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2) Da situação ao contexto
̃ do poder? A
Como o modelo interacional dialoga com a questao
ênfase nas interações não elimina a visada estrutural e a questao
̃ do poder?
Aponta que a perspectiva pragmatista e Chicargo se interessam nas
interações cotidianas, voltando-se para a relações interpessoais, negligenciando,
assim, aa macroestruturas. “Nesse sentido, a primeira asserção a ser feita é que as
práticas comunicacionais, constitutivas que são das relações sociais, estão
estreitamente associadas ao campo da polit́ ica e às dinâmicas de poder. Assim,
não se coloca, para nossos estudos, fechar-se no tratamento especif́ ico e isolado
de uma prática ou produto, mas nos interessa as correlações que estes
estabelecem com esferas mais amplas.”(p.8)
França lista 3 considerações que apontam como a autora entende a relação
da comunicação e o poder na perspectiva do modela comunicacional.
a) “A comunicação é instância constituidora de um real que a
transcende”(p.9)
Mesmo com o papel de paradigma analítico da vida social cotidiana, a
abordagem comunicacional entende que essas práticas estão inscritas numa
dinâmica maior. “Perguntar-se pelas consequências das práticas comunicativas,
para o quê elas apontam ou ao qual se dirigem; atentar para as esferas (campos
pragmáticos, axiológicos) com as quais dialoga são movimentos analit́ icos que
expressam nosso esforço de ultrapassar o ato comunicativo em si mesmo.’(p.9)
b) “Uma concepção de comunicação não responde sozinha pela análise do
fenômeno.” (p.9)
“Assim, do ponto de vista do resgate do objeto, o modelo nos incita a ampliar
o universo empiŕ ico concernido (conforme exposto no item acima); do ponto de vista
da nossa reflexão sobre o objeto, esse quadro empiŕ ico compósito e complexo nos
impele a buscar apoio em referências teóricas diversas tão diversas quanto são as
questões suscitadas pelo fenômeno.”(p.9)
“Se nossa abordagem é comunicacional, e sem necessidade de apelar para
o subterfúgio da interdisciplinaridade, importante é lembrar que as diferentes
disciplinas operam recortando um real que é unitário em sua existência. Um olhar
de globalidade requer promover colagens, aproximações, transgressões de
́ io válido e atual para qualquer ciência mais ainda para
fronteira. Este é um raciocin
a comunicação, que tem como objeto a própria tessitura da vida social.”(p.10)
c) “O particular deve ser resgatado e ultrapassado.” (p.10)
Teorias que propiciavam crítica global da sociedade foram deixadas de lado
e perderam espaço para os aparatos conceituais que atentassem para as
singularidades. “No entanto, a mudança do enfoque analit́ ico passou de um extremo
ao outro, e nessa transição em que a atenção se desloca ao particular, o que se
perdeu foram quadros analit́ icos integradores; a possibilidade, como registrou
Laclau, de uma plenitude ausente a negação dos particularismos que somente é
possiv́ el através da transformação de conteúdos particulares em sim
́ bolos de uma
universalidade que os transcende (LACLAU, 1996, p. 33).”(p.10-11)
A autora pontua que os estudos devem levar para revelar suas práticas
concretas, mas também ressaltar as relações da comunicação e redes de poder.
4) Nossa comunicaçao
̃ é especificidade dos animais humanos
A comunicação é um atributo da espécie humana ou entendemos que
̃ - humanos comunicam da mesma maneira?
agentes humanos e nao
“Para dizer rapidamente, eles têm uma linguagem, mas falta-lhes a
consciência da linguagem, a capacidade de refletir sobre o que estão fazendo e
modificar o seu uso. Animais não têm a capacidade de descolar os sinais de sua
função representativa e criar novos sentidos. Num exemplo que costumo apresentar
aos alunos: as abelhas obreiras sabem, através de movimentos de dança e da
angulação de seu voo, indicar com precisão a direção do alimento. Elas não dariam
conta de fazer uma brincadeira e passar uma falsa mensagem para suas
companheiras da colmeia, enviando-as para um lugar errado.”(p.15)
Enquanto a comunicação com máquinas, a autora ressalta a Teoria Ator-
Rede (TAR), de Bruno Latour. Ela aponta o livro de André Lemos A comunicação
da coisas. Teoria ator-rede e cibercultura, com destaque especial a dois aspectos:
os conceitos de agentes humanos e não humanos e de rede. O objetivo aqui é para
traçar a relação comunicação e TAR.
São levantados dois questinamentos. O primeiro é pela não justificativa que
sustente a hipótese de que a TAR poderia ser entendida como TeCom. O segundo
ponto é “a indistinção do conceito de comunicação que é tratado ora como fazer-
fazer, ora como mediação e associação (sem dizer, no caso, que mediação e
associação também não são equivalentes).”(p.17)
“No caso da TAR, ao agente não-humano é dado um papel semelhante ao
do agente humano. O conceito de actante da semiótica greimasiana quem ou o
quê realiza uma ação numa narrativa foi incorporado por Latour para se referir ao
ator da teoria ator-rede, e ele pode ser humano e não-humano.” (p.17)
“Retomando a crit́ ica de Latour à separação que a Modernidade institui
entre sujeitos e objetos, Lemos estabelece um paralelo com o que estaria
acontecendo no campo da comunicação, com sujeitos de um lado, mid
́ ias do outro.
Para os teóricos da comunicação, sugere o autor, A comunicação com C maiúsculo
seria a ação que se dá na troca entre consciências . E como os objetos não têm
consciência, a comunicação seria assunto apenas de humanos (op.cit, p. 22). Em
outras palavras, ele está sugerindo que as Teorias da Comunicação (as teorias
existentes) tratam a comunicação como uma relação de consciências, num plano
abstrato, mentalista, visão que compromete e impede a compreensão do papel das
tecnologias.”(p.18)