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Mas posts neste website criaram alguma discussão entre leitores de uma visão socialista
que crê no mito de que a China possua economia capitalista. Esse é o equívoco que
constantemente leva analistas ocidentais a cometer erros fundamentais acerca da
dinâmica da economia chinesa – exemplos típicos desses erros, constantemente
atualizados, estão compilados neste website no link “Análises equivocadas sobre a
China – Listadas por autor e data“.
Esse erro surge entre esses socialistas porque eles têm uma definição de socialismo que
deriva de Stalin, ao invés de Marx – como será demonstrado abaixo. Para esclarecer as
questões para eles, esse artigo é, portanto, um breve delineamento das bases
fundamentais das teorias econômicas chinesas e do porquê elas estão alinhadas com
Marx. Aqueles que preferem se utilizar de categorias ocidentais podem analisar a
economia socialista Chinesa nesses termos – como esboçado em “Deng Xiaoping e
John Maynard Keynes” – e não se dar ao trabalho de ler este artigo. Os que preferem ter
análises econômicas mais precisas, não estando excessivamente preocupados com qual
estrutura eles estão inseridos, podem ignorar se o gato é preto ou branco e apenas
estudar a economia chinesa.
A ANÁLISE DE MARX
Está claro que Marx previu que a transição do capitalismo para o comunismo eria
prolongada, pontuando n’O Manifesto Comunista: “O proletariado usará sua
supremacia política para obter, gradualmente, todo o capital da burguesia, para
centralizar os meios de produção nas mãos do Estado, i.e., do proletariado organizado
como classe dominante; e para aumentar o total das foças produtivas o mais
rapidamente possível” (Marx & Engels, 1848, p. 504)
Em uma transição como tal, Marx destacou que, nessa sociedade, pagamento e
distribuição de produtos e serviços necessariamente deveriam ser “de acordo com o
trabalho”, mesmo dentro de setores estatais da economia: “convenientemente, o
produtor individual recebe da sociedade – após deduções terem sido feitas – exatamente
o que ele provém a ela. O que ele forneceu foi sua quantia individual de trabalho. Por
exemplo, o dia de trabalho social consiste na soma das horas individuais de trabalho; o
tempo de trabalho individual do produtor individual é a parte do dia de trabalho social
com o qual ele contribuiu, sua participação. Ele recebe um certificado da sociedade de
que ele forneceu, assim ou assado, uma quantidade de trabalho (após deduzir seu
trabalho dos recursos públicos); com esse certificado, ele recebe do estoque social dos
meios de consumo tanto quanto aquela quantidade de trabalho custar. A mesma
quantidade de trabalho que ele deu à sociedade de uma forma, ele recebe de volta de
outra.
Marx considerava que apenas após uma prolongada transição o pagamento de acordo
com o trabalho seria substituído com o objetivo último desejado, distribuição dos
produtos de acordo com as necessidades dos membros da sociedade.
“O direito nunca pode estar acima da estrutura social e seu desenvolvimento cultural
que ele determina.
“Em uma fase mais avançada da sociedade comunista… após as forças produtivas terem
também crescido com o desenvolvimento dos indivíduos por todos os lados, e todas as
fontes de riqueza comum fluído mais abundantemente – apenas então o estreito
horizonte do direito burguês pode ser transposto em sua totalidade e a sociedade
inserida em sua máxima: de cada um segundo suas habilidades, a cada um de acordo
com suas necessidades!” (Marx, 1875, p. 87)
Está, desse modo, claro que as políticas pós-Deng na china estavam mais alinhadas com
as prescrições de Marx do que as políticas de Stalin pós-1929 na URSS. Dado que o
controle essencialmente estatal da indústria chinesa em 1978, “Zhuada Fangxiao”
(mantenha o grande, deixe ir o pequeno) – mantendo as grandes empresas no setor
estatal e liberando as pequenas para o setor não-estatal, juntamente com a criação de um
novo setor privado, possibilitou uma nova estrutura econômica claramente mais
alinhada com o que foi contemplado por Marx do que o controle essencialmente estatal
na URSS após 1929.
Está, dessarte, claro que a política econômica chinesa pós-reforma é alinhada com a
análise socialista de Marx e que, como expresso nas análises chinesas, a política
soviética pós-1929 afastava-se das análises de Marx – o argumento de que o oposto
seria verdadeiro, feito por Hsu e outros, é inválido.