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HIDROLOGIA FISICA
MOVIMENTOS DA TERRA e CONSEQÜÊNCIAS - 2
Culminação de um astro
A culminação é dita zenital no único ponto do meridiano em que a posição do astro coincide
com o zênite local. Isto é, a culminação zenital é um caso particular de culminação. Quando o
Sol culmina zenitalmente (o que é relativamente raro), a sombra de uma haste no prumo,
confunde-se com sua própria projeção. No caso da culminação não zenital do Sol, a sombra da
citada haste estará dirigida para o norte ou para o sul, dependendo da posição do Sol.
Declinação
Plano da órbita O Sol se desloca pelo espaço em direção a um ponto da esfera celeste
situado nas proximidades da estrela Vega, junto com todos os astros que compõem o Sistema
Solar. Observando-se o Sistema Solar de um referencial imóvel, situado fora da galáxia,
verifica-se que a Terra descreve em torno do Sol uma trajetória em hélice elíptica. Para a
hidrologia o Sol fica imóvel no espaço e a órbita da Terra é uma elipse, quase circular, no
plano da órbita. Veja que o plano do equador forma com o plano da órbita um ângulo de 23o
27'. Nessa órbita, o movimento de rotação é realizado dando sequencia aos dias e noites. No
passado, o homem acostumou-se a ver o Sol descrevendo um movimento no céu, de leste para
oeste... e por isso acreditou-se que o Sol girava em torno da Terra. A Terra gira de oeste para
leste, fazendo com que o Sol (e todas as estrelas visíveis à noite) pareçam se movimentar no
sentido contrário. Para uma pessoa parada no Pólo, o movimento de rotação significa a uma
volta/dia em torno de si. Para uma pessoa parada no equador, o deslocamento diário é de 2r =
2 x 3,14 x 6.378 km = 40.076 km (~ 1.670 km/h). A Lua acompanha a Terra em seu movimento.
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Solstícios e equinócios
O plano do equador forma com o da órbita um ângulo de, aproximadamente, 23o 27'. Isso
significa que o eixo da Terra tem a mesma inclinação com respeito à vertical do plano da
eclíptica, o que provoca efeitos extremamente importantes.
Para melhor visualizar tais efeitos é preciso visualizar também a declinação do Sol variando ao
longo do ano. Com esse objetivo, imagine um observador no centro da Terra, girando com ela.
Com o movimento de rotação, esse observador veria o Sol mover-se em redor da Terra,
deslocando-se de leste para oeste, já que a Terra gira de oeste para leste. Veria, ainda, que a
posição do Sol, em uma mesma hora, mudaria de um dia para outro. Isto é, sua declinação
variaria com o tempo. Caso observador marcasse, a cada instante, o ponto de interseção do
vetor posição do Sol com a superfície do globo terrestre, constataria formar-se uma linha
helicoidal (de passo bem pequeno) que, durante um ano, iria do Trópico de Capricórnio ao de
Câncer e retornaria ao de Capricórnio. De fato, a declinação do Sol aumenta desde –23o 27' até
+23o 27' entre 21 de dezembro e 22 de junho; nos seis meses seguintes, de 22 de junho a 21 de
dezembro, reduz-se de +23o 27' a –23o 27'.
Para exemplificar, imagine-se um habitante da Região Tropical, vivendo em local não muito
afastado do equador, e que, sistematicamente, tivesse o hábito de observar a própria sombra,
no momento da culminação do Sol (meio-dia solar). Essa pessoa notaria que, em uma certa
época do ano, sua sombra, àquela hora, estaria orientada para o norte e no restante do ano para
o sul. Observaria, ainda, que o comprimento da sombra mudaria, dia a dia, atingindo um
tamanho máximo para o lado norte e outro (diferente do primeiro) para o lado sul. Caso a
pessoa residisse no Hemisfério Sul, o comprimento máximo anual da sombra ocorreria em 22
de junho e ela estaria orientada para o sul àquela hora. Reciprocamente, em se tratando de um
habitante do Hemisfério Norte, o maior comprimento anual da sombra seria observado em 21
de dezembro, mas ela estaria dirigida para o norte.
Assim, uma translação completa da Terra está dividida em 4 estações do ano, que duram cerca
de três meses cada e se caracterizam por condições atmosféricas próprias e típicas. Os
solstícios e os equinócios são os eventos que estabelecem o início das estações do ano em cada
hemisfério. Como consequência da inclinação do eixo da Terra ser praticamente constante, a
área iluminada (pelo Sol) em cada Hemisfério varia ao longo do ano. Exatamente por isso, o
Hemisfério Sul recebe mais energia solar que o Hemisfério Norte entre 23 de setembro e 21 de
março, sendo que o máximo de suprimento energético (maior área iluminada) coincide com o
solstício de dezembro. De 21 de março a 23 de setembro o Hemisfério Sul recebe menos
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energia solar que o Hemisfério Norte e o suprimento energético mínimo (menor área
iluminada) acontece por ocasião do solstício de junho. Com o Hemisfério Norte dá-se o
oposto, em relação às datas desses eventos.
As mudanças no comportamento médio da atmosfera, causadas por diferenças no aquecimento
da superfície, são expressas principalmente em termos de variações na temperatura média... e
será tanto mais acentuadas quanto mais afastada da faixa equatorial estiver a região que se
considere. Alterações no aquecimento, porém, não afetam apenas a temperatura mas
interferem na umidade do ar, nos ventos predominantes, na chuva etc. Na zona equatorial
praticamente não se notam diferenças no comportamento da atmosfera entre as estações; em
geral, apenas uma pequena queda na temperatura do ar é observada.
Fotoperíodo Por causa da rotação da Terra, a luz solar ilumina metade da superfície deste
planeta a cada instante, originando a alternância dos dias e noites. Como o eixo terrestre é
inclinado, acontece que a porção iluminada de cada paralelo varia com a época do ano.
Somente por ocasião dos equinócios é que exatamente a metade de cada paralelo está
iluminada. Portanto, a duração dos dias /noites varia ao longo do ano, exceto no equador, onde
duram sempre cerca de 12 horas cada. Define-se fotoperíodo (duração efetiva do dia) como o
intervalo de tempo transcorrido entre o nascimento e o ocaso do Sol, em determinado local e
data. O fotoperíodo não é o período total de iluminação, o qual inclui os crepúsculos da manhã
e da tarde, quando o local recebe luz solar indiretamente. O crepúsculo matutino se inicia (e o
vespertino termina) quando o centro do disco solar se encontra no plano do horizonte local.
Veja porem que nessas ocasiões, a verdadeira posição do centro do disco solar não é aquela
que parece, pois o desvio da luz solar na atmosfera torna o Sol visível quando ele ainda se
encontra sob o plano do horizonte do observador. Nas regiões tropicais essa diferença pode
significar apenas alguns minutos de iluminação, mas nas regiões polares, essa diferença pode
representar alguns dias, o ângulo de elevação do Sol é sempre igual a sua declinação.
Movimento aparente anual do Sol A mudança da declinação do Sol com o tempo está
associada ao movimento de translação da Terra e é causada exclusivamente pela inclinação do
eixo terrestre. Dela decorre o movimento aparente meridional do Sol, facilmente percebido
quando se observa, dia a dia, a posição da sombra projetada por um obstáculo, a uma mesma
hora (preferencialmente quando da culminação do Sol). Exemplo: um homem na Região
Tropical (em local não tão afastado do equador) que observa sua própria sombra, no momento
da culminação do Sol (meio-dia solar) vai notar que sua sombra por vezes está orientada para
o norte e por vezes para o sul. Vai notar ainda que o comprimento da sombra muda... tem um
tamanho para o norte e outro (diferente do primeiro) para o sul. Caso essa pessoa residisse no
Hemisfério Sul, o comprimento máximo da sombra ocorreria em 22/junho com orientação
para o sul àquela hora. No entanto, se residisse no Hemisfério Norte, a maior sombra seria no
dia 21/dezembro e dirigida para o norte. Tais observações podem ser entendidas com a
observação do leitor para o movimento aparente anual do Sol na direção norte-sul. De fato,
verifica-se que :
- a declinação do Sol varia entre +23o 27' (em 22/junho) e –23o 27' (em 21/dezembro);
- em latitudes intertropicais o Sol culmina, zenitalmente, duas vezes por ano;
- nos trópicos (Câncer e Capricórnio) o Sol culmina zenitalmente apenas uma vez;
- por 6 meses o Sol ilumina mais um Hemisfério que o outro (estações do ano).
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- Entre os Círculos Polares (Ártico e Antártico), a parte iluminada de cada paralelo diminui,
progressivamente de 1 para 0, assumindo o valor 0,5 exatamente no equador. Nessa
situação, o fotoperíodo passa de 24 horas (a 66o 33'N) para zero (a -66o 33'S). Isto é, o
fotoperíodo de 22 de junho é: - superior a 12 horas em todo o H.Norte;
- igual a 12 horas no equador;
- inferior a 12 horas em todo o H.Sul.
- A calota polar acima do Círculo Polar Ántártico (-66o 33'N), nenhum paralelo está iluminado.
Isto é, o Sol não é visível, durante todo o dia... um fotoperíodo de ZERO horas, embora
o Sol seja parcialmente visto.
- A calota polar abaixo do Círculo Polar Ántártico (-66o 33' N), está sempre iluminado. Isto
é, o Sol não se põe durante todo o dia... um fotoperíodo de 24 horas.
= zero
= - 23o27’