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Cangaço "Jesuíno Brilhante", que agiu por volta de 1870, embora

alguns historiadores atribuam a Lucas Evangelista o feito


https://pt.wikipedia.org/wiki/Canga%C3%A7o de ser o primeiro a agregar um grupo característico de
cangaço, nos arredores de Feira de Santana (em 1828),
O Cangaço foi um fenômeno do banditismo brasileiro sendo ele preso junto com a sua quadrilha em 28 de
ocorrido no nordeste do país em que os homens do grupo Janeiro de 1848 por provocar durante vinte anos assaltos
contra a população de Feira.[4] O último grupo cangaceiro
vagavam pelas cidades em busca de justiça e vingança
famoso porém foi o de "Corisco" (Cristino Gomes da Silva
pela falta de emprego, alimento e cidadania causando o Cleto), que foi assassinado em 25 de maio de 1940.
desordenamento da rotina dos camponeses.[1][2] Um dos
principais líderes do cangaço foi o "Capitão" Lampião O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o
(Virgulino Ferreira da Silva), cujo título fictício de capitão Lampião, que também denominado o "Senhor do Sertão"
surgiu de uma promessa não cumprida do governo do e "O Rei do Cangaço". Atuou durante as décadas de 20 e
Ceará de integrar o seu bando aos batalhões patrióticos 30 em praticamente todos os estados do nordeste.
da Guarda Nacional caso Lampião e seus homens
conseguissem deter o avanço da coluna Prestes na cidade Por parte das autoridades, Lampião simbolizava a
brutalidade, o mal, uma doença que precisava ser cortada.
de Juazeiro do Norte.[3] O termo cangaço vem da palavra
Para uma parte da população do sertão, ele encarnou
canga (peça de madeira usada para prender junta de bois valores como a bravura, o heroísmo e o senso da honra
a carro ou arado; jugo). (semelhante ao que acontecia com o mexicano Pancho
Villa).[5]
Origem da palavra
O cangaço teve o seu fim a partir da decisão do então
Por volta de 1834, o termo cangaceiro já foi usado para se Presidente da República, Getúlio Vargas, de eliminar todo
referir a bandos de camponeses pobres que habitavam os e qualquer foco de desordem sobre o território nacional. O
desertos do nordeste, vestindo roupas de couro e regime denominado Estado Novo incluiu Lampião e seus
chapéus, carregando carabinas, revólveres, espingardas e cangaceiros na categoria de extremistas. A sentença
facas longas estreitas conhecidos como peixeiras . passou a ser matar todos os cangaceiros que não se
rendessem.
"Cangaceiro" era uma expressão pejorativa, ou seja, uma
pessoa que não podia adaptar-se ao estilo de vida No dia 28 de julho de 1938, na localidade de Angicos, no
costeira. estado de Sergipe, Lampião finalmente foi apanhado em
uma emboscada das autoridades, onde foi morto junto
Por esta altura naquela região, havia dois principais com sua mulher, Maria Bonita, e mais nove cangaceiros.
grupos de bandidos armados frouxamente organizados:
os jagunços , mercenários que trabalhavam para quem Os cangaceiros foram degolados e suas cabeças
pagou o seu preço, geralmente proprietários de terras que colocadas em aguardente e cal, para conservá-las. Foram
queriam proteger ou expandir seus limites territoriais e expostas por todo o Nordeste e por onde eram levadas
também lidar com os trabalhadores rurais; e os atraiam multidões.[6]
cangaceiros, "bandidos sociais", que tinham algum nível
de apoio da população mais pobre: os bandidos Este acontecimento veio a marcar o final do cangaço, pois,
sustentando alguns comportamentos benéficos, como atos a partir da repercussão da morte de Virgulino, os chefes
de caridade, a compra de bens por preços mais altos e dos outros bandos existentes na Nordeste vieram a se
dando às partes livres ("Bailes"), e a população forneceu entregar às autoridades policiais para não serem mortos.
abrigo e as informações que os ajudou a escapar das
forças policiais, conhecidos como volantes , enviados pelo
Lampião
governo para detê-los.

O Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que O mais famoso cangaceiro de todos eles, o único que é
prestavam serviços caracterizados para os latifundiários; frequentemente associado com toda a história do
os "satisfatórios", expressão de poder dos grandes cangaço, era um homem chamado Virgulino Ferreira da
fazendeiros; e os cangaceiros independentes, com Silva, também conhecido como "Lampião" (de acordo com
características de banditismo. seus companheiros, ele podia disparar tão rapidamente
que era possível iluminar o lugar). Ele começou sua vida
criminosa ainda jovem, alegando uma vingança que nunca
Os cangaceiros conheciam bem a Caatinga, e por isso,
aconteceu.
era tão fácil fugir das autoridades. Estavam sempre
preparados para enfrentar todo o tipo de situação.
Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, Vagando Santa Brígida, no estado de Bahia , ele
locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil conheceu Maria Alia da Silva (também conhecida como
acesso. Maria de Déia), esposa do sapateiro Zé de Nenê. Mais
tarde, ela seria mais conhecida como Sra. Lampião, Maria
Bonita.
O primeiro bando de cangaceiros que se tem
conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado,
Lampião foi morto pela policia em 1938, em uma região No sertão, consolidou-se uma forma de relação entre os
entre os limites do estado da Sergipe e Alagoas , quando grandes proprietários e seus vaqueiros.
um informante, Pedro de Cândida deu a sua localização à
polícia. A ofensiva maciça e levou ao derramamento de A base desta relação era a fidelidade dos vaqueiros aos
sangue no qual onze dos integrantes do bando foram fazendeiros. O vaqueiro se disponibilizava a defender (de
mortos: Lampião, Maria Bonita, Luís Pedro, Mergulhão, armas na mão) os interesses do patrão.
Enedina, Elétrico, Quinta-Feira, Moeda, Alecrim, Colchete
e Macela.
Como as rivalidades políticas eram grandes, havia muitos
conflitos entre as poderosas famílias. E estas famílias se
História do cangaço cercavam de jagunços com o intuito de se defender,
formando assim verdadeiros exércitos. Porém, chegou o
momento em que começaram a surgir os primeiros bandos
armados, livres do controle dos fazendeiros.

Os coronéis tinham poder suficiente para impedir a ação


dos cangaceiros.

O cangaceiro, um deles, em especial Lampião, tornou-se


personagem do imaginário nacional, ora caracterizado
como uma espécie de Robin Hood, que roubava dos ricos
para dar aos pobres, ora caracterizado como uma figura
pré-revolucionária, que questionava e subvertia a ordem
social de sua época e região.

Mapa de atuação do Cangaço.

Consta que o primeiro homem a agir como cangaceiro


teria sido o Cabeleira, como era chamado José Gomes.
Nascido em 1751, em Glória do Goitá, cidade da zona da
mata pernambucana, ele aterrorizou sua região. Mas foi
somente no final do século XIX que o cangaço ganhou
força e prestígio, principalmente com Antonio Silvino,
Lampião e Corisco.

Entre meados do século XIX e início do século XX, o


Nordeste do Brasil viveu momentos difíceis, aterrorizado
por grupos de homens que espalhavam o terror por onde
andavam. Eles eram os cangaceiros, bandidos que
abraçaram a vida nômade e irregular de malfeitores por
motivos diversos. Alguns deles foram impelidos pelo
despotismo das mulheres poderosas.

Lucas da Feira, ou Lucas Evangelista, agiu na região da


cidade baiana de Feira de Santana entre 1828 e 1848. Ele
e seu bando de mais de 30 homens roubavam viajantes e
estupravam mulheres. Foi enforcado em 1849.[6]

Os cangaceiros conseguiram dominar o sertão durante


muito tempo, pois eram protegidos de coronéis, que se
utilizavam dos cangaceiros para cobrança de dívidas,
entre outros serviços "sujos".

Um caso particular foi o de Januário Garcia Leal, o Sete


Orelhas, que agiu no sudeste do Brasil, no início do século
XIX, tendo sido considerado justiceiro e honrado por uns e
cangaceiro por outros.
Mapa da localização de Canudos.
Guerra de Canudos
Antônio Vicente Mendes Maciel, apelidado de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Canudos "Antônio Conselheiro", nascido em Quixeramobim
(CE) em 13 de março de 1830, de tradicional família
Guerra de Canudos, ou Campanha de Canudos,[1] que vivia nos sertões entre Quixeramobim e Boa
foi o confronto entre o Exército Brasileiro e os Viagem, foi comerciante, professor e advogado
integrantes de um movimento popular de fundo sócio- prático nos sertões de Ipu e Sobral. Após a sua esposa
religioso liderado por Antônio Conselheiro, que durou tê-lo abandonado em favor de um sargento da força
de 1896 a 1897, então na comunidade de Canudos, no pública, passou a vagar pelos sertões em uma andança
interior do estado da Bahia, no nordeste do Brasil. de vinte e cinco anos. Chegou a Canudos em 1893,
tornando-se líder do arraial e atraindo milhares de
A região, historicamente caracterizada por latifúndios pessoas. Acreditava que a República, recém-
improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico, implantada no país, era a materialização do reino do
passava por uma grave crise econômica e social. Anti-Cristo na Terra, uma vez que o governo eleito
Milhares de sertanejos partiram para Canudos, seria uma profanação da autoridade da Igreja Católica
cidadela liderada pelo peregrino Antônio Conselheiro, para legitimar os governantes. A cobrança de
unidos na crença numa salvação milagrosa que impostos efetuada de forma violenta, a celebração do
pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos casamento civil e a separação entre Igreja e Estado
do clima e da exclusão econômica e social. eram provas cabais da proximidade do "fim do
mundo".
Os grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja,
iniciaram um forte grupo de pressão junto à República Canudos era uma pequena aldeia que surgiu durante o
recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas século XVIII nos arredores da Fazenda Canudos, às
providências contra Antônio Conselheiro e seus margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de
seguidores. Criaram-se rumores de que Canudos se Antônio Conselheiro em 1893 passou a crescer
armava para atacar cidades vizinhas e partir em vertiginosamente, em poucos anos chegando a contar
direção à capital para depor o governo republicano e por volta de 25 000 habitantes. Antônio Conselheiro
reinstalar a Monarquia. rebatizou o local de Belo Monte, apesar de estar
situado num vale, entre colinas.
Apesar de não haver nenhuma prova para estes
rumores, o Exército foi mandado para Canudos.[2] A imprensa, o clero e os latifundiários da região
Três expedições militares contra Canudos saíram incomodaram-se com a nova cidade independente e
derrotadas, o que apavorou a opinião pública, que com a constante migração de pessoas e valores para
acabou exigindo a destruição do arraial, dando aquele novo local. Aos poucos, construiu-se uma
legitimidade ao massacre de até vinte mil sertanejos. imagem de Antônio Conselheiro como "perigoso
Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham monarquista" a serviço de potências estrangeiras,
morrido. A guerra terminou com a destruição total de querendo restaurar no país a forma de governo
Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e monárquica. Difundida através da imprensa, esta
o incêndio de todas as casas do arraial. imagem manipulada ganhou o apoio da opinião
pública do país para justificar a guerra movida contra
os habitantes do arraial de Canudos.[2]

Situação social

O governo da República recém-instaurada precisava


de dinheiro para materializar seus planos, e só se fazia
presente no Sertão pela cobrança de impostos. A
escravidão havia acabado poucos anos antes no país, e
pelas estradas e sertões, grupos de ex-escravos
vagavam, excluídos do acesso à terra e com reduzidas
oportunidades de trabalho. Assim como os caboclos
sertanejos, essa gente paupérrima agrupou-se em
torno do discurso do peregrino Antônio Conselheiro,
acreditando que ele poderia libertá-los da situação de
extrema pobreza ou garantir-lhes a salvação eterna na Guerra do Contestado
outra vida.[3]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Contestado
O conflito de Canudos mobilizou aproximadamente
doze mil soldados oriundos de dezessete estados A Guerra do Contestado foi um conflito armado
brasileiros, distribuídos em quatro expedições entre a população cabocla e os representantes dos
militares. Em 1897, na quarta incursão, os militares poderes estadual e federal brasileiro travado entre
incendiaram o arraial, mataram grande parte da outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica
população e degolaram centenas de prisioneiros. em erva-mate e madeira, disputada pelos estados
Estima-se que morreram ao todo por volta de 25 mil brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.[1]
pessoas, culminando com a destruição total da
povoação. Originada nos problemas sociais, decorrentes
principalmente da falta de regularização da posse de
terras e da insatisfação da população hipossuficiente,
numa região em que a presença do poder público era
pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo
religioso, expresso pelo messianismo e pela crença,
por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de
uma guerra santa.

A região fronteiriça entre os estados do Paraná e


Santa Catarina recebeu o nome de Contestado devido
ao fato de os agricultores terem contestado a doação
que o governo brasileiro fez aos madeireiros e à
Southern Brazil Lumber & Colonization Company.
Como foi uma região de muitos conflitos, ficou
conhecida como Contestado, por ser uma região de
disputas de limites entre os dois estados brasileiros.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_da_Vacina como a Revolta da Vacina, mas que foi muito além
disso.
Revolta da Vacina foi uma revolta e manifestação
popular ocorrida entre 10 a 16 de novembro de 1904 Para erradicar a varíola, o sanitarista Oswaldo Cruz
na cidade do Rio de Janeiro, Brasil[1]. convenceu o Congresso a aprovar a Lei da Vacina
Obrigatória[3] (31 de Outubro de 1904), que permitia
O início do período republicano no Brasil foi marcado que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais,
por vários conflitos e revoltas populares. O motivo entrassem nas casas para aplicar a vacina à força.
que desencadeou isso foi a campanha de vacinação
obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a A população estava confusa e descontente. A cidade
varíola. parecia em ruínas, muitos perderam suas casas e
outros tantos tiveram seus lares invadidos pelos
A campanha de vacinação obrigatória foi colocada em "mata-mosquitos", que agiam acompanhados por
prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo policiais. Jornais da oposição criticavam a ação do
fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e governo e falavam de supostos perigos causados pela
violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários vacina. Além disso, o boato de que a vacina teria de
invadiam as casas e vacinavam aqueles que se ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as
recusavam, a força. Nesta época, grande parte da mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores)
população não sabia o que era vacina e tinham medo agravou a ira da população, que se rebelou.
de seus efeitos.
A aprovação da Lei da Vacina foi o estopim da
revolta: no dia 5 de novembro, a oposição criava a
Liga contra a Vacina Obrigatória. Entre os dias 10 e
16 de novembro, a cidade virou um campo de guerra.
A população exaltada depredou lojas, virou e
incendiou bondes, fez barricadas, arrancou trilhos,
quebrou postes e atacou as forças da polícia com
pedras, paus e pedaços de ferro. No dia 14, os alunos
da Escola Militar da Praia Vermelha também se
sublevaram contra as medidas baixadas pelo Governo
Federal.

A reação popular levou o governo a suspender a


obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio
(16 de novembro). A rebelião foi contida, deixando 30
mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram
presas e, muitas delas, enviadas para o Acre.[4]
Bonde virado na Praça da República pela população da Ao reassumir o controle da situação, o processo de
cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil) durante vacinação foi reiniciado, tendo a varíola, em pouco
os distúrbios causados pela Revolta da Vacina em tempo, sido erradicada da capital.
novembro de 1904.

A resistência popular, que quase levou a um golpe


militar, teve o apoio de positivistas e dos alunos da
Escola Militar da Praia Vermelha. Os acontecimentos,
que tiveram início no dia 10 de novembro de 1904,
com uma manifestação estudantil, cresceram
consideravelmente no dia 12, quando a passeata de
manifestantes dirigia-se ao Palácio do Catete, sede do
Governo Federal. A população estava alarmada. No
domingo, dia 13, o centro do Rio de Janeiro
transformou-se em campo de batalha: era a rejeição
popular à vacina contra a varíola, que ficou conhecida

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