Вы находитесь на странице: 1из 21

Gripe aviária

H5N1 (em amarelo) atacando as células MDCK (em


verde)

Gripe aviária é o nome dado à doença


causada por uma variedade do vírus
Influenza (H5N1) hospedado por aves,
mas que pode infectar diversos
mamíferos. Tendo sido identificada em
Itália por volta de 1900, é, no entanto,
conhecida por existir em grande parte do
globo, concentrando-se hoje
principalmente no sudeste asiático.
Existem também casos recentes na
Turquia, Romênia e Inglaterra (apenas
aves foram infectadas nos três lugares).

O H5N1, vírus causador da gripe aviária,


é um tipo de vírus Influenza, o
responsável pela gripe comum. O
Influenza pode ser dividido em três tipos:
A, B e C. O tipo A subdivide-se ainda em
vários subtipos, sendo os subtipos
H1N1, H2N2 e H3N2, responsáveis por
grandes epidemias e pandemias. O "H"
significa hemaglutinina, enquanto o "N"
significa neuraminidase, que são duas
glicoproteínas presentes no envelope
viral, e usadas para sorotipagem
(classificação de subtipos baseado em
padrões de reconhecimento por
anticorpos) de vírus da Influenza tipo A.
O tipo B também tem originado
epidemias mais ou menos extensas e o
tipo C está geralmente associado a
casos esporádicos e surtos localizados.
Exceto no nível molecular, a doença se
parece muito pouco com a gripe que
todos pegamos de vez em quando. O
vírus pode tornar-se uma grande ameaça
para os humanos se sofrer alguma
mutação transformando-se em algo
perigosamente desconhecido pelo nosso
organismo e capaz de passar de uma
pessoa para outra através de espirro,
tosse ou contato físico.

Os vírus da Influenza estão em constante


evolução, assim como qualquer outro
vírus ou organismo. Porém, devido a
natureza de seu genoma segmentado (8
segmentos no caso de Influenza A), além
da evolução através de mutações que
normalmente se observa em outros
vírus, o vírus da gripe também pode
sofrer um tipo de recombinação
("reassortment", em inglês), em que
novos vírus são produzidos com uma
mistura de genes em seu interior
provenientes de dois (ou mais) vírus
diferentes. Isso possibilita que vírus
bastante diferentes dos usuais sejam
gerados repentinamente. Vírus gerados
dessa forma causaram duas pandemias
no século XX, a Gripe Asiática, em 1957,
e a Gripe de Hong Kong, em 1968.

As pandemias, que ocorrem mais ou


menos a cada geração, porém de formas
imprevisíveis, podem se iniciar se uma
das muitas variantes da Influenza que
circula entre pássaros passar a infectar
também as pessoas. Feito isso, é
possível trocar que ocorra troca de
genes entre o vírus da gripe comum
(altamente infectante) com o Influenza
(altamente perigoso). Se o vírus se
replicar muito antes que o sistema
imunológico consiga fabricar anticorpos
para detê-lo, a epidemia pode se alastrar
causando vários problemas de saúde
pública, podendo mesmo ser altamente
letal.

O subtipo H5N1 foi isolado pela primeira


vez em estorninhos, em 1961, na África
do Sul. Só se tinha conhecimento da
ocorrência do vírus Influenzae A H5N1
em diferentes espécies de aves (daqui a
designação de "gripe das aves"),
incluindo galinhas, patos e gansos,
sabendo-se ainda que a maior parte das
galinhas infectadas morriam num curto
espaço de tempo, e que patos e gansos
eram os principais reservatórios do vírus.
Em maio de 1997, o vírus Influenzae A
H5N1 foi isolado pela primeira vez em
humanos, numa criança de Hong Kong.
Em 2006 foram comprovados na
Alemanha a morte de gatos infectados
pelo vírus.

Situação atual
O surto de 2005 de gripe aviária infectou
pessoas no Vietnã, Tailândia, Indonésia e
Camboja; e infectou aves em Laos,
China, Turquia, Inglaterra (um papagaio
importado do Suriname, possivelmente
infectado durante a quarentena, na
Inglaterra, onde o lote importado do
Suriname foi posto em contacto com
outras aves importadas, inclusive da
Ásia), Alemanha (gansos e patos), Grécia
e, mais recentemente, identificada em
aves migratórias do Canadá.

Segundo W. Waut Gibbs e Christine


Soares[1], três agências internacionais
coordenam o esforço global para
rastrear o H5N1 e outras variantes, mas
as investigações já demonstraram não
ser lá tão eficientes. "Até mesmo os
administradores dessas redes de
vigilância admitem que elas ainda são
lentas demais e têm muitos furos",
comentam.
"A rapidez é essencial quando se trata de
um vírus que vive no ar e tem ação
rápida como o Influenza. É provável que
as autoridades não tenham a menor
chance de barrar o avanço de uma
pandemia nascente se não conseguirem
contê-la em 30 dias."

Eles também afirmam que a próxima


pandemia pode iniciar em qualquer lugar
do globo, mas devido a vários motivos, é
bem provável que inicie na Ásia. Além de
preocupar os oficiais da saúde pública, a
gripe aviária já trouxe alguns prejuízos à
economia mundial, principalmente do
Brasil, grande exportador de frango no
cenário mundial.
Tratamento
Casos de gripe aviária em humanos são
tratados com antivirais com ação contra
o vírus da gripe, associados a terapia de
suporte. Os antivirais atualmente
disponíveis para o tratamento da
Influenza são os derivados do
adamantano, amantadina e rimantadina,
que agem como inibidores de M2 (uma
proteína do vírus da gripe que funciona
como canal de prótons, sendo
fundamental para o ciclo viral), além do
oseltamivir e seu derivado zanamivir, que
agem como inibidores da neuraminidase,
impedindo que os vírus recém-
produzidos sejam liberados pela célula
hospedeira, assim impedindo a infeção
de novas células. Ambas classes de
medicamento são efetivas; porém, vírus
H5N1 resistentes a essas drogas já
foram isolados de pacientes humanos.
Em relação às aves, devido à alta
patogenicidade do H5N1 em galinhas,
sempre que é introduzido em criações
tem consequências desastrosas,
matando praticamente todas as aves em
curto espaço de tempo (2 a 3 dias). Isso,
somado ao risco de alastramento para
outras criações e principalmente o risco
para a saúde humana, faz com que todos
os casos de gripe aviária em granjas
sejam tratados com rigor, com medidas
como abate de todas as aves
domesticas na região, vacinação de
criações em regiões vizinhas, etc.

Profilaxia e vacina
Há dois tipos de vacina que são
fabricadas. Uma maneira é promover
dissecação química do vírus e extrair
algumas proteínas que atuam no
processo de infecção, que estimularia o
sistema imunológico humano a criar
anticorpos específicos. Uma vez
produzidos, tais anticorpos teriam suas
informações gravadas em células de
memória, capazes de ativar a produção
de altas doses dele em caso de alguma
infecção real.
Outra forma é usar formas enfraquecidas
do vírus em vacinas inaláveis, mas esta
parece perigosa demais por usar o vírus,
e não proteínas dele, pois há uma
pequena possibilidade de troca de genes
com um vírus normal criando assim
outra forma muito mais ameaçadora.

A título de medida preventiva, começou-


se a produzir mais vacinas contra a
doença, mas a escassez de informações
sobre a possível forma como possa
ocorrer uma pandemia compromete todo
o sistema de defesa.

Seria inviável ministrar vacinas em uma


população inteira, pois a produção de
vacinas é baixa, (cerca de 300 milhões
de doses por ano) e caso uma pandemia
ocorra em breve, as vacinas contra as
variantes emergentes demorarão para
chegar.

Muitas variantes do vírus circulam ao


mesmo tempo, e sofrem constantes
alterações, e a cada ano são produzidas
novas vacinas para os três tipos mais
ameaçadores. Estocar vacinas é uma
das atitudes mais seriamente pensadas
por vários países, que também preparam
uma lista de prioridade para ministrar
essas vacinas em pessoas mais
suscetíveis, os muito novos, os muito
idosos e os de sistema imunológico
debilitado. Mas os governos teriam que
atualizar anualmente seus estoques,
pois o produto também expira
rapidamente.

Atualmente não existe vacina para as


aves contra o vírus Influenza H5N1. A
maneira de controlar a doença é
somente através do descarte dos
animais infectados e próximos ao foco,
num raio de 10 quilômetros. Esse
descarte engloba desde as aves de
criação em escala industrial até as
produzidas de forma doméstica.

Casos e óbitos confirmados


(humanos) de Influenza

Aviária A (H5N1), a partir de


Aviária A (H5N1), a partir de
dezembro de 2003
Até 10 de outubro ocorreram 117 casos
com 60 óbitos, numa letalidade de
51,28%. Os vírus da gripe aviária são
vírus Influenza do tipo A, e seus
hospedeiros naturais são pássaros
selvagens, que normalmente não
apresentam os sintomas da doença.
Aves domésticas por sua vez podem vir
a apresentar sintomas graves.

No momento a transmissão se dá das


aves para as pessoas. O maior risco para
a humanidade está na possibilidade do
vírus sofrer alguma mutação genética
que facilite sua transmissão entre seres
humanos, pois, para tal, tecnicamente,
não existirá uma vacina específica. Isto
é, dados os fatos de que vacinas deste
tipo não possuem longa vida e são
custosas para serem produzidas,
distribuídas e aplicadas em vastos
grupos populacionais.

Referências
1. Scientific American Brasil, dezembro de
2005. 64 p.

Para saber mais

Consulte Scientific American Brasil,


Dezembro de 2005, "À espera da
pandemia", página 64. Por W. Waut Gibbs
e Christine Soares. [citado acima]

O Ministério da Agricultura Brasileira


lançou uma Central de Relacionamento,
no telefone 0800 611995, para tirar
dúvidas sobre a gripe aviária. Junto com
o novo serviço, o governo lançará uma
cartilha de 44 páginas sobre a doença.

Ver também
SARS ou Síndrome Respiratória Aguda
Grave, do inglês Severe Acute
Respiratory Syndrome. Matéria em
português.
Gripe aviaria . Matéria extensa na
Wikipédia em espanhol e que contém
um grande número de ligações
externas informativas também em
espanhol.
SARS . Excelente matéria sobre SARS
na Wikipédia em inglês.

Ligações externas
Rotas Migratórias: Expansão do Vírus
H5N1/2005 . Mapa da Organização de
Alimentos e Agricultura (em inglês
'Food and Agriculture Organization' ou
FAO) das Nações Unidas.
Lula critica "alarmismo" em torno da
gripe aviária . Portal Terra Lycos Brasil.
Informe Técnico da Secretaria da
Saúde . (São Paulo, Brasil).
Gripe Aviária - Não Entre em Pânico
(quatro matérias publicadas em início
de 2006 . Sítio da rede internacional de
universidades Universia (Brasil).
Mais de vinte matérias sobre a gripe
aviária . Portal nacional da Alemanha
(todas as matérias em português).
Gripe Aviária - Perguntas e Respostas .
Revista Veja (Brasil).
Reportagem de Outubro de 2006 no
Jornal da UNICAMP
Depois da SARS é Vez da Gripe do
Frango (matéria produzida em 2004) .
Sítio do Portal Educacional (Brasil).
Tire as Suas Dúvidas Sobre a Gripe do
Frango (matéria produzida em 2004) .
Sítio da BBC Brasil.
Matérias sobre a gripe aviária - Seção
Destaques . Sítio da EMBRAPA Suínos
e Aves.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Gripe_aviária&oldid=47583026"

Última modificação há 1 ano por u…

Conteúdo disponibilizado nos termos da CC BY-


SA 3.0 , salvo indicação em contrário.

Вам также может понравиться