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As mantas asfálticas são de fácil aplicação e o material é uniforme, sendo por isso

o sistema de impermeabilização mais adotado nas obras. No entanto, não é rara a


ocorrência de infiltrações e outras patologias devidas à aplicação incorreta das
mantas. O que pode passar despercebido é que às vezes a origem do problema é
anterior à execução.

Como outros produtos industrializados, o desempenho da manta asfáltica depende


muito de um projeto adequado para ter um comportamento compatível com a
capacidade do produto. E, nesse aspecto, também vale lembrar que nem sempre
essa será a solução mais adequada para determinadas situações. Por exemplo,
em estruturas sujeitas a intensos esforços ou deformações, como lajes muito
esbeltas, as mantas butílicas são mais recomendadas pela melhor flexibilidade,
enquanto que ambientes agressivos, como esgotos, exigem mantas de PVC.

De qualquer forma, caso a manta asfáltica seja o material mais adequado para a
obra, deve ser realizado um planejamento que envolva não só a especificação,
mas também as condições de aplicação. O projeto de arquitetura, e todos os
demais projetos, devem prever a espessura da camada de impermeabilização,
para que sejam atendidas as cotas de projeto original. "É necessário, sobretudo,
experiência e bom senso, porque boa parte das diretrizes de impermeabilização
são de ordem prática, não são baseadas em modelos matemáticos", comenta Júlio
César Sabadini de Souza, professor de tecnologias construtivas da Uniban e do
Pece da Poli-USP, além de ser co-autor do trabalho "Diretrizes para uma
metodologia de projeto de impermeabilização de pisos do pavimento-tipo de
edifícios".

O projetista deve ainda analisar a rigidez da estrutura e a trabalhabilidade dos


sistemas que estarão em contato com as mantas, evitando, assim, problemas de
ordem mecânica. "O planejamento é importante na impermeabilização porque a
água sempre procura uma forma de se infiltrar onde não se espera", afirma
Sabadini. "Se for feita uma impermeabilização 99,9% estanque, a água entrará no
0,1% que resta."

Composição
Especificar qual tipo de manta asfáltica utilizar depende da composição do
material. E, para entender isso, é importante considerar a forma de produção
desses produtos. Resumidamente, mantas asfálticas são produtos à base de
asfalto modificado com polímeros e estruturados.

O asfalto é o material responsável pela impermeabilização em si, mas são os


polímeros adicionados que dão ao material petroquímico as propriedades de
desempenho necessárias, como flexibilidade em baixas temperaturas,
alongamento, resistência ao escorrimento e à fadiga mecânica e envelhecimento.

O balanceamento de asfalto e polímeros é o fator que mais influi no desempenho


das mantas. Os principais compostos empregados são elastoméricos (SBS,
estireno-butadieno-estireno) e plastoméricos (APP, polipropileno atático). Os
primeiros dão resistência de 80ºC de temperatura de escorrimento, enquanto que
os segundos podem chegar a 130ºC. Há ainda os asfaltos policondensados (sem
polímeros, apenas cimento asfáltico), que resistem entre 80 e 95ºC.
O estruturante - ou armadura - confere a resistência mecânica à manta,
notadamente à tração, puncionamento e impacto, além de dar homogeneidade de
espessura. Os tipos mais comuns de estruturantes são filme de polietileno ou de
poliéster, véu de fibra de vidro e não-tecido de poliéster.

Por fim, o acabamento superficial adapta a manta às condições de aplicação, tanto


do ponto de vista funcional quanto estético. Em mantas que serão protegidas
mecanicamente (ver boxe), o revestimento é em filme de polietileno ou areia.

Se o projeto previr que o material fique exposto, o acabamento deve ser mais
resistente. Mantas com lâmina de alumínio produzem maior conforto térmico. No
entanto, não podem ser usadas em áreas onde a reflexão de luz for inconveniente,
como aeroportos. Acabamentos com camadas superficiais de grânulos minerais
visam impedir a ação degenerativa da radiação solar. Já o não-tecido de poliéster
pode ser pintado com tintas acrílicas sem solventes.

Classificação
Baseadas em todas as possibilidades de composição, as mantas asfálticas podem
ser classificadas de diversas formas. A NBR 9952 divide o material em quatro tipos
(ver tabela com utilização). No entanto, fabricantes consideram tal classificação
genérica, pois deixa lacunas abertas na especificação. Por isso, o meio técnico
criou outras maneiras de diferenciar esses produtos.

As três primeiras dizem respeito à composição da manta, considerando o


estruturante, a composição do asfalto ou o acabamento superficial. A forma de
aplicação - soldagem autógena, colado com asfalto a quente, ou auto-adesivas -
também é usada como subdivisão.

A última forma de classificação é a espessura do produto. No mercado brasileiro,


as mantas variam entre 2 e 5 mm. No entanto, a norma prevê espessura mínima
de 3 mm. Por isso, os materiais com 2 mm só são usados em impermeabilização
com dupla manta.

Recomendações

 As emendas devem ser executadas com muito cuidado. É o ponto mais crítico do
sistema de impermeabilização. A sobreposição deve ter 10 cm no mínimo

 Quando utilizadas duas mantas sobrepostas, a emenda superior não deve coincidir
exatamente com a inferior. As mantas complementares devem ser colocadas em 90º ou
no mesmo sentido, com sobreposição entre 50 e 60 cm

 Além das emendas, outro local que merece atenção é o ralo

 O construtor deve se certificar da boa aderência entre a manta e o substrato, evitando,


assim, bolhas ou outros problemas que possam comprometer o desempenho do sistema
 Para evitar atrito entre o cobrimento e a impermeabilização, coloque uma camada de
separação entre manta e proteção mecânica

 Para locais que receberão revestimentos, a manta deve ser coberta com argamassa de
areia e cimento com traço 1:5 ou 1:6 e 2 cm de espessura. Caso a proteção seja o piso
acabado, o traço pode variar para 1:4, a espessura aumenta para 4 cm e a execução deve
respeitar juntas de dilatação. Em locais sobre os quais transitarão veículos, é necessário
reforço com telas galvanizadas ou soldadas. Espessura, especificação da armação e o
traço dependem da carga prevista. Em áreas verticais ou inclinadas, deve ser utilizada
tela plástica ou galvanizada

 Um problema comum pós-ocupação é a perfuração de mantas. Por isso, o construtor


deve informar ao usuário sobre os riscos e, eventualmente, já projetar pontos que
permitam perfuração

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