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ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B
Era uma vez um antígeno que adentrou de gaiato que é no Corpo Humano. E agora, josé? Alguém tem que capturar esse coleguinha e levar ele até
um órgão linfóide secundário, que é onde ficam os linfócitos B naïve (eles ficam na porção folicular, circulando o corpo todo atrás de antígenos).
Detalhe: o coleguinha é levado até lá inteiro, não é processado antes.
E então tudo começa quando o antígeno se liga ao complexo BCR (BCR + Ig alpha + Ig beta).
Se esse antígeno for multivalente (polissacarídeos de vários epítop os repetidos), uma resposta independente pode rolar.
Se for um peptídeo, esse peptídeo será internalizado junto do BCR e será processado, sendo apresentado no MHC-II a fim de esperar uma
resposta dependente de linfócitos T helper.
Uma vez que o linfócito B é ativado, ele aumenta a expressão de MHC-II e do co-estimulador B7. Algumas dessas células podem virar plasmócitos de
vida curta, liberando anticorpos de baixa afinidade (IgM principalmente). O mais legal é que depois de ativadas, as células B mudam seus receptores
de quimiocinas para que elas possam se encontrar com linfócitos T mais facilmente, se for o caso.
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O sinal de ativação será mais forte se fragmentos do Complemento forem reconhecidos pelo CR2 presente na célula B. Os TLRs presentes na célula B
também aumentam o sinal de ativação.
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Acontece assim:
1) APCs apresentam o antígeno ao linfócito T no lugarzinho onde ele está (no órgão linfóide secundário). O Linfócito T é modulado para ser um
Linfócito T CD4+.
2) O antígeno chega do jeitinho que veio ao mundo lá pras células B nos folículos, liga-se ao BCR, é internalizado e apresentado via MHC-II.
3) Linfócitos T CD4+ e Linfócitos B se encontram através de mudanças nos receptores de quimiocinas, e então os linfócitos T reconhecem o
MHC-II. O CD40 expresso no linfócito B se liga aos ligantes de CD40 expressos no linfócito T, amplificando o sinal de ativação e licenciando a
célula B para que ela comece a proliferar e se diferenciar.
A partir daí, a célula B ativada ou fica no ambiente fora do folículo ou se direciona ao folículo para iniciar o centro germinativo. Se ela ficar fora do
folículo, ela inicia a secreção dos primeiros anticorpos de baixa afinidade a antígenos e induz a geração de Linfócito T Helper Folicular, que irão migrar
para os folículos. São esses os plasmócitos de vida curta!
Entre 4 a 7 dias, as células B ativadas que migram para os folículos vão iniciar o centro germinativo. É aqui que irá ocorrer a criação de plasmócitos
de vida longa, linfócitos de memória, class switching, maturação de afinidade, etc. Lembrando que CD40 e CD40L são imprescindíveis para o
desenvolvimento das células B nos folículos.
Os Linfócitos T Helper Folicular irão induzir a mudança de classe. Na mudança de classe, os linfócitos B mudam a cadeia pesada de seus BCRs,
mantendo a região variável com a mesma especificidade para o epítopo do antígeno previamente reconhecido. O tipo de imunoglobulina que será
produzida depende do tipo de citocina que será produzido por esse linfócito T HF:
Os linfócitos B ainda têm uma ferramenta muito daora: eles sofrem hipermutação somática no gene da imunoglobulina (somente na região de
reconhecimento do epítopo) a fim de achar a combinação que possui maior afinidade com o antígeno. O linfócito que tiver a imunogloblunia mais
específica para o antígeno será o “escolhido” para continuar vivendo e proliferando. Os outros linfócitos irão morrer por apoptose.