Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
DE UM SISTEMA DE AR CONDICIONADO
Av. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Luanda, Angola
Resumo
Neste artigo apresentar-se-á um modelo matemático que possibilitará a simulação
dinâmica e controlo da temperatura de uma sala e de um ar condicionado, tendo como
objecto de estudo a sala da Coordenação do Bloco D, localizada no ISPTEC. O modelo
matemático será implementado em Matlab/Simulink e o actuador do sistema será a
válvula de expansão, que será responsável pela variação do fluxo de fluido refrigerante
na serpentina, dando-se assim o controlo da temperatura na sala. No âmbito deste trabalho
optou-se por implementar um controlador PID. No final serão discutidos os resultados obtidos
nas simulações e analisado o desempenho do controlador.
Em paralelo será validado um modelo matemático de simulação adaptado a uma experiência
de recirculação de ar condicionado existente no laboratório de Engenharia Térmica dos
Laboratórios Profissionalizantes do ISPTEC. Através deste estudo espera-se obter uma
ferramenta importante para o projecto preliminar de sistemas de ar condicionado.
Teoria e Metodologia
Nesta secção será feita uma descrição do sistema e apresentar-se-á a metodologia de
controle de temperatura usada neste estudo.
Descrição do Sistema
A figura 1 representa o esquema básico do sistema de condicionamento de ar considerada
neste estudo. A dedução da função da planta foi desenvolvida por Kaustubh (2016).
De formas a simplificar o problema serão desprezados o tempo de atraso no ventilador e
a troca de calor que possa ocorrer no mesmo. O recinto será considerado como sendo bem
misturado e com uma temperatura uniforme. A vazão de ar aspirada será considerada
constante.
Figura 1 Esquema básico do sistema de condicionamento de ar
No sistema serão analisados cada componente separadamente válvula, serpentina, duto,
recinto a ser climatizado. Desenvolveu-se a função de transferência para cada um dos
componentes.
Na figura 3 temos uma função da planta que relaciona a variação do fluxo refrigerante
proporcionada pela abertura e fechamento da válvula com a temperatura do recinto. A
função de transferência pode ser escrita como:
1 Kcoil 1 1
TR (S) X S (1)
1+tv s 1+tcoil s 1+tD s 1+tR s
O tempo de atraso da válvula foi selecionado de acordo com as especificações do
fabricante ( Entech 1998). Os tempos de atraso do duto ( tD ) e do recinto ( tR ) podem ser
determinados pelas equações (2) e (3) onde L é o comprimento do duto, VD velocidade
de escoamento do ar, VR volume do recinto, e Qar vazão do ar insuflado.
L
tD (2)
VD
V
tR R (3)
Qar
O tempo de atraso na serpentina t coil e o ganho 𝑘𝑐𝑜𝑖𝑙 podem ser determinados fazendo-
se o uso das equações transferência de calor para o ar e para o refrigerante obtidas a
partir da analise do volume de controle.
Figura 4 Volume de controle evaporador
Onde Cs e Car são as capacidades térmicas da serpentina e do ar. CpR e Cpa são os calores
específicos do refrigerante e do ar.
Será considerada a temperatura media na transferência de calor entre os dois fluidos,
T T T TRs
q UA ae as Re (6)
2 2
onde UA é produto entre o coeficiente global de transferência de calor e a área de
transferência.
É assumido que a temperatura da entrada do ar Tae e do fluido refrigerante TRe são
constantes e Car é termo muito pequeno comparando com os outros da equação (5).
Combinado as equações 4 e 5 simplificando e substituindo as variáveis C pR RQR por C a
e C R por C pa aQa e aplicando transformada de Laplace temos obtemos as seguintes
equações,
TRs s
Ca
Tas s
CR TRs TRe Q
S (7)
Cs s C R Cs s C R QR
2C
TRs s Tas s 1
a
(8)
UA
Tas s
TRs TRe C R UA
1
Q S (9)
Q (UAQ 2 C C C UA)
R R A R A UACR 2 C A C R C A UA s 1
UAQ 2 C A C R C A UA
R
kcoil
Tas s Q S (10)
tcoil s 1
Estudo do caso
Para a simulação tomou-se como objeto de estudo a sala D4 que possui 46 m2 e com 3.3
m de pé direito. De maneiras a simplificar o problema considerou-se o recinto como sendo
bem misturado e com uma temperatura constante. Com o auxilio do software
EVAPCOND 4.0 simulador de trocadores de calor, refrigerante escolhido R410a,
conseguiu-se obter o valor do fluxo de refrigerante 169.09 kg/h, vazão do ar de
12.5 m3 /min. Adotou-se 2m como comprimento do duto (L) e 0.5𝑚2 como a secção do
duto e com as equações (2) e (3) encontrou-se 𝑡𝐷 = 4.8 𝑠 e 𝑡𝑅 = 729.6 𝑠.
Resultados
Analisando as equações (9) e (10) claramente pode-se constatar que o tempo de atraso na
serpentina t coil e o ganho 𝑘𝑐𝑜𝑖𝑙 aumentam em função do decréscimo do fluxo de
refrigerante.
2.00E+05
1.50E+05
1.00E+05
5.00E+04
0.00E+00
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Fluxo de Refrigerante (Kg/h)
0.3
0.25
Tempo de Atraso
0.2
0.15
0.1
0.05
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Fluxo Refrigerante (Kg/h)
Figura 7 Tempo de atraso
Na figura 7 podemos observar que a medida que aumentamos o valor do fluxo refrigerante
o sistema vai se tornando mais estável ou seja um decréscimo dos valores do ganho da
serpentina e do tempo de atraso estabilizam o sistema.
Para um tempo de subida de 3s e uma entrada em degrau com valor final de -1ºC podemos
observar na figura 9 como a temperatura da sala varia ate atingir o valor desejado.A
medida que a diferença entre a temperatura desejada e a do recinto se aproxima de zero o
sistema estabiliza-se.
Conclusão
Observou-se que altos ganhos da serpentina e o tempo de atraso para um fluxo de
refrigerante menor tornam o sistema instável. A analise da localização das raízes para os
diferentes caudais permitiu sintonizar o controlador de formas a obter o mínimo de
oscilações possíveis.
Referencias