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CGPERT/DNIT e LabTrans/UFSC
Novembro de 2008
FICHA TÉCNICA
Superintendência Regional/DNIT/SC
João José dos Santos
Superintendente Regional de Santa Catarina
Edemar Martins
Supervisor de Operações
Névio Antonio Carvalho
Área de Engenharia e Segurança de Trânsito
i
◦ Produto 2: Listagem dos postos de contagem e seus VMD para o ano de 2006
Apresentação i
Lista de Figuras vi
Lista de Abreviaturas ix
1 Introdução 1
2 Objetivos 3
2.1 Objetivo geral do projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Objetivos específicos da fase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3 Termos e conceitos 4
3.1 Parâmetros operacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2 Velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.3 Divisão da malha rodoviária federal: trechos do PNV . . . . . . . . . . . . . . 7
iii
5 Método 16
5.1 Definição das classes homogêneas de rodovias . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.2 Análise e processamento dos dados geográficos sobre os trechos do PNV . 18
5.2.1 Filtragem para diminuição da densidade de dados . . . . . . . . . . . 18
5.2.2 Conversão de 2D para 3D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.2.3 Criação de subtrechos de 1km . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5.3 Determinação de trecho em tangente ou em curva . . . . . . . . . . . . . . . 21
5.4 Determinação de valores de rampas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5.5 Processamento para determinação das velocidades segundo as característi-
cas dos subtrechos de rodovias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5.6 Procedimento de utilização de valores de velocidade dados em IPR (2003),
DNER (1999) e HCM (1985) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5.6.1 Velocidades máximas de operação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5.6.2 Velocidades médias de operação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6 Resultados 31
Referências 31
iv
Lista de Figuras
4.3 Dados raster de elevação (MDT) obtidos para todo o território nacional com
resolução de 90m no terreno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
c
°
5.1 Verificação visual dos dados com o auxílio do GoogleEarth . . . . . . . . . 19
5.2 Filtragem dos dados vetoriais sobre os trechos do PNV para diminuição da
densidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.6 Subtrechos do PNV de Minas Gerais e Rio de Janeiro com sinuosidade hori-
zontal maior que 80◦ /km, destacados em vermelho . . . . . . . . . . . . . . . 25
v
A.3 Histograma para a classe 7 (dia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
vi
Lista de Tabelas
5.2 Velocidades máximas de projeto em rodovias rurais de pista simples (IPR, 2003) 29
5.4 Relação entre níveis de serviço, VMD, velocidade média e relevo para rodo-
vias de duas faixas com dois sentidos de tráfego, adaptado de DNER (1999) . 30
5.5 Critérios para nível de serviço para rodovias de múltiplas faixas, adaptado de
HCM (1985) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
vii
A.9 Amostras de velocidade para a classe 17 (dia) . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
viii
Lista de Abreviaturas
ix
Seção 1
Introdução
1
Seção 1. Introdução 2
Na situação ideal, a série histórica de dados deve ser o mais abrangente possível,
sendo produzidos dados precisos através de medições regulares. Isto permite a determi-
nação mais acurada dos parâmetros operacionais desejados, que refletem a situação de
tráfego nas rodovias.
• a composição de tráfego;
Objetivos
Obter parâmetros operacionais rodoviários a partir de análises estatísticas, por classe fun-
cional da rodovia, em toda a malha federal, para o ano de 2006.
3
Seção 3
Termos e conceitos
Nesta Seção são dadas informações sobre termos e conceitos utilizados neste relatório,
relacionados com o essolvimento das análises propostas.
No contexto deste projeto três parâmetros operacionais são abordados, como já foi
colocado na Seção 1, que são o volume de tráfego, a composição de tráfego e a velocidade
média operacional.
3.2 Velocidade
4
Seção 3. Termos e conceitos 5
Se os tempos de viagem t1, t2, t3, ..., tn (em horas) são observados para n veículos
que percorrem um segmento de comprimento l, a velocidade média de viagem pode ser
obtida pela Equação 3.1:
l
vmv = ³ Pn ´ (3.1)
i=1 ti
n
Deve ser indicado o período de tempo em que foi realizada a pesquisa a que se refere
essa velocidade, já que pode variar de um período de tempo para outro.
l
vmp = ³ Pn ´ (3.2)
i=1 ti
n
Velocidade de fluxo livre É a velocidade média dos veículos de uma determinada via,
quando apresenta volumes baixos de tráfego e não há imposição de restrições quanto às
suas velocidades, nem por interação veicular nem por regulamentação do trânsito. Reflete,
portanto, a tendência do motorista dirigir na velocidade que deseja.
Em DER-SP (2006) pode ser encontrada uma extensa análise quanto à forma de ob-
tenção ou de fixação do valor a ser utilizado para a velocidade de operação. Na página 24
destas Notas Técnicas consta o seguinte:
Todo o desenvolvimento das análises realizadas neste relatório, bem como no projeto como
um todo, é baseado na divisão rodoviária oficial especificada pelo DNIT no PNV.
atingir os objetivos mencionados (art. 2o ), bem como o conjunto particular das infra-
estruturas viárias explicitadas nas Relações Descritivas desta lei, e correspondentes
estruturas operacionais..."
Desta forma, por exemplo, o trecho de código 282BSC0110 traz as seguintes informa-
ções:
Como foi colocado, através do PNV as rodovias brasileiras são divididas em trechos.
Esta divisão é adotada neste projeto como sendo a divisão da malha federal no conjunto de
nós e ligações. Estes dados estão disponíveis no sítio do DNIT. A breve descrição textual
sobre os locais de início e fim caracterizam os nós e o percurso entre eles são as ligações.
Ao total são 6099 registros de trechos no conjunto do ano de 2006.
Nesta Seção são apresentados os dados levantados para a determinação das velocidades
médias de operação e das V85 dos trechos do PNV para o ano de 2006.
Entre os anos de 2000/2001 e 2006 as condições das rodovias podem ter sido altera-
das, por um ou por uma combinação dos vários fatores que nela influenciam. Porém, estes
são os dados sobre velocidades mais recentes disponíveis e não há uma maneira de efe-
tuar uma correção nestes dados, de forma que se obtenha estimativa para o ano de 2006.
Por isso, estes dados foram utilizados sem alteração no presente trabalho.
10
Seção 4. Levantamento e organização de dados 11
uma hora durante a noite, sendo discriminados os tipos de veículos entre leves e pesados
(automóveis e caminhões).
Figura 4.1: Exemplo de tabela criada no estudo de velocidades em Minas Gerais no ano de
2001/2002
Os dados sobre os trechos PNV das rodovias federais para o ano de 2006 são disponibiliza-
dos em forma tabular no sítio do DNIT, no endereço http://www.dnit.gov.br/menu/rodovias/
rodoviasfederais/arquivos/PNV2006.zip e são constituídos por:
• código PNV;
• superfície da rodovia;
Destes dados foram utilizados neste trabalho os códigos dos trechos (que constituíram
os trechos do PNV em 2006) e informações sobre a superfície das rodovias, que trazem
informações sobre ocorrência de pista dupla.
Os resultados presentes no Produto 4 deste projeto foram utilizados para suprir os valores
de volumes classificados nos trechos do PNV em 2006.
ideal, do traçado as built das rodovias. A melhor aproximação (por praticidade) para este
traçado as built é a geometria de projeto. Porém, é tarefa muito difícil obter informações
detalhadas sobre geometria de projeto para toda a malha rodoviária federal. Diante disto, o
uso de dados geográficos sobre os traçados das rodovias pode ser uma alternativa eficiente
para suprir tais informações.
Foram obtidos junto ao DNIT dados geográficos vetoriais obtidos por medições com
GPS sobre o traçado horizontal das rodovias federais brasileiras. A Figura 4.2 mostra os
dados visualizados em um Sistema de Informações Geográficas (SIG), originalmente com
a descrição de 2930 trechos do PNV. Para serem utilizados na estimativa de velocidades
para o ano de 2006, foram eliminados dos dados os registros que possuíam código do PNV
que não se encontram na relação de 2006 (75 códigos de trechos), restando 2855 trechos
mostrados em vermelho na figura. Não foi feito um controle quanto a alteração do traçado
de trechos entre os anos de 2006 e 2008 sendo mantido o seu código.
Figura 4.2: Dados vetoriais sobre os trechos do PNV de 2008 obtidos no DNIT
Os dados geográficos são acompanhados por uma tabela de atributos que traz infor-
mações sobre:
• unidade da federação;
• extensão do trecho;
Os dados foram importados para o banco de dados geográficos PostGIS onde foram
realizadas as filtragens e demais preparações para o processamento.
Para cobrir todo o território brasileiro são necessários 45 destes arquivos, obtidos em
http://srtm.csi.cgiar.org/, cujo conteúdo foi organizado em um SIG. Uma pequena ro-
tina foi gerada para importação e criação de uma camada única a partir dos 45 arquivos.
Dados vetoriais com os limites do território brasileiro organizados pelo IBGE, obtidos no site
da empresa Gismaps em http://www.gismaps.com.br/divpol/divpol.htm, foram utiliza-
dos para delimitar a área.
Figura 4.3: Dados raster de elevação (MDT) obtidos para todo o território nacional com resolução
de 90m no terreno
Método
16
Seção 5. Método 17
curvas diferentes, ou mesmo nenhuma, o uso da sinuosidade se torna mais prático. Assim,
não é feita distinção entre curvas com características geométricas mais ou menos restritas.
A distinção entre pista simples ou pista dupla é obtida nos dados alfanuméricos sobre
os trechos do PNV apresentados na Seção 4.2.
A diferenciação entre veículos leves e pesados está contida nos dados de velocidade
descritos na Seção 4.1 e nos dados de volume descritos na Seção 4.3.
A Figura 5.1 traz cenas dos dados vetoriais sobre os trechos do PNV de 2008 sobre imagens
c
°
de satélite no GoogleEarth . Não há como avaliar a precisão dos dados desta forma, mas
isto não é aqui o objetivo. É buscado avaliar visualmente a proximidade da forma entre os
c
°
dados dos trechos do PNV e as respectivas rodovias nas imagens. O GoogleEarth facilita
esta tarefa, uma vez que reúne imagens QuickBird, SPOT, IKONOS, CBERS, entre outras,
fornecidas por várias empresas.
As Figuras 5.1(a) e (b) mostram que os dados descrevem em bastante detalhes até
mesmo trechos muito sinuosos. A Figura 5.1(c) mostra o detalhe da intersecção das rodo-
vias BR-282 e BR-101. A rodovia BR-282 termina após uma longa extensão em tangente,
porém as curvas ao seu final poderiam fazer com que fosse classificada como curva no pro-
cesso automatizado. A Figura 5.1(d) mostra um detalhe na rodovia BR-381 onde se pode
constatar a existência de dados com imperfeições no traçados.
Mais adiante, na Figura 5.2 (20), pode ser constatado o grau de detalhamento dos
dados, ou seja, a sua densidade e o espaçamento entre os pontos que descrevem o traçado
das rodovias. É possível verificar que o espaçamento não é uniforme. É de se esperar que,
nos trechos onde o veículo desenvolveu menor velocidade durante a medição, haja uma
maior concentração de pontos medidos, e vice versa.
A Figura 5.2(a) mostra em um SIG a camada vetorial contendo os dados dos trechos do
PNV (em vermelho) sobrepostos aos dados de elevação. Na figura os pontos onde foram
(a) Trecho muito sinuoso na rodovia BR-040 (b) Detalhe na rodovia BR-282
(c) Efeitos em cruzamentos, rótulas. Detalhe na in- (d) Imperfeições nos dados
tersecção das rodovias BR-282 e BR-101
c
°
Figura 5.1: Verificação visual dos dados com o auxílio do GoogleEarth
O processamento dos dados vetoriais para toda a malha rodoviária nacional no com-
putador toma um longo tempo e se torna interessante por isso diminuir a densidade de
pontos que constituem estes dados. Isto pode ser feito sendo eliminados pontos próximos
entre si, sem ser permitido um espaçamento maior do que o valor adotado de 10 metros.
A filtragem, aplicada somente nos dados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro (551148
pontos), como exemplo, resultou numa redução de 11.50% no número de pontos (63361
pontos eliminados). A Figura 5.2(b) traz o detalhe de um trecho sinuoso onde é mostrado o
resultado da filtragem. Na figura os pontos menores em preto marcam os locais de medição
originais do GPS e os pontos maiores em azul marcam os pontos que permaneceram nos
(a) Detalhes sobre a geometria dos trechos do PNV, (b) Pontos (em azul) remanescentes do processo
sobrepostos aos dados sobre elevação. Os pon- de filtragem, para um espaçamento não superior a
tos marcados sobre a rodovia são os pontos onde 10m
houve medição com o receptor GPS.
Figura 5.2: Filtragem dos dados vetoriais sobre os trechos do PNV para diminuição da densidade
Os dados originais tem sua geometria descrita por coordenadas bidimensionais horizontais
(X, Y ), sendo levados em conta suas coordenadas geográficas (latitude e longitude). A
partir destas coordenadas, em um SIG, é possível consultar a altitude do terreno nos dados
de elevação. Este valor é atribuído como ordenada Z, tornando cada ponto tridimensional.
O procedimento é auxiliado por uma funcionalidade específica do SIG que toma como
dados de entrada a latitude e a longitude de um ponto e retorna o valor do pixel (altitude)
respectivo na camada de elevação. Para utilizar esta funcionalidade as coordenadas no
plano horizontal (X, Y ) são obtidas para cada ponto que forma as rodovias nos dados ve-
toriais, com o auxílio de funções específicas do PostGIS. Foi desenvolvida uma pequena
rotina na linguagem Java para controlar o processo, integrando as funcionalidades do SIG e
do banco de dados espacial. As geometrias resultantes, compostas agora por coordenadas
tridimensionais (X, Y, Z) são gravadas no banco de dados.
Os trechos que constituem as rodovias nos dados vetoriais possuem extensões bastante
variadas (de 1 a 704m) e não coincidem com as extensões dos trechos do PNV. Os trechos
do PNV são assim constituídos por um ou mais registros nos dados sobre as rodovias.
Para 123 registros nos dados do DNIT as informações sobre km inicial e km final são
iguais a zero, mesmo sendo o valor do comprimento do trecho (ext_trecho) maior que zero.
Para que o algoritmo possa se basear nos dados de km inicial e final de forma global, foi
feita uma correção nestes 123 trechos, sendo mantido o valor de km inicial igual a zero e
sendo atribuído ao valor de km final o comprimento do trecho.
Como foi colocado na Seção 5.1, a sinuosidade horizontal para cada subtrecho de 1km
de extensão resulta simplificadamente na indicação de trecho em tangente ou trecho em
curva. A idéia consiste em, a partir de valores de sinuosidade horizontal, determinar esta
característica. É buscado estabelecer um valor limite para a sinuosidade, em ◦ /km, abaixo
do qual o subtrecho é considerado como tangente e acima do qual em curva.
Figura 5.3: Esquema geométrico para determinação do ângulo α entre dois segmentos AB e BC
por produto escalar entre os respectivos vetores ~a e ~b
à !
~a · ~b
α = arccos (5.1)
k~akk~bk
~a · ~b = ax bx + ay by (5.4)
k~bk =
p p
k~ak = (xB − xA )2 + (yB − yA )2 (xC − xB )2 + (yC − yB )2 (5.6)
à !
(xB − xA )(xC − xB ) + (yB − yA )(yC − yB )
α = arccos p p (5.7)
(xB − xA )2 + (yB − yA )2 · (xC − xB )2 + (yC − yB )2
O ângulo α é avaliado para cada par de segmentos consecutivos nos subtrechos das
rodovias, como ilustra a Figura 5.4.
n
X
αi
i=0
sh = (5.8)
d
Figura 5.5 mostra os histogramas obtidos com os valores de sinuosidade calculados para
cada subtrecho de 1km destes dados. Na Figura 5.5(a) estão abrangidos todos os valores
obtidos. Pode ser constatado que os valores se estendem de 0◦ /km a aproximadamente
1400◦ /km. É claro que o limite superior não pode representar a realidade, sendo resultado
de alguma imperfeição nos dados vetoriais das rodovias. A Figura 5.5(b) Traz o histograma
que abrange somente os valores até um valor máximo de 200◦ /km, para facilitar a avaliação
do comportamento da sinuosidade.
(a) Distribuição abrangendo todos os valores (b) Distribuição somente até o valor de
200◦ /km
Figura 5.6: Subtrechos do PNV de Minas Gerais e Rio de Janeiro com sinuosidade horizontal maior
que 80◦ /km, destacados em vermelho
Para eliminar este efeito seria necessário que a somatória dos ângulos colocada na
Equação 5.8 incluísse somente ângulos de projeto, ou na prática por ângulos do traçado
as built, sem compreender também os desvios do veículo de medição. Para isso seria
necessário, porém, reconstituir os raios de cada uma das curvas circulares e os parâmetros
das curvas de transição, para que somente os ângulos relativos ao eixo das rodovias em si
sejam computados. Esta consiste, porém, em uma tarefa difícil e trabalhosa.
A Figura 5.7 mostra os valores de rampa calculados para os subtrechos de 1km. Como
o valor de rampa se baseia na diferença de altitude entre os pontos iniciais e finais dos
trechos e no seu comprimento, em casos onde o comprimento do trechos seja pequeno e
os pontos de início e de fim se encontrem sobre células nos dados de elevação com valores
muito diferentes, o valor da rampa calculado poderá ser maior do que o real. Para corrigir
situações onde isto aconteça, pode ser gerado um procedimento empírico para analisar o
comprimento do trecho e a relação entre a sua rampa com as dos trechos adjacentes. Isto
não foi feito neste trabalho, uma vez que a ocorrência deste efeito é esporádica.
Figura 5.7: Subtrechos de 1km identificados com cores diferenciadas, sendo mostrados os seus
valores de rampa (%)
elevação ao longo dos subtrechos. Com isto é de se esperar uma boa estimativa para os
valores de rampa obtidos.
O procedimento para isso envolve basicamente 4 etapas, que são repetidas para cada
uma das 24 possíveis combinações (classes) descritas na Seção 5.1. Para a realização do
procedimento foi desenvolvida uma rotina em linguagem Java. As etapas envolvidas na
rotina são as seguintes:
Os dados disponíveis sobre velocidade, levando em conta que somente foram empregados
dados de pontos de coleta sem restrições, não foram suficientes para determinar valores
de velocidade para todas as 24 classes de rodovias. Nestes casos foram utilizados valores
de velocidade resultantes de estudos realizados em IPR (2003), DNER (1999) e HCM (1985).
Além disso, os valores obtidos pelo procedimento automático devem ser confrontados com
estes valores, para certificar que não há incoerências. O procedimento de utilização dos
valores presentes nos referidos estudos é abordado nesta seção.
Tabela 5.2: Velocidades máximas de projeto em rodovias rurais de pista simples (IPR, 2003)
Tabela 5.3: Velocidades máximas de projeto em rodovias rurais de pistas múltiplas (IPR, 2003)
Tabela 5.4: Relação entre níveis de serviço, VMD, velocidade média e relevo para rodovias de duas
faixas com dois sentidos de tráfego, adaptado de DNER (1999)
Plano Ondulado Montanhoso
Nível de serviço
VMD (UCP) Velocidade* (km/h) VMD (UCP) Velocidade* (km/h) VMD (UCP) Velocidade* (km/h)
* Velocidade média.
Pistas múltiplas Uma vez identificado o valor da velocidade máxima para cada classe de
rodovia, este é utilizado para a determinação da velocidade média em pista dupla sendo
tomada como referência a Tabela 5.5. O valor adotado para a velocidade de operação foi
o maior valor entre o estimado nas amostras (Anexo A) e o obtido na tabela, este último
correspondendo à velocidade média na tabela imediatamente inferior à velocidade máxima
de entrada. Como no caso de pistas simples, a análise dos valores esteve apoiada em
experiência técnica.
Tabela 5.5: Critérios para nível de serviço para rodovias de múltiplas faixas, adaptado de HCM
(1985)
Velocidade de projeto = 112km/h Velocidade de projeto = 96km/h Velocidade de projeto = 80km/h
Nível de serviço
velocidade* (km/h) velocidade* (km/h) velocidade* (km/h)
A ≥ 91 ≥ 80 -
B ≥ 85 ≥ 77 ≥ 67
C ≥ 80 ≥ 70 ≥ 62
D ≥ 64 ≥ 64 ≥ 56
E ≥ 48 ≥ 48 ≥ 45
F < 48 < 48 < 45
Resultados
A Tabela 6.1 traz os valores obtidos para velocidades médias e máximas de operação, para
cada uma das 24 classes de rodovias definidas na Seção 5.1. Estes valores devem ser
utilizados somente para análise de operação de rodovias, ou de planejamento, e não em
atividades de projeto.
Foi considerado mais razoável apresentar somente a tabela geral de valores, tendo em
vista também que o técnico deve conhecer as características das rodovias em seu estudo
particular. A utilização da Tabela 6.1 é direta para definir os valores de velocidade para
qualquer trecho, desde que este preserve as características em sua extensão.
31
Seção 6. Resultados 32
Tabela 6.1: Classes de rodovias e os respectivos valores de velocidade média e velocidade máxima
de operação
1 leve 85 100
plano
2 pesado 75 85
3 leve 85 90
simples ondulado
4 pesado 65 80
5 leve 70 80
montanhoso
6 pesado 60 70
tangente
7 leve 90 100
plano
8 pesado 80 90
9 leve 80 100
dupla ondulado
10 pesado 70 80
11 leve 70 80
montanhoso
12 pesado 55 60
13 leve 80 90
plano
14 pesado 70 80
15 leve 70 80
simples ondulado
16 pesado 65 70
17 leve 55 60
montanhoso
18 pesado 55 60
curva
19 leve 90 100
plano
20 pesado 80 90
21 leve 70 80
dupla ondulado
22 pesado 70 80
23 leve 55 60
montanhoso
24 pesado 55 60
IPR. Gerência de velocidade na malha rodoviária federal de Minas Gerais. [S.l.], março
2003.
33
Apêndice A
34
Apêndice A. Resultados da composição de dados de velocidade 35
040km772diaauto.xls (16:43-17:43) 0 1 0 3 13 44 72 37 21 16 4 2 1 0 0 0
040km780diaauto.xls (13:01-14:03) 2 5 2 2 8 20 44 44 32 22 12 0 0 0 0 0
116km723diaauto.xls (12:00-14:00) 0 0 1 0 4 18 38 20 10 2 0 1 0 0 0 0
381km696,5diaauto.xls (21:10 - 22:10) 0 0 1 0 0 1 7 15 31 23 10 2 0 0 0 0
381km711,2diaauto.xls (8:50 - 10:50) 0 1 2 6 1 5 22 38 32 31 6 0 0 0 0 0
Soma - 2 7 6 11 26 88 183 154 126 94 32 5 1 0 0 0
Vmed = 85.0
V85 = 105.0
040km772diacam.xls (16:43-17:43) 0 0 1 1 1 16 14 4 0 0 0 0 0 0 0 0
040km780diacam.xls (13:01-14:03) 0 0 0 0 0 2 17 12 2 0 0 0 0 0 0 0
116km723diacam.xls (12:00-14:00) 0 0 0 0 1 9 7 4 0 0 0 0 0 0 0 0
381km696,5diacam.xls (21:10 - 22:10) 0 0 0 0 1 7 8 49 22 6 0 0 0 0 0 0
381km711,2diacam.xls (8:50 - 10:50) 0 0 0 1 1 6 27 12 4 1 0 0 0 0 0 0
Soma - 0 0 1 2 4 40 73 81 28 7 0 0 0 0 0 0
Vmed = 75.0
V85 = 85.0
040km810diaauto.xls (9:49-10:47) 1 0 0 1 2 16 30 58 56 31 8 4 0 0 0 0
Soma - 1 0 0 1 2 16 30 58 56 31 8 4 0 0 0 0
Vmed = 85.0
V85 = 105.0
040km810diacam.xls (9:49-10:47) 0 0 0 1 8 11 26 7 0 0 0 0 0 0 0 0
Soma - 0 0 0 1 8 11 26 7 0 0 0 0 0 0 0 0
Vmed = 75.0
V85 = 75.0
Vmed = 85.0
V85 = 105.0
Vmed = 75.0
V85 = 95.0
116km705diaauto1.xls (10:45-12:40)) 9 26 4 16 39 45 41 13 11 4 1 1 0 0 0 0
381km411,5diaauto.xls (12:36 - 13:37) 0 0 0 2 21 29 44 38 28 12 3 0 4 1 1 0
Soma - 9 26 4 18 60 74 85 51 39 16 4 1 4 1 1 0
Vmed = 75.0
V85 = 95.0
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Soma - 0 1 0 6 23 31 30 26 14 4 1 1 0 0 0 0
Vmed = 75.0
V85 = 85.0
Vmed = 65.0
V85 = 75.0
Vmed = 65.0
V85 = 75.0
Vmed = 95.0
V85 = 105.0
Vmed = 85.0
V85 = 95.0
040km772noiteauto.xls (17:59-19:00) 2 0 3 0 6 16 51 65 30 25 4 0 1 0 0 0
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Soma - 2 0 4 0 13 36 102 131 75 47 15 4 5 0 0 1
Vmed = 85.0
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381km711,2noitecam.xls (19:26 - 20:26) 0 0 0 0 0 7 13 31 10 2 0 1 0 0 0 0
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Vmed = 85.0
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Vmed = 105.0
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Vmed = 65.0
V85 = 85.0
Vmed = 75.0
V85 = 95.0
Vmed = 75.0
V85 = 95.0
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Soma - 1 3 2 4 10 25 28 18 24 8 1 0 0 0 0 0
Vmed = 75.0
V85 = 95.0
116km705noitecam.xls (18:49-21:00) 0 0 0 1 5 17 21 12 2 1 0 0 0 0 0 0
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Vmed = 75.0
V85 = 85.0
Vmed = 65.0
V85 = 85.0
Vmed = 65.0
V85 = 75.0
Vmed = 85.0
V85 = 95.0
Vmed = 75.0
V85 = 85.0