IV — Infludncia da viseosidade no movi- mento de wm fluido Considerando as trés componentes u, v & w da velocidade V dum ponto M, as com- ponentes da forga de atrito F', que se opse a0 movimento, serao | * as P, orsa Sor ade) a, a tra. ovi- ve om- »poe fi evidente que esta forga de atrito tem # sentido oposto ao das forcas aplicadas. 4) Estabelecimento das equagies do movi- mento Para eserever as equacdes do movimento basta estabelecer a condigio de equilibrio entre as forgas méssicas ¢ todas as restan- tes, Para isso convém reforir todas as for- cas ao volume v, pelos teoremas do Ciileulo Integral. I— Teorema do Gradiante Este teorema permite fazer as seguintes transformagdes: IL— Teorema de (reen Permite transformar as expresses das componentes de F, Pia fate=f f ef a= f waver [eM as=[ paver , Jean pau av F em que An, Av @ Sw representam os lapla- cianos de 1, ve W. Portanto PL=(f, pan dv) 14(f pd dv) J+ + (f,psw de) K IIL —Equagao de equiltbrio A condigio de equilthrio ser fee—wnaref [sm ; pgrad (div V) | av — («fae ae) _ ( fae oD) Je (« if Aw av) K Esta igualdade 6 verdadeira qualquer que _seja o volume de integragio; portanto, as fungdes integrandas devem ser iguais. Considerando as componentes das diferen- tes forgas indicadas, ter-se-4: FaXI¢YI42K Maex"Lty"S40'K Opp y Py OP grad p=2P 14 2Py grad p= OPT 4 AP Ty OP grad (div Vy LOWY) g OGY) 5 Estas equagaes sito as equagies indefini- das do movimento de um fixido qualquer. 5) Casos particulures I~ Hidrostation Neste enso, V=0. Portanto, fica, smente top eps |" o> ay 2 ey oy TECNICA 171 II —Hidvodindmica dos fluidos porfeitos _b) Fluidos incompresstveis Chamam-se fiuidos perfeitos aqueles cuja 1) Caso de forgas conservativas viscosidade ¢ nula, ou seja y—0. Fica, por- Neste caso tanto i ie Xax + Yay + Zde— aU (') a Portanto, op dp=rdU, sendo ¢ constante em relagiio A pressiio, mas fangio de U: p= £(U). Ficard ap=f(u) au HI — Hidrodindmica dos fluidos incom- °™ presstveis reais pa/td) uw=omM+e Serd, As superficies para as quais UT é constante _ . — siio superficies equipotenciais(’) as quais so div V=0 (ver equagio da continuidade). simultineamente superficies de igual densi- Logo dade, atendendo & relago ¢=£(U) e iso- ot _—— 2 ae béricas, devido & relagio p=0 (U) + C. 2) Liquidos homogéneos Para estes ¢ & constante, também, em re- lagho a U e, por isso p=pU+C ow iT P—Ppo=e(U—U,) CAPITULO TL No caso de quidos simplesmente pesa- HIDROSTATICA dos, U=— gz e, portanto | 8) Generalidades P—P= 8-3 i Como eg representa o peso especifico 7, Combinando as equagdes do primeiro caso de dimensdes [ML . LP~?] = [MIL~?T~*}, particular do capitulo anterior, ter-se-4: sor p 2 ty — oth ae 4 ay 4 Rave Se + Voy 2i Pak pga Ben, _ 2 so sendo ha diferenga de nfvel 5 ce a Yaw ny 2 p= Ras + Yay + 2a), O cosiente Pde dimensies (are equagio que, integrada, dé {L representa uma altura que se designa p(y, 2) por altura piezométrica, Da expressiio anterior, que relaciona as 7 ee a dois niveis P A equagiio alturas piezométrica: p(x, y, 2) = Constante, . “ , diferentes, se tiram fAcilmente as segnintes representa uma superficie sobre a qual a pressio & constante (superficie isobiriea ou gy pre nica Racional — "Trabalho, isébara).. a eedinica Raoional — Trabalho. TECNICA 172 mas ante sso. ansi- iso- vre- esa 1a as iveis intes ‘onolusdes, j4 conhecidas, vélidas para qual- quor lfquido simplesmente pesado : L&) As superficies isobdrioas sito planos horizontais. 28) A superficie de separacdo de dois Iiquidos imisciveis de densidades diferentes é uma superficie isobirica, io dos vasos comunicantes. 4.°) Prineipio de Paseal ('). 3) Pressdes sobre superyiicies I— Caso Geral Consideremos um recipiente contendo um Nquido qualquer e caleulemos a forga exer- cida sobre uma certa superficie desse reci- piente (fig. 7), escolhendo os eixos coorde- nados de modo que Oz seja vertical e Ox a forga de presstio total exereida sobre a superficie $ por p, seri, como jé vimos (pas. ? Como se trata de um Hquido simples- mente pesado, p=potyh=pt7% ‘A presso p,, na superficie livre 6 igual A pressiio atmosfériea (!); mas como esta pressio se exerce, também, sobre a fnce ex- terior da superficie 8, a pressio real sobre a superficie seri Pet7e—W= 7% Portanto, Oy estejam no plano horizontal da super- fivie livre. ‘A foroa exercida pelo liquido sobre o ele- mento dS é igual ¢ oposta & que o reeipiente exerce sobre 0 liquido e, portanto, é dirigida segundo a normal exterior, Representando () Para concreticar ax equagéee da hidrostitica 4 acouselidivel resolver alguns problemas. Por exemple, podem utilizer-te 08 problemas n.* 1 a 11 do livro «Pro- ‘hlemas de Meciniea General y Aplicadas, de F. Wittea- bauer, tomo IIL, Para 0 estudo da distribuigZo de pres- sées, podem resolver-se 0s problemas n.* 12 a 40, do rwesing livro Sendo cos 2, cos f, eos 7 as componentes de N, as componentes de p serio fegcns 2a Ps =i fz cos Bas 7 [2 cos 7 a8 t Js () Como se sabe, a pressto atmosférica eorresponte a uma altura piezométrica de 08,760 do mersirio, pars 0 ‘qual = 13,600 kg/™3, Portanto p = 19.600><0,00 kg/m 0.836 ke |". TECNICA 173 Mas dS pode ter qualquer das seguintes expressdes: agai ay 08 7 sendo dx dy, dx dz, dy da as projecgies de 4S, respectivamente, sobre os planos x Oy, xOzey On Eseolhendo para cada uma das compo- nentes de p a expressiio mais conveniente de dS, ter-se-4 Barf feayae povffise lnm ffearar t axy em que Ayz, Axz, Axy representam as pro- Jeccdes da siren S sobre os trés planos coor- denados. E mais itil exprimir os valores de p, e py em fungio das sirens A,, ¢ A,, para o que se utilizardo as expressdes que dito as coor denadas segundo 0 eixo Oz dos centros de gravidade dessas areas. Como se sabe (*), representando esas coordenadas por Z,, ¢ Z,., tem-s6 Por outro lado, ffs, % dx dy representa o volume v da coltina de fquido compreen- dida entre 8 e A,, (’) ¢, portanto, as compo- nentes Pp.) Py © P: tomam as seguintes for mas ustais () Caleale Integral —Intograis de supertieie. (€) Mechnica Racional —Centros de Gravidade, (0) Visto que Vaff/flxily dz =/ TECNICA 174 Pay. Ayes Zee (poso de uma coluna de liquide do baso Ay, @ altura Zy) Pr=7- Aer Lae (peso de uma coluna de liquide de base Az, o altura Zz) par (peso da coluna de liquido compreendida entre Axy & S)(!) Em geral o sistema das forgas elemen- tares (72 N) dS ndo é equivalente a uma forga tinica e, portanto, a resultante p de Px: Py © Py Nao interessa muito porque niio Fig. 8 dii, realmente, o esforgo total exereido sobre a superficie S. Sob 0 ponto de vista pratico, também no hé interesse na determinagio de p, porque o que se pretende, nos proble- mas de aplicngio, 6 conhecer » componente yertieal p,, ot a componente horizontal numa direcgfo dada e esta determina-se por qualquer das expresses p, ou p, desde que se faga coincidir 0 cixo Ox ou 0 eixo Oy, com essa direogito (*). Il— Superficies Planas Neste easo, um dos cixos, por exemplo 0,, pode ser escolhido sobre o plano da {!) Deve notar-se que 0 volame ¥ podo no estar cheio de Higuide, como se vb na figura 8, 2) 6 aconselhivel resolver os problemas not 72 a 86 do livra citado, scenic nen uma p de niio obre tivo, agiio ble vente ontal 2 por que Oy, pplo > da cheio 2a 86 superifcie e, por conveniéneia, considera-se perpendicular ao plano do papel (fig. 9). A equagiio da superficie 6 a de um plano passando pelo cixo O, e, portanto, tga Nestas condigaes, as componentes da for de pressio apresentam algumas simplific Fig. 9 goes, Em primeiro lugar, A,,—0 e, por- tanto py—=0; em segundo lugar, a exprese silo fa dxdy, pode ser transformada de modo a simplificar-se. Com efeito, a coordenada % do centro de gravidade de S é {208 yas Exprimindo a8 em fungio de dx dy, ser «dx dy ae —| as Y AVIS PPE Pasay (, cosy sendo Portanto VIF tga dx dy =s00x dx dy soca J fz dx dy seca ff dxdy ? () Ca@alo Integral — Intogeais do Superticie ou ff nds dy =Z/f asdy Pela mesma razfio, [fady dab fay deb. dy = ZS sone Finalmente, as componentes p, ¢ p, serio Ps 7+ Ayes Lye = 78 sone Pe=7.v=7 ZSeosz © sistema, neste caso, ¢ equivalente a uma forga tiniea que seré p=Vpx' + Py isto é, a forga de pressio total sobre uma superficie plana é ignal ao peso de um cilin- dro de liquide de base $e altura Z, qual- quer que seja o Angulo de inclinagio 2. UL— Centro de Pressiio No caso anterior, em que o sistema ¢ equi- valente a uma forga tinica hé interesse em determinar 0 seu ponto de aplicagio M que se chama centro de pressfio. Este ponto é 0 centro das foreas paralelas elementares dp que actuam sobre a superficie S, Represen- tando as coordenadas desse ponto por j., Jy e jes ter-se-& xp Mas ay é a forga de pressfio sobre a su- ficie dS ©, portanto, ap =e dS As coordenadas do centro de pressio, serdo, pois TECNICA 175 Na pritica, em geral, em ves da coorde- nada j,, utiliza-se jy que & a distincin de M a0 eixo O, ¢ exprimem-se as duias primeiras coordenadas em fungio de 1, atendendo a que 2—=Isen2. Como 7 é constante, nos ca~ 808 correntes, ter-se- PL. sena a8 Leena 8 in 5, af stsonad * Tsena S Ls J PsentzdS __B sont 78 Leas ie sendo L, a distincia de Ga Oy, Bomomento de inéreia da trea S em relagio ao eixo Oy), L0 momento de inérein da fren 8 em relagio a um eixo paralelo a Oy pas- sando por G. No caso particular de superficies planas verticals, 6 evidente que jl = jz, visto qne, neste caso, 7=90°, T %; portanto as coordenadas do centro de pres- silo serfio fy2a8 ‘em que F representa o produto de inéreia Smyne)- () Mecdinica Racional — Momentos de Inéreia © Convim resolver os problemas 41 a TL do Livro citate, CHICA 176 CAPITULO IL HIDRODINAMICA DOS FLUIDOS PERFEITOS a) Generatidades Como se viu, a influéneia da viseosidade no movimento de um fluido traduz-se pelo aparecimento de forgas de atrito da forma ar, as quais serdo tanto menores quanto menor aw for 5, isto 6, quanto menores forem as diferengas de velocidades entre superficies aU contiguas. No caso limite de ser influéneia da viscosidade seré nula e, por- tanto, as equagdes do movimento serfo as ‘mesmas que se obteriam fazendo 2 = 0, isto 6, se 0 fluido fosse perfeito. Por isso, estu- dam-se, em primeiro lugar, os fluidos per- feitos e introduzom-se as correegdes devidas A viscosidade, conforme as condigdes parti- culares de cada movimento. Consideremos, entio, as equagSes obtidas no Capitulo I para os fluidos perfeitos cha- madas equagdes indefinidas. da hidrodina- mica dos fluidos perfeitos (!) Convém transformar estas equagdes ex- . ; du ay dw mindo as derivadas totais, =,“ ,—~ primindo as derivadas totais, 77.009, © fungio das derivadas parciais em ordem a t,x, y, 2@), aupondo que as forgas so ou wu, _ aw ett 2 = a) isto 220 de, top pox dp dy conservativas = efazendo e Obtém- se as seguintes (1) Bstas equaySes sto vulgarmente chamailas equayées de Baler. tu da, oe an ay 2) Por exemple, “= a ou de Mae ot Tos ae oy at du de dup du du oe te RT i ay ae ade velo nor as cies vor= Das isto stu ver- das ti das ha- nae ex: em a oquagdes, chamadns cquagées de Euler: du pou ou po ae ox Foy” oe de — 23) Para aplicar estas equagdes, estudemos, em primeiro Iugar, o que se passa no inte- ior de um fiuido em movimento. Cada particula do fluido descreve uma trajectéria tangente em cada ponto i velo- cidade desse ponto e que se chama linha de corrente(’). As linhas de corrente determi- nam-se, como é evidente, pela integragio do sistema de equagées diferenciais de pr meira ordem dx _ dy de © problema 6 fundamentalmente dife- yente, consoante as linhas de corrente forem curvas fechadas (movimento turbilhonar ou rotacional) on abertas (movimento nio tur- bilhonar ow irrotacional). Como se sabe(*), as linhas de corrente serfio abertas on fechadas, conforme o inte- gral fy udx-+vdy + waz=/i, V]aP , ao longo do contorno fechado L for nulo ou diferente de zero. Por outro lado, sabe-se (*) que AN [aP =fo(rot V[N) dS sendo S uma superficie qualquer que se apoie em L; portanto, este integral de superficie serd nulo on nfo nulo, conforme rot V0, ou rot V% 0. Do estudo da cinemiticn dos sdlidos, sabe-se(") que a velocidade angular é (Por uma questo de analogia, convém relactonar este estudo com 0 estudo do Trabalho, (Cale Integral — Totogeais Curvilineos. (@) Caleuto Integral — Teorema de Stokes. () Meciiea Racional — Cinemstiea dos Sélidos. Qeapl+qi4rK= + rotP! nilogamente, no movimento dos fluidos, define-se um veotor Q quo tem o nome de vector turbilho, cujas componentes sio Pi qe re queémetade da rotaghio da velo- cidade de V: roy O nL + gd 0K: Da expresso de Q se conelui que 0 mo- vimento & rotacional ou irrotacional, con- forme 2 0 on 2=0. Demonstra-se(’) que, se 2 é nulo num dado instante, seri sempre nulo, e que re nio for nulo, em qualquer instante, tam- ém nunea o ser’, 0 que equivale a dizer que a caracteristicn turbilhonar ou nio tur: Dilonar se mantém (). Os movimentos de maior interesse pritico silo os irrotacionais. b) Movimentos irrotacionais Para estes movimentos, rot V: tanto, 0 @, por = grad > (¥) Sendo assim, (ua | ox a ve oy |: (oe (!) As componentes de 0 so A demonsteapio faz-te a partir das oquayies de Cauchy que nfo apresentamos para ndo sobreearrogar 8 exposipto, (2) Patooo que, em face desta aficmacio, todo 9 mo- vimento que parte do repouso fem que ‘—0) serd sem- pre irrotasional, Isso po le nfo ser verdado : Basta que © movimento comece por uma mudanga de estado, lids, 0s tmovimentos dot fluidos reais, nunca so irrotacionais devide A viseosidade. (9 Caleale Integral — Cileulo Vectorial TECNICA W7 Apliquemos estes valores das componen: tes da velocidade is equagies de Euler. A primeira sera Be | ade Oy a9 on ox” oxoydy | dxoz On _ 2U—») As restantes equagies de Euler darao ix 2 &—U +9) Destas trés equagies se conelui que K—U +=constante, ou, substituindo K pelo seu valor, 1 ‘ag\?, fdx\? ‘aN al) * G+ G)]- —U-+o=constante , oF at que & a chamada equagio da energia e é aplicdvel a todos os movimentos irrotacio- nais, ©) Movimentos irrotacionais planos Neste caso, ter-se-4 TECNICA e a equagio da energia seré a A124 (2) et econo A equagio diferencial das linhas de « rente & como sabemos, ax_av w ow vdx —udy=0 Esta forma pfaffiana 6 uma diferencial exacta quando oa, av ox * op ou seja, quando div V0, o que se veri- fica para os Iiquidos e se poderd verificar para os gases no caso particular de ser z= () (ver equagio de continuidade). Neste caso, pode eserever-se, portanto, vdx—udy=dy, ou 4 ox ” ay ay ox Estas igualdades exprimem as condigées, de analiticidade ou monogenciedade da fun- gio de varidivel complex S+ip=fOe+ine) Esta conelusiio mostra a importancia das fangdes analiticas no estudo dos movimen- tos planos, Embora a sua aplicagio pratien se destine especialmente aos problemas da avinglio, far-se-fio, mais adiante, duas apli- cagdes simples. (Beta condipto resteinge, muitissime, o problema do smovimente dos gases; por isto 26 se aplica quando 0 pis ‘std imével ¢ 40 protende extudar 0 movimento de um sélido através dele — problema fandamental da aviasto (Cielo Intogeal ~ Fungdes Analiticas. ante. cor- cial veri- icar ser de). das ven tica sda pli- ado ssto. 4) Movimento permanente de um fuido Chama-se movimento permanente aquele em que a yelocidade de qualquer partfeula do finido & sempre a mesma num mesmo ponto do espago, isto é, a velocidade de qualquer partfoula é s6 funglo de (x, y, 2) @ nfo do tempo e, por isso, as derivadas, em ordem ao tempo, serao nulas. Portanto, a equagio da energia, seré ale) + G+ GF —U +0=constante. Mas, como G+ ter-ae-d (2) + GY -eeeewer, \oy ou, 4 yt + n= eonstante que é a equagio geral do movimento irro- tacional e permanente de qualquer fluido perfeito, A partir deste momento, passaremos a considerar exclusivamente o enso dos liqui- dos. ©) Movimento permanente de um liquido homogéneo Neste caso, ¢ ¢ constante ¢, portanto, a integraglo da equagio 4f — du, dé —U + 2 Sconstante. e £) Movimento permanente de um liquide homogéneo simplesmente pesado 1 —Evpressdo geval Neste easo, Us—g Portanto, A vet ge + 2 —constante, ou 2 e vitz + 2 sconstante, 7 A equagio obtida 6 a equagio de Bernon- ili, que relaciona a velocidade, a cota ea pressio de uma particula liquida, Por analogia com a relagio da hidrost’- tiea, pode eserever-se Pabkyg— "3 path ), ou a+ h0- +ht Et V9 2 7 2—Aplicagdto ao escoamento por orift- cios Considere-se um orificio de érea $ aberto no fundo de um recipiente (fig. 10). 0 candal Q, on seja o volume de liquido que se escoa por segundo 6 0 fluxo do vee- tor V através da superficie S: Q=S(V IN) ad Para determinar V, recorre-se & equagio de Bernoulli, tendo em consideragiio que V.2 deverd ser uma certa fraegio de V", isto 6 Vien Ve: Mas V? é 0 quadrado do médulo de V e por isso sé permite determinar V se se admitir que a velocidade é a mesma em todos os pontos de 8 e sempre perpendi- culara esta superficie. Representando, como anteriormente, médulo de V por U' sera, nestas condigées, Na pritica, em geral, diio-se as seguintes condigdes: 1.) Vz é muito pequeno em relago a V? ©, portanto, n?~0(') 2.) As pressdes p ep, silo aproximada~ mente iguais. Ficard, portanto, U=V%ez, que 0 chamado prinefpio de Torricelli. O caudal, neste caso, sera Q=8.ygr Quanto aos valores praticos de Ue Q, verifica-se 0 seguinte: 1°) O valor de U é ligeiramente inferior a0 valor te6rico; 22) O valor de Q 6 muito inferior ao va~ lor tedrico. Estudemos enda caso separadamente. 8—Valor de U Como se vin, admitiu-se que a velocidade era, em todos os pontos perpendicular a 8, mas, efectivamente, a velocidade em cada ponto & tangente a uma linha de corrente €, como se vé no tragado destas (fig. 10), 0 (!) Se se quisesse caleslar n recorria-se i equayo de continaidade (div V= 0). Pelo teorema de divergéneia, LAVAS) on Up SU Foiiv V avo, portant, /(V LN) dS=0 v's = 0. Logon TECNICA 180 Angulo com a superficie S vai diminuindo do centro para a extremidade, embora, no conjunto, a influéncia no resuliado seja pe- quena, Por isso, para conservar os racioci- nios feitos, afecta-se o valor teérico de um coeficiente C, chamado coeficiente de velo- cidade que oscila, na prétiea, entre 0,96 e 0,99, Portanto, Use v2ge 4—Valor de Q E do conhecimento geral que a seogio final da veia Nquida 8! que é Timitada pelas Tinhas de corrente extremas, é inferior a 8; © coeficiente de proporcionalidade m entre as duas superticies 6 chamado coeficiente de contracgio, Ter-se-4, portanto, S=m.8 Para determinar o valor de m, basta conhecer a equagio das linhas de corrente que limitam a veia liquida. Em geral, nto 6 fécil estabelecer essa equagio, mas no caso que estamos @ considerar, de um orificio aberto no fundo do recipiente, ¢ conside- yando 0 movimento como plano, a aplicagio da teoria das fungdes analitieas, permite resolver 0 problema. ‘A equagiio que se obtém é (!) 4b 8 sent y 2? log une (5 +5) —so04} : sendo 2b a largura final da veia iquida e variando 6 no intervalo (0-3) (ig. 11). Esta eurva passa pela origem dos eixos © &éx>0ey<0. no intervalo (0, —: Para 5=—=, y coe x6 finito, ha- vendo, portanto, uma assintota paralela ao () Como a demonsteapto é longa, apresenté-la-mos em aptndice, nio pelo sou interesse pritico, mas para dar am fexemplo da aplicago das funeSer analiticas i hidrodini- indo a, no a per ioef- 2um velo- 0,96 asta rente 1 no caso ifvcio side- ago “mite idae 11). x05 <0. y ha la a0 Jaram odin’ ixo Oy. A abeissa correspondente a este valor deo & 2b Fig. it Sendo assim, a largura da semi-abertura 6 A experigneia mostra que, mesmo no cso do movimento nfo ser plano, m tem sensi- velmente o valor achado e, na pratica, toma-se, sempre, m= 0,62, E evidente que, se se der ao orificio de safda a forma das linhas de corrente extre- mas, 0 valor de m seri m=1 (fig. 12). Entrando com 0s eoeficientes ee m, 0 caudal seri Qa=eqmVI gz S=cvV2 8, sendo ¢ chamado coeficiente de vazio tem o valor usual de ¢=0,61. 5 mpo de vazdo Considerando um vecipiente qualquer, a qnantidade esconda por segundo ser& ae (Bg. 18) Fig. 13 Tgualando este valor 4 expresstio achada anteriormente, ser& az a og Vz" Portanto, o tempo necessirio para baixar ontvel do Kquido de h a 2, serd eS Vg Se houver uma entrada de iquido no re- cipiente com um eandal q, 9 diminuigio de volume por segundo seré Q=eve gS —q TECNICA 18) e, portanto, a ignaldade anterior seré ni f 8, de q—eV2 ge ‘cio lateral 6 —Vazao por um ori Neste caso, como 08 diferentes pontos do orificio esto a alturas diferentes (fig. 14) as suas velocidades sito, também, diferentes. iS ML Be Fig. Admitindo, porém, ainda que as velocida- des de todos os pontos siio perpendiculares aS, ter-se-é sendo 1 a largura do orificio ao nfvel 2. © coeficiente de contracg&o, neste caso, varia com as dimensdes do oriffcio (com- preendido, em geral, entre 0,5 ¢ 0,8) ¢ hé tabelas que dio os seus valores (). No easo especial de orificios reetangulares, tem-se el V2 (227# ang oR g af ye halt" at BE | 4 $20, yQ a. 03th 8 presse p 7 agiem* cvefcionte ae Fig. 2—Curva caracteristica dum ensaio com argila superficie de atrito, a qual tem o raio da tampa r, determina-se pela medigio da forga Z. Assim my — metade do brago do bindrio imobilizador M,—momento da rotacio devido & forca 8 A forea § resultante do todas as forgas tangenciais elementares que existem em toda a superficie avalia-se quando é conhecido s,. donde sendo r o raio da superficie de atrito, O valor de s, deduz-se da condigio do momento estitico de forga resultante de S ser ignal A soma dos momentos estiticos das forgas particulares elementares dos diferen- tes elementos de superficie. A integragioa toda a superficie s6 conduz a um resultado exacto quanto a tensito nor mal, por consegninte a tensito tangencial, estilo distribuidas em toda a superficie dum modo uniforme. Verificou-se que esta condigio nao podia ser absolutamente satisfeita enquantoa placa de fundo ficasseindeformavel, pois queassim, resultam tensdes desiguais ¢ incertas. TECNICA 186 Para tal evitar, aplica-se um fundo defor- miivel ¢ elistico, constitufao por uma mem- brana de borracha, que transmite & Agua, que se encontra no cavado do fundo, a res- pectiva pressiio normal, conseguindo-se fazer com que a reaceao unitdria seja a mesma em qualquer ponto da superficie, TI1—Marcha do ensaio a) Deserigéo geval. Definigies 0 valor da resisténcia de escorregamento interior dum terreno indica-se por um mimero caracteristico, ou melhor, por uma curva caracteristica. Este ntimero earacte- ristico chama-se coeficiente de atrito. Ele representa a relaglo entre a forca tangen- cial z © normal pe earacteriza a qualidade de terreno duma forma absoluta se 0 seu valor é constante, nfio o earacterizando por- tanto se 0 terreno tiver uma certa coesio, Num tal nso, a relagko entre a forga tan- gencial e a forea normal, tem de ser deter- minada para um esealio de cargas diferen- tes, pois que a linha obtida deixa de ser rectilinea e horizontal; 0 resultado pode ser patenteado por curvas conforme se indica na figura 2. O diagrama representa « linha da forga tangencial z duma argila muito gorda, Os ponios singulares desta linha determinam-se porensaios de atrito para diferentes pressdes; estes pontos encontram-se, no ensaio normal, aproximadamente numa linha recta segundo aexpressiio *=+, + up. A distancia 7 mar- cada no eixo das ordenadas (representativo daforga tangencial) indica o valor da coesio. esforgo tangencial que cresce segundo uma linha recta conforme p aumenta, cha- ma-se atrito (7). E necessirio portant fazer a distingto 7 entre a velagio (= ane & constante como dissemos © se chama coaficiente de atrito © a relagio {pa qual esté incluida & coesio, relagho esta que, como vemos, dependente do valor da eoesio, podendo variar bastante e denominada coeficiente de escorregamento. lefor- mem- gna, ares: fazer em nento um uma, vacte- . Ele agen- idade © seu » por- vesiio. stan leter- ‘eren- e ser le ser adica forga a. Os un-se sabes} rmal, undo mar- ativo vesiio, undo cha~ ingiio tante te de lufda, os, 6 endo te de b) Ensaio normal As indicagdes seguintes relativas 1 marcha duin ensaio normal, baseiam-se num grande iimero de ensaios ¢ esto apontados na in- dicagiio dos resultados nos capitulos IV e V. © ensaio normal é caracterizado pelas seguintes condigoe ‘A amostra de terreno é introduzida no indro de ensnio; fecha-se este com a tampa e carrega-se com a primeira carga P; depois de colocada esta carga e atingido 0 estado de equilfbrio dentro da amostra, comega-se 0 ensaio para a determinacio do atrito. ‘A forga tangencial que aparece segundo a superficie de escorregamento determina-se conforme o método indieado no eapitulo I. Para a sua determinagao toma-se o valor médximo que aparece no ensaio de escorre- gamento segundo uma superficie, depois de uma certa e suficiente rotagio. Neste caso 6 preciso ter em atencio o seguinte: A areia sem coesio niio deve rece- ber uma consolidagio por efeito de vibra- des, pancadas fortes, ete., além da que corresponde ao seu estado normal, num ensaio normal. Por isso deve deitar-se livre~ mente @ areia no cilindro de ensaio e bater ligeiramente este. Coloca-se a tampa ¢ car rega-se com a carga P. ‘Depois de efectuado o ensaio do atrito e determinada a fora tangeneial correspon- dente aguela carga admite-se a repeticio do ensaio de atrito com a mesma amostra com carga de valor superior \e crescentes) ’ empregada no primeiro ensaio (escaldo de cargas). Constatava-se sob as condigdes indicadas, que nio h4 uma diferenca ow influéncia na determinagio dos pontos miximos da forga tangencial se todos esses pontos tivessem sido determinados por um s6 ensaio de atrito com a mesma amostra de terreno e cargas crescentes, on se para cada aumento de carga se tivesse efectuado uma renovagiio da amostra, Uma série de ensnios com a mesma amostra para valores de carga cada vez maiores traz como consequéncia vinica a de retas igada sobre sure. adida esul~ ara 3 2 que orma . um tao dum refe- mais itada a do itada r stram ibida x eto te | i HH be { i L —| Liar! 7 a ee ray i = | ileal ie WG, A 64 tafe) TT | Vy I / A] a] 2p Gem”, re HS 1 4 W Y i T 1 Vy t \ 7 20 IO 40 P7) 60 70 £0 men PeCreurso “we a8 az | (4 = 9964 Agen?) a7 ott al 7 06 (i “14 180. TG ba 4 “% Ja a ti er a2 Hl L or | #0 20 30mm percurso Fig. I dl) —Coeticiente de escorregamento da areia em fanglo do camino percorrido no estado soto (compacto) pouco acentuads. Nao se chega logo a veri- resisténcia ao eseorregamento ir orescendo ficar am valor méximo especialmente nos pouico a poco aumentando a compacidade ‘ensaios com maiores cargas, em virtude da do material com 0 movimento continuo e TECNICA 189° aproximando-se do valor méximo no easo IL —fig. 3 ow seja do ensaio em que © mate- rial jé se encontrava compacto desde 0 inicio, No caso de um material mais eompacto, fas curvas «percurso-forga» sobem muito pidamente verifieando-se um valor mé~ ximo, mantendo-se a forga que representa a resisténcia de escorregamento, quase constante. Verificou-se até, que para as cargas menores a curva «percurso-forcan depois de atingir o méximo, desceu um pouco, @ provivelmente como consequéncia do mov: mento de escorregamento ter tornado mais solto 0 material que se encontrava na zona do escorregamento. Na figura 8, Ill, a forga tangencial e 0 coeficiente de escorregamento esto indi- cados para os dois grupos de ensaio. © resultado baseia-se sempre no méximo da eurva. 4a 7 ar 46 | as |e a4 |e0 3 42 |40 a | He gant oa a0 Fig. 3) I —Coeficiente de escorregamento de areia Ay ys € force tangencial =,,,, em fungio de carga p. Como se verifica especialmente na consis- tencia mais solta, o ooeficiente de escorre- gamento é muito varidvel e desce na «zona on escalion dos diferentes graus de carga, de 0,70 a 0,57. O coeficiente de escorrega- mento para a consisténcia compacta desce de 0,70 a 0,62. E proviivel queograu de compacidade das areias na natureza (estado primitive) seja maior em virtude do tempo e das condigdes climatéricas a que estiverem sujeitas, ele- TECNICA 190 mentos estes que se no podem imitar num ensaio por simples apiloamento. Por isso pode-se tomar como verdadeiro, que 0 valor miximo do coeficiente de escorregamento se verificaré, na Natnreza depois de um pereutrso, mais pequeno do que o das curvas. Embora este pereurso até se atingir 0 valor maximo do coeficiente de escorrega- mento seja menor que 0 percurso do ensaio laboratorial, é no entanto grande, em rela~ ho ao deslocamento méximo que uma cons- trugdo pode ter sem sofrer prejuizos; quer dizer, que 0 miximo do valor, apenas se verifica apés um certo movimento de escor- regamento dos respectivos macicos ou supor- tes, movimento este que jé nao é admissivel em muitos casos. Em maior eseala esta tese se verifica para um terreno solto, como por exemplo no material que se coloca no enchimento da zona logo atrés dos muros de suporte ¢ em aterros com taludes, como os das estradas, caminhos de ferro, etc., oade o valor mximo do coeficiente de escorregamento nfo pode ser considerado, visto que nio é atingido dentro dum limite admissivel da deslocagio. V —Resultados de ensaios com ferrenos plésticos (coersivets) a) A resisténcia estdtica 6 hidrodindmica de escorregamento. A resistencia estdtica de escorregamento de um terreno & a oposigdo & deslocagio sogundo uma superficie, na hipétese de una pressio vertical actuar com o seu valor total nos pontos de contacto das partfculas. A resisténcia hidrodindmica de escorre- ganento & igualmente a oposigio ’ separa- ‘io, segundo uma superficie ou uma zona, mas com a diferenca de que a presstio que esté actuando num certo terreno, se distr bui em parte sobre as particulas e em parte sobre a agua que se encontra sob pressio nos vazios, conforme as circunstin- cins locais. ‘Uma sobrepressionn égua surge logo que se dé um aumento das forcas exteriores actuantes, tendo como consequéneia a dimi nuigiio de volume dos vazios. asaio rela sons quer as se seor- sivel sifica plo coda eem adas, ximo ode teido acio. cade nento cago una, valor vulas. vorre- para- ona, o que listri- 2 em a sob astan= soque riores dimi- Sen saida da dgua dos vazios, pelo efeito dn acgio duma carga ou aumento de carga, ‘ faz sem impedimento no mesmo tempo em que a carga actua ou vai aumentando, gutio ndo h& sobrepressfio; porém, se a vida da agua se nfo dé assim, em conse- quéncia de haver uma certa impermeabi- lidade do terreno, como é vulgar em todos 08 terrenos plisticos, haverd uma diferenga de pressio na digua, entre a dos vazios inte- riores e a dos que se encontram superficial- mente, diferenga esta que se vem a compen- sar decorrido algum tempo. Quanto maior éa parcela de pressiio que se distribui sobre a figuados vazios, tanto menor a resisténcia de escorregamento do terreno. © ensaio normal com terrenos plisticos, que se faz apenas depois de efectuado o equilfbrio, est descrito no capitulo III - b, representando a chamadaresisténcia estatica de escorregamento. Esta resisténcin estitica duma série de amostras. de terrenos phis- tieos indica-se na tabela da pégina 198. As amostras desta série de valores jé encontram no estado de «colheita natural», mas sim, foram préviamente transformadas em pasta macia-plistiea por uma amassa- dura com o langamento de 4gua, pouco a pouco. A figura 4 representa como exemplo, a curva da fora tangencial de uma argila \ ; |z t | fa Pe Pa Pe a2 a Tt : 1 ob go Pe e 40 50 G0 fo xg/em* Fig. 4—Ensaios efeetuados com argila, mostrando as curvas caracteristicas da resistencia estatiea €-da resistencia hidrodinamica, I—Coeficiente de escorregamento I —Forga tangencial TECNICA 191 que {oi colhida dum terreno onde se tinha verificado um grande escorregamento (ta- lude de C. Ferro). ‘A resisténcia de escorregamento deste terreno foi fixada por uma série de cinco ensaios com cargas diferentes © amostras novamente preparadas para cada ensaio. Os pontos de b a d representam os valo- res da forga tangencial para as cargas uni- thrias p, € par Segundo estes ensaios a forca tangencial aumenta linearmente. Na hipétese desta linearidade se prolon- gar para a esquerda de a isto , para valo- res das cargas p menores que a carga Psy veros que & linha em questao interceptava © eixo das ordenadas num ponto que, cor- respondendo ao valor zero, nos mostra assim a existénoia duma forga tangencial, cha- mada coesio. No caso presente a coesio tem por valor 0,025 kg/em?; o angulo de atrito é 8° © 0 cveficiente de atrito »=tge 0,323. Conforme a explicagio dada para o ensaio normal com terrenos plisticos — cap. III, b —a amostra antes do ensaio encontrava-se no estado macio-plistico sem ar nos seus varios. ‘A quantidade de igua dos vazios no mo- mento de ensaio correspondia ao estado de equilfbrio para a carga actuante. ‘A resisténcin de escorregamento hidro- dindmica nfo pode ser fixada como o 6a resisténcia estation, por um certo coeficiente; pelo contrério, aquela resisténeia hidrodi- némica pode ter valores muito diferentes que dependem das condigdes e manipulagdes antes e durante a actuagio da carga de en- saio. Como exemplo, desereve-se um ensaio que foi executado apés a fixagio da resistencia estiticn da citada argila: Depois daquela argila ser sujeita & carga p?—figura 4- II —e depois de ser atingida a sua deforma- ho correspondente, qner dizer, depois de se dar a compensacio das tensdes hidrodi. nimicas, foi executado o ensaio de atrito normal, que fornecen o valor estitico x, da Tinha das forgas transverstis (ponto ¢ da linha b-d correspondente & carga p,)- Sem interromper o ensaio (processo de escorre- TECNICA 192 gamento) foi entio aumentada a carga de p, @ pe num ritmo de 1 kg/em*/mi- nuto. Na marcha deste ensaio verificou-se que fa forca transversal x, nfio aumentava (li- nha ¢-e); este facto mostra que no au- mentando resisténeia do atrito também evidentemente nfo haveria um aumento da pressfio nos pontos de contacto das parti- clas do terreno da amostra, mas sim que 0 aumento da carga de p. a pe foi eompleta- mente absorvido pela sigua, a qual, em con- sequéncia da velocidade com que aumentava 4 carga e devido & pouca permeabilidade da argila, ndo podia sair no mesmo ritmo. Por outro lado, se o aumento da carga de De a pe fosse prolongado a um maior prazo, de forma que a gna dos vazios, supérfiua, pudesse sair pelo menos parcialmente, as particulas macigas da amostra receberiam a devida parte do aumento da carga. A forga transversal na altura do ensaio, feito sob a carga pa, atingiria ent&io um va- lor que seria maior do que x,- Como se ve~ rifiea, a resistencia hidrodinmica de escor- regamento dum terreno plistico que se encontre sob a acco de uma carga inicial pe, carga esta que vai aumentando até p., pode atingir quaisquer valores compreendidos entre a resistencia estAtiea correspondente a Pe € 0 miiximo valor, que ent&o representa a resisténcia estiitica para a carga Pe) valo- res estes que dependem da velocidade e do aumento da carga. Esta marcha de ensnio anteriormente deserita foi repetida da mesma maneira para uma carga inieial p, com um aumento de valor até pe. ‘A resisténcia hidrodinamica de escorre- gamento mostra neste enso ¢ quando do au- mento do valor da carga, uma leve descida da linha d-e, referente ao ponto de partida d. Esta diminuigio da resistencia de escorre- gamento devia ser atribufda a particulas de figua que se iam reunindo na zona de eseo regamento, diminvindo o valor do atrito numa deslocagio prolongada. © ensaio de escorregamento foi depois prolongado ¢ a amostra do terreno foi mais tarde eno mesmo ritmo, desearregada, isto é, 0 valor da carga foi pouco a pouco dimi- i ' i carga ey mi- se que a (lie o an- mbém ito da parti- que o pleta- a eon- ntave de da a ga de prazo, srflua, te, as eriam: nsaio, mya: se ve- escor- ue se ‘ial Poy + pode didos ente a esenta valo- eedo ‘mente aneira, mento corre- do au- eseida tida d. corre alas de escor at’ 0 depois i mais a, isto dimi- nuindo com o ritmo com que tinha sido an- teriormente carregada. Hnido a forga transversal desereven a nha @ - a, (respectivamente e, - a, quando un diminnigio da carga de p, a p, Verifiea-se pela forma das cnrvas que nem um aumento brusco das cargas origina num terreno plistico um aumento linear da resisténcia de escorregamento, nem uma diminuig&o brusea origina uma diminuigio linear de escurregamento. Este fenémeno, estando fora da lei do atrito, & designado por resisténein hidro- dinaimica de escorregamento, conforme as explicagdes anteriormente descritas. amostra do terreno foi transformada, antes do ensaio e por um proceso de amassadura com Agua, numa massa homogénea ¢ plis- tica, conforme a indieagio do ensaio normal (vidé pig. 187). Entretanto a forga trans- versal de uma amostra de tal maneira trabalhada, pode ser muito diferente daqnela colhida no estado natural. Como exemplos, sfio_patentendos os resulindos que foram avaliados com uma argila arenosa (argila 6) com uma argila mais gorda (argila a). As linhas =, (fig, 5, Le II) representam a forga transversal das amostras anterior- mente preparadas por amassadura, enquanto que as linhas <, foram determinadas por A : of oe z , ¢ | z lz | CT To a 20 t — 20 a4 ho poe. glen 2 iE . bps [ = a : Gee 90 50 Se oe Fig. 5 Resistencia de escorregamento de varios terrenos plasticos no estado natural (primitive) = @ no estado trabalhado (manipulado) r ) Resisténcia de escorregamento num terreno no estado natural (primitivo) © no estado trabathado (manipulado) Os capitulos anteriores ocuparam-se de ensnios tendentes a verificar a resisténcia de escorregamento do terreno, especial- mente sob o ponto de vista de una mudanga das condigdes de estabilidade (por exemplo, aumento ou diminuigio de uma sobrecarga em relagio ao estado origindrio), Cada engaios com amostras no estado natural primitivo. Hste estado, neste caso, ¢ 0 de uma amostra que foi colhida da natureza e com dimenstes suficientes a fim de se poder dela obter um sélido homogéneo ¢ nio danificndo o qual se adoptava perfeitamente a0 molde de ensnio. As linhas caracterfsticas mostram que a forga transversal de uma amostra intacta s, segue um percurso que, na figura 5 (I, II, III e IV) ests por cima da linha represen- TECNICA 193 tativa da forga transversal =, referente a uma amosira manipulada. O valor da dife- renga é muito varidvel. As linhas x, ¢ =p da argila 6 andam muito préximas, enquanto que as da argila a se afastam muito, Aquela diferenga resulta do diferente grau de compaeidade da amos- tra natural, 0 que se pode ver «i priori» quando da avaliacfo da quantidade de igua duma amostra. Esta quantidade de égua da argila } no estado natural foi, na altura da colheita, de 46°, do seu peso; esta percentagem relativamente grande é prove: niente da pouca profundidade a que foi recolhida a amostra, pois que o terreno, & superficie do solo, tem mais capacidade absorvente em virtude da sua pressiio interna ser menor que em profandidade. Em contrapartida a percentagem de Agua da argila a 86 foi de 20%, do seu peso correspondia a uma carga natural oscilando por 10 kg/em’, Esta argila foi colhida no sopé duma escavaciio profunda e tinha ainda a sua compacidade resultante da carga natural anteriormente existente antes da escavagio. ‘As amostras trabalhadas do mesmo terreno (linha z,) tinham 48°, em peso (argile 6) e 35°/, em peso (argila a) de égua antes da actuagio da primeira carga do escaldo de eargas do ensaio, ‘A pequena diferenga entre o valor da fora transversal das amostras trabalhadas de argila } ¢ da amosira intacta da mesma argila, deve atribnir-se ao facto de que as amostras de ambas as séries de ensaios se encontravam antes da actuagio da primeira carga, no estado muito plistico com relati- vamente grande pereentagem de agua ¢ com um grau de compacidade pouco dife- rente um do outro. Na casio dos ensaios com escaldes de cargas crescontes podia-se verificar um aumento quase igual do valor da compa- cidade nas duas séries de amostras. Pelo contrério, nos ensaios da argila a as condi- des eran diferentes, pois que as amostras no estado trabalhado tinham uma consis- téneia macio-plistiea antes da colocagio da primeira carga, carga esta que naturalmente origina a saida de uma certa percentagem TECNICA 194 de Agua dos vasios ¢ 0 aumento da compa- cidade, Entretanto as amostras no estado natural j4 tinham um certo grau de compa- cidade que pela acgio da earga do ensaio, j& nfo aumentava muito, ‘Os mesmos ensaios comparativos foram feitos com barro amarelo muito gordo ¢ com uma argila cinzenta que foi recolhida do subsolo da ponte sobre o «Pequeno Belt» (barro amarelo e argila o, figura 5, Il e IV). © ensaio normal (linha z,) do barro (Ggura 5, 111) foi completada por um ensaio de descarga (linha =,). ‘Também neste caso cada ponto do ensaio foi determinado com uma amostra novamente manipulada sendo fo valor da tiltima carga p=5,0 kg/om’. Depois de completo efeito desta carga fex-se fa diminnigfo da mesma, até se chegar a carga prevista para fazer 0 ensaio de atrito, préprio ensaio foi efeetuado s6 depois de passadas algnmas semanas e apés se ter dado a conclusio da expansio da amostra. Nos ensaios com amostras de virios ter- renos, foi em geral verificado que, quanto mais semelhantes eram as consisténcias das duas eategorias de amostras, antes de efec- tuada a primeira carga, tanto mais préxi- ‘mas caminhavam aquelas linhas 74 € th, que respectivamente representam a forga trans- versal da amostra trabalhada e a forga transversal da amostra no estado primitive. Enguanto que as linhas 7, para o estado trabalhado oferecem uma boa possibilidade de comparagio de todos os terrenos plis- ticos em ensaios analizados pois que o estado inieial para o ensaio normal (vidé pig. 187) foi sempre o mesmo, isso nfo é assim para as amostras no estado natural. A forga transversal das amostras do mesmo terreno pode variar muito se as amosttas foram colhidas de profundidades diferentes, tendo assim compacidades dife- rentes, aumentando esta com a profundidade. Isto demonstra a grande irregularidade dos pontos de ensaio (linha z,) da argila a, pontos estes que foram determinados com mostras da mesma argila mas colhidas em profundidades diferentes, sendo a earga do ensaio igual Aquela que se tinha de supor existir na respectiva profundidade da colheita. i i >mpa- sstado ompa- nsaio, foram rdo e olhida Belt» e IV). barro onsaio 2 caso o com sendo y/em’, fer-se gar A Utrito, ois de se ter ostra, os ter- uanto as das > efec- préxi- i que trans- forga ritivo. 2siado lidade plis- asiado . 187) 1 para as do seas idades 3 dife- idade. ridade zila a, Ys com las em “ga do supor le da Kim referencia a este facto, era justa a determinag&o do valor , dum terreno ape- nas para um escaliio limitado de eargas que correspondessem ao peso de terreno acima_ do ponto da colheita, Portanto, se foram colhidas amostras de profundidades dife- rentes duma sondagem, a forga transversal para cada amostra no estado primitivo, de- via ser avaliada dnicamente para aquela carga que na realidade actuava na natureza, © que sempre se pode avaliar com aproxi- magiio suficiente. Nio inelufdos na tese apresentada ¢ des- cerita, encontram-se aqueles easos dos quais resultam outras condigées para a marcha do ensaio, como por exemplo: 1) uma carga itil actua sibitamente, 2) diminuigho da carga natural como consequéneia da dimi- nuigdo da camada acima do ponto decolheita por escavagiio, 3) variagdes (queda ou su- Dida) de nivel de fgna, ete., que originam alteragies de carga, VI—Exemplos de aplicagéo Os resultados anteriormente citados quanto & forga transversal de terrenos plise tigos mostram de que maneira 6 preciso reali- zar 0 estudo do terreno, para os determinar, Nos exemplos seguintes ¢ explicado que a marcha indieada para a exeeugio dos en- saios singulares se baseia na reconstituigio dos casos que surgem frequentemente na natureza. Procura-se a forga transversal numa possfvel superficie de escorregamento que se supde ser a mais desfavordvel. Em pri- miro lugar estndou-se o caso de terreno intacto (primitivo)—(talude de uma esca- vacito, figura 6); em segundo Ingar, o caso de um terreno’ solto (talude de aterro, figura 7 ¢ 8). ‘A fim de nao complicar o problema, supdem-se para todos os ensos a mesma forma circular da superficie de escorrega~ mento (o que nflo tem importancia de maior no coneeito deste traballio). Nesta superficie de escorregamonto deter- mina-se uma série de casos de cargas pos- siveis para os elementos m, e m; em dois pontos daquela superficie. Para eada caso é indieada a marcha do ensaio a aplicar, para a determinagio da forga resistente de escorregamento. E suposto que os elementos m, em, dese que se encontram num terreno intacto podem ser colhidos, na sondagem, no estado inalterado {primitivo, natural). a) Resisténcia estética de escorregamento de terrenos plasticos Caso 1—Fig, 6 — Talude de derreno primitive Elemento m “Terreno intacto; estado “nalterado. Carga: carga primitiva (Grexistente antes da Elemento my "Terreno intacto; estado Snalterado. sscavasao) Di th's 7 Carga: (antes e depois - a eseavagio) p= the Carga apis a pecava ae pat mm, < superficie de escorregamento Fig. 6 Ensaio 1 (ver Cap. Vjbl— A amoatra intaeta colhe-so. da profuudidate h,;earrogar com py esperar oeite da carga Ensaio 2 (ver Gap. V,b)—A amostra intacta [Berategardeoin yar yer expan da amost, cole da profane as crear om ps @ consequente absofpeao! do agua que ¢ preciso ser facul- C depois de'esperar 0 efeito’da carga Ds Dr | fala, Depeis da. couclusdo seve provesso, facto o ensalo | ele Cederse a0 eneaio de atc. ite atrita (2) Oe TECNICA 195 | Caso 2— Vig, T—Talude de aterso E Elemento my Elemento m, Aterra_ com material plistieo amassade omprimido com ci- Terrene intacto; estalo inalterado. Tindroe Carga: p= th no y 7 terreno Carga: pee qh: — primitivo My Fig. 7 Ensaio 8 Tovalo # (vid Oap, ll, — Amostra macio-plistica o Mento a0 Ensaio 2 Zmawiada, 4 carregar com pr, Depols do efito la carga, oe ‘realizar o ensaio de atrite (ensaio normal) (*). b) Resistencia hidrodindmica de escorregamento Caso 3— Fig. 1 —Talude de aterro com sobrecarga actuando sibitemente ¢ tempordrlamente Visto que a expslso da gua do terreno de aterro, em consequéncin da sua pouea permenbitidade nfo se P pode dar com mesmo ritmo da actuagdo da carga, ¢ de contar com a resistineia bilrodindmica de ercorregamento Elemento my, Elemento ms E puposta que a carga stil, Estado — vidé caso 2 tomo carga vertical. sobre 0 Carga perma ‘lomento m, , 14 0 no atinge Carga temporaria. p Total pe an Tnsalo 5 (Wiis Cop. Vja) = vecessivio compltar os onsaios 2 e 4 de malo que nani 8 (Wild Com. Naa eoiticn do escortagamet, se dove aumentar cara, depois de aramsiament, navn sumonto que corresponds, o vator da earga itp. ieee empereanondlermina a resistOnela indroditdmiea de escorregamento pars A avalide satan, seade necessarig tomar em conta 0 vito do aumento carga. ——=—=—evevvoe'erveee eo o™w as (©) Peso espestico do terreno, diferente para toes os casos meueionaos devido is condigSes a que a gua ata sujeita (mares, quoda ou subida do nivel da dgua, ete mee (©*) Sto precisos ensuios a large prazo. As sontequtncias da desearga podem verfiear-t0 em faagio da sua Ste Riiitade'e atsorvibiltade, quer depois de poaco tampo ias) quer depots de muito tempo (meses). TECNICA 196 } dle nd se ‘gamente. alo que stil p. nto para vearga, tea gua fo da sua Caso 4— Queda on subida do nivel da agua © aterro (cas0 9) esta parcialmente ou completamente submerso e a percentagem da sua dgua é considerada orrespondente A posigd0 de nivel maximo da mesma, que consideraisos como estado normal. A queda hy temporatia trae eomo consequéncia que o peso especifico do aterro que se euicontra nesta zona hy aumenta na mesma proporgko ‘em qué diminue a sobpressio anterior. So a saida da gua no so d fem virtude da pequena permeabilidade do terrone, & de contar com ar Elemento my © aumento de peso do tere, resultante da queda do" nivel Wo agua ja oho tinge » elemento my como ‘arpa vertical. bales mar ‘com oritma’ou eadéncia do aumento de peso, tiacia hidrodindmica de escorregameato, Elemento my ‘Tarrono volte 0 plsticn Snauado"e comprimide earn, Gates para o ive de dua oral é arcade por HW Verrena eh 3) Primitivo Depois da queta (marcato por NW): math Ensaio 6 (vide Cap. Va e Ensaio 8) Amostea amassada o tomada macio-plistica a carrey com ps, Depois do efeito desta, fazer o ensaio de atvito. Apds a detrminaglo da resistineia estatica io escorregamento, preciso aumentar a sobrecarga de p, ® p; aum ritmo 4) orresponile a0 tempo ei fque te vai dando a queda do nivel pata o caso respectivo, sem interrupgdo da marcha ‘K deter condigées indieadas, inaglo simultinea dé a resistincia hidrodindmica do escorregamento para as VII—Resumo de resultados de ensaio Na tabela seguinte apresenta-se uma selec io de resultados de ensaios para diferentes terrenos e resultados obtidos em ensaios sobre o atrito entre os terrenos e corpos macios; sfio considerados ainda ensaios com placas de betio sobre s arcin e sobre terrenos aluviondrios. ‘Trata-se neste caso de ensaios em grande medida com placas de 1 m* que foram carregadas até 40 toneladas on sejam 4 kg/em* As placas foram construfdas quer sobre a cofragem de madeira (inipais) quer direc- tamente sobre 0 terreno a analisar, con- forme a aspereza das superficies de funda- bes verticais e horizontais, respectivamente. TECNICA, 197 Tabela dos valores de ensaio Awsito @) _| Coesto Resistfncia de escorregamento interior dos terrenos (*) gion? Cookie | Avawlo| “ery 1 | Areia fn, piloada seca cence ee af 0689 | 53° 2 | Areia grossa, solt, seca. « a osi0 | 294° i‘ 8 | Areia grossa, fortemente apiloada, himida | ofse0 i arcia 0420 ; 4 | Barro alavionario conforme a percentagem de pedra ¢ arcia « { 680 P| 8 | Parco amarstaoe cold dum esoreegamento em tae) 0300 095 EI 6 | Barro amarelo da China (2). «= = 5 0,308 oot | 7 | Angila eincenta gorda eolhide dum cscorregamente de wn eanal denavegacio.. . .| 0,185 0.05 I 8 | Argilacinzenta 5 bopaed 5 (0025 9 | Argila muito compacta com niclos de traia do mar do Norte Bo 005 10 | Argila cinzenta arenosa (Suisia) s+ +s + 5 = i 11 | Argila cinsouta gorda (Ponte sobre o pequono Belt-Dinamarca) 5 096 i 42 | Aruila einseuta acastanhaa (cai) (Hamburgo) « O10 Resistencia de escorregamento ent terrenos e corpos macigos | - ‘io | Espicle Coniiente 15 | Placa de betGo feita sobre a cofragem e tendo a axpereza desta, etcorrogande sobre areia grossa (vidé 02 2) - oats atiye 14 | Placa le bette fits directamente sobre arcia grossa - 600 aie 15 | Placa de betto feta sobre acofragem, escorregando sobre aria (cli (i ois xe 46 | Placa do botdo feita dicectamente sobre argila (cai) « sees | 038 fae (©) Doterminalo poo ensaio ne ( () Arredondale a 12 gras | (#9) costo nd foi considerada, no caso de haver s6 um ps fieilinente determinavel | 4) Este barro ¢ formalo por pociras dos dosertos do norte da China que o vento e as sguas traneportamn para ‘for dos ties chineses ACABA DE APARECER: TOPOGRAFIA GERAL PELO ENG.’ CARVALHO XEREZ TECNICA 198 © proceso Sehori evita por forma completa a cotrosio’ do ferro e aco, Além dé set o métoda mais rapido de pulverizacdo metalits é também @ menos dispendioso. Sem recorrer a0 emprego de m&o de obra espocislizada pode aplicar-se uma camada de zinco com @ espessura de 0.076 mm 4 veloci dade de 23 metros quadrados por hora. ‘Meteis, borracha sintéiice, resinas sintéticas, ebonite © molericis termoplasticns de varios fipos podem ser aplicedos pelo Process Sehori projectendo-os sob a forme de po sem fezer uso dé dissolventes © produzindo uma camada lisa © homogénes. ‘Anténio. Pacheco Agostinho, L.* RUA AUGUSTA, 75, 1." D. Telef 25833, LISBOA a TORNOS DE Quauipaoe | LIVROS TECNICOS GRANDE SORTIDO ger», NA ORDEM DO 1,100 mm @ ompre- gondo a¢os especiais, também de Cr-Ni, ATIC A @3 nossos tornos sEo PELO MENOS TAO SHA, ROL, BONS COMO OS MELHORES ESTRANGEIROS eo Maquinas de Precisao, Ltd. (Director: Eng. J, d'Arciaga de Tavares) TELEF. 20642 LISBOA 45, Rua da Boa Viste, 49-1.° TELEF. 6 1581 LISboA INSTITUTO SUPERIOR TECNICO | i OFICINAS E LABORATORIOS | Superior Técnico, de CARPINTA- RIA DE MOLDE, de INSTRUME TOS DE PRECISAO e de E! 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Um problema de particular actuatidads : Vencidas as erises que maream os desvios da sua evolugio, a humanidade encontra-se perante um mundo que se Ihe apresenta pro- fundamente transfigurado, Procura entio re- ver com particular desvelo os seus conheci- mentos bisicos da Natureza, no intuito dum ajustamento das suas actividades e duma sanagio da sua organizag%o futura. No dominio téenieo, que hoje revela toda a sua crua importincia para o destino da humanidade, sempre se tem manifestado, pds as épocas de crise, a grande preocupa- giio de sondar novamente as reservas natu rais em maiérias primas minerais, que entretanto se foram tornando aproveitiveis, tanto gracas ao progresso cientfficoe téenico, como As modificagdes estruturais da geo- grafia humana e da polftiea econémica, ‘Assim, nos anos de transigfo para uma vida econémica normalizada, observa-se sempre um recrudescimento da prospecciio ‘mineira, enquanto que devido a confasio dos merendos, se verifien ceria estagnagao da producdo mineral. Estas circunstincias encontram a sua explicagio no facto de, durante uma guerra, nao haver espago para empreendimentos a longo prazo, como a pros- peegio mineira, ¢ de resultar daf inevithvel- mente grande desproporgio entre o aumento do consumo ¢ os trabalhos preparatérios que garantam o respectivo nivel de produgio. J& depois da outra guerra produzi- ram-se, como consequéneia da onda de prospecciio mineira, importantes deslocactes dos eentros de produgiio de varios minérios, No que respeita ao cobre, lembramos a industrializagao da drea do Catanga (Rodé- sin do Norte —~ Congo Belga), 0 rapido desenvolvimento das minas de Braden— El ‘Teniente (Chile), a descoberta de cerca de 200 jazigos do tipo wdisseminated porphyry copper» na Asia Central (‘irens de Counrad, Almalyk, Bos'chekul, ete.) (') Além do cobre, houve descobertas sensa~ cionais de jazigos que revolucionaram a economia ¢ indiistria de outros metais. Cita- () N, Nakowaik — Publ. of Sovjot Geol. — 1986,

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