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CURSO ONLINE - DIREITO COMERCIAL(EMPRESARIAL) AFRFB/AFT 2013

PROFESSORES LUCIANO OLIVEIRA E CADU CARRILHO – AULA 00

Olá, concurseiros! Meu nome é Luciano Oliveira. Sou Consultor


Legislativo do Senado Federal (área de orçamentos públicos) e professor de
cursos preparatórios em todo o Brasil. Sou também ex-Presidente da
Associação Nacional dos Concurseiros (Andacon) (biênio 2010-2011). Já exerci
os cargos de Auditor Federal do TCU e de Analista do Tesouro Nacional. Antes
disso, fui Oficial da Marinha por sete anos. Hoje sou Capitão-Tenente da
reserva.

Fique atento(a): O Ministério do Planejamento já autorizou a realização


de concurso para Auditor Fiscal do Trabalho com 100 vagas, ou seja, em breve
teremos um novo concurso e nada melhor do que estudar com antecedência.
Veja a autorização no link:
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=71&data=13%2F02
%2F2013

E o da Receita Federal também está por vir, para o cargo de Auditor


Fiscal da Receita Federal. Há fortes indícios de que teremos edital ainda esse
ano de 2013.

Segue agora um pequeno resumo de meu currículo:

Atividades Profissionais:
Consultor Legislativo do Senado Federal;
Professor de cursos preparatórios em todo o Brasil;
Ex-Presidente da Associação Nacional dos Concurseiros (Andacon);
Ex-Auditor Federal de Controle Externo do TCU;
Ex-Analista de Finanças e Controle do Tesouro Nacional (2005-2006);
Capitão-Tenente da reserva da Marinha do Brasil (1999-2005).

Formação Acadêmica:
Bacharelando em Direito pela UnB (último semestre);
Pós-graduado em Controle da Regulação pelo TCU (2011);
Bacharel em Ciências Navais pela Escola Naval (RJ) (1997).

Aprovações em Concursos Públicos:


Consultor Legislativo do Senado Federal (4.º lugar, 2008);
Auditor do TCE-AL (2.º lugar, 2008);
Auditor do TCE-MT (1.º lugar, 2008);
Auditor do TCE-GO (5.º lugar, 2008);
Auditor do TCU (3.º lugar, 2007);
Auditor Federal do TCU (3.º lugar, 2006);
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (2.º lugar, UC, 2005);
Auditor Fiscal da Receita Estadual de Minas Gerais (6.º lugar, 2005);
Analista do Tesouro Nacional (4.º lugar, AC, 2005).

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Livros Publicados:
A Lei 8.112/1990 para Concursos, Ed. Método, 2011.
Direito Administrativo: Cespe/UnB, 2.ª ed., Ed. Ferreira, 2011;
Direito Administrativo: Questões Discursivas Comentadas, Ed. Impetus, 2009.
Análise das Demonstrações Contábeis de Empresas, Ed. Ferreira, 2008;

***********

Oi. Eu sou o Cadu Carrilho e é com muito orgulho e satisfação que inicio esse
novo projeto ao lado do meu amigo Luciano. Tenho certeza de que será uma
parceira de sucesso. Vou me apresentar. Sou formado em Ciências Navais pela
Escola Naval, me formei em 2004, quando me tornei oficial da Marinha. Em
2006, fui aprovado no concurso de Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil e trabalhei na Receita durante um ano. Em 2007, fui aprovado no
concurso de Auditor Fiscal Tributário Municipal de São Paulo, o famoso ISS-SP,
até que decidi que queria voltar para minha cidade natal, o Rio de Janeiro.
Comecei a estudar para o concurso de Auditor Fiscal do Estado do Rio de
Janeiro (vulgo ICMS-RJ) e, no concurso de 2011, fui aprovado em 1º lugar. Fui
aprovado também para o cargo de Fiscal de Rendas da Prefeitura do Rio de
Janeiro, o ISS-RJ de 2010.

Sou autor de dois livros pela Editora GEN:


- Direito Comercial, Teoria e Questões;
- Direito Comercial, Questões Comentadas.

Essa pequena apresentação serve para que você nos conheça um pouco
melhor e também para mostrar um pouco de nossa experiência como
concurseiros. Nosso objetivo nesse curso é apresentar a matéria de forma que
você seja capaz de acertar todas as questões de Direito Comercial
(Empresarial) no concurso.

Gostaria de lembrar um detalhe importante. Em julho de 2011 foi publicada


uma lei que afeta diretamente o conteúdo de nossa matéria. É a lei
12.441/2011 que cria a Empresa Individual de Responsabilidade
Limitada. Essa lei já está em vigor e é um excelente assunto a ser cobrado
em prova, você sabe, né? As bancas curtem uma novidade... Abordaremos
esse assunto na aula 06.

Neste curso para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil ( AFRFB) e


Auditor Fiscal do Trabalho ( AFT), vamos focar os temas que costumam ser
cobrados nas provas da banca examinadora desses concursos, a Escola de
Administração Fazendária (Esaf). Tendo em vista a extensão da matéria, a
proposta é abordar o programa de Direito Comercial ( Empresarial) da forma

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mais objetiva possível, de modo que você seja capaz de obter os pontos
necessários à sua aprovação nesta matéria.

Esse curso abrange a parte teórica da matéria acrescentada de alguns


exercícios de várias bancas com prioridade para as questões da ESAF. Essas
questões auxiliam bastante o estudo e ajudam na fixação da matéria e
aprendizado sobre a banca.
Serão no mínimo 20 exercícios comentados por aula, mas te garanto
que algumas aulas terão mais de 20 ...kkkk
Comentaremos as questões mais recentes da ESAF como:
-Auditor Fiscal da Receita Federal de 2012
-Controladoria Geral da União de 2012
-Procurador da Fazenda de 2012
-Auditor Fiscal do Trabalho 2010
-Fiscal de Rendas da Prefeitura do Rio de Janeiro 2010
-Entre outras...
E na última aula faremos uma incrível revisão com pelo menos 100
exercícios comentados.

Veja agora como nosso curso está organizado, segundo o programa de Direito
Comercial(Empresarial) dos editais dos dois concursos ( é o mesmo programa
para ambos):

Aula 00: Empresa. Empresário. Estabelecimento. Prepostos. Escrituração.


Aula 01: Conceito de sociedades. Sociedades não personificadas e
personificadas. Sociedade simples.
Aula 02: Sociedade limitada. Sociedades por ações.
Aula 03: Sociedade cooperativa. Operações societárias. Dissolução e
liquidação de sociedades.
Aula 04: Nota promissória. Cheque. Duplicata.
Aula 05: Recuperação judicial e extrajudicial. Falência. Classificação
creditória.
Aula 06: Microempresa e empresa de pequeno porte ( Lei Complementar n.º
123/2006). Empresa Individual de Responsabilidade Limitada.
Aula 07: Revisão geral em exercícios.

Eis o nosso calendário:

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Aula 00: 22/02/2013


Aula 01: 08/03/2012
Aula 02: 15/03/2013
Aula 03: 22/03/2013
Aula 04: 29/03/2013
Aula 05: 05/04/2013
Aula 06: 12/04/2013
Aula 07: 19/04/2013

Consideramos muito importante que você nos acompanhe nessa jornada,


pois, em concurso desse nível, os mais bem preparados são aqueles que
estudam com antecedência. E esse é o momento ideal para isso. Não perca
essa oportunidade.

As aulas foram ordenadas de modo a se obter uma sequência mais


didática no estudo da disciplina. As aulas de 00 a 03 tratarão da parte do
Direito Comercial chamada de Direito Empresarial ou Direito de Empresa,
que estuda a atividade empresarial em geral e as pessoas físicas e jurídicas
que a exercem. A aula 04 versará sobre o chamado Direito Cambial, que
estuda os títulos de crédito, dos quais a nota promissória, o cheque e a
duplicata são exemplos. A aula 05 abordará o Direito de Falência ou Direito
Falimentar. A aula 06, a parte do Direito Comercial que rege as
microempresas e empresas de pequeno porte e também o novo instituto
da empresa individual de responsabilidade limitada. A última aula será
reservada a uma revisão, por meio de comentários a questões de provas
anteriores. Ao longo das aulas você pode achar que há poucos exercícios(pelo
menos 20), mas não se preocupe pois na última aula teremos quase 100
exercícios comentados. Comentaremos as últimas provas da ESAF e algumas
questões de outras bancas de forma a complementar o estudo e aperfeiçoar o
aprendizado.

Em cada aula, apresentaremos a teoria da matéria, ilustrada com


exercícios anteriores da Esaf, para mostrar a forma de pensar da banca e
permitir que você fique focado nos aspectos mais importantes do programa. A
ideia aqui não é apresentar um Tratado de Direito Comercial. Temos pouco
tempo pela frente e uma importante missão: fazer você passar na prova!
Esse é o nosso objetivo neste curso, de modo que eu e você trabalharemos
juntos para alcançarmos a vitória.

Nos dois concursos que envolvem o conteúdo desse material são


cobradas 5 questões de Direito Comercial (Empresarial) e como sabemos a
disputa para a aprovação é bem acirrada, portanto é muito importante que
você não deixe nenhuma matéria de lado, pois 5 questões podem fazer
diferença na hora da aprovação.

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Bem, iniciemos agora os trabalhos, com a Aula 00. E rumo à Receita


Federal do Brasil e ao MTE!

1 – EMPRESA E EMPRESÁRIO

Você sabe o que é uma empresa? E um empresário? Muito cuidado com


os sentidos cotidianos desses termos, pois nem sempre eles correspondem ao
significado técnico-jurídico. Considera-se empresário quem exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços ( art. 966 do Código Civil de 2002
– CC/2002). Dessa afirmação, podemos tirar dois conceitos fundamentais:

EMPRESA: a tividade econômica organizada para a produção ou a


circulação de bens ou serviços. (Veja, portanto, que “empresa” é a atividade,
não a entidade em si, como estamos acostumados a falar no dia a dia!)

EMPRESÁRIO: pessoa que exerce profissionalmente a atividade de


empresa.

Não custa reforçar: ao contrário do sentido empregado no cotidiano,


“empresa” não é uma pessoa jurídica, mas uma a tividade exercida pelo
empresário. Essa atividade deve ser econômica ( ter fins lucrativos)
e organizada ( não eventual). E o objeto da atividade deve ser a produção
ou a circulação de bens ou serviços, OK?

Já o empresário é o sujeito da a tividade empresarial, isto é, a


pessoa física ou jurídica que exerce a atividade de empresa de forma
profissional ( atenção!), isto é, de maneira habitual e organizada. Vou lhe dar
o seguinte exemplo: imagine que eu vendo meu automóvel de uso pessoal.
Nesse caso, eu não sou empresário, pois se trata de um fato eventual,
praticado sem habitualidade e sem uma organização formal para a atividade
de compra e venda de veículos, ao contrário do que ocorre com uma
revendedora de automóveis. Pescou?

Muito bem! O empresário pode ser uma sociedade empresária (pessoa


jurídica) ou um empresário individual ( pessoa física equiparada a uma
sociedade empresária). Veremos futuramente que as sociedades empresárias
podem adotar cinco formas societárias:

- sociedade em nome coletivo – N/C ( arts. 1.039 a 1.044


do CC/2002);

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- sociedade em comandita simples – C/S ( arts. 1.045 a 1.051 do


CC/2002);
- sociedade limitada – Ltda. (arts. 1.052 a 1.087 do CC/2002);
- sociedade a nônima ou companhia – S.A. ou Cia. ( arts. 1.088
e
1.089 do CC/2002 e Lei 6.404/1976); e
- sociedade em comandita por ações – C/A (arts. 1.090 a 1.092 do
CC/2002 e arts. 280 a 284 da Lei 6.404/1976).

As duas últimas formas compõem as chamadas sociedades por ações,


por terem seu capital social dividido em ações, ao contrário das demais, cujo
capital é divido em cotas ( ou quotas). Agora, fique a tento(a): Apenas as
três últimas espécies societárias acima constam expressamente do programa
de Direito Comercial para Auditor Fiscal. Obviamente, elas serão devidamente
estudadas por nós, detalhadamente, em aulas futuras. Só que vamos abordar
também as sociedades em nome coletivo e as sociedades em comandita
simples, pois, como diz o ditado, é melhor errar para mais do que errar para
menos! O seguro morreu de velho, meu amigo, minha amiga! Além disso, a
matéria referente a esses dois tipos societários é bem curtinha, você vai ver,
fique tranquilo(a)!.

Estudam-se também no Direito Comercial as chamadas sociedades


simples (arts. 997 a 1.038 do CC/2002 – a partir de agora, quando nada for
dito, estarei me referindo aos artigos do Código Civil de 2002, OK?), que,
embora não exerçam empresa, mas a tividade civil, são regidas por regras
que são aplicáveis subsidiariamente às sociedades empresárias. Isso tudo será
visto oportunamente, já que esse estudo também faz parte do programa do
concurso. (Quanta coisa, né?! Mas tudo a seu tempo...). Além das sociedades
simples em geral, serão estudadas também as sociedades cooperativas
(arts. 1.093 a 1.096 do CC/2002 e Lei 5.764/1971), que – veja só! – também
são uma espécie de sociedades simples, com características peculiares.

Agora, por favor, você não deve confundir a sociedade empresária com o
estabelecimento empresarial ( que antigamente era chamado de fundo de
comércio). Aquela (a sociedade) é a pessoa jurídica que exerce a empresa;
este ( o estabelecimento) o conjunto de bens corpóreos e incorpóreos
pertencentes à sociedade e utilizados para o exercício da atividade
empresarial. Falaremos mais sobre o estabelecimento à frente, OK?
Então é importante você ter em mente que:

EMPRESA ≠EMPRESÁRIO≠ESTABELECIMENTO

Veja agora como a Esaf já cobrou esse assunto:

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1 - ( ESAF/AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFAZ-PI/2001)


Do ponto de vista do Direito Comercial, o conceito de empresa deve ser
entendido como equivalente
a) ao de empresário, ou seja, o sujeito da atividade mercantil, que
assume os riscos do negócio.
b) ao de estabelecimento, como tal o conjunto de bens utilizados para o
exercício da atividade mercantil.
c) ao de qualquer entidade de fins lucrativos, qualquer que seja a forma
utilizada.
d) ao de uma atividade organizada com o objetivo da obtenção de lucros.
e) ao de empresário, de estabelecimento, ou de uma forma societária
qualquer, não se tratando de conceito doutrinariamente unívoco.

Gabarito: D

Vamos lá: a letra A é errada, pois se refere ao empresário, o sujeito da


atividade empresarial. A letra B também é incorreta, pois cita o
estabelecimento comercial, que é o conjunto de bens corpóreos e incorpóreos
pertencentes ao empresário e utilizado por ele na atividade de empresa. A
letra C diz que a empresa é uma entidade, quando, na verdade, é uma
atividade. A letra E é totalmente imprecisa, pois diz que empresa é ora o
empresário, ora o estabelecimento, ora uma forma societária ( ex.: sociedade
limitada, sociedade anônima, etc. Os tipos de sociedades serão estudados ao
longo do nosso curso, segure a onda!). Já o conceito de empresa é bem
definido na doutrina e refere-se à atividade empresarial organizada com o
intuito de lucro, conforme consta da letra D.

Tudo beleza? OK, vamos a outra:

2 - (ESAF/AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL/MS/2001) Do ponto de vista


do Direito Comercial, o conceito de empresário deve ser entendido como
equivalente ao
a) do titular da empresa, empresário individual ou alguma espécie de
sociedade mercantil, que assume o risco do negócio
b) de estabelecimento, como tal o conjunto de bens utilizados para o
exercício da atividade mercantil
c) de qualquer entidade de fins lucrativos, qualquer que seja a forma
utilizada
d) de uma atividade organizada com o objetivo da obtenção de lucros
e) de empresa, ou seja, o sujeito da atividade mercantil, que se apro-
pria do lucro

Gabarito: A

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Certo. Como visto, o empresário é o sujeito que exerce a atividade de


empresa, podendo ser um empresário individual ou uma sociedade empresária
(mercantil), conforme bem definido na letra A. Já a letra B cita o conceito de
estabelecimento, não sendo, portanto, a resposta. A letra C é errada porque as
sociedades podem ser simples e empresárias, sendo apenas as segundas
caracterizadas como exemplo de empresário. As sociedades simples, embora
tenham fins lucrativos, exercem atividade civil (estudaremos melhor as
sociedades simples e empresárias futuramente). A letra D traz o conceito de
empresa. E a letra E está equivocada porque apresenta uma definição correta
de empresário, mas o identifica com a empresa, que, como visto, é a atividade
empresarial, não o sujeito que a exerce.

Vejamos uma questão da FCC:

3 - (FCC/Auditor Fiscal Tributário Municipal (São Paulo) / 2012)


Em relação à atividade empresarial e ao empresário, é correto afirmar:
-Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Repetição do artigo 966.

Vale destacar que a atividade de empresa pressupõe a utilização de


capital (montante em dinheiro necessário ao desempenho da atividade),
insumos (bens produzidos ou revendidos pelo empresário), mão-de-obra
(auxiliares ou prepostos do empresário) e tecnologia (conhecimento e
técnicas necessárias à exploração da atividade). Desses elementos, destaca-se
a mão-de-obra. Mas por quê? Ora, é que, se o indivíduo desenvolver sua
atividade sozinho, sem auxiliares, como um jardineiro que trabalha por conta
própria, sua atividade será considerada civil (ou simples), e não empresarial.

*IMPORTANTE, FIQUE ATENTO: não se deve tampouco considerar


empresário a pessoa que exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores,
salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa (dá uma
olhada no art. 966, par. único, do CC/2002).

Professor, mas o que é elemento de empresa? Vamos lá. Imagine um


artista plástico que trabalhe em seu atelier, por exemplo, elaborando suas
obras de arte. Ele não pode ser considerado empresário, ainda que possua um
auxiliar, pois desenvolve sua atividade sem uma estrutura organizada de
produção. Imagine agora que ele explore o ramo artístico de forma profissional
e organizada, constituindo, por exemplo, uma escola de arte. Imaginou? Nesse
caso, o artista (ou a sociedade por ele constituída) passará a ser um

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empresário, pois a atividade será exercida com todas as características de


empresa, com a formação de uma estrutura organizada de produção ( essa
estrutura organizada é que caracterizará o elemento de empresa neste caso,
tudo bem?).

Agora, pra ser empresário de verdade, não é só montar um negocinho


qualquer na esquina e sair vendendo o que quer que seja, não! Tem que
cumprir algumas formalidades, a não ser que você queria ser um simples
camelô. Pois é, para que o empresário possa exercer regularmente a atividade
empresarial, é obrigatória a sua inscrição no Registro Público de Empresas
Mercantis ( a cargo das Juntas Comerciais) da respectiva sede ( art. 967).
Para tanto, ele deverá apresentar um requerimento que contenha os seguintes
dados (art. 968):

- nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, regime de


bens;
- a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;
- o capital da empresa;
- a sede da empresa e o objeto que constitui sua atividade (ex: venda de
roupas, de móveis, prestação de serviços de informática, de publicidade,
etc.).

Somente cumpridas tais formalidades é que ele será registrado como


empresário na Junta Comercial. Tá vendo só?

Além disso, se, após a inscrição na Junta, houver modificações


posteriores nos dados fornecidos, elas deverão ser averbadas à margem da
inscrição inicial, com as mesmas formalidades desta (art. 968, § 2.º).

Vamos agora falar um pouco sobre os produtores rurais. Eles, em


princípio, desenvolvem a tividade civil (ou simples). Todavia ( atenção!),
podem requerer sua inscrição na Junta Comercial da respectiva sede, ficando
equiparados, para todos os efeitos, aos empresários sujeitos a registro (art.
971). Isso costuma ocorrer com os grandes empreendimentos do agronegócio.
Regra geral os produtores rurais não são empresários, porém se optarem por
se registrar na Junta Comercial serão considerados empresários.

E qualquer um pode ser empresário? Não é bem assim. Podem ser


empresários as pessoas em pleno gozo de sua capacidade civil, regra que
tem por finalidade facilitar o cumprimento das obrigações decorrentes da
atividade de empresa pelo empresário. Além disso, mesmo que possua
capacidade civil, a pessoa pode ser impedida por lei de exercer a empresa,
como é o caso do servidor público, salvo na qualidade de sócio não-gerente
(art. 117, X, da Lei 8.112/1990) – atenção a isso, futuro(a) Auditor(a) Fiscal!

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O falido não-reabilitado ( art. 102 da Lei de Falências – Lei 11.101/2005) e o


militar (art. 29 da Lei 6.880/1980) também não podem ser empresários.

Ocorre, porém, que, ainda que seja impedido, se o indivíduo exercer a


atividade, ele responderá pelas obrigações contraídas ( art. 973). (Ah,
senão era moleza, não?...) Por exemplo, se você, na qualidade de servidor(a)
público(a), futuramente exercer atividade empresarial, seus atos serão
considerados válidos, sem prejuízo de eventuais sanções disciplinares a que
você ficará sujeito(a) no âmbito da Administração Pública.

Esse assunto também já foi explorado pela Esaf. Dá só uma olhada:

4 - ( ESAF/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/FORTALEZA/2003) Em


vista de uma denúncia anônima, foi descoberto que um funcionário
público era titular de um estabelecimento comercial. Como conseqüência
desse fato,
a) os negócios por ele feitos eram nulos de pleno direito.
b) não haveria qualquer penalidade, desde que ele não tivesse se valido
do cargo para conseguir algum favor.
c) independentemente de efeitos na esfera administrativa, suas
obrigações manter-se-iam válidas.
d) ele não poderia ter a falência decretada.
e) sua falência seria decretada de pleno direito.

Gabarito: C

O gabarito é a letra C, pois, se o indivíduo “impedido” exercer a atividade


empresarial, suas obrigações decorrentes da empresa manter-se-ão válidas e
ele responderá por elas, independentemente de eventual punição na esfera
administrativa, conforme a gente falou acima. Já a letra A é errada, porque os
negócios realizados pelo funcionário público empresário não serão
considerados nulos, tanto que ele deverá responder pelas obrigações
contraídas. A letra B é incorreta, porque o servidor que exerce o comércio fica
sujeito à penalidade de demissão, conforme o art. 132, XIII, combinado com o
art. 117, X, ambos da Lei 8.112/1990 (vixe, tem que lembrar isso lá do Direito
Administativo!). Quanto às letras D e E, veremos em aula posterior que
mesmo as sociedades que contenham irregularidades ou que não estejam
constituídas formalmente podem ter sua falência decretada, o que, no entanto,
depende de requerimento em juízo dos legitimados para tanto (ex: credores da
sociedade), não ocorrendo de pleno direito ( automaticamente).
Fica tranquilo(a): a matéria de falência a gente vai ver lá pra frente.

Quanto à finalidade da exigência dos requisitos legais para ser


empresário, eis o entendimento da Esaf na questão abaixo:

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5 - ( ESAF/AFTE/RN/2004-2005) Os requisitos previstos em lei para que


as pessoas naturais sejam qualificadas como empresários destinamse a
a) garantir o cumprimento de obrigações contraídas no exercício de
atividade profissional.
b) impedir, em face do registro obrigatório, que incapazes venham a ser
considerados empresários.
c) facilitar a aplicação da teoria da aparência.
d) por conta da inscrição no Registro de Empresas, servirem para dar
conhecimento a terceiros sobre os exercentes da profissão.
e) facilitar o controle dos exercentes de atividades empresariais.

Gabarito: A

Note que o cumprimento das obrigações contraídas no exercício da


empresa só poderão ser cumpridas se o empresário tiver capacidade civil para
responder por seus atos, além de cumprir outros requisitos legais, daí a
correção da letra A. Na letra B, o registro impede que incapazes exerçam a
empresa, mas isso é apenas um instrumento para alcançar a finalidade de que
só empresários plenamente capazes exerçam a atividade, garantindo-se, com
isso, o cumprimento das obrigações decorrentes da empresa. De qualquer
modo, hoje essa alternativa estaria realmente errada, ante a recente inserção
do § 3.º ao art. 974 do CC/2002, que permite o registro de sociedade que
envolva sócio incapaz (comentaremos isso à frente).

A teoria da aparência (Letra C) preza a defesa do terceiro de boa-fé que


negocia com um empresário em situação irregular (ex.: empresário civilmente
incapaz exercendo a administração da sociedade), mas que aparentava ser
juridicamente legítima. Sendo o empresário civilmente capaz, não haverá
necessidade de aplicação dessa teoria, pois a situação será regular, captou? A
Letra D até que não está errada, mas não responde adequadamente à questão
do enunciado. Por fim, a letra E é errada porque os requisitos empresariais não
servem para facilitar o controle dos empresários, mas para dar segurança
jurídicas às relações de empresa, principalmente quanto ao cumprimento das
obrigações decorrentes da atividade.

Agora, fique bem a tento(a): se o empresário, por algum motivo, se


tornar incapaz ( incapacidade superveniente), ele poderá continuar a
exercer a empresa, desde que por meio de seu representante (absolutamente
incapaz) ou assistente (relativamente incapaz), com a devida autorização do
juiz, que examinará as circunstâncias e os riscos da empresa, bem como a
conveniência de sua continuação. O mesmo se aplica ao incapaz que recebe a
sociedade por herança de seus pais ou de terceiros ( art. 974). Esse artigo
é

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meio complicadinho, mas se você ler com calma essa explicação dá pra
entender direitinho e acertar na prova!!!

Essa autorização judicial deve ser a verbada no Registro Público


de Empresas Mercantis, bem como sua eventual revogação ( art. 976).
Se, posteriormente, houver emancipação do incapaz, esta também deverá
ser averbada na Junta Comercial, não sendo suficiente, para o regular exercício
da empresa pelo emancipado, a inscrição no Registro das Pessoas Civis.

Agora, uma inovação: até recentemente, a lei não autorizava que o


incapaz iniciasse originalmente uma atividade empresarial, uma vez que ele
não detém ainda plena capacidade civil. Admitia-se, apenas, que ele,
excepcionalmente, desse prosseguimento à empresa, nos casos acima
citados. Tudo conforme a gente estudou acima.

Todavia, com a promulgação da Lei 12.399/2011, a Junta Comercial


deve registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva
sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes
pressupostos:

- o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;


- o capital social deve ser totalmente integralizado; e
- o sócio relativamente incapaz deve ser a ssistido e o absolutamente
incapaz deve ser representado por seus representantes legais.

Veja o seguinte: a sociedade agora pode ter sócio incapaz, nas condições
acima, mas não se admite que todos os sócios sejam incapazes, pois deve
haver um sócio capaz para exercer a administração da entidade.

Agora, uma perguntinha: e se o representante ou assistente do incapaz


for pessoa legalmente impedida de exercer atividade de empresa? E aí, como é
que fica? Muito bem, neste caso, ele deverá nomear, com a a provação do
juiz, um ou mais gerentes para desempenhá-la ( art. 975). Só que o
representante ou assistente responderá pelos atos dos gerentes nomeados
que eventualmente causem danos à sociedade ou ao incapaz. E o juiz também
pode determinar a nomeação de gerentes para outras situações em que ele
entender conveniente a adoção de tal medida para a realização da atividade,
certinho?

Em todos esses casos, os bens do incapaz não ficarão sujeitos ao


resultado da empresa, desde que não empregados na sua exploração ( art.
974, § 2.º). Tal regra vale, principalmente, para os casos de sociedades cujos
sócios respondem ilimitadamente com seu patrimônio pelos prejuízos da

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entidade ( os conceitos de responsabilidade subsidiária, solidária, limitada e


ilimitada serão vistos ao longo do curso).

Vale lembrar também que o menor com dezesseis anos completos é


considerado emancipado ( plenamente capaz) pelo próprio exercício
da atividade empresarial, desde que ela lhe assegure economia própria ( dá
uma checada no art. 5.º, par. único, V, do CC/2002).

Vem cá: os cônjuges podem ser sócios entre si? Podem! Os cônjuges
podem ser sócios entre si ou com terceiros em uma sociedade, desde que não
tenham se casado no regime da comunhão universal de bens ou no da
separação obrigatória ( art. 977). Ou seja, a sociedade será possível se o
regime de bens for o de comunhão parcial de bens ou o de separação de bens
convencional (por acordo entre os cônjuges). Porém, o empresário casado não
necessita de outorga ( autorização) conjugal, qualquer que seja o regime
de bens, para alienar ou gravar de ônus reais ( ex.: hipoteca) os imóveis
que integrem o patrimônio da sociedade (art. 978).

A lei diz ainda que devem ser averbados ( registrados) no Registro


Público de Empresas Mercantis ( e não apenas no Registro Civil) os pactos e
declarações a ntenupciais do empresário, bem como os seus títulos
de doação, herança ou legado e os bens que recebam cláusulas
de incomunicabilidade ou inalienabilidade (art. 979).

Veja agora como esses assuntos já foram cobrados pela Esaf (tente
fazer antes de olhar a resposta!):

6 - ( ESAF/PFN/2005-2006) Com base no que dispõe o Código


Civil Brasileiro, julgue os itens a seguir, assinalando, ao final, a opção
com a resposta correta.
( ) As obrigações contraídas pela pessoa impedida legalmente de exercer
atividade própria de empresário são nulas.
( ) Poderá o representante ou assistente legal do incapaz continuar a
empresa antes exercida por ele, enquanto capaz, mediante autoriza-
ção judicial.
( ) Ocorrendo emancipação do menor, a inscrição no Registro Civil é
suficiente para dar publicidade a esta condição para o exercício da
atividade de empresário até então exercida pelo assistente legal.
( ) O empresário casado pode alienar os imóveis que integrem o
patrimônio da empresa sem necessidade de outorga conjugal, qualquer
que seja o regime de bens.
( ) Não podem contratar sociedade, entre si ou com terceiros, os
cônjuges casados no regime de separação de bens convencional ou
comunhão universal de bens.

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a) V, F, V, F, V
b) F, V, V, V, F
c) F, V, F, V, F
d) F, F, F, V, V
e) V, V, V, F, F

Gabarito: C

E aí, acertou? Vamos aos comentários. A primeira afirmativa é errada


porque as obrigações contraídas pela pessoa impedida de exercer empresa não
são nulas, tanto que ela responde pelas obrigações empresariais. O segundo
item é correto, pois vimos que a empresa pode ser continuada pelo
representante ou assistente do empresário que se torna incapaz, por meio de
autorização judicial. A terceira afirmativa é errada, pois é necessária a
averbação da emancipação do incapaz não só no Registro Civil, mas também
na Junta Comercial para o regular exercício da empresa pelo empresário
emancipado.

O quarto item é certo, pois o empresário casado pode alienar os imóveis


da sociedade sem outorga conjugal, independentemente do regime de bens do
casamento. Finalmente, o quinto item é errado porque os cônjuges podem
contratar sociedade se o regime de bens do casamento for o de separação de
bens convencional ou o de comunhão parcial.

Questão da FCC:
7 – (FCC/Analista de Controle (TCE-PR) / 2011)
É correto afirmar:

a) Considera-se empresário quem exerce profissão intelectual, científica,


literária ou artística, mesmo com o concurso de auxiliares ou
colaboradores.
b) Antes do início de sua atividade, deve o empresário, facultativamente,
inscrever-se no Registro Público de Empresas Mercantis da sede
respectiva.
c) O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito
à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste
também deverá inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
d) A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento verbal,
sem maiores formalidades, junto ao Cartório competente.
e) Não responderá pelas obrigações contraídas a pessoa que exercer
atividade própria de empresário, se legalmente impedida a tanto.

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Letra a) Código Civil, Art. 966. Parágrafo único. Não se considera


empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária
ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o
exercício da profissão constituir elemento de empresa. Incorreta

Letra b) O termo FACULTATIVAMENTE não condiz com a lei, a previsão legal é


de que a inscrição do empresário é OBRIGATÓRIA.

Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de


Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Incorreta.

Letra c) Essa alternativa é cópia literal do artigo 969 do Código, veja:

Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito
à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá
também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. Correta

Letra d) A inscrição não pode ser VERBAL e a lei exige algumas formalidades.

Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que


contenha:
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de
bens;
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;
III - o capital;
IV - o objeto e a sede da empresa. Incorreta.

Letra e) A pessoa que legalmente não pode ser empresário RESPONDE pelas
obrigações se mesmo impedida exercer a empresa.

Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de


empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. Incorreta

Olha como a ESAF cobrou recentemente esses assuntos:

8 - (ESAF/PFN/2012) Quanto ao empresário individual, assinale a opção


incorreta.
a) O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou
abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou
do gênero de atividade.
b) É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas da
respectiva sede, antes do início de sua atividade.
c) O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode

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requerer inscrição no Registro Público de Empresas da respectiva sede, caso


em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao
empresário sujeito a registro.
d) Desde a decretação da falência ou do sequestro, o empresário falido perde o
direito de administrar os seus bens ou deles dispor até a sentença que
extingue suas obrigações.
e) O empresário falido poderá fiscalizar a administração da falência, requerer
as providências necessárias para a conservação de seus direitos ou dos bens
arrecadados e intervir nos processos em que a massa falida seja parte ou
interessada, requerendo o que for de direito e interpondo os recursos cabíveis.

A questão pede o item INCORRETO,


Letra a) CORRETA – Fica até difícil comentar assim, pois esse item é a
repetição literal do artigo 1.156 do Código Civil vejamos:
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo
ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa
ou do gênero de atividade.
Letra b) CORRETA – Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de
sua atividade.
Mais uma vez a repetição do artigo da lei.
Letra c) CORRETA – Quem exerce atividade rural tem a opção de se inscrever
ou não na junta comercial, mas caso se inscreva será equiparado ao
empresário. (Art. 971).
Letra d) INCORRETA - Essa questão tentou confundir a leitura dos artigos
102 e 103 da Lei de falências, vejamos os artigos:
Art. 102. O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a
partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas
obrigações, respeitado o disposto no § 1o do art. 181 desta Lei.
Art. 103. Desde a decretação da falência ou do seqüestro, o devedor perde o
direito de administrar os seus bens ou deles dispor.
Ou seja, realmente desde a decretação da falência ou do sequestro, o devedor
perde o direito de administrar os seus bens e dele dispor, porém esse prazo de
término que seria até a sentença que extingue as obrigações só se aplica ao
caso da inabilitação ao exercício de atividade empresarial e por isso está
errada a questão.
Esse item será esclarecido melhor na aula sobre falências, não se preocupe.
Letra e) CORRETA – Reprodução do Art. 103 parágrafo único da Lei 11.101 de
2005.
Gabarito: D

Nome Empresarial

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Todo mundo, quando nasce, precisa de um nome que o identifique e o


diferencie de outras pessoas e com o empresário não é diferente, já que ele
também é uma pessoa que exerce direitos e assume obrigações.
Ao se registrar, o empresário deve adotar um nome empresarial (arts.
1.155 a 1.168), que é o nome que identificará a sua pessoa, seja um
empresário individual ou uma sociedade empresária. O nome empresarial pode
ser de três formas:

- firma individual;
- firma ou razão social; e
- denominação.

A primeira forma é adotada pelo empresário individual e as duas


últimas são utilizadas para nominar as sociedades empresárias. Vamos ver
cada uma delas!

A firma individual é composta pelo nome civil do empresário,


completo ou abreviado, podendo haver, a seguir, uma designação mais
precisa da sua pessoa ou do gênero de sua atividade (art. 1.156). A firma é
uma assinatura que caracteriza o empresário. Exemplos:

- José Ramos da Silva;


- José Ramos da Silva Transportes;
- J. R. Silva Oficina.

Já a firma social ou razão social é composta pelos nomes civis de


alguns ou de todos os sócios pessoas físicas (art. 1.158, § 1.º).

IMPORTANTE: Podem usar a razão social a sociedade em nome


coletivo (N/C), a sociedade em comandita simples (C/S), a sociedade
limitada (Ltda.) e a sociedade em comandita por ações (C/A).
Agora, se forem muitos os sócios, costuma-se utilizar a expressão “e
companhia” ou “& Cia.” (se não, já viu, né? Já pensou uns dez sócios
aparecendo no nome empresarial?). Exemplos (entre parênteses, coloquei a
espécie societária referente ao nome empresarial):

- José Ramos Silva, João Torres e Paulo Soares (N/C ou C/S);


- José Ramos Silva & Cia. (N/C ou C/S);
- José Ramos Silva, João Torres e Paulo Soares limitada (Ltda.);
- José Ramos Silva & Cia. Ltda. (Ltda.);
- José Ramos Silva & Cia. Comandita por Ações (C/A);
- José Ramos Silva & Cia. C/A (C/A).

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Por isso que às vezes ouvimos pessoas dizendo, “vamos lá na firma...”,


daí que vem essa expressão coloquial. Tudo beleza? OK.

E a denominação? Essa é constituída por uma expressão de fantasia,


seguida do objeto social da sociedade. Admite-se, contudo, que o nome de
um ou mais sócios figure na denominação, a título de homenagem ( art.
1.158, § 2.º, do CC/2002 e art. 3.º, § 1.º, da Lei 6.404/1976) (nesse caso,
o nome do sócio funcionará como expressão de fantasia, tá certo?).

IMPORTANTE: Podem adotar a denominação a sociedade limitada, a


sociedade a nônima ( S/A) e a sociedade em comandita por
a ções. Exemplos:

- Lojas Mineiras Tecidos limitada (Ltda.);


- José Ramos Silva Tecidos Ltda. (Ltda.);
- Frigorífico Brasil Sociedade Anônima (S.A.);
- S.A. Frigorífico Brasil (S.A.);
- Companhia Frigorífico Brasil (S.A.);
- Cia. Frigorífico Brasil (S.A.);
- Oficina Carro Novo C/A (C/A).

No caso de a sociedade anônima adotar a expressão “Companhia” ou


“Cia.”, esta não pode vir a o final do nome empresarial ( art. 3.º da
Lei
6.404/1976).

DICA: Note que a sociedade em nome coletivo e a sociedade em


comandita simples só podem adotar a firma como nome empresarial. A
sociedade anônima ( companhia) deve obrigatoriamente se valer da
denominação. Já a sociedade limitada e a sociedade em comandita por ações
podem adotar tanto a firma como a denominação.

NOVIDADE FRESQUINHA : nova regra sobre esse assunto ( será visto


novamente na Aula 06) é sobre a empresa individual de responsabilidade
limitada, pois, segundo o parágrafo 1º do artigo 980-A, o nome empresarial
deve vir com a expressão “EIRELI” no final, podendo ser usada FIRMA ou
DENOMINAÇÃO.

O nome empresarial deve obedecer aos princípios da veracidade e da


novidade ( art. 34 da Lei 8.934/1994). Pelo princípio da veracidade, o nome
empresarial deve indicar o verdadeiro objeto da sociedade e os nomes de seus
reais sócios ( no caso de firma). Não se admite, por exemplo, uma confecção
que tenha no nome empresarial a palavra “padaria”. Em atenção a esse
princípio, o nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar da
sociedade não pode ser conservado na firma social (art. 1.165).

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Pelo princípio da novidade, o nome de empresário deve distinguir-se de


qualquer outro já inscrito no mesmo registro. Se o empresário tiver nome
idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação que o
diferencie dos demais (art. 1.163).

Aplica-se também ao nome empresarial o princípio da exclusividade,


segundo o qual a inscrição do empresário no registro próprio, assegura o uso
exclusivo do nome empresarial nos limites do respectivo Estado, podendo
esse uso estender-se a todo o território nacional, se registrado na forma da lei
especial (art. 1.166).

As sociedades em que haja sócios de responsabilidade ilimitada ( que


respondem com seu patrimônio integralmente pelas eventuais dívidas da
sociedade) devem operar sob firma, na qual somente os nomes desses sócios
poderão figurar (art. 1.157). Nessas sociedades, quaisquer sócios cujos nomes
apareçam na firma ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas
obrigações contraídas pela pessoa jurídica. Mas que sociedades são essas?
Vamos lá: as sociedades que possuem sócios com responsabilidade ilimitada
são: N/C, C/S e C/A.

OUTRA DICA MANEIRA: a sociedade limitada pode usar FIRMA ou


DENOMINAÇÃO, depende de como será disposto no contrato, mas no final do
nome tem quer ter a expressão “limitada” ou “LTDA”. Se não tiver essa
expressão no final os administradores que usarem o nome erradamente serão
responsáveis solidária e ILIMITADAMENTE e esse tipo de responsabilidade é
típico dos empresários que usam a firma.(art. 1.158 e parágrafo 3º)

Veja só esta questão de concurso sobre o nome empresarial:

9 - ( CESPE/FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFAZ-AL/2002) O


nome empresarial contém elementos importantes, que podem
passar despercebidos por muitos. A partir do nome, pode-se, em
regra, identificar o tipo societário sob o qual a empresa se constituiu, os
sócios e a responsabilidade deles pelas obrigações sociais e, também, o
objeto social. A leitura do nome social por olhos treinados revela
informações invisíveis aos leigos. A respeito desse assunto, julgue os
itens que se seguem.
1 O nome empresarial é aquele sob o qual a empresa mercantil exerce
sua atividade e se obriga nos atos a ela pertinentes. Compreende três
espécies: a firma individual, a firma ou razão social e a denominação.
2 As sociedades anônimas, as comanditas por ações e as sociedades por
quotas de responsabilidade limitada podem adotar tanto a razão social
quanto a denominação como nome empresarial.

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3 Em obediência ao princípio da novidade, o nome empresarial não


poderá conter palavras ou expressões que denotem atividade não-
prevista no objeto da empresa mercantil.
4 O nome João Batista e Companhia Limitada indica que a empresa é
uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada ou uma
sociedade anônima.
5 O nome empresarial Manoel Dias e Filhos indica que a responsabilidade
dos sócios pelas obrigações contraídas pela sociedade é solidária e
ilimitada.

Gabarito: C-E-E-E-C

O item 1 é correto porque apresenta a correta definição do nome


empresarial e as três formas que ele pode assumir. O item 2 é errado, pois as
sociedades anônimas só podem adotar a denominação como nome
empresarial. O item 3 é incorreto, pois a regra se refere ao princípio da
veracidade. O item 4 é errado porque o nome empresarial se refere a uma
sociedade limitada, não a uma sociedade anônima. Por fim, o item 5 é correto,
pois o nome empresarial apresentado indica uma sociedade em nome coletivo,
em que todos os sócios têm responsabilidade ilimitada, ou uma sociedade em
comandita simples, cujos sócios que têm seus nomes figurando na razão
social respondem ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.

E mais duas da ESAF:

10 - (ESAF/PFN/2012) Em relação ao nome empresarial, marque a opção


correta.
a) O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
b) Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integra-
das pela palavra inicial ou final "limitada" ou a sua abreviatura.
c) A sociedade em conta de participação pode ter firma ou denominação.
d) A sociedade cooperativa funciona sob firma integrada pelo
vocábulo "cooperativa".
e) O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, pode ser
conservado na firma social.

Letra a) CORRETA – CC - Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto
de alienação. Comentário teórico abaixo.
Letra b) INCORRETA – A palavra Limitada ou sua abreviatura só pode vir no
final do nome empresarial, não pode estar no início ( Art. 1.158).
Letra c) INCORRETA – A sociedade em conta de participação NÃO pode ter
firma ou denominação, ou seja, esse tipo de sociedade não possui nome
empresarial (Art. 1.162).

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Letra d) INCORRETA – A cooperativa funciona sob DENOMINAÇÃO. (Art.


1.159).
Letra e) INCORRETA – O nome do sócio que falecer, for exclído ou se retirar
da sociedade NÃO pode ser conservado na firma social. (Art. 1.165)
Gabarito: A

11 - (ESAF/CGU/2012) A respeito do empresário e da empresa individual


de responsabilidade limitada, assinale a opção correta.
a) Enquanto a empresa individual de responsabilidade limitada pode
adotar firma ou denominação, o empresário pode valer-se apenas de
denominação.
b) A empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário
devidamente registrados são, para todos os efeitos, pessoas jurídicas.
c) A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade
limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa
modalidade.
d) Independentemente de registro na junta comercial, o empresário, cuja
atividade rural constitua sua principal profissão, não pode requerer
recuperação judicial.
e) Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que
couber, as regras previstas para as sociedades simples

Letra a) INCORRETA - Pela leitura dos artigos do código civil podemos


concluir que o empresário individual somente pode usar a FIRMA como nome
empresarial e NÃO pode valer-se da denominação. Já o empresário individual
de responsabilidade limitada (EIRELI) pode operar usando a firma ou a
denominação como nome empresarial
Letra b) INCORRETA – O empresário individual de responsabilidade limitada é
considerado pessoa jurídica, enquanto que o empresário individual é uma
pessoa física e não é considerado pela lei como pessoa jurídica.
Letra c) CORRETA – Essa alternativa repete o conteúdo do Art. 980-A. § 2º.
Letra d) INCORRETA - O empresário rural não é obrigado à inscrição na junta
comercial, porém se fizer a inscrição será considerado empresário para todos
os efeitos inclusive podendo requerer recuperação judicial.
Letra e) INCORRETA – Aplica-se ao EIRELI as disposições da sociedade
limitada no que couber e não as regras da sociedade simples.
Gabarito: C.

OK? Everybody happy? Let’s go on.

2 – ESTABELECIMENTO

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O estabelecimento empresarial ( arts. 1.142 a 1.149), conforme você


viu acima, é o conjunto ou complexo organizado de bens materiais e
imateriais utilizados pelo empresário na atividade empresarial (art. 1.142). Os
bens materiais ( corpóreos) englobam os imóveis da sociedade, as máquinas,
os veículos, as mercadorias, etc. Já os bens incorpóreos abrangem o ponto
comercial, o título do estabelecimento ( nome fantasia), a marca, as patentes
de invenção etc. Todos esses itens são considerados bens e direitos e devem
ser contabilizados... Lembram da Contabilidade?... Bens intangíveis?... então,
eles também compõem o estabelecimento.

Embora seja uma universalidade de bens ( universalidade de fato), o


estabelecimento pode ser objeto de negociação como se fosse uma unidade
(art. 1.143), podendo, por exemplo, ser alienado, arrendado ( alugado)
ou dado em usufruto em seu conjunto, devendo tais negócios jurídicos,
para produzir efeitos junto a terceiros, ser devidamente averbados na
Junta Comercial e publicados na imprensa oficial ( art. 1.144). Afinal, se o
negócio não for registrado, como o resto do povo vai ficar sabendo do acordo
celebrado entre as partes, não é? Com o registro, qualquer um pode ir lá
na Junta e verificar o que foi feito.

Em geral, a reunião dos bens que compõem o estabelecimento acarreta


um valor agregado maior do que a simples soma desses bens (o todo é maior
que a simples soma das partes!). A diferença entre o valor do estabelecimento
e o somatório dos valores dos bens que o integram leva o nome de
aviamento. Grave esse nome, hein?

Agora, havendo alienação (trespasse) do estabelecimento, a pessoa que


o adquire passa a exercer a atividade empresarial, arcando ainda, salvo
estipulação em contrário, com os contratos até então celebrados. É a chamada
sub-rogação do adquirente nesses contratos. Não obstante, os terceiros
contratantes têm a opção de rescindir o contrato em noventa dias, a contar
da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, sem prejuízo da
responsabilidade do alienante em razão do fato (art. 1.148) (ex.: o adquirente
passa a descumprir cláusulas contratuais anteriormente ajustadas).

Entenda: o trespasse significa que uma nova sociedade empresária


adquire o estabelecimento ( inclusive o seu título), passando a exercer a
atividade e assumindo todas as obrigações até então decorrentes da empresa.
Exemplo: a sociedade Bolsas e Sapatos Ltda. adquire da sociedade Calças e
Saias S.A. o estabelecimento empresarial composto por duas lojas da rede
“Vestuário do Povo” ( título do estabelecimento ou nome fantasia), e
todos os bens móveis que se encontram nessas lojas, inclusive as mercadorias,
continuando a explorar a atividade. Para o público em geral, aparentemente
nada terá mudado, pois continuarão a comprar suas roupas e calçados nas

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lojas “Vestuário do Povo”. Mas a titular do estabelecimento empresarial será


agora outra pessoa jurídica. As denominações “Bolsas e Sapatos Ltda.” e
“Calças e Saias S.A.” são os nomes empresariais das respectivas entidades
empresárias que negociaram entre si o estabelecimento, o que engloba o
título desse estabelecimento e os pontos comerciais das duas lojas. Re
pararam que isso é bem diferente do caso em que uma sociedade empresarial
tenha dois sócios e um deles vende sua parte na sociedade, passado um
tempo o outro sócio faz a mesma coisa... e aí?, a sociedade agora é composta
por pessoas diferentes, mas continua sendo a mesma sociedade...nesse caso
não houve alienação do estabelecimento ou trespasse... acho que exemplos
práticos assim ajudam a esclarecer a situação, né não?

Não confunda, portanto, o título do estabelecimento ( ex.: “Açougue do


Seu João”) com o nome empresarial (ex.: “João da Silva e Cia. Ltda.” ou “Casa
de Carnes Brasil S.A.”), OK? Fique atento(a), pois muito concurseiro bom já se
enrolou com esses conceitos!

Na verdade, o nome empresarial não pode ser objeto de alienação


(art. 1.164), pois é próprio da pessoa do empresário ou da sociedade
empresária. Não obstante, o adquirente de estabelecimento por ato entre
vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do
seu próprio, com a qualificação de sucessor ( art. 1.164, par. único).
Ex.: “José Tavares Oliveira, sucessor de Paulo Soares”.

QUESTÃO QUE GOSTA DE CAIR EM PROVA: O adquirente do


estabelecimento passa a responder pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência ( desde que regularmente contabilizados). Todavia, o devedor
primitivo continuará solidariamente obrigado pelas dívidas existentes pelo
prazo de um a no, contado a partir da publicação da alienação na imprensa
oficial, quanto aos créditos já vencidos, ou da data do vencimento, quanto aos
demais (art. 1.146).

Veja como essa questão já foi cobrada pela Esaf:

12 - ( ESAF/PFN/2005-2006) Em regra, o trespasse importa em sub-


rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do
estabelecimento, respondendo o adquirente também pelo pagamento dos
débitos contabilizados anteriores à transferência.

Gabarito: Certo

Note que a regra acima é verdadeira somente se não houver estipulação


em contrário (daí o emprego da expressão “em regra” no começo do item). E
lembre que a responsabilização do adquirente do estabelecimento pelos

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débitos anteriores depende de eles estarem regularmente contabilizados no


momento do trespasse.

O alienante deve ainda reservar bens suficientes para quitar suas


próprias dívidas, ou a alienação do estabelecimento será considerada ineficaz,
salvo se seus credores consentirem na alienação, o que pode se dar de forma
expressa ou tácita. Para isso, os credores devem ser notificados do trespasse,
tendo o prazo de trinta dias para se manifestarem. Se eles permanecerem
em silêncio após esse período, considerar-se-á que consentiram tacitamente
no negócio (art. 1.145).

Tem mais: a menos que haja autorização expressa, o alienante do


estabelecimento não poderá fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos
subsequentes à transferência (art. 1.147) (pô, senão seria sacanagem, né?).
E, em caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, essa proibição
durará enquanto vigorar o respectivo contrato. Isso é até meio óbvio, e o
legislador foi muito feliz nesse aspecto, pena que mesmo assim existem brigas
judiciais de pessoas que vendem um estabelecimento e logo depois abrem
uma atividade igual na mesma rua... esse dispositivo legal serve para proteger
o comprador desse tipo de abuso.

Veja como a Esaf já abordou esse assunto:

13 - (ESAF/PFN/2005-2006) Com o trespasse, o alienante não pode fazer


concorrência ao adquirente pelo prazo de três anos subseqüentes à
transferência.

Gabarito: Errado

O item está errado porque a regra é que o prazo de vedação à


concorrência do alienante ao adquirente seja de cinco anos, e não de três.
Além disso, é possível haver autorização expressa do adquirente para que o
alienante possa exercer a concorrência.

Analise agora outra questão da Esaf sobre o estabeleci-


mento empresarial:

14 - ( ESAF/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/FORTALEZA/


2003) Considera-se estabelecimento:
a) o estúdio de um artista plástico desde que em local diferente do da
residência.
b) o consultório dentário em que são prestados serviços e oferecidos aos
clientes, para venda, produtos para a higiene bucal.

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c) o escritório de advocacia de que são locatários, em conjunto, vários


profissionais do direito que dividem tarefas conforme as diferentes
especializações.
d) os locais mantidos por fotógrafos amadores no qual são revelados os
filmes.
e) somente são estabelecimentos, sujeitos à disciplina do Código Civil,
aqueles locais nos quais o titular for empresário.

Gabarito: B

Vamos lá: as letras A, C e D estão erradas porque as atividades citadas


nessas alternativas não são empresariais. O escritório de advocacia, por
exemplo ( letra C), compõe sempre uma sociedade simples, e apenas
sociedades empresárias podem ser titulares de estabelecimento empresarial
(veremos à frente esses dois tipos de sociedades). Já nas letras A e D falta o
elemento de empresa nas atividades citadas. E a letra E é incorreta porque o
estabelecimento não é somente o local onde se desenvolve a atividade, mas
todo o conjunto de bens móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, utilizados
na empresa.

Questão recente da FCC:


15 - (FCC/Auditor Fiscal Tributário Municipal (São Paulo) /
2012)
O alienante do estabelecimento, salvo autorização expressa, não pode
fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à
transferência.

De acordo com o artigo 1.147 do CC.

3 – PREPOSTOS

Conforme você viu acima, o empresário não exerce sua atividade


sozinho. Ele se utiliza de auxiliares, os chamados prepostos ( arts. 1.169 a
1.178), que podem ser tanto empregados do empresário ( vínculo de
subordinação), como profissionais autônomos que lhe prestam serviços.
Havendo relação de emprego, o empresário será chamado de preponente dos
seus prepostos.

Como regra, o preposto deve exercer ele próprio suas atribuições. Se o


preposto escolher substituto para o desempenho da preposição que lhe foi
atribuída, ele responderá pessoalmente pelos atos do substituto e pelas
obrigações por ele contraídas, salvo se a substituição tiver ocorrido por
autorização escrita do preponente (empresário) (art. 1.169).

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Do mesmo modo, não pode o preposto negociar por conta própria ou de


terceiro, nem participar, ainda que indiretamente, de operação da mesma
natureza da que lhe foi cometida pelo empresário, exceto, em ambos os casos,
se houver autorização expressa deste ( art. 1.170). Em outras palavras, se o
preposto não estiver autorizado pelo empresário, não pode oferecer
concorrência ao seu preponente.

Além disso, os papéis, bens ou valores que tenham sido recebidos de


terceiros pelo preposto reputam-se perfeitamente entregues ao empresário,
caso não tenha havido protesto no recebimento, exceto se existir prazo para
que o preponente apresente reclamação quanto ao que foi recebido
(art.
1.171).

Os empresários são responsáveis pelos atos de seus prepostos


praticados dentro do estabelecimento empresarial e relativos à atividade da
empresa, independentemente de haver autorização escrita. Já os atos
praticados pelos auxiliares fora do estabelecimento só obrigarão o empresário
se praticados nos limites dos poderes conferidos expressamente por escrito,
servindo como prova desses limites o respectivo instrumento escrito ou a
certidão ou cópia autêntica do seu teor (art. 1.178), tudo bem?

Quanto ao preposto, saiba que ele terá responsabilidade pessoal junto


ao preponente, se exercer com culpa ( negligência, imprudência
ou imperícia) suas funções. Por outro lado, se ele agir com dolo ( má-fé),
ficará solidariamente responsável com o preponente perante terceiros
( art.
1.177, par. único). Essas regras de responsabilidade do preposto têm por
finalidade fazer com que ele exerça com dedicação e zelo suas atribuições, de
modo a bem desempenhar seu ofício. Pois nem sempre o “dono” está lá para
ver o que seus funcionários estão fazendo...
Nesse sentido, veja esta questão cobrada pela Esaf:

16 - ( ESAF/AFT/MTE/2006) A responsabilidade dos administradores em


qualquer tipo de sociedade empresária tem como pressuposto:
a) inibir comportamentos ilegais.
b) garantir credores da sociedade.
c) incentivar a diligência na tomada de decisões que afetem a sociedade.
d) fomentar decisões compatíveis com a função social da empresa.
e) gerar valor para os sócios ou acionistas.

Gabarito: C

As letras A, B e D não estão erradas, mas a letra C responde melhor à


questão, pois a principal finalidade das regras de responsabilidade dos
prepostos ( no caso, os administradores) é fazer com que eles
desempenhem www.pontodosconcursos.com.br 26
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suas funções na sociedade com diligência (zelo, cuidado). A letra E é incorreta,


porque a geração de valor ( lucro) para os sócios se dará pela adoção de
técnicas eficientes no exercício da empresa, não pelas regras de
responsabilidade dos prepostos.

O Código Civil elencou expressamente dois prepostos do empresário: o


gerente (arts. 1.172 a 1.176) e o contabilista (art. 1.177). Isso, é claro, não
exclui outros que o auxiliem no desenvolvimento da atividade empresarial,
como motoristas, atendentes, técnicos, assessores etc.

OK. Vamos dar uma olhadinha nas regras legais previstas para o gerente
e para o contabilista:

Gerente

O gerente é o responsável permanente pela a dministração da


empresa, seja na sede ou em uma das filiais da sociedade (art. 1.172). Se a
lei não exigir poderes especiais, considera-se que o gerente está autorizado a
praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram
outorgados ( art. 1.173). O gerente pode, inclusive, comparecer em juízo em
nome do preponente, por obrigações resultantes do exercício da sua função
(art. 1.176).

Algumas vezes, pode haver mais de um gerente, caso em que deve


haver disposição a respeito dos poderes que cada um está autorizado a
exercer. Na falta dessa previsão, entende-se que os poderes foram conferidos
a todos de forma solidária ( ambos podem exercer todos
os poderes conferidos pelo empresário) (art. 1.173, par. único).

De uma forma geral, o preponente responde juntamente com o gerente


pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele (art.
1.175). Agora, caso o empresário queira limitar os poderes do gerente a
certos a tos, essas limitações só valerão contra terceiros que negociem com a
sociedade se estiverem devidamente a verbadas na Junta Comercial ( art.
1.174) (se não, como eles vão saber, não é?). Faculta-se ao preponente,
todavia, provar por outros meios que a pessoa que tratou com o gerente
conhecia as limitações, caso em que ele se eximirá de responder pelos atos do
preposto que eventualmente excederem os limites da preposição.

Contabilista

O contabilista é o profissional de Ciências Contábeis responsável


pela escrituração dos livros empresariais. O empresário e a sociedade
empresária são obrigados a seguir um sistema de Contabilidade,
mecanizado

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ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência


com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço
patrimonial e o balanço de resultado econômico ( demonstração do resultado
do exercício) ( art. 1.179), salvo o pequeno empresário, nos termos da lei. A
escrituração deve ficar a cargo de contabilista legalmente habilitado,
exceto se não houver nenhum na localidade da empresa ( art. 1.182).
Os assentos ( assentamentos) lançados nos livros ou fichas do preponente,
por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem
os mesmos efeitos como se tivessem sido feitos pelo próprio
empresário, ressalvados os casos em que os prepostos tenham agido de
má-fé ( art.
1.177).

4 – ESCRITURAÇÃO

A atividade empresarial é bastante complexa e exige de quem a exerce


um controle efetivo de suas atividades. Já imaginou um estabelecimento
comercial que funcione sem nenhum tipo de anotação ou registro? Não daria
certo, né? Por menor que seja a atividade faz-se necessário algum tipo de
registro dos fatos que ocorrem no desenvolvimento da empresa, pois essas
anotações servem para melhor administração dos recursos, controle dos donos
e tomada de decisão gerencial. Já deu pra perceber que estou falando da
escrituração, que mesmo que a lei não disciplinasse nada sobre ela, seria
necessária, porém o Código Civil nos traz algumas normas que padronizam e
estabelecem critérios de forma que a escrituração seja feita de maneira
ordenada e seguindo os critérios legais.

Já deu pra você notar que é dever do empresário promover a regular


escrituração dos livros empresariais, não é mesmo? A principal finalidade da
escrituração ( arts. 1.179 a 1.195) é provar a realização das atividades do
empresário, principalmente em favor de terceiros que com ele tenham
negociado e necessitem defender seus direitos em juízo. Além disso, os dados
da escrituração também permitem que os sócios avaliem a ação administrativa
da sociedade e que os agentes do Fisco verifiquem o correto recolhimento de
tributos. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em
boa guarda toda a escrituração, correspondências e demais papéis
concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer a prescrição ou
decadência quanto aos atos neles consignados (art. 1.194).

Além de outros livros exigidos por lei, é indispensável ao exercício da


empresa o livro Diário, que pode ser substituído por fichas, no caso de
escrituração mecanizada ou eletrônica ( art. 1.180). A adoção das fichas,
contudo, não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento das
demonstrações contábeis ao final do exercício. Para as sociedades que apuram
seu resultado com base no lucro real, é obrigatória ainda a adoção do
livro
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Razão (art. 259 do Decreto 3.000/1999) (você já deve ter estudado esses
livros na disciplina Contabilidade Geral, caso esteja buscando o concurso da
Receita Federal!).

Salvo previsão legal, os livros empresariais devem ser autenticados no


Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial), devendo o
empresário, para efetuar a autenticação, já estar devidamente inscrito na
Junta. Poderão ser autenticados também livros não obrigatórios (art. 1.181).

Os livros possuem requisitos ou formalidades intrínsecas e


extrínsecas. As primeiras têm a ver com a escrituração propriamente
dita dos livros. A escrituração deve ser feita em idioma e moeda corrente
nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem
intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou
transportes para as margens. É permitido o uso de código de números ou de
abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado (art.
1.183). Já os requisitos extrínsecos referem-se às formalidades exteriores
dos livros, como a citada autenticação na Junta Comercial, a fim de assegurar
sua segurança jurídica e sua força probante.

No Diário serão lançadas diariamente (perdoe o trocadilho!) todas as


operações relativas ao exercício da empresa, com individuação e clareza dos
registros e caracterização dos documentos que comprovem os fatos contábeis
(art. 1.184). A escrituração desse livro pode ser resumida, com totais que
não excedam o período de trinta dias, em relação a contas cujas operações
sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento. Nesse caso,
devem ser utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para
registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua
perfeita verificação. No Diário serão lançados também o balanço patrimonial
e o balanço de resultado econômico, ambos assinados por técnico em
Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade
empresária.

Agora, atenção: no caso das sociedades anônimas (companhias), as


demonstrações contábeis (ou financeiras) a serem obrigatoriamente
elaboradas e publicadas ao final do exercício, com base na escrituração, são o
balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados (DLPA), a demonstração do resultado do exercício (DRE),
a demonstração dos fluxos de caixa (DFC) e a demonstração do valor
adicionado (DVA), esta obrigatória apenas para as companhias abertas,
tudo nos termos do art. 176 da Lei 6.404/1976. Além disso, segundo a Lei, a
companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a
dois milhões de reais não será obrigada à elaboração e à publicação da DFC
(art. 176, § 6.º). As demonstrações financeiras das companhias serão

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assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilita-


dos (art. 177, § 4.º, da Lei 6.404/1976).

Tá,mas o que é companhia aberta e fechada? Claro, vamos lá: a


companhia é a berta ou fechada conforme, respectivamente, os valores
mobiliários de sua emissão (ações, debêntures, etc.) estejam ou não admitidos
à negociação no mercado de valores mobiliários ( ex.: bolsa de valores) (
art.
4.º da Lei 6.404/1976).

O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a


situação real da empresa e indicar o ativo e o passivo da sociedade (art. 1.188
do CC/2002). A demonstração do resultado do exercício ( DRE), que o Código
Civil chama de balanço de resultado econômico ou demonstração de lucros
e perdas ( esta a antiga denominação da DRE, antes da Lei 6.404/1976),
acompanhará o balanço patrimonial e dela constarão todas as receitas e
despesas ( créditos e débitos, segundo o Código Civil), na forma da lei ( art.
1.189).

Os livros empresariais são documentos privativos da atividade


empresarial e, como regra, nenhuma autoridade judiciária pode ordenar
diligências para verificar se o empresário está cumprindo as formalidades
legais da escrituração, salvo nos casos previstos em lei ( art. 1.190). No
entanto, o próprio Código Civil reza que o juiz de ação em curso pode, a
requerimento ou de ofício, ordenar que os livros sejam examinados
parcialmente na presença do empresário ou de pessoa por este nomeada,
para deles se extrair o que interessar à questão em litígio na Justiça ( art.
1.191, § 1.º). Quanto à exibição integral dos livros, só será autorizada pelo
juiz quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão
ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de
falência (art. 1.191, caput).

Agora, se houver recusa à apresentação, os livros serão a preendidos


judicialmente e, nos casos de exibição parcial, as alegações da parte
contrária na ação judicial serão consideradas verdadeiras, salvo apresentação
de prova documental em contrário (art. 1.192).

É bom saber também que as restrições ao exame da escrituração não se


aplicam às a utoridades fazendárias, no exercício da fiscalização
do pagamento de impostos e outros tributos, nos termos das leis fiscais
(art.
1.193).

A força probante dos livros empresariais decorre do atendimento às


suas formalidades intrínsecas e extrínsecas. Os livros regularmente
escriturados fazem prova a favor ou contra o empresário e também
contra as www.pontodosconcursos.com.br 30
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pessoas com quem ele contratou, se houver, neste caso, outro documento
referente à transação. A prova feita pelos livros, no entanto, é relativa,
podendo ser afastada por outra prova que demonstre sua inexatidão.

Veja como a Esaf tem cobrado questões sobre escrituração:

17 - ( ESAF/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/RECIFE/


2003) A escrituração mercantil, por permitir a verificação das
mutações patrimoniais e, dado seu valor probatório, deve:
a) facilitar a análise dos agentes da fiscalização.
b) permitir avaliar a eficácia da ação administrativa.
c) garantir a apuração dos tributos devidos pelo empresário.
d) dar aos credores informações sobre as operações contratadas.
e) estar escoimada de imperfeições.

Gabarito: E

Embora as letras de A a D não estejam erradas, nessa questão o


examinador pergunta sobre o requisito específico para que a escrituração
permita a correta verificação das mutações patrimoniais da entidade, com
valor probatório. Não há dúvidas de que, para ter valor de prova,
a escrituração deve estar escoimada ( limpa, isenta) de imperfeições, daí
o gabarito ter sido a letra E.

Veja outra:

18 - ( ESAF/AFTE/RN/2004-2005) A obrigação de manter a escrituração


das operações comerciais seja em livros seja de forma mecanizada, em
fichas ou arquivos eletrônicos,
a) serve para que, periodicamente, se apure a variação patrimonial.
b) permite que se apure o cumprimento das obrigações e sua
regularidade.
c) serve para preservar informações de interesse dos sócios
das sociedades empresárias.
d) constitui prova do exercício regular de atividade empresária.
e) facilita a organização de balancetes mensais para prestação de contas
aos sócios.

Gabarito: D

Novamente a Esaf explorou, nessa questão, o tema referente ao valor


probante dos livros empresariais. As alternativas A, B, C e E não estão
erradas, mas a banca entendeu que a letra D responde melhor à questão.

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Nota-se assim, que, para a Esaf, a principal função dos livros empresariais é
servir de meio de prova do exercício da empresa. Fique atento(a)!

Para as companhias, as regras de escrituração estão no art. 177 da Lei


6.404/1976. A escrituração da companhia será mantida em registros
permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e da
citada Lei, bem como aos Princípios Fundamentais de Contabilidade (que
o texto da Lei ainda chama de Princípios de Contabilidade Geralmente
Aceitos). A escrituração deve observar métodos ou critérios contábeis
uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime
de competência.

Se, em determinado exercício social da companhia, houver modificação


de métodos ou critérios contábeis de efeitos relevantes, as demonstrações
financeiras desse exercício deverão indicá-la em nota explicativa e ressaltar
esses efeitos.

A companhia observará exclusivamente em livros ou registros


auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil (empresarial)
e de suas demonstrações contábeis, as disposições, sejam da lei tributária ou
da legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que
prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios
contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou,
ainda, a elaboração de outras demonstrações financeiras, além das previstas
na Lei 6.404/1976.

As demonstrações das companhias abertas deverão observar, ainda, as


normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia
federal cujo objetivo, entre outros, é regular o mercado de valores mobiliários.
As demonstrações devem ser também submetidas a auditoria por auditores
independentes registrados na CVM e elaboradas em consonância com os
padrões internacionais de Contabilidade adotados nos principais mercados de
valores mobiliários.

As companhias fechadas, se quiserem, poderão optar por observar as


normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela CVM para as
companhias abertas.

Outras questões:

19 - ( ESAF/AFT/2010) Sobre a disciplina dos prepostos no Livro


do Direito de Empresa do Código Civil, assinale a opção incorreta.

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a) Considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários


ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados, mesmo quando a lei
exigir poderes especiais.
b) Em regra, considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores
ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto.
c) O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no
desempenho da preposição, sob pena de responder, pessoalmente, pelos
atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.
d) O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas
obrigações resultantes do exercício da sua função.
e) Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes
conferidos a dois ou mais gerentes.

A alternativa A é o gabarito (está incorreta), porque o art. 1.173 do CC/2002


dispõe que quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente
autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que
lhe foram outorgados. A letra B é correta, pois o art. 1.171 do CC/2002
considera, em regra, perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao
preposto, encarregado pelo preponente, se aquele os recebeu sem protesto. A
exceção fica por conta dos casos em que haja prazo para reclamação, quando
o aperfeiçoamento da entrega dependerá do decurso desse prazo sem que
haja reclamação. A letra C está certa, conforme o art. 1.169 do CC/2002.
Segundo esse dispositivo, o preposto só poderá passar sua atribuição a outra
pessoa mediante expressa autorização escrita do preponente.

A letra D é correta, conforme o art. 1.176 do CC/2002. Desse modo, é


facultado ao preponente enviar ao juízo o seu gerente, para reapresentá-lo,
desde que as obrigações ali discutidas sejam relativas ao exercício de sua
função. A letra E também está certa, nos termos do parágrafo único do art.
1.173 do CC/2002. A solidariedade implica que ambos podem exer-
cer igualmente todos os poderes outorgados pelo proponente.

20 - ( ESAF/AFRFB/2012) Sobre a disciplina escrituração empresari-


al prevista no Código Civil, assinale a opção incorreta.
a) O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação
respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de
resultado econômico.
b) A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em
forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos
em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes
para as margens, sendo permitido o uso de código de números ou de
abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.

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c) O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas


de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes
Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas
exigidas para aquele.
d) O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em
boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis
concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou
decadência no tocante aos atos neles consignados.
e) O juiz ou tribunal pode autorizar a exibição integral dos livros e
papéis de escrituração empresarial quando
necessária para resolver qualquer questão de caráter patrimonial.

Letra a) CORRETA – Repetição literal do artigo 1.179 do Código Civil.


Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva,
e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

Letra b) CORRETA – Aqui foi feita a junção entre os artigo 1.183 e seu
parágrafo único.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e
em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos
em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para
as margens.
Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abrevi-
aturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.

Letra c) CORRETA – Igual ao artigo 1.185 do Código Civil. Vejamos:


Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de
fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Bal-
ancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas
exigidas para aquele.

Letra d) CORRETA – Basta conhecer o que está previsto no artigo 1.194.


Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar
em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis
concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência
no tocante aos atos neles consignados.

Letra e) INCORRETA – A questão nos diz que o juiz pode autorizar a exibição
INTEGRAL dos livros para, resolver resolver QUALQUER questão de caráter
patrimonial, porém a exibição integral dos livros, só pode ser autorizada pelo
juiz em alguns casos específicos como resolver conflito de sucessão,

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comunhão, falência, entre outros. Veja abaixo a reprodução do artigo do


Código que prevê essa situação.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de
escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão,
comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em
caso de falência.

Gabarito: Letra E

Bem, prezado(a) concurseiro(a), por hoje ficamos por aqui. Ufa! Quanta
coisa, não é? Bem, espero que você tenha gostado dessa primeira aula. Nos
próximos encontros, continuarei a trazer os principais pontos do Direito
Comercial(Empresarial) para os concursos de AFRFB e AFT, a fim de fazer você
gabaritar as questões que serão cobradas nessas provas!

Um grande abraço e até nossa próxima aula!

Luciano Oliveira e Cadu Carrilho.

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5 – RESUMO DESTA AULA

EMPRESA Atividade econômica organizada para a


produção ou a circulação de bens ou serviços.
EMPRESÁRIO Pessoa física ou jurídica que exerce
profissionalmente a empresa.
ESTABELECIMENTO conjunto de bens (universalidade de fato)
corpóreos e incorpóreos utilizados pelo
empresário para o exercício da empresa.

TIPO SOCIETÁRIO REGRAMENTO LEGAL


1 – Simples (S/S) arts. 997 a 1.038 do CC/2002
2 – Em Nome Coletivo (N/C) arts. 1.039 a 1.044 do CC/2002
3 – Em Comandita Simples (C/S) arts. 1.045 a 1.051 do CC/2002
4 – Limitada (Ltda.) arts. 1.052 a 1.087 do CC/2002
5 – Anônima (Companhia) (S.A. ou Cia.) arts. 1.088 e 1.089 do CC/2002
e Lei 6.404/1976
6 – Em Comandita por Ações (C/A) arts. 1.090 a 1.092 do CC/2002
e arts. 280 a 284 da Lei 6.404/1976
7 – Cooperativa arts. 1.093 a 1.096 do CC/2002
e Lei 5.764/1971

TIPO SOCIETÁRIO NATUREZA NOME EMPRESARIAL


1 – Simples (S/S) Simples Denominação
2 – Em Nome Coletivo (N/C) Empresária Firma
3 – Em Comandita Simples (C/S) Empresária Firma
4 – Limitada (Ltda.) Empresária Firma ou Denominação
5 – Anônima (Companhia) (S.A. ou Cia.) Empresária Denominação
6 – Em Comandita por Ações (C/A) Empresária Firma ou Denominação
7 – Cooperativa Simples Denominação
Obs.: Os tipos societários 5 e 6 compõem as chamadas Sociedades por Ações.

Nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e,


DADOS PARA INSCRIÇÃO se casado, regime de bens.
COMO EMPRESÁRIO Firma, com a respectiva assinatura autógrafa.
Capital da empresa.
Sede da empresa e objeto que constitui sua
atividade.

REQUISITOS PARA Estar em pleno gozo da capacidade civil.


SER EMPRESÁRIO Não ser impedido por lei de exercer empresa
(servidor público, falido, militar, etc.).

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Hipóteses:
1) Empresário capaz se torna incapaz;
2) Pessoa incapaz recebe a empresa por
EXERCÍCIO DE EMPRESA herança.
POR INCAPAZ Presença de representante (incapacidade
absoluta) ou assistente (incapacidade
relativa); ou
3) Empresa que envolva sócio incapaz, desde
que:
- O sócio incapaz não administre a
sociedade;
- O capital social esteja totalmente
integralizado;
- O incapaz seja assistido ou representado,
conforme o caso.
Autorização do juiz averbada na Junta
Comercial.
Representante ou assistente impedido de
exercer empresa: nomeação de gerente(s),
com aprovação do juiz.
Bens do incapaz não ficam sujeitos ao
resultado da empresa, se não empregados na
exploração.

1) Permitida:
- comunhão parcial; e
- separação convencional
2) Vedada:
- comunhão universal; e
SOCIEDADE DE CÔNJUGES ENTRE - separação obrigatória.
SI OU COM TERCEIROS Empresário casado (qualquer regime)
não precisa de outorga conjugal para
alienar ou gravar de ônus reais os
imóveis da sociedade.
Pactos e declarações antenupciais,
títulos de doação, herança ou legado e
bens com cláusulas de
incomunicabilidade ou inalienabilidade
devem ser averbados na Junta
Comercial.

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Firma Individual:
- empresário individual;
- nome civil completo ou abreviado;
- designação facultativa da pessoa ou atividade;
NOME EMPRESARIAL - Exemplos:
• José Ramos da Silva;
• José Ramos da Silva Transportes;
• J. R. Silva Oficina.
Firma ou Razão Social:
- N/C, C/S, Ltda. e C/A;
- nomes civis dos sócios (& Cia.);
- Exemplos:
• José Ramos Silva, João Torres e Paulo Soares
NOME EMPRESARIAL (N/C ou C/S);
• José Ramos Silva & Cia. (N/C ou C/S);
Não pode ser objeto de • José Ramos Silva, João Torres e Paulo Soares
alienação, mas o limitada (Ltda.);
adquirente pode utilizá-lo • José Ramos Silva & Cia. Ltda. (Ltda.);
com a qualificação de • José Ramos Silva & Cia. Comandita por Ações
sucessor. (C/A);
• José Ramos Silva & Cia. C/A (C/A).
Denominação:
- S/S, Ltda., S.A., C/A e cooperativa;
- expressão de fantasia seguida do objeto social;
- nome de sócio pode figurar como homenagem;
- Exemplos:
• Lojas Mineiras Tecidos limitada (Ltda.);
• José Ramos Silva Tecidos Ltda. (Ltda.);
• Frigorífico Brasil Sociedade Anônima (S.A.);
• S.A. Frigorífico Brasil (S.A.);
• Companhia Frigorífico Brasil (S.A.);
• Cia. Frigorífico Brasil (S.A.);
• Oficina Carro Novo C/A (C/A).

Complexo organizado de bens


materiais e imateriais para o exercício
da empresa por empresário ou por
sociedade empresária.
Pode ser objeto de negociação unitária.
Adquirente do estabelecimento passa a
exercer a empresa, arcando, em regra,
com os contratos celebrados.
ESTABELECIMENTO Adquirente do estabelecimento passa a
EMPRESARIAL responder pelo pagamento por débitos
anteriores, se contabilizados. Alienante
continua solidariamente obrigado por
um ano.

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Alienante do estabelecimento deve


reservar bens para quitar suas dívidas
ou a alienação será considerada
ineficaz, salvo se os credores nela
consentirem.
Salvo autorização, alienante do
estabelecimento não pode fazer
concorrência ao adquirente por cinco
anos.

Gerente:
- preposto permanente no exercício da
empresa, na sede desta, ou em
sucursal, filial ou agência.
- Em regra, é autorizado a praticar
todos os atos necessários ao exercício
dos seus poderes.
- Havendo mais de um gerente, são
solidários seus poderes, salvo
estipulação diversa.
- O empresário (preponente) responde
com o gerente pelos atos que este
pratique em seu nome à conta
daquele.
Contabilista:
PREPOSTOS - profissional de Ciências Contábeis
responsável pela escrituração dos
livros empresariais.
- Os assentos da escrituração lançados
por qualquer prepostos produzem os
mesmos efeitos como se o fossem pelo
preponente, salvo má-fé.
Regras comuns aos prepostos:
- São pessoalmente responsáveis,
perante o preponente pelos atos
culposos;
- São responsáveis solidariamente com
o preponente perante terceiros pelos
atos dolosos;
- Preponente é responsável pelos atos
dos prepostos dentro do
estabelecimento;
- Preponente é responsável pelos atos
dos prepostos fora do estabelecimento,
se praticados nos limites conferidos por
escrito.

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O empresário deve seguir um sistema


ESCRITURAÇÃO de contabilidade com base na
escrituração de seus livros e levantar
anualmente o balanço patrimonial e o
de resultado econômico.
O balanço patrimonial e o de resultado
econômico devem ser assinados por
técnico em Ciências Contábeis e pelo
empresário.
O empresário deve conservar em boa
guarda toda a escrituração, enquanto
ESCRITURAÇÃO não ocorrer prescrição ou decadência
quanto aos atos nela consignados.
É obrigatória a escrituração do livro
Diário ou de correspondentes fichas
mecanizadas ou eletrônicas. Para as
sociedades que apuram o lucro real, é
obrigatório o livro Razão.
Os livros empresariais possuem
formalidades intrínsecas e extrínsecas
e devem ser autenticados na Junta
Comercial.
O juiz pode determinar a exibição dos
livros empresariais em caso de ações
judiciais.

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6 – EXERCÍCIOS COMENTADOS NESTA AULA

1 - ( ESAF/AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFAZ-PI/2001) Do


ponto de vista do Direito Comercial, o conceito de empresa deve ser entendido
como equivalente
a) ao de empresário, ou seja, o sujeito da atividade mercantil, que assume os
riscos do negócio.
b) ao de estabelecimento, como tal o conjunto de bens utilizados para o
exercício da atividade mercantil.
c) ao de qualquer entidade de fins lucrativos, qualquer que seja a forma
utilizada.
d) ao de uma atividade organizada com o objetivo da obtenção de lucros.
e) ao de empresário, de estabelecimento, ou de uma forma societária
qualquer, não se tratando de conceito doutrinariamente unívoco.

2 - ( ESAF/AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL/MS/2001) Do ponto de vista do


Direito Comercial, o conceito de empresário deve ser entendido como
equivalente ao
a) do titular da empresa, empresário individual ou alguma espécie de
sociedade mercantil, que assume o risco do negócio
b) de estabelecimento, como tal o conjunto de bens utilizados para o exercí
cio da atividade mercantil
c) de qualquer entidade de fins lucrativos, qualquer que seja a forma utilizada
d) de uma atividade organizada com o objetivo da obtenção de lucros
e) de empresa, ou seja, o sujeito da atividade mercantil, que se apropria do
lucro

3 - (FCC/Auditor Fiscal Tributário Municipal (São Paulo) / 2012)


Em relação à atividade empresarial e ao empresário, é correto afirmar: -
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

4 - (ESAF/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/FORTALEZA/2003) Em vista de


uma denúncia anônima, foi descoberto que um funcionário público era titular
de um estabelecimento comercial. Como conseqüência desse fato,
a) os negócios por ele feitos eram nulos de pleno direito.
b) não haveria qualquer penalidade, desde que ele não tivesse se valido do
cargo para conseguir algum favor.
c) independentemente de efeitos na esfera administrativa, suas obrigações
manter-se-iam válidas.
d) ele não poderia ter a falência decretada.
e) sua falência seria decretada de pleno direito.

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5 - (ESAF/AFTE/RN/2004-2005) Os requisitos previstos em lei para que as


pessoas naturais sejam qualificadas como empresários destinam-se a
a) garantir o cumprimento de obrigações contraídas no exercício de atividade
profissional.
b) impedir, em face do registro obrigatório, que incapazes venham a ser
considerados empresários.
c) facilitar a aplicação da teoria da aparência.
d) por conta da inscrição no Registro de Empresas, servirem para dar
conhecimento a terceiros sobre os exercentes da profissão.
e) facilitar o controle dos exercentes de atividades empresariais.

6 - (ESAF/PFN/2005-2006) Com base no que dispõe o Código Civil Brasileiro,


julgue os itens a seguir, assinalando, ao final, a opção com a resposta correta.
( ) As obrigações contraídas pela pessoa impedida legalmente de exercer
atividade própria de empresário são nulas.
( ) Poderá o representante ou assistente legal do incapaz continuar a empresa
antes exercida por ele, enquanto capaz, mediante autorização judicial.
( ) Ocorrendo emancipação do menor, a inscrição no Registro Civil é suficiente
para dar publicidade a esta condição para o exercício da atividade de
empresário até então exercida pelo assistente legal.
( ) O empresário casado pode alienar os imóveis que integrem o patrimônio da
empresa sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de
bens.
( ) Não podem contratar sociedade, entre si ou com terceiros, os cônjuges
casados no regime de separação de bens convencional ou comunhão universal
de bens.
a) V, F, V, F, V
b) F, V, V, V, F
c) F, V, F, V, F
d) F, F, F, V, V
e) V, V, V, F, F

7 – (FCC/Analista de Controle (TCE-PR) / 2011)


É correto afirmar:
a) Considera-se empresário quem exerce profissão intelectual, científica,
literária ou artística, mesmo com o concurso de auxiliares ou colaboradores.
b) Antes do início de sua atividade, deve o empresário, facultativamente,
inscrever-se no Registro Público de Empresas Mercantis da sede respectiva.
c) O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à
jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste também
deverá inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
d) A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento verbal, sem
maiores formalidades, junto ao Cartório competente.

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e) Não responderá pelas obrigações contraídas a pessoa que exercer ativid-


ade própria de empresário, se legalmente impedida a tanto.

8 - (ESAF/PFN/2012) Quanto ao empresário individual, assinale a


opção incorreta.
a) O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou ab-
reviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou
do gênero de atividade.
b) É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas
da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
c) O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode
requerer inscrição no Registro Público de Empresas da respectiva sede, caso
em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao
empresário sujeito a registro.
d) Desde a decretação da falência ou do sequestro, o empresário falido perde o
direito de administrar os seus bens ou deles dispor até a sentença que
extingue suas obrigações.
e) O empresário falido poderá fiscalizar a administração da falência, requerer
as providências necessárias para a conservação de seus direitos ou dos bens
arrecadados e intervir nos processos em que a massa falida seja parte ou in-
teressada, requerendo o que for de direito e interpondo os recursos cabíveis.

9 - ( CESPE/FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFAZ-AL/2002) O


nome empresarial contém elementos importantes, que podem passar des-
percebidos por muitos. A partir do nome, pode-se, em regra, identificar o
tipo societário sob o qual a empresa se constituiu, os sócios e a
responsabilidade deles pelas obrigações sociais e, também, o objeto social.
A leitura do nome social por olhos treinados revela informações invisíveis
aos leigos. A respeito desse assunto, julgue os itens que se seguem.
1 O nome empresarial é aquele sob o qual a empresa mercantil exerce sua
atividade e se obriga nos atos a ela pertinentes. Compreende três espécies: a
firma individual, a firma ou razão social e a denominação.
2 As sociedades anônimas, as comanditas por ações e as sociedades por
quotas de responsabilidade limitada podem adotar tanto a razão social quanto
a denominação como nome empresarial.
3 Em obediência ao princípio da novidade, o nome empresarial não poderá
conter palavras ou expressões que denotem atividade não-prevista no objeto
da empresa mercantil.
4 O nome João Batista e Companhia Limitada indica que a empresa é uma
sociedade por quotas de responsabilidade limitada ou uma sociedade anônima.
5 O nome empresarial Manoel Dias e Filhos indica que a responsabilidade dos
sócios pelas obrigações contraídas pela sociedade é solidária e ilimitada.

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10 - (ESAF/PFN/2012) Em relação ao nome empresarial, marque a opção


correta.
a) O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
b) Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela
palavra inicial ou final "limitada" ou a sua abreviatura.
c) A sociedade em conta de participação pode ter firma ou denominação.
d) A sociedade cooperativa funciona sob firma integrada pelo vocábulo
"cooperativa".
e) O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, pode ser
conservado na firma social.

11 - (ESAF/CGU/2012) A respeito do empresário e da empresa individual de


responsabilidade limitada, assinale a opção correta.
a) Enquanto a empresa individual de responsabilidade limitada pode adotar
firma ou denominação, o empresário pode valer-se apenas de denominação.
b) A empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário
devidamente registrados são, para todos os efeitos, pessoas jurídicas.
c) A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade
limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.
d) Independentemente de registro na junta comercial, o empresário, cuja
atividade rural constitua sua principal profissão, não pode requerer
recuperação judicial.
e) Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que
couber, as regras previstas para as sociedades simples

12 - (ESAF/PFN/2005-2006) Em regra, o trespasse importa em sub-rogação do


adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento,
respondendo o adquirente também pelo pagamento dos débitos contabilizados
anteriores à transferência.

13 - ( ESAF/PFN/2005-2006) Com o trespasse, o alienante não pode fazer


concorrência ao adquirente pelo prazo de três anos subseqüentes à
transferência.

14 - ( ESAF/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/FORTALEZA/2003) Consid-


erase estabelecimento:
a) o estúdio de um artista plástico desde que em local diferente do da
residência.
b) o consultório dentário em que são prestados serviços e oferecidos aos
clientes, para venda, produtos para a higiene bucal.
c) o escritório de advocacia de que são locatários, em conjunto, vários
profissionais do direito que dividem tarefas conforme as diferentes
especializações.
d) os locais mantidos por fotógrafos amadores no qual são revelados os filmes.

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e) somente são estabelecimentos, sujeitos à disciplina do Código Civil, aqueles


locais nos quais o titular for empresário.

15 - (FCC/Auditor Fiscal Tributário Municipal (São Paulo) / 2012)


O alienante do estabelecimento, salvo autorização expressa, não pode fazer
concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência.

16 - ( ESAF/AFT/MTE/2006) A responsabilidade dos administradores


em qualquer tipo de sociedade empresária tem como pressuposto:
a) inibir comportamentos ilegais.
b) garantir credores da sociedade.
c) incentivar a diligência na tomada de decisões que afetem a sociedade.
d) fomentar decisões compatíveis com a função social da empresa.
e) gerar valor para os sócios ou acionistas.

17 - ( ESAF/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/RECIFE/2003) A escrituração


mercantil, por permitir a verificação das mutações patrimoniais e, dado seu
valor probatório, deve:
a) facilitar a análise dos agentes da fiscalização.
b) permitir avaliar a eficácia da ação administrativa.
c) garantir a apuração dos tributos devidos pelo empresário.
d) dar aos credores informações sobre as operações contratadas.
e) estar escoimada de imperfeições.

18 - ( ESAF/AFTE/RN/2004-2005) A obrigação de manter a escrituração das


operações comerciais seja em livros seja de forma mecanizada, em fichas ou
arquivos eletrônicos,
a) serve para que, periodicamente, se apure a variação patrimonial.
b) permite que se apure o cumprimento das obrigações e sua regularidade.
c) serve para preservar informações de interesse dos sócios das sociedades
empresárias.
d) constitui prova do exercício regular de atividade empresária.
e) facilita a organização de balancetes mensais para prestação de contas aos
sócios.

19 - (ESAF/AFT/2010) Sobre a disciplina dos prepostos no Livro do Direito de


Empresa do Código Civil, assinale a opção incorreta.
a) Considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao
exercício dos poderes que lhe foram outorgados, mesmo quando a lei exigir
poderes especiais.
b) Em regra, considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao
preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto.

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c) O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no


desempenho da preposição, sob pena de responder, pessoalmente, pelos atos
do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.
d) O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações
resultantes do exercício da sua função.
e) Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes
conferidos a dois ou mais gerentes.

20 - ( ESAF/AFRFB/2012) Sobre a disciplina escrituração empresarial prevista


no Código Civil, assinale a opção incorreta.
a) O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema
de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de
seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar
anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
b) A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma
contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco,
nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens,
sendo permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem
de livro próprio, regularmente autenticado.
c) O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de
lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e
Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para
aquele.
d) O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa
guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua
atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos
neles consignados.
e) O juiz ou tribunal pode autorizar a exibição integral dos livros e papéis de
escrituração empresarial quando necessária para resolver qualquer questão de
caráter patrimonial.

Gabarito

01 –D 11 – C
02 –A 12 – Correto
03 – Correta 13 – Errado
04 –C 14 – B
05 –A 15 – C
06 –C 16 – C
07 –C 17 – E
08 –D 18 – D
09 – CEEEC 19 – A
10 -A 20 – E

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