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O texto discute o conceito de Weltanschauung e como a psicanálise se relaciona com isso. Freud afirma que a psicanálise faz parte da ciência e não precisa criar sua própria visão de mundo. Embora a ciência tenha limites, a religião, arte e filosofia tentam preencher esses vazios de conhecimento. Freud critica visões como o niilismo e o marxismo por não levarem em conta fatores psicológicos individuais.
O texto discute o conceito de Weltanschauung e como a psicanálise se relaciona com isso. Freud afirma que a psicanálise faz parte da ciência e não precisa criar sua própria visão de mundo. Embora a ciência tenha limites, a religião, arte e filosofia tentam preencher esses vazios de conhecimento. Freud critica visões como o niilismo e o marxismo por não levarem em conta fatores psicológicos individuais.
O texto discute o conceito de Weltanschauung e como a psicanálise se relaciona com isso. Freud afirma que a psicanálise faz parte da ciência e não precisa criar sua própria visão de mundo. Embora a ciência tenha limites, a religião, arte e filosofia tentam preencher esses vazios de conhecimento. Freud critica visões como o niilismo e o marxismo por não levarem em conta fatores psicológicos individuais.
Em, "A questão de uma Weltanschauung" o autor apresenta o conceito de
"visão de mundo". Para ele Weltanschauung é uma construção intelectual que soluciona todos os problemas de nossa existência, uniformemente, com base em uma hipótese superior dominante, a qual, por conseguinte, não deixa nenhuma pergunta sem resposta e na qual tudo o que nos interessa encontra seu lugar fixo. Acreditando-se nela, pode-se sentir segurança na vida, pode-se saber o que se procura alcançar e como se pode lidar com as emoções e interesses próprios da maneira mais apropriada. Freud afirma que a psicanálise é incapaz de construir por si mesma uma Weltanschauung, por isso tem de aceitar uma Weltanschauung científica. Ao mesmo tempo reconhece que a ciência apresenta um campo limitado. A ciência apercebe-se do fato de que a mente do homem cria tais exigências e está pronta a examinar suas origens, mas não tem o mais leve motivo para considerá-las justificadas. Pelo contrário, vê isto como advertência no sentido de cuidadosamente separar do conhecimento tudo o que é ilusão e o que é resultado de exigências emocionais como estas. Assim, apóia-se em três áreas, as artes, a filosofia e a religião que podem disputar a posição básica da ciência. A arte não enxerga como ameaça, pois a vê como ilusão. A filosofia não se opõe à ciência, comporta-se como uma ciência e, em parte, trabalha com os mesmos métodos; diverge, porém, da ciência, apegando-se à ilusão de ser capaz de apresentar um quadro do universo que seja sem falhas e coerente. No entanto, a religião pode apresentar uma ameaça pelo fato de satisfazer a sede de conhecimento do homem uma vez que encontra-se sentido e explicação do universo, dá garantias de felicidade, consolo e esperança diante dos perigos da vida e ainda apresenta valores morais e éticos estabelecendo preceitos, proibições e restrições. O autor continua mostrando que a Weltanschauung religiosa é determinada pela situação de nossa infância. Com tudo isso, ainda se torna mais notável o fato de que, a despeito de sua natureza infantil, ela teve um precursor. Não cabem dúvidas de que houve uma época sem religião, sem deuses. Tal época se conhece como a fase do animismo, que se caracteriza pela ausência de um Deus maior, na qual o homem usa-se da magia e superstições como poder para lidar com sua realidade. Mais tarde aparece a religião com o totemismo, adoração de animais e os tabus. Diante da constatação religiosa, o autor mostra que a última contribuição à crítica da Weltanschauung religiosa foi feita pela psicanálise, ao mostrar como a religião se originou a partir do desamparo da criança, e ao atribuir seu conteúdo à sobrevivência, na idade madura, de desejos e necessidades da infância. Neste sentido, observa-se que na impossibilidade de lidar com o desamparo infantil, os desejos e a necessidade que prosseguem na vida adulta, o homem adulto reaviva a representação psíquica do pai em uma figura divina. Assim, sujeito detentor de uma visão de mundo religiosa passa a ter o seu desamparo minimizado. Sobre a divergência entre ciência e religião, é mostrado que a ciência não tem competência para julgar a religião: é muito útil e respeitável em outros aspectos, desde que se mantenha dentro de sua própria esfera. Mas a religião não é sua esfera, nela a ciência não tem o que fazer. A religião não pode ser examinada criticamente, porque é a coisa mais elevada, mais preciosa e mais sublime que o espírito humano produziu, porque dá expressão aos sentimentos mais profundos, e porque apenas ela torna o mundo tolerável e a vida digna do homem. Mas, reconhece que a esperança futura é que o intelecto possa substituir os dogmas religiosos, como forma de promover o espírito livre, ao mesmo tempo em que se mantém a coesão social. Na continuidade do seu trabalho, Freud trata de outras Weltanschauung que estão em oposição a ciência. Fala sobre o niilismo, que vem do anarquismo na qual vê limitações uma vez que sua visão de mundo baseia-se na verdade construída por cada indivíduo proveniente das suas próprias necessidades. E o marxismo, que vê os fatores econômicos influenciarem os processos históricos da sociedade, na qual Freud faz um olhar cuidadoso. Freud entende que o marxismo pode até apresentar uma proposta de sociedade melhor e perfeita, mas critica essa visão de mundo uma vez que as questões subjetivas de cada indivíduo, os fatores psicológicos precisam ser levados em consideração, pois possibilitam conflitos. Ele entende que é completamente incompreensível como os fatores psicológicos podem ser desprezados, ali onde o que está em questão são as reações dos seres humanos vivos; pois não só essas reações concorreram para o estabelecimento das condições econômicas, mas até mesmo apenas sob o domínio dessas condições é que os homens conseguem pôr em execução seus impulsos instintuais originais — seu instinto de autopreservação, sua agressividade, sua necessidade de serem amados, sua tendência a obter prazer e evitar desprazer. Assim, o autor concluí que a psicanálise é incapaz e não precisa de uma Weltanschaaung própria, já que faz parte da ciência. E que também este campo do saber não se pretende ser autossuficiente, nem tampouco criar sistemas e verdades absolutas.