Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
]
CAPÍTULO 1 – O DIREITO NAS SOCIEDADES PRIMITIVAS
Antônio Carlos Wolkmer
1.INTRODUÇÃO
Wolkmer começa o capítulo apresentando o principal dilema quanto a
esse assunto:
“Falar, portanto, de um direito arcaico ou primitivo implica ter
presente não só uma diferenciação da pré-história e da história do
direito, como, sobretudo, nos horizontes de diversas civilizações,
precisar o surgimento dos primeiros textos jurídicos com o
aparecimento da escrita... Autores como John Gillisen questionam a
própria expressão ‘direito primitivo’, aludindo que o termo ‘direito
arcaico’ tem um alcance mais abrangente para contemplar múltiplas
sociedades que passaram por uma evolução social, política e
jurídica bem avançada, mas que não chegaram a dominar a técnica
da escrita”
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
O primeiro item que Wolkmer faz uma crítica é o que diz respeito à
fragilidade de várias teses existentes sobre o direito arcaico que usam de visão
evolucionista, vistas por John Gilissen como sendo por demais simplistas e
sobejamente lógicas para serem corretas.
Outro ponto é quanto à tendência de Malinowski de considerar o
indivíduo primitivo como sendo alguém que não desrespeitava as leis impostas
por sua sociedade. Ele faz a seguinte referência sobre esse aspecto:
“Escreve Norbert Rouland que algumas investigações etnográficas
mostram o contrario, pois o indivíduo, pensando que há menos
vantagem do que inconveniência em respeitar a lei, acaba muitas
vezes violando-a”.
1.INTRODUÇÃO
Raquel de Souza inicia seu estudo indicando o período de análise do
direito grego em questão:
“Para o estudo do direito grego é particularmente interessante o
período que se inicia com o aparecimento da polis, meados do
século VIII a.C., e vai até o seu desaparecimento e surgimento dos
reinos helenísticos no século III a.C.”
Após, Raquel explica que apesar do direito de Atenas ser o de maior
destaque na época, ele não pode ser considerado como o direito de toda a
Grécia.
Em seguida, ela coloca o invento da escritura peça fundamental para a
popularização do direito grego:
“A escrita surge como nova tecnologia, permitindo a codificação de
leis e sua divulgação através de inscrições nos muros das cidades.
Dessa forma, junto com as inscrições democráticas que passaram a
contar com a participação do povo, os aristocratas perdem também
o monopólio da justiça”.
Nesta introdução, ainda, Raquel faz uma pequena apresentação de
dois grandes legisladores atenienses: Drácon e Sólon:
“Deve-se a Drácon a introdução de importante princípio do direito
penal: a distinção entre os diversos tipos de homicídio, diferenciando
entre homicídio voluntário, homicídio involuntário e o homicídio em
legítima defesa”
“Sólon não só cria um código de leis, que alterou o código criado por
Drácon, como também procede a uma reforma institucional, social e
econômica”.
No final da introdução, são feitas mais algumas considerações sobre a
história do direito de Atenas:
“Com a queda da tirania de Pisístrato em 510 a.C., o povo ateniense
reage... e elege Clístenes, considerado, posteriormente, o pai da
democracia grega. Clístenes atua como legislador, realizando
verdadeira reforma e instaurando nova Constituição”.
“Com as guerras Pérsicas... inicia-se o que se conhece como era
clássica da Grécia... Nessa época se consolidam as principais
instituições gregas: a Assembléia, o Conselho dos Quinhentos
(Boulê) e os Tribunais da Heliaia”.
7.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Raquel de Souza recapitula os motivos para a pouca importância dada
ao direito grego atualmente:
“Três fatores adicionais contribuíram para o direito grego não ocupar
a importância que merece. Primeiro, o desenvolvimento da escrita e
a publicação de textos em material; durável aconteceu
paralelamente à evolução da sociedade grega e do direito. Em
segundo lugar, a obstinação dos gregos em não aceitar a
profissionalização do direito... Finalmente... muito pouco material
sobreviveu para servir ao estudioso do direito grego antigo”.
Raquel finaliza exaltando as qualidades do direito grego:
“Os gregos antigos não só tiveram um direito evoluído, como
influenciaram o direito romano e alguns de nossos modernos
conceitos e práticas jurídicas: o júri popular, a figura do advogado na
forma embrionária do logógrafo, a diferenciação de homicídio
voluntário, involuntário e legítima defesa, a mediação e a arbitragem,
a gradação das penas de acordo com a gravidade dos delitos e,
finalmente, a retórica e eloqüência forense”.
1.INTRODUÇÃO
Nessa introdução, Francisco Quintanilha Véras Neto fornece todo um
estudo sobre o funcionamento dessa sociedade que originou o direito antigo
mais importante e que mais influenciou nosso direito atual. Essas diversas
características podem ser observadas nas seguintes passagens:
“O Império Romano e suas várias etapas históricas estariam fixadas
cronologicamente no modo de produção escravagista, em que o
motor do desenvolvimento econômico estava nas grandes
propriedades apropriadas pela aristocracia patrícia, que, controlando
os meios de produção, as terras e as ferramentas necessárias ao
trabalho agrícola, dominavam as classes pobres e livres dos
plebeus, clientes e dos escravos”.
“A significação histórica do direito romano em seu contexto histórico,
caracterizado por um modo de produção escravagista,
especialmente demarcado no tempo. Esse mundo era caracterizado
por formas de dominação diferente das atuais, incluindo aí um
universo jurídico construído por formas peculiares de controle social,
mantidas pela força coativa e pela persuasão de um universo
cultural constituído por uma religião, uma moral e filosofia típicas
daquela civilização da Antigüidade Clássica”.
“Os recém-nascidos só vêm ao mundo, ou melhor, só são recebidos
na sociedade em virtude de uma decisão do chefe de família... A
criança que o pai não levantar será exposta diante da casa ou num
monturo público; quem quiser que a recolha”(ARIES, Philippe;
DUBY, Georges).
“O universo cultural e a significação moral advinda desse mundo
escravagista atribuíam ao direito civil romano a forma de direito
material e instrumentalmente sicofânico, ou seja, um direito baseado
em ardis e fraudes, que por sua vez acabavam beneficiando os mais
fortes em face da existência de uma sociedade extremamente
desigual”.
“Numa sociedade tão desigual, desigualitária e atravessada por
redes de clientelas, não é necessário dizer que os direitos mais
formais não eram reais e que a um fraco pouco tinha a ganhar
processando os poderosos”( ARIES, Philippe; DUBY, Georges).
“Não existiam a autoridade e a coerção públicas indispensáveis à
implementação de decisões judiciais; e as violações mais cruéis
possuíam apenas um caráter civil; não existia, portanto, coação
pública capaz de impor a sanção penal, visando à proteção contra a
violência que atingisse os bens jurídicos relevantes; as citações
eram feitas pelas próprias partes, que dependiam muitas vezes de
poder militar para obter êxito nesta iniciativa; não existia, pois, um
poder público coativo e exterior, capaz de impor a sanção jurídica de
forma organizada e centralizada”.
“O casamento romano não possuía uma configuração que
permitisse a intervenção de um poder público e estava
essencialmente disciplinado pelo direito privado, que não era escrito,
pelo contrário, era informal e oral, ocorrendo apenas a presença
precária de testemunhas e em última instância da prova verbal dos
nubentes restabelecedores da celebração através de sua
memórias”.
8.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Francisco apenas faz uma menção à utilização de princípios do direito
romano nos diversos direitos europeus da Idade Média:
“A ordem legal capitalista encontrou substratos fundantes no sistema
romano germânico, não nos seus aspectos materiais já
ultrapassados, mas sim nos seus aspectos racionalizantes, que
permitiram a certeza e a segurança do cálculo capitalista nas
modernas economias. A Commun Law sofreu a influência da ordem
romana através dos tribunais de chancelaria e que geraram as
regras da equity. Mesmo o direito socialista real, que dominou parte
do século XX, incorporou a forma codificada e constitucionalizada da
rigidez adotada no sistema romano germânico”.
CAPÍTULO 8 – A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA DOGMÁTICA JURÍDICO-
CANÔNICA MEDIEVAL
Rogério Dultra dos Santos
1.INTRODUÇÃO
Rogério Dultra dos Santos faz uma breve apresentação do tema desse
seu estudo, indicando o foco do seu trabalho:
“De forma condensada, poder-se-ia dizer que dois foram os
institutos máximos legados pela Igreja Católica para a constituição
do direito ocidental moderno: a dogmática e o inquérito”.
“Objetiva-se perceber, de forma evidentemente introdutória, como o
direito canônico medieval, no seu estado de topos privilegiado,
serviu de ‘celeiro’ para a instituição da dogmática como elemento
discursivo de controle e manipulação social, principalmente através
do sistema jurídico”.
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Faz-se, de início, uma reflexão sobre a utilização do direito na Idade
Média:
“O texto sistematizado e glosado na Idade Média se apresenta como
discurso dogmático que busca construir o mito da verdade
instaurando-se como censura da realidade”.
“Para sua total eficácia, o discurso jurídico passou a referir-se à
norma escrita e limitar-se na sua existência a um objeto sagrado e
verdadeiramente reverenciado: o livro”.
“Conhecimento historicamente datado, político e interessado, o
direito se realiza como e através de práticas e, com elas, constrói
seu sentido de verdade, apresentando-se publicamente como ‘o’
sentido da verdade”.
Rogério dos Santos sintetiza toda a influência do direito canônico e o
poder da Igreja Católica na Idade Média:
“O direito canônico –enquanto instituição jurídica- se encontra
inafastavelmente associado à questão de quem proferirá a palavra
legítima, ou seja, de quem terá a premência de dizer o que é a
verdade e, com isso, controlar a instituição da própria realidade”.
“Desse modo, por serem os sujeitos que materializam o saber divino
na terra, a Igreja e o direito canônico têm o condão de proceder ‘a
demarcação do lugar ideal onde reside a Palavra que deve governar
não esse ou aquele aglomerado, mas realmente todo o gênero
humano”.
“O direito canônico nasce como discurso que exclui a cultura e o
diferente quando se autodenomina único e natural através do
processo de canonização’ das interpretações e, principalmente,
quando, sob esse pretexto, funda e pune o comportamento herético
e também quando especifica as práticas de excomunhão e
penitência”.
“A Igreja, por fim, marginaliza e exclui os que não fazem parte da
crença maior, e o direito canônico surge como instrumento que
assegura e legitima essa divisão, punindo os diferentes e os
insatisfeitos”.
1.INTRODUÇÃO
Samyra Haydêe Naspolini introduz seu trabalho mostrando que a
inquisição foi além de apenas uma perseguição aos hereges, modificando e
desenvolvendo vários aspectos do direito penal da Idade Média:
“Enfoca principalmente as mudanças no direito penal, como
precondição necessária para o acontecimento desse fato histórico,
associadas aos aspectos políticos e ao contexto social nos quais a
inquisição encontrou potenciais aliados para atingir seu apogeu”.
“A análise do contexto social, bem como dos aspectos políticos que
embasaram a união do poder espiritual ao poder temporal na caça
aos hereges”.
“Sob a influência da Igreja, todo um sistema de direito penal (o
acusatório) foi alterado, para que os crimes de heresia e bruxaria
pudessem ser eficazmente combatidos”.
3.ASPECTOS LEGAIS:
Referente aos aspectos legais:
“O direito canônico, que era o direito da comunidade religiosa dos
cristãos, desempenhou um papel importante durante toda a Idade
Média. Foi um direito redigido, comentado e analisado desde a Alta
Idade Média, tendo sido o único direito escrito durante a maior parte
do período. Elaborado inicialmente para aplicar-se aos membros e
as autoridades do clero católico, sua influência sobre as legislações
da Europa ocidental deveu-se ao alargamento do poder jurisdicional
dos Tribunais Eclesiásticos que, durante a Idade Média, estendeu-se
aos leigos”.
“Era da competência dos Tribunais Eclesiásticos processar e julgar
todas as pessoas que praticassem alguma infração contra a
religião... a extensão da competência dos Tribunais Eclesiásticos
tornou a caça aos hereges essencialmente uma operação judicial.
Igreja e Estado uniram-se no combate à proliferação dos seguidores
de Satã”.
3.1 O processo penal acusatório
Segue a explicação do que seria esse processo:
“No sistema acusatório, a ação penal só poderia ser desencadeada
por uma pessoa privada, que seria a parte prejudicada ou seu
representante. A acusação era pública e feita sob juramento,
resultando na abertura de um processo contra o suspeito... Em caso
de dúvida, a determinação da culpa ou inocência era feita de modo
irracional, recorrendo-se à intervenção divina”.
“A atuação do juiz era somente a de árbitro imparcial, que orientava
todo o processo, mas nunca julgava o acusado. O papel de promotor
era desempenhado pelo próprio acusador”.
3.2 O processo por inquérito
Referente ao processo por inquérito:
“O processo por inquérito, que veio substituir o processo acusatório
no século XIII, consolidando-se em toda a Europa continental no
século XVI, alterou profundamente todo o sistema penal, atribuindo
ao juízo humano um papel essencial, condicionado pelas regras
racionais do direito”.
“Foi a Igreja que, principalmente, influenciou e incentivou a adoção
dos novos procedimentos no sistema penal... pelo fato de que o
novo sistema mostrava-se muito mais eficiente no combate aos
crimes de heresia”.
“No processo por inquérito, o desencadeamento da ação penal
ainda poderia ser feito pela acusação privada, mas o acusador não
tinha nenhuma responsabilidade em caso de inocência do réu. A
denúncia também poderia ser feita por habitantes de uma
comunidade inteira. Os oficiais do tribunal poderiam intimar um
suspeito de crime com base em informações por eles mesmos
obtidas”.
“Outro fator que diferenciou o processo por inquérito do processo
acusatório, foi a oficialização de todas as etapas do processo judicial
a partir da apresentação da denúncia. O juiz.... e os demais oficiais
do tribunal assumiam a investigação dos crimes e determinavam a
culpabilidade ou não do réu”.
3.3 A tortura
Sobre a tortura:
“O emprego da tortura... ressurgiu na Europa do século XIII não
como uma inovação, mas como uma restauração, dado o fato de ter
sido amplamente aplicado na Antigüidade e início da Idade Média”.
“O argumento para o uso da tortura era o de que, quando uma
pessoa fosse submetida ao sofrimento físico durante o
interrogatório, inevitavelmente, confessaria a verdade”.
3.4 A condenação
Quanto à condenação:
“Após a confissão, vinha a condenação e, em seguida, a execução
da pena. Mas, antes disso, o condenado era obrigado a confessar
sua culpa em uma igreja”.
“Após a morte na fogueira, os bens da pessoa executada eram
confiscados a pretexto de prover as custas do processo, o que leva
muitos historiadores a atribuírem o zelo pela condenação à cupidez
de alguns juízes”.
“Mas nem tudo estava acabado... devido à crença de que a
propensão para a prática de certos crimes era hereditária,
dificilmente os familiares de um condenado escapavam dos
processos”.
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Samyra recapitula a grande influência da Igreja no Estado, mostrando
que a inquisição serviu de fachada ara encobrir interesses maiores de ambos:
“Em suma, ainda que de forma embrionária, tentou-se situar
historicamente a Inquisição e demonstrar que o tema de fundo da
caça aos hereges e às bruxas foi o fato que a Igreja, ao ver-se
ameaçada por críticas aos seus dogmas e pelo surgimento de
religiões diferentes da católica, ergueu a bandeira de combate aos
chamados crimes religiosos. Em uma época e que o poder da Igreja
estava de tal forma imbricado ao poder do Estado, confundindo-se
com este em alguns casos, todas as rebeliões e manifestações
políticas assumiam caráter religioso e eram combatidas por um
sistema de repressão especialmente montado, com o objetivo de
justificar a existência da própria instituição eclesiástica”.
“A demonstração dessas mudanças, bem como dos motivos pelos
quais elas ocorreram, teve a finalidade de elucidar como o direito
sofreu influência direta dos interesses da Igreja”.
1.INTRODUÇÃO
José Carlos Moreira da Silva Filho, de introdução, mostra o porquê de
retomar os aspectos da colonização das Américas para entender nosso direito
penal:
“O sistema teórico latino-americano na área penal é de um
sincretismo assombroso, que, no fundo, esconde um discurso
extremamente racista, de natureza psicobiológica e de exclusão...
Para melhor entendimento dessa situação faz-se necessário ter
conhecimento do processo histórico-social que nos conduziu até o
presente momento”.
8.CONSIDERAÇÕES FINAIS
De início, é recapitulada a importância do discurso de Bartolemé de Las
Casas:
“Nessa idéia Las Casas baseou o princípio da igualdade entre todos
os seres humanos, sem importar seu grau civilizatório. Além disso,
partindo da clássica hierarquia das leis proposta por São Tomás de
Aquino, o frei entende que a lei natural seria ditada pelo próprio
intelecto humano, seria a sua manifestação justa de racionalidade.
Tal entendimento será usado para justificar a legitimidade das
sociedades políticas dos índios”.
“O domínio espanhol sobre a América não era legítimo, pois não
estava apoiado no consenso dos índios... O poder político da
Espanha só poderia ser exercido sobre a América se esta antes se
encontrasse sob domínio espiritual da Igreja”.
“Assim, para Bartolomé de Las Casas, uma verdadeira sociedade
constituía-se sobre esses princípios, em que a soberania e a
dignidade do índio, enfim, a sua própria condição de sujeito, eram
respeitadas”.
Finalizando, José Carlos explica a relação entre a dominação e a
aculturação dos índios com a nossa atual situação social:
“Com as reflexões presentes nesse texto, desejou-se chamar a
atenção para a correlação entre: genocídio físico e cultural da
colonização americana... e por fim, a prática violenta e genocida do
modelo penal latino-americano”.
“Enfim, como resultado dessas correlações, percebe-se que,
enquanto na América Latina persiste a desconsideração pela imensa
maioria da população miserável e oprimida, continuar-se-á sob
vigência de uma sociedade às avessas... É importante ter
consciência de todos esses processos, pois só assim se poderá
atingir uma ‘transmodernidade’, um ‘sétimo sol’”.
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS
De início, Cláudio faz uma análise de como esse Direito Colonial
influenciou o nosso sistema atual:
“Primeiramente, é de se perceber que o direito nacional,
infelizmente, nunca representou a contento os interesses do bem
comum da coletividade”,
“Essa herança histórica, por certo, influenciou consideravelmente o
modelo jurídico atual, o que não exclui, evidentemente, a
possibilidade de se pensar num direito dinâmico renovado que
aponte para efetivas transformações. Também não parece ser
incorreto vislumbrar-se operadores jurídicos, no presente,
comprometidos com a justiça, pois estes, antes que juízes,
promotores, advogados, etc., são verdadeiros cidadãos”.
“Por outro lado, não há como negar que o direito assim como se
apresenta não é o resultado da vontade nacional e sim daqueles que
dominam material e ideologicamente nossa sociedade”.
Finalizando, Cláudio resume a finalidade de seu texto:
“Foi essa perspectiva que se procurou privilegiar no decorrer destas
considerações. Isto é, o simples fato de se acumular conhecimentos
históricos do passado não faz com que os problemas
contemporâneos sejam resolvidos. Mas, se tais procedimentos
forem devidamente analisados e trazidos para o presente, de forma
crítica, tornam-se extremamente úteis para a compreensão dos
problemas existentes em nosso contexto atual”.
1.INTRODUÇÃO
José Wanderley inicia seu texto apresentando os assuntos que serão
tratados:
“Impunha-se efetivar uma análise em que restasse privilegiado o
estudo das raízes históricas das instituições jurídicas e que,
revelados os fatos históricos, propiciasse realizar uma releitura
crítica e desmistificadora dessas instituições”.
“Propôs-se, assim, partindo de obras gerais, a realizar uma incursão
por alguns textos que fizeram a ‘história da histografia brasileira
crítica’, e que... propuseram interpretações originais para os fatos
que compõem a história documentada do Brasil”.
“O que se pretende com o presente trabalho é, ainda que
brevemente e sem pretensão à originalidade, oferecer uma visão
panorâmica de alguns aspectos da história do bacharelismo,
procurando abordar os traços que se prestam a identificar o
fenômeno”.
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Primeiro, José Wanderley faz uma crítica ao atual uso da retórica”
“Certamente, tornou-se a retórica mais um signo... impregnou-se no
discurso do bacharel, atuando-o à forma desprovida de conteúdo...
em muitas ocasiões o discurso jurídico presta-se a esconder o
objeto, ao invés de revelá-lo”.
Finalizando, é feita outra crítica, dessa vez à disseminação
desproposital do “estilo bacharelesco”:
“Enfim, considerando-se que ser bacharel era um bom negócio,
podendo render algum prestígio ou distinção, verificou-se um certo
estímulo, especialmente entre as classes intermediárias, à prática do
bacharelismo formal. Falar difícil, vestir-se adequadamente, ostentar
um cultura literária e mesmo o conhecimento de textos legais tornou-
se prática verificável fora do currículo restrito dos bacharéis”.
Conclusão
retweet
0
Compartilhe no Orkut!
Adicionar comentário
Parte superior do formulário
Nome (obrigatório)
E-mail (obrigatório)
Website
Título
Atualizar
Enviar
Cancelar
86 com_content
Mais Acessados
• Sancionada lei que mudará trâmite de agravo de instrumento
Últimas Publicações
• Prefeitura de Paço do Lumiar - MA abre 947 vagas para diversos cargos e níveis
w w w .investidura