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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
NATAL-RN
2017
Tadeu Diniz Correia de Aquino
Análise da interseção semaforizada formada pelas Av. Prudente de Morais e Av. Amintas
Barros
Natal-RN
2017
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Sistema de Bibliotecas – SISBI
Catalogação da Publicação na Fonte - Biblioteca Central Zila Mamede
Análise da interseção semaforizada formada pelas Av. Prudente de Morais e Av. Amintas
Barros
___________________________________________________
Prof. Dr. Enilson Medeiros dos Santos – Orientador
___________________________________________________
Prof. Ma. Lúcia Rejane de Almeida Xavier – Examinador interno
___________________________________________________
Ma. Sarah Araújo Costa – Examinador externo
Natal-RN
2017
DEDICATÓRIA
Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better.
Samuel Beckett
RESUMO
Title: Analysis of the signalized intersection formed by Prudente de Morais Ave. and Amintas
Barros Ave.
Signalized intersections are essential for good traffic performance and conflict
resolution today. For this to be possible, methods and models are often designed, analyzed
and updated to promote greater control of this type of intersection. Through the methods
proposed by the Highway Capacity Manual (TRB, 2010) and methods derived from the
studies that conceived it, this paper presents a diagnosis of the current situation of an
important intersection in Natal-RN and suggests alternatives to be implemented in order to
promote a better level of service and reduction of control delay presented at the intersection,
making a comparison between the HCM propositions and the methods adopted by the
Brazilian agencies.
1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 14
1.1 - Considerações iniciais ............................................................................................ 14
1.2 - Objetivos ................................................................................................................. 15
1.2.1 - Objetivo geral................................................................................................... 15
1.2.2 - Objetivo específico .......................................................................................... 15
1.3 - Estrutura do trabalho ............................................................................................ 15
3 - METODOLOGIA ...................................................................................................... 31
3.1 - Determinação do fluxo de saturação .................................................................... 31
3.2 - Níveis de serviço ..................................................................................................... 32
3.3 - Apresentação da Interseção .................................................................................. 34
3.4 - Geometria da Interseção ....................................................................................... 35
3.5 - Caracterização dos Movimentos. .......................................................................... 36
3.6 - Programação do plano semafórico ....................................................................... 37
4 - RESULTADOS .......................................................................................................... 39
4.1 - Definição dos grupos de movimentos ................................................................... 39
4.2 - Fluxo de veículos .................................................................................................... 39
4.3 - Fluxo de saturação e Capacidade das vias........................................................... 46
4.4 - Atraso ...................................................................................................................... 46
6 - CONCLUSÃO ............................................................................................................ 56
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 57
APÊNDICES .......................................................................................................................... 58
INDICE DE FIGURAS
1 – INTRODUÇÃO
1.2 - Objetivos
2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com Garber e Hoel (2009), uma interseção é “uma área, compartilhada por
duas vias cuja função principal é a mudança de direção de uma rota. ” Existem interseções
que são formadas por apenas duas ruas, consideradas interseções simples, mas podem existir
interseções mais complexas formadas por três ou mais ruas na mesma área.
Ainda de acordo com Garber e Hoel (2009), as interseções são divididas em três tipos:
interseções em desnível com rampa, interseções em desnível sem rampa e interseções em
nível. O Manual de Projeto de Interseções, 2.ed. (DNIT, 2005) caracteriza os tipos de
interseção como sendo em nível ou em nível diferente.
Diversos tipos de sinalização e sistemas de controle de tráfego são utilizados em
interseções, de forma a reduzir o tempo de espera e acidentes nas interseções e para aumentar
a capacidade das vias. O modelo mais comum utilizado em interseções urbanas com grande
volume de tráfego é o semáforo.
O principal fator para definir se uma interseção necessita ou não de semáforo é o seu
volume de trafego, apesar de que outros fatores como a quantidade de pedestres ou de
acidentes ocorridos na área podem afetar a decisão.
O objetivo da sinalização semafórica em uma interseção é de reduzir o tempo médio
de espera de todos os veículos e a probabilidade de acidentes. Esses objetivos são atingidos
através da diminuição do número de conflitos, atribuindo a preferência de passagem das
diferentes faixas de trafego em tempos distintos. Existe um conflito entre a redução de
acidentes e o tempo médio de espera dos veículos, isso se dá porque para reduzir o tempo de
espera é necessário o menor número de estágios possível, mas as vezes um número maior de
estágios é necessário para separar os movimentos conflitantes de tráfego.
No Brasil, diversos estudos foram elaborados em relação a engenharia de tráfego,
entre eles são destacados o Manual de Projetos de Interseções, 2.ed. (DNIT, 2005) e o
Volume V – Sinalização Semafórica do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito,
elaborado pelo DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito em 2014, aprovado pela
resolução 483, de 09 de abril de 2014. Esses estudos foram todos baseados no Highway
Capacity Manual, elaborado pelo Traffic Research Board em 2000. Porém, apesar do TRB ter
atualizado o HCM no ano de 2010, o DENATRAN resolveu não levar em conta essas
modificações em seu estudo. Para esta análise, será discutido o método do HCM 2000, as
adaptações brasileiras e as atualizações impostas pelo HCM 2010, de forma a obter um
resultado baseado em estudos mais recentes.
17
2.1 - Conceitos
Na engenharia de tráfego, em especial no estudo de interseções semaforizadas,
existem conceitos que foram definidos ao longo dos anos e de pesquisas realizadas nas mais
diversas situações e lugares diferentes. Alguns desses conceitos, essenciais para elaboração
deste trabalho, são definidos a seguir.
onde,
𝑡" – tempo de ciclo, em segundos;
𝑥𝑚 – grau de saturação;
𝑇( – tempo perdido total, em segundos;
18
𝑛 – número de estágios;
𝑦+ – taxa de ocupação do grupo de movimentos crítico do estágio 𝑖.
O DENATRAN (2014) afirma ainda que “de acordo com Webster, tempos de ciclo
na faixa de 0,75 a 1,5 do tempo de ciclo ótimo produzem atrasos médios por veículos no
máximo 20% superiores ao valor do atraso obtido com o tempo de ciclo ótimo.”
Mannering e Washburn (2014) ponderam que, apesar do ciclo mínimo ou ótimo ser
calculado, devem ser observadas práticas gerais. A aceitação pública e tolerância à espera
pelos motoristas na interseção deve ser observada, não sendo recomendada a prática de ciclos
maiores que 180 segundos, exceto em casos excepcionais.
para cada estágio. O tempo de ciclo é nada mais do que a soma de todos os tempos de verde
efetivo mais o total do tempo perdido. Então, após subtrair o tempo perdido total do tempo de
ciclo, o resultado final será o tempo de verde total que pode ser distribuído entre os estágios.
O tempo de verde real de um estágio é, segundo DENATRAN (2014) “a duração do
período em que o respectivo grupo focal permanece em verde, durante um ciclo.”
O tempo de verde efetivo do estágio é a denominação dada ao período do tempo de
verde do estágio que será efetivamente utilizado pelo fluxo do grupo de movimento crítico.
Existem diversas estratégias para determinação do tempo de verde efetivo de cada
aproximação, entre elas está o método a seguir, que foi apresentado pelo HCM (2000),
adaptado pelo DENATRAN (2014) e conservado no HCM (2010):
𝑦+ (Equação 3)
𝑡7,898:,+ = ×𝑡
𝑥𝑚+ "
onde,
𝑡7,898:,+ – tempo de verde efetivo do estágio 𝑖, em segundos;
𝑦+ – taxa de ocupação do grupo de movimentos crítico do estágio 𝑖;
𝑥𝑚 – grau de saturação;
𝑡" – tempo de ciclo, em segundos.
tenham tempo para frear antes da linha de retenção (𝑑. na Figura 1). Um tempo de
entreverdes mal escolhido, de acordo com Garber e Hoel (2009), pode gerar uma “zona de
dilema”, uma área próxima a interseção em que os veículos nem podem parar com segurança
nem atravessar a interseção sem ter que acelerar além da velocidade limite da via para
conseguir cruzar. O HCM (2010) recomenda um tempo de amarelo na faixa entre 3 a 6
segundos. O Tempo de vermelho geral, quando utilizado, varia de 1 a 2 segundos.
𝑑A + 𝑐 (Equação 6)
𝑡7? =
𝑣
onde,
𝑡7? – tempo de vermelho geral, em segundos;
𝑑A – extensão da trajetória do veículo entre a linha de retenção e o término da área de
conflito, em metros;
𝑐 – comprimento do veículo, em metros.
= (Equação 9)
𝑡7,>+,( = 3.2 + + 0,27𝑁(8F para 𝑤 ≤ 10 pés (3,05m)
7M
Onde,
2.1.6 - Capacidade
A capacidade de um grupo de movimentos é a denominação ao volume máximo de
veículos que passarão pela aproximação no período de uma hora em sua operação normal, ou
seja, considerando a quantidade do tempo de verde que receberá em relação ao ciclo. Pode ser
determinada pela equação 11.
𝑡7,898: (Equação 11)
𝐶𝑎𝑝 = 𝐹𝑆×
𝑡"
onde,
𝐶𝑎𝑝 – capacidade, em veículos por hora ou ucp/h;
𝐹𝑆 – fluxo de saturação, em veículos por hora ou ucp/h;
𝑡7,898: – tempo de verde efetivo, em segundos;
𝑡" – tempo de ciclo, em segundos.
fluxo de saturação base como sendo 1900 veículos/h, de acordo com um estudo em vias de
condições consideradas normais. O fluxo de saturação pode ser definido pela equação 13,
quando possível obter dados em pesquisas de campo.
3600 (Equação 13)
𝐹𝑆 =
ℎ
onde,
𝐹𝑆 – fluxo de saturação em veículos/h;
ℎ - headway médio para a faixa ou grupo de faixas, no ciclo considerado, em
segundos;
combinação de todo o tempo de ciclo que não está efetivamente sendo utilizado pelos
veículos, entre eles podemos destacar o tempo perdido inicial, o tempo perdido final e o
tempo do estágio exclusivo de pedestres.
O tempo perdido inicial ocorre devido ao fato que, ao ocorrer a mudança do
semáforo de vermelho para verde, os motoristas na fila não começam a se mover
instantaneamente na taxa do fluxo de saturação, isso indica que uma parte do tempo de verde
não está sendo efetivamente utilizado. Este valor, segundo Mannering e Washburn (2014) fica
em torno de 2 segundos.
O tempo perdido final ocorre quando a indicação semafórica muda de verde para
amarelo, pois a porção final do tempo de amarelo geralmente não é utilizada pelos veículos.
Adicionalmente, se houver um tempo de vermelho geral, este tempo também irá compor o
tempo perdido final, pois também geralmente não é utilizado.
A figura 3 representa os tempos perdidos inicial e final em um estágio saturado. O
DENATRAN (2014) representa o tempo perdido total pela equação 15.
,
(Equação 15)
𝑇( = 𝑡8( + 𝑡(+,_ + 𝑡(9,_
+-.
onde,
𝑇( – tempo perdido total, em segundos;
𝑡8( – tempo de estágio exclusivo para pedestres, caso existente, em segundos;
𝑛 – número de estágios veiculares existentes;
𝑡(+,_ – tempo perdido no início do estágio 𝑖, em segundos;
𝑡(9,_ – tempo perdido no final do estágio 𝑖, em segundos.
27
onde,
𝑎b – atraso médio por veículo para aproximação A em segundos;
𝑎+ – atraso médio por veículo para o grupo de faixas 𝑖 (na aproximação A), em
segundos;
𝑣+ – fluxo de veículos de análise para o grupo de faixas 𝑖, em veículos/h.
Após o cálculo do atraso em todas as aproximações, eles podem ser agregados para
chegar no resultado total do atraso da interseção. O atraso agregado para a interseção pode ser
dado pela equação 18.
b 𝑎b 𝑣b (Equação 18)
𝑎c =
b 𝑣b
onde,
𝑎c – atraso médio por veículo para a interseção, em segundos;
𝑎b – atraso médio por veículo para a aproximação A, em segundos;
𝑣b – fluxo de veículos de análise para a interseção A, em veículos/h.
29
Com
𝐹9 = 𝐹+ + 𝑡b 𝑣 − 𝑐b (Equação 22)
Se 𝑣 ≥ 𝑐b , então
𝐹91 = 𝑇 𝑣 − 𝑐b (Equação 23)
𝑡b = 𝑇
Se 𝑣 < 𝑐b , então
𝐹91 = 0.0 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠 (Equação 24)
𝐹+
𝑡b = ≤ 𝑇
𝐶𝑎𝑝> − 𝑣
30
onde,
3- METODOLOGIA
neste nível. O número de veículos parando é significante, apesar de que muitos veículos ainda
passam através da interseção sem parar.
Nível de serviço D: Operações com atraso de controle entre 35 e 55s/veículo e grau de
saturação menor que 1.0. Tipicamente atribuído quando o grau de saturação é alto, a
progressão é ineficiente ou o tempo de ciclo é muito longo. Muitos veículos param e falhas
individuais de ciclo são notáveis.
Nível de serviço E: Operações com atraso de controle entre 55 e 80s/veículo e o grau
de saturação menor ou igual a 1.0. Tipicamente atribuído quando o grau de saturação é alto,
progressão desfavorável e o tempo de ciclo é muito longo. Frequentemente ocorrem falhas
individuais de ciclo.
Nível de serviço F: Operações com atraso de controle excedendo os 80s/veículo ou
um grau de saturação maior que 1.0. Este nível é tipicamente atribuído quando o grau de
saturação é extremamente alto, a progressão é bastante deficiente e o tempo de ciclo é longo.
A maioria dos ciclos falha em limpar a fila.
A tabela 1 descreve as situações e o nível de serviço atribuído para a avaliação dos
automóveis conforme descrito acima.
Fonte: Autor.
Conforme análise no local, foi possível determinar a geometria da interseção, obtendo
as quantidades e larguras das faixas, medidas dos canteiros, calçadas, travessias de pedestres e
inclinação nas aproximações. O resultado dessa análise está exposto na figura 5, que retrata
fielmente a condição da rua no período deste estudo.
36
Fonte: Autor.
37
O plano que atua no período de análise da pesquisa, das 17:00h às 18:30h, foi o plano
4 e sua distribuição de tempos está demonstrada na tabela 4. Porém, após observação em
campo, foi possível constatar que os tempos efetivamente em vigor no semáforo têm uma
pequena diferença em relação ao tempo proposto pela STTU, portanto, iremos utilizar os
tempos efetivamente observados, conforme tabela 5.
ENDEREÇO
PRUDENTE DE MORAIS / AMINTAS BARROS
FASES ESTÁGIOS PLANO EM VIGOR CICLO VM TOTAL
FASE 1 120 4 1 30 4 1 160 36
FASE 2 120 4 1 30 4 1 160 126
39
4 - RESULTADOS
4.4 - Atraso
As tabelas a seguir apresentam os valores de atraso medidos através das equações dos
itens 2.12 a 2.15, obtidas do HCM (2010), assim como a classificação em relação ao nível de
serviço de cada aproximação e da interseção como um todo.
O atraso da interseção foi medido a partir da equação 18, que leva em consideração
uma média ponderada em relação ao fluxo das aproximações no horário analisado.
48
Fonte: Autor.
50
A figura 7 apresenta também a introdução dessas placas. Como não foi possível
observar nenhuma placa parecida no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume I
– Sinalização Vertical de Regulamentação, onde a placa identifique todos os movimentos
permitidos para a aproximação, a figura 8 apresenta uma sugestão para um estilo dessa placa,
que deverá ser regulamentado junto aos órgãos competentes caso venha a ser utilizada.
Fonte: Autor.
Essa redução no número de conflitos que causam mudança de faixa, assim como a
consciência dos motoristas, apesar de se tratar de um movimento incorreto em relação à
regulamentação da via, faz com que esse fator tenha um impacto menor na capacidade da via.
5.4 - Atraso
Os atrasos obtidos expressos nas tabelas 13 a 17 relatam os problemas hoje
encontrados na interseção, onde a aproximação C recebe pouco do tempo de ciclo e não
consegue escoar o seu volume, sem a presença de filas e esperas extremamente elevadas,
operando em regime saturado, já as aproximações A e B apresentam atrasos pequenos,
representando uma folga em sua operação.
5.5.1 - Proposta 1
Considerando o resultado dos cálculos, o tempo de verde adotado será mais que
suficiente para a travessia segura dos pedestres durante o intervalo de verde no ciclo.
ENDEREÇO
PRUDENTE DE MORAIS / AMINTAS BARROS
FASES ESTÁGIOS PROPOSTA 1 CICLO VM TOTAL
FASE 1 80 4 2 27 4 3 120 36
FASE 2 80 4 2 27 4 3 120 89
5.5.2 - Proposta 2
6 - CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
HOEL, Lester A.; GARBER, Nicholas J.; Traffic and Highway Engineering. 4a. Ed.
Toronto: Cengage Learning, 2009.
ROESS, Roger P. et al. Traffic Engineering. 4a. Ed. Upper Saddle River: PEARSON, 2011.
MANNERING, Fred L.; WASHBURN, Scott S.; Principles of Highway Engineering and
Traffic Analysis. 5a. Ed. Hoboker: John Wiley & Sons, Inc., 2014.
58
APÊNDICES
ANEXO A