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TALÍBIO DE ARRUDA LEDA

DIFICULDADES DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS EM MINISTRAR AULAS


PRÁTICAS EM ESCOLAS PÚBLICAS DA ZONA URBANA DE ARAGUATINS-TO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas do Instituto Federal do
Tocantins, Campus Araguatins, como exigência à
obtenção do grau de Licenciado em Ciências
Biológicas.

Orientador: Prof. Msc. Maukers Alem Lima Dias


Coorientador: Prof. Dr. Raimundo Laerton de Lima
Leite

ARAGUATINS-TO
2015
1

Leda, Talíbio de Arruda.

Dificuldades dos professores de Ciências em ministrar aulas práticas em


escolas públicas da zona urbana de Araguatins – TO / Talíbio de Arruda Leda.
– Araguatins: IFTO, 2015.
46 f.

Monografia (Licenciatura em Ciências Biológicas) – Instituto Federal de


Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – Campus Araguatins, 2015.

Orientador: Prof. Msc. Maukers Alem Lima Dias

1. Aulas Práticas. 2. Ciências. 3. Educação. I. Título


2

TALÍBIO DE ARRUDA LEDA

DIFICULDADES DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS EM MINISTRAR AULAS


PRÁTICAS EM ESCOLAS PÚBLICAS DA ZONA URBANA DE ARAGUATINS-TO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas do
Instituto Federal do Tocantins – Campus
Araguatins, como exigência à obtenção do
grau em Licenciado em Ciências Biológicas.

Aprovado em: _____/_____/_________

BANCA AVALIADORA

___________________________________
Prof. Msc. Maukers Alem Lima Dias (Orientador)
Instituto Federal do Tocantins - IFTO, Campus Araguatins

___________________________________
Profª. Drª. Iane Paula Rego Cunha Dias
Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão - UNISULMA

___________________________________
Profª Msc. Shirley Cunha Feuerstein
Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão - UNISULMA
3

À minha família: meus pais, Manoel Maria


Leda e Jacira Marlene Rodrigues de Arruda
Leda, que transmitiram a herança dos
valores éticos, meus doze irmãos e amigos.
4

AGRADECIMENTOS

A Deus, por me dar força e coragem para prosseguir em mais uma etapa da
minha vida, que é guiada pela motivação e dedicação.
Ao meu orientador, Prof. Msc. Maukers Alem Lima Dias, pela orientação,
amizade, paciência e dedicação na elaboração deste trabalho, pois foi quem me
ensinou a inscrever.
Aos demais professores que tive a prazer em conhecer ao longo do Curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas, em especial a Profª. Drª. Rosângela Martins de
Oliveira, que me ensinou a gostar e, consequentemente, a apaixonar por essa linda
Ciência chamada Biologia.
A todos meus amigos pelos momentos de convívio, apoio e incentivo. A todos
que, de alguma forma, me ajudaram a vencer este desafio.
5

Uma Criança, um professor, um livro e uma


caneta podem mudar o mundo. Educação é
solução.

Malala Yousafzai
6

RESUMO

O ensino de Ciências sofreu ao longo dos anos modificações importante,


principalmente na forma de organização dos conteúdos e metodologias de ensino. A
partir da promulgação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), as
aulas práticas começaram a ganhar atenção, como um recurso facilitador do
processo de ensino-aprendizagem. Com essa pesquisa, buscou-se conhecer as
principais dificuldades dos professores de ciências em ministrar aulas práticas em
escolas públicas da zona urbana de Araguatins/TO. A pesquisa foi desenvolvida em
cinco escolas públicas de ensino fundamental na zona urbana do município de
Araguatins (TO). Para atingir os objetivos dessa pesquisa desenvolveu-se uma
pesquisa de campo, na qual as informações foram coletadas mediante a aplicação
de questionários destinados a todos os professores de Ciências de cada escola e
uma amostra de 30 alunos (do nono ano) em cada escola, escolhida aleatoriamente,
totalizando 150 alunos. Para a pesquisa de campo foi elaborado 2 (dois)
questionários distintos, sendo um destinado aos docentes que lecionam Ciências e o
outro aos discentes do Ensino Fundamental. Todos eles eram compostos de
perguntas abertas e fechadas, sendo o dos professores com um total de 13 (trezes)
questões e o dos alunos apenas 08 (oito) questões. Os resultados evidenciaram a
importância da inserção de aulas práticas no ensino de ciências, pois a aula
expositiva teórica é a modalidade didática mais utilizada. Além disso, o
desenvolvimento de metodologias alternativas esbarra em problemas físicos e
pedagógicos das escolas. Ademais, esse trabalho apresenta um pequeno
diagnóstico sobre a realidade em que vive grande parcela das escolas públicas
brasileiras.

Palavras-chave: Aula Prática. Ciência. Educação.


7

ABSTRACT

Science education has suffered over the years important changes, mainly in the form
of organization of content and teaching methodologies. From the promulgation of the
LDB (Law of Directives and Bases of National Education), practical classes started
gaining attention as a resource favors teaching-learning process. With this research,
we sought to know the main difficulties of science teachers in ministering practical
classes in public schools in the urban area of Araguatins / TO. The research was
conducted in five public elementary schools in the urban area of Araguatins (TO). To
achieve the objectives of this research has developed a field survey, in which the
information was collected through questionnaires intended for all science teachers
from each school and a sample of 30 students (ninth year) in each school, chosen
randomly, totaling 150 students. For field research was prepared two (2) different
questionnaires, one for the teachers who teach science and the other to students of
elementary school. All of them were composed of open and closed questions, and
the teachers with a total of 13 (thirteen) issues and the students only 08 (eight)
questions. The results showed the importance of integrating practical classes in
science education because the theoretical lecture is the most used didactic mode. In
addition, the development of alternative methodologies bumps into physical and
pedagogical problems of schools. Moreover, this work presents a small diagnosis on
the reality affecting a major portion of the Brazilian public schools.

Keywords: Practical Approach. Science. Education.


8

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Anos do Ensino Fundamental que Lecionam ...................................... 23

Gráfico 02 - Formação Superior dos Docentes ........................................................ 24

Gráfico 03 – Principais dificuldades para lecionar Ciências ..................................... 26

Gráfico 04 – Modalidades didáticas mais utilizadas ................................................. 27

Gráfico 05 – Dificuldades para realização de aulas práticas .................................... 29

Gráfico 06 – Definição de aula prática ..................................................................... 30

Gráfico 07 – Gosta de estudar Ciências ................................................................... 32

Gráfico 08 – O professor já realizou aula prática ..................................................... 33

Gráfico 09 – Qual método proporciona melhor aprendizagem ................................. 34

Gráfico 10 – Qual método o professor utiliza com maior frequência ........................ 35

Gráfico 11 - A escola possui laboratório de Ciências ............................................... 36


9

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
2. PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................................ 11
3. JUSTIFICATIVA................................................................................................................ 12
4. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 14
4.1 Objetivo Geral .................................................................................................................. 14
4.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 14
5. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................ 14
2.1 Tendências do Ensino de Ciências no Brasil .............................................................. 15
2.2 Ensino Fundamental ....................................................................................................... 16
2.3 Modalidades Didáticas ................................................................................................... 16
2.4 Principais Problemas Encontrados no Ensino de Ciências ...................................... 17
5.5 A Importância de Aulas Práticas no Ensino de Ciências ........................................... 19
6. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................. 20
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 22
7. 2 Em Relação aos Docentes ............................................................................................ 22
7. 3 Em Relação aos Discentes............................................................................................ 31
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 37
9. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 38
10. APÊNDICE A .................................................................................................................... 42
11. APENDICE B .................................................................................................................... 45
10

1. INTRODUÇÃO

A ciência é uma conquista relativamente recente da humanidade. “Surgiu


no século XVII, quando Galileu estabeleceu as bases de um revolucionário método
científico que transformou a física e a astronomia vigente desde a Antiguidade grega
em ciências modernas” (ARANHA, 2006, p. 19). A partir de então, a ciência passou a
estabelecer leis gerais e teorias, além do rigoroso método científico, que norteia o
desenvolvimento das pesquisas.
O ensino de Ciências sofreu ao longo dos anos modificações importante,
principalmente na forma de organização dos conteúdos e metodologias de ensino.
Um marco importante foi à promulgação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional) em 20 de dezembro de 1961, pois a partir daí mudou a
concepção de ensino e a maneira de fazer Ciências.
De acordo com Brasil (1998, p. 19) “até a promulgação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação de 1961, ministravam-se aulas de Ciências Naturais
apenas nas duas últimas séries do antigo curso ginasial”. Essa lei estendeu a
obrigatoriedade do ensino da disciplina a todas as séries ginasiais, mas apenas a
partir de 1971, com a Lei no 5.692, Ciências passou a ter caráter obrigatório nas oito
séries do primeiro grau.
Antes da LDB o ensino que predominava no cenário escolar era o
tradicionalismo, no qual o professor passava as informações e cabia ao aluno à
reprodução dessas informações posteriormente. O bom aluno era aquele que
carrega maior número de informações. A partir da criação da LDB, vem se tentando
mudar essa realidade, dando “liberdade” ao aluno para que ele possa em cima das
informações passadas em sala de aula, construir seu próprio conhecimento.
A partir de então as aulas práticas começaram a ganhar atenção, como
um recurso facilitador do processo de ensino-aprendizagem, pois quando dá
aplicabilidade para determinado conhecimento, sua apreensão se torna mais
gostosa. No entanto, a realização de aulas prática não é tarefa fácil, o que serve
como estímulo para se tentar mudar essa realidade, começando no Ensino
Fundamental.
Brasil (1998, p. 7) indica como objetivos do ensino fundamental que os
alunos sejam capazes de perceber-se integrante, dependente e agente
11

transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles,


contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente. Nesse sentido, essa
mentalidade será desenvolvida quando os alunos receberem aulas diferenciadas,
como aulas práticas, ainda no ensino fundamental para que se construam sujeitos
pensantes e críticos.
“A Ciência é tanto um modo de pensar sobre o mundo natural como a
soma das teorias e informações que resultam de tal pensamento” (NELSON e COX,
2011, p. 01). Assim, o ensino de Ciências nos terceiros e quartos ciclos do ensino
fundamental devem fornecer informações sobre terra, universo, ser humano, saúde,
vida, ambiente, tecnologia e sociedade, para que cada educando construa seu
próprio conhecimento a partir do pensamento e reflexão.
Portanto, realizou-se, com o desenvolvimento deste trabalho, uma análise
das principais dificuldades dos professores de Ciências em ministrar aulas práticas,
utilizando-se para isto uma pesquisa de campo, tendo como principal objetivo
conhecer as limitações dos professores, para que a partir desse pequeno
diagnóstico, ações sejam tomadas no sentido de melhorar essa realidade que faz
parte do cenário educacional do brasileiro.

2. PROBLEMA DE PESQUISA

São notórias as condições problemáticas enfrentadas no âmbito


educacional no Brasil. No ensino de Ciências, a problemática existente é quanto à
aprendizagem dos alunos. Durante o Ensino Médio, a maioria dos estudantes tem
muitas dificuldades nas matérias de Física, Química e Biologia, ao passo que no
ensino superior, as grandes vilãs dos acadêmicos são a Bioquímica e a Citologia,
apenas para citar algumas. No entanto, o que se percebe em comum nas duas
questões abordadas anteriormente é que os alunos são carentes de conhecimentos
básicos, que teoricamente deveriam aprender no ensino fundamental.
A área de Ciências que posteriormente, no Ensino Médio, se dividirá
basicamente em três grandes disciplinas (Física, Química e Biologia), precisa ser
aplicada de maneira que contribua para o desenvolvimento do conhecimento
científico e desperte o gosto pela ciência. No entanto, o professor deve desenvolver
12

a habilidade de ouvir os alunos, estimular os educandos a pensar, além de dominar


o conteúdo e ter metodologias diferenciadas.
O estudo das ciências na educação básica tem como objetivo, dentre
outros, desenvolver o espírito crítico através do uso do método científico, de modo
que, ao final desta etapa, o educando esteja preparado para, a partir de informações
e dados, pensar lógica e criticamente, estando assim apto a tomar decisões. Assim,
a adoção de aulas diferenciadas que aplique conhecimentos teóricos mostrados em
livros didáticos pode servir como estímulo para que a criança ou jovem tenha
motivação para estudar e buscar aprender mais.
Sabendo disso, esse trabalho buscou resposta para o seguinte problema:
quais as dificuldades encontradas pelos professores de ciências para inserir aulas
práticas que possam proporcionar uma melhor compreensão dos conhecimentos
científicos?

3. JUSTIFICATIVA

O município de Araguatins - TO é privilegiado pelo fato de possuir um


Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins –
IFTO, que oferece Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio e Três Cursos de
nível superior, Agronomia, Ciências Biológicas e Ciências da Computação.
No entanto, a maioria dos estudantes que chegam ao IFTO são egressos
das escolas de Araguatins e apresentam muitas dificuldades na aprendizagem, em
razão de déficits no Ensino Fundamental. Assim, as escolas de Ensino Fundamental
de Araguatins, assim também como as de outros lugares, são muitos importantes
para o sucesso desses estudantes, tanto no ensino médio como no ensino superior.
Diante deste cenário, torna-se evidente a importância de aulas práticas no
ensino de ciências ainda no ensino básico, para que esses estudantes entendam o
assunto e, principalmente desperte o gosto pela ciência, o amor pela leitura e a
capacidade de compreensão e interpretação de textos científicos. Assim, é
necessário dinamizar as aulas, sejam elas usando laboratórios ou mesmo com
experimentos simples que possam ser realizados em sala de aula.
13

São evidentes as condições problemáticas enfrentadas no âmbito


educacional no Brasil. Uma prova disso são os resultados do (Pisa) - Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes, que ocorrem a cada três anos, avaliando
três áreas do conhecimento - Leitura, Matemática e Ciências. Em relação a Ciências,
no ultimo resultado divulgado, em 2012, o Brasil obteve o 59° lugar do ranking com
65 países, que apesar de ter mantido a pontuação (405), o país perdeu seis postos
desde o 53° lugar em 2009.
Assim, a realização desse trabalho visa contribuir para uma mudança
nessa realidade, pois conhecendo as principais dificuldades encontradas pelos
professores em desenvolverem aulas prática quando ensinam Ciências, têm-se um
eixo norteador para o desenvolvimento das atividades que equilibrem aulas
expositivas teóricas com aulas práticas. Utilizando sempre o potencial da região e
explorando as sugestões oferecidas pelos livros didáticos em relação às aulas
práticas que podem ser realizadas com os alunos, no laboratório quando possível ou
mesmo na sala de aula, com recursos alternativos.
Além disso, ensinar ciências é mais do que ministrar aula, pois o
professor quando passa o conteúdo, ao mesmo tempo ele pode estar despertando o
estudante a gostar de uma determinada área. Assim, a região do Bico de Papagaio
pode ser referencia no ensino e pesquisa no futuro, ao passo, que isso depende
principalmente de uma educação de qualidade ainda no ensino fundamental, para
que quando esses estudantes chegarem ao ensino médio e superior, não enfrentam
tantas dificuldades, como o alto índice de reprovação.
Dessa forma, espera-se ter alcançado, além do que foi apresentado
acima, disponibilizar para a comunidade em geral e, principalmente aos acadêmicos
do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFTO Campus Araguatins a
atual situação do ensino de Ciências, para que haja uma preparação voltada
também para esse problema, pois grande parte desses acadêmicos é a mão de obra
do ensino básico de Araguatins nos próximos anos.
14

4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Apontar as dificuldades que professores de Ciências do município de


Araguatins (TO) encontram para ministrar aulas práticas.

4.2 Objetivos Específicos

a) Identificar as metodologias e/ou modalidades de ensino mais utilizadas


pelos professores;
b) Conhecer a frequência com que os professores de Ciências ministram
aulas práticas;
c) Verificar se as escolas possuem laboratórios de Ciências;
d) Identificar qual o método didático que deixa as aulas atrativas.

5. REVISÃO DE LITERATURA

Vivemos um tempo de mudanças. É notável a impressão que se tem


quando visualizamos a revolução científica e tecnológica que atingem nossas casas,
trabalho e lazer. Apresenta-se como celulares, computadores, nanopartículas,
robores, animais e plantas transgênicos, entre outras criações humanas. É inegável
a presença da Ciência na vida de homem. Portanto, é plausível afirmar que o ensino
de Ciências merece uma atenção especial, principalmente no ensino fundamental,
porque é o primeiro contato dos alunos com esse campo de estudo.
15

2.1 Tendências do Ensino de Ciências no Brasil

A disciplina de Ciências, ensinada durante o ensino fundamental, sofreu


ao longo dos anos modificações importantes. Essas alterações atingiram,
principalmente, a organização dos conteúdos e as metodologias de ensino. “Em
meados da década de 1950, o ensino no Brasil sofria grande influência da Europa”
(SILVA, MORAIS e CUNHA, 2011, p. 137). Os conteúdos eram trabalhados de
maneira individualizada e segundo Krasilchik (2008, p.14) as aulas práticas eram
realizadas apenas para ilustrar as aulas teóricas.
De acordo com Krasilchik (2008), na década de 1960, a situação se
modificou devido ao progresso da Ciência, à constatação internacional e nacional da
importância do ensino de ciências como fator de desenvolvimento. Segundo Silva,
Morais e Cunha (2011, p. 138) na década de 1970, o ensino de ciências era
considerado importante para o aprimoramento profissional, entretanto, o que
realmente se obteve foi a deterioração da formação básica sem nenhum benefício
para a profissionalização.
A partir de 1970 a tentativa de juntar o ensino de Ciências com os
avanços dessa área e as tecnologias disponíveis, é indicada como a causa da
mudança nessa concepção de ensino. Esse processo teve como sede os Estados
Unidos. “Essa onda de renovação propagou-se no mundo inteiro em várias direções,
atingindo disciplinas como estudos sociais, artes, línguas e também outros níveis de
escolaridade como a escola básica primária e cursos universitários” (KRASILCHIK,
1992, p. 3). Ao longo dos últimos trinta anos, o processo veio sofrendo grandes
modificações por força das transformações políticas, sociais e econômicas, que têm
afetado tanto o Brasil quanto os outros países com que nos relacionamos.
“No estágio atual do ensino brasileiro, a configuração do currículo escolar
dos ensinos médio e fundamental deve ser objeto de intensos debates”
(KRASILCHIK, 2008, p. 11). Isso porque a escola desempenha um importante papel
na formação dos cidadãos e, a sociedade está em pleno vapor, ao passo que a
escola deve acompanhar essa locomotiva. Como parte desse processo, a disciplina
de Ciências pode ser uma das mais relevantes ou atraentes para os educandos, ou
uma das mais insignificantes e pouco atraentes, dependendo do que for ensinado e
de como isso é feito.
16

2.2 Ensino Fundamental

De acordo com Krasilchik (2008, p 12), nas primeiras quatro séries do


ensino fundamental, cada classe tem um professor responsável por todas as áreas
do conhecimento. Nas quatro ultimas séries, a disciplina de Ciência engloba biologia,
física e química. A análise das propostas curriculares das várias unidades
federativas indica que apenas um período de 12% a 15% do tempo de escolaridade
é dedicado ao aprendizado de Ciências, com média de três aulas por semana.
Krasilchik (2008, p. 13) entende que:
Embora cada unidade federativa tenha liberdade para a elaboração do
currículo, o padrão mais comum dos tópicos selecionados no Brasil, da 5ª à
8ª série do ensino fundamental são: plantas, solo, clima e agricultura;
distribuição de animais e plantas; organismos e reações químicas; nutrição,
respiração e excreção; sistema nervoso, hormônios e comportamentos;
produção de alimentos; vida e energia, fotossíntese, cadeias alimentares e
ecossistemas; e reprodução e estrutura celular.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB


(1996, p. 12) o ensino fundamental tem como um dos objetivos “a compreensão do
ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores
em que se fundamenta a sociedade”. Assim, a escola deve criar um ambiente para
que aluno desenvolva essas habilidades, seja dentro da sala de aula ou fora dela.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –LDB (1996,
p. 8) a educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe
a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios
para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Diante disso, entendemos o
papel da escola na construção do aluno, fornecendo conhecimentos científicos e
humanos.

2.3 Modalidades Didáticas

De acordo com Silva, Morais e Cunha (2011, p. 140) uma das grandes
questões que envolvem o ensino é quanto à escolha da modalidade didática que o
professor deve adotar em suas aulas. A aula expositivo-teórica, por ser de fácil
aplicação, continua sendo a metodologia mais usada. Entretanto, o conteúdo, os
17

objetivos selecionados, a classe a que se destina, o tempo, os recursos disponíveis,


os valores e as convicções do professor, também influenciam na seleção de
metodologias.
As aulas teóricas constituem um importante meio de informações. Isso
porque, por meio dessa modalidade, os alunos obtêm muitas informações,
entretanto, segundo Krasilchik (1996, p. 103) pesquisas indicam que dez minutos
estão perto do limite superior de atenção que os alunos dão a uma exposição
teórica. Nesse sentido, de acordo com Antunes et. al. (2009, p. 283) a realização de
atividades práticas e contextualizadas pode ser uma ferramenta eficaz para
despertar o interesse do aluno e prender sua atenção.
Diante disso, devemos entender que a escolha da metodologia depende
de um conjunto de fatores, como a formação do professor, passando pela estrutura
da escola e característica das turmas, dentre outros fatores. Entretanto, o docente é
o eixo principal. Assim, de acordo com Feltre (2008, p. 119) é importante, porém,
considerar que é a união da prática com a teoria que resulta o grande
desenvolvimento da Ciência, pois afinal, não existe teorias sem sustentação de
trabalho práticos e não existe ações práticas sem fundamentos teóricos.

2.4 Principais Problemas Encontrados no Ensino de Ciências

Para compreender o baixo interesse dos alunos pela Ciência, não basta
simplesmente culpá-los, criticar a escola ou reclamar da incompetência dos
professores. [...] “é necessário analisar, no contexto da cultura científica ocidental, os
processos por meio dos quais antigas certezas se desfazem e novas afloram,
refletindo-se ou não no trabalho pedagógico escolar” [...] (OLIVEIRA, 2010, p. 227).
Driver et. al. (1999, p. 36) entende que:
Aprender ciências não é uma questão de simplesmente ampliar o
conhecimento dos jovens sobre os fenômenos - uma prática talvez
denominada mais apropriadamente como estudo da natureza - nem de
desenvolver ou organizar o raciocínio do senso comum dos jovens.
Aprender ciências requer mais do que desafiar as ideias anteriores dos
alunos, através de eventos discrepantes. Aprender ciências requer que
crianças e adolescentes sejam introduzidos numa forma diferente de pensar
sobre o mundo natural e de explicá-lo.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 5):


18

O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das


sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta
para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de
cidadãos.

Assim, com o passar dos anos, surgem novas tecnologias, as pessoas


mudam a maneira de pensar e o ensino também exige mudanças e enfrenta
dificuldades.
“Uma grande dificuldade encontrada pelos professores no ensino de
ciências é integrar de forma interdisciplinar conceitos presentes em disciplinas que
fazem parte de diferentes áreas do conhecimento como biologia, física, matemática
e química” (REIS et. al., 2009, p. 265). Comumente, o método de ensino mais
utilizado é o expositivo no qual o aluno, sujeito da aprendizagem, é um indivíduo
passivo, cabendo a ele armazenar as informações.
Um dos fatores que têm prejudicado a aprendizagem dos conteúdos de
Ciências são os termos científicos (SILVA, MORAIS e CUNHA, 2011, p. 139). “A
terminologia científica não é apenas uma formalidade, mas uma maneira de
compactar informação, de maneira precisa, que não se modifique com o tempo ou
sofra influências regionais ou da moda da época” [...] (BIZZO, 2007, p.24). Assim, é
necessário que o professor apresente esses termos aos discentes, mas sempre
acompanhado de significado e aplicação do mesmo.
Em relação aos recursos didáticos, existe um leque de opções para o
professor utilizar, como por exemplo, quadro branco, retroprojetores, data show,
filme, entre outros. No entanto, sabe-se que a maioria das escolas públicas
brasileiras enfrenta problemas na quantidade e disponibilidades desses recursos, ou
mesmo pelo fato de não possuir. Mas por outro lado, existem várias possibilidades
para a realização de uma aula diferenciada, como por exemplo, a construção de
modelos didáticos, com matérias de baixo custo.
“Cabe ao professor selecionar o melhor material disponível diante de sua
realidade. Sua utilização deve ser feita de maneira que possa constituir um apoio
efetivo” [...] (BIZZO, 2007, p.66). Portanto, boas ideias, atitudes e ações tem
potencial para melhorar essa realidade.
19

5.5 A Importância de Aulas Práticas no Ensino de Ciências

“Historicamente, o uso da experimentação nas aulas de Ciências e


Biologia têm sido debatidos no Brasil tanta para ressaltar sua importância quanto
para discutir como incorporá-lo de forma mais consistente no cotidiano da escola”
(MARANDINO et. al., 2009, p. 97).
Embora a grande maioria dos professores reconheça o valor das
atividades experimentais, as dificuldades para desenvolvê-los encontram-se
enraizadas em elementos do contexto educacional, associadas tantas as condições
físicas das escolas quantos ao processo de formação dos docentes.
Vivemos numa era marcada pela competição e pela excelência, onde
progressos científicos e avanços tecnológicos definem exigências novas para os
jovens que ingressarão no mundo do trabalho. Tal demanda impõe uma revisão dos
currículos, que orientam o trabalho cotidianamente realizado pelos professores e
especialistas em educação do nosso país.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 19) afirmam que:
Muitas práticas, ainda hoje, são baseadas na mera transmissão de
informações, tendo como recurso exclusivo o livro didático e sua transcrição
na lousa; outras já incorporam avanços, produzidos nas últimas décadas,
sobre o processo de ensino e aprendizagem em geral e sobre o ensino de
Ciências em particular.

“A realização de atividades experimentais contextualizadas pode ser uma


ferramenta eficaz para despertar o interesse do aluno em aprender
significativamente conteúdos a serem desenvolvidos” (ANTUNES et. al., 2009, p.
283). Nesse sentido, as aulas práticas vêm possibilitar uma oportunidade para que o
aluno sinta-se como sujeito atuante, pois ele tem a possibilidade de fazer acontecer
e visualizar que nem sempre o que é mostrado nos livros acontece fielmente na
prática.
Segundo Giordan (1999, p. 43) na época de Aristóteles, já se reconhecia
o caráter particular da experiência, sua natureza factual como elemento
imprescindível para se atingir um conhecimento universal. Aristóteles defendia a
experiência quando afirmava que “quem possua a noção sem a experiência, e
conheça o universal ignorando o particular nele contido, enganar-se-á muitas vezes
no tratamento”.
Vygotsky (1991, p. 72) entende que:
20

A experiência prática mostra que o ensino direto de conceitos é impossível e


infrutífero. Um professor que tenta fazer isso geralmente não obtém
qualquer resultado, exceto o verbalismo vazio, uma repetição de palavras
pela criança, semelhante à de um papagaio, que simula um conhecimento
dos conceitos correspondentes, mas que na realidade oculta um vácuo.

Além disso, trabalhar com aulas diferenciadas não consiste apenas em


usar um laboratório, mas também uma aula de campo, conversar com os alunos,
saber ouvir os alunos e tentar fazer com que ele perceba como a Ciência é
instigante e promissora. Outro vertente importante é criar um ambiente em que o
educando visualize que a Ciência é a responsável pelas conquistas da humanidade.
“As aulas práticas podem ajudar no desenvolvimento de conceitos científicos, além
de permitir que os estudantes aprendam como abordar objetivamente o seu mundo
e como desenvolver soluções para problemas complexos” (LUNETTA, 1991 apud
LEITE; SILVA; VAZ, 2008, p.03).
Entretanto de acordo com Silva, Morais e Cunha (2011, p. 147) os
principais fatores que têm dificultado a realização de aulas práticas durante o ensino
de Ciências são a escassez de recursos, a falta de interesse dos alunos e o pouco
tempo dos professores para elaborar estas aulas. Assim, essa realidade é complexa
e envolve vários fatores, desde os físicos até os humanos.
Segundo Schnetzler (2004, p. 53), a melhoria efetiva do processo de
ensino-aprendizagem em Ciências só acontece através da ação e do conhecimento
do professor, o que demanda, de sua parte, um contínuo processo de
aprimoramento profissional através da reflexão e da pesquisa sobre a sua própria
prática pedagógica.

6. MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi desenvolvida em 5 (cinco) escolas públicas de Ensino


Fundamental na zona urbana do município de Araguatins (TO). Este localizado no
extremo norte do Estado do Tocantins, na Mesorregião Bico do Papagaio, a qual
compreende 66 municípios distribuídos entre os Estados do Pará, Maranhão e
Tocantins, abrangendo uma área de aproximadamente 140.109,5 km2 e com uma
21

população estimada em 1.645.861 habitantes segundo as estimativas do IBGE, em


2008.
Inicialmente, foi realizado um levantamento bibliográfico, utilizando como
fontes livros, artigos científicos, revistas, etc., sobre as principais tendências
educacionais e modalidades didáticas para o ensino de Ciências, com ênfase as que
estão na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) vigente e nos PCN
(Parâmetros Curriculares Nacionais). Além disso, buscou informações na Diretoria
Regional de Ensino, que é responsável pelas escolas estaduais e na direção de
cada escola.
Posteriormente, desenvolveu-se uma pesquisa de campo, na qual as
informações foram coletadas mediante a aplicação de questionários destinados a
todos os professores de Ciências de cada escola, totalizando 08 (oito) professores e
uma amostra de 30 alunos (do nono ano) em cada escola, escolhida aleatoriamente.
Segundo Malhotra (2010, p. 243) os questionários têm três objetivos específicos,
sendo eles, transformar as informações desejadas em um conjunto de perguntas
específicas, motivar e incentivar o entrevistado a envolver-se pela entrevista e
minimizar o erro de resposta.
O público alvo consistiu nas seguintes escolas: Escola Estadual Aldinar
Gonçalves de Carvalho, Escola Estadual Leônidas Gonçalves Duarte, Colégio
Estadual Oswaldo Franco, Escola Municipal Maria de Lurdes e Escola Municipal
Professora Nair Duarte.
Para a pesquisa de campo foi elaborado 2 (dois) questionários distintos,
sendo um destinado aos docentes (apêndice A) que lecionam Ciências e o outro aos
discentes (apêndice B) do Ensino Fundamental. Todos eles eram compostos de
perguntas abertas e fechadas, sendo o dos professores com um total de 13 (trezes)
questões e o dos alunos apenas 08 (oito) questões. A coleta de informações tanto
dos professores quantos dos alunos, teve como objetivo verificar se existe
divergência entre o que os professores respondem e a visão dos alunos.
O questionário destinado aos professores, inicialmente buscou
informações básicas, como idade, sexo, ano que leciona, quantas turmas, formação,
especialização, se gosta da profissão e em qual escola leciona (publica e/ou
privada). Em seguida, quais as principais dificuldades que encontra para lecionar
Ciências, qual(s) o(s) conteúdo(s) que os alunos têm mais dificuldades para
aprender, quais modalidades didáticas utilizadas com mais frequência para ministrar
22

aulas, qual o meio acredita obter melhores resultados no processo de aprendizagem


dos alunos, o que acredita dificultar a realização de aulas práticas e/ou dinâmicas,
como define aula prática e se solicita trabalhos de pesquisa científica para seus
alunos.
O questionário destinado aos estudantes, primeiramente buscou
informações sobre o perfil dos alunos, como ano, turno, idade e se gosta de estudar
Ciências. Posteriormente, pergunta se os alunos têm dificuldade para compreender
os conteúdos de Ciências, seu professor já realizou aulas práticas, qual método que
você acredita melhor proporcionar sua aprendizagem, qual método que seu
professor utiliza com mais frequência para ensinar Ciências, a sua escola possui
laboratório de Ciências e qual conteúdo de Ciências que você tem mais dificuldade
de assimilar.
Após o recolhimento dos questionários, os dados foram tabulados
mediante procedimento manual, uma vez que a população investigada do ponto de
vista amostral foi relativamente pequena, em seguida transcritos em planilha,
posteriormente convertidos em gráficos e analisados segundo as abordagens
quantitativas e qualitativas.
A coleta de dados foi realizada no período da manhã e tarde entre agosto
e outubro de 2014, nas escolas públicas da zona urbana do município da Araguatins
- TO. Antes da aplicação dos questionários, realizou-se uma visita à coordenação de
cada escola alvo da pesquisa, para verificar a quantidade de professores de
Ciências e o tempo disponível de cada professor para responder o questionário. O
questionário destinado aos alunos foi aplicado durante as aulas Ciências.

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

7. 2 Em Relação aos Docentes

A faixa etária dos professores variou entre 29 a 43 anos, sendo 62,5% do


sexo feminino e 37,5% do sexo masculino. Quando indagado sobre quais anos do
23

ensino fundamental lecionam, 37% do 6º ao 9º ano, 25% 8º e 9º ano, 12% 6º e 8º


ano, 13% 7º e 9º ano e 13% somente 9º ano, conforme mostra a figura 01.
Gráfico 01 – Anos do Ensino Fundamental que Lecionam

13%

37% 6º ao 9º
13%
8º e 9º
6º e 8º
7º e 9º
12% 9º

25%

Fonte: Pesquisa de campo


Em relação à quantidade de turmas que ministram aulas, 50% afirmaram
ser mais de cinco, 25% de quatro a cinco e 25% menos de três.
De acordo com Melo et. al. (2013, p. 2) a falta de professores sem
formação específica na área de Ciências influência na aplicação de aulas práticas,
metodologias diferenciadas que auxiliem na aprendizagem da disciplina, e que, por
sua alta complexidade, não pode ser ministrada sem conhecimentos específicos,
uma vez que dificultaria a realização das mesmas. Sabendo disso, os professores
foram questionados em relação à formação superior. Sessenta e dois por cento
possui formação superior em Ciências/Biologia, 25% em matemática e 13% em
Ciências com Habilitação em Química, de acordo com a figura 02.
24

Gráfico 02 - Formação Superior dos Docentes

13%

Formação superior em
Ciências/Biologia
Matemática
25%

Ciências com habilitação em


62% Química

Fonte: Pesquisa de campo

É evidente que um quarto dos professores não possui formação em


Ciências. Isso pode ser apontado como um fator que dificulta a realização de aulas
diferenciadas, pois durante a formação do Licenciado em Ciências Biológicas, o
graduando cursa disciplinas didáticas, tem a oportunidade de participar de
programas de iniciação à docência (PIBID, por exemplo) e também realiza vários
estágios na área de Ciências, comtemplando o ensino fundamental e médio.
Ademais tem uma grade curricular que abrange disciplinas como física, química e
biologia, além das matérias pedagógicas.
Nesse contexto:
O novo professor precisaria, no mínimo, de uma cultura geral mais
ampliada, capacidade de aprender a aprender, competência para agir na
sala de aula, habilidades comunicativas, domínio da linguagem
informacional, saber usar meios de comunicação e articular as aulas com as
mídias e multimídias. (LIBÂNEO, 2002, p. 28)

Diante disso, é necessário entendermos que somente uma graduação


não é suficiente para preparar e manter esse profissional na sala de aula, pois a
sociedade está em constante metamorfose. Além disso, o professor deve sempre
lapidar sua prática pedagógica para desafiar esse educandário. Assim, uma
alternativa para os docentes aperfeiçoar sua atividade é fazer uma especialização,
por exemplo. Segundo Schnetzler e Rosa (2003, p. 27), para justificar a formação
continuada de professores, três razões têm sido normalmente apontadas:
25

[...] a necessidade de contínuo aprimoramento profissional e de reflexões


críticas sobre a própria prática pedagógica, pois a efetiva melhoria do
processo ensino-aprendizagem só acontece pela ação do professor; a
necessidade de se superar o distanciamento entre contribuições da
pesquisa educacional e a sua utilização para a melhoria da sala de aula,
implicando que o professor seja também pesquisador de sua própria prática;
em geral, os professores têm uma visão simplista da atividade docente, ao
conceberem que para ensinar basta conhecer o conteúdo e utilizar algumas
técnicas pedagógicas.

Sabendo disso, os docentes foram indagados se possuíam


especialização. 25% não tem especialização, 37,5% possui em matemática, 25% em
Ciências Ambientais e 12,5% em Física e Matemática. Diante disso é evidente que
um quarto dos professores não tem especialização, ao passo que, os que possuem,
boa parte não foram realizadas em sua área de atuação, que é ciências.
Os cursos de formação de professores, na avaliação de Garrido e
Carvalho (1995 apud CUNHA; KRASILCHIK, 1997, 2) tanto aqueles destinados à
sua preparação, como aqueles voltados para a sua atualização, vêm sendo
considerados insatisfatórios. A não integração da Universidade com as escolas de
ensino fundamental e médio e entre os estudos teóricos e a prática docente têm sido
apontados por pesquisadores em Educação em Ciência, no mundo todo, como
algumas das causas, entre outras, desta ineficiência.
Catani, Bueno e Sousa (2000 apud RABELO, 2010, p. 166) consideram
que o gosto pela escola/educação é crucial para o desenvolvimento das relações
positivas ou negativas que posteriormente os alunos passam a estabelecer com o
conhecimento e com outros valores relacionados à atividade docente. Sabendo
disso, os docentes foram questionados sobre a profissão de professor. Cem por
cento dos professores afirmaram gostar da profissão e todos lecionam em escola
pública. Isso é positivo, pois Oliveira et. al. (2009, p. 1) entende que o professor é
peça fundamental na educação, por isso, quanto mais motivado, melhor será o seu
desempenho em prol do aprendizado do aluno.
Para Penteado e Kovaliczn (2008, p. 2) a ciência se caracteriza por um
conjunto de saberes que, desde que bem utilizados, melhoram a qualidade de vida
do homem, preservam o meio ambiente, explicam fenômenos naturais, curam ou
previnem doenças e ainda nos dão esperança de um futuro melhor para nossos
descendentes. Entretanto, o ensino dessa disciplina apresenta algumas limitações e
desafios.
26

A figura 03 mostra os resultados referentes às dificuldades que os


professores de Ciências encontram para lecionar esta disciplina. Cinquenta e um por
cento apontaram a falta de interesse dos alunos como fator que dificulta o ensino de
Ciências, 22% mencionaram a falta de matérias didáticos, 14% relataram a má
remuneração e 13% apontaram o não acompanhamento dos pais.
Gráfico 03 – Principais dificuldades para lecionar Ciências

13%

14% Falta de interesse dos alunos


Falta de materiais didáticos
51% Má remuneração
Não acompanhamento dos pais

22%

Fonte: Pesquisa de campo

Inicialmente, fica evidente que as dificuldades existentes no ensino de


Ciências têm prejudicado muito a aprendizagem dos alunos. Porém, de acordo com
Silva, Morais e Cunha (2011, p. 143), o fato de os alunos estarem desmotivados nas
aulas é reflexo não só do meio externo à escola, mas resulta da organização da
escola e principalmente dos tipos de metodologias de ensino que o professor utiliza.
Ainda por cima, é evidente que a ausência de aulas práticas, ou de outras
metodologias que envolvam o aluno no processo de ensino-aprendizagem, tem
afetado de forma negativa o ensino desta disciplina e a visão dos alunos em relação
e essa ciência.
Os conteúdos apontados pelos professores, em que os alunos têm
maiores dificuldades para aprender foram, interpretação de cálculos, ligações
químicas, forças e cinemática. Isso pode está associado à má formação dos
professores e o conhecimento em matemática básica, que é um dos principais
pavores dessas matérias citadas. Além disso, ao fato de os adolescentes na
27

atualidade gastarem grande parte de seu tempo com a televisão e internet, deixando
em segundo plano os livros. [...] “ao lermos um texto estabelecemos um diálogo
entre tudo o que sabemos e aquilo que o texto nos traz de novo, atribuindo
significado ao que lemos” [...] (BRITO, 2010, p. 2).
A leitura é o caminho do progresso, do prazer e da liberdade, pois ela
permite a posse ao saber, fornece alimento para a alma e para os sonhos e,
também, ajuda a expressar muito mais os sentimentos de cada ser humano. Diante
disso, o educador deve desenvolver uma didática envolvente, buscando substituir o
mecânico pelo lúdico e o teórico pelo prático. Dessa forma, temos um eixo norteador
para a valorização dos conteúdos trabalhados, pois parece que a escola está no
século XIX, o professor no século XX e os alunos no século XXI.
Segundo Sousa et. al. (2013, p. 1) o ensino de Ciências é pautado a
transmissão de conteúdos, memorização de fatos, símbolos e fórmulas, deixando de
lado o ensino aplicado ao cotidiano. Diante disso, os professores foram indagados
sobre as modalidades didáticas mais utilizadas. Trinta e dois por cento utilizam aulas
expositivas, 22% aulas discursivas, 23% aulas com recurso audiovisuais e 23%
aulas práticas, conforme mostra a figura 04.
Gráfico 04 – Modalidades didáticas mais utilizadas

23%
32%
Aulas expositivas
Aulas discursivas
Aulas com recursos audivisuais
Aulas práticas

23%

22%

Fonte: Pesquisa de campo

Esse diagnóstico evidencia que a aula expositiva teóricas continua sendo


a modalidade didática mais utilizada pelo professor em sala de aula. Resultados
28

semelhantes foram encontrados por Silva, Morais e Cunha (2011, p. 143), que
buscavam conhecer as dificuldades dos professores de Biologia em ministrar aulas
práticas em escolas públicas e privadas do município de Imperatriz (MA). O estudo
demonstrou que 37% dos professores utilizam apenas aulas teóricas, 23% aulas
discursivas, 23% aulas com auxílio de recursos audiovisuais, 14% realizam aulas
práticas e 3% utilizam outros métodos de ensino.
Portanto, essa comparação mostra que estudos em estados e momentos
diferentes, obtiveram resultados semelhantes. Isso evidencia que o caso de
Araguatins não é um caso isolado. Diante disso, é necessário entendermos a
importância da simbiose entre aula teórica e prática, pois de acordo com Silva,
Morais e Cunha (2011, p. 144), essa união facilita à compreensão dos alunos e,
consequentemente, melhora a aprendizagem.
Para Pinto, Viana e Oliveira (2013, p. 84) os experimentos têm papel
central na qualidade do ensino de ciências na visão dos professores. Assim, os
docentes formam questionados sobre as metodologias que resultam em uma maior
aprendizagem. Na concepção de 66,7% dos professores aulas práticas e trabalhos
em grupos são metodologias que proporcionam uma maior aprendizagem, 16,7%
acredita que seja o uso de recursos audiovisuais e multimídias e, 16,6% acham que
é aula expositiva e pesquisa.
Em relação as dificuldade para a realização de aulas práticas, 60%
apontaram a falta de um laboratório apropriado, 30% a falta de tempo e, 10% a falte
de interesse e indisciplina dos alunos, conforme a figura 05.
29

Gráfico 05 – Dificuldades para realização de aulas práticas

10%

Falta de laboratório

Pouco tempo disponível


30%

Falta de interesse e indisciplina


60%
dos alunos

Fonte: Pesquisa de campo

A afirmação dos professores é válida, entretanto, [...] “existem inúmeras


práticas simples que podem ser realizadas na própria sala de aula, basta que o
professor selecione as práticas com as suas possibilidades e com os recursos de
que dispõe na escola” (SILVA, MORAIS e CUNHA, 2011, p. 145). Além disso, de
acordo com Reis et. al., (2009, p. 266) também é possível desenvolver atividades
práticas utilizando materiais de baixo custo de obtenção ou sucata.
Aulas práticas são uma importante ferramenta didática. Segundo
Krasilchik (2008 apud HOFSTEIN, 1982) as aulas práticas tem como principais
funções no ensino de ciências, levar o aluno a despertar o interesse pelas aulas,
envolvendo os mesmos na investigação científica, desenvolvendo a capacidade de
resolver problemas e entender os conceitos básicos, aumentando as habilidades dos
mesmos.
Diante disso, os docentes foram questionados quanto à definição de aula
prática. Oitenta por cento considera que é um método que promove a investigação
científica e 20% conceituaram como uma ilustração dos conteúdos para melhor
fixação, de acordo com a figura 06.
30

Gráfico 06 – Definição para aula prática

20%

Método que promove a


investigação científica
Ilustração dos conteúdos para
melhor fixação

80%

Fonte: Pesquisa de campo

Portanto, é plausível apontar que o conceito de aula prática na concepção


dos professores apresenta-se limitada, pois segundo Borges, Faria e Faria (2011, p.
199) as práticas são de essencial importância para o aprendizado dos alunos, pois
através da prática esses aprendem de forma descontraída, ou seja, aprendem
brincando, mas sem perder o objetivo da aula.
Nessa perspectiva, Lorencini Jr. (2009 apud Silva et. al. 2014, p. 284)
ressalta que o professor deve considerar o conhecimento teórico do conteúdo da
disciplina, o conhecimento das ciências da educação e o conhecimento prático,
como princípios necessários ao desenvolvimento profissional. Assim, é fundamental
que o professor relacione os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação
com atividades cotidianas e aplicação na resolução de problemas.
Segundo Krasilchik (2000, p. 87):
A tendência de currículos tradicionalistas ou racionalistas acadêmicos,
apesar de todas as mudanças, ainda prevalecem não só no Brasil, mas
também nos sistemas educacionais de países em vários níveis de
desenvolvimento. Assumindo que o objetivo dos cursos é basicamente
transmitir informação, ao professor cabe apresentar a matéria de forma
atualizada e organizada, facilitando a aquisição de conhecimentos.

Sabendo disso, os professores foram questionados sobre o fato de


solicitarem aos alunos trabalhos de pesquisa científica. Cinquenta por cento deles
31

solicitam trabalhos de pesquisa científica para os alunos, 37,5% não e 12,5


raramente.
Propor pesquisa científica para alunos ainda na educação básica é
importante. Isso porque o contato íntimo e profundo com os conceitos científicos em
Ciência pode inflamar a curiosidade por entender, por exemplo, as reações químicas
que sustentam a homeostase dos seres vivos e natureza. Consequentemente, essa
curiosidade pode encantar esses pequenos a gostar mais e mais das moléculas.
Assim, temos a formação de novos cientistas e pesquisadores.

7. 3 Em Relação aos Discentes

Foi entrevistado um total de 150 alunos, sendo todos do nono ano do


ensino fundamental, contemplando 50% do sexo masculino e 50% do sexo feminino.
A tabulação das idades dos discentes foi feita por agrupamentos, na qual 94%
tinham entre 13 a 16 anos e 6% acima de 16 anos. Os alunos que participaram da
pesquisa foram escolhidos aleatoriamente.
“As pessoas, em geral, têm uma dificuldade imensa em entender a
Ciência” (ZIMMERMANN, 2004, p. 9). Isso pode está relacionado ao fato de que
muitos estudantes associam o estudo dessa disciplina à formulas, cálculos e
memorização de conteúdos. Não percebendo que o estudo desta matéria é
fundamental para o homem conhecer a natureza e, consequentemente, retirar ou
usar os seus recursos de maneira sustentável.
Segundo Hennig (1994 apud PENTEADO; KOVALICZN, 2008, p. 2) a
ciências estuda as coisas, os fenômenos e os seres que constituem o mundo
natural. Assim, a figura 07 mostra os resultados referentes ao fato de os alunos
gostarem ou não de Ciências. Oitenta por cento afirmaram gostar de estudar
Ciências e 20% relataram que não.
32

Gráfico 07 – Gosta de estudar Ciências

20%

Sim
Não

80%

Fonte: Pesquisa de campo

Esses resultados são positivos, pois o ensino fundamental e médio é o


instante em que o estudante aprende gostar mais de uma área e menos de outra.
Entretanto metade dos que mencionaram gostar dessa área, ao mesmo tempo
disseram não entender os conteúdos que estudam. Esses dados podem refletir o
baixo nível de formação dos professores de ciências, pois segundo Costa et. al.
(2012, p. 3) não existem professores com mestrado ou doutorado atuando na área
de ciências nas escolas estaduais de Araguatins – TO.
Na concepção de 10% dos educandos, eles têm dificuldade para
compreender Ciências, 14% não tem e 76% às vezes. É evidente que a maioria dos
discentes mencionou apresentar uma dificuldade variável em compreender Ciências,
associando isso à aula do professor, ou seja, depende muito da relação entre o
professor e o aluno. Portanto, é muito importante que o docente seleciona
metodologias diferenciadas, pois essas ações tem o potencial para influenciar na
visão dos alunos em relação a essa disciplina.
Além disso, o fato de não gostar de Ciências pode está ligada a
modalidade didática mais utilizada pelo professor, porque segundo Silva, Morais e
Cunha (2011, p. 144), aula teórica continua sendo a modalidade didática mais
utilizada pelo professor em sala de aula e as aulas práticas são a menos utilizada.
Isso explica a dificuldade que os alunos encontram para entender os conteúdos
33

ensinados na disciplina de Ciências. Somente as aulas expositivo-teóricas não são


suficientes para o ensino dos conteúdos físicos, químicos e biológicos.
Na próxima questão, onde se buscou saber se o professor já realizou
aulas práticas, 60% afirmaram que sim e 40% disse que não, ao passo, que os
quarenta por cento não são da mesma escola, onforme mostra a figura 08. Nesse
questionamento, a definição de aula prática ficou à cargo de interpretação do
educando, podendo associar a qualquer atividade diferenciada, seja ela dentro ou
fora da sala de aula.
Gráfico 08 – O professor já realizou aula prática

40%
Sim
Não

60%

Fonte: Pesquisa de campo

Esses resultados contradizem outras respostas, pois os mesmos


afirmaram que a metodologia mais adota pelos professores é a aula teórica. No
entanto, a interpretação mais plausível é que eles afirmaram que o professor já
realizou alguma atividade prática durante o ano e não que essa modalidade seja
usada com frequência. Diante disso, é perceptível como as aulas práticas tem o
potencial de influenciar no aprendizado, pois mesmo que sejam realizadas poucas
vezes, seu desenvolvimento fica registrada na memoria.
Silva et. al. (2012, p. 1) acredita que a forma com que os conteúdos são
trabalhados e a metodologia empregada pelo professor são fatores contribuintes
para a rejeição e o desinteresse pela matéria. Diante disso, os alunos foram
questionados em relação ao método que eles acreditam proporcionar melhor
34

aprendizagem. Sessenta por cento responderam que são aulas teóricas com o
auxílio de aulas práticas, 30% consideram aulas práticas e, 10% aulas teóricas,
conforme visualizamos na figura 09.
Gráfico 09 – Qual método proporciona melhor aprendizagem

10%

Aulas teóricas com o auxílio de


aulas práticas
Aulas práticas
30%

Aulas teóricas
60%

Fonte: Pesquisa de campo

Esses resultados sustenta a importância de metodologias diferenciadas,


pois segundo Freitas (2006, p. 197) durante as aulas teóricas os alunos apresentam
pouco interesse em aprender, já durante as aulas práticas os alunos despertam em
si curiosidade e interesse, pois através das práticas conseguem enxergar o conteúdo
ministrado em sala de aula de outra maneira, conseguindo ver como tudo
funcionava.
Para Costa et. al. (2012, p. 7) o ideal seria que o professor equilibrasse as
duas metodologias (aulas teóricas e aulas práticas) para que os alunos pudessem
assimilar melhor os conhecimentos que a ciência lhe proporciona. A figura 10 mostra
o método mais utilizado pelo professor da disciplina. Setenta por cento afirmaram
que aula teórica com auxílio de quadro branco e livro didático é o método que o
professor utiliza com maior frequência, 20% disseram que é aula prática para
complementar os conteúdos e, 10% afirmaram serem aulas dinâmicas.
35

Gráfico 10 – Qual método o professor utiliza com maior frequência

10%

Aula teórica com o auxílio de


20% quadro branco e livro didático
Aula prática para complementar
o estudo dos conteúdos
Aulas dinâmicas com diferentes
métodos de ensino
70%

Fonte: Pesquisa de campo

De acordo com Zimmermann (2004, p. 9) os alunos necessitam desde


cedo, ainda no ensino fundamental, ter contato e participar de aulas realizadas nos
laboratórios de Ciências de suas escolas, para poder saber e entender como
interagir com os materiais desses laboratórios. Isso é importante, pois durante essa
fase da vida esses alunos buscam coisas novas e também é um momento de
descobertas e, consequentemente a curiosidade faz parte do cotidiano desses
indivíduos.
Diante disso, a figura 11 apresenta os resultados em relação ao fato de a
escola possuir laboratório de Ciências. Noventa e seis por cento afirmaram que a
escola não possui laboratório para essa disciplina e, 4% disseram que sim, mas não
faz uso nas aulas. É evidente que as escolas pesquisadas não possuem laboratório
de Ciências, entretanto, existem várias possibilidades para se desenvolver uma aula
diferenciada. Zimmermann (2004, p. 28) afirma que diversos experimentos podem
ser realizados fora da sala de aula, como, por exemplo, a medida de velocidades e
aceleração de pessoas ou de carros; a coleta de vegetais ou de animais para serem
estudados.
36

Gráfico 11 – A escola possui laboratório de Ciências

4%

Não
Sim

96%

Fonte: Pesquisa de campo

“O conhecimento precisa ser construído pelo sujeito na sua interação


social e com o ambiente” (ZIMMERMANN, 2004, p. 16). Portanto, o laboratório pode
ser um ambiente ideal para esse processo, pois o estudante tem a possibilidade de
ver na prática como as coisas acontecem e que os livros didáticos apresentam
apenas modelos para a melhor compreensão dos conteúdos.
Segundo Carvalho et. al. (1998 apud ZIMMERMANN, 2004, p. 16):
O objetivo das atividades relacionadas ao conhecimento científico é fazer os
alunos resolverem os problemas e questões que lhes são colocados, agindo
sobre os objetos oferecidos e estabelecendo relações entre o que fazem e
como o objeto reage à sua ação. Pretendemos que as crianças relacionem
objetos e acontecimentos e busquem as causas dessa relação. As
atividades devem servir como uma possível abertura para novos
conhecimentos, fazendo-os estender e, eventualmente, mudar sua visão
dos fenômenos.

Diante disso, é evidente a importância de um laboratório de ciência, pois


esse ambiente constitui uma alternativa para a compreensão e visualização da
disciplina ministrada e, também como um local de fazer ciências.
Para finalizar, os discentes foram questionados sobre quais conteúdos de
Ciências têm maior dificuldade, ao passo, que os principais foram as Leis de
Newtons; energia e trabalho; tabela periódica, aceleração média; átomos; equação
química; e células. É evidente que os principais vilões dos alunos são em ordem
decrescente a física, a química e a biologia.
37

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados desse estudo indicam que a maioria dos docentes possui


formação superior em Ciências/Biologia e o pouco interesse dos alunos é apontado
como principal dificuldade para lecionar Ciências. A modalidade didática mais
utilizada pelos professores é a expositiva teórica e a principal dificuldade para a
realização de aulas práticas é a falta de um laboratório de Ciências. Ademais, a aula
prática é um método que promove a investigação científica.
Em relação aos discentes, a maioria afirma gostar de estudar Ciências e,
também, mencionaram que professor já realizou aulas práticas. Aulas teóricas com o
auxílio de aulas práticas é o método que proporciona melhor aprendizagem. Além
disso, a aula teórica com auxílio de quadro branco e livro didático é a metodologia
mais usada pelo professor e quase todos afirmaram que a escola não tem
laboratório de Ciências.
Diante disso, esse estudo vem alertar, sobretudo para a necessidade de
políticas públicas federais, estaduais e municipais voltadas para melhoria da
estrutura física e pedagógica da escola. Pois esse pequeno diagnóstico evidencia a
realidade que faz parte de grande parcela das escolas públicas brasileiras, ou seja,
faltam professores atuando na sua área de formação, as escolas não possuem
laboratórios, os alunos estão desmotivados e as aulas são vista como chatas e
monótonas.
Entretanto, cabe aos professores elaborar aulas diferenciadas, utilizando
matérias alternativas e de baixo custo, para tentar resgatar a motivação dos alunos
pela disciplina ou mesmo pelos estudos. Além disso, é necessário um maior
envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos. Ademais, é de fundamental
importância que os professores estejam inseridos em um processo de formação
continuada, pois tanto a Ciência quanto os alunos estão sempre mudando e
incorporando coisas novas.
38

9. REFERÊNCIAS

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42

10. APÊNDICE A

Identificação:

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – IFTO –


Campus Araguatins.
Acadêmico: Talíbio de Arruda Leda
Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas (8º Período)
Orientador: Maukers Alem Lima Dias

Questionário destinado aos professores

O presente questionário tem como objetivo coletar dados acerca da formação


profissional, das práticas pedagógicas e do perfil dos professores de Ciências, onde
os resultados nortearam um projeto de pesquisa, que tem como objetivo definir as
características do ensino-aprendizagem dessa disciplina no município de Araguatins
- TO.

Questionário

Idade:_____________ Sexo: feminino masculino

1) Em qual(s) ano(s) do Ensino Fundamental você leciona?

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

2) Em quantas turmas você leciona?

Menos que três de quatro a cinco mais que cinco

3) Você tem sua formação superior em Ciências/Biologia?

SIM.

NÃO. Qual sua formação?_________________________________________

4) Tem alguma especialização?


43

SIM. Qual a sua especialização?____________________________________

NÃO

5) Você gosta de sua profissão?

SIM NÃO

6) Você leciona em escola:

Apenas pública;

Apenas privada;

Pública e privada.

7) Quais as principais dificuldades que você encontra para lecionar Ciências?

A má remuneração;

Falta de materiais didáticos;

Falta de interesse dos alunos;

Outras:_________________________________________________________

8) Levando em conta sua experiência profissional e a série que leciona, qual(s) o(s)
conteúdo(s) que os alunos têm mais dificuldades para
aprender?___________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

9) Quais modalidades didáticas você utiliza com mais frequência para ministrar aulas
de Ciências?

Expositivas;

Discursivas;

Com recursos audiovisuais;

Participativa através de aulas práticas;


44

Outras:_________________________________________________________

10) Qual o meio que você acredita obter melhores resultados no processo de
aprendizagem dos alunos?

Aula expositiva;

Trabalhos em grupo;

Uso de recursos audiovisuais e multimídias;

Aulas práticas;

Outros:_________________________________________________________

11) O que você acredita dificultar a realização de aulas práticas e/ou dinâmicas?

Falta de um laboratório apropriado;

Falta de tempo para elaborar aulas práticas, visto que esse método requer mais
tempo tanto no seu planejamento quanto na sua execução;

Orientações pedagógicas

Outras:_________________________________________________________

12) Qual sua definição para Aula Prática?

Representação ilustrativa dos conteúdos para melhor fixação;

Método que promove uma investigação científica;

Uma utopia, pois não há condições de serem realizadas.

Outra definição:__________________________________________________

13) Você solicita trabalhos de pesquisa científica para seus alunos?

SIM NÃO

Araguatins – TO ________ de _________________________de 201__


45

11. APENDICE B

Identificação:

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – IFTO –


Campus Araguatins.
Acadêmico: Talíbio de Arruda Leda
Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas (8º Período)
Orientador: Maukers Alem Lima dias

Questionário destinado aos alunos

Este questionário tem como objetivo coletar dados acerca da opinião dos alunos,
quanto às práticas pedagógicas dos professores de Ciências que melhor
proporciona a aprendizagem. Os resultados nortearam um projeto de pesquisa, que
tem como objetivo definir as características do ensino-aprendizagem dessa disciplina
no município de Araguatins – TO.

Questionário

1) Ano: 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Turno: Matutino Vespertino Noturno

Idade: 08 a 12 anos 13 a 16 anos Acima de 16 anos

2) Você gosta de estudar Ciências?

SIM

NÃO

3) Você tem dificuldade para compreender os conteúdos de Ciências?

SIM NÃO Ás vezes

4) Seu professor já realizou aulas práticas?

SIM
46

NÃO

5) Qual método que você acredita melhor proporcionar sua aprendizagem?

Aulas Teóricas

Aulas Práticas

Aulas Teóricas com auxílio de Aulas Práticas

6) Qual método que seu professor utiliza com mais frequência para ensinar
Ciências?

Aula teórica com auxílio do quadro branco e livro didático;

Aula prática para complementar o estudo dos conteúdos;

Aulas dinâmicas com diferentes métodos de ensino (texto, discussões,


aulas de campo etc.).

7) A sua escola possui laboratório de Ciências?

SIM

NÃO

8) Qual conteúdo de Ciências que você tem mais dificuldade de assimilar?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Araguatins – TO ________ de _________________________ de 201__

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