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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

ALUNO: Marcone Cristiano de Carvalho


PÓLO: Mimoso do Sul

Texto - A questão de uma Weltanschauung

Em, "A questão de uma Weltanschauung" o autor apresenta o conceito de


"visão de mundo". Para ele Weltanschauung é uma construção intelectual que
soluciona todos os problemas de nossa existência, uniformemente, com base
em uma hipótese superior dominante, a qual, por conseguinte, não deixa
nenhuma pergunta sem resposta e na qual tudo o que nos interessa encontra
seu lugar fixo. Acreditando-se nela, pode-se sentir segurança na vida, pode-se
saber o que se procura alcançar e como se pode lidar com as emoções e
interesses próprios da maneira mais apropriada.
Freud afirma que a psicanálise é incapaz de construir por si mesma uma
Weltanschauung, por isso tem de aceitar uma Weltanschauung científica. Ao
mesmo tempo reconhece que a ciência apresenta um campo limitado. A
ciência apercebe-se do fato de que a mente do homem cria tais exigências e
está pronta a examinar suas origens, mas não tem o mais leve motivo para
considerá-las justificadas. Pelo contrário, vê isto como advertência no sentido
de cuidadosamente separar do conhecimento tudo o que é ilusão e o que é
resultado de exigências emocionais como estas.
Assim, apóia-se em três áreas, as artes, a filosofia e a religião que podem
disputar a posição básica da ciência. A arte não enxerga como ameaça, pois a
vê como ilusão. A filosofia não se opõe à ciência, comporta-se como uma
ciência e, em parte, trabalha com os mesmos métodos; diverge, porém, da
ciência, apegando-se à ilusão de ser capaz de apresentar um quadro do
universo que seja sem falhas e coerente. No entanto, a religião pode
apresentar uma ameaça pelo fato de satisfazer a sede de conhecimento do
homem uma vez que encontra-se sentido e explicação do universo, dá
garantias de felicidade, consolo e esperança diante dos perigos da vida e ainda
apresenta valores morais e éticos estabelecendo preceitos, proibições e
restrições.
O autor continua mostrando que a Weltanschauung religiosa é
determinada pela situação de nossa infância. Com tudo isso, ainda se torna
mais notável o fato de que, a despeito de sua natureza infantil, ela teve um
precursor. Não cabem dúvidas de que houve uma época sem religião, sem
deuses. Tal época se conhece como a fase do animismo, que se caracteriza
pela ausência de um Deus maior, na qual o homem usa-se da magia e
superstições como poder para lidar com sua realidade. Mais tarde aparece a
religião com o totemismo, adoração de animais e os tabus.
Diante da constatação religiosa, o autor mostra que a última contribuição
à crítica da Weltanschauung religiosa foi feita pela psicanálise, ao mostrar
como a religião se originou a partir do desamparo da criança, e ao atribuir seu
conteúdo à sobrevivência, na idade madura, de desejos e necessidades da
infância. Neste sentido, observa-se que na impossibilidade de lidar com o
desamparo infantil, os desejos e a necessidade que prosseguem na vida
adulta, o homem adulto reaviva a representação psíquica do pai em uma figura
divina. Assim, sujeito detentor de uma visão de mundo religiosa passa a ter o
seu desamparo minimizado.
Sobre a divergência entre ciência e religião, é mostrado que a ciência não
tem competência para julgar a religião: é muito útil e respeitável em outros
aspectos, desde que se mantenha dentro de sua própria esfera. Mas a religião
não é sua esfera, nela a ciência não tem o que fazer. A religião não pode ser
examinada criticamente, porque é a coisa mais elevada, mais preciosa e mais
sublime que o espírito humano produziu, porque dá expressão aos sentimentos
mais profundos, e porque apenas ela torna o mundo tolerável e a vida digna do
homem. Mas, reconhece que a esperança futura é que o intelecto possa
substituir os dogmas religiosos, como forma de promover o espírito livre, ao
mesmo tempo em que se mantém a coesão social.
Na continuidade do seu trabalho, Freud trata de outras Weltanschauung
que estão em oposição a ciência. Fala sobre o niilismo, que vem do
anarquismo na qual vê limitações uma vez que sua visão de mundo baseia-se
na verdade construída por cada indivíduo proveniente das suas próprias
necessidades. E o marxismo, que vê os fatores econômicos influenciarem os
processos históricos da sociedade, na qual Freud faz um olhar cuidadoso.
Freud entende que o marxismo pode até apresentar uma proposta de
sociedade melhor e perfeita, mas critica essa visão de mundo uma vez que as
questões subjetivas de cada indivíduo, os fatores psicológicos precisam ser
levados em consideração, pois possibilitam conflitos. Ele entende que é
completamente incompreensível como os fatores psicológicos podem ser
desprezados, ali onde o que está em questão são as reações dos seres
humanos vivos; pois não só essas reações concorreram para o
estabelecimento das condições econômicas, mas até mesmo apenas sob o
domínio dessas condições é que os homens conseguem pôr em execução
seus impulsos instintuais originais — seu instinto de autopreservação, sua
agressividade, sua necessidade de serem amados, sua tendência a obter
prazer e evitar desprazer.
Assim, o autor concluí que a psicanálise é incapaz e não precisa de uma
Weltanschaaung própria, já que faz parte da ciência. E que também este
campo do saber não se pretende ser autossuficiente, nem tampouco criar
sistemas e verdades absolutas.

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