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INTRODUÇÃO
A temática abordada neste artigo, enfatizando a condição docente, instiga a reflexionar sobre a
educação e a formação. Este trabalho pretende dar uma visão sobre o papel da escola na formação
do cidadão. Para isso é necessário verificar esse papel e mostrar sua importância para o processo de
ensino-aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
Educação Voltada para a Formação de Cidadãos
O papel da escola na formação do cidadão. Mas o que é cidadania? Para Dimenstein (1993, p. 17):
“é uma palavra usada todos os dias e tem vários sentidos. Mas hoje significa, em essência, o
direito de viver decentemente”. Para se ter um cidadão que exerce seu direito de cidadania tem que
se ter uma educação voltada para tal objetivo.
“Cidadania é o direito de ter uma idéia e poder expressá-la” (Dimenstein, 1993, p. 20). Na
tendência tradicional a educação era centrada no professor, portanto o aluno não tinha um espaço
para poder expressa sua opinião. A metodologia decorrente de tal concepção tem como princípio a
transmissão dos conhecimentos através da aula do professor, freqüentemente expositiva, numa
seqüência predeterminada e fixa, enfatizando a repetição de exercícios com exigências de
memorização. Mas com o tempo essa abordagem foi se tornando obsoleta, com isso torna-se então
necessário entrarem novas tendências que enfatizem um ensino mais voltado para a educação do
aluno, e não voltada apenas para os conteúdos dados. Portanto, atualmente, existe a necessidade de
se enfocar a importância de uma educação voltada não apenas para a memorização de dados, mas
também para a formação da pessoa, não apenas a parte cognitiva, mas também a parte afetiva,
buscando assim a formação do cidadão.
Para Libâneo (2002, p.7):
É preciso que a escola contribua para uma nova postura ético-valorativa de recolocar valores
humanos fundamentais como a justiça, a solidariedade, a honestidade, o reconhecimento da
diversidade e da diferença, o respeito à vida e aos direitos humanos básicos, como suportes de
convicções democráticas.
O autor ressalta esse papel da escola, mas também cabe ao professor, além de outras tarefas, ensinar
seus alunos a tomarem decisões, ensinar o certo ou errado numa época de tantas transformações na
sociedade e no mundo, onde os valores estão sendo distorcidos e se extinguindo.
Turra (1998, p.86) diz que:
É axiomático afirmar que a educação visa à formação da personalidade, logo, do ser humano como
um todo, cabendo ao professor abrir perspectivas para o autoconhecimento e a autoformação. O
sentido da vida só pode ser aprendido pela própria pessoa, mas as atitudes podem ser ensinadas.
Mesmo que o professor não considere as atitudes como objetivos destacados dentro de seu ensino,
não pode ignorar que elas afetam a interpretação de tudo o que se percebe. As atitudes se modificam
por meio de aprendizagens.
A escola participa na formação da personalidade do aluno, por isso ela deve estimulá-lo a ter boas
atitudes, por isso para Turra é evidente a necessidade de se ter uma educação voltada para o ensino
de valores, certamente esse não é o objetivo principal do ensino, mas ambos devem ser trabalhados
juntamente, pois “não podemos dissociar o pensar do agir e do sentir” (Turra, 1998, p. 86), esse três
estão interligados e são indissociáveis, por isso devem ser trabalhados juntos, e, além disso, também
chamar atenção para o aluno, ele é um ser humano que é influenciado por seu modo de pensar e
agir. Segundo Arantes (2003, p.157): A sociedade solicita que a educação assuma funções mais
abrangentes que incorporem em seu núcleo de objetivos a formação integral do ser humano. Essa
proposta educativa objetiva a formação da cidadania, visando que alunos e alunas desenvolvam
competências para lidar de maneira consciente, crítica, democrática e autônoma com a diversidade e
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o conflito de idéias, com as influências da cultura e com os sentimentos e as emoções presentes nas
relações que estabelecem consigo mesmos e com o mundo à sua volta. Afinal, estamos falando de
uma educação em valores em que as dimensões cognitiva, afetiva, [...] interpessoal e sociocultural
das relações humanas, são considerados no planejamento curricular e nos projetos político-
pedagógicos das escolas.
Arantes chama atenção que a sociedade atual necessita de uma educação do aluno como um todo,
um ser humano complexo que deve ser trabalhado em diversas áreas e não apenas a cognitiva. A
escola deve formar pessoas preparadas para o mundo e não apenas para provas, ou seja, a escola
deve também ter em seu planejamento um ensino voltado para educação em valores.
Por isso Turra (1998, p. 125) enfatiza em seu livro um questionamento feito por Popham e Baker
(1972) sugerindo que cada docente questione:
O que quero fazer de meus alunos?' é a pergunta inicial que, [...] todo professor competente se
deveria formular ao planejar suas atividades docentes. A ênfase que os autores colocam sobre essa
pergunta denota a importância da determinação dos resultados que se espera obter ao final do ciclo
de ensino.
Nesse questionamento do autor sugere uma reflexão sobre o ser humano que queremos educar.
Deve-se buscar sempre a coerência entre quem queremos formar e para que fim se quer formá-lo,
pois a partir desse objetivo inicial pode-se fazer um planejamento para atingi-lo da melhor forma
possível.
Também é necessário que os professores possam criar (ou aderir a) projetos educativos, em que
acreditem que os pais poderão ou não escolher. Isto é, tem de existir liberdade de aprender e de
ensinar.
CONCLUSÃO
Ao propor uma reflexão sobre "O papel da família e o papel da escola na formação do cidadão"
constata-se que é tarefa primordial tanto dos pais, como também da escola o trabalho de transformar
a criança imatura e inexperiente em cidadão maduro, participativo, atuante, consciente de seus
deveres e direitos, possibilidades e atribuições. E que este ser em formação seja futuramente um
cidadão consciente, crítico e autônomo desenvolvendo valores éticos, espírito empreendedor capaz
de interagir no meio em que vive.
Nessa perspectiva, família e escola devem aproveitar, ao máximo, as possibilidades de
estreitamento de relações, porque o ajuste entre ambas e a união de esforços para a educação das
crianças e adolescentes deve redundar, sem dúvida nenhuma, em elemento facilitador de
aprendizagens e de formação do cidadão.
Abordando de uma forma mais pessoal, o curso foi muito bom, satisfazendo e até superando a
maior parte das minhas expectativas.
Vou sempre manter acesa a chama que anima e orienta um curso de pedagogia comprometido com
a educação infantil, e as séries iniciais da escola fundamental, pública, gratuita e de qualidade,
manter ativado o compromisso de continuar engajados na busca do aprimoramento do curso de
minha formação profissional, subsidiando as avaliações de modo ativo e responsivo.
O imaginário instituinte, que se refere aos processos formativos, está representado no empenho, na
busca pessoal e no desejo de ir além do que é oferecido na universidade, percebendo a formação
como uma porta inicial para a construção da identidade profissional, refletida na maneira de praticar
a profissão.
Nesse sentido, acredita-se ser necessário cada vez mais investir na profissão do professor e na sua
formação. Um dos aspectos que se considera relevante é o de possibilitar ao professor em formação,
experiências de estágios durante o curso, inserindo-o no contexto escolar, no contato com alunos,
com outros professores e com os conteúdos. Pensa-se que dessa forma a formação pode oferecer
melhores ferramentas para que assim o processo de aprendizagem e desenvolvimento profissional
da docência, possa gradativamente ser construído. Nesta perspectiva, o tão falado “choque com a
realidade” pode ser minimizado e enfrentado, e situações de desencantamento e frustrações com a
profissão poderiam ser evitadas, pois os acadêmicos por estarem desde o 1º semestre em contato
com a realidade educacional estarão mais preparados para enfrentá-la.
REFERÊNCIAS
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