UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA E MEDICINA LEGAL
MONITORIA DE MICROBIOLOGIA

CITOLOGIA BACTERIANA
GENÉTICA E RESISTÊNCIA

MONITOR JÔNATAS FRANCO

MEDICINA – S6
A ESTRUTURA CELULAR
DAS BACTÉRIAS
 MORFOLOGIA GERAL DAS BACTÉRIAS

PAREDE CELULAR: rígida, protege

contra a lise celular pela pressão
interna;
MEMBRANA PLASMÁTICA:
lipoproteica, semipermeável,
transporte de elétrons e respiração
aeróbia, enzimas, similar às
membranas de eucariotos;
CITOPLASMA: solução de proteínas,
íons e micromoléculas em água (local
de todo o metabolismo celular);
RIBOSSOMOS: síntese proteica, são
as únicas organelas bacterianas;
NUCLEOIDE: cromossomo único.
 A ESTRUTURA CELULAR BACTERIANA

FLAGELO:
mobilidade celular
(não é formado por
• Externa à centríolos:
parede; flagelina)
• Aderência;
PLASMÍDEO:
• Barreira de
• Moléculas circulares
proteção;
de DNA;
• Fator de
• Não são
virulência.
imprescindíveis;
• Adesão; • Guarda e transmissão
• Conjuga de informações de
ção; proteção para as
• Pili bactérias (plasmídeo
sexual. R).
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS FLAGELOS

MONOTRÍQUIO: apenas um flagelo;

ANFITRÍQUIO: dois flagelos, um em

cada polo da célula;

LOFOTRÍQUIO: tufos de flagelos nos

polos celulares;

PERITRÍQUIO: vários flagelos

distribuídos ao longo da superfície da
célula bacteriana.
 A PAREDE CELULAR BACTERIANA

PARA QUE PAREDE? Definição da forma, rigidez, elevada concentração de solutos,

presença de enzimas ativas (lisozima – protoplastos em G+ e esferoplastos em G-).
DIVISÃO QUANTO À ESTRUTURA DA PAREDE:

OBS.: BACTÉRIAS
DO GÊNERO
Mycoplasma NÃO
POSSUEM PAREDE
CELULAR.
 A PAREDE CELULAR BACTERIANA

Gram positivas:
Parede mais espessa e rígida;

Ausência de membrana
externa;

Presença de proteínas, lipídios,

ácidos teicoicos e lipoteicoicos;

Coram-se em roxo pelo

complexo Cristal Violeta-Lugol.

Staphylococcus
aureus
 A PAREDE CELULAR BACTERIANA

Gram negativas: Escherichia

Parede menos espessa e mais coli
complexa;

Presença de membrana externa:

Barreira seletiva;
LPS (lipopolissacarídeos);
Fosfolipídios e proteínas;
Efeito antigênico, tóxico.

Não retêm o Complexo CV-Lugol e

são contra-coradas em rosa por
fucsina ou safranina.
FORMAS E ARRANJOS
BACTERIANOS
FORMAS E ARRANJOS BACTERIANOS
ESPORULAÇÃO BACTERIANA
 MORFOLOGIA GERAL DAS BACTÉRIAS

BACTÉRIAS Gram +: gêneros Bacillus

e Clostridium;
ESTRUTURAS DE RESISTÊNCIA
(LATÊNCIA): contra agentes físicos e
químicos, refringentes a corantes,
resistentes a elevadas temperaturas;
ALTAS CONCENTRAÇÕES DE
CÁLCIO E ÁCIDO DIPICOLÍNICO;
VIÁVEIS POR VÁRIOS ANOS;
GERMINAM QUANDO A SITUAÇÃO
É FAVORÁVEL.
CRESCIMENTO BACTERIANO
CRESCIMENTO BACTERIANO: FISSÃO BINÁRIA

Bactéria Cromossomo

Duplicação cromossônica

Estrangulamento citoplasmático

Bactérias-filhas
 MORFOLOGIA GERAL DAS BACTÉRIAS

EXPONENCIAL;
TEMPO DE GERAÇÃO: necessário para a duplicação (variável entre espécies);
CURVA DE CRESCIMENTO (COM LIMITAÇÃO DE NUTRIENTES):
A NUTRIÇÃO BACTERIANA
 NUTRIÇÃO BACTERIANA

BACTÉRIAS AUTOTRÓFICAS PRODUZEM GLICOSE A PARTIR

DE DOIS PROCESSOS:
FOTOSSÍNTESE (LUZ)
QUIMIOSSÍNTESE (OXIRREDUÇÃO INORGÂNICA)

Cianobactérias Nitrosomonas
BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS OBTÊM GLICOSE DE
MOLÉCULAS PRODUZIDAS POR OUTROS SERES:
RESPIRAÇÃO (AERÓBICA)
FERMENTAÇÃO (LÁTICA OU ALCOÓLICA)
Salmonella
CLASSIFICAÇÃO BACTERIANA
QUANTO À NECESSIDADE DE
OXIGÊNIO
 BACTÉRIAS QUANTO À NECESSIDADE DE O2

BACTÉRIAS AERÓBIAS (REALIZAM RESPIRAÇÃO AERÓBIA):

DEMANDAM CONCENTRAÇÃO AMBIENTAL DE O2
(21%)
Pseudomonas
sp.

BACTÉRIAS MICROAERÓFILAS:
CRESCEM EM BAIXA TENSÃO DE O2

Spirillum
volutans
 BACTÉRIAS QUANTO À NECESSIDADE DE O2

BACTÉRIAS ANAERÓBIAS FACULTATIVAS:

PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE O2
Escherichia
coli

BACTÉRIAS ANAERÓBIAS ESTRITAS:

NÃO CRESCEM EM [O2] > 0,5%

Clostridium
tetani
 BACTÉRIAS QUANTO À NECESSIDADE DE O2

BACTÉRIAS ANAERÓBIAS AEROTOLERANTES:

CRESCEM EM ANAEROBIOSE, MAS SÃO VIÁVEIS POR
VÁRIAS HORAS EM PRESENÇA DE O2 .
MECANISMOS DE PROMOÇÃO
DE VARIABILIDADE GENÉTICA
 VARIABILIDADE GENÉTICA:
TRANSFORMAÇÃO

Uma bactéria pode absorver DNA livre no meio ambiente,

proveniente de outra bactéria morta, e inseri-lo ao seu
material genético.
VARIABILIDADE GENÉTICA:
CONJUGAÇÃO

Ocorre quando duas ou até três bactérias se unem,

normalmente, por uma ponte formada através das pili
sexuais, sendo os plasmídeos passados de uma bactéria
para outra.
VARIABILIDADE GENÉTICA:
TRANSDUÇÃO
 MECANISMOS DE
RESISTÊNCIA BACTERIANA
 MECANISMOS DE RESISTÊNCIA

1. Restrição à absorção de
moléculas; modificação de porinas. 2
2. Compromete da ação do ATB 1
por inativação enzimática da
molécula de efeito. (Ex.: beta- 3
lactamases contra penicilinas)
3. Certas proteínas agem como
bombas que expelem os
antibióticos, impedindo que
alcancem uma concentração
efetiva.
4. Pequenas modificações no sítio
podem neutralizar os efeitos dos
antibióticos sem que ocorram
alterações significativas nas
funções celulares. 4
A IMPORTÂNCIA DAS
BACTÉRIAS
 A IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS

AÇÃO DECOMPOSITORA (decomposição de organismos mortos,

promovendo a transformação da matéria orgênica);

FERTILIZAÇÃO DO SOLO (Rhizobium associadas às raízes de leguminosas

– fixação de nitrogênio);

DIGESTÃO DE CELULOSE (associação com ruminantes);

INDÚSTRIA (Acinetobacter – vinagre; Lactobacillus – coalhada, iogurte);

CONTROLE BIOLÓGICO (Bacillus thurigiensis - infesta larvas de insetos);

AÇÃO PATOGÊNICA (doenças humanas de grande impacto

epidemiológico).
DOENÇAS BACTERIANAS
SÍFILIS TUBERCULOSE

HANSENÍASE

TÉTANO BOTULISMO
MUITO OBRIGADO! :D