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BIOGRAFIA INFLUÊNCIAS OBRAS

APPLAUSUS
revista eletrônica de artes plásticas piauienses | Edição 02 | Ano 2017 | Teresina - PI |

Fernando Costa
30 anos da morte de Fernando Costa, a Revista
de Arte Piauiense APPLAUSUS nº 02 homenageia o
artista teresinense pela figura que ele foi, pelo seu Sua técnica de expressão plástica e inteligência
trabalho e pelo que ele representou e representa, para pictórica, são os seres humanos e animais destituídos
as artes piauienses. de pele, destacando as poderosas contorções das
Fernando foi um inovador na arte do Estado, era fibras musculares dos corpos.
um pintor que se realizava através de mitos e fantasmas Além dessa singularidade, os trabalhos do
mecânicos, das vozes misteriosas da floresta, dos seus artista são, na realidade, uma tentativa de dissecar a
duendes, dos homens que o cercavam, da natureza que alma humana, demasiadamente perdida e esquecida
o envolvia, quando ele colocava o seu ouvido no solo em um mundo que se afunda cada vez mais quando
para ouvir o cantar da natureza. valoriza o material
De apurada técnica de expressão e inteligência Que esta revista ajude a divulgar o trabalho de
pictórica, o artista não fez concessões às exigências Fernando Costa para aqueles que não tiveram a
estéticas impostas pelo mercado de artes. Ele criou o oportunidade de conhece-lo e também a sua obra e
seu estilo, que é só dele, com sua técnica e imagem para aqueles que estão privados de apreciar o seu
inconfundíveis. acervo artístico, visto que a maioria de suas obras estão
Feiticeiro, bruxo, mago, demiurgo, visionário, em poder de seus familiares e de particulares. As
demônio, santo, um mágico sem truques, que fazia sua instituições públicas ligadas à cultura, como a Casa da
arte que encantava, com muita magia. Era assim o Cultura e o Museu do Piauí, possuem trabalhos do
artista Fernando Costa, teresinense, do bairro artista, em contribuições tímidas.

MP
Primavera, em Teresina-Pi.

STAFF

MARYSETTE PACHECO ALVES DE OLIVEIRA


ARTISTA PLÁSTICA

PATRICIA PACHECO ALVES DE OLIVEIRA


ARQUITETA E URBANISTA
ÍNDICE

Biografia

Influências

Obras

Referências
Fernando Costa
biografia

“Fernando era a pessoa mais gentil e suave que conheci. Mesmo


jogando futebol - zagueiro central - era incapaz de uma jogada
violenta ou desleal. Salgado Maranhão afirmava: 'Fernando não
caminha; ele levita'. Falava baixo, adorava música de boa qualidade,
mulher e cerveja gelada”
Cineas Santos

O Artista

Fernando Antonio da Silva Costa ou Fernando Costa, como era conhecido, era desenhista, pintor,
gravador e ilustrador. Nasceu em Teresina em maio de 1961, em uma família de seis irmãos onde, entre os
homens, era o mais novo. Oriundo de uma família de classe popular, residiu no bairro Primavera, em
Teresina, desde os quatro anos de idade e sempre demonstrou desenvoltura para o desenho. Quando
1
criança vivia a riscar calçadas em cacos de telha e pedaços de carvão.
Habilidoso no futebol, exímio na natação, gostava de gatos, doce de leite e cuscuz de arroz.
Autodidata, estudou bico de pena com Marcos Cremonese e gravura com Antônio Thirso.
Suas atividades profissionais são iniciadas, como desenhista, durante seus estudos no Colégio
Andreas. Logo depois começa a trabalhar na gráfica do Andreas, fazendo ilustrações de apostilas do
colégio. Nesta época, trabalha, também, com o professor Cineas Santos, que, através de uma parceria,
montam uma gráfica, juntando-se também a Albert Piauí.
O artista encantou o mundo com seus traços e cores. Para quem não o conheceu pessoalmente,
contemplar suas telas é imaginar um artista com um turbilhão de ideias que expôs na pintura a sua
inquietação. Paulo Moura2, fez um breve relato onde lembra do temperamento e do jeito simples do artista.
"Quem conhece somente os desenhos e as pinturas de Fernando Costa, pode ser levado a crer que se
tratava de um artista angustiado, de gestos nervosos e falar compulsivo. Fernando era, no trato com as
pessoas, a antítese das imagens que produzia".

1
COSTA, Hercilene. Fernando Costa. Revista Revestrés, nº 13, Ano 3, p. 31
2
MOURA, Paulo. Fernando Costa, em rápidas pinceladas. 2013. Disponível em
http://www.piaui2.pi.gov.br/noticias/index/id/12034. Acesso em 06.mai.2017.
Para o professor Cineas Santos3, “Fernando era a pessoa mais gentil e suave que
conheci. Mesmo jogando futebol - zagueiro central - era incapaz de uma jogada violenta ou
desleal. Falava baixo, adorava música de boa qualidade, mulher e cerveja gelada”,
destacando mais qualidades que o tornavam um ser especial, que era a sua dignidade
pessoal. “O seu jeito de ser lembrava o Paulinho da Viola", acrescenta.
4
Salgado Maranhão afirmava que 'Fernando não caminha; ele levita'
5
Para Kleber Santos o artista plástico tinha consciência do seu talento e, por isso, não
fez concessões às exigências estéticas impostas pelo mercado de artes. Fernando foi um
inovador, foi receptivo às experiências das vanguardas. Sempre atento, exerceu uma severa
autocrítica e sempre esteve alerta para repudiar os elogios de conveniências. Manteve-se
distante dos círculos das badalações e da mídia.
Desenhava compulsivamente para aprimorar a sua técnica. Lia tudo que lhe caía às
mãos sobre artes plásticas e mantinha-se sempre informado a respeito dos valores estéticos
reais e dos modismos de circunstâncias, comenta Kleber Santos.
Neste período, já nos finais da década de 1970, sua produção é intensa, com a
comercialização dos seus trabalhos, no entanto, o pouco que ganha é investido na aquisição
de materiais de trabalho para novas produções. Nesta fase, entrega-se, de corpo e alma, à
pintura e à gravura.
3
SANTOS, Cineas in CARDOSO, Isabel. Fernando Costa: um artista que não cabia em si. 2013.
Disponível em http://www.piaui.pi.gov.br/terra-querida/noticias/id/12009. Acesso em 06.mai.2017
4
MARANHÃO, Salgado in CARDOSO, Isabel. op.cit.2013
5
SANTOS, Kleber. Fernando Costa. 2009. Disponível em
http://www.catalogodasartes.com.br/Detalhar_Biografia_Artista.asp?idArtistaBiografia=8779. Acesso
em 05.mai.2017
Neste período, já nos finais da década de 1970, sua produção é intensa, com a comercialização dos
seus trabalhos, no entanto, o pouco que ganha é investido na aquisição de materiais de trabalho para novas
produções. Nesta fase, entrega-se, de corpo e alma, à pintura e à gravura.
Tinha dificuldades de comercializar seu trabalho tanto por uma natural inaptidão em "acertar preços"
quanto pelo forte impacto de sua arte. O valor cultural de sua obra quase sempre não era acompanhado pela
sua venda, presumindo-se que isso tenha causado ao artista interrogações sobre a verdadeira importância de
sua obra.
Convidado para ocupar cargos na Prefeitura Municipal de Teresina, o artista plástico recusou, não se
deixando deslumbrar pelas facilidades advindas da ocupação de um cargo público. Havia muita ânsia de
produção e desejo de liberdade e talvez não se vislumbrasse apegado a rotinas e cumprimentos burocráticos.
Para o professor Cineas Santos6, sua pintura não tinha relação com a sua personalidade. Disse que
certa vez escreveu um perfil do Fernando e afirmava que o mantivéssemos distante de carvão, giz, pincel, tinta,
pois, ao menor contato com qualquer desses elementos, descia sobre ele o espírito de todos os grandes
mestres da criação e que tudo podia acontecer.
Quando em 1982, Fernando Costa expôs pela primeira vez em São Paulo, o historiador piauiense
Clóvis Moura comentou que Fernando realizava as visões do seu universo através do óleo, xilogravura e de
outras formas de expressão plástica de forma quase que explosiva, como se no seu centro uma bomba
estourasse e as figuras se fragmentassem em consequência da explosão.

6
SANTOS, Cineas in CARDOSO, Isabel. op. cit.2013
7
MACHADO, Paulo Henrique Couto. Talento e Rebeldia. Disponível em http://teresinaantiga.com/fernando-costa.php
Acesso em 30.mai.2017
7
Segundo o poeta e historiador piauiense Paulo Machado , após mais de vinte anos da
morte de Fernando Costa o acervo do artista ainda guarda uma análise da crítica especializada.
Para quem não conheceu Fernando pessoalmente, contemplar suas telas é imaginar um artista
com um turbilhão de ideias que expôs na pintura a sua inquietação. Para Cineas Santos, a pintura
8
de Fernando é “visceral, às vezes assombrosamente bela”
Clóvis Moura9 comenta que Fernando Costa era um pintor que se realizava através de
mitos e fantasmas mecânicos, das vozes misteriosas da floresta, dos seus duendes, da natureza
que o envolvia, mas, especialmente, dos homens que o cercavam. Diz, ainda, que Fernando
chegava ao humanismo pelas vozes trágicas de sua concepção plástica e que este humanismo,
que se filtra nos interstícios da tragédia cósmica captada, de maneira ordenada, é que conduz
este artista para desconcertantes soluções. “Há, em cada quadro seu, uma tragédia, volições de
gênese dos seres e do universo, tendo, sempre, no seu centro, a dimensão do Homem eterno.
Dissemos antes: jovem, mas experiente. Experiência esta que se traduz na sua trajetória de
aprendizado e realizações”, concluiu Clóvis Moura.

8
SANTOS, Cineas apud CARDOSO, Isabel. Fernando Costa: um artista que não cabia em si.
2013.Disponível em http://www.piaui.pi.gov.br/terra-querida/noticias/id/12009
9
SANTOS, Cineas in CARDOSO, Isabel. op. cit.2013
Audacioso, Fernando Costa contribuiu para deflagrar o processo de renovação nas artes
plásticas piauienses. Com sua produção expressiva, ganhou importância e notoriedade, e
mesmo após sua morte, continua exercendo influências sobre uma geração posterior a ele. O
certo é que o artista tinha um talento excepcional e mesmo não tendo ciência da quantidade de
9
artistas que ele influenciou, o professor Cineas Santos , garante que ninguém que conviveu com
Fernando Costa ficou indiferente ao trabalho dele. “Era um artista que não cabia em si, por isso
transbordou”, enfatiza. '
Participou de várias exposições coletivas em vários centros culturais brasileiros. Ganhava
prêmios nas categorias de desenho, gravura e pintura

9
SANTOS, Cineas in CARDOSO, Isabel. op. cit.2013
Características de suas obras
Quem se depara com qualquer obra do teresinense Fernando Costa logo se vê diante de algo no
mínimo diferente. Além dessa singularidade, os trabalhos do artista são, na realidade, uma tentativa de
dissecar a alma humana, demasiadamente perdida e esquecida em um mundo que se afunda cada vez mais
10
quando valoriza o material.
Uma das características mais ressaltantes da obra de Fernando Costa, realizada com apurada
técnica de expressão e inteligência pictórica, são os seres humanos e animais destituídos de pele (como se
esta fora totalmente esfolada), destacando as poderosas contorções das fibras musculares dos corpos, num
ambiente sempre agônico e mutante (O espetacular painel "Apocalipse" é um genial exemplo). Esse fator
advinha das constantes leituras de livros de biologia e visualização de atlas do corpo humano estudados,
11
entre tantos outros assuntos, com afinco.
12
Comenta Machado que Fernando Costa criou vários ciclos estéticos a partir de experiências
cromáticas e da recriação de formas. Desenvolveu, com habilidade, uma nova concepção de espaço.
A obra de Fernando Costa, assim como algumas grandes obras, sofre essa inadaptação temporal
quanto à interpretação e à recepção, e a própria obra em si parece movida, entre tantos outros elementos
originais expressos com imensa violência interior, por essa recusa de fazer-se facilmente “digerida” por
13
quaisquer gostos medianos e em voga na sociedade, diz Kleber Santos.

10
MOURA, Clóvis Steigner de Assis. Fernando Costa. 2012. Disponível em
http://www.facebook.com/fernandocostapintor?ref=ts&fret=ts. Acesso em 05.mai.2017
11
SANTOS, KleberLima dos. Fernando Costa. 2009. Disponível em
http://www.catalogodasartes.com.br/Detalhar_Biografia_Artista.asp?idArtistaBiografia=8779. Acesso em
05.mai.2017
12
MACHADO, Paulo Henrique Couto. Talento e rebeldia. 2012. Disponível em
http://www.facebook.com/fernandocostapintor?ref=ts&fret=ts. Acesso em 05.mai.2017.
13
SANTOS, op.cit.2009
Já Clóvis Moura14, emite sua opinião dizendo que a obra de Fernando Costa é
desconcertante na medida em que ela foge, de um lado, ao convencional, e, de outro, às diversas
escolas e tendências de vanguarda atuais. Realiza as visões do seu universo através do óleo,
xilogravura e de outras formas de expressão plástica de forma quase que explosiva, como se no
seu centro uma bomba estourasse e as figuras se fragmentassem em consequência da explosão.
Fernando Costa produziu uma série de óleos sobre tela, que denominou de 'Ciclo dos
Generais', quando, em período histórico recente, os cientistas políticos analisavam “o processo de
transição democrática”. As obras desse ciclo registram as dores clandestinas das vítimas dos
tempos blindados, informou Machado .15

14
MOURA CLÓVIS, Steigner de Assis. Fernando Costa. 2012. Disponível em
http://www.facebook.com/fernandocostapintor?ref=ts&fret=ts. Acesso em 05 maio 2017.
15
MACHADO, op. cit. 2012.
16
Ao falar sobre a obra de Fernando Costa, Paulo Moura comenta: “o espaço de sua obra era
ocupado por figuras descarnadas, em gestos desesperados; ossos, músculos, vísceras, horror...
tudo à mostra em duas dimensões, desprezando perspectivas e volumes,numa composição
aparentemente caótica, mas de planejada ordem subjacente e meticuloso estudo de formas, cores
e disposição espacial. Uma arte que ainda nos inquieta e nos remete a outras dimensões sem dar
nenhuma pista, nenhuma resposta pronta. Pura arte, enfim, esperando ser decifrada
individualmente”.
Este piauiense, tendo de conviver com o cotidiano da tragédia anônima, pintor de grande
fôlego, gravurista de alto nível técnico e dono de uma sensibilidade quase febril, tinha de optar
entre fazer uma pintura descarnada e naturalista ou uma pintura capaz de refletir essa realidade,
17
mas avançando em direção a uma visão supra-real do mundo, transcendendo-a plasticamente.

16
MOURA,Paulo. Fernando Costa, em rápidas pinceladas. Disponível em Disponível em
http://www.piaui.pi.gov.br/terra-querida/noticias/id/12034. Acesso em 05 maio 2017.

17
MOURA, Clóvis Steigner de Assis. Fernando Costa. 2012. Disponível em
http://www.facebook.com/fernandocostapintor?ref=ts&fret=ts.
E este jovem, mas experiente artista fez, jogando com elementos dessa realidade,
caminhando sempre em direção ao trágico. O seu mundo plástico é um Apocalipse ou um Juízo
Final ordenados esteticamente, embutidos e submetidos a uma visão de esperança, mesmo
através de temas e símbolos que, à primeira vista, parecem negá-la. Um artista que, na sua solidão,
conseguiu, moço ainda, expressar um universo pessoal por uma pintura em que as cores muitas
vezes se chocam e outras se harmonizam, funcionam como dínamos plásticos que sugerem o
movimento que a pintura não possui. 18
Sua ida a São Paulo, na época com 23 anos, acontece após o casamento e com o objetivo de
acompanhar a esposa em seus estudos de mestrado, assim como para criar a oportunidade de
divulgar seu trabalho em um grande centro cultural. Vale ressaltar que pouco antes tinha feito
exposições bem-sucedidas no eixo Rio/São Paulo, o que também o motivou a encarar a mudança
de endereço. O casamento dura pouco e, após a separação, sua esposa foi morar em Brasília e
Fernando fica em São Paulo.
É um período obscuro na sua vida, cujas informações exatas são difíceis de recolher dada a
omissão de informações sobre seu próprio estado psicológico à família (talvez apenas poupando
seus familiares de maiores preocupações).
Clóvis Moura19 comenta a respeito de sua permanência em São Paulo: “No momento em que
ele se apresenta em São Paulo pela primeira vez, certamente chamará a atenção não só da crítica,
mas também, e especialmente, de todos aqueles que viram e analisaram suas telas. Fernando S.
Costa: um nome a ser anotado entre os mais substantivos criadores do Brasil. ”

18
MOURA. 2012. op. cit.
19
MOURA, Clóvis. op. cit
A mudança em sua obra de arte e no seu modo de ser, após sua ida a São Paulo
são comentados por Paulo Moura20: Fernando Costa foi morar em São Paulo, com a ajuda
do Professor Cineas Santos e o apoio logístico do escritor piauiense Clóvis Moura, que
morava em São Paulo há algum tempo. Quando voltou, estava mudado e sua arte
também mudou. Rompeu com o figurativismo e abraçou o abstracionismo, compondo
suas obras em fragmentos de curvas, formas e cores pairando, leves, num arranjo
espacial minimalista. O artista plástico, que falava manso, baixinho e sem pressa, agora
era reticente e contemplativo. Quase silencioso, imaginando sabe-se lá o quê...
Volta a Teresina trazendo alguns de seus trabalhos e deixando outros. Fernando
Costa visivelmente abalado e perturbado, sofre com uma poderosa depressão, mas sem
distanciar-se da pintura e de seus outros trabalhos com artes plásticas. A arte o
21
acompanha sempre.

20
MOURA,Paulo. Fernando Costa, em rápidas pinceladas. Disponível em Disponível em

http://www.piaui.pi.gov.br/terra-querida/noticias/id/12034
21
Disponível em
http://www.catalogodasartes.com.br/Detalhar_Biografia_Artista.asp?idArtistaBiografia=8779
Fernando Costa tem uma obra artística que impressiona pela qualidade. Ainda assim é pouco
conhecido mesmo entre os piauienses. Instituições públicas ligadas à cultura, a Casa da Cultura e o Museu
do Piauí, possuem trabalhos de Fernando Costa, em contribuições tímidas.
Os trabalhos de Fernando Costa estão concentrados, quase que em sua maioria, na casa de sua
família, no bairro Primavera na cidade de Teresina (onde também residiu quando vivo), mas há vários outros
trabalhos seus dispersos com outras pessoas, tais como Cineas Santos (Na Oficina da Palavra há dois
quadros expostos), e Alcides Filho (que possui uma série de trabalhos sobre a temática da natureza).
Espera-se ainda que à sua obra seja destinado um espaço público de bom nível e de visitação
contínua, dada a originalidade e o valor cultural que, indiscutivelmente, ela possui.

Duas exposições, pos mortem, foram realizadas em Teresina. Uma em agosto de 2009, para celebrar
os 15 anos da Casa da Cultura22 e a outra, no Teresina Shopping, durante o Festival de Artes de Março de
2014. A primeira, intitulada “A Permanência de Fernando Costa”, era composta de 20 telas do artista
piauiense. “Essa é a primeira grande exposição de Fernando Costa, artista piauiense de grande expressão e
importância por deflagrar um processo de renovação nas artes plásticas piauienses. Há toda uma geração
de artistas que ainda hoje sofre influência de Fernando Costa”, afirmou Cineas Santos, apreciador do artista.
A segunda, durante o Festival de Artes de Março de 2014 a exposição foi baseada no vasto acervo
dele, que foi cedido por seus familiares, por Cinéas Santos, Alcides Filho, Margarete Coelho e Museu do
Piauí para a mostra. O público pode apreciar o trabalho do artista exposto próximo a entrada 4 do Teresina
Shopping.

22
Disponível em http://www.portalaz.com.br/noticia/arte-e-cultura/141656/exposicao-de-fernando-costa-marca-os-15-
anos-da-casa-da-cultura
Foram 60 peças, entre telas, pinturas, desenhos, pintura em acrílico, nos mais diversos suportes.
Segundo Paulo Vasconcelos, organizador da exposição, o destaque da exposição de Fernando Costa são
dois autorretratos: um feito em gravura e o outro com a técnica pintura a óleo sobre tela. Dois painéis que
foram expostos na Bienal de São Paulo também foram expostos. Vasconcelos comenta que “é uma
exposição bastante diversificada. Com certeza é a maior exposição com obras de Fernando Costa realizada
no Piauí. O trabalho de Fernando Costa é um trabalho muito forte, impactante. Ele trabalha com figuras, mas
também com abstrato, além da natureza e trabalhos publicitários. O mais forte são os abstratos”.
Para estas exposições, a família do artista foi mobilizada para, mais de duas décadas após sua morte,
reunir obras, tanto do acervo da família, como de colecionadores, que sintetizam o talento de Fernando
Costa. “Apesar de passado tanto tempo, essa exposição visa reavivar o nome e a arte de Fernando Costa em
Teresina. Agora, com o apoio da Fundação Monsenhor Chaves, a arte de Fernando Costa ganha o
reconhecimento que merece", diz Lúcia Quitéria, irmã do artista plástico.
Os escritores piauienses da Geração Pós-69 devem ao artista plástico as imagens criativas que
ilustraram seus textos, em livros e cartazes, editados fora do circuito convencional.
23
Elmar Carvalho escreveu uma crônica sobre Fernando Costa, intitulada Fernando: 'A Golpes de
Estilete', que se transcreve ipsi litteris:
“Fernando era como um alquimista. Era um mago medieval, mas demasiadamente moderno – eterno.
Um mágico sem truques, mas com muita magia em sua arte. Era um bruxo, um demiurgo e/ou taumaturgo.
Um demiurgo, como dele disse Clóvis Moura. Demiurgo e demônio, tanto faz. Demônio e santo, tudo junto e
algo mais.
Aquele algo mais que o fazia erguer do caos primordial do nada/ser suas belas gravuras a golpes de
estilete. Traçava em longos e lestos e lentos gestos de prestidigitador o desenho na borracha. Depois, com o
estilete, diligentemente, a desbastava, até arrancar a forma perfeita de sua linogravura.

23
CARVALHO, Elmar. Fernando: a golpes de estilete. 23 de março de 2010. Disponível em
http://poetaelmar.blogspot.com.br/2010/03/fernando-golpes-de-estilete.html. Acesso em 10 mai. 2017
Mas o seu arrancar era feito suavemente, quase como se não tocasse a matéria, tal era sua agilidade.
Acaso não tivesse esse dom encantatório daqueles que sabem seu ofício como um deus, usaria fórceps para
extrair sua arte dos umbrais do caos das formas informes.
Fernando Costa era uma pessoa delicada. Talvez por isso não teve a dureza necessária para
enfrentar as vicissitudes do simples existir, do simples estar no mundo. E as crises existenciais se abateram
como golpes de estiletes sobre sua alma sensível e gentil. E as angústias repercutiram em sua arte,
principalmente em sua pintura, que por vezes tomava formas aparentemente desordenadas e sombrias. Ao
criar como ninguém, ousou desafiar os deuses, e os deuses enciumados fizeram com que o Grifo da
destruição se rebelasse contra o artista, na metafórica e literalmente lapidar expressão de Ivan Junqueira:
'Se o homem cria, ele o espedaça e pisa, triunfante, entre os escombros da agonia. '
Certa vez, Fernando, diante de um quadro do pintor e pirógrafo Sica, como se estivesse em transe, ou
como se visse além das aparências óbvias, redundantes e vulgares, exclamou com viva admiração e júbilo
pelo trabalho alheio, apanágio dos bons e dos não invejosos:
Mas que azul fundamental!...
E um dia, em pleno carnaval, sem nenhuma explicação aparente, como as grandes obras de arte,
Fernando esvaiu-se em sangue, em vermelho, num ritual de morte digno de Mishima, ou das mutilações de
Van Gogh, através de golpes de estilete contra si mesmo desfechados, arrancando à força, em seus últimos
gestos, mais uma vez ousando contra a fúria dos deuses, o seu mais profundo vermelho.
O seu vermelho fundamental”.
Análise de sua obra

O artista francês, radicado no Brasil, Gilbert Chaudanne24 analisa minunciosamente um quadro


específico do artista sob a ótica de que "os desejos nos enganam", a vida humana é trágica, um eterno
paraíso-inferno. A obra intitulada Apocalipse, de 1982, é um painel com dimensões 2,20m x 1,50m e o texto
foi publicado originalmente na Revista Presença, nº 5, set/nov. 1982, Ano III, p.14-15.
Cada quadro de Fernando Costa é um grande livro – o livro da criação do mundo – porque a inspiração
do Fernando está diretamente ligada às respirações elementares da carne, presença obsessiva do corpo
humano e animal e dum corpo sem pele, deixando, assim, ao ar livre à musculatura como se esta fosse o
desenho do destino humano debaixo da pele hipócrita.
Fernando Costa faz voltar o homem às origens. E se já era um processo clássico de desnudar o
homem dos farrapos da civilização (o nu como homenagem à beleza humana), Fernando vai mais longe,
tirando não somente a roupa, mas também a pele, como se essa ainda fosse a última roupa, duma beleza
puramente plástica, formal, pois falsa e que assim Fernando foi obrigado a rasgar esta pele para mergulhar
mais profundo nos corpos e nos seus lagos de sangue.
E o que foi que Fernando Costa encontrou nesta viagem além da pele humana: anjos, cristalizações,
adorações sangrentas, ritmos, gritos vermelhos, cochichos, desejos?

24
Chaudanne foi diretor da Aliança Francesa, professor de Literatura Francesa da UFPI, e professor de Língua Francesa
no Centro de Línguas do Piauí.
O Caos Apocalíptico
Fernando encontrou apenas o deus segurando suas máscaras animalescas para dizer sua
dupla identidade: Abraxas, deus do bem e do mal intimamente casados em bodas sangrentas e
assim não é mais possível perceber o que está do lado do bem ou do lado do mal. Não se trata aqui
daquela bipartição do desejo sangrento com a lucidez cristalina, mas trata-se de uma força só
vermelha, disfarçada, travestida, que brinca violentamente consigo mesma, com seus filhotes
humanos e animais jogando uns contra os outros, e também fazendo-os copular, bicho com
homem, homem com bicho numa luta amorosa e safada, isto para mostrar a presença absoluta da
duplicidade divina dentro das criaturas.
Estamos aqui longe de uma visão cristã do mundo, com sua luta de anjos bons e demônios.
Aqui estamos num reino que não aceitou a bipartição em bem e mal. Isto é, um mundo de antes do
pecado, mas também não se trata do éden, do paraíso Adão e Eva antes da queda, porque aqui não
é um jardim, mas uma selva (também chamada lei do cão, do cão parido pelo deus duplo) segundo
os princípios do prazer da carne e da morte da carne. Orgia sexual do homem copulando com os
bichos, e, ao mesmo tempo, procurando matá-los; mostrando aqui também duplicidade do desejo,
do prazer que pode aparecer como doçura de viver, mas que no fundo traz com ele o cheiro metálico
da morte de faca-serrote e espada. Isto é o crime, e que assim nesse paraíso-inferno, estamos
vendo o deus duplo (que está parindo perpetuamente do diabo, do bicho), trabalhando nas
criaturas, brincando sadicamente de vida e morte – orgia de corpos esfolados de bichos
contorcidos: beleza sangrenta e safada do desejo. Mundo pagão que fica reforçado pela presença
dos índios soprando nas flautas gigantes dos rituais tupi-guaranis ou vestidos de peles de animais,
porque o índio, ao contrário do branco cristalizado, não perdeu aquele sentido do deus duplo,
gostoso e safado ao mesmo tempo.
E é de notar que a indianização da força divina se reflete na
representação do próprio deus que não deixa de lembrar um
enorme cacique. E é de notar também que Fernando, desta
maneira, abrasileirou o Abraxas grego, exacerbando ainda
mais sua duplicidade até na própria sexualidade porque, se o
deus consegue parir, ele é também fêmea, e sendo cacique já,
ele é andrógino.
E mais: na parte inferior do painel, notamos a presença
duma mesa, símbolo dos primeiros passos da civilização
ocidental, e sobre esta mesa os instrumentos de tortura desta
civilização: a televisão, o liquidificador, e na frente dela (a
mesa) um homem pedalando sobre uma bicicleta complicada,
num mar de vísceras (matriz dos bichos, placenta do deus
duplo?), assaltado por outros homens aliados dos bichos e
armados de faca-serrote, mas que mesmo assim parece fazer
uma oferenda ao deus, ao cacique andrógino parindo do bicho-
diabo, levantando um cesto de frutas-flores do mal, mostrando-
demostrando assim sua fé masoquista no deus. Este
personagem parece fazer ligação entre os homens-bichos ou
os bichos-homens e o deus porque ele é o único a reconhecer,
a adorar conscientemente o deus orgíaco, safado e sádico, os
outros personagens sendo submissos pelos canais dos seus
desejos sexuais e criminais a sede do esperma e sangue do
deus.
E esta cena, com aquela mesa grande, lembra justamente a Cena, mas uma cena ao avesso-
satânica ou simplesmente pagã, e não é por acaso se naquela mesa encontramos alguns livros como Os
Cantos de Maldoror que são verdadeiros evangelhos do mal. Mas não há nada de símbolos cristãos, e
este mal não é satânico, mas simplesmente o mal do deus duplo que o carrega como uma mãe na sua
barriga com todo o carinho duma mãe, porque este filho também faz parte do mundo e que finalmente o
mal também merece carinho e que o deus macho e fêmea, parindo do mundo-cão, está além dessas
fofocas humanas de bem e de mal porque ele só faz parir a vida-morte que uma só força bruta e
alegremente imoral.
E do outro lado da mesa, há um homem de terno escuro, sem cabeça, que parece assim como um
doutor no meio dos corpos esfolados, e que esse doutor pelo intermediário da sua fantasia de homem
que sabe das mecânicas é como um desafio, aquele duma civilização – quer dizer – dum edifício
sofisticado que iria contra a vontade nua e crua do deus-cacique-duplo porque assim o doutor com sua
roupa, suas mecânicas, seus aparelhos, pode ser que conseguiria vencer o poder espermático e
sangrento do deus, inventando uma magia metálica: mecânica (bicicleta) e eletricidade (televisão e
liquidificador). E é por isso que o doutor de terno azul-escuro está sendo sacrificado como Prometeu
porque ele quis roubar o saber, o fogo do saber ao deus, e criar assim a eletricidade: por isso que ele foi
decapitado (ou pode ser que sua cabeça foi devorada pelos bichos-homens, servidores fanáticos de
deus).
O que é de notar sobretudo nesta visão de Fernando Costa é que se trata aqui não apenas
duma exploração das antigas mitologias indígenas e gregas, mas também de uma verdadeira
criação duma nova mitologia; porque o debate que o deus está instaurando está se fazendo aqui e
agora. Aqui, neste Brasil de megalópoles elétricas e de índios amazônicos e agora, quer dizer, no
século XX, com seu cheiro de apocalipse, suas revoluções morais e o crepúsculo do seu
cristianismo.
E o Brasil, terra sincrética por excelência, facilita o nascimento dessa nova mitologia, já
esboçada por Nietzsche, Hesse, e ilustrada por Carlos Santana, Jorge Mautner e Sousândrade.
Esta mutação do mundo ocidental-cristão está se fazendo através da ressurreição dos
mitos pagãos antigos, mas sendo reatualizados no mito brasileiro moderno que será a verdadeira
identidade nacional.
É isto que Fernando Costa está fazendo: ele inventa ou descobre o deus brasileiro, finaliza
Chaudanne.
Para coroar este trabalho, não se poderia deixar de mencionar aqui a poesia de Luiz Filho
de Oliveira, intitulada Onde Humano, a qual ele fala sobre Fernando Costa: “De mim, um poema
para homenagear um artista plástico, depois de bater de frente com uma sua tela, na galeria que
tem seu nome (Galeria Fernando Costa), na Oficina da Palavra, em Teresina, Piauí. Pinta, poeta:

25
Sobre o realismo plástico artista: um homem em sua obra

de tinta de sangue
fez-se teu nome – Fernando –
personalíssimo & transferível ao poema

pelo bendito ódio à vida


que se-gerou imagem sanguenta
de tanta pintura e quanta violência!
Ao observar os quadros de Fernando Costa, deparou-se com um detalhe que chamou à
atenção. Trata-se do uso frequente das linhas, em ziguezague ou linha em forma de onda, e que,
em sua grande maioria, apresentam-se coloridas, tanto para trazer harmonia à composição, como
para dotar o desenho de uma analogia estrutural ou ainda para ornamentar a pintura.
Em alguns quadros, Fernando usou uma série de linhas que vai de um lado ao outro várias
vezes, que formam ângulos ao mudar de direção; em outro ele usou um movimento contínuo em
forma de ondas.
Esse padrão geométrico é construído por uma sequência de segmentos lineares alternados
quanto à direção, formando linhas quebradas com alternância de ângulos salientes e reentrantes.
Constitui um ornamento que Fernando soube usar em sua pintura.
Esses traços irregulares ou em ziguezague refletem impulsividade. As pessoas vão
acumulando as tensões e liberam tudo inesperadamente. Normalmente são pessoas que dão
grande importância ao aspecto afetivo.
O uso de cores fortes, como o vermelho, o verde, o pink e o violeta conferem às telas um ar
de explosão da alegria. Ziguezaguear, por exemplo, mostra caminhos que se perdem, com o uso
de pinceladas que apontam para a importância do movimento e de um estado psicológico de
inquietação existencial.
Ao observar a obra de Fernando Costa esbarra-se numa tentativa de entende-la, de
encontrar algum significado, alguma solução. O melhor que se pode fazer é abstrair-se de toda e
qualquer distração e colocar-se diante da obra de arte, não procurando entender a sua linguagem,
o seu sentido... mas somente apreciando.
Obras

“... a obra de Fernando Costa me atingiu em cheio, por dentro, sem volta, de modo a não
me deixar ileso ... e pelo incômodo de perceber que um gênio, num lugar devastado pelo
desconhecimento de seus artistas, vive sepultado no esquecimento”.
Kleber Santos

O trabalho do artista Fernando Costa não se enquadra nos padrões convencionais de beleza. Não é
uma obra extremamente bela. São obras que causam um impacto sensitivo, um ar de surpresa que nos faz
sair da zona de conforto, daquilo que estamos acostumados a ver e a sentir. São cenas fortes, que
transbordam e atiçam nossos sentidos, fazendo-nos desviar dos padrões estipulados e/ou estabelecidos.
Padrões convencionais
A obra do Fernando causa estranhamento para muitos. É uma obra que nos faz levitar, nos tira do
chão. É uma produção que apresenta uma polissemia de sentidos, que transborda, que extrapola, que
sugere linhas de fuga em relação ao instituído, à norma.
“Como algumas grandes obras, a de Fernando Costa sofre de uma inadaptação temporal quanto à
interpretação e à recepção, e a própria obra em si parece movida, entre tantos outros elementos originais
expressos com imensa violência interior, por uma recusa de fazer-se facilmente “digerida” por quaisquer
gostos medianos e em voga na sociedade” (Demétrio).
O seu trabalho guia para a permanência de um gênio, que ainda espera pelo devido
reconhecimento perante a atual e as vindouras gerações.
Fernando está vivo! Sua obra jamais morrerá!

Título: Sobreviventes, nós vivemos. Dimensões: 70 x 80 cm


Ano: 1978 (27 de outubro de 1978 / Museu do Piauí)
Título: Apocalipse
Técnica: mista: pastel-óleo, nanquim e
aquarela sobre papel canson
Dimensões: 2,20m x 1,50m
Ano:1982
Acervo do Museu do Piauí - Premiada
no salão de Curitiba.

Título: O caos apocalíptico


Alien

Da passagem da figura
Tela apresentada no X salão de artes plásticas do Piauí no Teatro 4 de setembro.
Pintura de 1986, período que ele olhava detidamente para o céu azul de Teresina.

Uma versão do boi, figura da cultura popular piauiense.

Sem Titulo - Tecnica Mista


Título:
Técnica: 90cm x 125 cm
Técnica: Óleo sobre tela
Ano: 2009

Título:
Técnica: 50cm x 40 cm
Técnica: Óleo sobre tela
Ano:
Título: O Executivo
Título: Ceia

Título: sem título

Título: sem título


Ano: 1977
SÉRIE ABSTRATOS

1986
Estes quadros sem título fazem parte do momento final das
produções de Fernando Costa e carregam traços fortes e densos
que mais parecem ilustrar tensões interiores obscuras do que
representações de um tema que tenha sido refletido pelo artista.
O quadro 'Passagem enigmática':
- o desenho de setas significa alguma ideia fixa
- simbolizam um vetor, um rumo para onde você dirige sua vida. Se a
flecha vai para cima, sua vida está orientada para os outros.
- as setas apontarem para cima, você deve estar entediado (a) e é bom se
programar direitinho para o próximo fim de semana".
- tinta na tonalidade monocromática, acrescido de amarelo ocre para
feitura das setas
- enigmática - Aquilo que contém enigmas, segredos. Que é obscuro ou de
difícil entendimento. Relativo a enigma. Obscuro; incompreensível;
misterioso. Que dificilmente se percebe: palavras enigmáticas.
Referências

CARDOSO, Isabel. Fernando Costa: um artista que não cabia em si. 2013. Disponível em
http://www.piaui.pi.gov.br/terra-querida/noticias/id/12009

CHAUDANNE, Gilbert. O deus brasileiro de Fernando Costa. Comentários sobre um


painel de 2,20 m x 1,50m REVISTA PRESENÇA. nº 5. set./nov/1982. p. 14-15

M A C H A D O , P a u l o H e n r i q u e C o u t o . Ta l e n t o e r e b e l d i a . D i s p o n í v e l e m
https://www.facebook.com/fernandocostapintor?ref=ts&fref=ts. 02.12.2002.

MOURA, Clóvis Steiger de Assis. Fernando Costa. 24.11.2012. Disponível em


https://www.facebook.com/fernandocostapintor?ref=ts&fref=ts.

MOURA, Paulo. Fernando Costa, em rápidas pinceladas. 27.08.2013. Disponível em


http://www.piaui.pi.gov.br/noticias/index/id/12034

OLIVEIRA, Luiz Filho de. Onde Humano. Teresina: Nova Aliança, 2009. Disponível em
http://luizfilhodeoliveira.blogspot.com.br/2012/04/em-memoria-de-fernando-costa-dois.html.
Acesso em 15.mai.2017

SANTOS, Kleber Lima dos. Fernando Costa. 2009. Texto escrito por Kleber Lima através de
uma entrevista concedida a ele, em 2009, por Hercilene Costa, irmã de Fernando Costa.
Disponível em
http://www.catalogodasartes.com.br/Detalhar_Biografia_Artista.asp?idArtistaBiografia=8779

Revista Revestrés, nº 13. 30 de abril de 2014. [homenagem] - Mais sobre o artista que dá
nome a edição nº13 de Revestrés
Revista Presença -Teresina, nº5, Set/Nov. 1982, Ano III, p.14-15

Sites consultas:
https://www.facebook.com/fernandocostapintor?ref=ts&fref=ts
https://www.portalaz.com.br/noticia/arte-e-cultura/141656/exposicao-de-fernando-costa-
marca-os-15-anos-da-casa-da-cultura
http://poesiatarjapreta.blogspot.com.br/2010/04/

http://www.teresinaantiga.com

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