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FACULDADE PITÁGORAS – UNIDADE DIVINÓPOLIS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ENSAIO ACADÊMICO SOBRE SUICÍDIO DE


JOVENS: UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA

DIVINÓPOLIS

2017

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ENSAIO ACADÊMICO SOBRE SUICÍDIO DE
JOVENS: UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA

Trabalho Acadêmico do Curso de Psicologia,da


Faculdade Pitágoras – Unidade Divinópolis como
requisito parcial para aprovação na
disciplinaAconselhamento e Orientação em
Psicologia.

DIVINÓPOLIS

2017
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................4
2. ENSAIO ACADÊMICO SOBRE SUICÍDIO DE JOVENS ....................5
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................8
5. REFERÊNCIAS....................................................................................9

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1. INTRODUÇÃO

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), todo ano, quase um


milhão de pessoas morrem por suicídio em todo o mundo. O suicídio continua sendo
um importante problema de saúde pública e social. A estimativa é que quase três mil
pessoas cometam suicídios todos os dias no mundo – um a cada 40 segundos. Os
fatores que contribuem para o suicídio podem variar entre demográficos específicos
e grupos de população, os mais vulneráveis, como os jovens, os idosos e os
socialmente isolados, estão na maior necessidade de esforços de prevenção do
suicídio.
É esperado que em 2020 o suicídio atinja uma percentagem de 2.4% do total
de mortalidade em todo o mundo. A estes dados acresce que as tentativas de
suicídio não consumadas atingem um valor até cerca de 20 vezes superior ao
suicídio consumado. Na entrada na vida adulta o risco de suicídio exacerba-
seconstituindo a segunda causa de morte em todo o mundo.
Portanto nesse ensaio objetivou-se analisar a ideação suicida em jovens,
sujeitos com idades entre 15 e 29 anos sob a ótica psicanalítica. Verificou-se a
incidência de altas taxas de tentativas de suicídio e a necessidade de se pensar e
implementar programas de atenção e prevenção.
Esta pesquisa se justifica, pois trata-se de um tema importante, o suicídio,
pois está cada dia mais preocupante para a população, pois cada dia que passa o
índice aumenta principalmente nos jovens e adolescentes. E é importante revermos
isso. A pessoa ao cometer um suicídio ela não quer morrer ela simplesmente quer
se livrar de uma dor, um sofrimento que está passando.
Cabe ainda ressaltar, que a questão não é esgotada, e sim apresentada uma
perspectiva para que possa ser refletida.

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2. ENSAIO ACADÊMICO SOBRE SUICÍDIO DE JOVENS

Atualmente o tema suicídio tem sido bastante analisado, estudado e


pesquisado, pois é visto uma necessidade intensa de abordar esse assunto,
trabalhar sobre ele no sentido de prevenir, encaminhar e conscientizar. A cada ano 1
milhão de pessoas morrem por suicídio em todo o mundo, e assim os mais
vulneráveis são os jovens, os mais idosos e os isolados socialmente como os
indígenas. 3 mil suicídios por dia no Mundo, isso é o que é notificado, fora o que não
é. Terceira maior causa de morte dos 15 aos 29 anos, onde é a idade que a pessoa
está mais produtiva, onde o que se pensa é que não ocorreria suicídio. Entretanto,
para cada caso estimado de suicídio, é relatado que tem de 15 a 25 tentativas, ou
seja, no mundo, mais de 25 milhões de tentativas de suicídio por ano.
A taxa para jovens esta em terceiro lugar e este número triplicou no passar de
30 anos. Em parte, pela dificuldade de muitos jovens de enfrentar as exigências
sociais e psicológicas impostas pelo período da juventude. Os jovens estão cada vez
mais vulneráveis a dificuldade de viver o mundo devido as suas inseguranças,
impotências, obstáculos, frustrações e falta de oportunidades etc; eles se veem a
mercê de seus impulsos, e espera-se que superem essas dificuldades com vigor,
porém os jovens variam de momento a momento reagindo de varias formas, numa
facilidade de oscilação de sentimentos opostos. Sabe-se que executar qualquer ato
autodestrutivo, ou tirar a própria vida, já foi pensado seriamente por ¼ dos jovens. O
suicídio aumentou nas ultimas quatro décadas, em todos os contextos sociais,
econômicos, faixa etária e em todos os países. Está entre as dez principais causas
de morte do mundo. E o suicídio está entre as duas principais causas de morte de
adolescentes e adultos jovens.
Os resultados mostram também que os jovens adultos mais velhos estão em
maior risco e que quanto mais frequentes e intensos forem os acontecimentos de
vida percebidos como negativos maiores será o impacto no sofrimento psicológico e
consequentemente no risco de suicídio. Não são os acontecimentos de vida em si
que são importantes para o risco de suicídio, mas sim a forma como o indivíduo os
percepcionae o impacto que têm do ponto de vista psicológico através do potencial
que têm para originar depressão. Ou seja, quanto mais frequentes e intensos do
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ponto de vista negativo forem os acontecimentos para o indivíduo, maior o risco de
desenvolver algum tipo de sintomatologia depressiva que poderá, por sua vez,
contribuir para o risco de suicídio.
Os comportamentos suicidas podem manifestar-se muitas vezes como uma
resposta ao stress provocado por determinados acontecimentos de vida. Os níveis
de stress podem tornar-se excessivamente intensos relativamente aos recursos de
que o indivíduo dispõe para fazer face ao mal-estar experimentado e manter o
equilíbrio emocional. Quando isto acontece o indivíduo pode não conseguir
encontrar uma resposta adaptativa, podendo desejar morrer como estratégia de fuga
do sofrimento psicológico sentido.
As taxas aumentadas de tentativa de suicídio e suicídio elevam a
intensificação da procura de possíveis fatores de risco para tais acontecimentos,
dentre esses, atualmente, destacam-se os eventos estressores, o alcoolismo, a
toxicomania, a violência, a ausência de tratamentos médicos e determinados estilos
de vida.
Pode-se considerar que a solidão é um sentimento muito comum em jovens
que tentam o suicídio, tais jovens relatam sentir falta de ter amigos e reclamam não
ter ninguém para dividir experiências e tristezas, apresentando maior probabilidade
de desenvolver problemas emocionais, comportamentais e afetivos. A falta de
convivência com os pais durante a infância ou a adolescência pode constituir-se
como fator de risco ao suicídio, pois as trocas afetivas com pares, nesta fase do
desenvolvimento, reduzem o impacto das experiências adversas.
Quando uma pessoa suicida, de 6 a 10 pessoas pelo menos ao seu redor são
completamente afetadas. Os familiares sentem culpa, vergonha e dor. A pessoa
suicida é de uma tragédia pessoal e também tragédia familiar, e é difícil
compreender que determinadas pessoas cometem suicídio e outras determinadas
pessoas em situações similares não cometem. Porém esse fato pode ocorrer por
fatores emocionais, psíquicos , religiosos e socioculturais.
Como norteador teórico, a Psicanálise foi escolhida por privilegiar em seu
trabalho a singularidade dos sujeitos, sua subjetividade. “A escuta do ato da
tentativa de suicídio pode ajudar o sujeito a criar e desenvolver sua potencialidade
simbólica. O que é descarregado no ato de tentar acabar com a própria vida tem
muita relação com um excesso vindo de vivências traumáticas às quais não foi

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possível dar uma atribuição de sentido ou obter uma captura no mundo
representacional do sujeito”.
Freud, em Contribuições para uma discussão acerca do suicídio, ressalta o
quanto a instituição escolar tem importante papel na vida psíquica do jovem,
segundo ele “a escola secundária toma o lugar dos traumas com que outros
adolescentes se defrontam em outras condições de vida” (FREUD, 1910/1996, p.
243). Ainda, de acordo com o autor, tal ambiente tem papel crucial no
desencadeamento da ideação suicida, a escola deve “lhes dar o desejo de viver e
devia oferecer-lhes apoio e amparo numa época da vida em que as condições de
seu desenvolvimento os compelem a afrouxar seus vínculos com a casa dos pais e
com a família” (FREUD, 1910/1996, p. 243).
Em Luto e Melancolia, Freud (1917 [1915]/1996) caracteriza o luto como
reação à perda de um objeto amado. Diante da perda, o confronto com a realidade
exige que toda a libido seja retirada de suas ligações com aquele objeto. Na
melancolia, nem sempre o objeto perdido pode ser identificado, levando o autor a
acreditar que a perda se dá em nível inconsciente, diferente do luto que se
apresenta de forma consciente. Na melancolia outra característica chama a atenção:
as autoacusações, contudo, são recriminações que apontam para um objeto amado
e que foram deslocadas para o ego. Dessa forma, cria-se uma identificação do eu
com o objeto abandonado, que a partir de então, pode ser julgado como um objeto
externo. Como o ego torna-se passível de punição, a partir dessa identificação, pode
tratar-se a si mesmo como um objeto, dirigindo a si mesmo com hostilidade, assim o
suicídio no melancólico torna-se possível. Contudo, isto é “secundário; trata-se do
efeito do trabalho interno que lhe consome o ego – trabalho que, nos sendo
desconhecido, é, porém, comparável ao do luto” (FREUD, 1917 [1915]/1996, p.252).
Assim, pensar o ato suicida a partir dos textos freudianos mencionados,
implica considerar o modo de relação do sujeito com seus objetos. Na perspectiva
da melancolia, o ato suicida ocorre quando o eu é maciçamente identificado com o
objeto abandonado.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se perceber com o presente estudo, que é necessário que todos,


inclusive os jovens, questionem sua qualidade de vida,e a forma como convivem
numa sociedade narcísica, estimulante da competição e do sucesso
perversos,inibindo a afetividade. É preciso que ocorraprevenção, diagnóstico
precoce e tratamento adequado,possibilitando que os excessos sejam dirigidos
deforma produtiva, para a vida e não para a morte.
A prevenção de suicídio de forma é global é possível desde que trabalhe com
causas e desenvolva planos de ações, serviços de apoio e reabilitação. O Governo,
as relações Internacionais, as não Governamentais precisam investir em questões
financeiras em relação à prevenção ao suicídio.
A prevenção ao suicídio tem que estar lá na família também, falar sobre a
valorização da vida, os valores de fraternidade, harmonia, o respeito, o poder dividir,
são valores que precisam ser resgatados. É fundamental fazer trabalhos de
treinamento com as equipes de saúde, com as equipes de educação, com os
engenheiros, com os arquitetos, com o pessoal do direito, com os bombeiros, com
os policiais, parece muito claro a necessidade de trabalhar com a área da saúde
referente ao suicídio. Como por exemplo, muitos profissionais focam na dor de
cabeça do paciente, não procuram saber quanto tempo tem a dor de cabeça, como
estão as coisas em casa, como está a família, eles precisam identificar se existe
alguma coisa relacionada a comportamento suicida e encaminhar. Um dia a pessoa
tem uma dor nas costas, outro dia no estomago, na cabeça isso tem que ser olhado.
Os psicólogos precisam se conscientizar, ler, se informar, se envolver buscar
sobre transtornos psiquiátricos e psicológicos, brigas na família, perda de emprego.
Sempre haverá um disparador e uma vulnerabilidade. A família precisa ser integrada
procurar pensamentos positivos para seus problemas. A comunidade também
precisa ter lugares apropriados para melhorar o estilo de vida e a diversão,
oportunidade de capacitação para o enfrentamento do problema.
Os números são abrangentes e impactantes e o fato do suicídio de jovens é
sim considerado um grave problema mundial e precisa ser trabalhado e existe uma
necessidade grande de prevenção e é preciso sim levarmos em grande
consideração isso.

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3. REFERÊNCIAS

______. Luto e melancolia. In: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro, 1996, v.14. (Obra original
publicada em 1917 [1915]).

BRAGA, Luiza de Lima e DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. Suicídio na adolescência: fatores


de risco, depressão e gênero. Contextos Clínic [online]. 2013, vol.6, n.1, pp. 2-14. ISSN
1983-3482. http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2013.61.01.

CARA D.; GAUTO M. Juventude: percepções e exposição à violência. In: ABRAMOVAY, M.;
ANDRADE E. R.; ESTEVES L. C. G. (Org.). Juventudes: outrosolhares sobre a diversidade.
Brasília: Ministério da Educação. Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade-SECAD; UNESCO, 2007, p. 173-198.

Conselho Federal de Psicologia - Youtube. Debate Online - Suicídio: uma questão de saúde
pública e um desafio para a Psicologia clínica. Vídeo (2h 14m 38s). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=epjhgKhOu9g. Acesso em: 26 mar. 2017.

FREUD, S. Contribuições para uma discussão acerca do suicídio. In: FREUD, S. Edição
Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro,
1996, v.11. (Obra original publicada em 1910).

PARREIRA, V. T. Suicídio em Freud, 104 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) Instituto


Superior de Estudos e Pesquisas Psicossociais. Centro de Pós-Graduação em Psicologia,
Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 1988.

SOBRINHO, Ana Teresa e CAMPOS, Rui C..Perceção de acontecimentos de vida


negativos, depressão e risco de suicídio em jovens adultos. Aná. Psicológica [online]. 2016,
vol.34, n.1, pp.47-59. ISSN 0870-8231. http://dx.doi.org/10.14417/ap.1061.

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