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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

ASSISTÊNCIA SOCIAL

NOME DO ALUNO

MANIFESTAÇÕES POPULARES NO BRASIL EM 2013

Cidade
Ano

0
NOME ALUNO

MANIFESTAÇÕES POPULARES NO BRASIL EM 2013

Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a
disciplina de Atividades Interdisciplinares: Portfólio
Individual.

Prof.

Cidade
Ano

1
1. INTRODUÇÃO

A participação popular pode ser compreendida como as múltiplas


ações que diferentes forças sociais desenvolvem para influenciar a formulação, a
execução, a fiscalização e a avaliação das políticas públicas e/ou serviços básicos
na área social. (VALLA; ASSIS; CARVALHO, 1993 apud VALLA, 1998).
“A própria idéia de uma participação popular surge, justamente, para
se distinguir de uma outra concepção de sociedade, onde quem tem estudo e
recursos aponta o caminho ‘correto’ para as classes populares”. (VALLA, 1998).
O regime ditatorial que, no passado, existiu no Brasil, limitou o direito
de expressão popular, com exílios e diversos outros formatos de punição e estímulo
ao medo de manifestar. Com os anos, criou-se um mecanismo de estímulo popular
para levar a população às ruas, a fim de conquistar uma nova perspectiva de
sociedade, mais participativa e com maior autonomia dos cidadãos na escolha de
seus representantes. (MACEDO, 2013).
Mas, as gerações atuais compreendiam as manifestações como um
ponto histórico distante de sua realidade, a ponto de muitos jovens interpretarem o
direito de voto como um dispositivo obrigatório e desnecessário para suas vidas.
(MACEDO, 2013).
Nesse sentido, os acontecimentos sociais ocorridos em 2013 no
Brasil contribuíram de modo intenso para a construção de um novo cenário brasileiro
e uma esperança de um novo modelo de gestão pública, comunicação
governamental e fiscalização dos atos e recursos públicos. (MACEDO, 2013).
O movimento que tomou conta das ruas do Brasil no primeiro
semestre de 2013 não tinha partido, não tinha cor, nem classe social, nem tinha
identidade. (SOUZA, 2013)
Essas manifestações populares protestavam, inicialmente, as
elevadas tarifas de transporte, para depois alcançarem também as prestações de
saúde, educação, os gastos com a copa do mundo, a impunidade e a corrupção.
(LIMA; ROSSATO, 2013).

2. DESENVOLVIMENTO

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Segundo Lessa (2013), as manifestações populares do primeiro
semestre de 2013 no Brasil iniciam-se com a luta contra os aumentos da tarifa do
transporte público, mas estende-se para todas as outras políticas públicas.
Já Souza (2013) afirma que, “a luta não é pela passagem do ônibus;
é pela ausência de diálogo dos poderes constituídos, do Congresso, dos governos,
do Poder Judiciário... Estes não ouvem as vozes das ruas, apenas ignoram”.
Em outras palavras, essas manifestações articulam-se em torno de
uma causa bem delimitada: a melhoria dos serviços públicos e o combate à
corrupção (LIMA; ROSSATO, 2013)
Foi de dentro das camadas populares e de fora da política
institucional, que apareceram os temas relacionados aos serviços públicos e à
corrupção no sistema político. (LIMA; ROSSATO, 2013).
Felipe e Oliveira (2013) dizem que, os protestos que assolaram o
Brasil recentemente estão estruturados de forma diferente dos anteriores, se
caracterizando por atores predominantemente anônimos, não articulados em torno
de entidades representativas ou de classes.
As manifestações sustentaram um clima de descontentamento
político em todo o país (MACEDO, 2013). Houve manifestantes contrários ao
conceito de partido, mas respeitadores da presença dos mesmos nas manifestações
e na sociedade civil. (LESSA, 2013).
Na perspectiva popular, a política e os políticos merecem pouca
confiança, logo, grandes parcelas das classes populares não acreditam em
mudanças através do caminho parlamentar ou através de negociação com as
autoridades. (VALLA, 1998).
Apesar dessa perspectiva, Felipe e Oliveira (2013) afirmam que, não
se pode haver, e nem faz sentido um movimento antiinstitucional, não se pode tentar
destruir as instituições políticas brasileiras, já que as mesmas, são resultados de
ampla mobilização política e social reivindicadas pelos movimentos pró - democracia
das décadas de 1970, 1980 e 1990.
Observamos que, as manifestações populares desenvolvem-se de
forma diferente daquelas ocorridas na década de 1980 (VALLA, 1998).
Neves (2014) diz que, só os valores democráticos são capazes de
apontar o caminho para uma sociedade em crise de confiança, que está frustrada

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em seus sonhos e insegura com o seu futuro, e, maiormente, indignada com a
realidade em que vivencia.
Há pelo menos duas décadas, com a implementação de políticas
sociais, milhões de brasileiros tiveram melhoria em suas condições de vida, mas,
essa ascensão social alcançada ainda mantém inalterada uma estrutura secular de
desigualdade. (NEVES, 2014)
Ferreira e Latorre (2012) afirmam que, a desigualdade social é uma
condição inerente ao sistema capitalista, onde um pequeno grupo de pessoas detém
os meios de produção e o capital financeiro, e a grande maioria da população é
possuidora apenas de sua força de trabalho.
As camadas populares tornam-se obrigadas a investir em colégios
particulares e planos de saúde, bem como a gastar muito de sua renda e seu tempo
no péssimo transporte público. As condições de vida estão sendo prejudicadas pelo
aumento gradual da inflação e pela multiplicação do acesso pago a bens públicos.
(LESSA, 2013).
Segundo Souza (2013), durante os protestos a imprensa mostrou “o
quebra-quebra de uma minoria de pessoas com mochilas nas costas e o rosto
tapado, ao invés de mostrar a quantidade de cidadãos que estão mostrando sua
indignação nas ruas”.
Beltrame (2014) compreende que as manifestações populares foram
movimentos legítimos, que não devem ser criminalizadas na sua essência, mas que
acordos formais de convivência precisavam ser respeitados e temidos para evitar
mais violência.
Os acontecimentos sociais ocorridos recentemente no Brasil
contribuíram para a construção de um novo cenário brasileiro e uma esperança de
um novo modelo de gestão pública, comunicação governamental e fiscalização dos
atos e recursos públicos, através da sociedade civil e de novos formatos de controle
e punição de envolvidos em práticas ilícitas dentro do contexto político nacional.
(MACEDO, 2013)
Pois, segundo Souza (2013), o que os manifestantes buscavam não
era necessariamente novos políticos, novas pessoas, mas sim, uma nova forma de
governar, seriedade e cadeia para quem comete crime.
Sendo assim, foi modificada a forma que partidos, governantes e
postulantes devem fazer política, tanto governamental como eleitoral. (MACEDO,

4
2013).
As manifestações criaram a sensação de participação cidadã nas
novas gerações, que estavam incrédulas pelos acontecimentos negativos dos
últimos anos, envolvendo corrupção e improbidade no gerenciamento dos recursos
públicos em todo o país. (MACEDO, 2013).
Felipe e Oliveira (2013) acreditam que esses protestos recuperaram
a capacidade ativa da sociedade enquanto elemento transformador da realidade
histórica, ou seja, de se recolocar como centro da elaboração e personagem central
da política no Brasil.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As manisfestações populares do Brasil em 2013 iniciaram – se com


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reinvindicações contra o aumento das passagens de ônibus e seguiram atingindo os
demais setores públicos. A maioria dos manifestantes estavam insatisfeitos com os
partidos políticos, bem como, com o modo de governar nossas cidades, estados e
até o próprio país.
Enquanto a juventude das décadas de 70, 80 e 90 buscavam seus
objetivos, como a democracia, através dos partidos políticos, a juventude atual
expos suas indignações e interesses apoliticamente, o que demostra uma mudança
no ato de reinvindicar, quando comparado aos movimentos sociais ocorridos
anteriormente.
Embora essas manifestações ainda não tenham atingido todos seus
objetivos, elas mostraram a força que exercem sobre a política no Brasil,
provocando nos governantes uma maior preocupação com a população, que foi
despertada em relação a escolha de seus representantes.

4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELTRAME, José Mariano. Faltam as regras. Folha de São Paulo. fev 2014.
6
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/opinião/2014/02/1410824-jose-mariano-
beltrame-faltam-as-regras.shtml> Acesso em:20/04/2014.

FELIPE, Ednilson Silva; OLIVEIRA Ueber José. As Recentes Manifestações no


Brasil, A Ciência Política e a Economia Institucional. Disponível em:
<http:www.economiacapixaba.word>. Acesso em: 10/04/14.

FERREIRA, Maria Angela Fernandes; LATORRE, Maria do Rosário Dias de Oliveira.


Desigualdade social e estudos epidemiológicos: uma reflexão. Ciência e Saúde
Coletiva. v. 17, n. 2, p. 2523-2531, 2012. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S141381232012000900032&Ing=pt&nrm=iso&tIng=pt Acesso
em: 23/04/2014.

LESSA, Golbery Luiz. Revolta Popular em Alagoas e no Brasil. Revista Espaço


Acadêmico. Alagoas. v. 13 , n. 146 , p. 56-60, jul. 2013. Disponível em:
http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/espacocademico/article/view/2131
Acesso em: 02/05/2014.

LIMA,Fernando Antonio; ROSSATO, Felipe Candido. As Manifestações Populares


Brasileiras em Junho de 2013: sua natureza e suas verdadeiras intenções. Revista
Crítica do Direito. 2013. Disponível em:<http://www.criticadodireito.com.br/todas-as-
edicoes/numero-3-volume-52/fernando> Acesso em: 10/04/2014.

MACEDO, Roberto Gondo. Influência das manifestações populares brasileiras na


disputa presidencial de 2014. Perspectivas. n.9, 2013. Disponível em:
http://www.fesmedia-latin-america.org/inicio/resultados-de-busqueda/?L=0 Acesso
em: 27/04/2014.

NEVES, Aécio. Democracia. Folha de São Paulo. fev. 2014. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2014/02/1413227-
democracia.shtml> Acesso em: 20/04/2014.

SOUZA, João Edisom. Das manifestações de junho (2013) ao novo Brasil.


Disponível em:<http://www.ajes.edu.br> Acesso em: 25/04/2014.

VALLA, Victor Vicente. Sobre Participação Popular: uma questão de perspectivas.


Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro. v. 14, n. 2, p. 7-18. 1998. Disponível
em: <http://www.scielosp.org/pdf/csp/v14s2/1322.pdf> Acesso em: 10/04/2014.

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