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RESUMO
Este trabalho trata do processo da leitura e escrita da criança imbricado com a
atuação docente do futuro professor, concretizada na práxis da extensão
universitária. Consideramos, aqui, o programa Bolsa Universidade Alfabetização, do
Projeto Ler e Escrever, da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, como o
fomentador dessa formação. O campo dos alunos pesquisadores é uma escola
estadual, na cidade de Cubatão, para observação e intervenção no processo do
ensino e aprendizado da alfabetização. A análise dos discursos dos sujeitos
observados – professora regente e alunos baseia-se nos estudos da Psicogênese
de Emilia Ferreiro. Recorremos, ainda, aos estudos de Vygotsky para compreender
a relação entre pensamento e linguagem das crianças. A metodologia organiza-se
por meio da pesquisa didática organizada por Délia Lerner. Os resultados parciais
desse estudo mostram que o processo de alfabetização requer conhecimentos de
natureza fonológica, morfológica, sintática, semântica, além da compreensão das
questões sociais. A inserção do futuro professor alfabetizador num programa de
extensão universitária com essa finalidade é imprescindível na formação desse
profissional.
ABSTRACT
This article deals with the process of reading and writing children's interwoven with
the teaching practice of future teachers, implemented in the praxis of university
extension. We consider the Literacy University Program, of the Reading and Writing
Project, of the Department of Education of the State of São Paulo, as the developers
of such training. The field of student researchers is a state school in the Cubatao city
for observation and intervention in the process of teaching and learning of literacy.
The analysis of the observed subjects - regent teacher and students is based on
studies of the Psychogenesis of Emilia Ferreiro. Appealed also to the studies of
Vygotsky to understand the relationship between thought and language of children.
________________________
¹ Docente na área de Informática em uma escola da rede particular de ensino. Bacharel em Ciência
da Computação – UNISANTA. Graduando em Letras – UNIBR / Faculdade de São Vicente.
² Graduando em Pedagogia – UNIBR / Faculdade de São Vicente.
³ Graduando em Letras – UNIBR / Faculdade de São Vicente.
The methodology is organized through research teaching organized by Delia Lerner.
Partial results of this study show that the literacy process requires knowledge of
phonological, morphological, syntactic, semantic, and understanding of social issues.
The insertion of future literacy teacher in university extension program for this
purpose is essential in the formation of this professional.
1. Introdução
Essa premissa nos situa ao conceito do construtivismo, onde o ser humano constrói
seu próprio conhecimento através das buscas constante para a resolução de
questões-problemas no processo de ensino-aprendizagem. Assim, inverte as antigas
conjeturas que pensavam que a criança era um recipiente vazio, mas agora, suas
ideias propõem que o aluno carrega um conhecimento que colabora na aquisição
da leitura e da escrita.
De acordo com suas teorias, Emília Ferreiro diz que a criança em seu processo de
alfabetização perpassa por três fases:
Nesta fase, a criança já começa a escrever e a ler não mais como elementos
gráficos mas percebe que a linguagem escrita representa a liguagem oral. Assim, a
escrita alfabética representa, segundo Emília Ferreiro (2010, p.193, p.202, p.209),
“[...] o conflito entre as formas gráficas que o meio lhe propõem e a leitura dessas
formas, mescla a compreensão da fase anterior para a assimilação das silabas [...]”.
Dessa forma, vamos fazer com que o aluno passe do processo de assimilação para
o de acomodação, ou seja, modificar a sua estrutura mental antiga para dar conta de
dominar um novo objeto do conhecimento, que é a compreensão do valor sonoro de
vogais e consoantes para valor silábico.
Um aluno que nos chamou bastante atenção e que nos ajudou a enxergar os
diversos fatores que envolvem o processo de alfabetização chama-se Maicon. Ele
apresenta um grande desequilíbrio emocional e cognitivo, a começar pela
afetividade, que para Wallon (1995) “As transformações psicogênicas do ser
humano está diretamente ligado ao desenvolvimento afetivo da criança, pois a
efetividade floresce em conjunto com desenvolvimento fisiológico da criança, mas
não cria atitudes e nem modos de sentir por si própria, ou seja, somente pelo
desenvolvimento nervoso, mas a partir da fusão do meio social com o orgânico que
ocorrem os desenvolvimentos psíquicos, como já foi exposto anteriormente.”
Dessa forma, pedimos para o aluno construir em conjunto com o professor uma
história sobre festa e a escrevesse em uma folha. Pedimos ainda para que o
professor repetisse a palavra “festa” muitas vezes durante o percurso da atividade.
Após o termino da história, solicitamos ao aluno que escrevesse a palavra “FESTA”
e depois que ele escrevesse o nome de alguns alunos da sala que comecem com
“TA”. Num primeiro momento, o aluno associa o “TA” com o T, provocando na
instância cerebral o conflito não-assimilável estimulando o próprio organismo a
mudar seus esquemas assimiladores. Então, nesse conflito, o aluno vai passando
para fases de estabilidade psíquica, isto é, o equilíbrio do organismo, de
compreensão do novo conhecimento. Aqui, nesse momento de adaptação, é preciso
identificar os limites de estímulos propostos pelo mediador: não podemos dar
respostar prontas o aluno, pois o mesmo precisa criar seu próprio caminho para a
autonomia.
Portanto, o professor tem seu papel que é ser como um jardineiro que providencia
as melhores condições externas para que as plantas cresçam no seu
desenvolvimento natural. As plantas crescem sozinhas, o jardineiro só tem que
preparar uma boa terra. Assim também é o professor na sua postura de mediador do
conhecimento, pois os alunos são sujeitos ativos na busca do conhecimento, logo,
temos que criar as melhores condições para essa evolução do aprendizado.
4. Extensão universitária
Além da rotina cotidiana, o AP, como o próprio nome diz, faz uma pesquisa
de natureza didática na sala de aula em que está atuando, para
acompanhar o avanço dos alunos na leitura e na escrita. Orientado pelo
respectivo professor orientador (PO) da Instituição de Ensino Superior onde
estuda, ele observa e registra as atividades didáticas desenvolvidas em sala
de aula, aprofundando esses procedimentos com estudos sobre os temas
desenvolvidos. Essa investigação feita pelos alunos em sala de aula conta
com a supervisão da Profª Delia Lerner, docente da Universidade de
Buenos Aires. (GARCIA, 2010).
5. Formação docente
Essa concepção de gestão educacional contribui para romper uma visão tecnicista
na organização do curso. Embora essa não seja a determinante razão do mesmo, a
formação do educando quando em contato com o seu meio qualifica o ensino
adquirido.
Advir que a relação entre a teoria e a prática revela preocupação com as práticas
que “imitam modelos escolares” e priorizam a instrumentação técnica, levando a um
caminho capcioso, por vezes denotado nas pesquisas de desenvolvimento escolar.
Nesse sentido, a pesquisa aplicada leva a superar essa dicotomia que circunda o
campo do conhecimento e o caminho que ela percorre até a cognição do aluno com
o aprendizado. “A qualidade do ensino depende de que as pessoas afetadas por
decisões institucionais exerçam o direito de participar desse processo de decisões,
assim como tenham o dever de agir para implementá-las.” (LUCK, 2006, p. 48)
O pensamento não existe isolado da ação. A educação deve servir para resolver
situações da vida e a ação educativa tem como elemento fundamental o
aperfeiçoamento das relações sociais, deixando de ser vista como apêndice
curricular, mas um instrumento pedagógico que contribui para a superação da
concepção de uma nova metodologia funcional. O estágio se constitui como um
campo de conhecimento, o que significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que
supera sua tradicional redução à atividade prática temporária; enquanto no campo
de conhecimento, o estágio se produz na formação social da pratica educativa, tal
como parte unificada do enfoque. Sem esse, o currículo de formação constitui-se em
um aglomerado de disciplinas interligadas entre si sem qualquer explicitação de
seus nexos.
6. Considerações Finais
Este trabalho, ainda em andamento, tem como objetivo refletir acerca da formação
docente do futuro professor levando em consideração a práxis da extensão
universitária como aliada da construção do real conhecimento por meio da interação
entre Universidade, aluno e comunidade.
Tendo como base a análise dos resultados, foi possível identificar que: a) a extensão
universitária é de suma importancia na formação docente pois permite a vivência e
contato com situações reais do cotidiano profissional os quais não são possíveis
realizá-los na Universidade. b) o papel ativo da criança em seu processo de
alfabetização leva em consideração os aspectos linguísticos e sociais do contexto da
mesma. c) a interação entre a Universidade, o aluno e a comunidade é elemento
primordial na construção do saber e fazer docente.
1995.