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Como ser feliz no mundo corporativo

20 de março de 2008 às 09:53


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Jerônimo Mendes
Administrador, Consultor e Palestrante
Autor do Livro Oh, Mundo Cãoporativo! e Benditas Muletas
Mestre em Organizações e Desenvolvimento Local

Nas minhas andanças pelas empresas tenho constatado um número cada vez maior de profissionais
carentes, apreensivos, cheios de dúvidas e infelizes, apesar de estarem bem colocados no mercado
de trabalho e receberem bons salários se comparados à realidade geral do país.

Depois de uma palestra ou mesmo durante o desenvolvimento de um projeto de consultoria,


profissionais de todas as idades vão se aproximando aos poucos e num gesto de desabafo entregam
suas vidas e problemas na esperança de encontrar um novo alento ou uma luz no fim do túnel para
suas trajetórias equivocadas no mundo corporativo.

Fazer o que se gosta é muito diferente de gostar do que se faz. Se fosse possível optar, creio que mais
de 90% das pessoas mudaria de ocupação a fim de se encontrar na vida profissional, porém as
estatísticas comprovam e a experiência nos ensina que a diferença entre o sonho e a realidade é um
abismo. Fazer o que se gosta é praticamente um projeto de vida, algo que se deve perseguir
incansavelmente com muita energia e disposição, foco e persistência, clareza de idéias e de
pensamentos, independentemente do resultado financeiro. Isso deve ser uma conseqüência natural
quando se encontra a verdadeira vocação.

O fato de muitos indivíduos não se encontrarem na profissão ou não fazerem aquilo que gostam nos
leva a outra reflexão. Isso não lhes dá o direito de fazerem mal algo para o qual foram contratados,
portanto, muito mais do que energia e disposição, é necessário ter consciência de que no mundo
competitivo atual não há mais espaço para pessoas carrancudas, negativas ou pessimistas, cuja maior
alegria no ambiente de trabalho é maldizer a empresa de onde se tira o próprio sustento, um
verdadeiro paradoxo e um péssimo exemplo. Quando isso ocorre, há de se lembrar que sempre existe
alguém disposto a trabalhar o dobro pela metade do preço.

Diante desse dilema comum, fruto da própria experiência profissional e da convivência com ambos os
lados da moeda, preparei algumas lições que procuro chamar de “As 12 Lições de Sobrevivência no
Mundo Corporativo” com intuito de provocar uma reflexão mais elaborada do ser humano e do
profissional com respeito à sua carreira e aos seus objetivos. Segui-las ou não é um critério muito
particular, portanto, penso que nada daquilo que lemos, ouvimos ou assistimos tem o mínimo efeito
sobre o nosso comportamento se não existir uma vontade interior incontrolável de mudar para melhor.
Com diria Tom Peters, ninguém motiva ninguém, nem mesmo um líder. Aqui vão elas:

1) A maneira mais fácil de conseguir aumento de salário é fazer algo diferente e produtivo. Pedir
aumento pode até resolver, mas uma negativa pode se tornar uma verdadeira frustração,
principalmente pelo fato de termos em mente de que sempre valemos mais do que ganhamos.
Lembre-se de Ford: “Se dinheiro for a sua única esperança de vida você jamais a terá. A única
esperança consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência”. A segunda maneira
é mudar de emprego, atitude mais sensata do que passar a vida se lamentando.

2) O mundo é dos otimistas. Os pessimistas morrerão falando mal de tudo e de todos. Não há mais
espaço nas organizações para pessoas carrancudas, bicudas, negativas, cujo passatempo predileto é
dar socos na mesa, falar mal do chefe, do colega recém promovido, da falta de benefícios ou ainda

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viver em estado de queixa permanente, portanto, sorria mesmo tendo que conviver diariamente com
pessoas que você não gosta. Faz parte da evolução.

3) O ser humano é naturalmente indissociável, portanto, as emoções da relação pessoal e da


profissional estão intimamente ligadas. Procure equilibrar os dois lados. Ninguém sai de casa feliz
deixando um filho doente com 40 graus de febre nas mãos da empregada assim como ninguém sai do
trabalho feliz depois de levar uma “babada”. Em casa pensamos permanentemente nos problemas do
trabalho e vice-versa. Fé, equilíbrio e paz de espírito são imprescindíveis.

4) No mundo corporativo, manda quem pode, obedece quem precisa, muda quem tem juízo. Isso não
significa que você deve mandar tudo para o espaço no dia seguinte, mas, parafraseando Albert
Camus, não existe dignidade no trabalho quando nosso trabalho não é aceito livremente. A relação de
submissão existe e tende a ser mais dolorosa de acordo com o grau de aceitação que conferimos a
ela. Conclusão: não trabalhe para empresas cujo dono é espiritualmente fraco. Seja mais forte do que
ele e procure uma empresa compatível com o seu modo de viver e agir.

5) Se você sai de casa para o trabalho na segunda-feira indignado e já pensando na sexta-feira,


possivelmente está no lugar errado. Lembre-se: fazer o que se gosta é diferente de gostar do que se
faz. Eis uma excelente razão para você perseguir a primeira parte sem se descuidar da segunda,
porém não se iluda, encontrar o lugar certo e a profissão certa é algo que demanda tempo e
desprendimento.

6) Faça o que for possível para realizar o seu projeto de vida, mas seja ético. Fuja do sentimento de
vingança, da perseguição, da inveja e da malícia que permeiam o mundo corporativo. Para crescer
profissionalmente não é necessário puxar o tapete alheio nem viver grudado na cola do chefe (?).
Existem maneiras inquestionáveis de demonstração da competência e do senso de contribuição. Você
pode perder o emprego, mas a competência é algo que ninguém lhe tira.

7) Mais importante do que a pressão exercida no ambiente de trabalho, acredite, existe vida fora dele.
Lembre-se que a família te espera em casa, são e salvo, de braços abertos, a menos que você seja
um perfeito alienado e tenha casado com o trabalho. Nesse caso é uma questão de opção. Evite o
perfil do tipo “my name is job”. Seu sobrenome tem mais valor do que aquele que está no seu crachá.

8) Nenhuma empresa tolera colaboradores desleais, portanto, honre seus superiores, subordinados,
colegas e, principalmente, seus clientes. Tudo na vida é resultado e a vida também é feita de
princípios. O fato de você conviver com pessoas de cores, credos e sexos diferentes exige muito mais
perspicácia do que se imagina. Não se tolera mais apelidos constrangedores ou pejorativos do tipo
“negão”, “japinha”, “careca” ou qualquer outra referência que soe desrespeito e discriminação.
Respeito é o mínimo que se espera num ambiente onde a convivência não é tão simples quanto
deveria.

9) Não tenha receio de trabalhar com subordinados melhores do que você. No passado os “chefes”
temiam os profissionais com maior grau de conhecimento com medo de que esses lhes puxassem o
tapete ou lhe fizessem sombra. Isso não acabou por inteiro, é fato, mas o verdadeiro líder é aquele que
procura montar equipes com profissionais melhores do que ele tecnicamente, o que, em momento
algum, há de lhe tirar o mérito. Ao contrário, torna-se uma grande oportunidade para mostrar suas
verdadeiras habilidades como líder extraindo o que há de melhor do grupo. O verdadeiro líder confia
nas pessoas, independentemente dos riscos, estimula os colaboradores ao crescimento profissional e
sabe respeitar as diferenças.

10) Reconhecimento nem sempre vem com o trabalho duro, mas com o tempo. Passar a vida
esperando esse bendito reconhecimento é uma heresia imperdoável que acaba em frustração, dor e

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tristeza. Reconhecimento é algo relativo e ao mesmo tempo subjetivo. Quantos “Ronaldinhos”,
“Einsteins”, “Pelés” e “Madres Teresa de Calcutá” você conhece? Conta-se nos dedos. Trabalhe duro
sem depender do reconhecimento alheio para não se frustrar. Reconheça você mesmo o seu valor,
acorde cedo, levante os ombros, respire fundo e cresça. O resto é conseqüência.

11) Em momentos de crise, o importante é manter a lucidez e o foco. Seja humilde, deixe o orgulho de
lado, não perca o contato com os amigos e não tenha vergonha de pedir. Pedir não ofende. Quando fui
demitido pela primeira e única vez o mundo desabou, mas o importante foi manter a calma. O discurso
de durão e a pose de orgulho não valem nada numa hora dessas. Lembre-se de um velho ditado dos
nossos avós: é no andar da carruagem que as abóboras se ajeitam. Naquela ocasião eu me lembrei
do Jack Welch, CEO da General Electric nos Estados Unidos, que afirmou: “até um pé no traseiro te
empurra para frente”.

12) Passar a vida correndo atrás de uma profissão estável, tranqüila e segura é uma utopia. Ela não
existe, portanto, o melhor a fazer é estar pronto para o mercado todos os dias. Estar pronto para o
mercado significa manter o currículo atualizado, estabelecer um bom networking, dominar
definitivamente um segundo idioma e jamais esquecer dos amigos, principalmente os de infância,
adolescência e de faculdade. São eles que poderão ajudá-los nas horas mais difíceis, se os tiver em
alta conta e puder realmente chamá-los de amigos.

Desde criança ouvimos dizer que o Brasil é o país do futuro. Trinta anos depois ainda ouço a mesma
coisa, mas o futuro nunca chega e continua testando nossa capacidade de reação através dos
acontecimentos mais adversos possíveis. Esperar pelo futuro sem mudar de comportamento é alternar
passivamente entre dias bons e ruins acreditando que no futuro tudo vai mudar.

Existem pessoas que vivem procurando alguém para motivá-las como se a motivação fosse algo
transferível a qualquer tempo, mas a carência humana não tem limites e a motivação é praticamente
um estado de espírito, algo que vem de dentro, da alma. Para ser feliz no trabalho é necessário rever
conceitos, dentre eles o próprio conceito de felicidade. Lembre-se novamente das palavras de Albert
Camus, grande pensador francês: “não existe dignidade no trabalho quando nosso trabalho não é
aceito livremente”.
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