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ETAPAS PARA A FORMAÇÃO DE IMAGENS

1. ELETRICIDADE: a “alimentação do equipamento”, consiste no fornecimento


adequado de energia para que o equipamento apresente bom desempenho.

2. EQUIPAMENTO: o equipamento propriamente dito, seus componentes, seus


recursos e comandos possíveis para gerar raios x de forma adequada às necessidades,
de cada procedimento.

3. TÉCNICO: a intervenção do técnico, ao enfrentar o desafio de tomar diversas


decisões relativas à produção de imagem para radiodiagnóstico, visando atender aos
objetivos de cada procedimento e manter baixas as exposições.

4. EMISSOR: o emissor de radiação e alguns acessórios. Nesta etapa são produzidos


os raios x e utilizados os acessórios relacionados com o controle do campo de
irradiação e do espalhamento dos raios x .

5. PACIENTE: o paciente, não em termos de posicionamento, mas em termos de suas


estruturas internas e como essas estruturas interagem com as radiações na formação
da imagem e na proteção radiológica.

6. MESA: a mesa de exames, ou estativa vertical, com seus acessórios (grade


antiespalhamento).

7. DETECTOR: os detectores de radiação utilizados, que na radiologia convencional


estão acoplados aos filmes radiográficos.

8. PROCESSAMENTO: o processamento fotográfico (revelador, fixador), onde as


imagens são tornadas visíveis e permanentes, em filmes ou outros tipos de mídia.

9. ANÁLISE: as condições físicas de análise, onde são analisadas as condições em


que as imagens são interpretadas pelo técnico, logo após o exame e pelo médico
radiologista.

10. ESPECIALISTA: como o especialista interpreta os resultados: quais são as


estratégias de análise das imagens pelos especialistas e como isto interfere nos
resultados.
ELETRICIDADE
O objetivo final de se produzir uma imagem radiográfica é chegar ao diagnóstico.
Isto é facilitado quando o equipamento apresenta bom desempenho, de forma regular.
Para que isto ocorra, é necessário que esteja bem conectado à rede elétrica, e que a
rede seja de boa qualidade. Por qualidade, neste caso, entende-se que seja capaz de
atender à demanda por energia do equipamento. O equipamento de raos x consome
pouca energia quando em repouso. No momento do disparo precisa de uma grande
energia por um instante muito pequeno. Estas exigências dificilmente são bem
atendidas em cidades onde o crescimento foi muito rápido e desordenado, como é a
maoria dos casos.
De modo geral, há muitos tipos de equipamentos de raios x. Pequenos, médios
e grandes, como seria de se esperar. Os menores são mais adequados à tarefas como
radiografar regiões do corpo que são de menor espessura. Como exemplos tem - se o
odontológico e o raios - x móvel, para raios x no leito do paciente e em berçários (recém
nascidos prematuros). As clínicas de radiodiagnóstico utilizam os equipamentos médios,
para fins gerais, que representam a maioria dos procedimentos realizados. Há
equipamentos grandes que são utilizados em procedimentos especializados, como
angiografias, cateterismos cardíacos. Esta classificação dos equipamentos em
pequenos, médios e grandes é qualitativa. Mais adequado seria uma classificação
quantitativa, o que facilitaria as comparações entre equipamentos. O indicador mais
comum é a corrente máxima de filamento que o equipamento pode suportar. Assim, os
equipamentos pequenos são capazes de trabalhar com correntes de 25 mA, em geral,
mas há equipamentos móveis que podem operar com até 100 mA. Os equipamentos
médios estão na faixa de 300 a 500 mA e os grandes na faixa de 500 a 2000 mA. Esta
forma de classificar os equipamentos, apesar de atender à necessidade de quantificar
cada equipamento, não é bem aceita internacionalmente. O motivo deste inicador não
ser bem aceito é que o rendimento de um gerador deve estar acompanhado também da
tensão em que o mA pode ser utilizado. Para podermos nos comunicar bem ao nos
referirmos aos equipamentos fabricados no Brasil, e para entendermos melhor a
linguagem empregada pelos fabricantes de equipamentos teremos que compreender os
critérios utilizados. O indicador é a corrente máxima utilizada em regime de tensão
máxima permitida no equipamento. Assim, se a tensão máxima possível é de 100 kV, e
a corrente máxima, nesta tensão, é de 300 mA, tem-se um equipamento com potência
de 100 kV x 300 mA resultando 30 kW. A indicação do produto tensão x corrente é a
potência do equipamento. Esta indicação é mais adequada, portanto, para se comparar
equipamentos. Esta indicação é mais útil também para o cálculo do diâmetro dos cabos
elétricos que deverão estar conectados a este equipamento. Equipamentos de menor
potência poderão estar conectados à rede através de cabos mais finos. Cabos
especiais terão de ser providenciados para equipamentos de potência média e alta. Em
alguns casos, a empresa fornecedora de eletricidade deverá ser acionada para um
projeto específico.

Alguns hospitais já providenciaram tomadas especificas para uso com


equipamentos de raios x transportáveis, para evitar perdas de radiografias pela variação
da qualidade da rede.
Com a mesma preocupação, alguns fabricantes desenvolveram equipamentos
que apresentam menor sensibilidade às variações da qualidade da rede. Exemplo:
equipamentos que armazenam energia em capacitores ou em baterias. Há ainda a
solução dos geradores de alta frequência (ver adiante, na etapa Equipamento) que
monitoram a tensão em tempo real, empregando micro controladores para esta função.
Neste caso, a rede é constantemente monitorada e quando ocorre queda de tensão, em
poucos mili segundos já providencia a correção. Infelizmente, estes equipamentos ainda
não muito comuns nos hospitais. Os fabricantes nacionais estão desenvolvendo
também novas tecnologias e espera-se que em breve haja uma alternativa nacional
para este problema.

EQUIPAMENTO
O gerador de raios X é o equipamento responsável pela geração e controle da energia
necessária à produção de raios X. Os seus componentes principais são:
o transformador de entrada,
o transformador de alta tensão,
o transformador de filamento,
o temporizador,
o comando e
os cabos de alta tensão
O transformador de entrada tem a função de adaptar o equipamento ao fornecimento
local de
energia elétrica. Caso a tensão da rede elétrica esteja muito baixa, a correção pode ser
feita
com um transformador que eleve a tensão até o valor especificado pelo fabricante.
Caso a
rede apresente tensão muito alta, procede-se ao uso de um transformador que a
reduza. No
caso dos equipamentos de raios x, utiliza-se um transformador que permite ajustes e
possibilite os dois tipos de correção. Isto é possível dentro de certos limites de tensão.
Em
certos equipamentos, esta adaptação é feita contínua e automaticamente, de modo que
o
técnico tem sempre à sua disposição o equipamento alimentado com a tensão
adequada. Mas
esta situação não é a regra. Na maioria dos casos há uma indicação no comando e o
técnico
deve ajustar a tensão para o equipamento baseando-se na leitura de um instrumento
(voltímetro) e com referência no valor indicado pelo fabricante. Este circuito é chamado
de
circuito de compensação (automática ou não) de rede.
O transformador de alta tensão eleva a tensão do valor disponível na rede até o valor
necessário para a produção de raios x, ajustado no comando para cada caso.
A retificação
Os geradores podem ser de 1, 2 , 6 ou 12 pulsos ou de Alta Frequência (AF). Esta
denominação refere-se à forma como a tensão alternana é retificada para ser aplicada
ao tubo
de raios x (figuraS 2.1 a 2.4).
Figura 2.1: retificação tipo um pulso, meia onda ou auto retificação.
Figura 2.2: retificação tipo dois pulsos, onda completa
Figura 2.3: retificação tipo doze pulsos
Figura 2.4: retificação tipo Alta Frequência
O transformador de filamento fornece a corrente necessária ao aquecimento do
filamento do
tubo de raios x. Para ocorrer produção de raios x, o filamento deve ser aquecido até
quase a
incandescência (cor laranja amarelada). Isto se consegue fazendo circular uma corrente
de
alguns ampères (3 a 8 Ampères) pelo filamento. Esta corrente poderia reduzir muito a
vida
útil do tubo e porisso não deve estar ativa constantemente. O equipamento só permite
que
esta corrente entre em ação instantes antes de ocorer a produção de raios x. Isto se
consegue
ao se acionar o disparador no preparo (o preparo tem ainda outra função: a de girar o
anodo
giratório.
O temporizador é o circuito que conecta o emissor de raios x aos transformadores de
alta
tensão e de filamento por um intervalo de tempo previamente ajustado. Durante o
tempo em
que o equipamento está conectado ocorre a emissão de radiação e ao término do
tempo o
temporizador interrompe a emissão. Durante a emissão (alta tensão conectada) deve
haver a
possibilidade de interromper a emissão no caso de necessidade (movimento do
paciente, por
exemplo). Esta função do temporizador dá-se o nome internacionald e “dead-man”.
Quando
o temporizador for ajustado em zero não deverá haver emissão de radiação. Estas
características do temporizador estão previstas em regulamento do Ministério da Saúde
(portaria MS-453, junho 1998) que dá as Diretrizes e Proteção Radiológica em
radiodiagnóstico médico e odontológico (ver apostila de Proteção Radiológica)

O comando é onde o técnico toma as decisões relativas à qualidade e à quantidade de


radiação
a ser empregadas na produção de cada imagem. No comando estão os controles de
energia,
intensidade, tempo de exposição, foco fino ou grosso, opções de emissor voltado para a
mesa
ou para a estativa mural (vertical), e outras alternativas relacionadas aos recursos que
cada
equipamento oferece.
Figura 2.5: exemplo de mesa de comando de equipamento gerador de raios x. Os
comandos
geralmente encontrados são os kV (penetração), de mA (intensidade), tempo (duração
da irradiação) e
do foco (grosso ou fino)
COMANDO DO EQUIPAMENTO
Figura 2.6: comando mostrando alternativas de foco grosso ou foco fino e postos de
trabalho
Os cabos de alta tensão exercem a função de levar a energia gerada até o emissor de
raios x.
São construídos em material isolante para evitar danos às pessoas e ao equipamento.
Recomenda-se cuidado especial ao ajustar o posicionamento do emissor, pois em
algumas projeções pode surgir tensões mecânicas que poderiam comprometer o bom
funcionameno
dos cabos. Os cabos devem ser revisados pelo menos uma vez por ano pois nos
terminais
ocorrem as conexões de alta tensão (de até 75 kV de cada lado) e podem ocorrer
faíscas (o
jargão técnico “caminho de rato”) que podem inutilizar o cabo e que poderiam ser
evitadas
com limpeza e manutenção preventiva periódicas.
Quando fala-se de alta tensão, deve-se ser especialmente cauteloso com a umidade. O
uso de
ar condicionado na sala pode trazer complicações pois quando se desliga o ar, no fim
de um
período de trabalho, as superfícies metálicas do equipamento estão frias e se houver
umidade
no ambiente (situação bastante comum) poderá ocorrer condensação (gotas de água
nas
superfícies metálicas). Quando isto ocorre, os componentes onde há alta tensão (da
ordem de
kV) estão mais sujeitos a falhas precoces. Para reduzir as chances de que tais
problemas
ocorram, recomenda-se utilizar um desumidificador ambiental, que fará com que a
umidade e
mantenha em níveis seguros.

TÉCNICO
A tecnologia empregada nos equipamentos de radiodiagnóstico é, em muitos casos,
muito
complexa. Dos fatores que interferem no resultado final, sabe-se que alguns são muito
difíceis de se estabilizar e ter desempenho regular. Os parâmetros que interferem no
resultado
final são numerosos e multidisciplinares. Nesta etapa da análise dos aspectos
tecnológicos
deste sistema, será analisado o aspecto humano. O técnico que opera o equipamernto
para
produzir imagens para diagnóstico deve procurar ter um rendimento estável, conciliando
requisitos aparentemente paradoxais, como ser veloz e ter precisão. Mas precisão e
velocidade só são obtidos após bom e longo treinamento. O objetivo, nesta etapa do
curso, é
chamar a atenção para os aspectos humanos desta atividade. O que se espera do
técnico, em
termos de tecnologia? Que conheça a sua ferramenta de trabalho. Que saiba utilizar
todos os
recursos que o equipamento oferece, no momento em que forem necessários. Neste
momento, dadas as limitações de tempo e espaço, seria impossível falar dos
equipamentos
disponíveis, a cada caso. Mas o que se pretende é levantar algumas questões
relacionadas ao
rendimento do técnico, em grupos de discussão, na sala de aula. O que se espera do
técnico é
que esteja bem informado com relação às alternativas possíveis e que consiga decidir
pela
melhor, em cada caso.

EMISSOR
O emissor de raios x é um componente tecnologicamente muito complexo. Há uma
série de
funções reservadas a este componente.
Figura 4.1: emissor de raios x, onde estão ilustrados o tubo de raios x, os conectores de
alta tensão, a
câmara de expansão, o estator do anodo giratório, o filtro, a janela de saída dos raios e
a barreira de
chumbo para adiaçao de fuga.

A seguir uma relação das principais funções do emissor de radiação x:


:
geometria da exposição,
isolamento de alta tensão,
recipiente de óleo,
proteção mecânica do tubo,
suporte de acessórios e
proteção contra radiação de fuga.
Figura 4.2: o tubo de raios de anodo giratóro com a pista de alvo em destaque.
geometria da exposição,
O emissor deve ser estável mecanicamente, isto é, deve estar integrado
mecanicamente ao
conjunto de componentes que são utilizados para obter a geometria adequada à
exposição. O
emissor está ligado a uma coluna horizontal e esta a uma coluna vertical, presa a trilhos
no
teto e no chão (configuração mais frequente). Como o emissor pesa cerca de 20 a 30
quilos,
as colunas horizontal e vertical devem ser bem fixadas aos trilhos e estes à estrutura do
edifício. Os cálculos para a fixação deverão considerar a massa em movimento (o
conjunto
deve ser movido constantemente de posição) o que é muito diferente da massa em
repouso.

Isolamento de alta tensão,


a conexão entre o gerador e o emissor de raios x é feita com os cabos de alta tensão e
estes
cabos conectam-se ao tubo de raios x (dentro do emissor) através de conectores
instalados no
emissor.
Recipiente de óleo,
Outro componente importante do emissor é o óleo utilizado para isolar a alta tensão e
para
participar da dissipação de calor gerado na produção de raios x
Proteção mecânica do tubo
O tubo de raios x é uma válvula relativamente grande de cristal com peças metálicas de
até
600 gramas, girando em altas rotações. Torna-se necessário, portanto oferecer proteção
mecânica a este componente, para evitar que se quebre acidentalmente durante o uso.
Este
componente (o tubo) é o de maior custo em todo o equipamento de raios x, o que vem a
reforçar a necessidade de protegê-lo de quebras acidentais (atenção a este aspecto
durante o
uso do equipamento: evite pancadas bruscas pois pode ocorrer a quebra do tubo).
Suporte de acessórios
A janela de saída da radiação tem uma flange onde são afixados alguns acessórios
(próximo
ítem)
Figura 4.3: o filamento é um dos componentes do catodo. Neste exemplo, dois
filamentos: um para
foco grosso (maior) e outro para foco fino (menor).

Figura 4.4: anodos danificados; A por uso prolongado e técnicas acima do especificado;
BeC
exposições com anodo em rotação inadequada (altas temperaturas em alguns trechos);
D o rolamento
defeituoso causou o bombardeio do anodo num ponto com fusão do material no local.
O primeiro componente que se encontra na saída dos raios é o filtro. Há uma série de
soluções tecnológics para este acessório. Em alguns casos o filtro é fixo, instalado na
fábrica
e não permite que seja alterado com facilidade. Em outros casos há um conjunto de
filtros
possíveis em um disco que pode ser girado pelo técnico que está operando o
equipamento.
Isto possibilita uma combinação otimizada entre qualidade de imagem e dose para o
paciente.
O técnico ppode optar entre 3 ou 4 alternativas de filtro. Alguns dos critérios para esta
decisão são a tensão aplicada ao tubo, o objetivo do procedimento e a exposição total
necessária para a realização da taefa (chegar ao diagnóstico). Como exercício
analisemos um
caso do cotidiano: procedimento radiografia de mãos e punhos, tensão de 35 kV.
Considerando a tensão (relativamente baixa), a região a ser radiografada (mãos, de
sensibilidade menor às radiações) e a exposição total (baixa) o filtro mais adequado é
2,5
mmAl (total). Comparar com o segundo caso: radiografia de coluna lombar projeção
lateral.
Tensão de 85 kV e espessura de 30 cm (da região a ser radiografada). Neste caso, para
melhor proteger a pele do paciente deve-se aumentar ofiltro e a distância do foco ao
objeto.
Como recomendação: 3,5 mmAl de filtro total e 115 cm de distância foco detector
(melhor
conhecida por distância foco filme).

COLIMADOR LUMINOSO
Figura 4.5:o colimador luminoso tem as funções de orientar o técnico com relação ao
campo de
irradiação e de limitar o feixe de radiação.
Outro acessório comumente afixado ao emissor é o colimador ou diafragma luminoso. O
emissor recebe este componente com a função de limitar o campo de raios x à menor
área
possível, sem prejudicar o diagnóstico. É importante que o colimador seja instalado o
mais
próximo possível da janela de saída dos raios.
Ao colimador ainda podem ser acoplados cilindros de localização (ou de extensão),
para
procedimentos onde há a necessidade de se restringir a área a um pequeno círculo
(aproximadamente 12 cm de diâmetro. Como exemplos de procedimentos onde se
utiliza o
cilindro localizador: seios da face (frontais, paranasais, etmoidais), cavum, sela túrcica,
transição lombo-sacra projeção lateral (simplificando: localizada de L5-S1).
Trena: um acessório muito útil instalado em alguns equipamentos é uma trena, para
medir as
distâncias do foco ao objeto e ao detector (filme). Este acessório é muito útil durante
otimização de procedimentos e compensação de parâmetros de exposição.

PACIENTE
A radiação sai do emissor, passa pelos acessórios, interage com o paciente (fica,
atravessa ou
espalha) e continua em direção ao detector. Melhorando em precisão e em
detalhamento, a
radiação que atravessa o paciente continua em direção ao detector. A parte da radiação
que é
espalhada, e isto ocorre em todas as direções, também continua a se propagar em
todas as
direções, incluindo a direção do detector. Mas como esta radiação tem direções
múltiplas,
quando chega ao detector também participa na formação da imagem, só que de forma
negativa, de forma a prejudicar a visualização de detalhes, dificultando também a
visualização
de estruturas de densidade próxima à estruturas vizinhas. A radiação espalhada
comporta-se
como um chiado na recepção de um som, um ruído. A intensidade deste ruído pode ser
controlada, em termos, pelo uso da grade anti espalhamento.
Figura 5.1: interações das radiações com o paciente. Ocorrem principalmente dois tipos
de interação:
efeito fotoelétrico e efeito compton (espalhamento). O espalhamento é muito mais
frequente e é
negativo para a formação da imagem, dificultando a visibilidade de detalhes sutis.
A grade antiespalhamento foi desenvolvida com o objetivo de minimizar a incidência de
radiação espalhada no detector. Composta de lâminas finas de chumbo e papel
montadas na
vertical, alternando papel e chumbo, de modo a permitir a passagem dos raios x que
estiverem
se propagando na direção adequada e impedir a passagem dos raios x que estiverem
se
propagando em outras direções (supostamente radiação espalhada pois se popagam
em
direções diferentes da que está orientada ao ponto do foco do tubo de rx). A grade tem
sido
bem sucedida na sua função de reduzir o efeito negativo do espalhamento. Entretanto,
há um
preço a ser pago: como parte da radiação primária inevitavelmente é atenuado quando
se usa
a grade, há a necessidade de aumentar os parâmetros de exposição (o dobro em
alguns casos)
e com isso aumentar a exposição do paciente às radiações.
Figura 5.2: grade tipo catapulta, onde um golpe rápido faz com que a grade se
movimente em alta
velocidade por um curto espaço de tempo, normalmente maior do que o tempo de
exposição.
Assim, a decisão de se usar a grade, a critério do técnico, tem como fatores positivos a
redução da radiação espalhada e a melhoria da qualidade da imagem (maior
detectabilidade de lesões em estágio inicial).

Mas, em contrapartida, apresenta os seguintes pontos negativos: requer um aumento


da
exposição, com maior dose de radiação ao paciente e maior carga de trabalho ao
equipamento
(desgaste de componentes caros como o tubo de rx).
De forma geral, existe um certo consenso a respeito dos procedimentos onde os
benefícios de
se utilizar a grade superam os malefícios e esta decisão está registrada em tabelas com
recomendações de técnicas para diversos procedimentos. Mesmo assim, apesar de
existir um
certo consenso, convém lembrar que alguns (muitos) conceitos tidos como verdade há
uma
década apenas, já estão obsoletos, tendo sido substituidos por soluções mais
adequadas.
Explica-se: o contexto do radiodiagnóstico é complexo, envolvendo decisões que
afetam a
qualidade e a proteção, na maioria das situações. Profissionais que trabalham com
radiações
para fins diagnósticos estão constantemente enfrentando este desafio: procurar a
solução mais
adequada considerando qualidade e proteção, como aspectos principais, mas ainda a
tecnologia disponível, os custos, o tempo, evitar constrangimentos ao paciente, ...
Figura 5.3: gráfico da velocidade da grade, tipo catapulta, em função do tempo. Notar
que a
velocidade sobe rapidamente, atingindo o pico em tempo curto para depois cair mais
lentamente, num
tempo relativamente longo

MESA
Figura 6.1: imagem de qualidade satisfatória à esquerda e insatisfatória à direita.
Situação problema para discussão em grupo:
que é o retângulo que aparece em ambas as radiografias?
a imagem da esquerda apresenta qualdade satisfatória, enquanto a da direita não,
por que?
qual seria a solução para esta situação?
há mais de uma solução?
como selecionar a melhor?
qual a solução mais adequada considerando a higiene e proteção radiológica?
e a que fornece a melhor qualidade?
houve consenso?
como proceder?

DETECTOR
Quando se produz radiação para se produzir imagem para fins diagnósticos, procura-se
produzir radiação que tenha capacidade de atravessar o paciente, interagir com suas
estruturas
internas de modo que seja parcialmente absorvida (fica) e parcialmente transmitida
(atravessa)
e ainda que a parte que atravessa, que conserva informações sobre o interior do
paciente,
chegue ao detector e seja detectada para formar uma imagem. Pois bem, se a radiação
que foi
transmitida ao detector (atravessou o paciente) conseguiu este feito, trata-se de
radiação com
energia suficiente para tal. Esta característica desta radiação, ser capaz de atravessar o
paciente, é justamente o maior problema no momento de ser detectada por uma
camada de
cristais sensíveis à radiação. A quantidade de radiação que fica no detector, como pode-
se
supor, não será muito grande. O detector poderia ser mais espesso para aumentar a
certeza de
que a maior parte da radiação será absorvida (e portanto detectada), mas isto anularia
os
detalhes pequenos da imagem, gerando uma imagem grosseira, com muita
borrosidade. Para
aumentar a qualidade, melhorando a detecção de detalhes finos, seria adequado
diminuir a
espessura do detector. Isto melhoraria realmente a visibilidade de detalhes mas
significaria
também a necessidade de aumentar a exposição para compensar a perda de detecção
de raios
(detector fino).
Desde início do uso das radiações na medicina, para fins diagnóstico, tem-se
trabalhado na
busca de melhores soluções para desafios deste tipo (qualidade x exposição).
Inicialmente o
platinocianeto de bário e o tungstato de cálcio, depois os detectores de terras raras e
mais
recentemente o selenio ou o silício amorfos foram escolhidos como as melhores
soluções para
o momento. A situação atual é de uso frequente de écrans de terras raras e uso em
expansão
de placas de selênio (ou silício) para a radiologia digital. Considerando as melhorias que
a
tecnologia digital traz para a imagem, mantendo as exposições dos pacientes às
radiações e considerando ainda o custo inicial desta tecnologia (que inevitavelmente
tem sido comparado
ao custo operacional dos filmes e químicos) pode-se afirmar que a tecnologia digital
veio para
ficar mas que isto ocorrerá quando ocorrer a viabilidade econômica.
Figura 7.1: fótons de raios x incidindo e interagindo com cristais fotoluminescentes do
écran. Dois
tipos de cristais são ilustrados: o tipo D de detelhe, de menores dimensões e o tipo S de
sensibilidade
(do inglês “speed”, velocidade) de maiores dimensões, gerando maior número de fótons
de luz por
fóton de raio x, mas com maior borrosidade.
Como funciona o detector?
O detector é constituído de uma camada de cristais pequenos, sensíveis à radiação. A
radiação que atravessa o paciente e chega ao detector pode interagir com um dos
pequenos
cristais de sua estrutura. Este cristal, ao absorver a energia do fóton de raio x fica em
estado
excitado e volta a se estabilizar emitindo fótons de luz. As características dos fótons de
luz
que o écran emite dependem de sua constituição, havendo atualmente muitos tipos de
cristais
para esta finalidade. Os detectores usados mais frequentemente emitem luz no
comprimento
de onda do verde, ou seja, 550 nanômetros (550 nm). Os écrans estão acomodados
nas
paredes superior e inferior de uma caixa plástica (chassi) e entre estes dois écrans é
colocado
um filme radiográfico. Os fótons de luz emitidos pelo cristal quando da absorção de um
raio
x são absorvidos por sua vez pelo filme que está em íntimo contacto com o écran (o
mais
próximo possível).
Resumindo a sequência:
fóton de raio x vindo do paciente e
chegando ao detector,
detectado por um cristal do écran,
absorve esta energia, se recompõe e
emite esta energia excedente na forma de luz visível (verde) que seradetectada
pelo filme radiográfico.

Sensibilidade
os pesquisadores de detectores para radiações procuram obter boa qualidade de
imagem com
o mínimo de exposição, isto significa aumentar a sensibilidade dos detectores. Este
esforço
tem trazido alguns problemas para guardar os chassis com filmes. Os níveis de
radiação
espalhada na sala de exames já são suficientes para interferir na imagem. Atenção
portanto
para a situação problema: entrar na sala de procedimentos com dois chassis, deixar um
atrás
do biombo enquanto faz a projeção frontal, depois troca-se o chassi e faz a projeção
lateral.
Problema? Como resolver?

O futuro
Esta forma de detecção da imagem radiográfica é a mais empregada atualmente. O
futuro já
está se manifestando. Há muitos sinais do que deverá ocorrer nos próximos anos e que
tecnologias deverão substituir a atual. As mudanças mais importantes deverão ocorrer
na
forma de registrar a imagem, que deverá aposentar o filme e seu processamento. A
motivação
para estas mudanças está no impacto ambiental do uso de substâncias químicas
nocivas ao
meio ambiente (1/1). As tecnologias disponíveis serão discutidas no módulo de
Tecnologia
II – modalidades de radiodiagnóstico – no capítulo de radiologia digital.
PROCESSAMENTO
Após a exposição o detector registra as informações que deverão formar a imagem.
Figura 8.1: momento da exposição, onde os cristais do écran emitem luz que é
registrada pelo filme,
formando a imagem latente.
Este registro ocorre de várias formas:
no filme radiográfico
No próprio detector (módulo Tecnologia II – capítulo radiologia digital)
Em memória eletrônica (módulo Tecnologia II – capítulo radiologia digital)
Neste módulo será apresentado o registro da imagem em filme radiográfico. O
processamento dos filmes pode ser feito manualmente (mais raro) ou utilizando-se um
equipamento mecânico (mais frequente) de transporte de filmes ao longo de tanques,
preenchidos com os fotoquímicos adequados (processamento fotoquímico).

O processamento dos filmes é também chamado de processamento fotográfico pois


trata-se de
um processo com a finalidade de tornar visível e permanente (durável) a informação
registrada num filme fotográfico. O filme é sensível às radiações x, mas muito mais
sensível
à luz. O registro das informações ocorreu com a detecção de fótons de luz pelo filme.
Nos
instantes após a detecção da luz do écran pelo filme, o filme é alterado, tem sua
estrutura
alterada pela detecção da luz. Esta alteração não é definitiva pois o filme ainda é
sensível à
luz. Ainda nesta fase do processo, a alteração do filme com a detecção da luz é tão sutil
que
não pode ser avaliada pelo nosso sistema visual. Estes dois inconvenientes, o do filme
ainda
ser sensível à luz e o da imagem estar presente no filme mas não poder ser analisada
por ser
invisível aos nosso olhos, deverão ser resolvidos para que o registro da imagem tenha
alguma
utilidade.
Figura 8.2: processamento fotográfico mecânico, automático, onde o filme percorre os
tanques, da
direita para a esquerda, de revelador, fixador e de água. A seguir, não ilustrado aqui, há
a fase de
secagem.
Assim, a função do processamento é tornar visível a imagem latente (que está no filme
mas
não é visível: latente*) e ainda dessensibilizar o filme, de modo que a imagem possa ser
analisada em ambiente naturalmente iluminado. Esta tarefa não é simples. A alteração
da
estrutura do filme pela detecção da luz é algo muito sutil e o processo tem assim um
grande
desafio: amplificar uma alteração sutil cerca de um milhão de vezes até que seja visível.
A
parte da tarefa de tirar a sensibilidade do filme é relativamente muito mais fácil, como
está
apresentado a seguir.
Como funciona:

Entendendo
a estrutura do filme ----------
a ação do revelador
a ação do fixador
a ação da lavagem*
a ação da secagem
o filme é uma base de matéria plástica coberta por uma camada de emulsão. Esta
emulsão
contém os ingredientes que a tornarão sensível à luz. De forma muito simplificada, a
emulsão
do filme radiográfico é constituída de gelatina e cristais de brometo de prata,
principalmente.
Claro que de forma muito simplificada porque na realidade há mais de 50 ingredientes
na
formulação da emulsão sensível dos filmes. Para este estudo não há a necessidade de
complicar. A gelatina é algo parecido como a gelatina alimentar* que quase todos
conhecemos. A função da gelatina é manter os cristais distribuídos adequadamente
sobre o
filme. Os cristais assim distribuídos formam uma espécie de barreira à passagem da
luz. Os
fótons que interagirem com os cristais são os fótons detectados. Aqueles que não
interagirem
passam direto e são considerados informação perdida. A função do filme é detectar o
maior
número possível de fótons de luz*. Na intimidade dos cristais de brometo de prata, há
um
ponto chamado de “sensitivity speck”*. Os fótons que interagem com um cristal
fornecem
energia à sua estrutura, desestabilizando-a, arranca elétron de íon bromo, este elétron
neutraliza íon de prata, íon neutralizado de prata passa a átomo de prata metálica,
átomo de
prata metálica migra na estrutura até o sensitivity speck. Tudo isso causado pela
interação da
luz com o cristal. Na emulsão há muitos cristais por milímetro quadrado. Isto possibilita
ao
filme registrar detalhes muito pequenos para a imagem final*. O cristal que interagiu
com a
luz tem agora uma importante diferença em relação ao cristal que não interagiu: átomo
de
prata no sensitivity speck. O cristal que não recebeu luz tem sua estrutura íntegra. Esta
diferença sutil, mas importante, deverá ser reconhecida durante o processo de
revelação, para
que a imagem se torne visível e permanente.
Entendendo
a estrutura do filme
a ação do revelador ----------
a ação do fixador

a ação da lavagem*
a ação da secagem
Figura 8.3: a ação dos fótons de luz nos cristais do filme. O fóton arranca um elétron da
estrutura do
cristal e este elétron serve para neutralizar um íon de prata, originando o átomo de prata
metálica que
servirá para distinguir os cristais alterados dos não alterados.
o revelador tem a função inicial de reconhecer os cristais que interagiram com a luz
daqueles
cristais que não interagiram. Para simplificar usaremos a sigla CRISALT e CRISINALT
para
os cristais alterados (interação) e inalterados (não interagiram).
Figura 8.4: os CRISALT são reconhecidos pelo revelador, que continua o processo de
fornecer
elétrons e neutralizar íons de prata dando como produto átomos de prata metálica. Na
ilustração, os e -
chegam até o interior dos CRISALT pelo speck. Os CRISALT, na revelação, ficam cada
vez mais escuros.
Dissemos função inicial do revelador porque logo após esta distinção, o revelador passa
a reagir químicamente com os CRISALT e não reage com os CRISINALT. À medida que
esta reação ocorre, os CRISALT vão ficando cada vez mais escuros, enegrecidos,
sendo responsáveis pelas áreas mais escuras da imagem radiográfica. Para que esta
reação ocorra de forma ótima, são necessários alguns requisitos: temperatura do
revelador , tempo de revelação, concentração do revelador, tempo de uso do revelador
(dias), desgaste do revelador (quantidade de filmes revelados) e finalmente o fabricante
do revelador. Figura 8.5: curva característica, sua evolução durante o tempo de
revelação. Crescimento das densidades à medida que o revelador age no filme. Se o
tempo de revelação não fôr completado, as densidades não chegam aos valores
normais e a curva se altera. O desempenho da revelação foi avaliado
experimentalmente por Hurter & Drifield, ao publicarem um artigo sobre seus estudos.
Na câmara escura, fizeram exposições em filmes, com quantidades conhecidas de
exposição, e traçaram a curva de resposta do filme. Nesta curva, pode-se perceber que
para valores pequenos de exposição o desempenho do filme não é alterado, para
valores médios, a um aumento da exposição corresponde um aumento no
enegrecimento do filme e para valores relativamente altos, o filme reage com um valor
máximo e este valor se mantém praticamente constante, independentemente de novos
aumentos da exposição. O gráfico final tem o nome de Curva Característica, pois há
uma curva para cada material fotossensível e cada conjunto de condições de revelação.
A base da curva (onde o filme não reage à pequena exposição) é o pé da curva*
Mas, que aplicação tem isto na prática?*
A primeira aplicação ocorre no momento em que o filme acaba de ser revelado e deve-
se analisar a imagem quanto à exposição e à revelação. O técnico que efetuou o
procedimento deve, ao avaliar os resultados, saber distinguir os efeitos da exposição
dos efeitos da revelação. No capítulo sobre avaliação da imagem, são discutidos estes
efeitos.
A segunda aplicação para estes conhecimentos é compreender o funcionamento da
processadora para em caso de pane, queda de desempenho, ser possível identificar as
causas mais prováveis e, em alguns casos, tomar providências para a restauração do
desempenho
esperado.
A terceira aplicação é que esta curva é utilizada pelos pesquisadores para apresentar
resultados de pesquisas e pelos fabricantes de filmes para apresentar as especificações
de cada
produto.
A quarta aplicação é a possibilidade de se comunicar com outros técnicos (que tenham
este
conhecimento) sobre seus resultados e como proceder para melhorá-los, em grupos de
estudo
para otimização da prática radiológica.
Entendendo
a estrutura do filme
a ação do revelador
a ação do fixador ----------
a ação da lavagem*
a ação da secagem
Logo após o término da fase de revelação, o filme já apresenta a imagem de forma
visível a
olho nú*. Neste momento, a ação do fixador é retirar do filme os CRISINALT, pois eles
não
fazem parte da imagem e ainda mantêm o filme sensível à luz. O aspecto do filme nesta
fase
é de uma película esverdeada e leitosa, pouco transparente. Durante o tempo de
fixação, este
aspecto leitoso vai sumindo e o filme tornando-se gradativamente mais transparente. Ao
final, o aspecto já é o da imagem final, mas precisa de uma limpeza geral para retirar os
resíduos químicos.
Entendendo
a estrutura do filme
a ação do revelador
a ação do fixador
a ação da lavagem* ----------
a ação da secagem

a tarefa de retirar os resíduos químicos do filme processado é realizada durante a


lavagem. A
importância de realizar corretamente esta etapa é a durabilidade que se pretende para
as
radiografias. Filmes mal lavados tendem a apresentar amarelamento em poucos meses,
as
vezes acompanhados de esmaecimento da imagem (perda de informações)*.

Entendendo
a estrutura do filme
a ação do revelador
a ação do fixador
a ação da lavagem*
a ação da secagem ----------
a secagem tem a função óbvia de retirar a água do filme para possibilitar a sua análise
no
negatoscópio. Nesta etapa utiliza-se ventoinhas e resistências para aquecer o ar.
Influência na qualidade da imagem
Tanto a fixação como a lavagem e a secagem, não interferem na qualidade da imagem,
desde
que corretamente realizadas. A fase importante para a qualidade final é a revelação. As
outras fases servem para tornar esta imagem mais permanente.
Acredita-se que as outras fases podem interferir na qualidade, mas o que ocorre é que
quando
há problemas em qualquer uma das etapas posteriores à revelação, surgem artefatos
que
causam uma maior dificuldade para analisar a imagem.

ANÁLISE
Ao se avaliar a imagem radiográfica, há uma série de observações a fazer antes de
qualquer
procedimento de análise. Pré requisitos: condições de análise, iluminação ambiente,
condições de iluminação do negatoscópio,
Situação problema para discussão
A iluminação do ambiente, questões: bem iluminada, penumbra ou escuro total?
negatoscópio: intensidade fraca, média, forte? Ajustável?
Um negatoscópio tem a ver com outro? Independentes?
Tipos de imagens
Escura
Super exposta
Super penetrada
Super revelada
Clara
Sub exposta
Sub penetrada
Sub revelada
Escura
Super exposta
Dos parâmetros de exposição, o mA e o tempo, multiplicados, resultam no mAs
Excesso de mAs resulta numa imagem super exposta, muito escura por excesso de
exposição,
excesso de mA ou excesso de tempo. A correção para este desvio é reduzir o mAs.
Escura
Super penetrada
Uma radiografia muito escura e super penetrada é resultado do uso de muito kV. A
imagem,
além de escura, apresenta sinais de alta penetração. Que sinais são esses? As regiões
mais
opacas do paciente apresentam-se com detalhes internos, de sua estrutura. É o oposto
da
radiografia sub penetrada, onde há regiões mais opacas e completamente brancas.
Solução
para corrigir uma radiografia superpenetrada: reduzir o kV.
Escura
Super revelada
A radiografia super revelada apresenta-se escura demais mas com contraste mais alto.
As
áreas claras e escuras predominam, não havendo níveis intermediários de cinza. A
correção
para isto é aferir a revelação, principalmente quanto à temperatura.
Clara
Sub exposta
A radiografia clara por sub exposição apresenta-se uma boa radiografia nas áreas mais
transparentes, exceto por falta de enegrecimento em geral.
Clara
Sub penetrada
Radiografia clara por falta de penetração é muito parecida com a anterior. Talvez a
única
forma de decidir se o aumento deverá ser do kV ou do mAs esteja nos valores utilizados
para
cada caso em especial. Exemplo: paciente de 20 cm de ET, 80 kV com 5 mAs. Imagem
resultou clara. É preferível aumentar o kV, pela região (tórax, onde há movimentos
involuntários e dificuldade de penetração).
Clara
Sub revelada
A radiografia sub revelada não apresenta regiões muito escuras, mesmo nas áreas do
filme
onde a radiação incidiu diretamente no filme, sem atenuação. Outro indicador de sub
revelação é o contraste mais baixo do que o normal. Correção para este problema:
aferir a
revelação, principalmente a temperatura.

ESPECIALISTA
A questão do especielista e a questão da qualidade de uma imagem
Há consenso a respeito da melhor qualidade de imagem para um raios x de tórax?
Não. A melhor qualidade depende de vários fatores. Exemplo: do objetivo do
procedimento
e do médico que analisará a imagem. Quando o procedimento foi solicitado com o
objetivo
de avaliar o par~enquima pulonar, há um conjunto de tatores de exposição que é mais
adequado. Quando o objetivo é avaliar a situação cardiológica, outro conjunto de fatores
passa a ser mais adequado.
Situação Problema para discussão em sala:
como o técnico pode aliviar esta dificuldade?
procurar uma alternativa intermediária?
que outros procedimentos apresentam esta dificuldade?
as doses de raios x mudam muito?
é possível quantificar esta questão, para maior precisão?
como proceder?
a dose muda muito de uma técnica para outra?
como saber antecipadamente a preferência do especialista?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Médica e Diagnóstico por Imagem, 32 págs.).
9. PITORRI R.C. Física Radiológica. Centro de Aperfeiçoamento em Ciências da
Saúde.-
Instituto do Coração – F. E. J. Zerbini, São Paulo, 2003.(Curso Técnico de Radiologia
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