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SIMULAÇÃO E CONTROLO DE TEMPERATURA DE UMA SALA ATRAVÉS

DE UM SISTEMA DE AR CONDICIONADO

Hamilton Miaveta André, Lúcia Moreira*, Jorge Ramalheira

Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC),

Av. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Luanda, Angola

*E-mail do autor correspondente: lucia.moreira@isptec.co.ao

Resumo
Neste artigo apresentar-se-á um modelo matemático que possibilitará a simulação
dinâmica e controlo da temperatura de uma sala e de um ar condicionado, tendo como
objecto de estudo a sala da Coordenação do Bloco D, localizada no ISPTEC. O modelo
matemático será implementado em Matlab/Simulink e o actuador do sistema será a
válvula de expansão, que será responsável pela variação do fluxo de fluido refrigerante
na serpentina, dando-se assim o controlo da temperatura na sala. No âmbito deste trabalho
optou-se por implementar um controlador PID. No final serão discutidos os resultados obtidos
nas simulações e analisado o desempenho do controlador.
Em paralelo será validado um modelo matemático de simulação adaptado a uma experiência
de recirculação de ar condicionado existente no laboratório de Engenharia Térmica dos
Laboratórios Profissionalizantes do ISPTEC. Através deste estudo espera-se obter uma
ferramenta importante para o projecto preliminar de sistemas de ar condicionado.

Palavras-Chave: Ar condicionado; Controlo da temperatura; Simulação


Introdução

O ar condicionado é um aparelho fundamental para obtenção de conforto térmico. Nesta


senda, não obstante, de ser uma maquina térmica é necessário estudar metodologias de
melhoria de controle. O controlo convencional utilizado para o controle da temperatura é
o ON-OFF, este controlo funciona com um termostato que liga e desliga o compressor
em função de um aumento ou decréscimo da temperatura do recinto em relação a
temperatura de referência. Este tipo de controlo mostra-se incapaz nos dias atuais de
satisfazer as necessidades dos utentes do ar condicionado devido ao excessivo consumo
de energia e as variações constantes de temperatura em determinado recinto.
A temperatura de um recinto pode ser controlada variando o fluxo refrigerante de acordo
com a necessidade desejada. O fluxo refrigerante pode ser variado a partir do
estrangulamento da válvula ou pela variação da frequência do compressor.
Lizawati (2013) desenvolveu um modelo matemático que relaciona a diferença de
temperatura do exterior e interior de um recinto com a velocidade do compressor.
Kaustubh (2016) desenvolveu um modelo matemático que relaciona o estrangulamento
da válvula com a temperatura de um recinto.
Com o avanço da matéria de controladores de ar condicionados os controladores PI/PID
são os únicos que ainda são muito usados nos sistemas em malha fechada do ar
condicionado Underwood,1999.
Este artigo tem como objetivo simular o controlo da temperatura de um recinto e analisar
o desempenho do controlador.

Teoria e Metodologia
Nesta secção será feita uma descrição do sistema e apresentar-se-á a metodologia de
controle de temperatura usada neste estudo.
Descrição do Sistema
A figura 1 representa o esquema básico do sistema de condicionamento de ar considerada
neste estudo. A dedução da função da planta foi desenvolvida por Kaustubh (2016).
De formas a simplificar o problema serão desprezados o tempo de atraso no ventilador e
a troca de calor que possa ocorrer no mesmo. O recinto será considerado como sendo bem
misturado e com uma temperatura uniforme. A vazão de ar aspirada será considerada
constante.
Figura 1 Esquema básico do sistema de condicionamento de ar
No sistema serão analisados cada componente separadamente válvula, serpentina, duto,
recinto a ser climatizado. Desenvolveu-se a função de transferência para cada um dos
componentes.

Figura 2 Diagrama bloco malha aberta

Na figura 3 temos uma função da planta que relaciona a variação do fluxo refrigerante
proporcionada pela abertura e fechamento da válvula com a temperatura do recinto. A
função de transferência pode ser escrita como:
 1  Kcoil   1  1 
TR (S)       X S  (1)
 1+tv s  1+tcoil s   1+tD s  1+tR s 
O tempo de atraso da válvula foi selecionado de acordo com as especificações do
fabricante ( Entech 1998). Os tempos de atraso do duto ( tD ) e do recinto ( tR ) podem ser
determinados pelas equações (2) e (3) onde L é o comprimento do duto, VD velocidade
de escoamento do ar, VR volume do recinto, e Qar vazão do ar insuflado.

L
tD  (2)
VD
V
tR  R (3)
Qar

O tempo de atraso na serpentina t coil e o ganho 𝑘𝑐𝑜𝑖𝑙 podem ser determinados fazendo-
se o uso das equações transferência de calor para o ar e para o refrigerante obtidas a
partir da analise do volume de controle.
Figura 4 Volume de controle evaporador

Obtém-se as seguintes equações de transferências de calor:


dT •
Cs Rs  q+C pR  RQR TRe - TRs  (4)
dt
dTas •
Car  q+C pa  aQa Tae - Tas  (5)
dt

Onde Cs e Car são as capacidades térmicas da serpentina e do ar. CpR e Cpa são os calores
específicos do refrigerante e do ar.
Será considerada a temperatura media na transferência de calor entre os dois fluidos,

T T T  TRs 
q  UA  ae as  Re  (6)
 2 2 
onde UA é produto entre o coeficiente global de transferência de calor e a área de
transferência.
É assumido que a temperatura da entrada do ar Tae e do fluido refrigerante TRe são
constantes e Car é termo muito pequeno comparando com os outros da equação (5).

Combinado as equações 4 e 5 simplificando e substituindo as variáveis C pR  RQR por C a

e C R por C pa  aQa e aplicando transformada de Laplace temos obtemos as seguintes
equações,
 

TRs  s   
Ca
Tas  s  
CR TRs  TRe  Q
  S  (7)
Cs s  C R Cs s  C R QR

 2C  

TRs  s   Tas  s   1  
a
(8)
 UA 
 

Substituindo (8) em (7) e simplificando obteremos k coil e tcoil ,

 

Tas  s    
 TRs  TRe  C R UA
 1
Q  S  (9)
  
 Q (UAQ  2 C C  C UA)     

 R R A R A   UACR  2 C A C R  C A UA  s  1
  
 UAQ  2 C A C R  C A UA 
 R 

kcoil
Tas  s    Q S  (10)
tcoil s  1

Controlo Proporcional-Derivativo e Integrador


A figura 4 ilustra o esquema do sistema com o controlador que terá a função de manter o
recinto dentro da temperatura desejada. O sensor enviará a informação proveniente do
recinto para o controlador este por sua fará uma comparação com a temperatura desejada,
a saída do controlador ajustara a posição da válvula de acordo com a demanda. O
estrangulamento da válvula será em função da temperatura do recinto.

Figura 4 Esquema do sistema em malha fechada com o controlador

Figura 5 Modelo da simulação

Estudo do caso
Para a simulação tomou-se como objeto de estudo a sala D4 que possui 46 m2 e com 3.3
m de pé direito. De maneiras a simplificar o problema considerou-se o recinto como sendo
bem misturado e com uma temperatura constante. Com o auxilio do software
EVAPCOND 4.0 simulador de trocadores de calor, refrigerante escolhido R410a,
conseguiu-se obter o valor do fluxo de refrigerante 169.09 kg/h, vazão do ar de
12.5 m3 /min. Adotou-se 2m como comprimento do duto (L) e 0.5𝑚2 como a secção do
duto e com as equações (2) e (3) encontrou-se 𝑡𝐷 = 4.8 𝑠 e 𝑡𝑅 = 729.6 𝑠.

Resultados
Analisando as equações (9) e (10) claramente pode-se constatar que o tempo de atraso na
serpentina t coil e o ganho 𝑘𝑐𝑜𝑖𝑙 aumentam em função do decréscimo do fluxo de
refrigerante.

Ganho da serpentina em função da


variação do fluxo refrigerante
2.50E+05
Ganho da Seroentina

2.00E+05

1.50E+05

1.00E+05

5.00E+04

0.00E+00
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Fluxo de Refrigerante (Kg/h)

Figura 6 Ganho da serpentina

Tempo de atraso da serpentina em função


da variação do fluxo refrigerante
0.35

0.3

0.25
Tempo de Atraso

0.2

0.15

0.1

0.05

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Fluxo Refrigerante (Kg/h)
Figura 7 Tempo de atraso
Na figura 7 podemos observar que a medida que aumentamos o valor do fluxo refrigerante
o sistema vai se tornando mais estável ou seja um decréscimo dos valores do ganho da
serpentina e do tempo de atraso estabilizam o sistema.

Figura 8 Análise da localização das raízes (a), (b), (c)

Para um tempo de subida de 3s e uma entrada em degrau com valor final de -1ºC podemos
observar na figura 9 como a temperatura da sala varia ate atingir o valor desejado.A
medida que a diferença entre a temperatura desejada e a do recinto se aproxima de zero o
sistema estabiliza-se.

Figura 9 Variação da temperatura do recinto com controlo PID

Conclusão
Observou-se que altos ganhos da serpentina e o tempo de atraso para um fluxo de
refrigerante menor tornam o sistema instável. A analise da localização das raízes para os
diferentes caudais permitiu sintonizar o controlador de formas a obter o mínimo de
oscilações possíveis.

Referencias

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