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Como as Pessoas Aprendem

Cérebro, Mente, Prática e Escola

John D. Bransford, Ann L. Brown, Rodney R. Cocking

15 de Abril de 2018
Francisco Jaborandi • Tradução e Adaptação • Abril 2018

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Conteúdo

1 Aprendizagem: Da Especulação à Ciência 1

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Francisco Jaborandi • Tradução e Adaptação • Abril 2018

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Capítulo 1

Aprendizagem: Da Especulação à
Ciência

A essência da matéria, as origens do universo, a natureza da mente


humana - estas são as questões mais profundas nas quais os pensadores
se engajaram nos últimos séculos. Até bem recentemente o entendimento
da mente, do pensamento e da aprendizagem que a mente torna possível
tem permanecido como uma incrível aventura, em parte por causa da
falta de poderosas ferramentas de pesquisa. Hoje, o mundo está em meio
a uma extraordinária produção de trabalhos científicos sobre a mente e
o cérebro, sobre os processos de pensamento e aprendizagem, sobre os
processos neurais que ocorrem durante o pensamento e a aprendizagem e
no desenvolvimento da competência.
A revolução no estudo da mente que tem ocorrido nas últimas três ou
quatro décadas tem importantes implicações na educação. Conforme ilus-
tramos, uma nova teoria de aprendizagem está chegando ao foco que con-
duz a abordagens muito diferentes para o planejamento de um currículo,
do ensino e assessoramento em relação às abordagens frequentemente
encontradas nas escolas de hoje. Igualmente importante, o crescimento
da interdisciplinaridade demanda respostas e novos tipos de colaboração
científica têm começado o seu caminho desde a pesquisa básica até a
prática educacional de uma forma mais visível, ainda que esse caminho
não seja fácil. Trinta anos atrás, os educadores prestavam pouca atenção
no trabalho dos cientistas cognitivos e pesquisadores do nascente campo
da ciência cognitiva que trabalhavam distantes das salas de aulas. Hoje,
os pesquisadores cognitivos estão dedicando mais tempo no trabalho com
professores, testando e refinando suas teorias no ambiente real da sala de

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aula, aonde eles podem ver como as aplicações de suas teorias influenciam
diferentes cenários e interações na sala de aula.
O que talvez chame mais atenção seja a variedade de pesquisas em
abordagens e técnicas que têm sido desenvolvidas e as formas pelas quais
a evidência de muitos ramos de diferentes ciências estão começando a
convergir. a história que agora podemos contar sobre aprendizagem é
muito mais rica do que antes e ela promete evoluir dramaticamente na
próxima geração. Por exemplo:

• Pesquisa oriunda da psicologia cognitiva tem aumentado o entendi-


mento da natureza da competente performance e dos princípios da
organização do conhecimento que é a base da capacidade das pessoas
em resolver problemas em diferentes áreas, incluindo matemática,
ciências, literatura, sociologia e história.
• Pesquisas em Desenvolvimento têm mostrado que crianças jovens
entendem uma grande quantidade de princípios básicos de biologia,
causa e efeito físicos, sobre números, narrativa e intenção pessoal, e
que estas capacidades tornam possível criar um currículo inovador
que introduza importantes conceitos no raciocínio avançado durante
as idades iniciais.
• A pesquisa em aprendizagem e transferência têm descoberto princí-
pios importantes na estruturação das experiências de aprendizagem
que permitem com que a pessoa utilize o que ela aprendeu em
diferentes situações.
• Trabalhos em psicologia social, psicologia cognitiva e antropologia
estão tornando claro que a aprendizagem ocorre em situações que
têm características particulares no que se refere a expectativas, a
normas sociais e culturais e que estas características influenciam a
aprendizagem e a transferência de maneiras poderosas.
• A Neurociência está começando a fornecer evidências para muitos
princípios de aprendizagem que têm emergido da pesquisa em labo-
ratório e ela está mostrando como a aprendizagem muda a estrutura
física do cérebro e consequentemente a organização funcional do
cérebro
• Estudos colaborativos sobre projeto e avaliação de ambientes de
aprendizagem entre psicólogos cognitivos e educadores estão produ-
zindo um novo conhecimento sobre a natureza da aprendizagem e
do ensino e como ela ocorre em uma variedade de cenários. Além
disso, pesquisadores estão descobrindo formas de aprender através

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da “sabedoria adquirida pela prática” que vem de professores bem


sucedidos que podem compartilhar suas experiências.
• Emergentes tecnologias estão levando ao desenvolvimento de inú-
meras novas oportunidades que eram inimagináveis a alguns anos
atrás a fim de guiar e melhorar a aprendizagem.

Todos esses progressos no estudo da aprendizagem tê conduzido a


uma era de nova relevância do campo da ciência ao campo da prática. em
breve, o investimento em pesquisa básica dará seus frutos nas aplicações
práticas da mesma. Estes desenvolvimentos em relação à compreensão de
como os humanos aprendem tem um significado particular em relação
ao que é esperado dos sistemas educacionais do país. No começo do
século vinte, a educação estava focada no aquisição de competências
literárias: simples leitura, escrita e cálculos. Não era uma regra geral
para os sistemas educacionais treinarem pessoas para pensar e ler de
maneira crítica, para se expressarem de forma clara e persuasiva, para
resolver problemas complexos de ciência e matemática. Agora, no final do
século, estes aspectos da leitura avançada são requisitos em quase tudo,
pois têm a finalidade de adequadamente organizar as complexidades da
vida contemporânea. As competências demandam que o trabalho seja
dramaticamente aumentado, assim como a necessidade de organizações
e trabalhadores que se adaptem em resposta às pressões de um mercado
competitivo. Participação reflexiva no processo democrático também tem
se tornado complicada quando o locus de atenção mudou do interesse
local para interesses nacional e global.
Acima de tudo, informação e conhecimento estão crescendo muito mais
rapidamente do que antes em toda a história da humanidade. Quando
o vencedor do Prêmio Nobel, Herbert Simon, sabiamente declarou que
“o conhecimento mudou do ser capaz de lembrar e repetir informação
para ser capaz de descobrir e usar a descoberta” (Simon, 1996). Mais do
que nunca a verdadeira magnitude do conhecimento humano é de tal
gama que seu processamento pela educação seja uma impossibilidade; em
vez disso, a meta da educação é conceber a melhor forma de ajudar os
estudantes a desenvolverem ferramentas intelectuais e as estratégias de
aprendizagem necessárias para que eles adquiram o conhecimento que os
permita a pensar produtivamente em relação a história, ciência e tecnolo-
gia, sociologia, matemática e arte. O entendimento fundamental sobre os
vários assuntos incluindo como formular e fazer perguntas significativas
sobre várias áreas de interesse contribui com a compreensão dos princípios

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mais básicos de aprendizagem do indivíduo e que pode assisti-lo em se


tornar um aprendiz auto suficiente por toda a sua vida.

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Bibliografia

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