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O texto abaixo é a tradução da resenha publicada na contracapa do livro Libido

Dominandi: Sexual Liberation & Political Control, de Eugene Michael Jones.


“Assim, um homem bom, mesmo sendo um escravo, é livre; mas um homem mau,
mesmo sendo um rei, é um escravo. Pois ele serve, não apenas a um homem, mas,
o que é pior, serve a tantos senhores quantos vícios tem.” – Santo
Agostinho, Cidade de Deus.
Santo Agostinho, escrevendo na época do colapso do Império Romano, alterou
extraordinariamente e encerrou a discussão sobre a ideia de liberdade na
antiguidade. O homem não era escravo pela natureza ou pela lei, como dissera
Aristóteles. A liberdade era função do seu estado moral. O homem tinha tantos
senhores quantos eram os seus vícios. Este insight proveria a base para a mais
sofisticada forma de controle social conhecida pelo homem.
Quatorze séculos depois, num mundo ávido por rejeitar o patrimônio intelectual do
Ocidente, um aristocrata francês decadente inverteu esta tradição quando escreveu
“as pessoas mais livres são aquelas mais dispostas a cometer assassinatos”. Como
Santo Agostinho, o Marquês de Sade concordaria que a liberdade era função da
moralidade. Entretanto, a liberdade, para o Marquês de Sade, significava a
disposição para rejeitar a lei moral. Diferentemente de Santo Agostinho, Sade
propôs uma revolução nas tradições e costumes sexuais para acompanhar a
revolução política então em andamento na França. Libido Dominandi – o termo é
tirado do Livro I da Cidade de Deus de Santo Agostinho – é a história definitiva
dessa revolução sexual, de 1773 até hoje.
Ao contrário do pregado pela versão clássica da revolução sexual, Libido
Dominandi mostra como a liberação sexual foi, desce o início, uma forma de
controle. A lógica é suficientemente clara: aqueles que queriam liberar o homem da
ordem moral precisavam impor controles sociais tão logo tivessem sucesso, pois o
instinto sexual livre de regras conduz inevitavelmente à anarquia. Ao longo de
duzentos anos, essas técnicas tornaram-se cada vez mais refinadas, resultando
num mundo onde as pessoas seriam controladas, não pela força militar, mas pela
hábil manipulação de suas paixões. Aldous Huxley escreveu em seu prefácio para
a edição de 1946 de Admirável Mundo Novo que “à medida que as liberdades
política e econômica diminuam, a liberdade sexual tende a aumentar na mesma
proporção”. Este livro é sobre esta afirmação. Explica como a retórica da liberdade
sexual foi usada para engendrar um sistema de controle político e social
dissimulado. Ao longo dos dois séculos cobertos por este livro, o desenvolvimento
de tecnologias de comunicação, reprodução e controle físico – incluindo
psicoterapia, behaviorismo, propaganda, sensitivity training, pornografia e, no
momento decisivo, a chantagem pura e simples – permitiram ao Iluminismo e a seus
herdeiros inverter o insight de Santo Agostinho e converter os vícios humanos em
senhores dos homens. Libido Dominandi é a história de como isso ocorreu.
Veja o livro Libido Dominandi: Sexual Liberation & Political Control.
Traduzido por Ricardo Hashimoto

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