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Reclamação Trabalhista
Segue modelo:
I – PRELIMINAR DE MÉRITO
o
Idoso (art. 71 da Lei n 10.741/2003 e art. 1.048, I, do CPC).
o o
Pessoa com deficiência (art. 9 da Lei n 13.146/2015).
II – MÉRITO
Fato
Fundamento
Pedido
III – PEDIDOS
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(Repetição dos pedidos constantes no mérito da RT).
IV – REQUERIMENTOS FINAIS
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado
o
OAB n
1.2. ENDEREÇAMENTO
A competência territorial é definida pelo artigo 651 da CLT, sendo, em regra, o juízo do local da prestação dos servi-
ços:
Art. 651 da CLT. A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante
o
ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. § 1
Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da localidade em que a empre-
sa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização
o
em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. § 2 A competência das Varas de Conciliação e
Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde
o
que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. § 3 Em se tratando de
empregador que promove realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
O endereçamento de uma reclamação trabalhista é simples e deve ser realizado da seguinte maneira:
Atenção! O último espaço deve ser preenchido com o local da prestação do serviço; se esta informação não estiver
na proposta, devemos deixá-lo em branco.
Na comarca onde não houver juiz do trabalho, a lei poderá investir o juiz de direito da jurisdição trabalhista (art. 112
da CF). Nesse caso, o endereçamento deve ser realizado do seguinte modo:
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______ VA-
RA CÍVEL DA COMARCA DE ______
Exemplo:
OU
Observação: Caso a reclamação trabalhista seja proposta contra a massa falida, a inicial deve revelar o nome do
síndico e o endereço onde receberá as notificações, uma vez que, nos termos do artigo 75, V, do CPC, a massa
falida é representada pelo administrador judicial. Na qualificação deve constar a razão social precedida da expressão
“Massa Falida”.
1.4. PRELIMINARES
a) Comissão de Conciliação Prévia (CCP)
A passagem pela CCP era obrigatória em função do disposto no artigo 625-D da CLT. Contudo, o STF suspendeu,
em caráter liminar (ADIs 2.139 e 2.160), a eficácia desse dispositivo, de modo que a tentativa conciliatória pela CCP
é uma faculdade para o Reclamante.
Antes das decisões referidas, era importante mencionar na petição inicial que a passagem do Reclamante pela CCP
era obrigatória, mas diante da suspensão da eficácia do artigo 625-D da CLT, tal menção tornou-se desnecessária.
Se, ainda assim, o candidato optar por mencioná-la, deve fazê-lo na forma do exemplo a seguir:
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I – PRELIMINAR DE MÉRITO
1. Comissão de conciliação prévia
O Reclamante esclarece que não passou pela Comissão de Conciliação Pré-
via, visto que esta é uma faculdade do autor, à luz das liminares concedidas
pelo STF nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade – ADIs. 2.139 e 2.160.
o
Idoso (art. 71 da Lei n 10.741/2003 e art. 1.048, I, do CPC;
EM SÍNTESE: Dissídio sobre salário (art. 652, parágrafo único, da CLT);
TRAMITAÇÃ Dissídio originado pela falência do empregador (art. 652,
O parágrafo único);
PREFERENCI Parte ou interessado portador de doença grave (art. 1.048,
AL I, do CPC);
Pessoa com deficiência (art. 9º da Lei nº13.146/2015).
Art. 652 da CLT. Compete às Varas do Trabalho: Parágrafo único. Terão preferência para julgamento os dissídios
sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Vara, a
pedido do interessado, contrair processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assun-
tos.
Art. 1.048 do CPC. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:
I – em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de
o o
doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6 , inciso XIV, da Lei n 7.713, de 22 de dezem-
bro de 1988; (...)
Por sua vez, quando além do preenchimento dos requisitos da gratuidade da justiça, o reclamante estiver assistido
por advogado de sindicato, fará jus aos benefícios da assistência judiciária gratuita, conforme prevê o art. 14 da Lei
5.584/70.
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1.5. MÉRITO
No mérito, devemos formular os pedidos, expondo os fatos, os fundamentos e os pedidos, de acordo com os dados
apresentados na prova.
Seguem exemplos de temas recorrentes no exame de ordem que devem ser abordados no mérito de uma reclama-
ção trabalhista.
Segue exemplo:
II – MÉRITO
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cações, adicionais, comissões, diárias de viagem que ultrapassem a 50% (cinquenta por cento) do salário do empre-
gado e os abonos pagos pelo empregador etc.); e
• verbas pagas por terceiro, como as gorjetas, as gueltas (trata-se de pagamento indireto que visa a estimular as
vendas ou a produção) etc.
Juntas, tais parcelas compõem a remuneração do empregado para cálculo das verbas que incidem sobre esta par-
cela.
Ressalte-se que as gorjetas têm natureza jurídica de remuneração, matéria cobrada pela FGV no IX Exame de
Ordem Unificado.
1.5.2.2. Reflexos
Observe passo a passo o procedimento de pensamento que deve ser adotado para identificação e formulação do
pedido de reflexos:
o
1 Passo Formular o pedido principal.
o
Não têm natureza salarial, dentre outras: o veículo fornecido pelo empregador para o trabalho (Súmula n 367, I,
do TST), a alimentação ou o vale alimentação fornecido em decorrência dos Programas de Alimentação do Traba-
o o o o o
lhador (art. 3 da Lei n 6.321/76 e OJ n 133 da SDI-1 do TST), o vale-transporte (art. 2 da Lei n 7.418/85), as
o o
férias indenizadas, o aviso-prévio indenizado, a indenização adicional (art. 9 da Lei n 7.238/84), a indenização
o
por rescisão antecipada do contrato por prazo determinado (art. 479 da CLT), a participação nos lucros (art. 7 , XI,
da CF), a multa e o depósito do FGTS, ajudas de custo, as diárias para viagem que não excedam de 50% (cin-
quenta por cento) do salário percebido pelo empregado e as utilidades fornecidas pelo empregador ao empregado
o
para o trabalho (art. 458, § 2 , da CLT).
EM SÍNTESE:
Parcela postulada
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verbas contratuais e resilitórias, em em verbas contratuais e resilitórias,
aviso-prévio, décimo terceiro salário em DRS, em aviso-prévio, décimo
integral e proporcional, férias terceiro salário integral e
integrais e proporcionais acrescidas proporcional, férias integrais e
do terço constitucional, e FGTS proporcionais acrescidas do terço
(depósitos e multa de 40%). São constitucional e FGTS (depósitos e
exemplos: adicional de multa de 40%). São exemplos: hora
periculosidade, adicional de extra, sobreaviso, intervalos,
insalubridade, equiparação salarial, adicional noturno, comissões etc.
salário in natura etc.
Os quadros abaixo apresentam alguns exemplos da forma do pedido das verbas trabalhistas e os seus reflexos.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
EQUIPARAÇÂO SALARIAL
1
Idem, ibidem, 2009, p. 662.
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trabalhando ou aguardando ordens (art. 4° da CLT). Já o horário de trabalho abrange o período que vai do início ao
término da jornada, como também os intervalos que existem durante o seu cumprimento”.
o
O artigo 4 da CLT estabelece que se considera como de serviço o período em que o empregado estiver à disposi-
ção do empregador, aguardando o ou executando ordens. Comprove:
o
Art. 4 da CLT. Considera-se como de serviço o período em que o empregado esteja à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
o
O limite da jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias (arts. 7 , XIII, da CF e 58 da CLT) e 44 horas semanais,
o
conforme o (art. 7 , XIII, da CF). Extrapolados quaisquer desses limites, as horas excedentes devem ser postuladas
o o
como horas extras, acrescidas do adicional de 50%, nos termos dos artigos 7 , XVI, da CF e 59, § 1 , da CLT.
Atente-se para a legislação referida:
o
Art. 7 , XIII e XVI, da CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (...) XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho (...)
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; (...)
Art. 58 da CLT. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
o
Art. 59, § 1 , da CLT. A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não
excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
o
§ 1 . Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância remuneração da
hora suplementar, que será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
Segue exemplo de pedido de horas extras:
II – MÉRITO
1. Horas extras
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b) empregados que trabalham em câmaras frias: 20 minutos de descanso para cada 1 hora e 40 minutos de traba-
lho (art. 253 da CLT);
c) empregados que trabalham em minas e subsolo tem direito a intervalo de 15 minutos para cada 3 horas de traba-
lho (art. 298 da CLT).
Mesmo que a jornada contratual de trabalho do empregado seja de 6 (seis) horas, se extrapolada habitualmente, é
o
devido intervalo de, no mínimo, (uma) 1 hora. Neste sentido baseia-se a Súmula n 437, IV, do TST.
O empregador que não conceder o intervalo intrajornada fica obrigado a remunerar o período correspondente com
o
um acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71, § 4 , da CLT e
o
Súmula n 437, I, do TST).
Mesmo que a supressão do intervalo seja parcial (concessão de intervalo de 45 minutos, quando devido no míni-
mo uma hora de intervalo), o empregador será obrigado a remunerar ao empregado o valor correspondente ao
período integral do repouso, ou seja, deverá pagar uma hora acrescida de 50%. Isso porque a supressão do inter-
valo intrajornada, ainda que parcial, inviabiliza a sua finalidade, que é a de garantir ao empregado o tempo ade-
quado para alimentação e repouso. Portanto, o empregador deverá remunerar a hora “cheia” acrescida do adicio-
nal de 50%.
o
A Lei nº 13.103, de 02 de março de 2015, incluiu § 5 no art. 71, da CLT dispondo que: “O intervalo expresso no
o
caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1 poderá ser fracionado, quando compreen-
didos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em con-
venção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho
a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de opera-
ção de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e
concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.”
o
Súmula n 437 do TST. INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTA-ÇÃO. APLICAÇÃO DO ART.
os
71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais n 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) – Res. 185/2012,
DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012. (...) IV – Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é
devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para des-
canso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e
o
§ 4 da CLT.
Art. 71 da CLT. Em qualquer trabalho contínuo cuja duração exceda de seis horas, é obrigatória a concessão de um
intervalo para repouso ou alimentação, o qual será no mínimo, de uma hora e, salvo acordo ou contrato coletivo em
o
contrário, não poderá exceder de duas horas. § 1 Não excedendo de seis horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório
o
um intervalo de quinze minutos quando a duração ultrapassar quatro horas. § 2 Os intervalos de descanso não serão
o
computados na duração do trabalho. § 3 O limite mínimo de uma hora para repouso e refeição poderá ser reduzido
por ato do Ministério do Trabalho, quando, ouvido o Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, se
verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quan-
o
do os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. § 4 Quando
o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a
remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da
o
remuneração da hora normal de trabalho. § 5 O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e
o
aquele estabelecido no § 1 poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada
e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza
do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobrado-
res, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transpor-
te coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada
viagem.
o
Ressalte-se que o intervalo tem natureza salarial, com base Súmula n 437, III, do TST.
o
Verifique o disposto na Súmula n 437 do TST:
o
Súmula n 437 do TST. INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTA-ÇÃO. APLICAÇÃO DO ART.
os
71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais n 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) – Res. 185/2012,
o
DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012. (...) III – Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4 , da CLT,
o
com redação introduzida pela Lei n 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo emprega-
dor o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas
salariais.
Em razão disso, sempre que o examinando postular a condenação da reclamada ao pagamento do intervalo intrajor-
nada deve postular também os seus reflexos.
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Segue exemplo de pedido do intervalo:
II – MÉRITO
1. Intervalo Intrajornada
Art. 66 da CLT. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para
descanso.
Caso entre uma jornada de trabalho e a seguinte o período de descanso seja de apenas 8 horas, por exemplo, o
o
empregado fará jus a 3 horas acrescidas do adicional de 50%, por aplicação analógica do artigo 71, § 4 , da CLT e
o o
da Súmula n 110 do TST (OJ n 355 da SDI-1 do TST).
o
OJ n 355 da SDI-1 do TST. INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PA-
o
GO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4 DO ART. 71 DA CLT. DJ
14.03.2008. O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mes-
o o
mos efeitos previstos no § 4 do art. 71 da CLT e na Súmula n 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das
horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.
o
Súmula n 110 do TST. JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do inter-
valo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias,
inclusive com o respectivo adicional.
Veja o exemplo:
II – MÉRITO
1. Intervalo interjornadas
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Fundamentado artigo 66 da CLT, entre 2 (duas) jornadas de trabalho deverá
haver um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso, o
qual não foi observado. O desrespeito ao intervalo interjornadas previsto no
o
artigo 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4
o
do artigo 71 da CLT e na Súmula n 110 do TST, ou seja, a integralidade das
horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.
(Fundamento)
Art. 67 da CLT. Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas,
o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no
todo ou em parte. Parágrafo único. Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos
teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscaliza-
ção.
o o
Art. 1 da Lei n 605/49. Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas conse-
cutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religi-
osos, de acordo com a tradição local.
o o
Art. 6 da Lei n 605/49. Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver traba-
o
lhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho. § 1 São motivos justificados:
a) os previstos no artigo 473 e seu parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho; b) a ausência do empregado
devidamente justificada, a critério da administração do estabelecimento; c) a paralisação do serviço nos dias em que,
por conveniência do empregador, não tenha havido trabalho; d) a ausência do empregado, até três dias consecutivos,
em virtude do seu casamento; e) a falta ao serviço com fundamento na lei sobre acidente do trabalho; f) a doença do
o
empregado, devidamente comprovada. § 2 A doença será comprovada mediante atestado de médico da instituição da
previdência social a que estiver filiado o empregado, e, na falta deste e sucessivamente, de médico do Serviço Social
do Comércio ou da Indústria; de médico da empresa ou por ela designado; de médico a serviço de representação fede-
ral, estadual ou municipal incumbido de assuntos de higiene ou de saúde pública; ou não existindo estes, na localidade
em que trabalhar, de médico de sua escolha.
o
Súmula n 146 do TST. O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem
prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.
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o
OJ n 410 da SDI-1 do TST. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O SÉTIMO DIA CONSE-
o o
CUTIVO DE TRABALHO. ART. 7 , XV, DA CF. VIOLAÇÃO (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010). Viola o art. 7 ,
XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no
seu pagamento em dobro.
II – MÉRITO
Segue exemplo:
II – MÉRITO
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parágrafos, buscam apenas orientar o leitor; entretanto, não devem ser incluídas
na prova.
Art. 73 da CLT. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior
a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a
o o
hora diurna. § 1 A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. § 2 Considera-se
noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. §
o
3 O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de
suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito, tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de
natureza semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumen-
to será calculado sobre o salário-mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando exceder desse limite, já
o
acrescido da percentagem. § 4 Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos,
o
aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos. § 5 Às prorrogações do trabalho
noturno aplica-se o disposto neste capítulo.
Em síntese, nos moldes do artigo 73 da CLT:
a) considera-se noturno, para efeitos desse artigo, o trabalho urbano executado entre as 22 horas de um dia e as 5
horas do dia seguinte;
b) o adicional noturno é de, no mínimo, 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna;
c) a hora de trabalho noturna será computada como sendo de 52 minutos e 30 segundos.
o
Destaca-se acerca do adicional noturno a Súmula n 60 do TST. Observe:
o
Súmula n 60 do TST. I – O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os
efeitos. II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quan-
o
to às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5 , da CLT.
Segue o exemplo:
II – MÉRITO
1. Adicional noturno
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Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento do adi-
cional noturno, no importe de 20% do valor da hora diurna, em relação às ho-
ras trabalhadas no período noturno, bem como os seus reflexos em verbas
contratuais e resilitórias, em DSR, aviso-prévio, décimo terceiro salário integral
e proporcional, férias integrais e proporcionais acrescidas do terço constitucio-
nal (1/3) e FGTS (depósitos e multa de 40%). (Pedido)
É possível transferir o empregado do período noturno para o diurno, retirando-lhe o adicional noturno, por se tratar de
alteração contratual mais benéfica para a saúde do trabalhador (art. 468 da CLT e Súmula 265 do TST).
Art. 468 da CLT. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo con-
sentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de
nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Parágrafo único. Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empre-
gado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.
Súmula 265 do TST. A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.
o
• É vedado ao menor o trabalho noturno (art. 7 , XXXIII, da
CF).
o
• Súmula n 214 do STF: a duração legal da hora de serviço
noturno (52 minutos e 30 segundos) constitui vantagem
suplementar, que não dispensa o salário adicional.
o
• OJ n 97 da SDI-1 do TST: o adicional noturno integra a
base de cálculo das horas extras prestadas no período
Acerca do
noturno.
adicional o
• Súmula n 402 do STF: o vigia noturno tem direito a salário
noturno é
adicional.
importante o o
• Advogados – art. 20, § 3 , da Lei n 8.906/94: o trabalho
destacar:
noturno é o compreendido entre às 20h e 05h e o adicional é
de 25%.
o
• No meio rural: o trabalho noturno é disciplinado pelo art. 7
o
da Lei n 5.889/73, o qual estabelece que se considera
noturno, na lavoura, o trabalho executado das 21h às 05h e,
na pecuária, das 20h às 04h. Em ambos os casos, a hora
noturna é de 60 minutos e o adicional é de 25%.
Seguem relação de verbas rescisórias devidas nas principais formas de extinção do contrato de trabalho:
•
Saldo de salário;
Dispensa •
o o
sem justa aviso-prévio (arts. 7 , XXI, da CF e 487, § 1 , da CLT);
causa •
décimo terceiro salário proporcional;
•
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CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO INDETERMINADO
•
Saldo de salário;
•
décimo terceiro salário proporcional;
•
o
férias vencidas e proporcionais + 1/3 (Súmula n 261 do
TST);
Pedido de •
demissão aviso-prévio: caso não cumprido pelo empregado, o
empregador pode descontar o valor correspondente a ele
o
(art. 487, § 2 , da CLT);
•
o empregado NÃO tem direito a receber: aviso-prévio, multa
de 40% do FGTS, guias para recebimento do seguro-
desemprego e levantamento do FGTS e perde a proteção
das garantias de emprego.
•
Saldo de salário;
Dispensa por •
justa causa férias vencidas;
(falta grave •
do o empregado NÃO tem direito a receber: aviso-prévio, multa
empregado) de 40% do FGTS, guias para percepção do seguro-
desemprego e levantamento do FGTS e perde a proteção
das garantias de emprego.
•
Saldo de salário;
•
aviso-prévio;
•
Rescisão
décimo terceiro salário proporcional;
(falta grave
•
do
férias vencidas e proporcionais + 1/3;
empregador)
•
multa de 40% do FGTS;
•
o
guias: CD/SD (seguro-desemprego – Súmula n 389 do
TST) e para liberação do FGTS.
Forma de
Verbas Rescisórias Devidas
Extinção
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•
Saldo de salário;
•
décimo terceiro salário proporcional;
•
férias vencidas e proporcionais + 1/3;
No prazo
•
guia: para liberação do FGTS.
•
O empregado NÃO tem direito de receber: aviso-prévio,
multa de 40% do FGTS e guia para percepção do seguro-
desemprego.
•
Sem cláusula assecuratória de direito recíproco de
rescisão antecipada:
– saldo de salário;
–
multa do art. 479 da CLT;
–
décimo terceiro salário proporcional;
–
férias vencidas e proporcionais + 1/3;
–
Dispensa multa de 40% do FGTS (há divergência, mas devemos
antecipada por pedir na petição inicial);
ato empresarial –
guia para levantamento do FGTS e percepção do seguro-
o
desemprego (Súmula n 389 do TST).
•
o empregado NÃO tem direito a receber aviso-prévio;
•
com cláusula assecuratória de direito recíproco de
rescisão antecipada;
•
são devidas as mesmas verbas do contrato de trabalho
por prazo indeterminado em que o empregado é
dispensado sem justa causa.
•
Sem cláusula assecuratória de direito recíproco de
rescisão antecipada;
•
saldo de salário;
•
multa do art. 480 da CLT;
•
Dispensa décimo terceiro salário proporcional;
antecipada por •
ato do férias vencidas e proporcionais + 1/3;
empregado •
o empregado NÃO tem direito às guias para liberação do
FGTS e percepção do seguro-desemprego;
•
com cláusula assecuratória de direito recíproco de
rescisão antecipada;
•
são devidas as mesmas verbas do contrato de trabalho
por prazo indeterminado em que o empregado pede
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demissão.
Segue exemplo:
II – MÉRITO
1. Verbas resilitórias
O Reclamante foi dispensado sem justa causa pela reclamada no dia…, e não
recebeu suas verbas rescisórias. (Fatos)
o
Cuidado! O artigo 7 , XXI, da CF assegura aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30
o
dias, à luz da lei. A Lei n 12.506/2011 entrou em vigor na data de sua publicação, em 13.10.2011, regulamentando o
o
aviso-prévio proporcional previsto no artigo 7 , XXI, da CF, assegurando-o na proporção de 30 dias aos empregados
com menos de 1 ano de serviço na mesma empresa, acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma
empresa quando completarem um ano e assim sucessivamente, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um
total de até 90 (noventa) dias. Assim, tais regras se aplicam aos contratos extintos após 13.10.2011. Ressalte-se,
entretanto, que há decisões isoladas do STF considerando devido o aviso-prévio proporcional, mesmo no caso de
contratos concluídos antes desta data.
Segue a lei:
o
LEI N 12.506, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
o
Art. 1 O aviso-prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação
o o
das Leis do Trabalho – CLT –, aprovada pelo Decreto-Lei n 5.452, de 1 de
maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos emprega-
dos que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.
o o
Brasília, 11 de outubro de 2011; 190 da Independência e 123 da República.
DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Guido Mantega Carlos Lupi Fer-
nando Damata Pimentel Miriam Belchior Garibaldi Alves Filho Luís Inácio Lu-
cena Adams
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Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.10.2011.
o
O Ministério do Trabalho expediu Nota Técnica n 184/2012 tratando da aplicabilidade na nova lei. Em síntese, con-
forme resumo constante na própria Nota Técnica:
“III. Conclusão
Em síntese, estes são os entendimentos que se submete à consideração superior para fins de aprovação:
1) a lei não poderá retroagir para alcançar a situação de aviso-prévio já iniciado;
o
2) a proporcionalidade de que trata o parágrafo único do art. 1 da norma sob comento aplica-se, exclusivamente, em
benefício do empregado;
3) o acréscimo de 3 (três) dias por ano de serviço prestado ao mesmo empregador, computar-se-á a partir do momento
em que a relação contratual supere um ano na mesma empresa;
4) a jornada reduzida ou faculdade de ausência no trabalho, durante o aviso-prévio, prevista no art. 488 da CLT, não
o
foram alterados pela Lei n 12.506/11;
5) A projeção do aviso-prévio integra o tempo de serviço para todos os fins legais;
6) Recaindo o término do aviso-prévio proporcional nos trinta dias que antecedem a data base, faz jus o empregado
o
despedido à indenização prevista na Lei n 7.238/84; e
7) As cláusulas pactuadas em acordo ou convenção coletiva que tratam do aviso-prévio proporcional deverão ser ob-
o
servadas, desde que respeitada a proporcionalidade mínima prevista na Lei n 12.506, de 2011.
Aviso-prévio
Tempo de Serviço Proporcional ao
(anos completos) Tempo de Serviço
o
(n de dias)
0 30
1 33
2 36
3 39
4 42
5 45
6 48
7 51
8 54
9 57
10 60
11 63
12 66
13 69
14 73
15 75
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Aviso-prévio
Tempo de Serviço Proporcional ao
(anos completos) Tempo de Serviço
o
(n de dias)
16 78
17 81
18 84
19 87
20 90
Atenção! Caso o examinador forneça dados suficientes, o candidato deve indicar o número de dias do saldo de salá-
rio postulado e a proporcionalidade das férias e décimo terceiro.
Art. 114, VI, da CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (...) VI – as ações de indenização por dano mo-
ral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (...)
O dano moral é configurado diante da presença dos três requisitos da responsabilidade civil: culpa, dano e nexo
causal, e sua fundamentação jurídica está positivada nos artigos 5°, X, da CF e 186 e 927 do CC.
o
Art. 5 , X, da CF. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propri-
edade, nos termos seguintes: (...) X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (...)
Art. 186 do CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927 do CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
É desnecessária a demonstração da culpa quando a atividade do empregador for de risco (art. 927, parágrafo único,
do CC), bastando o dano e o nexo para que seja devida a indenização.
Art. 927 do CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo
único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando
a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Atenção! Deve-se verificar se o dano moral precisa ser postulado, principalmente quando: 1) a proposta indicar o
abalo emocional do empregado causado pelo empregador; 2) o empregador praticar falta grave; e 3) o empregado
for demitido injustamente por justa causa.
A seguir temos um trecho da proposta do Exame de Ordem 2005.3/PR para identificação do pedido de indenização
por danos morais e gabarito.
o
(3 EXAME DA ORDEM 2005/PR) Em razão dos atrasos nos salários, Tomi tornou-se inadimplente no pagamento
das mensalidades escolares vendo-se obrigado a retirar seu único filho do colégio particular em que estudava, sendo
que esta situação está lhe causando profunda humilhação perante seus familiares e colegas, pretendendo, por isto,
ser indenizado em valor a ser fixado pelo juiz.
CRITÉRIO DE CORREÇÃO: Pagamento de indenização por danos morais a ser fixado pelo juiz, não inferior a R$ ...,
com fundamento na responsabilidade civil do empregador (ausência de pagamento de salário – culpa; humilhação
por tirar o filho do colégio – dano; nexo causal).
Os dois exemplos dispostos a seguir também ilustram bem os pedidos de indenização por danos morais:
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Exemplo 1:
II – MÉRITO
1. Do dano moral
Exemplo 2:
II – MÉRITO
1. Do dano moral
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para processar e julgar pedidos de danos morais e patrimoniais decorrentes
o
das relações de trabalho (art. 114, VI, da CF e Súmula n 392 do TST) requer a
condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais a
ser arbitrado pelo juiz, não inferior R$ ... . (Pedido)
Atenção! Quando a conduta do empregador for contínua, restará configurado o assédio moral; portanto, se a situação
humilhante para o empregado se prolongar no tempo, em virtude de uma conduta reiterada do empregador, estará
caracterizado o assédio moral. O fundamento legal no caso de assédio moral é o mesmo do pedido de indenização por
danos morais. Nesse caso, o examinando deve: a) denominar o tópico, no mérito, de “assédio/dano moral”; b) contar os
fatos e ao final do parágrafo afirmar que tal conduta reiterada caracteriza assédio moral; c) apontar a mesma funda-
mentação do pedido de indenização por danos morais e d) por fim, requerer a condenação da reclamada ao pagamen-
to de indenização por danos morais em valor a ser arbitrado pelo juiz, não inferior a R$ ..., considerando que o dano
decorreu do assédio.
Segue exemplo:
II – MÉRITO
Com fundamento nos arts. 186 e 927 do Código Civil o reclamante pode postular indenização por danos materi-
ais.
Os danos materiais dividem-se em dano emergente (o que o reclamante efetivamente gastou), lucros cessantes
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(o que o reclamante razoavelmente deixou de ganhar) e pensionamento (devido nos casos de redução total ou
parcial da capacidade laborativa).
Nos casos de acidente do trabalho sem redução da capacidade laborativa o reclamante deve postular danos
emergentes e lucros cessantes, eventualmente devidos, nos termos do art. 949 do Código Civil. Por sua vez, na
hipótese de redução ou perda da capacidade laborativa os pedidos devem ser de danos emergentes, lucros
cessantes e, também, de pensionamento, nos termos do art. 950 do Código Civil.
Art. 949, CC. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento
e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950, CC. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe
diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da
convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que
ele sofreu.
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do da estabilidade.
Atenção! Os incisos IX e X do artigo 659 da CLT preveem as duas únicas situações da concessão de tutela anteci-
pada no Processo do Trabalho, muito embora seja cabível em diversas outras situações, quando preenchidos seus
requisitos.
Art. 659, IX e X, da CLT. Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das que lhes forem conferidos
neste Título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes atribuições: (...) IX – conceder medida liminar, até decisão
final do processo em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos parágrafos
do art. 469 desta Consolidação. X – conceder em medida liminar, até decisão final do processo em reclamações traba-
lhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador.
O inciso IX do artigo anteriormente citado autoriza a concessão de medida liminar que vise tornar sem efeito a trans-
ferência do empregado para localidade diversa daquela previamente definida no contrato de trabalho, quando não
houver anuência do empregado e/ou a comprovação da necessidade do serviço pelo empregador (art. 469 da CLT e
o
Súmula n 43 do TST).
Já o inciso X refere-se à concessão de liminar para reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou
dispensado pelo empregador.
Segue exemplo:
I – MÉRITO
1. Da tutela antecipada
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O Reclamante ocupa o cargo de dirigente sindical, consequentemente, desen-
volveu diversos projetos para sua categoria, que seriam reivindicados dentro
de 15 dias, contudo, a dispensa sem justa causa do mesmo inviabilizará a ma-
nifestação dos empregados, por isso, faz-se necessária sua imediata reinte-
gração. (Fatos)
Diante do exposto, requer a concessão liminar, sem a oitiva da outra parte, nos
termos do artigo 659, X, da CLT, determinando a imediata reintegração do
Reclamante. (Pedido)
1.6. PEDIDOS
O tópico dos pedidos, inserido logo após o mérito da peça, é uma repetição de todos os requerimentos já realizados
no desenvolvimento da reclamatória trabalhista. É importante requerer a parcela principal, bem como os seus refle-
xos. Os pedidos devem seguir a mesma ordem em que foram abordados no mérito.
Segue exemplo:
III – PEDIDOS
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como a liberação de guia para levantamento do FGTS e a percepção do segu-
ro-desemprego.
NOTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DE PROVA
REQUERIMENTO PROCEDÊNCIA dos pedidos com a condenação do
S FINAIS reclamado ao pagamento das verbas postuladas,
acrescida de juros e correção monetária
Segue exemplo:
IV – REQUERIMENTOS FINAIS
Diante do exposto, requer:
a) a notificação da Reclamada para oferecer resposta à Reclamatória Traba-
lhista, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato.
b) a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial
a prova documental, o depoimento pessoal e a oitiva de testemunhas.
Por fim, a procedência dos pedidos com a condenação da reclamada ao
pagamento das verbas pleiteadas, acrescidas de juros e correção monetária.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado
o
OAB n
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