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Faculdade de Economia
Departamento de Ciências Sociais
IMPACTO DA DESVALORIZAÇÃO DO
KWANZA NA ECONOMIA DE
ANGOLA
Grupo 02:
Dados do Grupo:
Sala: A | Ano: 2º | Turno: Tarde | Semestre: II
Grupo 02
Dados do Grupo:
Sala: A | Ano: 2º | Turno: Tarde | Semestre: II
EPÍGRAFE ................................................................................................................................. IV
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................ V
DEDICATÓRIA .......................................................................................................................... VI
RESUMO ................................................................................................................................... VII
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 8
1. A Moeda (Kwanza) .................................................................................................................... 9
1.1 Moeda (Kwanza) ............................................................................................................. 10
1.1.1 Taxa de câmbio: definição, determinação e influência nos resultados da
Balança Comercial. ................................................................................................. 11
2.Desvalorização do Kwanza ....................................................................................................... 18
2.1 Desvalorizações do Kwanza face à economia de Angola........................................... 19
2.2 Causas da desvalorização do Kwanza .......................................................................... 20
2.3 consequências da desvalorização do Kwanza ....................................................................... 21
2.4 Impacto da desvalorização do Kwanza .................................................................... 24
3. CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 25
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 26
III
EPÍGRAFE
IV
AGRADECIMENTOS
A Deus todo poderoso por ter nos dados saúde e força para elaboração deste
trabalho. Ao Professor Sudica Semedo pela concessão do tema, e a todos que direta
ou indiretamente fizeram parte na elaboração do mesmo.
V
DEDICATÓRIA
VI
RESUMO
O problema para Angolano são as desvantagens e por sinal é onde a nossa economia
neste momento perde mais, nomeadamente encarece produtos importados inclusive
tecnologia, maquinas e até matérias primas como é o nosso caso, dificulta o controlo
da inflação etc. Porque o Kwanza valorizado facilita o combate à inflação.
VII
INTRODUÇÃO
A queda das taxas de câmbio torna a moeda nacional mais barata face às restantes. A
desvalorização da moeda tem um efeito benéfico sobre as exportações, que se tornam
mais baratas e competitivas; consequentemente, tem um efeito nefasto sobre as
importações, funcionando como instrumento corretor de desequilíbrios da balança de
pagamentos. Neste raciocínio, está sempre implícita uma aceitável elasticidade das
exportações e importações à taxa de câmbio, o que depende não só das condições do
mercado externo, mas fundamentalmente da estrutura econômica nacional. Se um
Estado não produz um determinado bem essencial, a sua importação não diminui,
mesmo quando há um aumento das taxas de câmbio.
8
CAPÍTULO
1
A Moeda (Kwanza)
9
1.1 Moeda (Kwanza)
Em termos econômicos, moeda é tudo aquilo que é geralmente aceito para liquidar as
transações, isto é, para pagar pelos bens e serviços e para quitar obrigações, ou seja,
de acordo com esta definição, qualquer coisa pode ser moeda, desde que aceita como
forma de pagamento. Ela é considerada o instrumento básico para que se possa
operar no mercado. Pois a moeda atua como meio de troca.
Fuções da moeda
As principais funções da moeda são as seguintes:
1) Moeda como meio de troca: intermediário entre as mercadorias;
2) Moeda com unidade de conta: ser o referencial das trocas, o instrumento pelo
qual as mercadorias são cotadas;
3) Moeda como reserva de valor: poder de compra que se mantém no tempo, ou
seja, forma de se medir a riqueza.
1
WWW. BNA. CO. AO (Lei Orgânica)
10
1.1.1 Taxa de câmbio: definição, determinação e influência nos resultados
da Balança Comercial.
Por que isto? Porque os países têm reflexos do valor da moeda no preço das
mercadorias. Ou seja, há inflação. É exatamente para neutralizar o efeito da inflação
na definição da taxa de câmbio que se trata a referência dos preços de uma mesma
mercadoria em dois países.
Onde:
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Um exemplo nos auxilia ilustrar a situação do câmbio no comércio entre dois países.
Vamos imaginar Angola comparando o valor de um carro com os Estados Unidos. A
taxa de câmbio nominal E é 1, o valor do carro nos Estados Unidos é US$ 12.000,00, e
o valor do carro em Angola é Akz 1992.000,00. Qual será a taxa de câmbio real entre os
dois países? Substituindo estes valores na equação temos:
( )
θ= = = =0,8
Este valor de 0,8 da taxa de câmbio real nos aponta que o carro é 20% mais barato nos
Estados Unidos. Podemos conferir então que tratamos os valores do carro nos dois
países relativos ao preço de comércio interno dos dois países.
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Desvalorização
Akz 2,5/dolar
Akz 2/dolar
13
Taxa de cambio Oferta
Akz 1.5/dolar
Demanda
Dólares
Acima temos então ilustrado que um aumento da demanda de dólares aumenta a taxa de
câmbio desvalorizando-a.
- Preços menores dos bens e dos ativos norte-americanos levam ao aumento da demanda
de dólares;
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Temos no gráfico que um aumento da oferta de dólares diminui a taxa de câmbio, ou a
valoriza. Taxas de juros mais altas ou preços menores em Angola aumentam a oferta de
dólares.
E o que afeta a oferta da moeda do país? Os mesmos fatores, ou seja, taxas de juros e
preços dos bens:
- preços mais baixos em Angola levam ao aumento da oferta de dólares, pois mais
estrangeiros desejarão comprar bens e ativos angolanos. Um exemplo é a queda do
preço do aço laminado angolano. Isso aumenta a quantidade demandada de aço pelos
países estrangeiros, o que implica aumento da oferta de dólares.
2
WWW. BNA. CO. AO (Lei Orgânica)
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Nos Bancos Comerciais, o Kwanza também se apreciou face ao USD no I trimestre de
2014 em 0,016% (Divisas) e de 0,050% (Notas). Mas nos últimos 12 meses, a taxa de
câmbio AKZ/USD depreciou-se em 1,703% (Divisas) e 1,718% (Notas), respectivamente.
Por último, nas casas de câmbio a taxa de câmbio AKZ/USD registou depreciações de
1,437% em termos trimestrais e de 0,559% em termos homólogos.
Relativamente à evolução das taxas de câmbio no mercado cambial, refira-se que, no III
Trimestre de 2015, continuou-se a verificar uma depreciação do Kwanza em relação ao
Dólar norte-americano em todos os mercados, destacando-se o mercado das casas de
câmbio.
No que respeita às taxas de câmbio reais, verificou-se que a taxa de câmbio real do
Kwanza face ao Dólar no mercado oficial se depreciou 23,24% em termos homólogos de
2014, ao passar de 72,50 Kz em Setembro de 2014 para os 89,35 Kz em Setembro de
2015.
Entre Dezembro de 2016 e Março de 2017, o valor do Kwanza em relação ao Dólar norte-
americano manteve-se praticamente fixo no mercado primário (0,005%), no mercado
secundário de divisas depreciou-se (0,289%), registou-se ainda uma apreciação
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acentuada nas casas de câmbio (+12,669%) e no mercado secundário de notas
depreciou-se (2,873%). A certa estabilidade registada no mercado primário e secundário
e a apreciação nas casas de câmbio reflecte o compromisso de manter o Kwanza estável
face ao Dólar norte-americano.
17
CAPÍTULO
Desvalorização do Kwanza
18
2.1 Desvalorizações do Kwanza face à economia de Angola
Angola vive desde final de 2014 uma profunda crise económica e financeira, devido à
quebra para metade nas receitas com a exportação de petróleo, e viu o Kwanza
desvalorizar-se mais de 60%, face ao dólar norte-americano, desde então.
É certo que boa parte dos produtos e serviços que consumimos no mercado nacional
advém de países estrangeiros o que é rotulado de importações. Importa realçar que,
que as exportações, contribuem para o crescimento econômico ao passo que as
importações são um fator que subtrai do crescimento da economia. Mas é precisso
reconhecer que, a nossa produção não é suficiente para abastecer pelo menos 60%
do mercado por vários factor como, a produtividade, competitividade, fraca agricultura,
recursos humanos, energia, transportes etc., só para citar estes.
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2.2 Causas da desvalorização do Kwanza
Por esse motivo, se ouvirmos por ai os politicos dizendo que vai aumentar o salário
para tantos milis, isto quer dizer eu pasaremos pagando mais pelos produtos e
serviços a que viermos utilizar.
Menor demanda por moeda também irá desvaloriza-la. Um país que possui uma
balança comercial positiva (exporta mais do que importa) tende a ter sua moeda
valoreizada, ja que o que se exporta aqui terá que ser pago com moeda local e ai
haverá uma crescente demanda de nossa moeda, mas ao contrario, um país com
déficit na balança comercial tenderá a demantar mais moeda estrangeira e sua moeda
será pouco procurada.
Sendo assim, as causas da desvalorização da moeda são:
1) Oferta de moeda maior que a procura e vice-versa;
2) Défcit na balança comercial;
3) inflação( está relacionada com a primeira causa);
4) O crescimento negativo do PIB (Produto Interno Bruto)
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2.3 consequências da desvalorização do Kwanza
Uma moeda fraca, exemplo do Kwanza, que é uma moeda sem circulação monetária
fora das fronteiras da República de Angola, longe de afectar exclusivamente os preços
dos bens e serviços importados, afecta também todos os preços internos, inclusive
dos bens produzidos nacionalmente. A razão é óbvia: se a moeda enfraquece em face
de outras moedas congéneres estrangeiras, isso significa, por definição, que passa a
ser necessário ter uma maior quantidade de moeda nacional para adquirir o mesmo
bem ou serviço importado.
Pior ainda: Os preços dos alimentos são diretamente afetados pela desvalorização da
moeda.
Sendo o Kwanza uma moeda de circulação fechada, instável, sendo das moedas que
mais caiu em valor em 2015 e já no ano de 2016 teve num só dia a oportunidade de
cair 15% (04/01/2016), tal comportamento cambial influencia negativamente a vontade
de investir num país com este critério depreciativo.
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Quando investidores investem — principalmente os estrangeiros —, eles estão, na
prática, comprando um fluxo de renda ou lucro futuro. Para que investidores (nacionais
ou estrangeiros) invistam capital em actividades produtivas, eles têm de ter um mínimo
de certeza e segurança de que terão um retorno positivo.
O máximo a que um país de moeda fraca pode aspirar é utilizar para fins de curto
prazo o capital puramente especulativo (o chamado "hot Money").
Um país de moeda forte e estável envia um sinal bem diferente ao mundo: "tragam
seu dinheiro; mandem para cá seus especialistas; construam as suas fábricas aqui;
ensinem-nos tudo o que vocês sabem; e riqueza que vocês criarem aqui voltará para
vocês multiplicada e numa moeda que mantém seu valor".
E é exactamente por isso que uma moeda forte e estável é indispensável para o
crescimento económico. Quando a moeda é estável, investidores têm mais incentivos
para se arriscar e financiar ideias novas e ousadas; eles têm mais disponibilidade para
financiar a criação de uma riqueza que ainda não existe. O investimento em tecnologia
é maior. O investimento em soluções ousadas para a saúde é maior. O investimento
em infraestruturas é maior.
É exactamente por isso que, em países cuja moeda tem histórico de alta
desvalorização, (alta inflação de preços), são raros os investimentos vultosos de longo
prazo. É por isso que, em países cuja moeda tem histórico de alta desvalorização, os
juros são altos. É por isso que, em países cuja moeda tem histórico de alta
desvalorização, os bens produzidos são de baixa qualidade. É por isso que, em países
cuja moeda tem histórico de alta desvalorização, as pessoas são mais pobres.
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3. Desindustrialização
Como explicado no item 1, a desvalorização cambial faz com que haja um aumento
generalizado dos preços. Consequentemente, o poder de compra real das pessoas
diminui. Com a renda em queda, as pessoas consomem menos. Consequentemente,
as vendas do comércio diminuem e os stocks acumulam-se nos armazéns, nas lojas,
etc.
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2.4 Impacto da desvalorização do Kwanza
Vê-se obrigada a enfrentar a subida quase irrefreável dos preços. Sendo também um
país que produz pouquíssimo internamente, muito pouco tem para exportar. Um dos
poucos sectores que podem sair beneficiados da presente desvalorização do Kwanza
é o turismo, com o incentivo ao turismo interno e a vinda de turistas estrangeiros para
o país. Com a desvalorização também se dá um incentivo ao investimento estrangeiro,
o que, porém necessita de outra série de factores para se poder efectivar.
24
3. CONCLUSÃO
Essa destruição do poder de compra da nossa moeda tem de acabar. A carestia que
estamos vivenciando hoje não será resolvida enquanto o Kwanza não voltar a se
fortalecer. É impossível ter uma carestia minimamente tolerável se a sua moeda é
gerenciada por incompetentes.
Moeda desvalorizada não apenas não traz pujança a um país, como ainda é sinal de
debilidade econômica e de empobrecimento. Ninguém fica rico utilizando uma moeda
que compra cada vez menos. Isso é tão óbvio, que aparentemente não é necessário
ter doutorado em economia para ser capaz de entender isso.
Um país que possui uma balança comercial positiva (exporta mais do que importa)
tende a ter sua moeda valoreizada, ja que o que se exporta aqui terá que ser pagas
com moeda local e ai haverá uma crescente demanda de nossa moeda, mas ao
contrario, um país com déficit na balança comercial tenderá a demandar mais moeda
estrangeira e sua moeda será pouco procurada, como o caso de Angola onde as
exportações são maiores do que as importações.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
www.google.com
BNA, Relatório de Inflação, I trimestre, 2014-2017.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_econ%C3%B4mica
Entrevistas, observação e debates.
IV Jornada técnico-cientifica da FECUAN-2017
Jornal Mercado
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