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DIVINÓPOLIS
2017
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ENSAIO ACADÊMICO SOBRE SUICÍDIO DE
JOVENS: UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA
DIVINÓPOLIS
2017
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................4
2. ENSAIO ACADÊMICO SOBRE SUICÍDIO DE JOVENS ....................5
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................8
5. REFERÊNCIAS....................................................................................9
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1. INTRODUÇÃO
4
2. ENSAIO ACADÊMICO SOBRE SUICÍDIO DE JOVENS
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possível dar uma atribuição de sentido ou obter uma captura no mundo
representacional do sujeito”.
Freud, em Contribuições para uma discussão acerca do suicídio, ressalta o
quanto a instituição escolar tem importante papel na vida psíquica do jovem,
segundo ele “a escola secundária toma o lugar dos traumas com que outros
adolescentes se defrontam em outras condições de vida” (FREUD, 1910/1996, p.
243). Ainda, de acordo com o autor, tal ambiente tem papel crucial no
desencadeamento da ideação suicida, a escola deve “lhes dar o desejo de viver e
devia oferecer-lhes apoio e amparo numa época da vida em que as condições de
seu desenvolvimento os compelem a afrouxar seus vínculos com a casa dos pais e
com a família” (FREUD, 1910/1996, p. 243).
Em Luto e Melancolia, Freud (1917 [1915]/1996) caracteriza o luto como
reação à perda de um objeto amado. Diante da perda, o confronto com a realidade
exige que toda a libido seja retirada de suas ligações com aquele objeto. Na
melancolia, nem sempre o objeto perdido pode ser identificado, levando o autor a
acreditar que a perda se dá em nível inconsciente, diferente do luto que se
apresenta de forma consciente. Na melancolia outra característica chama a atenção:
as autoacusações, contudo, são recriminações que apontam para um objeto amado
e que foram deslocadas para o ego. Dessa forma, cria-se uma identificação do eu
com o objeto abandonado, que a partir de então, pode ser julgado como um objeto
externo. Como o ego torna-se passível de punição, a partir dessa identificação, pode
tratar-se a si mesmo como um objeto, dirigindo a si mesmo com hostilidade, assim o
suicídio no melancólico torna-se possível. Contudo, isto é “secundário; trata-se do
efeito do trabalho interno que lhe consome o ego – trabalho que, nos sendo
desconhecido, é, porém, comparável ao do luto” (FREUD, 1917 [1915]/1996, p.252).
Assim, pensar o ato suicida a partir dos textos freudianos mencionados,
implica considerar o modo de relação do sujeito com seus objetos. Na perspectiva
da melancolia, o ato suicida ocorre quando o eu é maciçamente identificado com o
objeto abandonado.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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3. REFERÊNCIAS
______. Luto e melancolia. In: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro, 1996, v.14. (Obra original
publicada em 1917 [1915]).
CARA D.; GAUTO M. Juventude: percepções e exposição à violência. In: ABRAMOVAY, M.;
ANDRADE E. R.; ESTEVES L. C. G. (Org.). Juventudes: outrosolhares sobre a diversidade.
Brasília: Ministério da Educação. Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade-SECAD; UNESCO, 2007, p. 173-198.
Conselho Federal de Psicologia - Youtube. Debate Online - Suicídio: uma questão de saúde
pública e um desafio para a Psicologia clínica. Vídeo (2h 14m 38s). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=epjhgKhOu9g. Acesso em: 26 mar. 2017.
FREUD, S. Contribuições para uma discussão acerca do suicídio. In: FREUD, S. Edição
Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro,
1996, v.11. (Obra original publicada em 1910).