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FILOSOFIA MODERNA I

Resumo

PROF.: Alexandre Guimarães


Aluno Marcos Goulart
Texto: “Do Mundo Fechado ao Universo Infinito”
Ao iniciar a leitura do texto nos deparamos com o primeiro espanto, diante da afirmação
“Coisas que nunca ninguém viu e pensamentos que nunca ninguém teve.”1. Nos é apresentado a
grande descoberta de Galileu, a observação das estrelas fixas com o uso do telescópio, outra
invenção da época, foi possível a este observar o céu, o que trouxe grandes conseqüências para a
humanidade, com o auxilio deste aparelho foi possível a Galileu ultrapassar limites determinados da
natureza, e isto fez com que estas descobertas tenham sido acatadas com certa desconfiança no
ulterior da ciência astronômica, no entanto com esta descoberta, a ciência como tal entrou numa
fase chamada instrumental. A invisibilidade, para o olho humano, das estrelas fixas observadas por
Galileu, poderiam ser interpretados de dois modos que se diferem. “ a) quer porque são demasiado
pequenas; b) quer porque estão demasiado afastadas de nós para que as possamos ver".” 2; a
segunda interpretação, hoje é a que mais nos agrada, pois parece a única possível, mas no século
XVIII não se pensava assim. No entanto ambas convêm aos dados da óptica. E por razões
filosóficas optou-se pela segunda interpretação, inclusive Galileu.
Florentino no debate sobre a finidade ou a infinidade do universo, é a quem a ciência
moderna mais deve reverência. No entanto ele nunca disse aceitar uma ou outra hipótese; mas
diferentemente de Ptolomeu, Copérnico ou Kepler, ele não admite a limitação do mundo. Galileu
por sua vez não aceita a idéia de um centro do universo, opondo-se a Ptolomeu, Copérnico e
Kepler; Salviati porta-voz de Galileu, pergunta a Simplício como ordenar a descoberta feita, e com
a resposta dada por Simplício, Salviati se vê de frente com outra indagação, a de que aceitando a
resposta dada por Simplício iriam de encontro à disposição feita por Copérnico. Galileu por sua
parte coloca que tem dúvidas entre uma ou outra verdade, sobre a finitude ou infinitude do
universo. No entanto Galileu tal como Copérnico, nunca tomaram a decisão de tornarem seu
mundo infinito; e sim Galileu usou a expressão “interminado” para o seu mundo.
Descartes foi quem formulou, de forma clara e distinta os princípios na ciência nova e da
nova cosmologia matemática, no entanto ele se deixou levar longe demais, e ao identificar matéria e
espaço, não apresentou uma solução correta aos problemas colocados pela ciência do século XVIII;
“O Deus de um filósofo e o seu mundo correspondem-se sempre”3. ; no entanto o Deus de
Descartes não é representado pelas coisas que ele mesmo criou, e o único atributo da criação que ele
nos dá é sua imutabilidade; a única exceção é nossa alma, que é puro espírito, um ser, substância
cuja essência está no pensamento, que é capaz de captar a idéia de Deus, ou seja, do infinito, o Deus
cartesiano nos deu algumas idéias claras e distintas que nos permitem conhecer a verdade, desde

1
Cap. IV; pág. 91.
2
Pág. 96
3
pág.101
que não nos afastemos dela e não incorramos em erros. E ao acedermos a respeito do mundo cujo
ele criou podemos ter um conhecimento verdadeiro. O mundo de Descartes não é um mundo belo,
cheio de formas, o mundo quotidiano é um mundo subjetivo; o mundo de Descartes é um mundo
matemático uniforme, de geometria reificada, no qual nossa idéias claras e distintas não dão um
conhecimento certo e evidente. Este mundo subjetivo contém matéria e movimento; ou antes, sendo
a matéria idêntica ao espaço ou extensão, ele contém apenas extensão e movimento. A identificação
de Descartes da extensão da matéria (isto é, a afirmação de que “não é o peso, nem a dureza, nem
a cor, etc., que constitui a natureza do corpo, mas unicamente a extensão”, ou, noutros termos, que
“a natureza do corpo tomado em geral não consiste em ele ser uma coisa dura, ou pesada, ou
colorida, ou que nos toca os sentidos de qualquer outro modo, mas em ele ser uma substância
alongada em comprimento, largura e profundidade” e que, reciprocamente, a extensão em
comprimento, largura e profundidade não pode ser concebida – e em conseqüência existir – senão
como pertencendo a uma substância material), esta identificação implica conseqüências muito
remotas, a primeira das quais é a negação do vácuo, que Descartes rejeita de um modo ainda mais
radical do que o próprio Aristóteles.4 Para ele o vácuo não é apenas impossível fisicamente, como
ele é essencialmente impossível; pois se existisse seria uma contradictio in adjectio, um nada
existente. Demócrito, Lucrécio e seus discípulos, que acreditavam nisto são vitimas de um
pensamento confuso e de uma falsa imaginação. Descartes não apenas declara, como haviam feito
Bruno e Kleper, que não existe no mundo um espaço vazio, e que o espaço físico está ocupado por
“éter”. Mas vai muito mais longe e nega que haja qualquer coisa que seja “o espaço”, enquanto
entidade distinta da “matéria” que o preencheria.5 Para ele matéria e espaço são idênticos e só por
abstração podem ser distinguidas; pois o corpo não está no espaço, e sim entre outros corpos; o
espaço que eles ocupam não é nada que difira dele próprios. Outra conseqüência importante da
identificação da extensão e da matéria está na rejeição não da finitude do espaço, mas também das
do mundo material e real; pois atribuir-lhes fronteiras além de falso, ou absurdo, é também
contraditório. Descartes não aceita o mundo real infinito, para ele o qualitativo de “infinito” e
destinado apenas a Deus. Em sua concepção mundo é apenas indefinido. Uma vez que somente
através da infinitude de Deus é que sua existência pode ser provada, e isto acarreta que a existência
do homem sendo um ser finito e dotado da idéia de Deus pode ser definida. O mundo de Descartes
parece ser infinito apenas em potência.
Descartes atribui a imperfeição do nosso entendimento a capacidade de conhecer a perfeição
das coisas, mesmo assim e deixa em uma passagem a possibilidade da infinitude do universo

4
pág. 103.
5
Pág. 103,104.
“devemos observar cuidadosamente duas coisas: a primeira é que tenhamos sempre em vista que a
potência e a bondade de Deus são infinitas, a fim de que isso nos faça saber que não devemos
temer enganar-nos ao imaginar as suas obras demasiado grandes, demasiado belas e demasiado
perfeitas: mas que podemos errar, pelo contrário, se supusermos nelas quaisquer termos ou
quaisquer limites de que não tenhamos nenhum conhecimento seguro.”6

6
Pág. 109

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