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LINGUISTICA APLICADA NA MODERNIDADE RECENTE cap andrdiaCustédio. ewsho: Karina Mota pitorachosTelma Olvelrs crnssnccxruacacto sar ten, SHENG Stowe moe romors HOC nga an nie: ei Senttiea haapss ta hPa Pb Be nem ab [11] 5061-9262 | 2589-9263 fax: (11) 5061-8075 home page: www.parabolseditoricombr ‘mall parabola@parabolzeditoial comb “Todos of avitos reservadox Nenhuma pate desta obra pode ser Feprtiaads ou tanemilapot qualquer e/ou qvasaver mos (cern ou mecca, nlando ftocnla« grovoo] ou acute fm epnlguc stem ou Banco de dads sm perms por escrito 8 Parola Estoral Lida. omoreesmoeT Esta digo coma com o apo da Cut gles SP. ‘do eto: ua Palo da Mota Lopes, 2013 {© da edigio:Pribole Eitri Si Paulo dezembro de 2013, . de pesquisa e acao tica Aplicada: Angela B. Kleiman Por wna epistemologia do Sul. nguistica Aplicada estava na sua infincia no Brasil, nés, -aplicados ativos e atuantes da UNICAMP', usivamos, s, como forma de conferir uma identidade independente cia dominante, a um campo que recém-comegava a se Se passaram e muitos volumes sobre a identidade da 95, notando-se uma constante nas diversas obras: 0 mo- ut Pd a Mags AGENDA DF ISDS AO LCC ARMADA Especificamente, gostaria de problematizar uma faceta de criticida- de da pesquisa em LA, que envolve, nas palavras de Paulo Freire (segundo ke Adams, 2012), 0 “suleamento” (em vez do norteamento) de nossa jvidade académica, pormeio do estabelecimento de mais didlogos com ou- cientistas sociais criticos “de fronteira’: sociélogos, teéricos culturais, 9 de emancipagio em relacao & Lingufstica, timidamente esborado 1980, foi se afirmando mediante a reivindicagao da transdis- or alguns praticantes da area (Serrani, 1990; Kleiman, 1992; 1992), ea propria redefinigao do que é ser transdiscipli- dlenciads na coletinea de textos reunidos por Signorini e Cavalcanti aa ea registro desse movimento nessas obras é um atestado da progres- (1998). i or do quadro das ciéncias que informavam teoricamente os pes- Fee reer ge (aids, Unico caminho possivel para dar conta dos obje- el que reiteradamente explicitavam um compromisso social aa i tica Aplicada (LA) coma resolugdo de problemas ¢ iniquidades iota rngem jogava algun papel central (Cavaleanti, 1986; Mita em que a RE 1992; Celani, 1992). il, a saber, o da descolonialidade epistemolégica (Escobar, 2000, 2003; aie epistemologica culminou com a publicagiv, em fjano, 2004, 2007; Mignolo, 2000, 2007) na formulagao de problemas “ uma coletdnea de textos escritos por linguistas aplicados nacio- pesquisa ¢ participacao social, Embasarei minha discussao num progra- a ~ ageios (Moita Lopes, 2006b), que praticamente constitu uma, iment nos textos de ciplinatidade ps Celani ¢ Paschal ésof0s que se posicionam na periferia, a margem do eixo euro-norte-ame- 0 de produgao de conhecimentos. Em outras palavras, parafraseando o Lopes, 19 na de pesquisa e ago, em desenvolvimento na América Latina, que tem se raga de pincipios sobre a natureza trans- da Linguistica Aplicada, ‘ado muito prodativo na formulagao dos problemas com e por grupos aan mais epstemologicamente distante da Linguistic, © mais proxi clos Etudes Culturas e das Citmcias Sociais, pelo seu cardter “trans: is periféricas de nosso continente, numa perspectiva desde o interior da spo wcities decorrente da necesidade social de problematizaradrea perifera, visando outorgar vsibilidade a esses grupos. O programa tornou- res (Pennycook, 2008) enor explicitude ¢ intensidade, na pesquisa sobre letramento que o gru- etramento do Professor desenvolve no Brasil”. Defendo, neste trabalho, uma Linguistica Aplicada critica com uma enda que, em consonincia com sua vocac4o metodolégica interventiva, Mpa © monopélio do saber das universidades e outras instituigdes que ‘tupos de pesquisadores ¢ intelectuais e toma como um de seus ob- Neste trabalho, pretendo reabrir 0 debate iniciado por Moita Lopes (2006) no texode sua autoria nessa coletinea, no qual cle advogs ane: dade de cottuirconhecimentos que contemplem “as vozes do Sul sean qasujetassbcio histéricos de nossa realidad social. A elaboraga0 cou seja, 0854) de pesquisa, de um programa’ ae todo ottabalho critico da area, € um passo essencial na elabora- tem so de uma agenda de pesaiuisa, ao e interven¢do que outorgue maior i pilidade o aedibilidade a nossa area, abrindo espago, talvez, para uma cfativa na mudanga de estruturas elitistas e arcaicas (como, sscurriculos na universidade), Venho trazer outras vozes flexivelmente estruturado, de modo a con- 8 elaboragio de curriculos que favorecam, por um lado, aapropriagao 'saberes por grupos na periferia dos centros hegeménicos ¢, por outro, visibi participasio. por exemplo, Pasticalarmente no ambito do projeto Formato do Professor atividadesderetextualiza tices de ltramentofinanciado pela FAPESP. Desse grupo hoje agradego a Carolina Assis Jatino-americanas a fim de “sulear” (orientar para 0 Sul) o debate e ques- 2 pe rndasin ‘Carla Reichmann pela leitura critica de uma versio deste texto, ea Maria i icaordool is Cintra Martins Cosme dos Santos pelos antigos debates sobre marginalidade que, hi mui- ja oi lorte, ai erante na definigao dos ; pelos ant epinalidade que, tionar a hegemoria ocidental do Norte, ainda imp cme derarcimpule nial pun penn ate osasunte Aan cetgudetanptapor te mosses problenasde pesguisa. redo do Eduardo Galesno, ais ode uncatsca APSADA WA MaKe CENT sb oe FSA Ah BA LEGUETICA ARCA a legitimacio dos saberes produzidos por esses grupos. Numa extensio de: sa guestio, esse rompimento leva necessariamente a repensar a relagio d produgio e uso de conhecimentos entre os pesquisadores da Europa e dos Estados Unidos e os pesquisadores da América hispano-falante e do Brasil. Problematizo, assim, nossa dependéncia desses polos e 0 desconhecimen- to e rejeicao dos saberes, conceites e programas de pesquisa que nao faze parte da epistemologia ocidental do Norte. A obra da qual este capitulo faz parte, cujo intuito ¢ prestar homena- gem a Antonieta Alba Celani, é particularmente receptiva, creio ew, a tal ob- jetivo, pela trajetdria de Antonieta que, numa época em que outras relacd entre disciplinas © saberes imperavam, soube problematizar situagdes da ‘um papel constitutivo nos saberes, nas configuragées identitarias e nas — feministas, tnico-raciais, sociais — que formam, conformam, 1m, informam, transformam as tealidades que construimos. ‘Um elemento comum a essas pesquisas, que nos aproxima das perspec- as de Frantz Fanon e de Stuart Hall, éo lugar em que sio produzidos esses ccimentos, identidades e relagoes: desde um espago-tempo que sofreu os de coloniza¢ao, um lécus que marca os nossos corpos, as nossas pa- vida profissional do professor de linguas e procurar as meios para resolver os problemas e desafios préprios desta era de rapidas mudangas e miiltiplas novas exigéncias postas ao professor’. eua-céntricos’ Mas nio precisa ser assim, como alega um grupo de pesquisadores, a Centro ¢ periferia na producao do saber Be Bich lqmes kate ue reentarngansai ingattan: pensar num “giro’, ou virada, epistemolégico, para a periferia e a da periferia, o que torna esses sistemas de saberes nio subalternos em elagio a um centro sempre hegeménico, como se fosse s6 lé que se produz.0 mento “que conta como conhecimento” (Sousa Santos, 2004). Nesta ena préxima se¢io, discutirei alguns dos princfpios do Programa dernidade/Descolonialidade (PM/D) no qual sociélogos, semioticistas, l6sofos e historiadores realizam pesquisa que nao é “sobre” a periferia, "a partir da’ periferia (Florez, 2000). Um dos objetivos desse programa quisa é a visibilizagzo dos participantes de movimentos feministas, Dado quea globatizacao neoliberal ¢ hegemnica, nao surpreende que ela esteja cenraizada no saber, nao menos hegeménice, da céncia moderna de base ocidental Boaventura de Sousa Santos, O Férum Social Mundial © modo em que a pesquisa em Linguistica Aplicada vem se desenvol- vendo no Brasil se destaca e diferencia da pesquisa ocidental do hemis{&- rio Norte, onde o préprio paradigma eritico é questionado e rejeitado por linguistas aplicados de renome (cf. Pennycaok, 2006: 68). No Brasil, pelo contririo, desde a década de 1990, diélogos muito frutiferos vém se desen- volvendo entre a Linguistica Aplicada e outras ciéncias sociais e humanas esse respelto, hoje eeaieme esinhas palaveas de vinte anos ats sobre a teajetéria de Pesquisa da Aatonieta, que distingulam “dois aspectos de sua earreira que foram confirmados & econfirmadosag longo dos anos, Primeiro sua forte habiidade em kdentificar em nivel aacionaly reas que precisam de ajuda © pesquisa, © segundo, ua habilidade em plancjar medidas de longo leance para satisfizeressas necesskladesosand tanto pesquisa bisica quanto aplicada”(Kleimany 1994: 31) Eta eas demais teadogdex do nglés © do expasthol neste capitulo sto de mioha autora. ‘Tomo emprestado (¢traduzo) o termo “euro-uss-centric” usado por Catharine Walsh sferi-se aos Fstados Unidos como centro hegemnico na produsio de conhecimentos ‘ealizadas por linguistas aplicados brasileiros comprometidos, criticos, que respeitam o Outro da pesquisa. tema ¢ dificil pelo perigo de o texto ser entendido como uma apo- logia por uma LA autéctone, brasileira, ou do hemisféria Sul, que defende a reinvengio de principios metodolégicos ou de conceitos ja desenvolvidos zna pesquisa ocidental dos paises do norte. Nao se trata disso. A questo aqui envolvida (semelhante & dos movimentos que produzem conhecimentos como o Férum Social Mundial, analisado por Sousa Santos), é a viabilidade, ‘ou mesmo relevncia, de propostas (académicas) na arena da luta epistemo- logica, seja ela a arena global ou local. A questo que tais programas imedia- tamente enfrentam é, nas palavras de Sousa Santos, “o problema epistemo- logico da validade ¢ utilidade desse mesmo conhecimento cientifico [pro- duzido pelos programas ou movimentos] para as lntas contra-hegeménicas” (Sousa Santos, 2004: 12), A crenga, entre linguistas aplicados, de que a LA critica tem a contribuir para o debate se depara imediatamente com outro “metaproblema” epistemolgico também levantado por Santos, o da credi- bilidade da érea, quando pergunta: “Com que conhecimento ou epistemo- logia poderio set estes problemas formulados?” (Sousa Santos, 2004: 12). Acredito, como muitos outros linguistas aplicados, que & possivel criar um programa de pesquisa que vise & “justica cognitiva global” (Sousa Santos, 2004; 13). E, assim, meu objetivo é também argumentar a favor da “insergao do processo investigative no movimento politico da sociedade” (Streck, Adams, 2012: 1). Podemos imaginar varias formas de insercio. Primeiramente, pode- ‘mos entender essa insergo no préprio seio dos movimentos politicos dos ‘grupos sociais que participam da pesquisa: mulheres, aftodescendentes, indios, trabalhadores do campo, alfabetizadores e professores, a fim de en- tender outros sistemas de conhecimentos, periféricos em relagio ao conhe- cimento hegeménico. Em segundo lugar, podemos entender essa inser¢ao Politica como 0 movimento de pesquisadores dialogando da periferia para 8 periferia, com outros pesquisadores engajados do nosso continente; por liltimo, podemos entender essa inser¢io como 0 movimento de linguistas aplicados criticos tentando vencer as barreiras epistémicas das tradicionais pombe ESQUEA AGRO RULER APLC u universidades de nossos paises, que nao lidam muito bem com a diversida- de, a mudanga e a renovagio epistemolégica e, portanto, nao abrem espaco para novos paradigmas e sistemas de conhecimentos produzidos dentro ou umn eentey fora da academia. ‘A defesa dos didlogos Sul-Sul é importante neste momento porque, como Walsh (2010: 214), citando Lander (2000) e Sousa Santos (1987), bem aponta, diferentemente do que ocorria nos anos 1960 e 1970, quando 0s intelectuais da América Latina voltados para os préprios problemas do continente faziam parte de um movimento forte, hoje evidencia-se na regio um retorno aos paradigmas liberais do século “XIX, ineluindo as metanarrativas universais da modernidade e progres- 0 € uma posigio de nao envolvimento (Lander, 2000a). Mas também seevidencia ainstalagio de uma nova racionalidade cientifica que “nega o cariter racional a todas as formas de conhecimento que nao partem de seus principios epistemologicos e suas regras metodolégicas”. Qualquer que seja 0 sentido dado a essa insergdo politica, o resulta- do seri uma construséo social e epistémica que incorpora os saberes, os modos de ser, os valores de nossos povos e que se posiciona criticamente em relacio ao poder hegeménico, seja ele baseado em aspectos culturais, epistémicos, econdmicos, raciais, de género. Dai a importincia de conhecer © programa que compartilha esses objetivos com a vertente da LA eritica desenvolvida no Brasil. A descolonizagio do conhecimento Por uma Linguistica Aplicada histrica Segundo 0 socidlogo peruano Quijano (2000), a colonialidade foi ge- rada no colonialismo, embora, diferentemente deste, seja mais profunda duradoura, Uma consequéncia da colonialidade consiste em negar status epistémico 4s “histérias locais” produzidas justamente com base no ques- azn aac mautrca ARUCADe NA HODEREDADE RECHITE HOA EES AGH ru LSTA ARAN, tionamento ao eurocentrismo’ (Florez, 2004). Podemos dizer que a proble- matizagao central do pensamento descolonial é a relacio entre a periferia e co poder especificamente com 0 saber como forma de poder. Para o PM/D®, a ciéncia € critica quando questiona as categorias das epistemologias do norte (ou do ocidente) que, primeiro, escondem e apa- gam a diversidade ¢, segundo, apresentam teorias sobre os movimentos so- ciais que (re}atualizam 0 pensamento dicotdmico neutralizador do poten- cial de lnta dos grupos da periferia, em iiltima instancia, os atores criticos ‘tanto, 0 uso do termo pressupde o reconhecimento (se nao a aceitagio) da Jegitimidade da ordem hegeménica, da lei, do conhecimento do centro, A Linguistica Aplicada transgressiva, segundo 0 mesmo autor, tenta “pensar ‘no quenao deveria ser pensado, fazer o que nao deveria ser feito” (2006: 82) ‘no entanto, para o sujeito de frontetra essa atitude corzesponde justamente a ensar 0 que sim deveria ser pensado, fazer o que sim deveria ser feito, dizer o que sim deveria ser dito. A dimensio ética da LA critica, seja ela anti-hegeménica, mestica ou iibrida (Moita Lopes, 2006a: 88) estd contemplada no PM/D: o pensa. 0 de fronteira, segundo Mignolo (2007), é uma forma ética de pensar arque, sendo marginal, no tem uma dimensio etnocida, de destruicao de cultura ou etnia. Tamponeo tem propésitos proselitistas,ligados & cor 40 de inverdades e proclamagao da verdade tinica; seu objetivo ¢ pensar fe outro modo, em dires2o a uma outra logica “em summa, madar os termes, o somente o contetido da conversagio” (p. 28). _ Eom certeza esse objetivo singular que esta por tris das diferengas interpretagio da diversidade e da diferenga entre 0 PM/D e a dimen- o critica dos Estudos Culturais, do qual o PM/D faz parte, Um exemplo \diferenca entre a implosao das categorias cultura alta cultura popu- devido ao impacto da indéstria cultural em todo o planeta. O PM/D a necessidade de ir além da aceitagao das culturas de massa e dos dos projetos globais. Toda teoria critica é historica, no sentido de que entende que os sujei- tos de pesquisa e reflexdo sio sujeitos que trazem marcas de sua propria six tuagao histérica. Porém, na teoria critica da cultura’ do PM/D reivindica-se a inclusio de todas as historias que marcam um sujeito, inclusiveas historias locais dos atores sociais agindo na periferia e a partir da periferia. Essa concepgao é entendida como uma postura epistémica de frontei: 1a (Mignolo, 2000; Escobar, 2003). O pensamento de fronteira correspon devia, na nossa Area, a0 que Pennycook (2006) denomina de abordagem transgressiva da LA, nome que me parece conter um eguivoco de origem porque o transgressor é aquele que desobedece, desrespeita, infringe e, por Adon desing de Gans (2007: 219), para qm noone tet un pro cero ste como nals dcapetarineletninetey de cosair sra real sca a jpesguiadoralizso temo ng apenas peo su valor ono fferaca hist, as tambon Sociais decorrentes das novas tecnologias de informagao, tal como Teespectnesteamgl do dominiirperal tad coptlnno japartrdeuapenpect soem ct secke Adam (2012 1] Eten ijano (2007) paquets ‘Tigran yepectn de conhecnestostematearente ori a Eup Caen Sh cocoa VU torando-e meinimetehgomrica os =éleseglne AG programa empoc or chmodos tudes Descoloins Sas mat conhecias i cannot ng ninnfneneanoEargue Dasa soc perv Anal Qo, 08 Sevtudan unl agestngetadudense er MgneloouoiSlog vencselan Es [andor off colonangSaniga Casto. Gémery slings Cathe Walsh, 0 Eanadoe { Sitjungs cle drtto Eeabar noc Estos Ullos Cae noargueo grape mode dade/dscobmaldade priviga também de tis proetosacadénieo otto. Segundo Wal r (2010: 218s pegaiadoe do progemana bers eda ogee 960 sera Um objetivo importante do programa é entender os mecanismos de th cna conte npr eotatrel das rcnsesce poder coll mpera’ quncall ae : Cacti naooy os debates da bepcsbciee shetaraprsctdiceetrtorl da Chia Bs teins Castro Gémez (2000) vai mais longe: a reorga- teologia ea flosfia da ibertagi de Dusel, a pedagogia do opeimide de Frere, 0 projets lobal da economia capitalista se sustenta na produgao das dife- penstmenta desolonial de Fanon. “© Portanto, sua celebragao pode contribuir para consolidar 0 sis- ‘tudos Culturais fazem, porque seriam, segundo estes, “espacos de ‘ipasio” e/ou “locus de hibridizacao e resistencia” as exigéncias do do global. 0 PM/D, segundo 0 colombiano Castro-Gémez (2000: nao submete o potencial da diversidade, a diferenca entre o culto eo ar 4 "mercantilizasto fetichizante dus bens simbdlicos” (afinal, nao cone so ge Louisa anna NA MOERIEANE CATE tema hegeménico. Para ele, uma das tarefas da teoria critica no projeto da De fato, 2 polarizagio que tais categorias engendram favorece a ocul- descolonialidade seria visibilizar os novos mecanismos de producio das _ cqoe 0 descrédito de teorias de conhecimento da periferia. Um exemplo 60 conhecimento indigena sobre as plantas da AmazOnia que, por ser sdicional” em lugar de modemo, pode ou ser usurpado pela inckistria far- tica global, sem maiores consequéncias legais ou econdmicas, ou ser diferengas no mundo globalizado, © socidlogo também defende que é ne- cessario desvencilhar-se de categorias bindrias do passado, como coloni- zador versus colonizado, centro versus periferia, opressor versus oprimido, | jdade, ente outeas, uma vez natureza versus cultura, unidade versus di tado por nfo atender aos critérios da comunidade cientifica que essas categorias da légica exclusiva (ow isto ow aquilo) nao mais cor (0 PM/D faz algumas restrighes a algumas teorias criticas pés-moder- respondem as novas configuragdes do poder, que obedecem a uma légica inclusiva: isto ¢/ou aquilo. ‘Uma pergunta pertinente em relagio ao programa que os préprios membros se fazem ¢ a razao pela qual o grupo sente a necessidade de uma nova compreensio da modernidade. A respusta dada por eles prop «s Cugoano, que permitem, respectivamente, a compreensio da lingua ‘meméria indigena no acu confronto coi @ modemidade emergente evidencia com clareza o rompimento politico epistemoligico que dese Jembrangas ¢ as experiéncias da escravidao, confrontadas com a mo- jam coneretizar. idade econdmica e politica. Para Mignole, “e pensamento descolonial, Considerando que 0 fim da modermidade foi decretado pela ciéneia o assentar-se sobre experiéncias e discursos como os de Waman Poma € social hegeménica, na Europa e na América do Norte, eles utilizam a cate- goano nas colénias das Américas, desprende-se (amigavelmente) da cri- goria modernidade para afirmar o direito a usufrui-la por aqueles que foram ‘Tais diferencas provavelmente decorrem dos recortes epistémicos te ainda caracterizam as disciplinas tradieionais: enquanto para o histo- 8 temas abordados por Waman Poman embasam as conclusdes so- privados de vivencié-la, 4.c., 0s povos nao ocidentais, na Asia, na Africa ena sel (2004), todavia, propoe uma perspectiva transme- derna de descolonizacao do conhecimento. Essa perspectiva rejeita também América Latina. Di as categorias bindrias norte-sul, como se a questo entre Norte e Sul fosse # identidade indigena, para o linguista aplicado podem ser os textos de apenas geogrifica, bastando inverter'ahierarquia, Foucault os que melhor permitem entender as orientacdes discursivas, das Alguns pesquisadores do PM/D, como Mignolo, se pteocupam com ‘uma possivel atribuigio de caracteristicas obscurantistas ao programa pela ppotlem ser depreendidos 0 ethos ou os aspectos identitarios no texto. sua rejeigao de categorias da cincia moderna hegembnica. Segundo ele, querer ir além das categorias de anélise ndo significa negé-las ou abandoné- -las por algo melhor. Significa ampliar 0 campo de visibilidade tragado pela Uma agenda de pesquisa cigncia ocidental moderna, uma ver que ela interditou dominios importan~ — . tesparao entendimento dos movimentas sociais: emogdes, intimidade, sen- Uma pesquisa que dialogue tmerta e craze fronteiras so comum, conecimentos ancestrais ¢ corporeidade. Trata-se, portanto, dé Edgardo Lander (2000: 9-10), oxganizadar do livro La colonialidad del curocentrismo y eiencias sociales. Perspectivas latino-americanas, que uma abertura categorial para nao tratar essas formas de conhecimento coma subalternas e para integrar outros modos de produgio de conhecimento @ ciéncia euro-eua-céntrica. 8 trabalhos apresentados no Simpésio Alternativas ao Eurocentrismo potnna cc as 90 eee LAD Bp ona e007 sae at ee | i gsr ADA Me MEDEA AECEHTE icdo de vantagem porque é fronteiriga e a0 mesmo tempo exterior, ocu- do, assim, uma terceira, diferente e privilegiada posicao, "Umproblemarelativo especificamentealinguagem, ie, anossaparcela ber especializado, parece-me privilegiado pelo seu carter aglutinador, © Colonialismo no Pensamento Social Latino-americano Contemporineo’, faz algumas perguntas pertinentes sobre o potencial do programa no quad; atual da geopolitica do conhecimento no prefitcio do livro. Indaga ele: + Quais sio as potencialidades que estio se abrindo no continente, no essar quase todos os problemas sociais, justamente porque articula relagoes entre centro e periferia desde a época colonial (Rama, 1985),sem ‘mudangas nas relagoes de poder que institui: & a questéo da pos- desconhecimento da escrita. Trata-se de um mecanismo poderoso de ituigio da subalternidade na academia, como ji mostramos em outros (por ex, Kleiman, 2006), | Nossa pesquisa’ mostra que as categorias emergentes da hierarquiza- conhecimento, na politica e na cultura a partir da reconsideragio de questoes epistemolégicas na selacio Norte- Sul? # Qual € a relagao dessas perspectivas teéricas cam 0 ressurgimento dlaslutas dos povos historicamente excluidos, como 0s grupos negros «indigenas na América Latina? + Como podem ser considerados, com base nestes questionamentos, os 4o de grupos e comunidades nao conseguem descrever as (re)invencaos ‘em relagao & escrita (em fangio das necessidades do grupo), e que a stica a partir de construtos como letramento pode ser limitadora do olhar 10 se abrir as histérias locais. Essa abertura foi essencial para “romper Gontigns) dohatoc saben identidade, hibridos, transculturagso © cape cificidade da experiéncia histérico-cultural do continente? + Quais sio hoje as possibilidades (e a realidade) de wm didlogo das regides excluidas subordinadas por saberes coloniais ¢ earocéntricos (Avia, Artes, Amibeiea Laing} uns silenciamentos sobre a histéria da populagao negra no Sul do Brasil © mostrar outras histérias que historicamente foram invisibilizadas’, se- lo Sito (2010; 144). A opgio metodoldgica da pesquisadora envolveu icipar das priticas e eventos de letramento da comunidade participante da pesquisa (uma comunidade de negros em pleno processo de luta pelos A resposta a essas questdes se encontra no Sul. A proposta envolv olhar do Sul, nao necessariamente inventar novas metodologias ¢ teorias, Para essa dificil tarefa (diffcil porque se coloca na contramo dos programas ‘hegemsnicos), sugerimos, a fim de iniciar “esta conversacisn en otros térmic direitos de propriedade da terra em que moravam) com a finalidade de interpretar essas priticas sob uma nova ética. Sua opsao ética (e metodolégica) foi contar a histéria do grupo e apro- nos’, duas frentes de acdo, uma com base na pesquisa, a ser discutida nesta. sesio, a cutra com base nas nossas atividades no local de trabalho, especi ficamente, na universidade, a ser discutida na diltima segio deste capitulo. mar-se dos seus saberes priticas de escrita, emergentes na sua luta pela ‘A natureza dos problemas de pesquisa investigados jé vem sendo am- plamente discutida por outros linguistas aplicados criticos: trabalhos sobre sueio, racism, proletarizagao do professor, a exclusao e 0 ensing na escola piblica, a interculturalidade na produgao de textos escolares, na formagio de docentes, nos curriculos da escola, sio temas atraentes para Linguistas aplicados que querem olhar, com olhos do Sul, para o Sul, de uma . Luanda Sito nos mostra como o fato de limitar seu olhar a um aspecto daselacio do negro coma sociedade hegem@nica,redurindo-o a categoria de ‘io letrado (em relagao a instituigao letrada de poder instituile) ‘$435 priticas cotidianas, na familia, com amigos, teria apagado outro fato, de que, para fazer frente is intimeras dificuldades do grupo na obtencao Co titulo de sua terra, os membros da comunidade estavam desenvolvendo “@stratégias de mudanga identitaria: eles estavam tornando-se quilombolas, Resizado em 1998, durante o Congresso Mundi! de Soctlogis dé Monteeal, com Patteipagto dos pesguisadores da PM/D. Do Grupo Letramento do Professor, mencionade, P1908 Wa ODRRNIDADE RECT ‘negros engajados na construgdo e posse do quilombo, enquanto antes eram descendentes de escravos morando num terreno herdado. Nas palavras de Sito, “essa experiéncia de regularizagao fundiaria, vista a partir das priticas mulher da periferia, aspectos todos que formam um sistema de conhe- tos que certamente deveria ser legitimado na formagio profissional dessas mulheres. As travessias de que fala a autora do estudo envolvem a de etramento, indicava que havia um processo concomitante: a apropriagao canstitui¢to de trajetérias de formagio de grupos cujos saberes nio sé0 de uma nova categoria politica, em outras palavras, um processo de tornars timados, deem-se essas trajetérias em movimentos de ago social, ouem nas formais, como os cursos universitarios. A arquitetura da formacao ‘dades plurais a partir do momento em que aponta a ade ¢ valor da historia da formagao dessas profissionais” (Correa, ). LA, gragas a seu foco na produgio das realidades sociais pela pratica -se quilombola” (p. 144). A categoria letramentos de reesisténcia (Sou: 2009; Sito, 2010) foi desenvolvida para descrever as apropriagdes de forma de falar, de escrever, de lidar com 0 conhecimento institueionalizado, eriar novas instituigSes e novas identidades, por grupos negros nas suas di- -versas lutas com 0 poder hegemdnico no Brasil. ‘Outro exemplo de histérias locais que interessa por em circulagio par ursiva, est em posigdo ideal para visibilizar e entender as resistencias definir uma possivel agenda de pesquisa na Svea é fornecido por Julia Manés. ‘Correa (2010), que, em suas observagées sobre as histérias esquecidas de professoras ribeirinhas de Belém do Para (portanto na fronteira entre o u bano e o rural), utiliza 0 conceito de “travessia’, para capturar tanto a forma de olhar a realidade quanto as injungoes sociais que constituem as ag n novos saberes num processo de transfarmacio do global pelo local Em suma, essas constatagdes de pesquisas como as duas brevemente eritas resultaram de uma frente de acao investigativa “desde y hacia’ nos- observadas, ¢ que fazem parte do contexto socioecondmico do territsri de periferizagao da cidade de Belém, Em vez de uma realidade de fracasso, como em gerala escola ¢ descrita, mais ainda quando o lugar ¢ tido como pe- ico em relagao a0 que jf é periferia, o conceito de “travessia” Ihe permit ; as metaforas do cotidiano de alfabetizadoras do semiagreste baia- entender uma pritica de letramento na Amazénia paraense. Neste caso, fica Ro; para tornar os saberes académicos coerentes com o lugar em que vir clara a importincia da perspectiva trans(cultural), que vai muito além rs reafirmar as diferencas ea multiculturalidade, segundo a autora, e que leva em conta a import’incia do lugar. E 0 lugarem que acontecem suas préprias cexperigncias culturais — distintas dos letramentos dominantes em outeas realidades urbanas — que permite a essas professoras acharem solugdesi ditas, impossiveis em outros lugares. £ nesse enraizamento que a cult como leitoras", entre muitas outras. Os resultados de pesquisas como essas engendram outra questio: 0 te fazer com os conhecimentos produzidos nas pesquisas dessa agenda de ‘eins vito projetos de peu em sicuniversiades etre eles; menciono ted Profesor: ata de retested pains de erament S CEAnaLicia Siva Sowa, Letramintsdereeiaéace: poesia, graft msc, dan nacionais, regionais e locais” (Correa, 2010: 21). “toa: Pardbol Eto, 2010. icici foo kit tv Se stor de Cosme Bos Sao, Un unt pura aurea geen seer textual ma formagia do aifebetcadr, dete em 2008 no Departament do 6a Aplieads da Unica. ¥ Yee tee de doutorado de Clan Lemos Vl Ene dicuros, Representa pe Jc Clon Lemos Vio, Enesco. Representa, pri A dnidades tors de aljabetcadresde poss jens «nan deena em 2007, ent de Linguistic Aplicada da Unicamp, “institui sua dimensao simbélica e material, combinando matrizes globais, Segundo Correa, trata-se de uma “ordem local que gera e funciona ordem e desordem ali vivenciadas” (Correa, 2010: 25). Ou seja, os saberes da professora se constroem sobre o reconhecimento e a vitalizagao de seus eros DE SOUSA = Ao aM OUT ARAN 1 i 5 E (Pb ta Moa apes LouSscaAPLNGA Ha MODERNONDE NECENTE soe ess 6 ACkO BA LNT Ara fronteira, que define seus préprios problemas independentemente do que & considerado “prestigioso” na pesquisa ocidental, como, por exemplo, a frag- mentagio do sujeito, a hibridizagao cultural, entre outros? i stao na periferia em relacio aos centros de poder, contrapée-se a teorias Contemporaneidade e legitimidade na universidade fuzir, dentro da elitista e arcaica estrutura universitiria brasileira, as ‘Por shia wniversidade descolonial .que.o centro mantém com a periferia? Em outras palavras, e usando Lécus de uma ciéncia critica, ética trans. 0s de nossos colegas do Sul, como fazer para implantar um projeto de dade e descolonialidade nos nossos locais de trabalho? Devemos utilizar esses conhecimentos nos curriculos de graduagio, St ran atores dennndancas, precisanins down fariseenbasamenen em especialmente nos cursos de formagio de professores, Essa iniciativa impli- es e aces concretas, Uma luta concreta, jd antiga, €a luta pelo direito caa coexisténcia, na universidade e em outras instituigdes de prestigio, de saberes e modos de producao de conhecimentos cistintos. Implica também, de escolher entre a lingua hegeménica da ciéncia, o inglés, ou a lingua leve, no entanto, estar temperado pelo imperativo ético de atender as ides comunicativas da maioria que nos escuta ou Ié, na periferia em a aceitagao da contemporaneidade das vozes daqueles classificados como, “autéctones, “tradicionais’, “orais’, “do passado”, Significa que, ao contrario da assincronicidade que caracteriza as interagbes entre, por exemplo, um ao centro. Uma agenda de pesquisa na Linguistica Aplicada poderia, técnico em agricultura eum camponés, ou entre um académico ¢ uma al- fabetizadora popular, 6 essencial partir do principio de que téenico e cam- ponés, professor e educadora popular ndo ocupam apenas o mesmo espago, ‘mas também compartilham 0 mesmo tempo. E, nao sé 0 mesmo tempo s, para alguma finalidade na vida académica de alunos e professores} snas como mero exercicio académico, mas vinculado 2o nosso lugar ‘como tém suas histérias entrelagadas pelas necessidades nvituas. Quando a contemporaneidade ests pressuposta, as historias locais do camponés & da educadora popular passam a ter estatuto de teoria com epistemes que ‘Outro aspecto relevante para contribuir para uma epistemalogia do defina seus préprios problemas de pesquisa, vinculados ao lugar, é tionamento constante da base racional, ocidentalizada ¢ andrégina mo espago do interlocut resenta o conhe~ ‘ coabitam o mesmo tempo ¢ espago do tor que repress ml termina qual é coro de vores de que queremos fazer parte. A esse cimento legitimo. Seguindo Mignolo (2000), podemos dizer que esses sujeitos contam historias esquecidas, cheias de conhecimentos que nao produzem desenhos globais (como as teorias eurocentricas), mas os recebem’”. Uma pesquisa 0, Sérgio Costa, num texto em que apresenta vitias restrigdes contea /D, reconhece essa base epistemolégica na sociologia quando afirma: académica que entende as hist6rias locais como mecanismo de (re)configu- SE ecesraie neuen Tad adepe a eta nsttuigo brasileira optouporapresenar sus fala em inglés ape- racdo de outras identidades e sistemas de conhecimentos por sujeitos qui is gomposicto da plain, qu inlla professes de ingua mater, geralmente monoingues& b,psofito de serpofesor dc unwersidad pica no pals, qua prande maioriadosalunos ; lade nfo consegue acommpat uma pales er inglés, Nao eno a discus dag * Verporesempleahistviaelitada por Zavala (2010) reativaa tramentoacademe9 eralano monolingue na univeridads hoje — mas tees situagao ser resolvida 0 com na univenidade, de uma camponesa quéches nim Instat de ensino superior so qua extadava feos da ntndigfo da comprenato a parte cnsieryel de wa patel para povar que age lool eae Pte do centrohegemdnico de produgia de conhecimentoséna minima, questions Lai lode Mota Lape ‘unc ACA A NONERNDIE CHT A2EA DE FESO AGO EM LINGUITIORAPLICADA ‘como conhecimento para o profissional que esta se formando. Para ‘cobar (2000: 121), a organizacio disciplinar é uma solucao simplista a um mundo complexo: “Vivemos em um mundo que j4 nao pode ser Um exemplo da relevancia das sociologias “ocidentais" para as sociolo- ¢gias“sulistas” é encontrado em um estudo sobre citagaio ne mais impor- tante revista brasileira de estudos sociais, a Revista Brasileira de Ciencias Socias: dos dex autores mais citados por socidlogos brasileiros entre 1998 0 2009, quatro sto alemaes, trés sio franceses, um é britinico e dois sao autores brasileiros do sexo masculino (Costa, 2012: 3)'* omplexo colombiano), a universidade, que “continua formando profissio- ais arborescentes, cartesianos, humanistas, disciplinantes, incapazes de in- No que tange @ formagao universitaria, a abertura epistemolégica nos rvir em um mundo que funciona com uma l6gica complexa” (Rozo Gauta, programas de graduacio enfrenta enormes dificuldades devido a estruturas inflexiveis, hierarquizadas (em institutos ou faculdades, departamentos) com rigidas fronteiras disciplinares guasdadas, muitas vezes, por verdadei- . fA ‘ imentos produzidos fora da universidade nao ser’ facil. Quando muito, as fortalezas epistemolégicas, instransponiveis. E no que tange a pesquisa el nileioon " 6 nessas instituigées, a transdisciplinaridade dos Estudos Culturais, ou da as nciniciesi omnis domaine eueetERceleaiCo Linguistica Aplicada, por exemplo, nao tem acolhida nos orgios de fomento a pesquisa e, assim, quem se aventura pelas complexas vias do dialogo inter- 2 rs re a F e e iro” curriculo, Todavia, acredito que uma cruzada com esse objetivo disciplinar: rs je yanciamento porque nai pe gllnar corenariamn Sarvaraounpenjetnsce Hy ne le a pena e nos aproxima dos pesquisadores do nosso continente com os se enquadram rigida e perfeitamente em nenhuma das dlsciplinas que po- gamed ey iti deriam contribuir para melhor analisar ¢ entender o problema de pesquisa Mas todos esses problemas, & complexos, viram insignificantes, de Fi- cil solugio, frente 4 questio de mudangas curriculares que no obedegam, # um desejo caro no PM/D que os conhecimentos tradicionais, vincu- dos & corporeidade, 20s sentidos, e tidos como superstigdes ¢ mitos pré- entificos e pré-racionais sejam aceitos como legitimos: “Pares iguais em a0 cAnone estabelecido ao longo de décadas de tradigio “cientifica”. Nessa didlogo desaberes” (Castro-Gdmez, 200789), inclusive nauniversidade realidade académica”, os departamentos donos das disciplinas determinam ‘A critica.a qualquer tentativa de abolir o disciplinamento académico ‘© que & pertinente ler, quem é autoridade num determinado tema, 0 que |S Grave incursto nos textos deus coletines na dreacle LA publicada no Braslrevela cen- dénciasemethantcem todos ostextos. Por exemplo, 0 texto menos euro-cua-céntrico da coetineay ‘scrto por um pesquisador do Brasil, encontrimos refbrénclas a 38 pensadores de origem enropea fe morte-americana vest 16 referencias & pesquisadores de origer no ocidental (aterze latino~ -americaios e dot asitios). mh outta texto do meni Lo, tambom escrito por um pasquisador de universidade brasileiea, no qual ele prope ramos para pesquisa, barrando as autoctagBes, to- fos 05 48 autores ctalos so europens enorte-americanose, deste, somente oto sio mulheres "Segundo Castro-Gmes (2007), ocinone é resultado da definite de romasrecorrentes nos vecortes ce stones do conhetimento peas discplinas. Hi excegdesem programs de pés-gradagio, coma o doutorado em Fstudns Cultarait Latino-americanos da Universidade Andina Sims Bolivar, no Equador que, segunda sua coorde ‘adora ‘pretende cruzayteansgredire atravessar 2 fonteiras do que tradicionalmente a cultura tem pensado como poacw mais do que um objeto de-estudo” (Walsh, 2010: 219). da tradigao cultural letrada). £ interessante notar que os argumentos

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