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OPINIÃO | PORTUGAL NÃO É UM DESTINO DE

PUBLITURIS PREMIUM

MODA É UM DESTINO PARA FICAR “COMEÇO A TER DÚVIDAS SE O NOVO

AEROPORTO VAI ACONTECER EM
Por Pub lituris a 22 de Março de 2018 as 16:23
2022”
A terminar o segundo mandato à frente da
Confederação do Turismo Português (CTP),
Francisco Calheiros anuncia que se vai...

“NECESSITAMOS DE MUDAR A
PERCEPÇÃO QUE EXISTE DA TAAG”
A saída da lista negra da União Europeia deu à
TAAG novos argumentos para se a rmar no
mercado português...

Muito se tem falado sobre Portugal, como o último tesouro escondido na Europa
ocidental. Muito se tem falado, entre portas, que Portugal, especialmente Lisboa, tem EDIÇÕES DIGITAIS
turistas a mais e que isso tem levado a uma descaraterização da cidade. Mas também
muito se tem falado que é o Turismo que faz crescer e aquecer a economia portuguesa,
seja ao nível da contribuição para o PIB, da criação de emprego, das exportações e
investimentos.
NOVA EDIÇÃO DO PUBLITURIS:
Um destino do século XXI é um destino inteligente que congrega três dimensões: o uso “NO SONHO DO ‘INCOMING’”
das tecnologias da comunicação e da informação para o desenvolvimento de políticas A nova edição do Publituris faz
públicas, a criação de um ambiente empreendedor para a implementação das melhores capa com a entrevista a José
políticas e serviços para os visitantes e, estas duas dimensões, aliadas na promoção da Manuel Antunes, director-geral
da Sonhando. O operador
qualidade de vida dos residentes.
turístico é conhecido sobretudo
Estaremos mesmo perante um fenómeno de entrada excessiva de turistas em Portugal ou pelo ne...
estamos a assistir a uma movimentação característica de circulação de pessoas que vêm
conhecer um destino que se tem destacado entre os mais conhecidos destinos da
< >
Europa?
Olhemos para o fenómeno do excesso de turistas, um fenómeno característico de
destinos maduros. Neste caso, podemos falar de cidades como Veneza, Barcelona ou até “SÓ O TURISMO PERMITIU A ÚLTIMAS MAIS LIDAS
Dubrovnik. Há, no entanto, duas diferenças claras entre a situação de Lisboa e a destes RECUPERAÇÃO E ASSEGURA A
destinos. A primeira é que estamos longe do nível de saturação que estas cidades já SUSTENTABILIDADE DO TACV COMEÇA A VOAR ENTRE LISBOA E
atingiram e, segundo, temos atualmente ao nosso dispor meios que permitem prever,
PATRIMÓNIO” SALVADOR A 18 DE JUNHO
ajustar e gerir a pressão turística de forma sustentável.
O trabalho da Parques de Sintra – Monte da
Portugal não tem turistas a mais. Portugal tem problemas pontuais cuja solução não pode,
Lua na recuperação e manutenção do
nem deve, passar pela restrição do Turismo. Falemos da pressão turística numa cidade património é considerado um...
TAP E AIGLE AZUR ESTABELECEM
como Veneza que tem pouco mais de 55 mil habitantes e recebe diariamente 75 mil ACORDO DE CODE-SHARE
turistas. No final do ano este destino, sozinho, acolheu 28 milhões de visitantes por ano.
Portugal, continental e ilhas, em 2017, estima-se que tenha recebido 23 milhões. É este o AQUISIÇÃO DA NORTRAVEL JÁ DEU
termo de comparação que devemos falar quando debatemos a pressão turística. ENTRADA NA ADC
Um destino inteligente responde a estas dinâmicas através do uso da Big Data e da PUB
partilha da mesma pelos agentes envolvidos, sejam eles privados, ou públicos. A recolha
de informação e o tratamento da mesma são instrumentos essenciais para uma planeada TURISMO DO CENTRO DE PORTUGAL
gestão urbana e regional, que permita direcionar os visitantes para outros locais turísticos PREVÊ “OCUPAÇÃO ELEVADÍSSIMA” NA
e mesmo para outros destinos menos conhecidos. Um destino que se quer sustentável e PÁSCOA
sustentado requer um cluster para a Big Data, para tornar Portugal um exemplo de
destino inteligente, onde visitantes e residentes usufruem dos espaços oferecidos pelos BRUSSELS AIRLINES APRESENTA
destinos de forma equilibrada. ‘AEROSMURF’
Portugal deve centrar-se em estar a par de destinos inteligentes com provas dadas de
sucesso. Espanha soube posicionar-se. Tem inclusivamente a ilha destino inteligente Las
Palmas, merecedora de vários prémios a nível internacional. Portugal tem tudo para
promover e implementar a internet das coisas. Nós, no Parlamento Europeu, já discutimos
a sua aplicação no Turismo. Esta dimensão requer não apenas vontade política e dos
agentes privados, mas também financiamento para a adaptação do sector.
Por este e muitos outros desafios, como a formação e a digitalização, propus, desde o
início do meu mandato, ao Parlamento Europeu, uma linha de financiamento própria
direcionada para o Turismo. Estou certa que conto hoje com uma larga maioria de
colegas no Parlamento Europeu de vários Estados Membros e grupos políticos, que me
apoiam nesta solução de apoio ao sector do Turismo. Cabe obviamente aos Governos e
à Comissão a decisão final.
Estamos no momento presente a discutir o período financeiro 2021-2027, esta é a altura
própria para lutar por esta indústria, por esta prioridade para o Turismo. Sabemos que os
desafios são inúmeros – aliás, o Brexit e as suas implicações em termos de redução do
orçamento comunitário é claramente um entrave – mas esta linha de financiamento não
só daria a visibilidade merecida ao Turismo, como seria fundamental para criar as
condições e o ambiente necessários para as empresas e os empreendedores
responderem aos desafios do futuro.
Pensar Portugal e as suas regiões continentais e insulares é pensar já nos meios a
implementar para, seguindo as boas práticas de outros países, fazer de Portugal mais um
caso de sucesso, ao lutar com as implicações e os desafios que a era digital traz , tal
< >
como a revolução industrial trouxe à sociedade da época. Sobrevivemos, adatamo-nos e
seremos caso de sucesso.

* A autora escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

Turismo

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