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pela União Europeia, através do FSE
M.T5.01
ÍNDICE GERAL
I - INTRODUÇÃO
• Objectivos 1
• Temas 1
Breve história do cobre 2
Ligas de cobre, propriedades e aplicações 3
O cobre nas redes de gás 5
• Resumo 11
• Actividades / Avaliação 12
• Objectivos 13
• Temas 13
Gases utilizados 14
Maçaricos 26
Aparelhos de regulação e segurança 28
Chama oxigás 32
Posto de soldadura oxigás 36
• Resumo 39
• Actividades / Avaliação 40
III - CONSUMÍVEIS
• Objectivos 41
• Temas 41
Materiais de consumo 42
Metal de adição 42
Fluxos (decapantes) 46
M.T5.01
• Resumo 48
• Actividades / Avaliação 49
• Objectivos 51
• Temas 51
Definição de soldadura e brasagem 52
Fundamentos do processo 54
Defeitos e sua origem 59
Critério de aceitabilidade da brasagem forte 63
Brasagem fraca 63
Soldobrasagem 64
Aplicações da brasagem 65
Método de execução da brasagem forte 66
• Resumo 73
• Actividades / Avaliação 74
V- ANEXOS
VI - BIBLIOGRAFIA 81
M.T5.01
2 Soldador de Tuba
ubagg em em Cobr
Cobree Guia do Formando
IEFP · ISQ Introdução
OBJECTIVOS
TEMAS
• Objectivos
• Temas
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T5.01 Ut.01
O cobre foi o primeiro metal usado pelo homem. Acredita-se que por volta de 13000 a.C. foi encontrado na
superfície da Terra, em forma de “cobre nativo”, o metal puro no seu estado metálico.
Em inúmeras escavações, levadas a cabo por arqueólogos, constatou-se que foi usado para objectos de decoração
e, em substituição da pedra, para a fabricação de ferramentas, instrumentos de lavoura e armas, sobretudo
quando descobriram a técnica de fusão e obtiveram o bronze (Cu + Sn), que é mais duro que o cobre e, pela sua
resistência, tornou-se uma descoberta fundamental na história da evolução humana.
Existem provas de que este metal foi utilizado para a fabricação de tubos de cobre. A este respeito, descobriu-
-se que o artesão que construiu a pirâmide de Keops instalou tubos de cobre forjado que conduzia a água para
o banho do Faraó.
Em Berlim, no museu arqueológico, existe um troço de tubo de cobre forjado, que data do tempo do Faraó Za-hu-
re, de 75 mm de diâmetro, obtido por forja com martelagem de uma chapa de cobre e que se encontra embutido
numa argola em forma de ferradura, escavada em pedra de gesso. A canalização da qual este troço fazia parte
tinha 100 metros de comprimento e estava feita por secções de 750 mm.
Conhecido pela indústria desde a mais remota antiguidade, este metal avermelhado foi utilizado constantemente
no avanço da civilização.
Os Romanos designaram o cobre com o nome de “Aes Cyprium”, o Metal de Cyprus, já que a Ilha de Cyprus
(Chipre) foi uma das primeiras fontes do metal. Com o tempo, o nome transformou-se em Cyprium e depois em
Cuprum, originando o símbolo químico “Cu”.
2 Soldador de Tuba
ubagg em em Cobr
Cobree Guia do Formando
IEFP · ISQ Introdução
O cobre tem cor avermelhada brilhante e é menos duro e resistente que o aço macio. A sua densidade é de 8,9
e o seu ponto de fusão é de 1083 ºC. É, depois da prata, o melhor condutor de calor e de electricidade.
Ao ser exposto à humidade, cobre-se rapidamente de uma camada de óxido (verdete), película que uma vez
formada, impede a continuação da oxidação.
Quando puro, é macio, bastante maleável e muito dúctil o que justifica a sua utilização em fios, cabos condutores,
peças de aparelhos eléctricos e a gás, caldeiras e tubos.
O facto de se terem encontrado objectos de cobre tão antigos, em diversos lugares do mundo, é prova das
propriedades únicas deste metal: maleabilidade, ductibilidade, durabilidade, resistência à corrosão, e facilidade
de manuseamento.
Apesar de sua antiguidade, o Cobre manteve, aliado aos metais mais novos, um papel predominante na evolução
da humanidade, sendo utilizado em todas as fases das revoluções tecnológicas pelas quais o ser humano já
passou.
Tanto o cobre como as suas ligas são conhecidos desde a antiguidade, existindo uma grande variedade utilizada
na indústria.
Uma liga é uma associação homogénea de duas ou mais substâncias, geralmente metálicas, que se obtém
juntando-as em preparações várias e fazendo-as fundir conjuntamente.
O bronze, que parece ter surgido casualmente da fusão conjunta de minérios de cobre e de estanho, veio permitir
a construção de grande número de objectos mais duros e mais resistentes marcando o início de uma nova era, a
era do bronze.
O latão é de origem mais recente, tendo sido produzido, pela primeira vez, na ilha de Rodes no séc. VI a.C. e
utilizado largamente, durante o Império Romano, em moedas, artigos de adorno e outros utensílios.
M.T5.01 Ut.01
A sua utilização, hoje em dia, é muito extensa, tanto sob a forma de peças fundidas como na de perfis laminados,
chapas e arames.
Na área do gás os latões também são muito utilizados, existindo vários tipos de acessórios, que vão desde,
terminais, tês, cruzetas, torneiras.
O cobre e suas ligas são os materiais mais indicados para a fabricação de diversos componentes devido à sua
combinação única de propriedades, tais como:
• Resistência à corrosão: a maioria das ligas comerciais de cobre é levemente oxidada em atmosferas secas
ou húmidas, permitindo a sua utilização directa.
• Resistência elástica à compressão: capacidade de sofrer compressão sem ocorrer deformação permanente.
• Soldabilidade: as peças produzidas com ligas de cobre são unidas mediante brasagem.
• Bom condutor de calor: por ter baixa resistividade térmica e boa resistência à corrosão, é aplicado em
permutadores de calor.
• As ligas de cobre e zinco (latões) são trabalháveis a frio: o que permite que sejam utilizadas em objectos,
nos quais são exigidas transformações mecânicas de compressão e expansão.
• As ligas de cobre também são trabalháveis a quente (forjadas): empregues na fabricação de produtos nos
quais se necessita de melhor estanquidade e/ou aumento das suas propriedades mecânicas.
Em virtude destas propriedades o cobre é aplicado em inúmeros casos, como nas indústrias mecânica, electrónica
e do frio, na construção civil e naval, e ainda em variadíssimos objectos de decoração.
É aplicado em instalações de frio, ar condicionado e gás canalizado, entre outras, utilizando tubos e os diversos
tipos de acessórios.
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4 Soldador de Tuba
ubagg em em Cobr
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IEFP · ISQ Introdução
O tubo de cobre que se utiliza nas instalações é fabricado com cobre de qualidade, denominado Cu DHP
(electrolítico, tenaz com alta percentagem de fósforo residual), cuja composição é de 0,012 a 0,004 de fósforo e
o resto de cobre.
Verifica-se pois, que se trata de cobre quase puro, servindo a pequena quantidade de fósforo para facilitar as
soldaduras do cobre nas respectivas instalações.
Por isso, o tubo de cobre possui as qualidades e características do cobre puro; maleabilidade, ductibilidade,
alta condutividade, boa resistência a altas temperaturas, resistência à corrosão.
A fabricação do tubo de cobre pelo método de extrusão de barras de material adequado e, por operações sucessivas
de estiramento, que efectua o desbaste do tubo até chegar às dimensões comerciais finais, significa que o tubo
é fabricado sem costura longitudinal, que lhe confere maior resistência à pressão interna. É finalmente decapado
e lavado, ficando liso e brilhante interior e exteriormente.
O tubo resiste à acção da água em geral, quente ou fria, vapor, gases liquefeitos do petróleo, óleos pesados,
petróleo, gasóleo, entre outros. Isto permite que se possa utilizar em instalações industriais e domésticas, o que
representa uma grande vantagem.
É comercializado em varas, no estado duro e sem revestimento (nu), e em rolos, no estado de recozido e
revestido com material plástico.
As tabelas seguintes referem os materiais mais utilizados em instalações de gás canalizado em edifícios.
Existem no mercado tubos revestidos ou nús, em rolo ou vara, variando o seu diâmetro consoante a sua aplicação.
Fig. I.4 - Tubos nús em vara Fig. I.5 - Tubos revestidos em rolo
Na execução de redes de gás é necessário, na maioria dos casos, recorrer à utilização de acessórios o que
implica ter um conhecimento da sua diversidade. De seguida são referenciados alguns dos acessórios mais
comuns na execução de uma instalação de rede de gás.
Diâmetro Tipo
∅ (mm)
8 Fx F MxF
10 Fx F MxF
12 Fx F MxF
15 Fx F MxF
18 Fx F MxF
22 Fx F MxF
28 Fx F MxF
35 Fx F MxF
42 Fx F MxF
54 Fx F MxF
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6 Soldador de Tuba
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Joelhos em cobre
Tês em cobre
Diâmetro ∅ (mm)
8
10
12
15
18
22
28
Fig. I.13 - Tê em cobre
35
42
54
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8 Soldador de Tuba
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TÊS DE REDUÇÃO
A B C A B C
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
15 12 12 28 18 28
15 12 15 28 22 18
15 15 12 28 22 22
15 18 15 28 22 28
18 12 15 28 28 15
18 12 18 28 28 18
18 15 15 28 28 22
18 15 18 28 35 28
18 18 15 35 15 35
18 22 18 35 18 35
22 12 22 35 22 22
22 15 15 35 22 28
22 15 18 35 22 35
22 15 22 35 28 22
22 18 15 35 28 28
22 18 18 35 28 35
22 18 22 35 35 22
22 22 15 35 35 28
22 22 18 42 28 42
22 28 22 42 35 42
28 15 22 54 22 54
28 15 28 54 28 54
28 18 15 54 35 54
28 18 18 54 42 54
28 18 22
Exemplo:
A B
(mm) (mm)
12 10
15 10
15 12
18 12
18 15
22 12
22 15
22 18
28 12
Fig. I.15 - União de redução
28 15
28 18
28 22
35 22
35 28
42 28
42 35
54 35
A B
54 42
Descrição
10 Soldador de Tuba
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IEFP · ISQ Introdução
RESUMO
Com a introdução do gás natural no nosso país foi necessário dotar os edifícios de canalizações apropriadas a
este tipo de gás, sendo as respectivas instalações normalmente construídas em cobre e ligadas através de um
processo de brasagem.
• Boa maleabilidade;
• Boa soldabilidade.
É também um material indicado para a fabricação de diversos acessórios, onde a gama existente é também
bastante diversificada.
No que diz respeito, ao método de ligação é o processo de brasagem forte o mais utilizado. Este processo é o
mais antigo dos que utilizam a fusão do material de adição para ligar duas peças metálicas, sendo descrito mais
pormenorizadamente na unidade temática referente aos processos de brasagem.
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ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
M.T5.01 Ut.01
12 Soldador de Tuba
ubagg em em Cobr
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IEFP · ISQ Equipamento para Soldadura Oxigás
OBJECTIVOS
TEMAS
• Objectivos
• Temas
Gases utilizados
Maçaricos
Chama Oxigás
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T5.01 Ut.02
GASES UTILIZADOS
Na antiguidade, o homem aprendeu a controlar e dirigir a chama, segundo as suas necessidades, soprando
através de um tubo para avivar o fogo, tendo este método a vantagem de concentrar o calor sobre os objectos,
conforme se mostra na figura seguinte.
Com a descoberta dos metais, aplicou este processo na fusão e ligação destes, utilizando como combustível a
lenha e os carvões.
No início só era possível fundir e ligar os metais com baixo ponto de fusão (chumbo, ouro, prata, estanho, entre
outros) mas, com a necessidade de controlar mais facilmente a potência da chama e aumentar a temperatura,
para poder fundir outros metais com ponto de fusão mais alto, o homem foi fabricando os equipamentos mais
adequados às suas necessidades, bem como a utilização de diversos combustíveis.
Mais tarde inventou uns aparelhos que utilizavam um comburente (ar), com um combustível (o petróleo e a
gasolina), o qual, depois de aquecido e comprimido aumentava a potência da chama.
M.T5.01 Ut.02
14 Soldador de Tuba
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IEFP · ISQ Equipamento para Soldadura Oxigás
Dentro deste princípio foram fabricados diversos tipos de maçaricos (tal como se ilustra na figura seguinte) e
também os célebres fogões a petróleo, que passaram por algumas gerações.
1– Reservatório
1 – Reservatório
2– Mecha
2 – Mecha
3– Câmara
3 – Câmarade gases
de gases
4– Injector
4 – Injector
5– Queimador
5 – Queimador
6– Parafuso
6 comcom
– Parafuso agulha
agulha
7– Parafuso do empaque
7 – Parafuso do empaque
8– Botão
8 de regulação
– Botão de regulação
9– Válvula de segurança
9 – Válvula de segurança
10 – Tampão
10 de carga
– Tampão de carga
11 – Punho
11 – Punho
12 – Êmbolo
12 – Êmbolo
13 – Válvula
13 – Válvula
14 – Pega
14 - Pega
Com o domínio dos gases combustíveis, a utilização do oxigénio como gás comburente que activa a combustão
e a fabricação de aparelhos de controlo, conseguiu-se uma melhor regulação da chama e um maior controlo da
temperatura.
A figura seguinte mostra, de uma maneira simples, a relação Ar/Oxigénio com o combustível.
Acetileno Propano
AR AR
Oxigéni Oxigéni
o o
As figuras seguintes mostram a evolução do comburente na mistura com o combustível (primeiro com a utilização
do ar e depois com o oxigénio), e respectiva reacção.
Oxigéni
AR o
o
AR Oxigéni
Começou depois a utilizar o acetileno como gás combustível e o oxigénio como comburente, que atingem facilmente
temperaturas de 3000 ºC. Ao aparelho que hoje utiliza estes dois gases chama-se, Maçarico Oxi-acetilénico.
Existem actualmente os mais variados tipos de maçaricos, que utilizam diversos gases combustíveis, os quais
se designam por maçaricos oxigás.
O termo oxigás significa o processo que utiliza a chama produzida pela combustão de um gás com o oxigénio.
16 Soldador de Tuba
ubagg em em Cobr
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IEFP · ISQ Equipamento para Soldadura Oxigás
Os combustíveis e o comburente
A madeira é um combustível sólido, o álcool, o petróleo e a gasolina são combustíveis líquidos, o hidrogénio é um
combustível gasoso, como também o gás natural existente no subsolo.
Comburente é a substância que facilita ou alimenta a combustão. Comburente diz-se de uma substância que,
combinando-se com um combustível, dá lugar à combustão deste.
O ar é o comburente mais utilizado mas, é o oxigénio nele existente, que alimenta a combustão.
Oxigénio
Na soldadura oxigás o comburente utilizado é o oxigénio. Este está presente no ar numa percentagem volumétrica
de cerca de 20 % de oxigénio para 79 % de azoto.
A principal razão pela qual se realiza a combustão do gás combustível com oxigénio, é pelo facto de a chama que
se obtém ser mais “quente” do que aquela que se obteria se a mesma combustão se fizesse no ar. Dado que no
ar cada volume de oxigénio é diluído em aproximadamente quatro volumes de azoto, e sendo este um gás inerte,
não só não irá participar na combustão como ainda proporciona o escoamento de uma grande parte do calor
gerado.
2800
2600
2400
2200
2000
20 40 60 80 100
% de Oxigénio no Ar de Combustíveis
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O oxigénio pode ser extraído de várias fontes como sejam os óxidos metálicos, sais oxigenados, a água ou o ar.
O oxigénio industrial apresenta um grau de pureza que se situa perto dos 99%, é armazenado em garrafas onde
se encontra comprimido a uma pressão elevada. As garrafas de oxigénio têm forma cilíndrica como se pode
observar na figura seguinte.
As garrafas industriais, que são as mais utilizadas, possuem uma grande capacidade de armazenamento de gás.
As dimensões das garrafas variam consoante o país ou até o fabricante. Normalmente, a altura máxima é de dois
metros e o diâmetro exterior máximo de 250 mm.
As válvulas de segurança das garrafas de oxigénio são em latão e possuem duas partes móveis independentes
que permitem desmontá-las, mesmo quando a garrafa se encontra cheia. A obturação da válvula é obtida através
duma pastilha de nylon ou material equivalente, por forma a evitar o perigo do contacto de um material combustível
com o oxigénio.
As válvulas de segurança não deverão ter nenhum vestígio de matérias gordurosas ou óleo, dado o risco de
explosão.
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18 Soldador de Tuba
ubagg em em Cobr
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As garrafas de oxigénio são feitas em tubo de aço forjado, para uma capacidade de 7, 5 ou 2 m3. A pressão no
interior da garrafa é de 150 Kg/cm2.
Recomendação de Segurança
• Nunca de deve ultrapassar um débito de 1000 litros de oxigénio por hora e por garrafa.
• As garrafas devem ser utilizadas em pé ou inclinadas a 30º sobre a horizontal para evitar o derramamento da
acetona.
Calcula-se o volume de oxigénio contido numa garrafa, multiplicando a capacidade em litros (de água) pela
pressão em Kg/cm2.
Exemplo:
Calcular o volume de oxigénio contido numa garrafa sabendo que o oxigénio se encontra a uma pressão de 100
Kg/cm2 e a garrafa tem uma capacidade de 47,6 l.
Capacete de protecção
não desmontável
Válvula
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Resolução:
V = Capacidade x Pressão =
Recomendações de Segurança
• Os mecanismos ou equipamentos em contacto com o oxigénio nunca deverão estar gordurosos, já que
a inflamação dessa gordura produz calor suficiente para que a combustão se transmita mesmo às
paredes metálicas.
• As canalizações flexíveis que ligam os mecanismos aos circuitos de distribuição não deverão ser jamais
trocadas umas com as outras.
• As garrafas devem ser transportadas com as válvulas fechadas e respectiva protecção (capacete).
• A procura de fugas deve ser feita com espumífero e não com chama.
Gases combustíveis
O Acetileno
O acetileno é um hidrocarboneto não saturado cuja fórmula química é C2 H2, é menos denso que o ar, tendo uma
densidade relativamente a este último, igual a 0,9.
O acetileno não pode ser comprimido a pressões muito elevadas porque se torna perigoso, visto que o seu
aquecimento ou um simples choque contra o recipiente em que se encontra pode provocar uma explosão. Por
esta razão, nas garrafas de acetileno, este gás não se encontra simplesmente comprimido mas também dissolvido
em acetona. As garrafas são cheias com um corpo sólido muito poroso, que pode ser de carvão vegetal, no qual
se aloja o acetileno dissolvido em acetona.
Atendendo à sua relativa perigosidade o acetileno está sujeito a regras de utilização relativamente severas que
variam de país para país. Assim, o armazenamento do acetileno não é normalmente permitido a uma pressão
efectiva superior a 1,5 bar, a não ser que seja dissolvido na acetona.
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20 Soldador de Tuba
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Os recipientes de acetileno são, assim, preenchidos com uma matéria porosa, embebida em acetona, onde o
gás é dissolvido.
As garrafas de acetileno são feitas em tubo de aço forjado, para uma capacidade de 4 ou 2 m3. A pressão no
interior da garrafa é de 15 kg/cm2. O armazenamento é feito em matéria porosa embebida em acetona.
Recomendações de segurança
• Nunca de deve ultrapassar um débito de 1000 litros de acetileno por hora e por garrafa.
• As garrafas devem ser utilizadas em pé ou inclinadas a 30º sobre a horizontal para evitar o derramamento
da acetona.
Calcula-se o volume de acetileno contido numa garrafa pesando-a, subtraindo a tara e dividindo o resultado (peso
líquido) pelo peso do litro de acetileno.
Exemplo: Calcular o volume de acetileno de uma garrafa (Fig. II.11) com o peso de 68,2 kg e a tara de 64,8 kg.
(1 litro de acetileno: 1,11 g), sabendo que um litro de acetona a 15º, à pressão de 15 kg/cm2 dissolve 360 litros de
acetileno, calcula-se o volume de acetileno contido numa garrafa pesando a mesma, subtraindo a tara e dividindo
o resultado (peso líquido) pelo peso do litro de acetileno.
Capacete de
protecção
Válvula
Ogiva de cor
castanha
Matéria porosa
Resolução:
= 3,063 l
Recomendações de segurança
22 Soldador de Tuba
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• A procura de fugas só pode ser feita com espumífero e não com chama.
• Não utilizar uma garrafa deitada, ou, se não for possível, o ângulo deve ser no mínimo de 30º, a partir da
posição horizontal.
O Propano
O propano, C3 H8, é um gás combustível inodoro e não tóxico, o qual, por razões de segurança, é perfumado de
forma a torná-lo facilmente detectável ao olfacto.
É mais denso que o ar, tendo uma densidade relativamente a este último de a 1,56 pelo que, em caso de fuga, se
acumula nos locais baixos. Portanto, compreende-se ser perigosa a sua utilização em caves ou em lugares mal
ventilados. Os locais onde se armazenam as garrafas ou onde os gases são empregues, como por exemplo a
oficina de soldadura, devem ser suficientemente ventilados.
O propano é extraído do petróleo bruto a partir de operações de refinação, podendo também ser extraído do gás
natural. O seu armazenamento faz-se no estado líquido em garrafas de aço soldadas, constituídas por um fundo
inferior e superior, um corpo cilíndrico, um pé e um bocal onde se coloca a respectiva válvula de abertura e fecho.
Conforme as dimensões das garrafas estas podem ser constituídas por duas ou três peças.
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1221
(Butano 55 Kg) (Butano 55 Kg) (Butano 55 Kg)
1201
1213
Propano 45 Kg Propano 45 Kg Propano 45 Kg
Tara 45 Kg Tara 45 Kg Tara 43 Kg
542
523
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Quando o consumo atinge valores importantes, existe vantagem em utilizar reservatórios de armazenagem, que
podem ser abastecidos por camiões cisternas, sendo também usual utilizar baterias de garrafas.
d
c
b a - garrafa
b - fixação
c - mangueira (lira)
d - inversor
a
Recomendações de segurança:
• Não colocar as garrafas próximo de aberturas que dêm acesso a caves de edifícios.
• As garrafas só devem ser transportadas com as válvulas fechadas e respectiva protecção (capacete).
• A procura de fugas deve ser feita com espumífero e não com chama.
MAÇARICOS
Os maçaricos são aparelhos cuja função é a de produzir, através de chama controlada, as temperaturas adequadas
ao diverso tipo de trabalho.
Os maçaricos diferem ligeiramente de forma e concepção, de fabricante para fabricante, mas o seu princípio de
funcionamento é sempre o mesmo, utilizando gases diferentes.
Válvula de regulação
Zona de mistura
Tubo de mistura
Combustível
Oxigénio
Punho
O maçarico é formado por um punho, provido de duas entradas de gás, uma para oxigénio e a outra para o gás
combustível, por um misturador, onde os gases se misturam nas proporções desejadas, e por uma lança (tubo de
mistura) em cujo extremo está montado o bico. Pela lança passa a mistura de oxigénio e de gás combustível
proveniente do misturador e que sai depois pelo bico, onde é inflamada. É esta, em linhas gerais, a disposição
dos vários órgãos do maçarico, e todos os tipos, com pequenas variantes, são constituídos por estes órgãos
essenciais.
“Maçaricos de Alta Pressão”, são aparelhos em que a pressão de alimentação de cada um dos gases
(combustível e comburente), medida imediatamente antes do orifício de saída, é superior à pressão da mistura
gasosa.
Sob uma pressão igual, os gases convergem para um orifício estreito que acelera o escoamento e provoca a
reunião dos gases na câmara de combustão.
Apenas podem ser utilizadas em postos de acetileno dissolvido (garrafas) ou com um gerador de acetileno de alta
pressão.
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“Maçaricos de Baixa Pressão”, são aparelhos nos quais a pressão de admissão de um dos gases (acetileno),
medida imediatamente antes do orifício de saída, é inferior à pressão da mistura gasosa.
Sob pressões diferentes, os gases convergem para a extremidade do injector, sendo o acetileno arrastado pelo
oxigénio, a mais elevada pressão, indo este por sua vez acelerar o débito.
Podem ser utilizados numa instalação de alta pressão regulando o manoredutor de acetileno em baixa pressão
(10 a 100 g/cm2).
Funcionam empregando uma pressão de acetileno de 10 a 100 g/cm2 e uma pressão de oxigénio de 1 a 3 Kg/cm2.
“Maçarico de débito único”, são maçaricos capazes de permitir um único débito de gás, do qual não se podem
afastar, senão em limites muito estreitos.
“Maçaricos de débito múltiplo”, são maçaricos capazes de fornecer uma variedade de débitos de gás bem
determinada, correspondente a diferentes orifícios de saída. Os bicos vêm sempre referenciados com um número
que indica o consumo de acetileno, em litros, durante uma hora (l/h).
Maçarico nº 1 para bicos de 250 – 315 – 400 – 500 – 630 – 800 - 1000 l/h
Maçarico nº 2 para bicos de 1250 – 1600 – 2000 – 2500 – 3150 – 4000 - 5000 l/h
Recomendações de segurança
• Nunca lubrificar com substâncias gordurosas as peças em contacto com o oxigénio (perigo de inflamação
espontânea).
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Tubos de Ligação
Os tubos de ligação são tubos especiais, em borracha, flexíveis com um revestimento interior de rede metálica
para melhorar a sua resistência.
9 6
16 11
Os tubos de oxigénio têm marcado a inscrição: “Oxigénio 20 BAR DIN 8541” e os tubos de acetileno têm a
inscrição “Acetileno 15 BAR DIN 8541”.
Manoredutores
Como vimos, os gases industriais são sempre fornecidos na forma comprimida, liquefeita ou dissolvida, variando
as pressões de armazenagem consoante o tipo de gás.
Em qualquer dos casos, as pressões ou forma de utilização no maçarico são sempre diferentes daquela em que
o gás é fornecido.
Torna-se assim normal na maioria das aplicações, intercalar um manoredutor à saída da garrafa ou tubo ou
entre a canalização de distribuição e o maçarico.
O manoredutor é um aparelho constituído por válvulas e corpos de expansão, capaz de reduzir a pressão do gás
para uma pressão de utilização. São também apelidados frequentemente de reguladores de pressão.
M.T5.01 Ut.02
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Incorporam o manoredutor dois manómetros que informam da pressão disponível e da pressão de utilização.
• À natureza ou tipo do gás utilizado, o que necessita de uma determinada identificação, como sejam,
diferentes colorações ou diferentes dispositivos de ligação à garrafa.
Por exemplo, no que se refere aos diferentes tipos de ligação, os reguladores de pressão para gases combustíveis
possuem roscas de passo à esquerda, enquanto que a rosca de reguladores para gases não combustíveis é à
direita.
Paraf. de regulação
Entrada de gás
Mola de abertura
Saída do gás
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2º Aperta-se o parafuso de regulação para obter uma pressão de 1 Kg. O gás penetra na câmara de expansão.
4º Abre-se a torneira do maçarico. A válvula vai abrir-se para manter a pressão inicialmente marcada.
30 Soldador de Tuba
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Manómetros
As válvulas anti-retorno utilizam-se normalmente na entrada dos gases no maçarico. São válvulas direccionais,
que permitem a passagem do gás num só sentido. Quando a chama inverte o sentido, as válvulas fecham-se,
protegendo o operador contra o risco de explosão. Este fenómeno é frequente quando se pretende acender o
maçarico.
CHAMA OXIGÁS
Cone do dardo
Penacho
Zona 3
Zona 1 Zona 2
As diferentes zonas na chama correspondem aos diferentes tipos de combustão (primária e secundária).
A zona 1 é aquela onde se dá a reacção primária de oxidação, isto é, é produzida a partir do gás combustível e
carburante admitidos no queimador. Esta combustão realiza-se à superfície do dardo e tem uma temperatura
próxima dos 3050°C.
A zona 3, finalmente, denominada “penacho”, rodeia as duas zonas precedentes e prolonga a zona de reacção
secundária.
Regulação da chama
O aspecto de uma chama oxigás é profundamente modificado em função da proporção dos gases admitidos no
queimador, bem como da sua temperatura. Assim, uma chama oxi-acetilénica é formada pela combustão de:
• 1 volume de acetileno
• 1,5 volumes de oxigénio obtidos a partir de 7,5 volumes de ar ambiente (ar = 1/5 de oxigénio + 4/5 de azoto)
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• Chama carburante
• Chama normal ou neutra
• Chama oxidante
No acendimento do maçarico a primeira operação será abrir a válvula de gás combustível. Na sequência da
regulação do maçarico abre-se a válvula do oxigénio, até se obter a chama pretendida.
A chama carburante é caracterizada por ter um excesso de acetileno. O dardo é rodeado por uma auréola branca
que o mascara (Fig. II. 22). A sua dimensão e a sua temperatura dependem do excesso de gás, sendo bastante
inferior à da chama normal. Um excesso ainda maior de gás, baixa ainda mais a temperatura e o dardo é
totalmente encoberto por um véu branco. Neste caso o comprimento da auréola é, aproximadamente, 3 vezes a
de um dardo normal. Este tipo de chama não é indicado para a execução do processo de brasagem.
Continuando a aumentar a percentagem de oxigénio para a mesma quantidade de gás combustível iremos obter
uma chama normal ou neutra, que é a mais indicada para o processo de brasagem. É caracterizada por um
dardo de contornos muito definidos de cor verde azulado, zona redutora de cor azulada e penacho de cor rosada.
A chama normal ou neutra é muito quente, mas a chama mais quente é, contudo, obtida para valores de “a” entre
1,25 e 1,5.
Bico
Penacho de cor rosada Dardo verde azulado
Sede da mais elevada temperatura 3100º
Zona redutora de cor azulada
Queremos chamar a atenção, para o facto da abertura da válvula de oxigénio ter que ser feita gradualmente até se
atingir a chama referida anteriormente. Pois, se a abertura da válvula de oxigénio for demasiada, existe um
excesso de oxigénio na mistura, o que dá origem a uma chama oxidante. Em alguns casos, pode ocorrer
mesmo o retorno de chama e a sua própria extinção.
Assim, considera-se que uma chama é oxidante quando a percentagem de oxigénio na mistura é elevada. Este
aumento de oxigénio origina uma chama mais quente, mais sibilante e o seu penacho torna-se azulado (Fig. II.
24). Contudo, à medida que a percentagem de oxigénio aumenta a temperatura da chama diminui. Trata-se de um
tipo de chama que não deve ser utilizada, já que produz uma quantidade elevada de óxido.
Cor azulada
Incidentes de funcionamento:
Dardo deslocado
Desafinação da chama
Estalidos
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Temperatura da chama
A chama oxi-acetilénica não tem uma temperatura constante ao longo de todo o seu comprimento, atingindo a
sua maior temperatura próximo do dardo, como podemos observar na figura.
3050 ºC
3100 ºC
2950 ºC
2650 ºC
2700 ºC
2400 ºC
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
No Quadro II.1 apresentam-se as temperaturas calculadas e medidas experimentalmente por vários autores, para
a chama oxi-acetilénica.
Quadro II.1 - Temperaturas calculadas e medidas da chama oxi-acetilénica para diferentes reacções
M.T5.01 Ut.02
Comparativamente à chama oxi-acetilénica, a chama do propano não é tão quente (aproximadamente 2830°C)
e a sua velocidade de combustão é fraca.
Um posto de soldadura oxigás é constituído por um conjunto de elementos necessários à produção de chama
para obtenção de determinada temperatura. No entanto, é necessário conhecer profundamente cada um dos
seus elementos para se poder utilizar com eficiência e segurança, visto que a sua utilização não é isenta de
perigos.
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O posto de soldadura pode ainda ser fixo ou móvel, dependendo esta situação do tipo de trabalho a desenvolver.
Considera-se que o posto de soldadura é fixo quando abastecido por uma bateria de garrafas de gases (Fig. II. 14)
instalado a uma determinada distância, no interior de uma cabina de protecção e que transporta o gás, através de
tubagem metálica, até ao terminal de utilização, onde são ligadas as mangueiras ao maçarico.
Pode ainda ser constituído por duas garrafas de gases, que são fixas num local, o mais perto possível da sua
utilização, ligando directamente as mangueiras ao maçarico (Fig. II. 28).
1 - Maçarico
2 - Garrafa de gás combustível
5 3 - Garrafa de oxigénio
3 1 4 - Manoredutores
5 - Mangueiras
6 - Válvulas anti-retorno
2 6
Estes postos de soldadura são utilizados para produção de peças em série, sem necessidade de deslocação.
Considera-se que o posto de soldadura é móvel, quando é composto por um conjunto de duas garrafas de gases,
montado numa estrutura metálica sobre rodas. Este sistema, que permite a utilização no próprio local, é utilizado
nas instalações de redes de gás canalizado, Fig. II.29.
Para uma correcta preparação do posto de soldadura devem ser seguidos os seguintes passos:
• Ligação do maçarico.
• Detecção de fugas.
Recomendações de Segurança
• Verificar a estanquidade da ligação para evitar as fugas (juntas Presto, etc., ou com uma anilha de chumbo).
• Não derreter o gelo dos manoredutores com uma chama; utilizar para isso um aquecedor por resistência
eléctrica ou água quente.
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RESUMO
O maçarico serve para produzir a chama, obtida a partir da mistura e combustão dos gases, de tal forma que,
com apropriadas regulações dos mesmos se obtenha a temperatura adequada à realização da soldadura.
• Chama carburante;
• Chama oxidante.
O maçarico permite também dirigir a chama, a fim de localizar a aplicação do calor, e conserva separados o
combustível e o comburente até ao momento da combustão.
Para se atingir temperaturas de soldadura elevadas utiliza-se directamente oxigénio puro como comburente.
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ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
1 - Descreva os tipos de chama utilizados num grupo oxigás e aponte as suas diferenças.
2 - Quais os cuidados de segurança que se devem ter quando se utilizam garrafas de acetileno?
4 1 - ________________________________________
2 - ________________________________________
5
3 - ________________________________________
3 1
4 - ________________________________________
2 6 5 - ________________________________________
6 - ________________________________________
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OBJECTIVOS
TEMAS
• Objectivos
• Temas
Materiais de consumo
Metal de adição
Fluxos (decapantes)
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T5.01 Ut.03
MATERIAIS DE CONSUMO
O fluxo e o metal de adição são os materiais intervenientes na brasagem e a sua aplicação deve obedecer a uma
escolha criteriosa.
A composição do metal de adição depende em grande parte do metal de base que se pretende soldar, enquanto
que a composição do fluxo a usar durante o processo de soldadura, depende do metal de base e do metal de
adição. De seguida apresentamos algumas das características e formas mais comuns destes dois elementos,
os quais são fundamentais para se obter uma soldadura de qualidade.
METAL DE ADIÇÃO
Como o nome indica, o metal de adição é o metal que se adiciona ao metal de base, durante o processo de
Brasagem e Soldobrasagem.
A escolha correcta do metal de adição para uma determinada operação de Brasagem é fundamental para se obter
uma junta com características adequadas a uma dada aplicação.
Torna-se necessária uma cuidadosa selecção do metal de adição considerando as suas características, tendo
em particular atenção a sua compatibilidade com o metal de base.
No caso da brasagem em tubos de cobre para redes de gás, não são aceites ligas fosforadas.
42 Soldador de Tuba
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• Na brasagem forte a liga deve ter um teor aproximado de 40% de prata (Ag).
Para que uma liga de brasagem seja compatível com um dado metal de base, dever-se-ão ter em conta as
seguintes condições, as quais deverão ser obedecidas pelo metal de adição, isto é:
• Deve ser capaz de produzir juntas a temperaturas tais que não se produzam modificações na estrutura e nas
propriedades do metal de base;
• Não causar excessiva erosão do metal de base pela criação de ligas entre os dois metais;
• Não conter constituintes ou impurezas, os quais, formando ligas com o metal de base, provoquem a fragilização
da junta.
M.T5.01 Ut.03
A forma mais comum é a da vareta nua, mas o mercado fornece hoje outras modalidades de liga em varetas:
• Varetas constituídas por uma alma de solda envolvida por fluxo que, por seu turno, é revestido com uma
camada de solda;
• Solda em anéis;
• Solda laminada.
(a)
(b)
Nos quadros seguintes referem-se alguns exemplos de ligas de metais de adição para:
Brasagem forte
44 Soldador de Tuba
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Brasagem fraca
Estanho(Sn) - Zinco(Zn)
91 9 199
80 20 269
70 30 311
60 40 340
30 70 375
Cádmio(Cd) - Prata(Ag)
95 5 393
96 -- 4 221
62 36 2 190
Soldobrasagem
60 39 1 -- -- 900
60 38 1 1 -- 890
50 40 -- -- 10 935
FLUXOS (DECAPANTES)
Em brasagem, a grande maioria das aplicações exige a utilização de um fluxo em pó, pasta, aglomerado ou
líquido que tem por função reduzir os óxidos superficiais das peças a brasar, impedir a formação de novos óxidos
e facilitar a molhagem das peças pelo metal de adição. Por estas razões se chamam também aos fluxos,
decapantes ou desoxidantes.
46 Soldador de Tuba
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O fluxo tem uma composição muito diferente consoante a natureza dos metais de base e de adição, bem como
da temperatura de brasagem. Após a operação de soldadura, os resíduos do fluxo e dos óxidos devem poder ser
removidos facilmente.
Os fluxos de brasagem precisam, assim, de permanecer em contacto com a área a ser brasada, para impedir a
formação de óxidos e facilitar a remoção de camadas já existentes. A viscosidade do fluxo, à temperatura de
brasagem, é uma característica importante para que o metal de adição consiga expulsar o fluxo da junta,
preenchendo-a. Outra propriedade importante é a tensão superficial do fluxo, que também afecta a molhabilidade
do metal de base e a penetração do metal de adição na junta (capilaridade).
Características do fluxo
• Ter uma composição que impeça a formação de óxidos durante a brasagem, ou que promova a sua dissolução
e remoção. Embora não seja a função principal dos fluxos eliminar os óxidos e outros corpos estranhos que
se encontram na superfície do metal base, sendo esta uma operação mais da “preparação”, muitos deles
exercem-na de modo muito satisfatório, dissolvendo ou reduzindo aquelas matérias.
• Possuir características que permitam que o metal de adição ao penetrar na junta o expulse desta.
• Possuir no estado líquido uma tensão superficial tão pequena que lhe permita molhar francamente o metal de
base.
M.T5.01 Ut.03
RESUMO
Para que um metal de adição seja compatível com um dado metal de base, dever-se-ão ter em conta factores
como o seu ponto de fusão ser inferior ao do metal de base, de modo a garantir uma boa soldadura.
O metal de adição pode apresentar-se de diferentes formas e varia na sua composição consoante o metal base
utilizado. O mesmo se aplica aos fluxos em que a sua composição é muito diferente consoante a natureza dos
metais de adição e metal de base.
Os fluxos necessitam, assim de permanecer em contacto com a área a ser brasada, para impedir a formação de
óxidos e facilitar a remoção da camada já existente.
M.T5.01 Ut.03
48 Soldador de Tuba
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ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
1. Descreva as principais características do metal de adição para que uma liga de brasagem seja compatível
com um dado metal de base.
OBJECTIVOS
• Identificar quais os fenómenos físicos que estão envolvidos no processo de brasagem forte;
TEMAS
• Objectivos
• Temas
Fundamentos do processo
Brasagem fraca
Soldobrasagem
Aplicações da brasagem
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T5.01 Ut.04
Definição de Soldadura
A soldadura é uma operação que consiste em ligar dois ou mais elementos constitutivos de uma junta, assegurando
a continuidade entre os elementos a ligar, quer por aquecimento, quer por pressão, quer por aquecimento e
pressão conjuntamente, com ou sem emprego de metal de adição, cuja temperatura de fusão é variável.
Definição de Brasagem
A Brasagem é o mais antigo dos processos que utiliza a fusão para ligar duas peças metálicas. Encontraram-se
vasos e jóias brasadas com mais de 3000 anos.
O termo brasagem foi adoptado para designar um campo limitado da soldadura no qual a construção de juntas
de metais iguais ou diferentes se processa depositando materiais de adição de ponto de fusão inferior ao dos
metais de base.
“Soldadura de elementos metálicos por meio de um metal de adição no estado líquido, cuja temperatura de fusão
é inferior à dos metais de base, os quais, portanto, não comparticipam, na constituição da junta.”
Na brasagem não existe, ao contrário do que acontece nos restantes processos de soldadura, modificação do
perfil das peças ou juntas a unir dado que não existe fusão do metal de base. A ligação é conseguida utilizando
um metal com uma temperatura de fusão mais baixa que é introduzido entre as peças a unir.
Metal de adição
Metal de base
52 Soldador de Tuba
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• Brasagem forte
• Brasagem fraca
• Soldobrasagem
Segundo a mesma norma, os três tipos de brasagem são definidos da seguinte forma:
Brasagem forte
“Brasagem em que a temperatura de fusão do metal de adição é superior a 450ºC (solda forte) mas inferior à
temperatura de fusão das peças a ligar. Em geral o metal de adição penetra por capilaridade entre as superfícies
das peças a ligar.”
Brasagem fraca
“Brasagem em que a temperatura de fusão do metal de adição é inferior a 450ºC (solda fraca) e inferior à temperatura
de fusão das peças a ligar“. É um processo idêntico à brasagem forte, mas os metais de adição utilizados neste
tipo de processo são diferentes.
Soldobrasagem
“Brasagem em que a junta, do tipo aberta, é realizada com a utilização de um metal de adição cuja temperatura
de fusão é superior a 450 ºC mas inferior à temperatura de fusão das peças a ligar, por meio de uma técnica
idêntica à da soldadura autogênea por fusão.“
Metal de adição
Metal de base
FUNDAMENTOS DO PROCESSO
Na realização de uma junta brasada estão presentes vários fenómenos físicos, os quais contribuem para a
realização da junta soldada. Esses fenómenos são os seguintes:
• molhagem
• tensão superficial
• capilaridade
• difusão
Molhagem
No que se refere ao primeiro fenómeno, isto é, a molhagem, pode-se dizer que um líquido molha uma superfície
se se estender sobre ela, em vez de formar uma gota. De realçar que os diferentes metais são mais ou menos
favoráveis à molhagem, isto é, têm uma maior ou menor molhabilidade. A capacidade de um líquido molhar uma
superfície constitui o seu poder molhante (Fig. IV. 3).
Superfície
Tensão Superficial
Definição: Tensão superficial é a força de atracção exercida pelo metal de adição (no estado líquido) sobre o
metal de base.
É um conceito muito usado mas pouco entendido. No processo de brasagem forte a tensão superficial do metal
de adição é uma das condições a ter em conta já que o seu valor é muito importante neste processo. Assim,
podemos explicar a tensão superficial apresentando os seguintes exemplos:
M.T5.01 Ut.04
54 Soldador de Tuba
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Uma das funções dos detergentes da roupa é diminuir a tensão superficial da água em que são dissolvidos. Com
isso, diminui a tendência de formar gotas fazendo com que as moléculas de água tenham maior contacto com as
fibras dos tecidos. No caso da brasagem, o metal de adição tem que ter um comportamento idêntico ao do
detergente, isto é, tem que ter uma tensão superficial baixa para que se possa espalhar sobre as superfícies do
metal de base em vez de formar gotas, facilitando desta forma a penetração do metal de adição na junta.
O fenómeno da tensão superficial pode ainda ser facilmente posto em evidência pela suspensão de um cilindro
metálico de um braço de uma balança, o qual é devidamente equilibrado pela colocação de uma tara no outro
prato da balança (Fig. IV. 4a)). Se colocarmos por baixo do cilindro um recipiente, o qual é cheio progressivamente
com um líquido qualquer até entrar em contacto com o cilindro, verifica-se o aparecimento de determinadas forças
chamadas de “tensão superficial”, as quais exercem atracção sobre o cilindro e provocam o desequilíbrio dos
pratos da balança (Fig. IV. 4b)).
Cilindro
Cilindro
Líquido Líquido
a) b)
Capilaridade
A capilaridade é um fenómeno físico que pode ser demonstrado pela imersão de duas placas de vidro numa tina
de água. Como se pode verificar, o nível da água no interior das placas é mais alto do que na tina e tanto mais alto
quanto menor for o afastamento das placas de vidro. Esta propriedade dos líquidos é aproveitada na soldadura.
Assim, quando o metal de adição é levado ao ponto de fusão, penetra e expande-se na folga existente entre as
peças a unir, à semelhança da água nas placas de vidro (Fig. IV. 5).
O poder de um metal de adição em penetrar, por capilaridade, numa junta, entre duas peças a brasar, é inversamente
proporcional ao afastamento.
A figura seguinte ajuda a compreender a dificuldade das moléculas subirem, quando o afastamento é maior.
Difusão
A difusão consiste no deslocamento de moléculas de uma substância para outra. Esta propriedade verifica-se
sempre que duas substâncias entram em contacto.
Sempre que um metal em fusão é susceptível de formar uma liga com o metal ou metais das peças a soldar, essa
liga é formada por difusão de um metal no outro e, sobretudo do metal de base sólido no metal de adição líquido.
Metal de
adição
Liga
de
superfície
Metal de
base
56 Soldador de Tuba
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A qualidade das juntas produzidas pela brasagem depende não só da composição das soldas mas também de
estas preencherem completamente o intervalo e estabelecerem um contacto perfeito com o metal de base.
Efectivamente, se este contacto se estabelece imperfeitamente, ou não se estabelece de todo, acontece que não
há ligação entre os metais de base e de adição ou ela apenas se verifica muito insuficientemente.
Em brasagem o afastamento tem grande importância. O intervalo deve ser o mínimo que permita a penetração da
solda por capilaridade. Um intervalo excessivo pode não suportar a solda e esta escoa-se da junta. Além disso,
implica a existência de uma película de solda com maior espessura e portanto, mais susceptível de ruptura.
No Quadro IV.1, a título de exemplo, são indicados alguns valores de referência para o espaçamento, em função
do tipo de metal de base e metal de adição.
Cobre
Ag Aços carbono 0,03 - 0,20
Aços inoxidáveis
A resistência da junta soldada é função do espaçamento entre peças a soldar, conforme se pode ver na Fig. IV. 9.
Resistência
no
corte
Espaçamento
Valores
recomendados
Verifica-se que a resistência da junta diminui para espaçamentos muito pequenos, o que pode ser devido à
existência de falhas no preenchimento da junta com o metal de adição. Para espaçamentos elevados, a junta tem
maior flexibilidade, mas uma menor resistência.
Resistência
à
tracção
Espaçamento
58 Soldador de Tuba
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Na soldadura pelo processo de brasagem existem situações que, através duma análise visual, podemos verificar
a existência ou não de alguns defeitos. Assim, referenciam-se a seguir alguns defeitos e respectivas causas:
O tubo nunca deverá apresentar desalinhamento na zona de soldadura. Numa brasagem forte os tubos a soldar
não deverão apresentar qualquer desvio em relação ao seu eixo, caso contrário a soldadura é rejeitada.
Poros
Fig. IV.13 - Soldadura com poros Fig. IV.14 - Soldadura sem poros
M.T5.01 Ut.04
Preenchimento insuficiente
Fig. IV.15 - Junta mal preenchida Fig. IV.16 - Junta bem preenchida
Fig. IV.17 - Junta bem preenchida Fig. IV.18 - Junta mal preenchida
M.T5.01 Ut.04
60 Soldador de Tuba
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É evidente que uma condição necessária para que haja o contacto franco metal-metal é que a solda seja
suficientemente fluida para penetrar em todos os intervalos, por capilaridade. Esta condição não é bastante, pois
as matérias estranhas como óxidos, óleos, tintas, poeiras, etc., que podem existir à superfície do metal base,
impedem que a solda corra livremente sobre ela. Por outro lado, quando eventualmente as matérias estranhas
não impedirem totalmente o preenchimento, por capilaridade, elas continuam a impedir o contacto solda-metal de
base e, consequentemente, a ligação metalúrgica.
• Folga irregular;
Cordão
1 a 2 mm 1 a 2 mm
62 Soldador de Tuba
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Pode-se considerar que uma brasagem em tubo de cobre para ser aceite, deve obedecer aos seguintes critérios:
• Alinhamento das tubagens e acessórios em relação aos eixos (Fig. IV. 11 e 12);
• Brasagem com juntas bem preenchidas (Fig. IV. 16 e Fig. IV. 17);
BRASAGEM FRACA
Como já foi referido, é a “Brasagem em que a temperatura de fusão do metal adição é inferior a 450ºC (solda fraca)
e inferior à temperatura de fusão das peças a ligar“. É um processo idêntico à brasagem forte, mas os metais de
adição utilizados neste tipo de processo são diferentes.
Na execução deste tipo de brasagem podem utilizar-se maçaricos a gás ou aparelhos eléctricos, como mostra a
figura seguinte.
SOLDOBRASAGEM
Este tipo de soldadura consiste na ligação de duas peças da mesma natureza ou de natureza diferente “sem
fusão “, mas com molhagem, por meio de um metal de adição a uma temperatura inferior às das duas peças
base.
É uma técnica particular, de utilização muito divulgada na ligação heterogénea, onde só o metal de adição
participa na constituição da junta, nunca existindo fusão do metal de base.
A soldadura processa-se por difusão molecular do metal de adição fundido no metal de base e dá lugar à formação
de um fenómeno dito de fixação.
Esta operação justifica-se, em relação à soldadura por fusão, em virtude de haver menor desenvolvimento de calor
na junta. Além da economia de gases e de mão de obra, esta última permite uma maior rapidez de execução.
Apresenta ainda outras vantagens, nomeadamente:
• Menor tendência para modificar a estrutura metalúrgica do metal de base e, portanto, as suas propriedades;
64 Soldador de Tuba
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APLICAÇÕES DA BRASAGEM
As aplicações da brasagem fraca, brasagem forte e soldobrasagem, são, hoje em dia, múltiplas e variadas.
De uma forma geral, pode-se dizer que qualquer um dos processos tem o seu maior campo de aplicação na
soldadura de metais dissimilares, união de peças de pequena espessura, união de metais tratados termicamente,
uniões metal cerâmica.
A brasagem fraca encontra o seu maior campo de aplicação na indústria eléctrica e electrónica, para a soldadura
de componentes e placas de circuitos impressos, ligações de terminais eléctricos, etc.
A brasagem forte tem também um vasto campo de aplicação industrial, que vai desde a indústria eléctrica e
electrónica à indústria automóvel, aeronáutica e gasista.
M.T5.01 Ut.04
A soldobrasagem é utilizada para soldar tubos, varões e barras, componentes fundidos e forjados, sobretudo
sempre que se pretende obter baixas deformações.
As redes de gás no interior dos edifícios são normalmente executadas em tubos de cobre.
As ligações efectuadas nestas instalações deverão ser executadas por soldadores qualificados com carteira
profissional actualizada. O método de ligação por brasagem forte é utilizado para diâmetros iguais ou inferiores a
54 mm, enquanto que o processo de soldobrasagem utiliza diâmetros de tubos superiores a 54 mm mas inferiores
a 110 mm. No entanto, este último caso não tem grande aplicabilidade, já que para estes valores de diâmetros
existem outras soluções técnicas e economicamente mais viáveis.
A execução da brasagem forte implica uma preparação cuidada, que inclui um determinado número de operações.
M.T5.01 Ut.04
66 Soldador de Tuba
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Assim, a execução de uma instalação de gás, implica, a preparação da tubagem pelo instalador e a realização
das ligações pelo soldador, que deve obedecer ao seguinte:
Método de execução
1. Seleccionar a tubagem
2. Cortar
3. Curvar
4. Rebarbar
5. Abocardar
6. Limpar
7. Desengordurar
8. Montar as peças
9. Acender o maçarico
Eventualmente, o Soldador poderá ter de rectificar alguma dimensão ou abocardamento e, para isso, deverá
saber utilizar o corta-tubos e o expansor. Assim introduzem-se as operações 2, 4 e 5.
1 - Seleccionar a tubagem
A tubagem deve ser seleccionada com base no projecto da instalação de gás e deverá encontrar-se em perfeito
estado de conservação, sem defeitos, sujidades ou qualquer alteração que possa colocar a instalação em perigo.
M.T5.01 Ut.04
2 - Cortar tubos
Sendo o corte dos tubos de cobre muitas vezes necessário, pode-se dizer que é um dos pontos importantes para
uma boa execução de soldadura, isto é, quanto mais perpendicular for o corte, em relação ao eixo da tubagem
melhor, pois, possibilita um encaixe mais ajustado na junta a soldar, aumentando assim, a zona de contacto
entre o metal base e o metal de adição. Deve utilizar-se o corta-tubos que é uma ferramenta constituída
essencialmente por: uma lâmina, uma haste de aperto manual e dois roletes.
3
1 - Lâmina
2 - Roletes
4
2 3 - Manípulo com fuso
1 4 - Estrutura
3 - Curvar
Em muitas situações é necessário curvar o tubo de cobre. Esta operação deve ser realizada com o equipamento
adequado (figura IV.27).
4 - Rebarbar
Este aspecto da preparação das peças deve ser completado eliminando as rebarbas. As rebarbas e arestas finas
tendem a aquecer muito mais rapidamente que a restante massa e a fundirem, fazendo com que o metal se dilua
na solda líquida, alterando as suas propriedades.
Para cumprimento desta operação deve utilizar-se um rebarbador macho/fêmea, para tubo de cobre, constituído
por uma lâmina triangular, com punho.
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5 - Aborcadar
A junta utilizada nas instalações de gás é a junta sobreposta por abocardamento. Quando a ligação é executada
entre tubos o abocardamento é realizado com um alicate de abocardar ou expansor, que é constituído por:
1 - Alicate
2 - Matrizes
1
Em brasagem, são utilizados apenas dois tipos de juntas; juntas sobrepostas e juntas topo a topo. As juntas
sobrepostas são usadas preferencialmente quando se pretende melhorar a resistência de uma determinada
ligação.
6 - Limpeza
É condição indispensável, que as superfícies que a solda líquida deve molhar sejam previamente limpas, isentando-
-as de matérias estranhas, inclusivamente da película superficial de óxido que, nalguns metais se forma rapidamente.
Embora alguns fluxos tenham capacidade para eliminar os óxidos existentes à superfície dos metais, não é esta
a sua função principal.
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A limpeza das peças pode ser efectuada por meios mecânicos ou químicos. A limpeza mecânica é a mais
apropriada para eliminar os óxidos e é normalmente efectuada pela escova de arame, à lima ou por outro qualquer
processo de maquinagem que se adapte a cada caso particular.
7 - Desengordurar
A limpeza por meios químicos tem principalmente a função de dissolver os corpos gordurosos (óleos, massas de
protecção). É feita com solventes à base de álcool e acetona.
8 - Montar as peças
As peças devem ser montadas devidamente alinhadas (conforme referido aquando dos defeitos de alinhamento
dos tubos).
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9 - Acender o maçarico
O acendimento do maçarico e a regulação da chama deve ser executada tal como descrito na unidade
temática 2.
10 - Executar o Pré-Aquecimento
Na brasagem a maçarico, as peças depois de devidamente montadas são previamente aquecidas até à temperatura
de ligação.
O aquecimento por maçarico oxigás é localizado e, nestas circunstâncias, a junta perderia calor por condução se
as peças não fossem previamente aquecidas em toda a sua massa. Esta circunstância equivaleria a fazer incidir
a chama do maçarico durante muito tempo sobre a junta e sobre a solda, isto é, a prolongar o seu aquecimento,
o que tem muitas vezes inconvenientes de ordem metalúrgica.
11 - Aplicar Fluxo
É uma operação que pode seguir-se à preparação, sobretudo quando o fluxo se apresenta sob a forma de pasta
ou de líquido. Quando assim não é, costuma-se dissolver previamente o fluxo em pó na água ou no álcool, de
modo a formar um corpo pastoso. O fluxo sob esta forma é barrado sobre as superfícies da junta e das zonas a
esta adjacentes, antes da montagem dos tubos, por meio de um pincel ou de uma espátula, ou faz-se aderir por
imersão.
É também prática corrente aplicar o fluxo na junta transportando-o na ponta aquecida da vareta de soldadura ou
espalhando-o, quando em pó, sobre o metal de base. Este último processo não é tão eficiente, pois normalmente
o sopro da chama, na brasagem por maçarico, afasta o pó do local onde é forçoso que ele actue.
No modo de aplicação do fluxo têm influência as condições de trabalho, incluindo nelas a forma e a acessibilidade
da junta, a forma do metal de adição e o processo de aquecimento.
Outros modos de aplicação do fluxo consistem em adicioná-lo já incorporado na solda. Neste último caso a solda
e o fluxo são aplicados simultaneamente.
Os fluxos melhor concebidos possuem ponto de fusão próximo do ponto de fusão da solda, servindo assim
também como indicadores da temperatura de brasagem.
Os métodos de aplicação da solda, incluindo as operações necessárias para a fundir e fazer penetrar nas juntas,
por capilaridade, variam com o processo de aquecimento e a organização do trabalho. A solda pode ser colocada
previamente na junta, sob a forma de troços, anéis, lâminas e anilhas ou ser aplicada em forma de vareta
simultaneamente com o calor da brasagem.
O processo mais comum de brasagem forte, utiliza o maçarico oxigás e a vareta de solda. Se esta é nua (não
revestida de fluxo), a sua ponta, previamente aquecida, é mergulhada no fluxo que adere por este modo, e quando
o fluxo funde ao calor da chama, surge uma gota de solda que penetra na junta. Manejando convenientemente a
chama vai-se derretendo a solda até se criar um cordão em toda a sua extensão.
13 - Remover os resíduos
No final da Brasagem os resíduos do fluxo devem ser removidos com escova e arame de palha de aço.
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RESUMO
As aplicações da brasagem são hoje em dia múltiplas e variadas. De uma forma geral, pode-se dizer que estes
processos têm o seu campo de aplicação na soldadura de metais dissimilares, união de peças de pequena
espessura e união de tubagens. As redes de gás no interior dos edifícios são normalmente executadas em tubos
de cobre. Existe uma grande diversidade de soluções para a instalação de tubagens em edifícios, variando o tipo
de solução consoante a sua estrutura e localização. O método de ligação utilizado na área do gás é a brasagem
forte.
Na brasagem forte não existe, ao contrário do que acontece nos restantes processos de soldadura, modificação
do perfil das peças, isto é, não existe fusão do metal de base. Na realização de uma junta brasada estão
presentes vários fenómenos físicos, nomeadamente a molhagem, tensão superficial, capilaridade e difusão.
O processo de execução da brasagem forte implica um certo número de operações que deve ser objecto de maior
cuidado, resumidamente podemos identificar:
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
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Ferro Fe 1535 20
Cobre Cu 1083 16 - 20
Alumínio Al 658 9 - 18
Magnésio Mg 650 15 - 20
Chumbo Pb 327 1,5 - 2
Zinco Zn 420 20 - 25
Estanho Sn 232 2-4
Antimónio Sb 631 11
Cádmio Cd 321 5
Níquel Ni 1452 40 - 80
Crómio Cr 1800 -
Tungsténio W 3400 -
Vanádio V 1720 -
Manganés Mn 1242 50
Cobalto Co 1495 50
Titânio Ti 1800 60 - 80
Prata Ag 961 15 - 20
Ouro Au 1063 12 - 15
Platina Pt 17773 40 - 80
Aço Fe; C 1400 - 1500 40 - 80
Aço Vazado FeC 1200 - 1400 15 - 30
Ferro FeC 1130 - 1200 35 - 45
Fundido
FeC 1200 - 1400 30 - 50
Cinzento
Cu; Zn Cerca de 900 30 - 50
Ferro
Fundido Cu; Sn Cerca de 900 25 - 40
Maleável
Latão
Bronze
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ALGUNS CONSELHOS
Para se obter uma melhor capilaridade e, consequentemente uma boa soldadura, é preferível utilizar tubos não
recozidos, em vara, uma vez que os tubos em rolo recozidos tendem durante o transporte e manipulação a tornar-
se oval, o que dificulta a montagem do acessório e, posteriormente, a capilaridade.
Como princípio, é muito importante recalibrar com um calibrador apropriado qualquer tubo que não apareça
totalmente circular e livre de deformações, de maneira que o ajuste com o acessório seja perfeito. De igual forma,
é importante desbarbar a tubagem uma vez que a limalha poderia dificultar a penetração da solda.
Antes de aplicar o desoxidante, é necessário limpar a tubagem. O desoxidante tem a missão de eliminar os
resíduos de óxido e permitir ao mesmo tempo a difusão da solda entre as duas superfícies a soldar. Existem já
decapantes, que permitem limpar e desoxidar ao mesmo tempo eliminando assim uma operação (soldaduras
fracas unicamente).
A soldadura capilar é o modo mais fiável para conseguir uma união perfeita entre os tubos e acessórios e, como
se disse anteriormente, só é possível entre materiais preparados para isso. Qualquer outro modo de unir tubos
deve ser preterido uma vez que aumentaria consideravelmente o perigo de fugas devido à ausência completa ou
parcial da capilaridade.
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BIBLIOGRAFIA
Finch, R. , Welder’s Handbook: A complete guide to MIG, TIG, Arc & Oxyacetylene Welding, (February 1997)
NP EN 1057