Canil

Ficha técnica
2013 – SEBRAE MINAS

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma
ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.
SEBRAE MINAS
Lázaro Luiz Gonzaga

Presidente do Conselho Deliberativo
Afonso Maria Rocha

Diretor-superintendente
Luiz Márcio Haddad Pereira Santos

Diretor-técnico
Fábio Veras de Souza

Diretor de Operações
Unidade de Atendimento Individual ao Empreendedor

Mara Veit
Gerente
Ariane Maira Chaves Vilhena

Haroldo Santos Araújo
Laurana Silva Viana
Viviane Soares da Costa
Equipe Técnica
Consultoria Jurídica
Chaves Vilhena Sociedade de Advogados
Revisão de Português
Alisson Campos
Apresentação
Quer abrir o seu próprio negócio? Ponto de Partida: aqui começa o sucesso
A série Ponto de Partida é constituída por manuais com informações essenciais sobre a
abertura de negócios.
É objetivo deste manual oferecer respostas a questões tais quais “Como funciona o
empreendimento?”, “Quais os equipamentos necessários?”, “Existe legislação específica?”,
“Quais são as instituições ligadas a esta atividade?”, entre outras.
A equipe de profissionais responsável pela elaboração dos manuais tem a preocupação de

manter as informações atualizadas, por meio de consulta freqüente a empresários,
instituições setoriais (associações, sindicatos, Conselhos Regionais), consultores
especializados, bem como pela leitura (livros, revistas e Internet) e participação em Feiras
e Eventos.
O Sebrae Minas não se responsabiliza pelo resultado final do empreendimento, uma vez
que o sucesso de um negócio depende de muitos fatores, como comportamento
empreendedor, existência de mercado, experiência, atenção às características próprias do
segmento, dentre outros. Entretanto, o Sebrae Minas dispõe de diversos programas para
orientar e capacitar empreendedores e empresários. Para mais informações, visite um dos
nossos Pontos de Atendimento, acesse www.sebraemg.com.br ou ligue 0800 570 0800.
Atenção: é recomendável a leitura do manual “Como abrir um comércio”, para

obtenção de outras informações importantes e complementares.
Sumário
O negócio........................................................................................... 5
Local e estrutura ............................................................................... 10
Recursos humanos ............................................................................ 13
Equipamentos, produtos e serviços ..................................................... 14
Legislação específica.......................................................................... 15
Endereços úteis ................................................................................ 21
Sugestão de vídeo ............................................................................. 22
Cursos e eventos .............................................................................. 23
Referências ...................................................................................... 24
Saiba como montar: Canil 5
O negócio
Saiba mais sobre a montagem e o funcionamento do seu futuro empreendimento
De acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, a atividade de

canil1 se caracteriza como criação de animais de estimação (0159-8/02) e
compreende:
 A criação de animais de estimação: cães, gatos, hamsters, pássaros e outros

animais de estimação.
E ainda se caracteriza como comércio varejista de animais vivos e de artigos e

alimentos para animais de estimação e compreende:
 O comércio varejista de animais de estimação vivos para criação doméstica – cães,

gatos, pássaros, peixes ornamentais etc.;
 O comércio varejista de artigos e acessórios para animais domésticos tais como:
mordaças, focinheiras, coleiras, guias, artigos de montaria/selaria, casas e camas
para cães e gatos, comedouros, bebedouros e outros produtos para pequenos
animais;
 O comércio varejista de aquários e artigos para aquários, gaiolas, viveiros e
acessórios;
 O comércio varejista de ração e outros produtos alimentícios para animais de
estimação.
Alerta
Nada impede que você explore atividades cumulativamente, como criação e comércio
varejista de animais vivos, mas lembre-se de fazer constar nos atos constitutivos
(Contrato Social), na cláusula do objeto social, ambas as atividades.
O canil é uma empresa que realiza as atividades de cria, tratamento, reprodução e

adestramento de cães de determinada raça ou para determinado fim, como cão de
companhia ou cão para segurança. Além desses serviços, um canil pode oferecer serviços
de banho, tosa, vacinação e hospedagem. Bastando acrescentar as atividades no contrato
social.
1
A classificação acima é uma indicação para melhor entendimento do negócio e o que ele compreende. O Sebrae
Minas se isenta de responsabilidades quanto ao enquadramento do negócio na CNAE, devendo o empreendedor
consultar as autoridades fiscais e um profissional de contabilidade antes mesmo do registro da empresa.
Atualizado em: fev./2013

Complemente sua leitura

Leia também os manuais Ponto de Partida “Como montar uma Clínica veterinária” e
“Como montar um Pet shop”
Deve ser esclarecido que criador é aquele que possui as ninhadas, ou melhor, que possui
a(s) fêmea(s). Quem possui apenas machos não é considerado criador.
A relação de paixão do homem com o cão só tem aumentado com a correria e a

individualidade da vida moderna, o que é uma boa oportunidade para o negócio de um
canil.
Um dos primeiros aspectos a serem observados na implantação desse tipo de negócio é a

escolha da raça. Tal definição deve basear-se em vários fatores, como afinidade com o
criador, disponibilidade de espaço e de recursos financeiros e tendências do mercado.
Em relação à afinidade, recomenda-se que o empreendedor goste da raça que deseja criar,
já que esse aspecto pode ter impacto direto na dedicação ao negócio.
Partindo da premissa etológica (estudo do comportamento animal), buscamos, dentro do

possível, proporcionar ao cão uma vida o mais próximo possível da vida natural que ele
teria em seu habitat. O cão, como descendente direto do lobo, é um animal toqueiro, vive
em tocas. Assim, o canil ideal seria um buraco, no qual caberia somente ele. Como o cão é
"domesticado", ou seja, obrigado a conviver em ambiente doméstico, ele terá que ser
manejado de acordo com a nossa conveniência, uma vez que seremos nós os responsáveis
pela manutenção da limpeza e do trato do animal.
Quanto à disponibilidade de espaço e de recursos financeiros, observa-se que as

instalações devem ser adequadas a cada raça. Assim, por exemplo, raças de grande porte
e elevada necessidade de exercícios físicos demandam instalações mais amplas e,
consequentemente, investimento e gastos com manutenção superiores aos necessários à
implantação de um canil para raças de menor porte.
Deve-se observar também qual o objetivo do empreendimento. Pode ter o foco na criação e
venda de filhotes, matrizes e reprodutores ou parte para a higienização do animal: criação,
vacinação, hospedagem, banho, tosa e limpeza de tártaro. Nesse ramo, você terá uma
grande responsabilidade por estar cuidando dos animais de estimação de clientes com alto
grau de exigência e que estão dispostos a pagar bastante pelo bem-estar de seus cães.
Móveis e utensílios
A cama deverá ser construída com madeira especial dura, que não se estrague facilmente
com as constantes mordidas dos cães. O ipê é a melhor madeira para a confecção de cama
para cães por causa da sua durabilidade (roídas dos cães, constantes lavagens com cloro e
máquina lava-jato etc.).

O sistema hidráulico é semelhante ao de um condomínio, conduzindo água potável a todos

os boxes com a tubulação embutida. É aconselhável a instalação de um bebedouro
automático, muito usado em suinocultura, de forma que o cão tenha sempre água fresca.
De qualquer jeito, automáticos ou não, os bebedouros deverão estar fixados num dos
cantos, próximos ao dormitório, sob o teto, mas do lado de fora, para que, se o cão brincar
com água, não molhe seu ambiente de dormir e, se tentar destruir, o bebedouro estará
fixo.
A posição para melhor incidência de sol – a utilização da radiação solar como

esterilizador ambiental
Sabe-se da importância do sol para a saúde dos cães. O melhor período para exposição é o
da manhã, entre 7h e 10h. O que poucas pessoas sabem é que o canil deverá estar voltado
de frente para a direção de onde o sol nasce no inverno, de maneira que, nesse horário, o
sol possa penetrar até no quarto. O sol tem o poder fantástico de eliminar eventuais
bactérias das fezes, além de favorecer a osteogênese (ossificação) pela indução à
produção, pelo organismo, das vitaminas A+D3.
O sistema sanitário deverá ser o mais prático possível, para facilitar a limpeza e não onerar
os custos operacionais.
Ao lavar o canil com uma mangueira de pressão, todos os dejetos devem ser "varridos"
para fora do canil.
Manejo (limpeza – produtos e frequência etc.)
Independentemente da estrutura a ser adotada, a higiene deve ser constante em um canil,

de modo a preservar a saúde dos animais e prevenir doenças. Esses cuidados envolvem
desde a limpeza dos boxes (abrigos para os animais) até restrições ao acesso de
desconhecidos às áreas de criação. É recomendável desenvolver procedimentos de controle
da higiene do canil e saúde dos animais e registrá-los na forma de manuais de operações a
serem empregados no treinamento de funcionários.
A limpeza do canil deve ser feita apenas com água abundante. A desinfecção é feita com
cloro, retirando-se todos os animais até que seja abundantemente lavado e o cheiro tenha
se desvanecido. A frequência da desinfecção dependerá da população total do canil. Em um
canil de criação com somente um casal de cães a desinfecção poderá ser feita uma vez por
mês. Com mais de 20 exemplares, aconselha-se a desinfecção semanal.
Carrapatos e pulgas
O controle de parasitas deverá ser rigoroso. Evite o uso de organofosforados (defensivos

agrícolas em desuso). O mais correto, embora mais caro, é aplicar nos cães produtos que

os protejam temporariamente das pulgas e carrapatos. Os parasitas devem ser eliminados

das paredes do canil com água fervente (máquinas de produzir vapor a 140ºC).
Conjunto administrativo (escritório de gerenciamento do canil)
É importante fazer controle do histórico dos cães e, principalmente, o monitoramento das

despesas.
Despensa
Recomenda-se que seja lugar seco e fresco para guardar os sacos de ração destinados ao
consumo dos cães. É ideal que tenha também um freezer, onde será feito o estoque de
ossos para os cães roerem – ossos grandes, como os de canela, rótula e ossos de peito
bovino. Jamais ossos de frango, pois, quando mastigado, o osso de frango é estilhaçado.
Esses estilhaços podem machucar o animal, originando pequenos cortes e,
consequentemente, hemorragia interna.
Matrizes
A saúde dos animais não depende apenas da higiene do canil, mas também do estado de
saúde das matrizes, isto é, os animais que servirão de base para a criação. Devem-se
adquirir matrizes de criadores idôneos, preferencialmente associados às instituições
representativas da raça no País. O cuidado com o pedigree é essencial para garantir que os
filhotes gerados dos cruzamentos apresentem as características valorizadas em uma
determinada raça. Os cruzamentos também devem ser controlados, evitando-se a
consanguinidade e os problemas decorrentes do excesso de cruzamentos em um curto
espaço de tempo.
Mercado
O fator mercadológico não pode ser ignorado, quando da escolha da raça a ser criada. As
raças de menor porte vêm ganhando mercado, na medida em que se adaptam melhor à
vida em apartamentos e casas pequenas, apresentando ainda a vantagem de consumirem
menores quantidades de alimentos. Contudo, ainda existe mercado para cães de médio e
grande portes. Enfim, ao avaliar o mercado, o criador deve comparar os atributos de cada
raça às demandas dos consumidores em potencial, optando por raças que melhor se
enquadrem nas demandas.
Divulgação
A consequência do bom desempenho é a divulgação do negócio "boca a boca", que é

bastante eficiente nesse tipo de negócio, uma vez que as pessoas preferem confiar na
opinião de amigos e conhecidos, quando decidem ter um animal. Mas para obter os
benefícios decorrentes desse tipo de consequência, o empreendedor deve oferecer serviços

de qualidade, buscando estabelecer um relacionamento de longo prazo com os donos por

meio da disponibilização de serviços complementares, como tosa e adestramento.
Dica
A participação em eventos voltados para cães como exposições, feiras e competições
também pode ser uma forma de captar clientes.
Quadro de vacinação de cães
60 dias de idade Vacina Óctupla – 1ª dose

1 semana após a aplicação da 3ª dose da Óctupla Vacina Antirrábica
Obs.: O reforço das vacinas deve ser anual.
Pequeno dicionário do criador
Kennel – registra canis e ninhadas, organiza exposições e palestras para todas as raças.
Clube da raça – a maioria não registra canis (exceção dos Clubes do Pastor Alemão,
Doberman e Rottweiler); registra ninhadas, organiza exposições só da raça que representa
e faz palestras visando à melhoria de plantéis.
Federação – órgão que normatiza a cinofilia no Estado que tem mais de um Kennel;
organiza o calendário de eventos e recebe todo o serviço que vai para CBKC.
CBKC – órgão máximo no Brasil; forma juízes, emite pedigrees, homologa juízes para
julgarem qualquer exposição; está em contato com todos os países que são filiados à FCI;
propõe para a FCI a inclusão de novas raças.
Federação Cinológica Internacional – órgão máximo da cinofilia mundial.

Local e estrutura
Acerte na escolha, construção e decoração do ponto
A escolha do local para a instalação do canil é outro aspecto importante. Dadas as

características do negócio, recomenda-se verificar nos órgãos reguladores das atividades
urbanas a existência de impedimentos quanto à instalação do canil em determinadas
regiões. Esse cuidado evita problema com vizinhos decorrentes de mau cheiro e barulho.
Sugere-se que você opte por áreas distantes do perímetro urbano, como sítios, chácaras ou
fazendas.
Além de evitar problemas legais, a escolha de áreas mais distantes dos centros pode
possibilitar o menor custo inicial do negócio, pois essas áreas, geralmente, são mais
baratas para aquisição.
A área disponível deve ser proporcional ao porte dos animais, a previsão de crescimento e
a quantidade de cães.
Caso se opte por localização mais afastada dos centros urbanos, recomenda-se verificar a
facilidade de acesso ao local (existência e estado de conservação das vias), de modo a
atrair os consumidores. Os canis que oferecem banho, tosa e adestramento podem contar
com serviço de recolhimento e entrega dos animais em domicílio.
Tomar cuidado com terrenos e lotes vagos nas proximidades da área escolhida, pois podem
passar carrapatos e pulgas. Uma alternativa para isso é contratar uma pessoa para capinar
os terreiros e jogar veneno contra os carrapatos e pulgas.
O local pode estar dividido em alas:
Ala de serviços
o Escritório
o Depósitos de mantimentos e materiais de uso diário
o Área para mistura de alimentos
Ala para manejo dos animais
o Boxes para abrigo dos cães

o Área para banho e tosa
o Área de exercícios
o Área de maternidade
Estruturas anexas
o Sala cirúrgica

o Área para adestramento

o Área para exposição dos filhotes no momento da venda
É importante ficar atento à ventilação e iluminação das instalações. Para evitar qualquer
problema, construa uma estrutura com o pé-direito alto. Utilize telhas cerâmicas do tipo
colonial para evitar o aquecimento do ambiente.
Os cães não necessitam de muito espaço para se abrigarem. Quanto menor, isto é, mais
próximo do tamanho dele, tanto mais feliz ele será. É por isso que as "casinhas de
cachorro" fazem tanto sucesso entre os caninos. Entretanto, como é preciso que pessoas
entrem no local, sugere-se que a altura mínima da porta seja de dois metros.
Os abrigos (boxes) devem ser divididos em duas áreas, uma coberta e outra de solário,
pois os animais não podem ficar sem espaço para se exercitarem. Uma porta de tela deve
ficar entre as áreas para separar os animais da área de solário por causa da chuva.
Sugestão para construção dos abrigos
Na área coberta para cães de grande porte (dogue alemão) – um quarto de 2m x 2m, ou
seja, 4m². Um dogue alemão deitado ocupa área de 1,50m x 1,50m e terá uma folga de
50cm para poder se mexer e se revirar na cama.
Para cães de médio porte (boxer) – um quarto de 1,5m x 1,5m, ou seja, 2,25m². Um boxer
ocupa 1,0m x 1,0m e terá uma folga de 50cm, mais 0,50cm na largura, para a passagem
de um humano de um cômodo para o outro.
Na área coberta deve ter uma parede de 1m ou mais de comprimento para proteção contra
correntes de vento. Também deve ter um estrado de madeira para impedir o contato do
cão com o chão, protegendo-o do frio e evitando calos nas juntas de animais de grande
porte.
As paredes azulejadas, apesar do alto custo de construção, são mais fáceis para a limpeza
e também evitam que os cães, ao arranharem as paredes, façam buracos.
Área de solário
o Para cães de grande e médio portes (dogue alemão e boxer): mantendo a mesma
largura do abrigo e o comprimento deverá ser de oito metros;
o Para cães de pequeno porte (poodle) – seis metros.
Área de exercícios
Uma área cercada, plana e gramada em que o cão possa permanecer tomando sol e se
exercitando por tempo relativamente longo: duas horas. Nessa área também deve ter uma
parte sombreada e com água fresca.

Área de maternidade
No caso de o negócio trabalhar com a reprodução de animais, é necessário uma área

especializada para as cadelas que acabaram de ter seus filhotes. O local selecionado deve
ser seco e ter temperatura agradável. O ponto-chave desse local é a higiene, pois, assim
que nascem, como qualquer outro ser, os filhotes são bastante frágeis e podem adquirir
doenças mais facilmente.
Área de banho e tosa
Caso o negócio ofereça o serviço de banho e tosa, o empresário deve se preocupar em

selecionar um local destinado a essa ocupação. A estrutura pode variar de um simples
banheiro com uma área para a secagem dos animais, até um local com mesas projetadas
para tal atividade. Vale ressaltar que a estrutura desse local irá diferenciar de acordo com o
tamanho das raças criadas pelo empresário.

Recursos humanos
Possua um quadro de colaboradores à altura
Na seleção dos funcionários, recomenda-se optar por pessoas que tenham afinidades com
os animais. O número de funcionários varia de acordo com o tamanho do canil e a linha de
serviços oferecidos. São necessários, por exemplo, tratadores, adestradores, profissionais
que realizam as atividades de banho e tosa, veterinários, dentre outros. A fim de reduzir os
custos com mão de obra, você pode optar por contratar profissionais autônomos para
certas atividades, como adestramento e cuidados veterinários.
É recomendado que a empresa sempre invista no treinamento e aperfeiçoamento dos seus

funcionários, mediante cursos, palestras etc.
Sugestão de composição de equipe de trabalho, que irá variar de acordo com a estrutura
do negócio:
 Adestrador
 Auxiliar administrativo
 Gerente
 Serviços gerais
 Tratador
 Veterinário
Há também alguns prestadores de serviços de que você poderá precisar:
 Advogado
 Contador
 Bombeiro hidráulico
 Eletricista
 Pedreiro
 Pintor
 Serviços de manutenção
 Segurança

Equipamentos, produtos e serviços

Do que você precisa para montar
Equipamentos
 Material de escritório
 Produtos de limpeza
 Produtos veterinários
 Ração
 Antipulga
 Coleiras
 Medicamentos
 Vacinas
 Sabonete
 Secador
 Shampoo
 Tosadeira

Legislação específica
Conheça as leis que regulamentam o negócio que você pretende montar
Considerações iniciais
O canil deve obter o registro no órgão de fiscalização sanitária competente e está sujeito à
Fiscalização Sanitária obrigatória e periódica.
O exercício da atividade exige responsabilidade técnica, a cargo de profissional habilitado

para tanto em Medicina Veterinária. A empresa é obrigada a manter responsável técnico
em seus quadros, devidamente habilitado para a atividade perante o Conselho de Classe
competente.
Sem prejuízo do responsável técnico (profissional – pessoa física), a empresa também está
obrigada a obter seu próprio registro (da pessoa jurídica) perante o Conselho Regional de
Medicina Veterinária – CRMV, em cumprimento ao que estabelece a Lei Federal nº
6.839/80.
Responsabilidade técnica
A atividade de canil está obrigada à responsabilidade técnica, a cargo de médico veterinário

regularmente inscrito no respectivo Conselho de Classe.
A empresa é obrigada a manter em seus quadros, na qualidade de responsável técnico pela

atividade, profissional inscrito regularmente no Conselho Regional de Medicina Veterinária –
CRMV. O responsável técnico pode ser sócio, empregado ou prestador de serviço
especificamente contratado para o fim.
Sem prejuízo da responsabilidade técnica, a pessoa jurídica também é obrigada a obter

registro específico no Conselho Regional de Medicina Veterinária – CRMV, por força do
disposto na Lei nº 6.839/80. A regularidade da empresa exige registro da pessoa jurídica
no Conselho de Classe e também a manutenção de responsável técnico inscrito no mesmo
Conselho.
Dispõe a Lei nº 5.517/68, em seus artigos 5º e 6º, que são da competência do médico
veterinário as seguintes atividades e funções:
a) A prática da clínica em todas as suas modalidades;

b) A direção dos hospitais para animais;
c) A assistência técnica e sanitária aos animais sob qualquer forma;
d) O planejamento e a execução da defesa sanitária animal;
e) A direção técnica sanitária dos estabelecimentos industriais e, sempre que possível, dos
comerciais ou de finalidades recreativas, desportivas ou de proteção onde estejam,
permanentemente, em exposição, em serviço ou para qualquer outro fim, animais ou
produtos de sua origem;

f) A inspeção e a fiscalização sob o ponto de vista sanitário, higiênico e tecnológico dos

matadouros, frigoríficos, fábricas de conservas de carne e de pescado, fábricas de
banha e gorduras em que se empregam produtos de origem animal, usinas e fábricas
de lacticínios, entrepostos de carne, leite, peixe, ovos, mel, cera e demais derivados da
indústria pecuária e, de um modo geral, quando possível, de todos os produtos de
origem animal nos locais de produção, manipulação, armazenagem e comercialização;
g) A peritagem sobre animais, identificação, defeitos, vícios, doenças, acidentes, e exames
técnicos em questões judiciais;
h) As perícias, os exames e as pesquisas reveladores de fraudes ou operação dolosa nos
animais inscritos nas competições desportivas ou nas exposições pecuárias;
i) O ensino, a direção, o controle e a orientação dos serviços de inseminação artificial;
j) A regência de cadeiras ou disciplinas especificamente médico-veterinárias, bem como a
direção das respectivas seções e laboratórios;
k) A direção e a fiscalização do ensino da medicina veterinária, bem como, do ensino
agrícola médio, nos estabelecimentos em que a natureza dos trabalhos tenha por
objetivo exclusivo a indústria animal;
l) A organização dos congressos, comissões, seminários e outros tipos de reuniões
destinados ao estudo da medicina veterinária, bem como a assessoria técnica do
Ministério das Relações Exteriores, no País e no estrangeiro, no que diz respeito aos
problemas relativos à produção e à indústria animal;
m) As pesquisas, o planejamento, a direção técnica, o fomento, a orientação e a execução
dos trabalhos de qualquer natureza relativos à produção animal e às indústrias
derivadas, inclusive as de caça e pesca;
n) O estudo e a aplicação de medidas de saúde pública no tocante às doenças de animais
transmissíveis ao homem;
o) A avaliação e peritagem relativas aos animais para fins administrativos de crédito e de
seguro;
p) A padronização e a classificação dos produtos de origem animal;
q) A responsabilidade pelas fórmulas e preparação de rações para animais e a sua
fiscalização;
r) A participação nos exames dos animais para efeito de inscrição nas sociedades de
registros genealógicos;
s) Os exames periciais tecnológicos e sanitários dos subprodutos da indústria animal;
t) As pesquisas e trabalhos ligados à biologia geral, à zoologia, à zootecnia, bem como à
bromatologia animal em especial;
u) A defesa da fauna, especialmente o controle da exploração das espécies animais
silvestres, bem como dos seus produtos;
v) Os estudos e a organização de trabalhos sobre economia e estatística ligados à
profissão;
w) A organização da educação rural relativa à pecuária.
Ao CRMV incumbe a fiscalização do exercício da profissão de médico veterinário, bem como

das empresas que exploram atividades ligadas à respectiva profissão, orientando,
supervisionando e disciplinando os procedimentos. As normas que regulamentam as
atividades sob fiscalização do CRMV são produzidas pela própria entidade e estão sujeitas a

alterações. Por isso, o referido Conselho deve ser consultado para prestar informações
detalhadas sobre responsabilidade técnica e atividades autorizadas para exploração no
canil.
Registro para funcionamento
Sem prejuízo do responsável técnico (profissional - pessoa física), a empresa também está
obrigada a obter seu próprio registro (da pessoa jurídica) perante o Conselho Regional de
Medicina Veterinária, em cumprimento ao que estabelece a Lei federal nº 5.517/68.
Por força do que estatui o Decreto Federal nº 77.052/76, o funcionamento regular do canil
depende da obtenção de alvará sanitário, a cargo da autoridade sanitária competente do
Estado federado onde o serviço é ou será instalado.
Sem prejuízo da manutenção do responsável técnico, a pessoa jurídica é obrigada a obter

registro perante o Conselho Regional de Medicina Veterinária, bem como autorização de
funcionamento na Secretaria de Estado da Saúde, salvo nos municípios onde existem
serviços de fiscalização e vigilância sanitária específicos, hipótese em que a autorização de
funcionamento é concedida pela Prefeitura Municipal, através de seu órgão ou entidade de
fiscalização.
Informações detalhadas sobre alvará sanitário e responsabilidade técnica devem ser

solicitadas diretamente à Secretaria Municipal da Saúde, à Anvisa e ao Conselho Regional
de Medicina Veterinária, em virtude da transitoriedade da legislação brasileira, marcada por
alterações constantes, principalmente quanto à regulamentação da legislação sanitária, que
ocorre em níveis infra-legais mediante portarias e outros atos do poder executivo, sob pena
de sofrer as sanções previstas na Lei nº 6.437/77.
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS
Como o canil presta o serviço de banho e tosa, guarda de animais, pequenas cirurgias e
outros serviços que gerem resíduos de saúde, deverá assegurar a execução do Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Saúde – PGRSS.
A Resolução nº 358/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA define PGRSS

como documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos
princípios da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que
aponta e descrevem as ações relativas ao seu manejo, contemplando os aspectos
referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,
reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio
ambiente.
Sistema de tratamento de resíduos de serviços de saúde, nos termos da Resolução acima

citada é o conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as características
físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos, podendo promover a sua

descaracterização, visando a minimização do risco à saúde pública, a preservação da

qualidade do meio ambiente, a segurança e a saúde do trabalhador.
Disposição final de resíduos de serviços de saúde, por sua vez, é a prática de dispor os
resíduos sólidos no solo previamente preparado para recebê-los, de acordo com critérios
técnico-construtivos e operacionais adequados, em consonância com as exigências dos
órgãos ambientais competentes.
Cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde e ao responsável legal o

gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos
requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional, sem prejuízo de
responsabilização solidária de todos aqueles, pessoas físicas e jurídicas que, direta ou
indiretamente, causem ou possam causar degradação ambiental, em especial os
transportadores e operadores das instalações de tratamento e disposição final, nos termos
da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981.
Os geradores de resíduos de serviços de saúde, em operação ou a serem implantados,

devem elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde –
PGRSS, de acordo com a legislação vigente, especialmente as normas da vigilância
sanitária.
Cabe aos órgãos ambientais competentes dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
a fixação de critérios para determinar quais serviços serão objetos de licenciamento
ambiental, do qual deverá constar o PGRSS.
Alvará Sanitário
Os estabelecimentos que se dedicam à proteção, promoção e recuperação da saúde estão

obrigados a fazer o registro no órgão de Vigilância Sanitária competente. A atividade de
canil está sujeita à fiscalização sanitária e sua regularização exige obtenção de registro
perante a Secretaria de Estado da Saúde. Nos municípios onde o Serviço de Vigilância
Sanitária é municipalizado, o registro é de competência da respectiva Secretaria ou órgão
municipal designado para tanto.
Sanções por descumprimento da legislação sanitária
O funcionamento sem o devido registro perante a autoridade sanitária ou em desacordo

com as normas sanitárias vigentes sujeita o infrator às sanções previstas na Lei nº
6.437/77.
Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as infrações sanitárias serão
punidas, alternativa ou cumulativamente, com as penalidades de:
1. Advertência;
2. Multa;

3. Apreensão de produto;
4. Inutilização de produto;
5. Interdição de produto;
6. Suspensão de vendas e/ou fabricação de produto;
7. Cancelamento de registro de produto;
8. Interdição parcial ou total do estabelecimento;
9. Proibição de propaganda;
10. Cancelamento de autorização para funcionamento da empresa;
11. Cancelamento do alvará de licenciamento de estabelecimento;
12. Intervenção no estabelecimento que receba recursos públicos de qualquer esfera.
13. Imposição de mensagem retificadora;
14. Suspensão de propaganda e publicidade.
Conclusão
O empreendedor deverá consultar o Conselho Regional de Medicina Veterinária para

maiores detalhes quanto à responsabilidade técnica e registro do estabelecimento, bem
como às condições para o funcionamento e execução da atividade de canil.
A consulta direta ao CONAMA e à Vigilância Sanitária estadual e municipal também é

imprescindível, sobretudo no que tange às técnicas de disposição final dos resíduos de
saúde, que variam de acordo com a classificação contida em normas infralegais.
É obrigatória a regularização ambiental diante das autoridades competentes.
Importante
A legislação brasileira está sujeita a alterações constantes. É necessário e indispensável
que o empreendedor solicite às autoridades fiscais informações atualizadas sobre
exigências e requisitos legais para a regularização da pessoa jurídica e a exploração da
atividade econômica. As instruções recebidas sobre legislação devem ser confirmadas pelas
autoridades fiscais e por um profissional de contabildiade responsável pela escrita fiscal da
empresa.
Tipos de licenças necessárias para seu empreendimento
Licença ou Alvará de Funcionamento Prefeitura

Vistorias e observância às normas de Corpo de Bombeiros
segurança
Licença Ambiental Órgãos municipais ou estaduais de Meio
Ambiente

Fundamentação legal
a) Lei Federal nº 5.517, de 23 de outubro de 1968 – Dispõe sobre o exercício da profissão

de médico veterinário e cria os Conselhos Federal e Estaduais de Medicina Veterinária;
b) Lei Federal nº 5.634, de 2 de dezembro de 1970 – Altera os artigos 27 e 35 da Lei nº

5.517, de 23 de outubro de 1968, que "Dispõe sobre o exercício da profissão de médico
veterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária";
c) Lei Federal nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 – Configura infrações à legislação

sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências;
d) Lei Federal nº 6.839, de 30 de outubro de 1980 – Dispõe sobre o registro de empresas

nas entidades fiscalizadoras do exercício da profissão;
e) Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do

Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências;
f) Decreto-Lei nº 467, de 13 de fevereiro de 1969 – Dispõe sobre os produtos de uso

veterinário, os estabelecimentos que os fabriquem e dá outras providências;
g) Decreto Federal nº 77.052, de 19 de janeiro de 1976 – Dispõe sobre a fiscalização

sanitária das condições de exercício de profissões e ocupações técnicas e auxiliares,
relacionadas diretamente com a saúde;
h) Decreto Federal nº 1.662, de 6 de outubro de 1995 – Aprova o regulamento de

fiscalização de produtos de uso veterinário e dos estabelecimentos que os fabriquem e/ou
comerciem e dá outras providências;
i) Resolução nº 670 do Conselho Federal de Medicina Veterinária – CFMV, de 10 de agosto

de 2000 – Conceitua e estabelece condições para o funcionamento de estabelecimentos
médicos veterinários, e dá outras providências;
j) Resolução nº 878 do Conselho Federal de Medicina Veterinária – CFMV, de 15 de

fevereiro de 2008 – Regulamenta a fiscalização de pessoas jurídicas cujas atividades
compreendam a prestação de serviços de estética, banho e tosa e dá outras providências;
k) Resolução nº 358 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, de 29 de abril de

2005 – Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e
dá outras providências;

Endereços úteis
Saiba onde você poderá obter mais informações
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA

http://www.cbkc.com.br/instclubes.htm
Fornece listagem com os endereços dos clubes de várias raças de cães.
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DE MINAS GERAIS - CRMV

Rua Platina, 189 - Prado
30411-131 - Belo Horizonte - MG
Tel.: (31) 3311-4100
www.crmvmg.org.br
* Órgão de fiscalização em pet shop referente a exigência de responsável técnico.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – FEAM

Sede – Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/nº - Serra Verde
31630-901 - Belo Horizonte - MG
Telefone Geral da Cidade Administrativa: (31) 3915-1000
www.feam.br
FEDERAÇÃO MINEIRA DE CINOFILIA

Rua Tavares Bastos, 248 – Coração de Jesus
30380-040 – Belo Horizonte – MG
Telefax: (31) 3297-7814 – Celular: (31) 9328-8122
E-mail: febmc@terra.com.br
KENNEL CLUBE BELO HORIZONTE

Rua da Bahia 1148 – Sala 1141 – Centro
30160-906 – Belo Horizonte – MG
Tel.: (31) 3222-1221
www.kennelbh.org.br
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS

Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/nº - Serra Verde
31630-901 - Belo Horizonte – MG
Tel.: (31) 3916 – 0453
www.saude.mg.gov.br

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Referências
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.

Disponível em: <http://www.almg.gov.br>. Acesso em: 26 fev. 2013.
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE.

Disponível em: <http://www.cnae.ibge.gov.br>. Acesso em: 5 out. 2009.
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.

Disponível em: <http://www.mma.gov.br/conama/>. Acesso em: 26 fev. 2013.
Conselho Regional de Medicina Veterinária – CRMV.

Disponível em: <http://www.crmvmg.org.br/>. Acesso em: 26 fev. 2013.
Emprego e Renda.
Disponível em: http://www.empregoerenda.com.br/paginas/190/1.Acesso em: 29 mar.
2010.
LEITE, Valéria Serpa. Preciso de que tipo de licença para abrir o meu negócio? Pequenas
Empresas & Grandes Negócios, São Paulo, nº 249, pp. 104-105, out. 2009.
Presidência da República.
Disponível em: <http://www.presidencia.gov.br>. Acesso em: 26 fev. 2013.
REDEVET. Destaca informações sobre as características de algumas raças caninas.

Disponível em: <http://www.redevet.com.br/rcaes/rcaes.htm>. Acesso em: 20 set. 2005.
SAÚDE ANIMAL. Apresenta informações e dicas sobre cuidados com animais.

Disponível em: <http://www.saudeanimal.com.br/artigo_luigi_nutricao001.htm>. Acesso
em: 20 set. 2005.
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad.

Disponível em: <http:// www.semad.mg.gov.br>. Acesso em: 26 fev. 2013.
VIANA, José Antônio. Como montar um canil: instalações e manejo. Roteiro de Ana Luiza
Campos. Viçosa: CPT, 2000. il. (Como Montar).
VIDA DE CÃO. Apresenta informações pertinentes ao empreendimento de cinofilia.

Disponível em: <http//www.vidadecao.com.br/cao/index2.asp?menu=registrocanil.htm>.
Acesso em: 20 set. 2005.


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