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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


HABILITAÇÃO LICENCIATURA

CEILA CINTRA ROSA SIMÕES

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR NO


ENSINO MÉDIO E/OU EDUCAÇÃO PROFISSIONAL I

RELATÓRIO FINAL

Brasópolis - MG
2017
CEILA CINTRA ROSA SIMÕES

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR NO


ENSINO MÉDIO E/OU EDUCAÇÃO PROFISSIONAL I

RELATÓRIO FINAL

Relatório de Estágio apresentado ao curso Formação


Pedagógica em Ciências Biológicas – Habilitação
Licenciatura da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná,
para a disciplina de Estágio Curricular no Ensino Médio.
Orientador: profª. Ms. Lilian Amaral da Silva Souza
Tutor eletrônico: Poliana Pulici

Brasópolis - MG
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 05

2 OBJETIVOS............................................................................................................06
2.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................................06
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................06

3 ANÁLISE DE ARTIGO.............................................................................................07

4 ESPAÇO FÍSICO E ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA .............................................. 09


4.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO...............................................................................09
4.2 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL DA ESCOLA.................................................10
4.2.1 Ambientes físicos.............................................................................................10
4.2.2 Materiais..........................................................................................................14
4.3 PROFISSIONAIS..................................................................................................15

5 INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO......................17


5.1 DADOS E LOCALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO.................................17
5.2 CONTEXTO HISTÓRICO DA ESCOLA................................................................17
5.3 MISSÃO E FINALIDADES EDUCATIVAS............................................................18
5.3.1 Princípios da Escola...........................................................................................18
5.4 DISTRIBUIÇÃO DAS TURMAS E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO................19
5.5 PERSPECTIVAS DO ALUNO A SER FORMADO................................................20
5.5.1 Ensino Fundamental..........................................................................................20
5.5.2 Ensino Médio.....................................................................................................20
5.5.3 Tempo Integral...................................................................................................21
5.6 RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL................................................................21
5.6.1 Código de Convivência......................................................................................21
5.6.2 Relação Escola/Pais/Comunidade.....................................................................22
5.6.3 Relação Escola/Comunidade.............................................................................23
5.6.4 A Escola e sua relação com o Conselho Tutelar...............................................23
5.7 PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA E OS PROFISSIONAIS
ENVOLVIDOS............................................................................................................23
5.7.1 Projeto Tempo Integral......................................................................................23
5.8 EDUCAÇÃO INCLUSIVA......................................................................................24
5.9 ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO.......................................................................24
5.9.1 Currículo do Ensino Fundamental e Médio........................................................24
5.9.1.1 Linguagens.....................................................................................................25
5.9.1.2 Matemática.....................................................................................................26
5.9.1.3 Ciências da Natureza......................................................................................27
5.9.1.4 Ciências Humanas..........................................................................................27
5.9.1.5 Ensino Religioso.............................................................................................28
5.9.1.6 Disciplina da área de empregabilidade...........................................................28
5.9.1.7 Interdisciplinares........................................................................................28
5.10 ATIVIDADES PROPOSTAS PARA ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE,
CULTURAIS E CÍVICAS..................................................................................28
5.10.1 FECCIL – Feira de Ciências e do Conhecimento de Luminosa.......................28
5.11 PROCESSO DE AVALIAÇÃO............................................................................29
5.11.1 Recuperação paralela......................................................................................29
5.11.2 Acompanhamento e avaliação do desenvolvimento do aluno..........................30
5.11.3 Conselho de classe..........................................................................................32
5.12 CALENDÁRIO....................................................................................................32
5.12.1 Ensino Fundamental........................................................................................32
5.12.2 Ensino Médio...................................................................................................32
5.13 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES..............32
5.14 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL...........................................................................33
5.15 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA.........................................................................33

6 ENTREVISTA COM O PROFESSOR REGENTE....................................................34

7 DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO..................................................................................36
7.1 DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO 1 – 2º ANO DO ENSINO MÉDIO............................36
7.2 DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO 2 – 3º ANO DO ENSINO MÉDIO..............................38

8 PROJETO: O ENSINO DE BIOLOGIA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES..........41


8.1 DADOS GERAIS DO PROJETO ......................................................................... 41
8.1.1 Temática............................................................................................................41
8.1.2 Turma................................................................................................................41
8.1.3 Duração (nº de aulas)........................................................................................41
8.2 INTRODUÇÃO......................................................................................................41
8.3 OBJETIVOS..........................................................................................................44
8.3.1 Objetivo geral.....................................................................................................44
8.3.2 Objetivos Específicos.........................................................................................44
8.4 METODOLOGIA...................................................................................................44
8.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO PROJETO.............................................46

CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 47

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 48
5

1 INTRODUÇÃO

O presente relatório de atividades da disciplina de Estágio Ensino Médio e/ou


Educação Profissional I para o 1º Semestre visa relatar a contextualização dos
Estágios e Atividades dos alunos Curso de Formação Pedagógica em Ciências
Biológica, prevista na Resolução nº 2, de 2015, onde é definido as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de
licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda
licenciatura) e para a formação continuada (BRASIL, 2015).
Nessa fase do Estágio, o objetivo principal é estabelecer um contato inicial com
a sala de aula, através de atividades de observação, levando os acadêmicos à prática
pedagógica e ao contato efetivo com seu futuro campo de trabalho, bem como
possibilitar a troca de experiências com os professores regentes da escola campo de
estágio no que tange a efetivação do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto,
foram desenvolvidas as seguintes atividades: observação de aulas, leitura e síntese
de artigo sobre aula de Botânica no Ensino Médio, descrição do espaço físico e
organização da escola, análise e descrição das informações sobre o Projeto Político
Pedagógico da instituição de ensino, entrevista com o professor regente e
desenvolvimento de projeto de Educação Ambiental para o Ensino Médio.
As atividades citadas anteriormente foram desenvolvidas na E.E. Alfredo
Albano de Oliveira, localizada em Luminosa, Brasópolis Minas Gerais.
Os detalhes e experiências inerentes as observações e atividades solicitadas
no Manual de Estágio da UNOPAR, será discorrido no presente relatório.
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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Descrever as observações realizadas durante o período de Estágio Curricular,


baseado nas atividades solicitadas e preconizadas no Manual de Estágio do Curso
Formação Pedagógica em Ciências Biológicas da UNOPAR.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Analisar e sintetizar de forma dissertativa o artigo sobre o aprendizado de


Botânica no Ensino Médio;
 Descrever o espaço físico e a organização da escola campo de estágio;
 Analisar e descrever informações sobre o Projeto Político Pedagógico da
instituição de ensino;
 Realizar entrevista com o professor regente das aulas de Biologia;
 Descrever a vivência e a reflexão crítica sobre os procedimentos metodológicos
no processo ensino-aprendizagem durante as aulas observadas no estágio em
forma de diários;
 Desenvolver projeto de Educação Ambiental Interdisciplinar para o Ensino
Médio.
7

3 ANÁLISE DE ARTIGO: “INICIATIVAS PARA O APRENDIZADO DE BOTÂNICA


NO ENSINO MÉDIO”

O ensino de Botânica se configura como um dos conteúdos problemáticos na


Educação Básica, sendo o desinteresse por parte dos alunos por esse conteúdo, o
problema mais evidente. Dentre os motivos desse desinteresse, são citadas a falta de
relação entre plantas e seres humanos e a característica estática dos vegetais. Diante
disso, surgem então as dificuldades de ensino-aprendizagem dos conteúdos de
botânica, além da precariedade de equipamentos que possam auxiliar no
aprendizado.
Diante do exposto anteriormente, sugeriu-se trabalhar em aula prática com as
seguintes plantas: a primavera (Bougainvillea spectabilis, Bougainvillea glabra), uma
espécie rústica que exige poucos cuidados; o antúrio (Anthurium andraeanum), uma
planta tradicional no paisagismo. As chamadas “flores” da primavera não são
exatamente flores da planta. Na verdade, são brácteas (folhas modificadas) que
envolvem as flores amarelas (flores verdadeiras), resultando num conjunto de
aparência exótica, encontradas nas cores branca, rosa, vermelho intenso ou laranja.
Já o antúrio, depois do melhoramento genético, passou a apresentar diversas
variedades como porte e as colorações vermelha, rosa e branca.
Tanto a primavera como o antúrio são plantas usadas no paisagismo e foram
sugeridas para a prática de ensino por ser de fácil obtenção e pela apresentação
macroscópica de suas estruturas morfológicas, que dispensam o uso de lupas.
Estudos apontam que as principais funções das aulas práticas para o ensino
de Ciências são: despertar e manter o interesse dos alunos; envolver os estudantes
em investigações científicas; desenvolver a capacidade de resolver problemas;
compreender conceitos básicos e desenvolver habilidades. Além disso, as aulas de
laboratório desempenham funções particulares, permitindo o contato direto dos alunos
com os fenômenos, manuseando equipamentos e observando os organismos e seus
processos biológicos e se deparando com resultados imprevistos, cuja interpretação
instiga sua imaginação e raciocínio.
A aula prática foi realizada com 42 alunos da 3ª série do Ensino Médio de
escolas públicas. O material botânico (Bougainvillea spectabilis e de Anthurium
andraeanum) foi coletado e levado para o local da aula por alunos integrantes do
Curso Superior de Ciências Agrárias. Inicialmente, cada aluno do Ensino Médio
8

respondeu a um pré-teste e, em seguida, foi realizada a aula prática, na qual os


universitários demonstraram as estruturas foliares das espécies citadas
anteriormente, identificando as partes constituintes. Cada aluno recebeu um exemplar
de primavera e antúrio e, individualmente destacaram e identificaram as estruturas da
planta. Ao término da aula prática, os alunos responderam a um pós-teste.
Os resultados da aula prática evidenciaram interesse e participação dos
alunos. Além disso, comparando os resultados pré-teste e pós-teste, foi possível
observar um aumento significativo na aprendizagem. A média obtida no pré-teste foi
de 3,3 enquanto que no pós-teste a média passou a variar entre 8,0 e 8,4. Os
resultados evidenciam a importância das práticas no processo de ensino-
aprendizagem e os exemplares vegetais utilizados se constituem em um ótimo recurso
didático para o estudo de Botânica.
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4 ESPAÇO FÍSICO E ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

A observação do espaço físico da instituição de ensino e da sua organização


funcional foi realizada com a participação do diretor. Para o registro dos dados
coletados durante a observação, foi utilizado o roteiro para observação da escola
disponível no Manual de Estágio da UNOPAR.

4.4 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

A Instituição de Ensino, campo de estágio, é conhecida pelo nome de Escola


Estadual Alfredo Albano de Oliveira. No entanto, está registrada no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica (CNPJ) como Caixa Escola Anita Garibaldi Barbosa Schmit. A
instituição de ensino está localizada na Praça Jose Bento, s/nº, Distrito de Luminosa,
Brasópolis, Minas Gerais.

Foto 1 – Vista da fachada da E. E. Alfredo Albano de Oliveira

A escola é mantida por órgão estadual, ou seja, é uma escola da rede pública.
O horário de funcionamento ocorre nos períodos da manhã e da tarde, ofertando as
seguintes séries: Ensino Fundamental (6º ano ao 9º ano) e Ensino Médio (1º ano ao
3º ano), com um número total de 118 alunos.
10

4.5 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL DA ESCOLA

4.2.1 Ambientes físicos


a) Salas de aula: 5 salas;

Foto 2 – Corredor e sala de aula


11

b) Secretaria: 1 secretaria;
Foto 3 – Secretaria da escola e funcionárias do administrativo

c) Pátio interno: 2 pátios internos;

Foto 4 – Pátio interno da escola

d) Pátio externo: 1 pátio externo;


12

e) Quadra coberta: A instituição de ensino não possui quadra coberta;


f) Quadra aberta: 1 quadra aberta. No entanto, a mesma está em fase inicial de
procedimento de cobertura;

Foto 5 – Quadra em fase de cobertura

g) Refeitório: 1 refeitório;

Foto 6 – Refeitório dos estudantes


13

h) Cozinha: 1 cozinha;
i) Sanitário feminino: 2 sanitários femininos;
j) Sanitário masculino: 2 sanitários masculinos;
k) Sanitários para professores: 1 sanitário para professores;
l) Biblioteca: 1 biblioteca;

Foto 7 – Biblioteca escolar

m) Sala de vídeo e TV: A instituição de ensino não possui sala de vídeo e TV;
n) Sala de leitura: 1 sala de leitura;
o) Laboratórios: A escola possui 1 laboratório de informática.
14

Foto 8 – Laboratório de Informática

4.2.2 Materiais

a) Mobiliário: A escola possui 120 carteiras com cadeiras para os alunos;


b) Quadro negro: 5 quadros negros;
c) Bebedouros: 1 talha;
d) Mimeógrafo: 1 mimeógrafo;
e) Copiadora (xerox): 1 copiadora;
f) Televisão: 1 televisão;
g) Vídeo: 1 vídeo;
h) DVD: 1 DVD;
i) Aparelho de som: 4 aparelhos de som;
j) Computador com acesso para os alunos: 30 computadores;
k) Acesso à internet: Possui acesso à internet;
l) Acervo bibliográfico: A escola possui um acervo de livros específicos de
Biologia. Além desse acervo, também possui livros de pesquisa com outros
temas, livros didáticos e romances;
m) Videoteca adequada a disciplina de Biologia: Não possui videoteca específica;
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n) Outros vídeos ou DVDs: A escola mantém um canal aberto com a TV Escola e


TV Minas Saúde;
o) Materiais didáticos para estudo de Biologia: Possui 2 microscópios e lâminas
de observação.

4.6 PROFISSIONAIS

A Escola Estadual Alfredo Albano de Oliveira conta com um diretor, o sr. José
Maria Pereira Rosa que atua no cargo desde o ano 2000, em dois períodos. O primeiro
período de exercício do cargo de diretor decorreu-se entre o ano 2000 até 2003. O
segundo exercício do cargo de direção teve início no ano de 2011 e se estende até o
presente momento. As atribuições do diretor envolvem o setor administrativo,
pedagógico e financeiro da instituição de ensino.

Foto 9 – Diretor da E. E. Alfredo Albano de Oliveira


16

A escola possui uma Pedagoga, atuante na instituição há 3 anos. A


profissional atua no acompanhamento, orientação e supervisão do trabalho do corpo
docente. As atividades desenvolvidas pela pedagoga na escola, evolvem reuniões
pedagógicas individuais e coletivas.
A Secretária da escola tem formação superior em Pedagogia e atua na
instituição há 10.
O setor administrativo escolar conta com uma equipe de cinco funcionários
administrativos, sendo dois Auxiliares de Secretária, uma Pedagoga, uma Secretária
e um Diretor.
A instituição de ensino possui quatro Auxiliares de Serviços da Educação
Básica (ASB), cujas atribuições se restringem à limpeza das dependências da escola
e cuidados com os procedimentos e preparos da refeição escolar.
A escola não possui uma Associação de Pais, Mestres e Funcionários
(APMF), nem Grêmio Estudantil. Há um Conselho de Classe que se reúne
bimestralmente para analisar a situação de cada aluno.
O corpo docente da instituição de ensino é composto por dezessete
professores, os quais possuem formação superior e pós-graduação nas seguintes
áreas: Pedagogia, Licenciatura em História, Licenciatura em Geografia, Licenciatura
em Matemática, Bacharelado e Licenciatura em Biologia, Licenciatura em Educação
Física, Licenciatura em Letras, Bacharelado em Direito e Mestrado em Artes.
A escola não possui outros profissionais de apoio e, quando se faz necessário
a presença de nutricionista, a mesma é solicitada a Superintendência Regional de
Ensino de Itajubá (SER-Itajubá).
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5 INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) DA


ESCOLA ESTADUAL ALFREDO ALBANO DE OLIVEIRA

Após a análise do Projeto Político Pedagógico da instituição, observou-se que


não houve menção do “perfil da comunidade” onde está situada a escola e nem das
“características de seus alunos.
As informações sobre o Projeto Político Pedagógico da referida instituição
foram analisadas de acordo com o Roteiro em anexo no Manual de Estágio e estão
dispostas em forma de tópicos, logo a seguir.

5.1 DADOS E LOCALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

A Escola Estadual Alfredo Albano de Oliveira está situada na Praça José


Bento, s/nº, distrito de Luminosa, município de Brazópolis, Minas Gerais. Está
subordinada a Superintendência Regional de Ensino de Itajubá.
A tipologia é PO35A2.

5.2 CONTEXTO HISTÓRICO DA ESCOLA

A história dessa instituição de ensino se inicia em 01 de fevereiro de 1939,


quando então foi instalada a primeira Escola Mista de Candelária - Luminosa, regida
pela professora Anita Garibaldi Barbosa. Em 1945 foi instalada a segunda Escola
Mista de Luminosa, regida pela professora Laudelina Pereira Cintra. Mais tarde, em
1957 foram instaladas mais duas escolas, funcionando em prédios particulares, as
quais foram transformadas em Escolas Isoladas de Luminosa. A partir de 1959 as
Escolas Isoladas do Distrito de Luminosa passaram a funcionar no endereço atual,
sendo transformadas em Escolas Combinadas de Luminosa, atendendo alunos de 1ª
a 4ª série. As Escolas Combinadas de Luminosa foram transformadas em Escolas
Reunidas “Alfredo Albano de Oliveira”, tendo sido reconhecida pela Lei nº 4565,
sancionada pelo Governador do Estado, sr. Israel Pinheiro Silva em 12 de setembro
de 1967. Em 1981, o estabelecimento teve extensão de 5ª a 8ª série, autorizada pelas
Resoluções nº 3841/81, 4214/82, 4443/83 e 4967/84.
18

5.3 MISSÃO E FINALIDADES EDUCATIVAS

A missão da escola é oferecer ensino de qualidade à comunidade escolar e


propiciar condições para uma aprendizagem significativa, atualizada e eficaz,
preparando os alunos de maneira integral, competentes, éticos, autônomos e críticos,
permitindo um bom convívio social e exercício da cidadania, especialmente no Ensino
Médio, formando-os para que tenham sucesso no mercado de trabalho.
As finalidades educativas, de forma geral envolvem:
 Proporcionar condições para que o aluno compreenda a realidade social
em que está inserido e, assim, possa exercer sua cidadania.
 Permitir a integração da comunidade e parcerias com o setor privado e
entidades governamentais ou associações voluntárias a fim de buscar
novas oportunidades e articulá-las com os objetivos e as atividades do
Projeto Pedagógico.

5.3.1 Princípios da Escola

 Integrar as ações da escola a ações dos demais profissionais de outras áreas


(Assistência Social, Saúde, Cultura, Esporte...) que atuam na região, de forma
a aprimorar projetos comuns.
 Buscar uma postura ética e profissional na qual se possa construir valores mais
solidários, para garantir uma convivência íntegra.
 Buscar formas de qualificação para o acolhimento das diferenças.
 Construir de forma responsável e coletiva a participação em todas as ações da
escola.
 Desenvolver uma cultura de paz através da conscientização ecológica,
relações humanas e meio-ambiente.
 Avaliar, divulgar e investir continuamente nas regras de convivência como
compromisso assumido pelo coletivo da escola.
 Organizar, ampliar e aprimorar espaços permanentes de diálogo, discussão e
planejamento.
 Garantir o acesso e a permanência do (a) alunos (a) na escola, com qualidade,
considerando suas diferenças, número máximo de alunos por turma, regras de
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convivência construídas coletivamente e assegurando a integridade física de


todos.
 Propiciar um ambiente com pluralidade de construções coletivas e sociais,
valorizando os diferentes saberes individuais (inteligências múltiplas) e culturas
dos sujeitos.
 Trabalhar coletivamente visando a organização e a participação de diferentes
posições, diálogo como comprometimento, responsabilidade e respeito.
 Planejar coletivamente por área, os projetos que deem ênfase na
aprendizagem dos alunos, seguindo os descritores do SIMAVE (avaliação
externa).
 Construir e organizar de forma coletiva, espaços que incentivem,
comprometam e garantam a participação responsável da comunidade escolar.
 Garantir a participação de tomada de decisões, tais como: avaliação
institucional, projetos, calendário escolar, Plano Anual, Projeto Político
Pedagógico, através de reuniões mensais com professores, funcionários e com
os pais e comunidade escolar.
 Garantir de forma democrática as eleições para a direção, conselho escolar,
colegiado com a opinião e participação de todos os segmentos e votação de
projetos para serviços, setores e outras atividades pedagógicas pelo corpo
docente da escola.
 Buscar constantemente novos espaços para que cada integrante da
comunidade escolar construa sua cidadania.
 Entender a escola como espaço público onde a comunidade local tenha acesso
e corresponsabilidade pela qualificação das práticas culturais e de lazer,
incluindo mutirões para manter o patrimônio escolar sempre em boas
condições.
 Avaliar de forma contínua e sistemática, levando em consideração o processo
individual do aprendizado do aluno e tendo em vista os objetivos construídos
coletivamente.

5.4 DISTRIBUIÇÃO DAS TURMAS E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

A Escola Estadual Alfredo Albano de Oliveira funciona hoje com turmas


distribuídas em dois turnos, sendo:
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 Turno Matutino: Funcionamento das 07:00 as 11:25, com 3 turmas do


Ensino Médio: 1º ano, 2º ano e 3º ano; 1 turma do 9º ano do Ensino
Fundamental e com 2 turmas de 20 alunos no Tempo Integral do 6º ao 8º
ano do Ensino Fundamental no turno matutino;
 Turno Vespertino: Funcionamento das 11:25 as 16:50, com 3 turmas do
Ensino Fundamental: 6º ano, 7º ano e 8º ano e com 3 turmas de 20 alunos
no Tempo Integral do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental no turno
vespertino.

5.5 PERSPECTIVAS DO ALUNO A SER FORMADO

5.5.1 Ensino Fundamental

O Ensino Fundamental terá por objetivo a formação básica do cidadão,


mediante:
 O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
 A compreensão do ambiente e aperfeiçoamentos posteriores;
 O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico;
 A compreensão do fundamento científico-tecnológico dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino e em cada
disciplina.

5.5.2 Ensino Médio

O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de 03


anos, terá como finalidade:
 A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
 A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando para
continuar aprendendo de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade
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às novas condições de ocupação.


O princípio de gestão democrática do ensino público, estabelecidos na
Constituição Brasileira, regulamentado pela LDB N° 9394/96 apresenta os seguintes
princípios:
 Igualdade de condições para o acesso e permanência nas escolas.
 Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, arte
e saber.
 Pluralismo de ideias e de concepções Pedagógicas e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino.
 Gratuidade do ensino público em estabelecimentos de ensino.

5.5.3 Tempo Integral

Ampliar as oportunidades educativas dos alunos, visando à formação de novas


habilidades e conhecimentos, pela expansão do período de permanência diária nas
atividades promovidas (na) pela escola, inclusive por meio de parcerias.

5.6 RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL

5.6.1 Código de Convivência

A escola prioriza limites e normas básicas para a convivência harmoniosa,


tendo como base, a valorização do ser humano. Algumas normas básicas de
convivência como:
- Estar sempre atento as explicações dadas pelos professores,
evitando conversas desnecessárias e brincadeiras na sala de aula ou em
atividades fora da sala.
- Participar com entusiasmo das atividades escolares, fazendo todos os trabalhos
solicitados.
- Respeitar os colegas, os professores, a direção, e os funcionários da escola, pois
assim estará exercitando um ato de cidadania.
- Cuidar do material escolar, deixando tudo organizado para que não haja
desperdício de material ou tempo.
- Ter cuidado para não danificar o material alheio, quer tenha sido emprestado ou
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encontrado nas dependências da escola, devolvendo a quem pertencer.


- Não é permitido comer em sala de aula para mantê-la limpa.
- Usar o recreio para ir ao banheiro, tomar água, comer, descansar e conversar com
os colegas, evitando correria no pátio e nos corredores, brincadeiras de mau gosto
que induzam à violência física ou verbal.
- Sair da sala de aula somente quando for caso de extrema necessidade.
- Colaborar na limpeza e conservação da escola, não jogando lixo no chão, não
riscando as paredes ou carteiras para o seu próprio bem-estar no local.
- Não ficar cantarolando, assobiando e batucando dentro da sala de aula ou nas
dependências da escola nos horários de aula.
- Ter cuidado para conservar o refeitório sempre limpo e organizado, evitando jogar
restos de comida ou embalagens de lanches fora de recipientes próprios.
- Na biblioteca e sala de aula, manter silêncio, organização e ter cuidado com o
manuseio dos livros para não os danificar.
- Demonstrar a educação que recebe em seu lar e na escola fazendo uso de certas
palavras mágicas: obrigado, por favor, com licença, desculpe-me...
No início do ano letivo, através de conversas informais, grupos de discussões
e cooperação entre os pares é estabelecido o Código de Convivência, definindo
direitos, deveres, limites e responsabilidades dos professores, funcionários e alunos.
Valorizando o diálogo coerente entre a teoria e a prática e o desenvolvimento de
relações solidárias e cooperativas.
Há participação democrática, respeitando a opinião de todos.

5.6.2 Relação Escola/Pais/Comunidade

A escola estará sempre aberta aos pais e a comunidade local, promovendo a


instalação da comunidade escolar através de comemorações cívicas, sociais,
religiosas e culturais do município e também a participação em reuniões de Pais e
Mestres para verificar o desempenho de seus filhos.
A escola tem como objetivo, procurar envolver professores, alunos e pais no
cultivo de uma horta comunitária e campeonatos esportivos.
Será disponibilizado o espaço escolar nos fins-de-semana e períodos de
férias, para a realização destas atividades.
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5.6.3 Relação Escola/Comunidade

A escola procura criar canais de comunicação com a comunidade escolar,


divulgando decisões tomadas em Reuniões de Colegiado, Conselho de Classe e
Reuniões de Pais e Mestres, e assim, integrando escola e comunidade.
É valorizado o desenvolvimento e representatividade da comunidade escolar,
através de um trabalho compartilhado. E com o objetivo, de aprimorar a prática
educativa.

5.6.4 A Escola e sua relação com o Conselho Tutelar

Há um relacionamento comum entre Escola e Conselho Tutelar, pois ambas


trabalham de forma cooperativa e com objetivo em defender os direitos da criança e
do adolescente.
Sempre que necessário, a escola encaminha a relação de alunos faltosos e
requisita o serviço do Conselho Tutelar na escola.
Se precisar, a escola promove palestras, encontros e encaminhamentos
individuais e coletivos.

5.7 PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA E OS PROFISSIONAIS


ENVOLVIDOS

5.7.1 Projeto Tempo Integral

O Projeto Tempo Integral funciona de segunda a sexta-feira no turno matutino


e vespertino com o total de 40 alunos (6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental) e tem
como objetivo atender as necessidades educacionais dos alunos, por meio da
extensão do tempo de permanência na escola e a vivência de experiências
pedagógicas, socioculturais e esportivas, visando a melhoria do desempenho escolar
e o desenvolvimento pessoal
As atividades a serem desenvolvidas no projeto de tempo integral deverão estar
em consonância com o currículo básico, sendo realizadas através de oficinas
curriculares que irão contemplar atividades:
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- De linguagem e matemática: monitoramento de estudos, hora de leitura,


informática educacional e oficina de redação
- Artística, esportivas e motoras: música, teatro, esportes e jogos
- Formação pessoal e social: higiene e formação de hábitos, ética e
empreendedorismo.
Essas atividades serão desenvolvidas por professor alfabetizador e por
professor designado de educação física.

5.8 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A Escola Estadual “Alfredo Albano de Oliveira” respeita a diversidade e acolhe


os alunos com necessidades educacionais especiais do bairro.
As necessidades educacionais especiais que na escola se apresentam de
forma ampla e diversificada, com causas e manifestações distintas, revelam-se no
processo de ensino e no percurso da escolaridade e exigem recursos educacionais e
atenção mais específica dos que habitualmente são oferecidas aos alunos da mesma
idade. São tomadas algumas atitudes para não prejudicar o aprendizado de alunos
especiais, como por exemplo, avaliações com letras maiores impressas para alunos
com deficiência visual.

5.9 ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO

5.9.1 Currículo do Ensino Fundamental e Médio

O currículo da Educação Básica configura-se como o conjunto de valores e


práticas que proporcionam a produção e a socialização de significados no espaço
social, contribuindo, intensamente, para a construção de identidades socioculturais do
educando.
Na implementação do currículo, deve-se evidenciar a contextualização e a
interdisciplinaridade, ou seja, formas de interação e articulação entre diferentes
campos de saberes específicos, permitindo aos alunos a compreensão mais ampla
da realidade.
O Plano Curricular do Ensino Fundamental e Ensino Médio, expressão formal
da concepção do currículo da escola, decorrente de seu Projeto Político-Pedagógico,
25

deve conter uma Base Nacional Comum, definida nas diretrizes curriculares, e uma
Parte Complementar Diversificada, definida a partir das características regionais e
locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

5.9.1.1 Linguagens

a) Língua Portuguesa
 Ler de maneira autônoma textos de diferentes gêneros construindo a
compreensão global do texto, identificando informações explícitas e implícitas,
produzindo inferências reconhecendo intenções do enunciador e sendo capaz
de aderir ou recusar as ideias do autor;
 Identificar e utilizar os diversos gêneros e tipos textuais que circulam na
sociedade para a resolução de problemas cotidianos que requer o uso da
língua;
 Produzir textos orais e escritos com coerência, coesão, correção ortográfica e
gramatical, utilizando os recursos sociolinguísticos adequados ao tema
proposto, ao gênero, ao destinatário e ao contexto de produção;
 Analisar e reelaborar o seu próprio texto segundo critérios adequados aos
objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação prevista;
 Desenvolver atitudes e procedimentos de leitor e escritor para a construção
autônoma de conhecimentos necessários a uma sociedade baseada em
informação e em constante mudança.
b) Língua Estrangeira Moderna
 Compreender textos escritos e orais de diferentes gêneros textuais em Língua
Estrangeira Moderna, bem como suas condições de produção e de recepção;
 Produzir textos escritos em Língua Estrangeira Moderna, coesos, coerentes e
com correção lexical e gramatical, considerando as condições de produção e
circulação;
 Utilizar a linguagem oral da Língua Estrangeira Moderna como instrumento de
interação sócio comunicativa.
c) Arte
 Saber se expressar artisticamente articulando a percepção, imaginação,
emoção, sensibilidade e a reflexão em suas produções artísticas, visuais,
26

corporais, cênicas e musicais, compreendendo a arte em todas as suas


manifestações;
 Apreciar e analisar criticamente produções artísticas, como artes visuais,
dança, teatro e música, estabelecendo relações entre análise formal,
contextualização, pensamento artístico e identidade cultural;
 Refletir acerca da manifestação artística, sobre si próprio e sobre a experiência
estética.
c) Educação Física
 Reconhecer o potencial do esporte, dos jogos, das brincadeiras, da dança e da
ginástica para o desenvolvimento de atitudes e de valores democráticos de
solidariedade, respeito, autonomia, confiança, liderança;
 Conhecer as modalidades esportivas, sua história, suas regras, movimentos
técnicos e táticos bem como as diferenças na forma de apresentação dos
esportes;
 Conhecer e identificar os elementos constitutivos da dança utilizando as
múltiplas linguagens corporais, possibilitando a superação dos preconceitos,
bem como conhecer e identificar diversos jogos e brincadeiras da nossa e de
outras culturas;
 Compreender os riscos e benefícios dos exercícios físicos e esportivos na
promoção da saúde e qualidade de vida.

5.9.1.2 Matemática

 Comparar, ordenar e operar com números naturais, inteiros, racionais,


interpretando e resolvendo situações-problema;
 Identificar e resolver situações-problema que envolva proporcionalidade direta
e inversa; porcentagem e juros; equações de primeiro e segundo graus;
sistemas de equações de primeiro grau, conversão de medidas; cálculo de
perímetro, de área, de volume e capacidade;
 Probabilidade; utilização de linguagem algébrica;
 Reconhecer as principais relações geométricas entre as figuras planas;
 Interpretar e utilizar informações apresentadas em tabelas e ou gráficos.
27

5.9.1.3 Ciências da Natureza

 Compreender a inter-relação dos seres vivos entre si e com o meio ambiente;


 Compreender o efeito das drogas e suas consequências no convívio social;
 Identificar os conhecimentos físicos, químicos e biológicos presentes no
cotidiano;
 Compreender o processo de reprodução na evolução e diversidade das
espécies, a sexualidade humana, métodos contraceptivos e doenças
sexualmente transmissíveis.

5.9.1.4 Ciências Humanas

a) História:
 Compreender as relações da natureza com o processo sociocultural, político e
econômico, no passado e no presente;
 Reconhecer e compreender as diferentes relações de trabalho na realidade
atual e em outros momentos históricos;
 Compreender o processo de formação dos povos, suas lutas sociais e
conquistas, guerras e revoluções, assim como cidadania e cultura no mundo
contemporâneo;
 Realizar automaticamente, trabalhos individuais e coletivos usando fontes
históricas.
b) Geografia
 Compreender as relações de apropriação do território associadas ao exercício
da cidadania, a importância da natureza para o homem, bem como as questões
socioambientais;
 Compreender as formações socioespaciais do campo e da cidade, sua relação
com a modernização capitalista, bem como o papel do Estado e das classes
sociais, a cultura e o consumo na interação entre campo e a cidade;
 Compreender o processo de modernização, os problemas socioambientais e
novos modos de vida, garantindo sustentabilidade.
28

5.9.1.5 Ensino Religioso

 Compreender a religiosidade como fenômeno próprio da vida e da história


humana, desenvolvendo um espírito de fraternidade e tolerância em relação às
diferentes religiões;
 Refletir sobre os princípios éticos e morais, fundamentais às relações humanas,
orientados pelas religiões, e agir segundo esses princípios.

5.9.1.6 Disciplina da área de empregabilidade

 Contribuir para formação dos alunos e proporcionar-lhes o acesso a temáticas


e a abordagem que despertem seu interesse;
 Tornar a escola um espaço de vivência de experiências significativas, tanto na
formação da autonomia pessoal, quanto na capacidade de inserção social.

5.10.1.7 Interdisciplinares

Além da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada, devem ser incluídos,


permeando todo o currículo, os Temas Transversais relativos à saúde, sexualidade e
gênero, vida familiar e social, direitos e deveres das crianças e dos adolescentes,
direitos dos idosos, educação ambiental, educação em direitos humanos, educação
para o consumo, educação fiscal, educação para o trânsito, trabalho e consumo,
ciência e tecnologia, diversidade cultural, dependência química, higiene corporal e
bucal, educação alimentar e nutricional e ética.
Assegurada pela Lei Federal 11.988 de 2009, implanta-se a Semana de
“Educação para a Vida”, em todas as escolas estaduais e passa a fazer parte do
calendário escolar, a partir de 2014.

5.11 ATIVIDADES PROPOSTAS PARA ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE,


CULTURAIS E CÍVICAS.

5.11.1 FECCIL – Feira de Ciências e do Conhecimento de Luminosa


29

A FECCIL é um projeto no qual os alunos apresentam a toda a comunidade


escolar, de acordo com o cronograma da escola, experiências práticas nas diversas
áreas do conhecimento.
Esta atividade é composta de uma Comissão Organizadora, a qual fazem
parte o diretor da escola, a coordenadora pedagógica e a Comissão Científica que,
por sua vez, é integrada pelos professores de Ciências/Biologia, Química e Física.

5.11 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

5.11.1 Recuperação paralela

Será uma estratégia de intervenção deliberada no processo educativo,


quando as dificuldades serão diagnosticadas, constituindo novas oportunidades de
levar os alunos ao desempenho esperado.
A escola deve oferecer aos alunos diferentes oportunidades de aprendizagem
definidas em seu Plano de Intervenção Pedagógica, ao longo de todo o ano letivo,
após cada bimestre e no período de férias, a saber:
I - Estudos contínuos de recuperação, ao longo do processo de ensino aprendizagem,
constituídos de atividades especificamente programadas para o atendimento ao aluno
ou grupos de alunos que não adquiriram as aprendizagens básicas com as estratégias
adotadas em sala de aula;
II - Estudos periódicos de recuperação, aplicados imediatamente após o encerramento
de cada bimestre, para o aluno ou grupo de alunos que não apresentarem domínio
das aprendizagens básicas previstas para o período;
III - Estudos independentes de recuperação, no período de férias escolares, com
avaliação antes do início do ano letivo subsequente, quando as estratégias de
intervenção pedagógica previstas nos incisos I e II não tiverem sido suficientes para
atender às necessidades mínimas de aprendizagem do aluno.
Parágrafo único. O plano de estudos independentes de recuperação, para o aluno que
ainda não apresentou domínio no(s) tema(s) ou tópico(s) necessário(s) à continuidade
do percurso escolar, deve ser elaborado pelo professor responsável pelo Componente
Curricular e entregue ao aluno, no período compreendido entre o término do ano letivo
e o encerramento do ano escolar.
30

5.11.2 Acompanhamento e avaliação do desenvolvimento do aluno

A escola visa o desenvolvimento integral do aluno e, para isso, estabelece


formas, critérios e estratégias para avaliar o rendimento do aluno.
É de 100 o número de pontos cumulativos que cada aluno, do 6° ao 9° ano do
Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA poderá conseguir durante o ano letivo, por
conteúdo específico, tendo que obter 50%, no mínimo, para promoção.
O aluno deverá obter o mínimo de 75% da carga horária letiva para fins de
promoção. O aluno que obter menos de 75% de frequência anual, será submetido a
uma avaliação em todos os conteúdos, no valor de 100 pontos, devendo obter o
mínimo de 50% para fins de promoção.
A avaliação de desempenho do aluno é feita através da participação em
exercícios em sala de aula, trabalhos, avaliações bimestrais e conceitos.
São oferecidas diferentes estratégias para ampliar as oportunidades de
aprendizagem e de avaliação dos alunos, oferecendo no decorrer do ano letivo e após
o mesmo:
 Estudos orientados a partir de atividades especificamente programadas
para o atendimento de alunos ou grupos de alunos que demonstrarem
dificuldades ao longo do processo de aprendizagem;
 Estudos orientados presenciais, imediatamente após o encerramento do
ano letivo, para os alunos que não apresentarem domínio suficiente das
aprendizagens básicas previstas para o período;
 Estudo independente a ser realizado no período de férias escolares, com
avaliação prevista para a semana anterior ao início do ano letivo
subsequente, quando as estratégias mencionadas nos incisos I e II não
forem suficientes para atender as necessidades mínimas de aprendizagem
do aluno;
 Estudos orientados ao longo do primeiro semestre do ano letivo
subsequente, para os alunos de progressão parcial, podendo os mesmos
ser liberados do processo tão logo se verifique o domínio das aprendizagens
consideradas básicas;
 Estudo independente, no segundo semestre do ano letivo em curso, para
os alunos em regime de progressão parcial que não obtiveram resultados
31

satisfatórios nos estudos previstos no inciso IV, devendo os mesmos ser


avaliados ao final do ano letivo, em data previamente definida pela escola.
Os alunos em estudos orientados e estudo independente em situação regular
ou de progressão parcial serão atendidos pelo professor da disciplina em que se
encontram.
Os alunos somente podem ficar de dependências em duas matérias no 6°, 7°
e 8° ano do Ensino Fundamental e 1° e 2° ano do Ensino Médio, tendo o direito de
fazer estudos orientados no 1° semestre do ano seguinte e estudos independentes no
2° semestre do ano corrente. Se não conseguir sanar as dificuldades no 1° semestre
do 9° e 3° anos, os alunos são retidos se não conseguirem atingir o mínimo de 50%
no ano todo em alguma matéria.
A escola apresenta uma proposta de melhoria com trabalhos extraclasse,
palestras de formação e informação para os alunos sobre temas relevantes,
conversas informais com os alunos, com o objetivo de melhoria do comportamento na
sala de aula, buscas de parcerias para desenvolver projetos educativos junto a
associações diversas, instituições filantrópicas, iniciativa privada, instituições públicas
e comunidade em geral. Criação do momento cultural da escola, com apresentações
de músicas, poesias, peças teatrais, danças e demais atividades artísticas e culturais.
Os resultados das avaliações serão expressos por avaliações acumulativas
em quatro bimestres, sendo:
 1° Bimestre - 20 pontos
 2° bimestre - 20 pontos
 3° bimestre - 20 pontos
 4° bimestre - 40 pontos
Totalizando 100 pontos no final do ano letivo. Aceita-se apenas uma casa
decimal nas notas expressas nos bimestres.
Nas disciplinas de Educação Física, Educação Artística e Educação Religiosa
foram adotados os seguintes conceitos:
 O - Ótimo
 MB - Muito Bom
 B – Bom
Os resultados destas disciplinas não serão computados para fins de
promoção.
32

5.11.3 Conselho de classe

Ao término de cada bimestre, é realizado o conselho de classe com a


participação dos professores, diretor e especialistas em educação básica, com o
objetivo de investigar as dificuldades, os progressos e experiências positivas
detectadas no processo de construção do conhecimento pelos alunos.
A reunião do conselho é iniciada com a apresentação, por parte dos
professores, das justificativas do desempenho de cada turma.
Há registro em livro próprio e é coordenado pela supervisão e direção
institucional.

5.12 CALENDÁRIO

5.12.1 Ensino Fundamental

O Ensino Fundamental, ministrado em 09 (nove) anos, estrutura-se em cinco


anos iniciais e quatro finais, com carga horária mínima de 800 horas anuais para os
anos iniciais e 833 horas e 20 minutos para os anos finais, distribuídas em 200 dias
letivos.

5.12.2 Ensino Médio

O Ensino Médio tem a duração mínima de três anos, tendo o 1º ano – REM –
carga horária de 1000 h anuais e os demais anos, carga horária de 833 horas e 20
minutos, distribuídas em 200 dias letivos
O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Alfredo Albano de Oliveira
não apresenta a definição do período de férias e recesso.

5.13 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES

A escola incentiva o profissional para capacitar-se e aperfeiçoar-se, sempre


em sua área ou interesse específico. Sempre que é oferecido curso pela SRE,
seminários, grupos de estudo, os profissionais são avisados e incentivados a
participar.
33

Na escola é valorizada a troca de experiências entre professores, intercâmbio


entre as escolas e viabilização da capacitação em serviço.
Os profissionais estão em constante aperfeiçoamento, participando de cursos
e estudando, e com o trabalho da Supervisão, é possível discutir determinado assunto
durante o Módulo II, constantemente.

5.14 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A escola avalia-se, no final de cada bimestre, de acordo, com o resultado


obtido na aprendizagem do aluno e com o resultado das avaliações externas (SIMAVE
e SAEB) e no final do ano letivo, baseando-se no projeto Político Pedagógico e no PIP
(Programa de Intervenção Pedagógica).
A avaliação é a melhor estratégia para induzir ao aprimoramento dos
processos de gestão e da qualidade da educação escolar. Por isso, ela é feita com
frequência e de maneira coletiva e participativa.
Uma avaliação diagnóstica é feita para o 6º, 9° e 3° anos nas disciplinas de
Matemática e Língua Portuguesa, de acordo com os descritores do SIMAVE, bem
como também a aplicação do PAAE, a fim de verificar o conhecimento dos alunos e
fazer a intervenção devida.
O Plano de Intervenção fica em anexo a Proposta Pedagógica impressa.

5.15 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Alfredo Albano de Oliveira,


por si só representa os ideais, os objetivos, as metas e um conjunto de ações que irão
nortear a organização e o funcionamento da escola, sem perder de vista aspectos
legais que regem a Educação Nacional, bem como a legislação.
34

6 ENTREVISTA COM O PROFESSOR REGENTE

Entrevista realizada com o professor regente, responsável pela disciplina de


Biologia na instituição, campo de estágio: Escola estadual Alfredo Albano de Oliveira:

a) Nome completo do professor entrevistado.


Márcia Maria de Oliveira Dias.

b) Ano em que concluiu a graduação.


Em 2003.

c) Possui curso de especialização? Área do curso de especialização.


Não possui cursos de especialização.

d) Tempo de magistério e locais de atuação.


Atua como docente há 25 anos. De 1993 a 1996 atuou como professora do Ensino
Fundamental I pela Prefeitura Municipal de Brazópolis. De 2000 a 2010 atuou
como professora do Ensino Fundamental I pela Prefeitura Municipal de Brazópolis
e também atuou como professora de educação básica designada no Ensino
Fundamental II e Ensino Médio pela Secretaria Estadual da Educação. De 2010
até a presente data, atua como professora efetiva de educação básica no Ensino
Fundamental II e Ensino Médio pelo Secretaria Estadual de Educação.

e) Participa de cursos de capacitação ou formação continuada? Citar os últimos


cursos realizados.
Sim, participa de cursos de capacitação e educação continuada sempre que há
oportunidade. Os últimos cursos realizados foram: Capacitação e estudo do CBC
e Montagem do plano de curso; Pacto Nacional para o fortalecimento do Ensino
Médio realizado no ano de 2014 e Capacitação do Linnux.

f) Visão sobre o ensino de Biologia no Ensino Médio.


Muito conteúdo para poucas aulas (apenas 2 aulas semanais).

g) Rotina de trabalho nas aulas de Biologia.


35

Fazer resumos e focar em alguns temas considerados “mais importantes”; elaborar


trabalhos e montar projetos.

h) Trabalha com imagens, vídeos (filmes/ desenhos), livros didáticos, computador,


internet, experimentação, demonstrações? Como?
Utiliza todo o material disponibilizado pela instituição de ensino. Prefere que os
alunos montem os trabalhos e apresentem à turma utilizando o Datashow e/ou
trazendo exemplos práticos. Os filmes passados são ligados à temas trabalhados
em sala e a partir deles é solicitado um relatório. A prática é feita sempre que
possível. A escola não possui laboratório e todo o material é improvisado.

i) Como trabalha os temas transversais “Meio Ambiente e Saúde” em sala de aula?


Com pesquisa, apresentações de trabalhos montados pelos próprios alunos;
palestra e/ou debate em sala.

j) Como discute as relações entre Biologia, Tecnologia e Sociedade com seus


alunos?
Tenta mostrar-lhes que a tecnologia é muito importante, mas que devem saber
como e quando usá-la.

k) Recebe materiais de apoio enviados pela Secretaria Estadual de Educação ou


Secretaria Municipal de Educação para trabalhar os temas citados acima? Citar os
materiais.
Não recebe materiais de apoio da SES-MG.

l) Como trabalha a questão do “meio ambiente” nas aulas de Biologia?


Através de discussões, trabalhos e desenvolvendo projetos.
36

7 DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO

De acordo com as orientações do Manual de Estágio do curso de Formação


Pedagógica em Ciências Biológicas da UNOPAR, as observações deveriam ser
realizadas em duas turmas, dividindo as observações em diários, sendo um diário
para cada turma. As turmas escolhidas foram o 2º e o 3º ano do Ensino Médio.

7.1 DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO 1 – 2º ANO DO ENSINO MÉDIO

O Diário de Observação 1 refere-se ao resultado das observações de aulas


ministradas no 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Alfredo Albano de Oliveira.
A turma é composta por 10 alunos, com faixa etária entre 15 e 18 anos, residentes no
povoado do Distrito de Luminosa, município de Brasópolis, Minas Gerais e em
propriedades rurais próximas.
A referida turma tem a 4ª e a 5ª aula de Biologia, aulas geminadas, no turno
matutino, nas segundas-feiras, no horário das 9h45min até as 11h25min, sob a
regência da Professora Marcia Maria de Oliveira Dias.
As 8 aulas observadas nessa turma aconteceram nas seguintes datas:
19/06/2017; 26/06/2017; 03/07/2017 e 10/07/2017.

I. Primeira Aula Observada (aula geminada) 2º ano: 19 de junho de 2017


O tema abordado foi uma continuação da aula precedente sobre os Reinos,
Fungi e Metaphyta.
No início da aula, a professora corrigiu exercícios sobre protozoários,
abordando cada tópico em questão. Dentre os tópicos, a professora comentou acerca
da toxoplasmose e o meio de contaminação pelas fezes do gato, associando o
assunto com casos de toxoplasmose que vem ocorrendo em gestantes residentes em
um bairro específico no município, incluindo um óbito.
Nessa aula a professora utilizou o quadro negro para passar questões sobre
os reinos citados anteriormente. As questões foram:
a. Especificar sobre o reino e por que os fungos não podem ser classificados como
vegetais.
b. Identificar partes de um fungo.
c. Definição de líquens e como se formam.
37

d. Critérios para inclusão de organismos no Reino Metaphyta.


e. Briófitas como anfíbios do mundo vegetal.
f. Estrutura anátomo-fisiológica de briófitas e pteridófitas que justifica a diferença de
tamanho.
g. Diferencie talófitas/cormófitas e criptógamas/fanerógamas.
h. Ciclo reprodutivo das plantas.
A professora demonstrou dominar bem os conteúdos. Sua metodologia,
apesar de tradicional, expõe os conteúdos de maneira dinâmica, relacionando com
fatos do cotidiano.
Em alguns momentos, a prática docente do professor é prejudicada pelo
desinteresse dos alunos e pela dispersão dos mesmos com o uso do celular.

II. Segunda Aula Observada (aula geminada) 2º ano: 26 de junho de 2017


Na primeira aula, a professora consultou os alunos se eles preferiam que ela
fizesse uma revisão da matéria, considerando que a prova bimestral (avaliação
somativa) seria realizada logo em seguida. Os alunos concordaram com a revisão. Os
seguintes temas foram revisados em tópicos que foram questionados oralmente:
reinos Monera, Protozoa, Fungi, Metaphyta e Metazoa. Foi enfatizado a importância
dos fungos e bactérias, a reprodução dos procariotos, formas de bactérias, tipos de
protozoários e fungos.
Após o término da revisão de conteúdo, foi aplicada uma avaliação aos
alunos.

III. Terceira Aula Observada (aula geminada) 2º ano: 03 de julho de 2017


A aula teve início com a entrega das provas bimestrais corrigidas. Na
sequência, as questões de prova foram corrigidas oralmente somado a alguns
comentários pela docente. Em seguida, a professora comunicou que 80% dos alunos
alcançou nota na avaliação bimestral e também comentou quais alunos haviam ficado
de recuperação na disciplina, orientando sobre o posterior trabalho que seria aplicado.
Também foi solicitado aos alunos de recuperação que copiassem a prova bimestral
no caderno e que essa atividade valeria 1 ponto na média.
Na aula seguinte, a docente deu início ao conteúdo do 3º Bimestre, utilizando
o quadro negro com resumos explicativos. O tema abordado foi “plantas avasculares”
e “plantas vasculares”. Em seguida, a professora explicou o conteúdo.
38

IV. Quarta Aula Observada (aula geminada) 2º ano: 10 de julho de 2017


O tema abordado nas duas aulas geminadas foi sobre o Reino Plantae,
abordando os conteúdos de Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas,
bem como a sequência evolutiva, semelhanças e diferenças entre elas.
A professora utilizou o livro didático, esquemas na lousa e uma folha impressa
com desenhos explicativos sobre o assunto.

7.2 DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO 2 – 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

O Diário de Observação 2 refere-se ao resultado das observações de aulas


ministradas no 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Alfredo Albano de Oliveira.
A turma é composta por 16 alunos, com faixa etária entre 16 e 19 anos, residentes no
povoado do Distrito de Luminosa, município de Brasópolis, Minas Gerais e em
propriedades rurais próximas.

Foto 10 – Turma do 3º ano do Ensino Médio

A referida turma tem a 1ª e a 2ª aula de Biologia, aulas geminadas, no turno


matutino, nas segundas-feiras, no horário das 7h00min até as 08h40min, sob a
regência da Professora Marcia Maria de Oliveira Dias.
39

As 8 aulas observadas nessa turma aconteceram nas seguintes datas:


19/06/2017; 26/06/2017; 03/07/2017 e 10/07/2017.

I. Primeira Aula Observada (aula geminada) 3º ano: 19 de junho de 2017


O tema abordado nessa aula foi genética. A professora utilizou o quadro negro
para descrever a utilização de letras para designar genes e características dominantes
e recessivas.
Na sequência, a professora deu continuidade a uma atividade em dupla,
iniciada na aula anterior. Os exercícios eram relacionados a cruzamento teste. A
atividade em dupla estimula interação dos alunos através do trabalho de equipe.
Os procedimentos adotados pela professora estimularam os alunos a fazer
perguntas e discutirem entre si sobre o assunto. A professora explicava a cada dupla,
de forma a instigar o aluno a relembrar o tema dado em aulas precedentes,
estimulando a cognição e a reflexão.

II. Segunda Aula Observada (aula geminada) 3º ano: 26 de junho de 2017


O tema abordado nessa aula foi a continuidade de Genética Cruzamento-
teste, utilizando um livro didático particular, ou seja, não se trata do livro adotado para
a turma.
Após a explicação do conteúdo, a professora sugeriu aos alunos para
sentarem em dupla. Em seguida, ela passou 4 exercícios na lousa para serem
resolvidos pelos alunos. Durante a atividade, a aula foi interrompida por alunos que
estavam conversando. Porém, a professora conseguiu manter a atenção de 70% dos
alunos.
A docente questiona os alunos na resolução dos exercícios e, a maioria deles
demonstram compreender o assunto ao responder corretamente as perguntas
realizadas pela professora.
Na aula seguinte, a professora introduziu um novo tema de genética
“Ausência de Dominância”, abordando sobre Dominância Completa, Ausência de
Dominância, (Herança Intermediária, Co-dominância).

III. Terceira Aula Observada (aula geminada) 3º ano: 03 de julho de 2017


Na primeira aula desse dia, a professora fez uma revisão dos conteúdos de
genética: Heredograma, heterozigoto e homozigoto (recessivo/dominante),
40

Cruzamento-teste, genótipo e fenótipo, ausência de dominância. Durante a revisão


também foi relembrado as características de zona eufótica, disfótica e afótica
(plancton, necton e bentos) e a definição de biomas, manguezais, pantanal e caatinga.
Os alunos se mantiveram em silêncio e, além disso, interagiram muito bem,
questionando a professora. A metodologia aplicada utilizou esquemas no quadro
negro.
Na aula seguinte, foi aplicada a prova bimestral, composta de 11 questões, das
quais os alunos poderiam optar por duas dessas questões para o valor de 0,5 pontos.

IV. Quarta Aula Observada (aula geminada) 3º ano: 10 de julho de 2017


O tema abordado foi a 2ª Lei de Mendel com a aplicação de exercícios que
foram resolvidos na lousa, juntamente com os alunos.
Na aula seguinte, antes de iniciar sobre o Sistema sanguíneo ABO, a
professora chamou a atenção dos alunos, contando sobre sua experiência com a
Eristroblastose fetal. Os alunos se mostraram bastante atentos e interessados. Na
sequência, a professora falou sobre transfusões sanguíneas (quem doa para quem),
explicando sobre os genótipos e fenótipos do sistema ABO. Em seguida, a professora
aplicou 4 exercícios sobre o tema.
41

8 PROJETO: O ENSINO DE BIOLOGIA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

8.1 DADOS GERAIS DO PROJETO

8.1.1 Temática

A Educação Ambiental terá como tema “A preservação permanente de


nascentes” do Distrito de Luminosa, pertencente ao município de Brazópolis, Minas
Gerais.

8.1.2 Turma

A turma destinada para o desenvolvimento do projeto serão os alunos do 1º,


2º e 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Alfredo Albano de Oliveira.

8.1.3 Duração (nº de aulas)

Para a organização do projeto, serão utilizadas quatro aulas de Português,


Matemática, Artes, Geografia, História, Química e Biologia, totalizando 28 aulas
durante duas semanas.

8.2 INTRODUÇÃO

Desde meados da década de 90, o nosso país vem realizando esforços, por
meio da criação e implementação de políticas e diretrizes, voltadas para a Educação
Ambiental (MELLO; TRAJBER, 2007).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB nº 9.394/1996
estabelece que os currículos do Ensino Médio também devem abranger o
conhecimento e a compreensão do ambiente natural e social (BRASIL, 1996).
O Art. 2º da Lei nº 9.795/1999 que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental, diz que:
A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos
os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-
formal.
42

O Art. 3º das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental


(2012), diz que:
A Educação Ambiental visa à construção de conhecimentos, ao
desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores sociais, ao cuidado com
a comunidade de vida, a justiça e a equidade socioambiental, e a proteção
do meio ambiente natural e construído.

A comunidade escolar, apoiada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC),


tem a missão de se tornarem educadores ambientais em todos os níveis e
modalidades de ensino. E para promover essa educação ambiental, o MEC lançou o
programa “Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas”, o qual apresenta ações e práticas
integradas, permanentes e transversais, envolvendo todas as disciplinas (MELLO;
TRAJBER, 2007).
Além das legislações expostas anteriormente sobre a Educação Ambiente na
Escolas, o Distrito de Luminosa, onde está localizada a instituição de ensino
designada para execução deste projeto, apresenta características ambientais
específicas do território. Trata-se de um povoado, cercado por uma extensa área rural,
onde residem e trabalham agricultores familiares, pecuaristas e assalariados rurais.
Nesse sentido, optou-se para o georreferenciamento como ponto de partida para o
desenvolvimento do presente projeto de Educação Ambiental.
De acordo com os resultados de georreferenciamento apresentados nas
Figuras 1 e 2, identificou-se a importância da proteção de nascentes, mananciais e
olhos d’água como tema central deste Projeto de Educação Ambiental Interdisciplinar,
tendo em vista a conscientização de que os elementos naturais não podem ser
esgotados ou deteriorados.
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Figura 1 – Remanescentes da Mata Atlântica e drenagem dos Recursos Hídricos

Figura 2 – Remanescentes da Mata Atlântica e drenagem dos Recursos Hídricos


com sobreposição de Carta Topográfica

Entende-se por nascente o afloramento do lençol freático, que origina uma


fonte de água de acúmulo (represa), ou cursos d’água (regatos, ribeirões e rios). As
nascentes são pontos territoriais estratégicos que só cumprem seu papel ecológico se
forem protegidas de acordo com a Lei nº 12.651/2012, visando a manutenção
sustentável do ciclo hidrológico (CALLHEIROS et al., 2004). A proteção dessas fontes
de água depende do manejo de controle da erosão do solo por meio de barreiras
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vegetais, minimização de contaminação química e biológica e controle de perdas de


água por evaporação.

8.3 OBJETIVOS

8.3.1 Objetivo geral

Promover, de maneira Interdisciplinar, a Educação Ambiental para os alunos


do Ensino Médio da Escola Estadual Alfredo Albano de Oliveira, sob o tema “A
preservação permanente de nascentes” no Distrito de Luminosa.

8.3.2 Objetivos Específicos

 Desenvolver a Educação Ambiental sob a temática “A preservação permanente


de nascentes”, envolvendo atividades interdisciplinares com todas as áreas do
conhecimento;
 Contextualizar as características do bioma e recursos hídricos locais por meio
de georreferenciamento;
 Promover o conhecimento sobre os ciclos naturais da água e a interrelação
com as formas de vida;
 Promover a conscientização e sensibilização permanente dos alunos e da
comunidade sobre a importância de se preservar as nascentes e olhos d’água;
 Desenvolver o pensamento crítico-reflexivo por meio de estudos científicos sob
a ótica da sustentabilidade e integridade dos ecossistemas;
 Incentivar e mobilizar a participação individual e coletiva da comunidade local
quanto a preservação de nascentes;
 Desenvolver atividades artísticas que valorizem a proteção de nascentes,
estimulando a percepção da respectiva importância para a preservação da
água.

8.4 METODOLOGIA

O presente projeto propõe a “Semana do Meio Ambiente: Preservando as


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nascentes de Luminosa”, a ser desenvolvida na Escola Estadual Alfredo Albano de


Oliveira, durante a terceira semana de setembro de 2017. O projeto será trabalhado
de forma interdisciplinar, com as disciplinas de Português, Matemática, Artes,
Geografia, História e Biologia, de acordo com o conteúdo e atividade a ser
desenvolvida.
A Semana envolverá as seguintes atividades:
I. I Conferência de Luminosa: Protegendo as Nascentes
Os alunos do Ensino Médio, professores e funcionários da escola irão se
reunir junto à comunidade para a apresentação de seminários sobre a preservação
das nascentes, bem como a sua importância para a preservação da água.
Durante o evento, haverá um mural de trabalhos em forma de pôster, folders
e cartazes produzidos pelos alunos, contendo assuntos inerentes a identificação e
cuidados primários em relação à área adjacente as nascentes, ciclo hidrológico das
nascentes, recomposição vegetal e legislação.
Os trabalhos do mural serão orientados pelo professor de Artes e Língua
Portuguesa.
II. Mesa redonda: Problemática para o cercamento das nascentes
Nessa atividade, representante de alunos do Ensino Médio, representante do
corpo docente da escola, representante dos proprietários de terrenos que apresentam
nascentes e convidados, se reunirão para o levantamento de debates e discussões,
troca de ideias, reflexões, estabelecimento de prioridades e tomada de decisões sobre
a proteção das nascentes, bem como a sua importância para a preservação da água.
III. Elaboração de mapas dos recursos hídricos do Distrito de Luminosa
Sob a direção e orientação dos professores de Geografia, História e
Matemática, os mapas dos recursos hídricos do Distrito de Luminosa serão
elaborados pelos alunos no Laboratório de Informática da instituição de ensino,
utilizando o software Google Earth para georreferenciamento.
IV. Visita as nascentes e entrevista com proprietários do terreno
As visitas serão programadas, juntamente com os alunos e os professores de
Biologia e Química designados para o acompanhamento da atividade. A visita as
nascentes tem a pretensão de promover a oportunidade para os alunos conhecerem
as características de uma nascente, coletar de dados e entrevistar os proprietários de
terrenos que apresentam nascentes.
A elaboração do questionário da entrevista será realizada sob a orientação do
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professor de Língua Portuguesa.


A avaliação dos alunos acontecerá ao longo do desenvolvimento do projeto e
terá como critérios: a observação da iniciativa, interesse, desempenho e a criatividade
na execução das atividades.

8.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO PROJETO

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de


dezembro de 1996.

______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Conselho Nacional de Educação/Conselho


Pleno. Parecer sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental.
Diário Oficial da União, 2012.

______. Código Florestal Brasileiro. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Brasília,


Diário Oficial da União, 2012.

CALHEIROS, Rinaldo de Oliveira et al. Preservação e recuperação das nascentes (de


água e de vida). In: Preservação e recuperação das nascentes (de água e de vida).
Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios PCJ-CTRN, 2004.

LEI, Nº. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação, 1999.

MELLO, Soraia Silva de; TRAJBER, Rachel. Vamos cuidar do Brasil: conceitos e
práticas em educação ambiental na escola. Brasília: Ministério da Educação,
Coordenação Geral de Educação Ambiental: Ministério do Meio Ambiente,
Departamento de Educação Ambiental: UNESCO, 2007.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio proporcionou momentos de contato com a realidade da educação,


na relação da teoria com a prática e na percepção reflexiva e crítica da realidade do
processo ensino-aprendizagem. Essa oportunidade contribuiu de forma instigante na
busca de uma educação de qualidade no meu perfil profissional como futura docente.
Foi possível também observar certa desmotivação entre os professores,
diante do desinteresse dos alunos. Por outro lado, nota-se também que a didática
adotada é quase sempre a educação tradicional, na qual o professor verbaliza os
conteúdos, reprimindo e limitando os alunos, além de não fazer uso dos recursos
tecnológicos de informática.
O professor necessita adotar novas metodologias de ensino e renovar suas
práticas com base em tecnologias de informação, estimulando o interesse e a
curiosidade dos alunos. Além disso, as aulas práticas também podem favorecer o
aprendizado e a relação dos conteúdos com a realidade e o cotidiano dos alunos.
Ao final do estágio, considerou-se que todos os objetivos propostos foram
atingidos, além da execução de maneira satisfatória das atividades.
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REFERÊNCIAS

BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais


para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação
pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação
continuada. Resolução CNE/CP n. 02/2015, de 1º de julho de 2015. Brasília, Diário
Oficial República Federativa do Brasil, seção 1, n. 124, p. 8-12, 02 de julho de 2015.

MENEZES, L.C.; et al. Iniciativas para o aprendizado de Botânica no Ensino Médio.


In: XI ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, UFPB-PRG, 2008. Disponível em:
<http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/prolicen/ANAIS/Area4/4CFTDC
BSPLIC03.pdf>. Acessado em julho de 2017.

Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Alfredo Albano de Oliveira. Distrito de


Luminosa, Brazópolis – MG, 2014.

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