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Geotecnia e Fundações, Arquitectura

Capítulo 6 (Cap. 5 Teoria)

TENSÕES E ASSENTAMENTOS NO
TERRENO

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1. Assentamentos

Os assentamentos são as deformações do


terreno segundo a direcção vertical.

O assentamento de uma fundação depende de:


• Deslocamentos internos (distorções) em
consequência de tensões de corte geradas pelas
tensões externas
• Variações de volume devidas a consolidação
(admite-se apenas consolidação unidimensional)

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Os assentamentos são importantes no dimensionamento


de fundações:

•Se são uniformes não resultam danos estruturais


mas podem ter consequências negativas.
•Se são diferenciais podem causar graves danos L
estruturais devidos à distorção γ.
ρ2 γ ρ1
ρ 2 − ρ1
γ=
Limites para a distorção angular (Bjerrum): L

Distorção Situação
1/150 Ocorrem danos estruturais em edifícios correntes
1/300 Ocorrem fissuras em panos de paredes. Dificuldade de operação com gruas.
1/500 Valor limite para edifícios onde não são permitidas fissuras.
1/600 Concentração de tensões em pórticos estruturais e aparecimento de fendilhação.
1/700 Dificuldades com máquinas sensíveis a assentamentos.

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A rigidez da fundação (rigidez relativa entre o elemento


estrutural e o solo) é importante pois tem a ver com a
forma como a tensão é transmitida ao terreno:

Fundação flexível Fundação rígida

ρ ρ
argila argila

ρ ρ
areia areia

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O cálculo de assentamentos depende da distribuição


de tensões nos solos devidas a carregamentos
exteriores. Estão relacionados através das equações
constitutivas (leis de comportamento).

Não se considera a rotura do terreno pois esta está


associada a deslocamentos intensos que não podem
ocorrer na realidade sem comprometer a segurança das
estruturas.

Deste modo, para pequenas deformações, admite-se


que o material tem comportamento elástico linear.

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É fundamental conhecer a compressibilidade (ou


rigidez) do material para o cálculo de deformações.

A compressibilidade é o inverso da rigidez.

σ1 Etan – módulo de σ1=Eε1


elasticidade tangente
E – rigidez [MPa]

Para um dado acréscimo


Esec – módulo de
elasticidade secante de tensão, a amplitude das
deformações depende da
rigidez do solo (mais rígido
ε1
menos deformável, menos
rígido mais deformável)

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2. Compressão unidimensional (Cap. 4)

Ensaio edométrico Legenda:


a – Anel cortante
b – Anel de contenção
c – Placa porosa inferior
d – Base
e – Perno fixo
f – Provete
g – Porca
h – Placa porosa superior
i – Placa de carga
j – Anel exterior
l – Vedante

Neste ensaio, o solo é colocado dentro de um anel rígido


que o confina lateralmente enquanto é aplicada uma
tensão de compressão segundo a direcção vertical.

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Esquema do ensaio

σV Deformação vertical

dh dh
dε v =
hi hi

A deformação vertical (dεV) é igual à deformação


volumétrica (dεvolumétrica) porque a deformação horizontal
(dεH) é nula devido ao confinamento lateral

d εv
dε volumétrica = dε v + 2dε h = dε v
dεh=0

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A variação de volume é medida pela Vv


variação do índice de vazios e: e=
Vs
dh ∆e
dε v = =
hi 1 + ei

Deste modo, é equivalente representar o


comportamento mecânico do material
através de uma relação σ’:ε ou σ’:e.

NOTA: a relação é escrita em tensões efectivas σ’ pois


são as que estão associadas ao comportamento
volumétrico do material (rearranjo do esqueleto sólido)

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Gráficos equivalentes
dh ∆e
dε v = =
hi 1 + ei
σ’ e
Primeiro
carregamento
recarga
Continuação do
carregamento
descarga

ε σ’

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Resultados do ensaio
dh ∆e
e e dε v = =
hi 1 + ei
Primeiro
carregamento
recarga primeiro
recarga carregamento
Continuação do
carregamento
descarga
descarga

σ’ σ’
Carregamento “real” Carregamento idealizado

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Grandezas obtidas:
Coeficiente de
∆e
av = −
compressibilidade ∆σ '
e Coeficiente de 1 ∆e
compressibilidade mv = −
volumétrica
1 + e0i ∆σ '
primeiro
Módulo de compressão 1
recarga carregamento M '=
ou módulo edométrico mv

descarga M’ é equivalente ao módulo de


elasticidade E mas é medido em
compressão confinada

σ’ Estas grandezas não são


∆σ’ constantes pois o gráfico
não é linear

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Grandezas obtidas (as mais comuns):


e
Índice de
e0
compressibilidade
e= e0- Cc logσ’
∆e
Cc = −
∆ log σ '
ex
Índice de
e= ex- Cs logσ’ recompressibilidade ou
de expansibilidade
∆e
Cs = −
∆ log σ '
σ’=1kPa log σ’
Escala logarítmica para se Estas grandezas
obter rectas (declive constante) já são constantes

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3. Tipos de Assentamentos
dh
Para uma dada ∆σ’
tensão (vertical) t
constante:
e
Assentamento imediato

Consolidação primária

Consolidação secundária

Ln(t)

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Há três tipos de assentamentos:

dhTotal= dhelástico+ dhhidrodin+ dhfluência

Total Elástico Consolidação Consolidação


primária ou secundária ou
hidrodinâmica fluência

Imediato Demoram tempo a ocorrer

O assentamento no final de cada incremento de


tensão no ensaio edométrico já inclui as três parcelas

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Todos os solos apresentam os três tipos de


assentamentos mas a sua importância na amplitude
do assentamento total depende da natureza do solo:

dhTotal= dhelástico+ dhhidrodin+ dhfluência

Tipo de solo Assentamentos mais importantes


Solos grossos (areias e cascalhos Elásticos
muito permeáveis)
Enrocamento (partículas maiores Elásticos e fluência
do que cascalho e sem finos)
Solos finos (pouco permeáveis) Consolidação (hidrodinâmica ou
primária e secundária ou fluência)

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a) Assentamentos com as três parcelas


implícitas: Assentamentos elásticos
qB
dhelástico= ρ i = ρ =
E
(
1− µ 2 Iρ )

Geometria da área para assentamento sob área flexível carregada
uniformemente
carregada
Centro Canto Média
Quadrada 1,12 0,56 0,93
L/B=2 1,52 0,76 1,30
Rectangular
L/B=5 2,10 1,05 1,83
Circular 1,00 0,64 0,85
q – carregamento uniforme
B – menor dimensão da área rectangular carregada (L é a
maior dimensão), ou o diâmetro de uma área circular
E – módulo de elasticidade do solo de fundação
µ - coeficiente de Poisson do solo de fundação
Iρ - factor de influência para o assentamento (na tabela)

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b) Assentamentos devidos à consolidação


hidrodinâmica (Cap. 4)
∆σ
∆σ’(t) ∆σ = ∆σ’ + ∆u
∆u(t) ∆σ = ∆σ’(t) + ∆u(t)
∆σ
∆σ - Carregamento exterior
∆u(t) – Acréscimo de pressão intersticial no instante t
∆σ’(t) – Acréscimo de tensão efectva no instante de tempo t

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Consolidação hidrodinâmica

∆σ
∆σ’(t)
∆σ = ∆σ’ + ∆u
∆u(t)
∆σ = ∆σ’(t) + ∆u(t)
∆σ

Tem que haver percolação da água do solo (saída de


água) para que possa haver variação de volume. Essa
percolação é que permite dissipar o acréscimo de
pressões intersticiais (∆u) geradas pelo carregamento (∆σ)

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Consolidação hidrodinâmica ∆σ = ∆σ’(t) + ∆u(t)

∆σ ∆σ
∆σ’(0)=0 ∆σ’(th)=∆σ
∆u(0)=∆σ ∆u(th)=0
∆σ ∆V=0
∆σ ∆V≠0
consolidação
hidrodinâmica
t=0 t=th completa

O tempo necessário para a totalidada da dissipação


das pressões intersticiais depende da permeabilidade
do solo e do percurso de drenagem

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Transferência do carregamento:
O acréscimo de pressão intersticial ∆u(t) vai ser
transferido para a parte sólida traduzindo-se num
acréscimo de tensão efectiva ∆σ’(t):

∆σ’(t)
∆σ
∆u(t)
t=th t
t=0
Instante do carregamento Final da consolidação

Em qualquer instante: ∆σ = ∆σ’(t) + ∆u(t)

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Consolidação hidrodinâmica ∆σ = ∆σ’(t) + ∆u(t)

∆σ ∆σ
∆σ’(0)=0 ∆σ’(th)=∆σ
∆u(0)=∆σ ∆u(th)=0
∆σ ∆V=0
∆σ ∆V≠0
∆h=0 consolidação
t=0 t=th completa

Assentamento no final da
consolidação hidrodinâmica: ∆h∞ =∆h= m’v∆σ’H0

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Problema 16 (das aulas práticas)


Considere que se construiu um aterro arenoso de
grandes dimensões em planta sobre uma camada de
argila com nível freático à sua superfície, tal como o
representado na Figura 8. Considere o ponto A para o
cálculo de tensões na camada argilosa.

Aterro:
γh= 18 kN/m3 2,0 m aterro arenoso

Argila
γsat= 19 kN/m3
2,5m
2,5 m Argila
. A
eo=0.98
m v=3,2x10-4
Cv=4x10-3 cm2/s substrato permeável

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a) Determine a tensão total, a pressão intersticial e a tensão efectiva (no
ponto A) no início e no final da consolidação (t=0 e t=∞).

• Peso do aterro: ∆σ=18x2=36kPa

• Início da consolidação (t=0)


imediatamente após a construção do aterro
σ(t=0)=19x2,5+36=83,5kPa
u(t=0)=10x2,5+36=61,0kPa
σ’(t=0)=83,5-61,0=22,5kPa
• Final da consolidação (t=∞)
Muito tempo após a construção do aterro
σ(t=∞)=19x2,5+36=83,5kPa
u(t=∞)=10x2,5+0=25,0kPa
σ’(t=∞)=83,5-25,0=58,5kPa (= 22,5+36 kPa)

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b) Qual o assentamento hidrodinâmico devido à construção do aterro?

Carregamento: ∆σ=36kPa
e
No ponto A:
eo=einicial antes da construção e em t=0
∆e
σ’inicial=22,5kPa

efinal depois da construção em t=∞


σ’final=58,5kPa

∆h∞ =∆h= m’v∆σ’H0 = 0,0576m

Há assentamento
σ’inicial σ’final σ’

m v=3,2x10-4 kPa-1

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