Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
LICENCIATURA EM
História
MÉTODOS E TÉCNICAS
DE PESQUISA EM HISTÓRIA II
Edson Armando Silva
Francieli Lunelli Santos
Cláudio DeNipoti
)LFKDFDWDORJUi¿FDHODERUDGDSHOR6HWRU7UDWDPHQWRGD,QIRUPDomR%,&(18(3*
6LOYD(GVRQ$UPDQGR
6P0pWRGRVH7pFQLFDVGH3HVTXLVDHP+LVWyULD,,(GVRQ
$UPDQGR6LOYD)UDQFLHOL/XQHOOL6DQWRVH&OiXGLR'HQLSRWL
3RQWD*URVVD8(3*187($'
SLO
/LFHQFLDWXUDHP+LVWyULD(GXFDomRDGLVWkQFLD
&RQVWUXomRGRREMHWR/HLWXUDV±GHVHQYROYLPHQWRH
VLVWHPDWL]DomR+LVWRULDGRU±IHUUDPHQWDVLQIRUPDWL]DGDV
+LVWRULDGRU±IHUUDPHQWDVLQIRUPDWL]DGDV0HWRGRORJLD±
IRQWHV3URMHWR±¿QDOL]DomR,6DQWRV)UDQFLHOL/XQHOOL
,,'HQLSRWL&OiXGLR,,,7
&''
A Coordenação
SUMÁRIO
Ŷ PALAVRAS DOS PROFESSORES 7
Ŷ OBJETIVOS E EMENTA 9
A CONSTRUÇÃO DO OBJETO
Ŷ SEÇÃO 1 - (RE)ESTRUTURANDO A QUESTÃO DE PARTIDA
11
13
Ŷ SEÇÃO 2 - A CONSTRUÇÃO DA PROBLEMÁTICA 16
Ŷ SEÇÃO 3 - JUSTIFICATIVA (RECORTE ESPACIAL E TEMPORAL) 19
Ŷ SEÇÃO 4 - ELABORAÇÃO DOS OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICOS) 25
FINALIZANDO O PROJETO
Ŷ SEÇÃO 1 - A CONSTRUÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO DA PESQUISA
95
96
Ŷ SEÇÃO 2 - A APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA 97
Ŷ PALAVRAS FINAIS 103
Ŷ REFERÊNCIAS 105
Ŷ NOTAS SOBRE OS AUTORES 109
PALAVRAS DOS PROFESSORES
OBJETIVO GERAL
Ŷ Fornecer subsídios para a construção do projeto de pesquisa e reflexões
inerentes à sua execução.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ŷ Reestruturar a pergunta de partida desenvolvida com base nos
aprofundamentos necessários permitidos através das leituras e pesquisas já
realizadas.
Ŷ Estimular o contato do pesquisador com fontes históricas e acervos
documentais para realização da pesquisa.
Ŷ Estruturar as leituras necessárias para a elaboração da problemática e
referencial teórico da pesquisa.
Ŷ Obter informações sobre o tratamento dado aos tipos de fontes escolhidos
para pesquisa.
Ŷ Conhecer diferentes metodologias aplicadas aos diversos tipos de fontes
existentes.
Ŷ Desenvolver o projeto de pesquisa referente ao tema/objeto escolhido.
Ŷ Compreender aspectos sobre a elaboração de cada etapa do projeto de
pesquisa.
EMENTA
Ŷ A definição metodológica. Vertentes de pesquisa em história: abordagens
clássicas e contemporâneas. Desenvolvimento da pesquisa em história.
Elaboração do projeto de pesquisa.
UNIDADE I
A construção do objeto
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ŷ Reestruturar a pergunta de partida desenvolvida a partir de reflexões
realizadas na primeira parte desta disciplina.
Ŷ Refletir sobre o problema e a construção do objeto de pesquisa.
Ŷ Elaborar a questão central e pensar o objeto de acordo com seus
desdobramentos.
Ŷ Fornecer elementos para o desenvolvimento da justificativa, dos objetivos e
base conceitual da pesquisa.
ROTEIRO DE ESTUDOS
Ŷ SEÇÃO 1 - (Re)estruturando a questão de partida
12
UNIDADE 1
Métodos e Técnicas de Pesquisa em História II
Com base nesses apontamentos iniciais, por assim dizer, serão
feitas, a seguir, reflexões sobre a construção do objeto, adotando
inicialmente a retomada da pergunta de partida e dando continuidade
à elaboração do projeto de pesquisa, através da abordagem de
elementos essenciais em sua composição. Bons estudos!
SEÇÃO 1
(RE)ESTRUTURANDO A QUESTÃO DE PARTIDA
13
UNIDADE 1
Universidade Aberta do Brasil
TXDOTXHU TXH VHMD R SRQWR GH SDUWLGD XPD UHIHUrQFLD ELEOLRJUi¿FD XPD UHÀH[mR
PHWRGROyJLFD XP FRQWDWR FRP IRQWHV XPD H[SHULrQFLD GH YLGD RX XP GHEDWH
FRORFDGR SHOR VRFLDO D FRQVWUXomR GR REMHWR GHSHQGHQGR GD SRVWXUD WHyULFD GR
SHVTXLVDGRUHGHVXDYLYrQFLDVHUHDOL]DUiSRUFDPLQKRVGLIHUHQWHVFRQGX]LQGRD
UHVXOWDGRVWDPEpPGLIHUHQWHV9,(,5$S
14
UNIDADE 1
Métodos e Técnicas de Pesquisa em História II
não torne o trabalho superficial, ou se torne uma apelação individual
ou a defesa de uma causa pessoal e apontada pela forma de redação da
problemática. José D’Assunção Barros faz uma importante afirmação
sobre isso. “Passados alguns anos, certamente começarão a surgir as teses
e reflexões políticas menos comprometidas com as reações emocionais
imediatas àqueles acontecimentos, e portanto mais acadêmicas ou
profissionais.” (BARROS, 2011)
A pesquisa precisa ter relevância para a comunidade científica. Não
apenas para você. É sobre isso que tratam as próximas seções e, também,
sobre critérios para a elaboração da justificativa do foco da pesquisa.
Observe o que ressalta Peter Burke a esse respeito:
2 UHODWLYLVPR FXOWXUDO REYLDPHQWH VH DSOLFD WDQWR j SUySULD HVFULWD GD KLVWyULD
TXDQWR D VHXV FKDPDGRV REMHWRV 1RVVDV PHQWHV QmR UHÀHWHP GLUHWDPHQWH D
UHDOLGDGH 6y SHUFHEHPRV R PXQGR DWUDYpV GH XPD HVWUXWXUD GH FRQYHQo}HV
HVTXHPDVHHVWHUHyWLSRVXPHQWUHODoDPHQWRTXHYDULDGHXPDFXOWXUDSDUDRXWUD
%85.(S
15
UNIDADE 1
Universidade Aberta do Brasil
SEÇÃO 2
A CONSTRUÇÃO DA PROBLEMÁTICA
16
UNIDADE 1
Métodos e Técnicas de Pesquisa em História II
e conhecer o que já existe publicado sobre o tema, para que possa elaborar
a problemática de pesquisa. Você deve estar se perguntando: “Mas, afinal,
qual é a diferença entre pergunta de partida e problemática? As duas não
são a mesma coisa?” A resposta é não.
Uma pergunta de partida é mais abrangente e primária, e leva em
conta que você ainda não definiu com clareza seu objeto de estudo. Na
pergunta de partida a relação que se estabelece com o objeto ainda está num
ponto mais superficial de ruptura com o senso comum. Já a problemática é
o questionamento central sobre o objeto, tem como base seu contato com as
fontes de pesquisa e o respaldo adquirido pelo referencial teórico.
REFERENCIAL TEÓRICO
17
UNIDADE 1
Universidade Aberta do Brasil
18
UNIDADE 1
Métodos e Técnicas de Pesquisa em História II
SEÇÃO 3
JUSTIFICATIVA (RECORTE ESPACIAL E TEMPORAL)
19
UNIDADE 1
Universidade Aberta do Brasil
2 KLVWRULDGRU SRU GH¿QLomR HVWi QD LPSRVVLELOLGDGH GH HOH SUySULR FRQVWDWDU
RV IDWRV TXH HVWXGD 1HQKXP HJLSWyORJR YLX 5DPVpV QHQKXP HVSHFLDOLVWD GDV
JXHUUDVQDSROH{QLFDVRXYLXRFDQKmRGH$XVWHUOLW]'DVHUDVTXHQRVSUHFHGHUDP
VySRGHUtDPRV>SRUWDQWR@IDODUVHJXQGRWHVWHPXQKDV(VWDPRVDHVVHUHVSHLWR
QD VLWXDomR GR LQYHVWLJDGRU TXH VH HVIRUoD SDUD UHFRQVWUXLU XP FULPH DR TXDO
QmRDVVLVWLXGRItVLFRTXHUHWLGRQRTXDUWRSHODJULSHVyFRQKHFHRVUHVXOWDGRV
GH VXDV H[SHULrQFLDV JUDoDV DRV UHODWyULRV GH XP IXQFLRQiULR GH ODERUDWyULR
(P VXPD HP FRQWUDVWH FRP R FRQKHFLPHQWR GR SUHVHQWH R GR SDVVDGR VHULD
QHFHVVDULDPHQWH³LQGLUHWR´%/2&+S
RGRFXPHQWRMiQmRIDODSRUVLPHVPRPDVQHFHVVLWDGHSHUJXQWDVDGHTXDGDV
$ LQWHQFLRQDOLGDGH Mi SDVVD D VHU DOYR GH SUHRFXSDomR SRU SDUWH GR KLVWRULDGRU
QXP GXSOR VHQWLGR D LQWHQomR GR DJHQWH KLVWyULFR SUHVHQWH QR GRFXPHQWR H D
LQWHQomR GR SHVTXLVDGRU DR VH DFHUFDU GHVVH GRFXPHQWR >@ 1HVVD SUiWLFD
SURJUHVVLYDPHQWHRSRQWRGHSDUWLGDGDLQYHVWLJDomRSDVVDGRGRFXPHQWRSDUDR
SUREOHPD9,(,5$S
20
UNIDADE 1
Métodos e Técnicas de Pesquisa em História II
cial teórico. Estas últimas constam da sistematização de pesquisas
anteriores ou análises feitas por pesquisadores com base em outras
fontes históricas. As referências são obras de caráter científico, pois
são produzidas a partir de um método específico de interpretação
de documentos, o que não acontece com as fontes históricas.
Alguns exemplos de fontes podem ser: documentos institucionais
e pessoais, imagens, jornais, audiovisuais, edificações, entrevistas,
objetos, dados estatísticos etc. Os tipos de fontes e as metodologias
necessárias para o desenvolvimento de pesquisa com cada uma de-
las serão assuntos da Unidade IV deste livro.
Com relação à escolha das fontes, há que se ter em mente que “as
condições de produção do documento passaram a ser minuciosamente
estudadas. Nenhum documento é ’inocente’. Deve ser analisado,
confrontado com outras fontes, na busca por evidências. O documento
não fala por si, mas necessita de perguntas adequadas; se faz necessário,
portanto, o diálogo com as fontes” (ABRÃO, p. 10). O historiador busca
as fontes e faz as perguntas que forem pertinentes. O historiador não é
um investigador da verdade do passado, mas um intérprete do passado,
condicionado pelas suas opiniões políticas, pela sua condição social,
pelos valores da sociedade em que vive. Ele está inserido em um contexto
com o qual se inter-relaciona.
RECORTE ESPACIAL
21
UNIDADE 1
Universidade Aberta do Brasil
RECORTE TEMPORAL
22
UNIDADE 1
Métodos e Técnicas de Pesquisa em História II
de tanto temporal quanto espacialmente extremamente perigosa. Há
que se considerar a quantidade de modelos, tipos e composições de
família em diferentes locais e épocas no Brasil.
Esse recorte não precisa ser representado necessariamente por um
número “redondo” (dez anos, vinte anos, um século etc.). Porém, deve
estar diretamente ligado ao problema a ser investigado. Não esqueça:
é o problema que define o recorte, não o contrário. O problema pode
ultrapassar as fronteiras de datas “fechadas” pré-estabelecidas. Um
dado acontecimento pode ter repercussões em um período posterior
ao de análise de um recorte fechado em décadas, por exemplo. Veja
a seguinte possibilidade: estudar o processo de redemocratização do
Brasil. Esse contexto exige dimensionar o recorte temporal anterior
ao processo de redemocratização, propriamente dito, pois esse pro-
cesso ocorre a partir de outro: o período ditatorial. Portanto, estudar a
redemocratização não se encerra na década de 1980, por assim dizer.
Demanda estudar o contexto anterior.
$R DUJXPHQWDU VREUH DV MXVWL¿FDWLYDV GRV UHFRUWHV HVSDFLDLV H WHPSRUDLV YRFr GHYH UHÀHWLU
VREUHDHVFROKDGDVHVFDODVGHDQiOLVHGRIHQ{PHQRDVHULQYHVWLJDGR$SHQDVFLWDUDVORFDOLGDGHVH
SHUtRGRVGHWHPSRSDUDFXPSULUXPDH[LJrQFLDPHWRGROyJLFDGRVUHFRUWHVHVSHFLDOHWHPSRUDOQmR
p R VX¿FLHQWH H FHUWDPHQWH DSUHVHQWDUi IUDJLOLGDGHV GXUDQWH D H[HFXomR GHVVH SURMHWR e SUHFLVR
FRQIURQWDU D SHUJXQWD HVWDEHOHFLGD FRP DV RSo}HV HVFDODUHV GH PDQHLUD D SRVVLELOLWDU D PHOKRU
LQWHOLJLELOLGDGH SRVVtYHO GR IHQ{PHQR e LPSRUWDQWH TXH FDGD LQYHVWLJDGRU IDoD VHX EDODQoR Mi TXH
QmRH[LVWHPDpriori HVFDODVPDLVLPSRUWDQWHVGRTXHRXWUDV7XGRGHSHQGHGDSHUJXQWDTXHYRFrID]
jUHDOLGDGH
23
UNIDADE 1
Universidade Aberta do Brasil
LEMBRE-SE:
(VWDEHOHoDGLVWLQo}HVGDVGLYHUVDVDERUGDJHQVGRSUREOHPDWUD]LGDVSH-
las suas leituras. Construa os recortes do objeto de pesquisa e suas justificativas.
(VWDEHOHoDDVFRQYHUJrQFLDVHGLYHUJrQFLDVTXHDSDUHFHPHQWUHRVTXD-
dros teóricos e as informações obtidas na fase exploratória no campo de pesquisa.
,QVFUHYDVXDLQYHVWLJDomRHPXPDDERUGDJHPTXHOKHSHUPLWDFRQKHFHU
com propriedade o que investiga.
'HL[HFODUDDHVWUXWXUDFRQFHLWXDOGHVXDSUREOHPiWLFD
24
UNIDADE 1
Métodos e Técnicas de Pesquisa em História II
SEÇÃO 4
ELABORAÇÃO DOS OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICOS)
25
UNIDADE 1
Universidade Aberta do Brasil
Figura 1 - (VTXHPDREMHWLYRVHVXETXHVW}HV
3DUDEpQV9RFrFRQFOXLXRHVWXGRGDXQLGDGH,HFRPHODREWHYHFRQKHFLPHQWRV
UHIHUHQWHV j FRQVWUXomR GD SUREOHPiWLFD HODERUDomR GD MXVWL¿FDWLYD UHFRUWHV HVSDoR
WHPSRUDO H FRQVWUXomR GRV REMHWLYRV RV TXDLV VH GLYLGHP HP TXHVWLRQDPHQWR FHQWUDO
FRQYHQFLRQDOPHQWHGHQRPLQDGRFRPRREMHWLYRJHUDOHVXETXHVW}HVREMHWLYRVHVSHFt¿FRV
QHFHVViULDVSDUDRGHVHQYROYLPHQWRHRSHUDFLRQDOL]DomRGDSHVTXLVD$SUy[LPDXQLGDGH
GiFRQWLQXLGDGHjVUHÀH[}HVTXHHQYROYHPDSURGXomRGHVHXSURMHWRGHSHVTXLVDDWUDYpVGDrQIDVH
GDGD j FRQVWUXomR GH VXD EDVH FRQFHLWXDO 3DUD TXH D FRPSUHHQVmR GHVVD HWDSD ¿TXH PDLV FODUD
D YRFr FRPR H[HPSORV VHUmR GHVWDFDGRV GXDV IHUUDPHQWDV FRQFHLWXDLV SDUD XVR GR KLVWRULDGRU
³UHSUHVHQWDo}HVVRFLDLV´H³LGHQWLGDGHV´
26
UNIDADE 1
Métodos e Técnicas de Pesquisa em História II
'HSRLV GHVVD SULPHLUD IDVH GD SHVTXLVD GHVVH PRPHQWR GHGLFDGR j H[SORUDomR VREUH R
WHPDDVXDSHUJXQWDGHSDUWLGDDLQGDUHÀHWHVXDLQWHQomRGHSHVTXLVD"-XVWL¿TXHVXDUHVSRVWD
(VWDEHOHoD DV GLIHUHQoDV HQWUH D SHUJXQWD GH SDUWLGD H D SUREOHPiWLFD GH SHVTXLVD
XWLOL]DQGRVHXWHPD5HDOL]HRVDSURIXQGDPHQWRVTXHIRUHPQHFHVViULRVSDUDTXHVHXWH[WRGHPRQVWUH
DPDGXUHFLPHQWRQDSDVVDJHPGHXPDSDUDRXWUD(VFUHYDHPXPDODXGD
27
UNIDADE 1
28
Universidade Aberta do Brasil
UNIDADE 1