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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Laboratório de Máquinas I – 2018.1
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GERADOR DE CORRENTE CONTÍNUA AUTO-EXCITADO
O gerador de corrente contínua auto-excitado é aquele cuja corrente de excitação ou corrente de
campo é fornecida pela própria armadura. Dependendo da ligação do campo com a armadura, o
gerador auto-excitado pode ser chamado de gerador em derivação ou paralelo (quando o campo está
em paralelo com a armadura), gerador série (quando o circuito de campo está em série com a
armadura) e gerador composto (quando possui ambos os circuitos de excitação em paralelo e série).
Suponha um gerador em derivação com corrente de excitação nula. Na prática 1, já se observou
que existe uma pequena tensão residual “Eao” devido ao magnetismo residual. Se o circuito de
campo for alimentado por esta tensão, a corrente imposta produzirá uma FMM de campo. Neste
caso, duas situações podem acontecer:
1. Esta FMM produz um fluxo que se somará ao fluxo residual;
2. O fluxo produzido será em sentido oposto ao fluxo residual.
No segundo caso, a tensão nos terminais da armadura decrescerá, e a máquina não atingirá a
tensão terminal desejada (Por que?). Entretanto, se a ligação do circuito for feita de maneira
adequada (o que significa, neste caso, a expressão maneira adequada?) então a FMM produzida pela
corrente devido à tensão Eao na Fig. 3.1 causará um aumento do fluxo nos pólos, que
conseqüentemente aumentará a tensão nos terminais de armadura do gerador.
Aplicada uma tensão qualquer ao circuito de campo em derivação, por ele passará uma corrente
tal que a relação entre a tensão e a corrente será uma constante, igual à resistência do circuito de
campo. Na Fig. 3.1 Rexc representa esta resistência.
Pode-se, agora, observar o escorvamento do gerador tomando como base a Fig. 3.1. Com apenas
o magnetismo residual, a tensão nos terminais de armadura será Eao. Se esta tensão for aplicada ao
circuito de campo paralelo, por ele circulará uma corrente igual à abscissa do ponto B1; este valor de
corrente de campo aumentará o fluxo no pólo que produzirá uma tensão cujo valor será igual à
ordenada do ponto C1; esta tensão, por sua vez, aplicada ao circuito de campo produzirá uma
corrente de campo igual ao valor da abscissa do ponto B2, a qual corresponde à tensão em vazio dada
pela ordenada do ponto C2. Nesta progressão, a f.e.m. no gerador subiria, indefinidamente, caso não
existisse a saturação, motivo pelo qual a tensão se estabiliza no valor dado pela ordenada do ponto
D, que é o cruzamento da reta da resistência do circuito de campo e a característica em vazio do
gerador.
Influência da resistência do circuito de campo - Para valores diferentes da resistência do circuito
de campo, o cruzamento entre a característica da resistência e a característica do gerador em vazio se
dará num ponto diferente de D como mostrado na Fig. 3.2. Para valores mais elevados da resistência
do circuito de campo o cruzamento se dará em algum ponto na direção de DI. Para valores de
resistência menores que Ro o cruzamento se dará em pontos de maior ordenada como em DIII .
Figura 3.1 - Escorvamento do gerador cc Figura 3.2 - Escorvamento do gerador cc para diferentes
resistências de campo.
1
As ordenadas dos pontos de cruzamento DI, DII, DIII e DVI são os diversos valores em que a
tensão terminal do gerador em vazio se estabiliza para os diferentes valores da resistência do circuito
de campo (entende-se por resistência do circuito de campo o valor total da resistência do reostato em
série somado com a resistência da própria bobina). Se esta resistência for demasiadamente elevada
de modo que a característica da resistência apenas tangencie a característica em vazio (Ro), então a
tensão em vazio permanecerá, praticamente, a mesma que a produzida pelo magnetismo residual
(por quê?). Neste caso a máquina também não escorvará.
Objetivos:
- Verificar os efeitos que a polaridade e a resistência do campo paralelo têm no escorvamento da
máquina.
- Observar os efeitos do magnetismo residual.
- Observar os efeitos da saturação.
- Levantar a curva característica da máquina de corrente contínua auto-excitada.
Procedimentos:
1. Usando um multímetro, identifique os terminais de campo ( F1 e F2 ) e os terminais de armadura (A1 e
A2) do gerador C.C.
2. Conecte a máquina primária (motor de indução) ao sistema de corrente alternada (380V). Confira as
ligações e então acione o motor, que deve girar. Desligue-o.
3. Para o gerador de corrente contínua acoplado mecanicamente à máquina primária, monte o circuito
mostrado na Fig. 2.3. Ajuste o reostato de campo no seu valor máximo.
A 0-2 A
A1 Raj
BORNES 1
2200
Armadura (ou maior)
380 Vca MIT F1
Va V
w
If
Campo 0-500V
CHAVE 1 A2 Paralelo
F2
9. Ajuste If para que Va seja igual a 200 V. Em seguida, desligue a máquina primária (motor de indução).
10. Com a ajuda de um osciloscópio digital, observe a tensão de armadura durante o processo de
escorvamento do gerador cc. Dica: [ TRIGGER AUTO; 2,5 s/div; ponteira x10; canal x10; 50 V/div ].
(RELATÓRIO)
Sabendo que a característica da resistência de campo passa pela origem, calcule o valor da resistência do
campo para os vários valores de tensão do item 8 e trace a curva característica do gerador shunt a vazio (Va x
If) juntamente com as linhas referentes às tensões de 50, 150, 210 e 260 V.
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