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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO

Curso de Engenharia Civil


Uberlândia, MG.

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso.

ALTERAÇÃO DE PROJETOS ESTRUTURAIS URBANOS NA


CIDADE DE ARAGUARI, MELHORANDO A QUALIDADE DE
VIDA POR MEIO DA ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA.

Orientação: Prof. MSc. Marcos Pimentel de Oliveira

Alunos: Renata Rodrigues dos Santos.

Período: Fevereiro 2017 – Dezembro 2017

Uberlândia, 2017.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO
Curso de Engenharia Civil
Uberlândia, MG.

ALTERAÇÃO DE PROJETOS ESTRUTURAIS URBANOS NA


CIDADE DE ARAGUARI, MELHORANDO A QUALIDADE DE
VIDA POR MEIO DA ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA.

Projeto de Pesquisa apresentada ao Curso de Engenharia


Civil do Centro Universitário do Triângulo - Unitri, como
requisito básico para aprovação na disciplina de Trabalho
de Conclusão de Curso I, ministrada pela Prof.(a) Drª.
Angela Abreu Rosa de Sá.

Uberlândia, 2017.
Projeto deTrabalho de Conclusão de Curso - UNITRI3

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Largura da faixa de circulação ................................................................... 11

Figura 2 – Vista do rebaixamento mínimo .................................................................. 12

Figura 3 – Vista do rebaixamento de calçadas ............................................................. 12

Figura 4 – Modulação do piso táctil de alerta .............................................................. 13

Figura 5 – Modulação do piso táctil direcional ............................................................ 14

Figura 6 – Sinalização e dimensionamento das vagas especiais. .................................... 14

Figura 7 – Trena de 30m aferida ................................................................................ 16

Figura 8 – Nível de Bolha ......................................................................................... 16


Projeto deTrabalho de Conclusão de Curso - UNITRI4

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5

2 DEFINIÇÃO E DELIMITAÇÃO DO TEMA ....................................................... 6

3 OBJETIVOS ..................................................................................................... 7

3.1 Objetivos Gerais ................................................................................................... 7

3.2 Objetivos específicos ............................................................................................ 7

4 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 8

5 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................... 9

5.1 Barreiras Urbanas ............................................................................................... 10

5.2 Dimensões das Calçadas...................................................................................... 11

6 METODOLOGIA ........................................................................................... 15

6.1 Visitas Técnica e Levantamento de Dados ............................................................. 15

6.1.1 Barreiras Urbanas ............................................................................................ 15

6.1.2 Dimensão das Calçadas .................................................................................... 15

6.1.3 Sinalização Táctil ............................................................................................ 15

6.1.4 Vagas Prioritárias ............................................................................................ 16

6.1 Elaborações de Projeto ........................................................................................ 17

7 RESULTADOS ESPERADOS ......................................................................... 17

8 ORÇAMENTO ............................................................................................... 17

9 CRONOGRAMA ...............................................Error! Bookmark not defined.

10 REFERÊNCIAS .................................................Error! Bookmark not defined.


Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI5

1 INTRODUÇÃO

Diferente das outras espécies que sofrem processos de mutação para se adaptar ao
meio ambiente, o ser humano, através da construção civil, adapta o próprio ambiente para que
possa habitá-lo. No entanto, essa adaptação não leva em consideração a diversidade de
pessoas que possuem algum tipo de delimitação física, o que impossibilita a utilização de
determinado espaço para qual foi planejado. A partir dessa percepção, foi considerada
a idéia de alterar os projetos urbanos visando acessibilidade e inclusão de pessoas com
deficiência, e através dessas adequações, garantirem condições de acesso necessárias para
atendê-las.
São considerados como deficientes, segundo o Programa Brasileiro de Acessibilidade
Urbana, “pessoas usuárias de cadeiras de rodas, que necessitam de muletas, deficientes visuais
e auditivos de diversos níveis, ou com deficiência mental, além de idosos, gestantes, obesos,
convalescentes cirúrgicos, entre outros” (PROGRAMA BRASILEIRO DE
ACESSIBILIDADE URBANA, 2006, P.11), sendo assim, todo o empreendimento público
existente ou a ser construído, deverá cumprir sua função de forma adequada.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) denomina acessibilidade como
“possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com
segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos”
(ABNT, 2004), e cabe a Administração Publica cumprir sua função social, tendo em vista a
importância do planejamento urbano adequado, para que todos possam usufruir da circulação
nas vias e dos serviços públicos, a fim de oferecer benefícios da urbanização a todos os seus
habitantes .
Atualmente alguns espaços urbanos estão sofrendo alterações com a intenção de gerar
conforto e facilidade para locomoção de pessoas portadoras de necessidades especiais, no
entanto, alguns lugares deixam a desejar por diversos fatores, podendo ser através da ação do
tempo, erros no planejamento urbano, ou pelos próprios usuários, impossibilitando
sua utilização. E é através desses fatores, que o projeto busca analisar algumas áreas urbanas
com acesso livre, tais como calçadas, parques e praças da cidade de Araguari, verificando as
condições de acesso, conforme as normas técnicas de acessibilidade vigente para projetos
urbanísticos e de edificações NBR9050, com o intuito de levantar os principais problemas
encontrados para que seja possível promover a alteração dos projetos, de modo a torná-lo
acessível a todos.
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI6

2 DEFINIÇÃO E DELIMITAÇÃO DO TEMA

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000) afirmam que


o número de deficientes físicos é de 24,6 milhões, inferindo aumento significativo a cada ano.
Vale ressaltar que as dificuldades de acesso das pessoas com limitações físicas acabam
excluindo-as da sociedade, mostrando assim ineficiência do espaço construído para abrigar
diversidades. Visto que a maioria das construções obtém inadequações na qual não atende o
mínimo de exigências para ser aprovados nos órgãos responsáveis, ao modificar as estruturas
ineficientes, torna-se favorável não só para deficientes físicos como também pessoas que
possuem dificuldades de movimentar permanentemente ou temporariamente, como por
exemplo, idosos, gestantes, obesos, entre outros. Para que isso aconteça, é necessário um
planejamento urbano devido, que antecede a contratação de obras públicas de acordo com a
Lei Federal número 8.666, de 21.06.1993.
Considerando que é de responsabilidade dos órgãos públicos promoverem melhores
condições de acesso, através dos padrões estabelecidos nas Técnicas de Ajuste de Conduta
(TAC), torna-se obrigatória a alteração das estruturas que não estão de acordo com a norma
brasileira NBR9050 relacionada à acessibilidade, garantindo conforto e segurança a seus
usuários.
Visto que o planejamento estrutural urbano deve estar relacionado ao direito de ir e vir
de todos os cidadãos com facilidade dentro de uma estrutura urbana adequada, será analisada
a forma de mobilidade de transporte a pé, verificando os desníveis, rampas de acesso,
condições das calçadas em centros públicos, e avisos sonoros para deficiente visuais,
na região central da cidade de Araguari, desenvolvendo um projeto básico com as possíveis
adaptações visando acessibilidade.
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI7

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVOS GERAIS

Este trabalho tem como objetivo avaliar as técnicas, legislações, e alterações dos
projetos estruturais urbanos, focando a acessibilidade. Para isso, através da orientação da
NBR-9050/2015, que dá ênfase em acessibilidade, e por meio da TAC (Termo de
Ajustamento de Conduta), que demonstra como deverá ser executada, haverá vistorias
técnicas nas ruas: Avenida Coronel Teodolino Pereira de Araújo, Avenida Minas Gerais, além
de outras áreas de muita circulação urbana como o Bosque Jorge Kennedy, e a Praça Getúlio
Vargas, localizadas a cidade de Araguari - Minas Gerais, verificando se estão de acordo com
as normas técnicas, e em locais que não sofreram esse tipo de alteração, desenvolver projetos
estruturais com enfoque na acessibilidade.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Estudar a NBR-9050/15 e a TAC (Termo de Ajustamento de Conduta);


- Fazer visitas técnicas nas principais áreas de Araguari, como o Bosque e a Praça
Getúlio Vargas, além das principais vias de acesso que são as avenidas:
Coronel Teodolino Pereira de Araújo e Minas Gerais, desenvolvendo um diagnóstico
reconhecendo os principais problemas encontrados;
-Analisar e determinar o que será necessário para solucionar os problemas
encontrados;
-Elaborar projetos estruturais, com ênfase em sanar o máximo de erros encontrados
nas visitas técnicas;
-Propor em órgãos responsáveis à alteração das estruturas urbanas, através do projeto
que será executado.
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI8

4 JUSTIFICATIVA

Embora tenham vários estudos e leis em vigor, sobre mobilidade e acessibilidade, a


maioria das cidades ainda não consegue garantir estrutura adequada a seus cidadãos, dessa
forma, faz-se necessária à avaliação das áreas centrais na cidade de Araguari, onde há maior
concentração de pessoas, verificando a qualidade das suas vias de acesso, e as reais condições
da mesma.
Segundo a Associação dos Deficientes Físicos de Araguari (ADEFA),em 2015 foram
registrados cerca de mil cadastros, e conforme o direito constitucional de que todo cidadão
brasileiro poder ir e vir, a mobilidade urbana é um dos principais fatores podendo ser
divididas em dois fatores: o modo motorizado, e o modo a pé, sendo esse o que apresenta
maiores problemas proveniente a má qualidade de acesso, dificultando o deslocamento das
pessoas.
Pelo fato do acréscimo de pessoas com limitações físicas a cidade de Araguari, a
cidade não está totalmente preparada para atender essa demanda, havendo necessidade de
analisar os principais espaços de circulação de pedestres, considerando as condições físicas
desses locais de acesso.
Levantar e identificar os principais problemas são essenciais, para que sejam traçado
projetos e estratégias de melhorias as pessoas, permitindo aos órgãos públicos reguladores
avaliar por meio de vistorias, a qualidade das estruturas urbanas, e verificar se estão de acordo
com as normas e leis vigentes atualmente.
No entanto, o projeto busca estudar e compreender as principais dificuldades de
acessibilidade, nas principais ruas da cidade de Araguari, gerando uma base para a elaboração
de alguns projetos a fim de sanar os principais problemas, contribuindo assim a inserção
dessas pessoas na sociedade.
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI9

5 REVISÃO DA LITERATURA

Segundo Garcia (Garcia 2010 Lima e Lima, 2013), pessoas com deficiência no
período pré-histórico não podiam viver, por isso eram sacrificadas. Apenas na idade média,
dominado pelo cristianismo, movidos pela crença que deficiência era fruto do pecado é que
essas pessoas começaram a ter auxilio, tendo reconhecimento de sua importância e
tratamentos igualitários.
A Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência (DUDH) foi criada
pela ONU em 1975, através do acordo de paz entre as Nações Unidas e os Estados Unidos
após a segunda guerra mundial, devido à necessidade dos militantes mutilados se reintegrarem
na sociedade, garantindo independência e apoio político para sua inserção (ONU, 2542,
1975).
Em 1981, as Nações Unidas tinha como projeto incluir pessoas deficientes na
sociedade lhes dando apoio, além de exercer fatores preventivos evitando acidentes que
poderia causar algum tipo de deficiência física, sendo considerado como o Ano Internacional
das Pessoas Deficientes (AIPD, 1981). Apenas em 1985 foi criada a primeira norma
regulamentadora atualizada em 1994 e revisada em 2004 chamadas “Acessibilidade e
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos a pessoas portadoras de deficiência”,
(CAMBIAGHI, 2007). Essa norma regulamentadora é a NBR 9050/04, e está de acordo com
a Lei Federal nº 7.853 /1989, regulamentada em 1999 pelo Decreto Federal nº3.298/1999.
De acordo com a Lei, toda cidade com mais de 20mil habitantes tem por obrigação a
elaboração do seu Plano Diretor, fazendo com que seja garantida a alteração do
projeto estrutural urbano, e cabe ao Poder Público assegurar e se responsabilizar os direitos
básicos, além de indicar as condições mínimas de acesso, conforto e segurança, adequando
estruturas urbanas para promover o direito de ir e vir das pessoas
com limitações físicas (DUARTE, COHEN, 2004).
Algumas cidades utiliza o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), na qual juntamente
com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) obrigam os
municípios cumprir as normas em vigência estabelecidas através de parâmetros técnicos
adotados considerando várias condições de mobilidade com e sem a utilização de aparelhos
específicos para identificar os espaços e equipamentos urbanos, e em caso de alterações
estabelecer prazos de conclusão e condições acessíveis.
Jaques (JAQUES, 2012) afirma que toda pessoa impossibilitada de adquirir
capacidades comuns, sejam elas por meio de deficiência física, mental ou sensorial, pode ser
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI10

considerado como portadores de deficiência física, podendo ser divididas em quatro


categorias de acordo com o Decreto Federal número 5.296 (2004), listadas abaixo:
Auditiva: São considerados deficientes auditivos, quando após aferição
nas frequências de 500Hz até 3000Hz em um exame audiométrico, obtiver redução auditiva
de quarenta e cinco a um decibéis;
Física: São considerados deficientes físicos, quando há algum comprometimento em
sua função motora, como ausência de membro ou amputação, nanismo, deformidade em
algum membro, paraplegia, tetraplegia, paralisia cerebral, ostomia, entre outros;
Mobilidade Reduzida: Nessa categoria se enquadra os idosos que obtém a mobilidade
reduzida, obesos, e as pessoas que obtém alguma deficiência temporária como as gestantes,
ou que necessitam de muletas após algum acidente;
Visual: São considerados deficientes visuais, pessoas com baixa visão de 0,3 a 0,05, e
com visão abaixo de 60%, sendo necessário desenvolver os outros sentidos para se ter
referência.
For através da norma NBR 9050/04 que se entendeu a necessidade de aprimorar e
alterar os projetos urbanos, priorizando adaptações que atenda a população através de alguns
critérios técnicos adotados que vai desde os mobiliários urbanos, níveis
e desníveis das calçadas, pisos tácteis e tipos de iluminação. Esses critérios serão listados a
seguir.

5.1 BARREIRAS URBANAS

De acordo com Lunaro (2006), todos os elementos urbanos que dificulte a circulação
do espaço, podem ser considerados como barreiras, sendo necessário eliminar qualquer
obstáculo físico que dificulte a passagem das pessoas. Dessa forma, a NBR 9050 recomenda
que as vias devam ser livres de qualquer imobiliário urbano, ocupando em até no máximo
50% das calçadas, e caso não seja possível permitir a passagem estabelecida, é necessário que
essa barreira seja facilmente detectada, além de proibir plantas com alguma substância tóxica
e controlar o crescimento de troncos e raízes para que não invada os percursos e danifique o
pavimento.
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI11

5.2 DIMENSÕES DAS CALÇADAS

Segundo o item 6.10.4 da NBR 9050 (2004), a faixa de circulação das calçadas devem
possuir de 1,20m a 1,50m de largura disponível, evitando uma eventual colisão entre duas
pessoas com limitações físicas, e uma altura superior a 2,10 metros em caso de obstáculos
aéreos como toldos e marquises, podendo ser demonstrado na figura 1.

FIGURA 1 – LARGURA DA FAIXA DE CIRCULAÇÃO

Fonte: ABNT NBR 9050 (2004, P.7)

Em relação aos desníveis, que promove maior dificuldade no deslocamento, pode-se


determinar que quando superiores a 5mm até 15mm devem ser entendidos como rampas. Em
rampas longas, recomenda-se uma área de descanso a cada 50 metros em inclinações de até
3%, ou a cada 30 metros em inclinações de 3% a 5%. Além disso, as calçadas devem estar
devidamente sinalizadas e rebaixadas junto á travessia de pedestres, levando em consideração
a circulação de pessoas na área. Se após efetuar o cálculo do fluxo de pedestres e o resultado
for superior a 25 pedestres por minuto em ambos os sentidos, a largura do rebaixamento
deverá ser igual a largura da faixa de travessia, caso contrário é permitido o mínimo de 1,20m
de largura de rampa, lembrando que não se pode apresentar desnível entre o término de
rebaixamento da rampa e a rua. Desníveis de 5mm a 15mm devem ser entendidos nos projetos
como rampas. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004, P.56). As
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI12

figuras 2 e 3 demonstram de acordo com a norma, os rebaixamentos e seus


dimensionamentos. FIGURAS COM ALGUMAS LETRAS ILEGÍVEIS

FIGURA 2 – VISTA DO REBAIXAMENTO MÍNIMO

Fonte: ABNT NBR 9050 (2004, p.57).

FIGURA 3 – VISTA DO REBAIXAMENTO DE CALÇADAS

Fonte: ABNT NBR 9050 (2004, p.57).

5.3 TIPOS DE PISO

Com relação ao piso, deve apresentar superfície regular, estabilidade, e ser


antiderrapante para evitar quedas ou escorregões. Deve apresentar inclinações de 3%
(transversal), e 8,33% (longitudinal), apresentar contraste de cores e piso adjacente que
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI13

permite informação visual e táctil a deficientes visuais, facilitando sua locomoção de forma
independente (ABNT NBR 9050/2004).
Para melhor entendimento, a sinalização táctil no piso é dividida em dois tipos, sendo
elas alerta ou direcional, que serão descritos a seguir.
O piso táctil de alerta deverá ser apresentado de coloração diferente do restante da
calçada, orientando os deficientes visuais seu posicionamento na calçada. Além disso, em
situações de risco como rebaixamento de calçada, escadas e plataformas de embarque e
desembarque, deve apresentar o piso em toda sua extensão. O piso utilizado é em alto revelo e
tem a forma de um tronco-cônico, e deve seguir algumas especificações como mostra a figura
4, garantindo segurança às pessoas (ABNT NBR 9050/2004, item 6.1.2).

FIGURA 4 – MODULAÇÃO DO PISO TÁCTIL DE ALERTA

Fonte: ABNT NBR 9050 (2004).

Já o piso táctil direcional, deve ser utilizado na ausência ou descontinuidade de linha-


guia identificável, ou quando houver caminhos preferenciais de circulação. Nesse caso, o piso
deve ser instalado no sentido do deslocamento, e sua textura deverá ser em seção trapezoidal,
constituída de relevos lineares demonstrados na figura 5. Lembrando que, quando houver
mudança de direção, alguma região deve estar sinalizada indicando que a partir daquele ponto
algo irá mudar (ABNT NBR 9050/2004, item 6.1.3).
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI14

FIGURA 5 – MODULAÇÃO DO PISO TÁCTIL DIRECIONAL

Fonte: ABNT NBR 9050 (2004).

5.4 VAGAS PRIORITÁRIAS

O número de vagas disponíveis para deficientes físicos são de 2% do total de vagas


disponíveis, assegurando sempre uma vaga próxima à entrada do local desejado, respeitando
algumas especificações técnicas em sua sinalização apresentando a simbologia nas vias
públicas que serão apresentadas a seguir na figura 6(DECRETO FEDERAL, n° 5.296/2004).

FIGURA 6 – SINALIZAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DAS VAGAS ESPECIAIS.

FIGURA COM ALGUNS NÚMEROS ILEGÍVEIS


Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI15

Fonte: ABNT NBR 9050 (2004).

6 METODOLOGIA

Serão feitas pesquisas bibliográficas, através das normas técnicas de acessibilidade


vigente para projetos urbanísticos e de edificações NBR9050 – Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, de 31.05.2004, com o intuito de reconhecer
todas as condições necessárias para que um mobiliário público, desníveis, calçadas e vaga
preferenciais, sejam acessíveis e atenda as necessidades da população.

6.1 VISITAS TÉCNICA E LEVANTAMENTO DE DADOS

Elaboração de um check list, de acordo com os itens que a NBR9050 exige, para
comprovar se as áreas escolhidas atendem os seguintes requisitos necessários:

6.1.1 BARREIRAS URBANAS

Será analisado se contém algum mobiliário urbano que ocupe mais de 50% das
calçadas, e se caso obtiver, verificar se são facilmente detectadas;
Verificar se há algum obstáculo como galhos, folhas, plantas com substância tóxica e
crescimento de troncos e raízes;
Verificar se os obstáculos aéreos como toldos e marquises estão em uma altura
superior a 2,10 metros.

6.1.2 DIMENSÃO DAS CALÇADAS

Verificar a faixa de circulação se possui 1,20m a 1,50m de largura;


Verificar se os desníveis de 5mm a 15mm são determinados como rampas;
Verificar se há áreas de descanso a cada 50 metros em inclinações de até 3% e a cada
30 metros em inclinações de 3% a 5%;
Verificar se o fluxo de pedestres é superior ou inferior a 25 pedestres por minuto.

6.1.3 SINALIZAÇÃO TÁCTIL

Verificar se o piso é antiderrapante;


Verificar se as inclinações de 3% (transversal), e 8,33% (longitudinal), apresentam
coloração diferenciada e piso adjacente;
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI16

Verificar se há sinalização alerta e direcional.

6.1.4 VAGAS PRIORITÁRIAS

Verificar se a quantidade de vagas preferenciais apresenta 2% do total das vagas;


Verificar a largura e comprimento das vagas, e se há o espaço de 1,20m para que seja
possível a entrada e saída dos usuários de cadeira de rodas.
Serão vistoriados quatro lugares diferentes da cidade de Araguari, onde há maior
circulação diária de pessoas, localizadas no centro da cidade:
- Avenida Minas Gerais;
- Avenida Coronel Teodolino Pereira de Araújo;
- Bosque Jorge Kennedy;
- Praça Getúlio Vargas.
Juntamente com o chek list que será proposto, serão utilizados dois materiais que serão
descritos a seguir nas figuras 7 e 8: FIGURAS MUITO GRANDES SUGIRO DIMINUIR

FIGURA 7 – TRENA DE 30M AFERIDA

Fonte: http://www.starrett.com.br/produtodetalhe.asp?codprod=427

FIGURA 8 – NÍVEL DE BOLHA


Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI17

Fonte: http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-nivel-de-bolha.html

Dessa forma, será possível o levantamento de dados necessários para solucionar os


problemas encontrados.

6.1 ELABORAÇÕES DO PROJETO

Após identificar as inadequações através do check list, será desenvolvido um novo


projeto no programa AutoCad, com ênfase em sanar as principais problemas encontrados,
para que posteriormente possa ser proposto aos órgãos responsáveis.

7 RESULTADOS ESPERADOS

Apesar de ter diversas áreas a serem adequadas na cidade de Araguari, o trabalho


prioriza as áreas onde contém maior circulação de pessoas diariamente, e visa como resultado,
a regularização dos problemas encontrados, propiciando melhores condições de acesso às
pessoas que possuem delimitação física, servindo de exemplo para obras futuras.
Posteriormente cabe a prefeitura adotar o novo projeto proposto, a fim de melhorar a
qualidade de vida da população, nesses aspectos.
Vale ressaltar que o número de deficiente físico aumenta a cada ano, por isso seria
interessante um maior planejamento e levantamento da atual situação, antes de iniciar
qualquer obra pública, para que evite retrabalho e gastos desnecessários.

8 ORÇAMENTO

Descrição do Material Quantidade Valor (R$) Total (R$)


Caneta 3 R$2,15 R$6,45
Folha A1 55 R$0,15 R$8,25
Folha A4 4 R$2,15 R$8,60
Impressão Folha A1 4 R$6,85 R$27,40
Impressão Folha A4 55 R$0,20 R$11,00
Lápis 2 R$0,50 R$1,00
Nível de Bolha 1 R$48,89 R$48,89
Prancheta 1 R$2,57 R$2,57
Régua de Alumínio 1 R$16,50 R$16,50
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI18

Trena 30metros 1 R$37,70 R$37,70


Total R$168,36
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI19

9 CRONOGRAMA

O desenvolvimento das atividades do Projeto será realizado conforme o cronograma abaixo:

Período 2017
Etapa ∕ meses 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Introdução X X X
Delimitação do Tema X X X
Objetivos X X X
Justificativa X X X
Revisão da Literatura X X
Apresentação do Projeto de Pesquisa e dos
Primeiros Resultados na Semana Interdisciplinar
X
do curso de engenharia Civil – 17,18 e 19 de
Maio
Metodologia X X
Resultados Esperados X X
Orçamento Esperado X X
Visita Técnica X X X X
Levantamento de Dados X X X X
Análise dos Dados Coletados X X X X
Execução do Projeto X X X X X X
Resultados Obtidos X X X
Orçamento Obtido X X
Defesa do Artigo – Banca TCC II X
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI20

10 REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Associação Técnicas. NBR 9050:


Acessibilidade a Edificações, Mobiliário e Espaços Urbanos. Rio de Janeiro,
2004.

ADEFA. Associação dos Deficientes Físicos de Araguari. Disponível em:


http://gazetadotriangulo.com.br/tmp/noticias/nova-diretoria-da-associacao-dos-
deficientes-fisicos-de-araguari. Acesso em: 21 abr,2017

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Senado Federal. Secretaria Geral da


Mesa. Brasília, DF, 2003

BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais


e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida.
Disponível em: http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm. Acesso em: 21
abr, 2017

CAMBIAGHI, SILVANA. Desenho universal: métodos e técnicas para


arquitetos e urbanistas. São Paulo, SP: SENAC, 2007 1 ed, p03 a 60.

DUARTE, C. R. COHEN. Acessibilidade aos espaços de


ensino público:desenho universal. São Paulo, SP: Editora Nutau, 2004

GARCIA, VINÍCIUS GASPAR. Pessoas com deficiência e o mercado de


trabalho histórico e contexto contemporâneo. Campinas, SP: 2010.205
(Doutorado em desenvolvimento econômico) – Universidade Estadual de
Campinas, 2010.

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2001.

MELO, Fábio B. Proposição de Medidas Favorecedoras à Acessibilidade e


Mobilidade de Pedestres em Áreas Urbanas. Estudo de Caso: O Centro de
Fortaleza. Dissertação de Mestrado, Programa de Mestrado em Engenharia de
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ONU. Declaração universal dos direitos humanos, resolução número


2.542. Disponível
em: .http://ppd.mppr.mp.br/modules/conteudo.php?conteudo=306. Acesso em:
20 abr, 2017

REBOUÇAS, Fernando. Mobilidade Urbana. Info Escola, 24 jan 2013.


Disponível em: <http://www.infoescola.com/transporte/mobilidade-urbana/>
Acesso em: 15 mai, 2017.
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – UNITRI21

PASSAFARO, Edison Luís et al. Guia para mobilidade acessível em vias


públicas. São Paulo: Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) da
Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura do Município
de São Paulo (SEHAB), 2003.

PROGRAMA BRASILEITO DE ACESSIBILIDADE URBANA. Brasil


Acessível: Atendimento adequado ás pessoas com deficiência e restrições de
mobilidade. Brasília, DF: Editora Nobel, 2006. 2v. p13.

SILVA, João Carlos R. C. da; RODRIGUES, Júlio César C. IV Encontro


Nacional e II Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidade
Sustentáveis, 2007, Campo Grande. Acessibilidade no espaço público urbano:
um novo desafio para a sustentabilidade. Disponível em:
http://www.elecs2013.ufpr.br/wpcontent/uploads/anais/2007/2007_artigo_012.pdf
.Acesso em 14 abr de 2017

TEIXEIRA, Jaqueline G; VIERA-GEALH, Jucélia K. Simpgeu. III Simpósio de


pós graduação em engenharia urbana, 2012, Maringá. Análise da acessibilidade
em passeios públicos: estudo de caso em edificações comerciais. Disponível
em:http://www.eventos.uem.br/index.php/simpgeu/simpgeu/paper/download/837/
588+&cd=hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 21 de maio de 2017.

Uberlândia, 02 de Junho de 2017

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Renata Rodrigues dos Santos

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Prof. MSc. Marcos Pimentel de Oliveira

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