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Escola Secundária Dr.

Joaquim de Carvalho
Ano Lectivo de 2017/2018

GEOGRAFIA A

Professor: José Luís Ribeiro


O
O OBJETO
OBJETO DE
DE ESTUDO
ESTUDO DA
DA GEOGRAFIA
GEOGRAFIA

A superfície terrestre
e todas as forças e influências a que está sujeita.
Desde logo, as transformações operadas:
Pela natureza (Geografia Física);
Pelo Homem (Geografia Humana);
A uma escala global (Geografia Geral);
A uma escala limitada (Geografia Regional).
Ambientes naturais
A atmosfera e o clima
Eventos extremos
(riscos naturais)
Impactes da ocupação humana
Alterações nas condições de vida e conflitos
(riscos sociais)
Impactes nos sistemas
(Riscos Tecnológicos)
Todos os sistemas e problemas têm de ser estudados na escala correta

O que pretendemos salientar ou estudar na superfície?


Deves ser capaz de:
- Dar uma noção de escala.
- Distinguir escala gráfica de escala numérica.
- Identificar mapas de grande e pequena escala.
- Referir as características dos mapas de grande escala.
- Referir as características dos mapas de pequena escala.
- Calcular uma distância real, sabendo a distância do mapa e a escala do mapa.
- Calcular uma distância no mapa, sabendo a distância real e a escala do mapa.
- Calcular a escala de um mapa, sabendo a distância no mapa e a distância real.

ESCALAS NUMÉRICAS:
A escala numérica é representada sob a forma de fracção. O numerador é sempre a unidade (1) e
indica a distância no mapa, e o denominador a distância real (número de vezes que a realidade foi
reduzida para ser cartografada) correspondente, sempre em centímetros (cm).
A escala numérica pode ser representada de três formas diferentes.

ESCALAS GRÁFICAS:
A escala gráfica é representada sob a forma de um segmento de recta, normalmente subdividido em
secções e ao longo do qual são registadas as distâncias reais correspondentes às dimensões do
segmento. Nalguns mapas essas distâncias surgem na escala métrica europeia (Fig. 1) e noutros
conjugam-se as unidades de medida europeias com as anglo-saxónicas (Fig. 2) - em milhas (utilizadas
pelos ingleses e americanos).

Fig. 2 - Escala gráfica


Fig. 1 - Escala gráfica em Km (escala métrica) em Km e milhas
Vantagens e desvantagens da utilização das escalas gráficas e numéricas

Escala gráfica Escala numérica

Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens

Mantêm-se a Menor precisão/pouco Maior precisão/muito Imprópria para reduções,


proporcionalidade com rigorosa rigorosa ampliações
reduções e ampliações

A escala de um mapa é um auxiliar precioso para calcularmos distâncias. Face a um mapa


podemos de ter de calcular:
► a distância real;
► a distância no mapa;
► a escala do mapa.

Também é preciso fazer reduções, para realizarmos os cálculos correctamente:

Quilómetro Hectómetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro milímetro


km hm dam m dm cm mm
Exercícios

Mede com uma régua a distância entre Lisboa e


Londres num determinado mapa.
DM = 9 cm
Sabendo que esse mapa está desenhado com uma
escala de 1:21.000.000,
Calcula a distância real entre as duas cidades.
Então,
1 cm 21.000.000 cm

Logo,
9 cm X cm

Ou:
1
____________ 9
__________
=
21.000.000 X

É uma equação simples a uma incógnita:

1X = 9 x 21.000.000

9____________
x 21.000.000
X =
1
X = 189.000.000 cm X = 1.890 Km DR = 1.890 Km
DISTINGUIR E USAR AS DIFERENTES ESCALAS
Exercícios

Problema A
Temos um mapa com escala 1/300.000. Nesse mapa as localidades A e B estão
separadas 6 cm. Qual a distância que as separa na realidade?

Problema B
Noutro mapa, desenhado na escala de 1/25.000, queremos assinalar uma
localidade K que se encontra situada 10 km a Norte da localidade A.
Neste problema, já sabemos a escala do mapa e a distância real. Queremos saber
a distância no mapa.

Problema C
Temos uma planta de uma sala de aula sem escala. Nesta planta as janelas estão
representadas com 1,5 cm, mas sabemos que na realidade medem 3 metros.
Neste problema, sabemos a distância no mapa e a distância real. Queremos saber
a escala.
Escalas Geográficas

1 A escala grande é aquela em que a realidade foi reduzida muitas vezes.

Falso.
Verdadeiro.

2 A escala é a relação ente a distância medida no mapa e a distância real correspondente.

Falso.
Verdadeiro.

3 Que tipos de escalas existem?

Geográficas e numéricas.
Plantas e Mapas.
Simples e complexas.
Gráficas e numéricas.

4 Quanto ao tamanho as escalas podem ser:

Mundiais e locais
Grandes e pequenas
Numéricas
Proporcionais
A LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA (Sistema de coordenadas)
Considerando o sistema de
coordenadas geográficas
essencial para a localização
de um ponto ou lugar…

Indica a localização absoluta


do Lugar A
TRABALHO INDIVIDUAL
Considere o mapa mundo representado na Figura e a posição de 4 lugares (A, B, C e D).

1. O sistema de coordenadas geográficas apresentado suporta-se numa rede de:


(A) Círculos máximos, meridiano de Greenwich e Equador.
(B) Círculos menores e Equador.
(C) Meridianos , Equador e paralelos.
(D) Meridianos e círculos máximos.
2. As coordenadas geográficas de um qualquer lugar na terra permitem a sua localização, referindo:
(A) A latitude (distância do lugar ao meridiano de referência).
(B) A longitude e a latitude (distância do lugar, respectivamente, ao meridiano e ao paralelo de referência).
(C) A longitude (distância do lugar ao meridiano de referência).
(D) A latitude e a longitude (distância do lugar, respectivamente, ao Equador e ao meridiano de referência).

3. Todos os lugares situados no mesmo paralelo:


(A) Têm a mesma longitude.
(B) Têm a mesma latitude.
(C) Têm a mesma latitude e a mesma longitude.
(D) Têm latitude e longitude positivas

4. No sistema de coordenadas geográficas, cada lugar na superfície terrestre tem:


(A) Um paralelo de lugar e um meridiano de lugar.
(B) Um paralelo e um meridiano de Greenwich.
(C) Um meridiano e o Equador.
(D) Dois paralelos opostos.

5. Relativamente ao mapa da Figura 2, os lugares indicados têm as seguintes coordenadas:


(A) Lugar A: Latitude – 100◦ N; Longitude - 50◦ E.
(B) Lugar B: Latitude – 20◦ N; Longitude - 10◦ E.
(C) Lugar C: Latitude – 0◦; Longitude - 70◦ E.
(D) Lugar D: Latitude – 40◦ S; Longitude - 40◦ N.
NA EUROPA E NO MUNDO
A POSIÇÃO DE PORTUGAL

C
A ORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO

PORTUGAL
Território continental, insular e marítimo
AS PROVÍNCIAS

AS PROVÍNCIAS ULTRAMARINAS

Divisão administrativa fundamentada nas


AS PROVÍNCIAS
características das regiões (clima, modos de vida,
CONTINENTAIS
cultura, etnografia, etc.)
Distritos Concelhos
(18) (308)
Freguesias de Portugal Continental
A última reorganização administrativa
reduziu 27% do número de freguesias
DIVERSIDADE AMBIENTAL

Relevo Temperatura Precipitação


OUTRAS CLASSIFICAÇÕES

Divisão simplificada Regiões turísticas Regiões vinícolas


(norte, centro e sul)
Nova organização administrativa do
território português
NUT I — Portugal
NUT II — Regiões Autónomas e
Administrativas.
NUT III — Sub-Regiões

Nova base estatística para efeitos


demográficos, económicos e de
benefício de fundos estruturais (via
QCA ou QREN), entre outros.

Regiões Administrativas de Portugal


(Nomenclatura das Unidades
Territoriais Estatísticas)
AS NUTS ATUAIS

NUTS I NUTS II NUTS III

Fonte: INE
Evolução recente das NUT III portuguesas
NUT I e NUT II da Península Ibérica
Passos importantes da integração europeia
• 9 de Maio de 1950 — proposta de criação da CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço).
Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França, RFA e Itália assinam em 18 de Abril de 1951 o Tratado de Paris.
Outro Tratado é a CEEA (Comunidade Europeia da Energia Atómica, também designada de EURATOM).
• 25 de Março de 1957 — o Tratado de Roma cria a CEE (Comunidade Económica Europeia), pelo qual
são abolidos os direitos aduaneiros e passa a existir livre circulação de pessoas, mercadorias e capitais.
• 17 de Fevereiro de 1986 — assinatura do Acto Único Europeu. Coincide com a entrada de Portugal e
Espanha e a CEE passa a designar-se CE – Comunidade Europeia. Cria o Mercado Interno que promove
o desenvolvimento de regiões com atraso e pretende melhorar as condições de vida e trabalho dos cidadãos
europeus. Ganham forma três fundos estruturais: o FSE (Fundo Social Europeu), o FEOGA (Fundo Europeu
de Orientação e Garantia Agrícola) e FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional).
• 1 de Novembro de 1993 — o Tratado de Maastricht cria a União Europeia (UE) que aprofunda a
integração e programa os passos da União Económica e Monetária que, a partir de Janeiro de 1999, passa
a incluir a moeda única (o Euro) nos Estados-Membros que aderirem.

Datas da integração de países


• Em 1973 — Aderem à CEE a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido.
• Em 1981 — A Grécia é admitida como 10º Estado-Membro da CEE.
• Em 1986 — Portugal e Espanha assinam a Tratado de adesão à CE (Comunidade dos 12).
• Em 1990 — O território da ex-RDA passa a integrar a Alemanha e junta-se à CE.
• Em 1995 — Aderem à UE a Áustria, a Suécia e a Finlândia.
• Em 2004 — Entram 10 novos Estados-Membros: Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia,
Malta, Polónia e República Checa.
• Em 2007 — a EU passa a ter 27 Estados-Membros com a adesão da Bulgária e da Roménia.
• Em 2013 — a integração da Croácia aumenta para 28 o número de Estados da EU.
Os TRATADOS da integração europeia (UE)
Datas importantes na construção da União Europeia

2013

Croácia
A União Europeia:
Objetivos da sua fundação

Os objetivos da formação da União Europeia passam por:

Criação de um espaço de liberdade, de segurança e de justiça, sem


fronteiras internas, onde haja livre circulação de pessoas, capitais,
bens e serviços.

Criação do mercado único em que a concorrência é livre.

Promoção do desenvolvimento sustentável, ao nível do emprego,


progresso social, e proteção e melhoria do ambiente.

Promoção do progresso científico e técnico.


A União Europeia:
Objetivos da sua fundação

Os objetivos da formação da União Europeia passam por:

Salvaguarda e desenvolvimento do património cultural.

Promoção da diversidade cultural e linguística.

Promoção da coesão económica, social e territorial e a solidariedade


entre estados-membros.

Combate contra a exclusão social e as descriminações, a promoção da


justiça e da proteção sociais, a igualdade entre homens e mulheres, a
solidariedade entre gerações e a proteção dos direitos das crianças.
Alargamento do
território

1957 - CEE
Alargamento do
território

1973 - CEE
Alargamento do
território

1981 - CEE
Alargamento do
território

1986 - CE
Alargamento do
território

1995 - UE
Alargamento do
território

2004 - UE
Alargamento do
território

2007 - UE
Alargamento do
território

2004 - CEE

2013 - UE
Consolidação ou
BREXIT desmembramento?
2016

Haverá mais
alargamentos?

Que países poderão


aderir à EU?

…Ou sair?

Actual – UE 27
(o processo de saída do Reino
Unido inicia-se em 2017)
PORTUGAL NA CPLP
(Comunidade de Países de Língua Portuguesa)
OS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÓMICOS MUNDIAIS
MOVIMENTOS DA POPULAÇÃO

No tempo No espaço

Internos ou Externos
CRESCIMENTO NATURAL

DEFINITIVOS TEMPORÁRIOS
NATALIDADE MORTALIDADE

SAZONAIS

IMIGRAÇÃO EMIGRAÇÃO • Trabalho


• Férias
SALDO
FISIOLÓGICO PENDULARES
SALDO
MIGRATÓRIO • Diários

CRESCIMENTO
EFECTIVO
Alguns indicadores comparativos

• Taxa de Natalidade
• Taxa de Mortalidade
• Taxa de Crescimento Natural
• Taxa do Saldo Migratório
• Taxa de Crescimento Efectivo
• Taxa de Mortalidade Infantil
• Taxa de Fecundidade
— Índice Sintético de Fecundidade ou Índice de Renovação de Gerações

• Densidade Demográfica
• Taxa de Urbanização
• Esperança Média de Vida
A variação da população depende
dos seguintes indicadores:

Natalidade: número total de nascimentos ocorridos numa


dada região, num determinado período de tempo.

Mortalidade: número total de óbitos ocorridos numa dada


região, num determinado período de tempo.

Crescimento natural ou saldo fisiológico: diferença entre a


natalidade e a mortalidade. Calcula-se utilizando a seguinte
fórmula: CN=N-M
A variação da população depende
dos seguintes indicadores:
Taxa de Natalidade: número médio
Natalidade
anual de nascimentos por cada 1000 TN  x1000
habitantes num dado território. População absoluta

Taxa de Mortalidade: número médio Mortalida de


anual de óbitos por cada 1000 TM  x1000
habitantes num dado território. População absoluta

Taxa de crescimento natural: diferença


entre a taxa de natalidade e a taxa de
mortalidade.
TCN  TN  TM
A variação da população depende
dos seguintes indicadores:

Taxa de saldo migratório: saldo Saldo migratório


Tsm 
migratório durante um ano, referente P0  P1
à população média desse período. População média ( )
2

Taxa de Crescimento Efetivo:


crescimento real da população
durante um ano por mil habitantes

(natalidade - mortalidade)  (imigrantes - emigrantes)


TCE  x1000
População absoluta (média)
Outros indicadores demográficos

Taxa de Mortalidade Infantil

Nº mortos 0 - 1 ano
TMI  x1000
Nº de nascimentos

Taxa de Fecundidade Índice de Renovação de Gerações


Nascimentos
TF  x1000 IRG = inferior ou superior a 2,1
Mulheres 15 - 49 anos filhos por mulher em idade fértil
(indicador de estabilidade
Densidade Demográfica demográfica mais objetivo)

População
DD   Hab / Km 2
Área territorial

Taxa de Urbanização
População urbana
TU  x100
População absoluta
A DENSIDADE DEMOGRÁFICA

A designada “BANANA EUROPEIA” é a zona da Europa


mais desenvolvida, porque é também a zona mais
povoada e com maior densidade demográfica
PORTUGAL – Evolução da mortalidade

Anos Taxa bruta de mortalidade Taxa de mortalidade infantil

1960 10,7 77,5


1970 10,7 55,5
1980 9,7 24,3
1990 10,3 10,9
2000 10,2 5,5
2001 10,1 5,0
2002 10,2 5,0
2003 10,4 4,1
2004 9,7 3,8
2005 10,2 3,5
2006 9,7 3,3
2007 9,8 3,4
2008 9,9 3,3
2009 9,9 3,6
2010 10,0 2,5
2011 9,7 3,1
2012 10,2 3,4
2013 10,2 2,9
2014 10,1 2,8
A ENORME REDUÇÃO DA MORTALIDADE
INFANTIL EM PORTUGAL
Cálculo da Esperança Média de Vida à nascença *
Nº total de anos vividos
Idade Nº mortos EMV
pelos defuntos (AV)
0-1 505 505
2 38 76
3 25 75
(…) (…) (…)
11 21 231
12 23 276
(…) (…) (…)
24 91 2.184
25 83 2.075 ∑ av ∑ av
(…) (…) (,,,) EMV = EMV =
52 413 21.476
nº m nº m
53 468 24.804
(…) (…) (…)
66 1.183 78.078
7.948.211
EMV =
67 1.255 84.085 104.790
(…) (…) (…)
81 3.736 302.616
82 3.665 300.530 EMV = 75,85
(…) (…) (…)
92 311 28.612
93 130 12.090
(…) (…) (…)
99 26 2.574
100 6 600
101 1 101
102 2 204
TOTAL 104.790 ∑ = 7.948.211 75,85 anos

* Ano X, hipotético, apenas para demonstração


ESPERANÇA DE VIDA À NASCENÇA
Evolução de 1990 a 2003
ESPERANÇA DE VIDA POR SEXO E ESCALÃO ETÁRIO
Evolução de 1990 a 2003
ESPERANÇA DE VIDA À NASCENÇA POR NUT II
Evolução de 1990 a 2003

Na actualidade, os valores mais aproximados para Portugal são: Homens: 76 ; Mulheres: 81


Para isso contribuiu, sobretudo:
— Grande queda na TMI;
— Queda da sinistralidade rodoviária;
— Avanços da Medicina (aumento da idade média dos idosos).
Esperança de vida à nascença, NUTs II, 2008-2010 a 2013-2015
A ESPERANÇA DE VIDA À NASCENÇA NO MUNDO
(homens e mulheres)

Nota: pelo quadro do diapositivo anterior, constatamos que Portugal já se encontra no grupo
de países com EMV 80+ (superior a 80 anos), desde o período de 2010-2012.
EVOLUÇÃO
Fases da transição demográfica
RECENTE

REGIME
DEMOGRÁFICO
CONTEMPORÂNEO
Evolução previsível da população (projecções).
Visão do Mundo: factos e números
O mundo está cada vez mais velho . . .
Dentro de DEZ ANOS
Existirão
MIL MILHÕES
de pessoas idosas no mundo

Em 2012
810 MILHÕES
de pessoas
tinham 60
anos ou mais. DUAS PESSOAS EM CADA
SEGUNDO
Em 2050
celebram o seu
o número sexagésimo aniversário.
poderá
alcançar o originando um total
valor de anual de cerca de

DOIS MIL MILHÕES 58 MILHÕES sexagenários


Visão do Mundo: factos e números
O envelhecimento não é um fenómeno exclusivo do mundo desenvolvido
% de população com 60 anos ou mais Entre 2010-2015
a esperança média
de vida foi de:

78 ANOS no
mundo
desenvolvido

68 ANOS no
mundo em
desenvolvimento

De 2045-2050
OS RECÉM-NASCIDOS
poderão ter uma esperança de vida de

83 ANOS no mundo desenvolvido 74 ANOS no mundo em desenvolvimento


Crescimento/Declínio da população europeia (2006)
EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA DESDE A 2ª METADE DO SÉCULO XX
A população portuguesa
NA DÉCADA 1950 - 1960 sofreu um aumento, devido:
- Crescimento natural muito elevado (baby-boom do
pós-2ª guerra mundial); Crescimento populacional
- Maior % de população rural (filhos como investimento) assente em altos níveis de
- Forte influência da Igreja Católica; natalidade.
- Baixo número de mulheres a trabalhar fora de casa.

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA NA 2ª METADE DO SÉC. XX

12000000

10000000

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6000000

4000000

2000000

0
1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

Fonte: AREAL
A população portuguesa sofreu um
NA DÉCADA 1960 - 1970 decréscimo, devido:

- Vaga de emigração para países da Europa Ocidental; Decréscimo populacional


- Saída de grande quantidade de soldados rumo à assente num saldo migratório
Guerra Colonial; fortemente negativo, apesar
- Decréscimo da natalidade e do crescimento natural de um crescimento natural
(embora este se mantivesse positivo). positivo.

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA NA 2ª METADE DO SÉC. XX

12000000

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A população portuguesa sofreu um
NA DÉCADA 1970 - 1980 aumento acentuado, devido a:

- Fim da Guerra Colonial e regresso dos portugueses das ex-colónias. Uma vaga
de “retornados” que atingiu no final da década cerca de 1 milhão de pessoas;
-Saldo migratório positivo (crise económica do “choque petrolífero” obrigou ao
regresso de muitos emigrantes dos países da Europa Ocidental);
- Aumento ligeiro do crescimento natural devido a um aumento da natalidade
(devido ao aumento de número de habitantes dos escalões jovens).

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA NA 2ª METADE DO SÉC. XX

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NA DÉCADA 1970 - 1980
O saldo migratório nesta década é muito positivo devido a:

Diminuição da emigração provocada pelo Choque Petrolífero em


1973, com as consequentes restrições à emigração decretadas
pela França e Alemanha, entre outros.

Expectativa de desenvolvimento do nosso país após a revolução


do 25 de Abril de 1974.

Regresso dos portugueses das antigas colónias africanas


(os chamados “retornados”).

Regresso dos exilados políticos após a Revolução de 25 de Abril


de 1974.
A população portuguesa manteve-se relativamente
NA DÉCADA 1980 - 1990 estável, sofrendo um ligeiro decréscimo na segunda
metade desta década. Tal evolução é devido a:

- Saldo migratório negativo (adesão à CEE ainda não tinha efeitos visíveis);
- Diminuição do crescimento natural, devido, sobretudo, à diminuição da
natalidade (Portugal estava a completar o ciclo da transição demográfica e o
comportamento da população era já o de “regime demográfico moderno”).

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA NA 2ª METADE DO SÉC. XX

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1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
NA DÉCADA 1990 - 2000 A população portuguesa sofreu um
moderado aumento, devido a:

- O forte crescimento da economia, devido aos fundos comunitários,


justificou a necessidade de mão-de-obra e um saldo migratório positivo;
- Crescimento natural ligeiramente positivo (os imigrantes também tiveram
filhos), ainda assim sofrendo um decréscimo em relação à década anterior;

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA NA 2ª METADE DO SÉC. XX

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NA DÉCADA 1990 - 2000
A população portuguesa sofreu um
NA DÉCADA 2000 - 2010 ligeiro aumento, devido a:

- Saldo migratório positivo, mas com tendência de decréscimo. A crise


económica provocou a diminuição da imigração e o aumento da emigração;
- Crescimento natural ligeiramente positivo no início, mas com tendência para
diminuir (crescimento natural negativo em 2007, 2009 e 2010 e daí para diante).

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA NA 2ª METADE DO SÉC. XX

12000000

10000000

8000000

6000000

4000000

2000000

0
1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
QUAIS AS TENDÊNCIAS DOMINANTES?

Diminuição da Aumento da
imigração emigração

Diminuição da Estabilização da
natalidade mortalidade

Diminuição da
população
portuguesa
Para consulta de dados europeus:
http://ec.europa.eu/eurostat/statistical-atlas/gis/viewer
EVOLUÇÃO RECENTE DA POPULAÇÃO EM ANOS DE CRISE
ATUALIZAÇÃO
1 – A população: evolução e diferenças regionais
Quantos somos a partir da segunda metade do século XX?

A população portuguesa tem vindo a População residente, Portugal, 1950-2015


aumentar…

• Em 1960 eramos cerca de 8 889 392


habitantes.
• Em 2001 passamos a ser cerca de 10 356 117
habitantes.
• A tendência de aumento manteve-se, apesar
do:
 abrandamento verificado, em 2011,
cifrando-se nos 10 562 178
habitantes; Fonte: INE, Censos 2011, PORDATA (setembro de 2016)

 Sensível decréscimo, em 2015,


rondando os 10 358 076 habitantes.
ATUALIZAÇÃO
Como se distribuiu a população?
Saldo natural, NUTS III, Portugal, 2015

Fonte: PORDATA ( setembro de 2016)


ATUALIZAÇÃO
As variáveis demográficas: Quantos nasceram?
A taxa bruta de natalidade (TBN)...
Se considerarmos o período em análise, verificamos que:
• se mantém o decréscimo da TBN, apesar de a um ritmo mais brando;
• este decréscimo é uma consequência da redução da natalidade que, em 2014,
atingiu o seu valor mais baixo, isto é, nasceram 82 367 crianças.

Taxa bruta de natalidade, Portugal, 1950-2014

Fonte: INE, Estatísticas


Demográficas 2010, 2012;
PORDATA (setembro de 2016)
ATUALIZAÇÃO
As variáveis demográficas: Onde nasceram?
Taxa bruta de natalidade, NUTS III, Portugal, 2014
A distribuição da TBN permite
constatar que...

• algumas unidades territoriais


do litoral ocidental e algarvio,
no continente, e a R.A. Açores
registam as TBN mais elevadas.

Fonte: INE, PORDATA (novembro 2015)


ISF/IRG com queda acentuada no últimos anos
ATUALIZAÇÃO
As variáveis demográficas
O índice sintético de fecundidade (ISF)…
O ISF manteve a tendência de decréscimo:
• Em 2015 foi de 1,30 (sofrendo um ligeiro acréscimo face a 2014, cujo
valor havia sido 1,23), resultado do ligeiro aumento da natalidade.
• Portugal continua longe dos valores que permitiriam a renovação de
gerações.
Índice sintético de fecundidade, Portugal, 1960-2014

Fonte: INE, PORDATA


(novembro 2015)
ATUALIZAÇÃO
As variáveis demográficas: Onde morreram?
Taxa bruta de mortalidade, Portugal e NUTS II, 2014
A taxa bruta de mortalidade (TBM)…
O litoral continental e a R. A. dos Açores
registam as
TBM mais baixas.
Em 2014, as TBM: Taxa bruta de mortalidade, NUTS III, Portugal, 2014

• mais elevadas registaram-se:


no Alentejo, no Centro, no Algarve
e na R.A. Madeira, cujos valores
foram superiores à média nacional;
• mais baixas verificaram-se:
no Norte, na Área Metropolitana
de Lisboa e na R.A. Açores.

Fonte: INE, PORDATA (fevereiro de 2016)


Características dos principais movimentos migratórios

Noção de Migração
Deslocação de pessoas de uma área para outra
com mudança de residência.
CLASSIFICAÇÃO DAS MIGRAÇÕES

Internas

Intracontinentais
Externas ou
internacionais
Quanto à área
Intercontinentais

Voluntárias

Quanto à forma Forçadas

MIGRAÇÕES
Legais
Quanto à legalidade

Clandestinas

Quanto à duração
Temporárias

Definitivas
QUANTO À ÁREA...
MIGRAÇÕES EXTERNAS
Migrações que envolvem a deslocação de um país para o outro.

MIGRAÇÕES INTRACONTINENTAIS
São migrações externas que se realizam dentro do mesmo continente.

MIGRAÇÕES INTERCONTINENTAIS
São migrações externas que se realizem entre continentes diferentes.

MIGRAÇÕES INTERNAS
Migrações que se realizam de uma área para outra, dentro do mesmo país.

Êxodo rural Êxodo urbano

Movimento de saída da Movimento de saída da população do


população das áreas rurais interior das áreas urbanas para as
para as áreas urbanas. áreas rurais ou arredores das cidades.
ENTRE AS MIGRAÇÕES INTERNAS, TEMOS...
MOVIMENTOS PENDULARES
Deslocações quotidianas entre o local de
residência e o local de trabalho e vice-versa.
OS MOVIMENTOS PENDULARES
QUANTO À DURAÇÃO...

MIGRAÇÕES DEFINITIVAS OU PERMANENTES


Quando os migrantes permanecem no local de acolhimento durante um
longo período de tempo, não tendo, normalmente, intenção de regressar.

EMIGRAÇÃO IMIGRAÇÃO
Movimento de saída da população Movimento de entrada da população
do seu país para outro durante um num país que não o seu, durante um
longo período de tempo. longo período de tempo.

MIGRAÇÕES TEMPORÁRIAS
Quando os migrantes ficam por pouco tempo no local de acolhimento, tendo
a intenção de regressar à sua origem.

MIGRAÇÕES SAZONAIS
Migrações que se efetuam numa determinada época do ano, com alguma
periodicidade no tempo (por exemplo, para alguma tarefa agrícola).
QUANTO À FORMA...

LEGAIS OU DOCUMENTADAS
Quando o imigrante tem autorização de entrada, de permanência e de
trabalho no país de destino.

ILEGAIS, CLANDESTINAS OU INDOCUMENTADAS


Quando o imigrante não tem autorização de entrada, de permanência e de
trabalho no país de destino.

CONCEITOS *

EMIGRANTE IMIGRANTE
Pessoa que efetua um movimento de Pessoa que efetua um movimento de
saída do seu país para um outro. entrada num país que não o seu.

* Ver descrição de conceitos na página 41 do manual.


FACTORES INFLUENTES NA DISTRIBUIÇÃO
GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO

FAVORÁVEIS DESFAVORÁVEIS

• Clima ameno • Clima rigoroso (muito


frio, muito quente, seco)
• Relevo suave (litoral,
planície, vale) Factores físicos ou • Relevo acidentado
• Solo fértil naturais • Solo improdutivo
• Subsolo rico • Subsolo pobre
• Existência de água • Falta de água potável
• Riscos naturais
Densidade
populacional
• Guerra
• Paz
• Epidemias
• Prosperidade
• Emigração
• Investimento económico
• Economia agrícola
• Indústria, Comércio e Factores humanos
Serviços • Poluição
• Transportes e vias de • Pobreza e baixos
comunicação recursos naturais
CONSEQUÊNCIAS DAS MIGRAÇÕES HUMANAS

• Nas áreas de partida • Nas áreas de chegada


— Diminuição da taxa de natalidade; — Aumenta a taxa de natalidade;
— Aumento do índice de envelhecimento — Rejuvenescimento da população;
e da taxa de mortalidade;
— Aumenta a taxa de actividade e o
— Desequilíbrios na estrutura número de horas de trabalho per
profissional da população; capita;
— Aumento das assimetrias regionais, — Redução do preço da mão-de-obra;
com abandono das regiões mais
— Mais receitas fiscais;
desfavorecidas;
— Animação do sector comercial;
— Isolamento e estagnação económica;
— Mais capitalização para a
— Diminuição da iniciativa empresarial;
Segurança Social;
— Queda da produtividade e da Balança
— Novas ideias e ambiente
de Pagamentos;
multicultural;
— Equilíbrio das contas externas com
— Conflitos sociais.
recurso a reservas financeiras dos
emigrantes.
FASES DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA

FASE I (1960 – 1973)


Principais destinos
FASE I – ENTRE 1960-1973

• Maior período de emigração


da população portuguesa;

• Emigração sobretudo
intracontinental;

• A Venezuela é destino dos


madeirenses e os EUA e
Canadá são destinos de
açorianos.
FASE I (1960 – 1973)

É um período marcado pelo aumento da emigração ilegal devido a:


- Morosidade na organização dos processos;
- Restrições impostas pelos países recetores;
- Degradação acelerada das condições de vida em Portugal;
- Guerra colonial em África;
- Intensificação das perseguições políticas em Portugal.

CAUSAS DO FLUXO MIGRATÓRIO 1960 – 1973


Em Portugal:
- Falta de recursos e de emprego;
- Baixo nível de vida e baixos salários;
- Falta de estruturas de apoio às famílias e às atividades socioculturais;
- Regime político (ditadura de Salazar);
- Guerra colonial nas ex-províncias africanas;
- O desenvolvimento dos transportes e comunicações internacionais.
FASE I (1960 – 1973)
CAUSAS DO FLUXO MIGRATÓRIO 1960 – 1973
Nos países de destino:
- O grande desenvolvimento económico da Europa Ocidental após a II
Guerra Mundial;
- Necessidade de reconstrução das estruturas produtivas – necessidade de
mão-de-obra barata para a indústria, construção civil e serviços pouco
qualificados.
CONSEQUÊNCIAS DO FLUXO MIGRATÓRIO 1960 – 1973
Para Portugal:
- Diminuição da população ativa, que levou, nas áreas rurais, ao abandono
dos campos e à mecanização dos campos agrícolas;
- Aumento da taxa de analfabetismo (que era inferior na população que
emigrou, cerca de 17%, contra 30% na população do país);
- Ligeira subida dos salários e o investimento em nova tecnologia na
indústria, sobretudo a de capital estrangeiro;
- Envelhecimento demográfico;
- Entrada de divisas (dinheiro enviado pelos emigrantes) estrangeiras.
FASE II (Após 1973)

Após 1973, a população portuguesa aumentou, o saldo migratório passou a ser positivo,
apesar de decrescer na década de 1980 e de registar um abrandamento nos últimos anos.

FORTE DIMINUIÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA


1973 – Crise Petrolífera
(Subida vertiginosa dos preços do petróleo que levou a graves consequências económicas).

Grande AUMENTO DO DESEMPREGO nos países da Europa Ocidental.

- Os países da Europa ocidental impuseram restrições à imigração,


com o objetivo de diminuir o desemprego da sua população.
- Incentivaram o regresso de alguns imigrantes aos seus países de
origem, dando indemnizações.
FASE II (Após 1973)

Crise económica
internacional de 1973
- Decréscimo da
emigração portuguesa
- Regresso de muitos
25 de Abril de 1974 - Melhoria da emigrantes a Portugal
situação económica portuguesa:
- Fim da Guerra Colonial;
- Democratização da sociedade
portuguesa;
- Entrada de Portugal na CEE
(atual UE) em 1986;
- Melhoria do nível de vida da população;
- Melhoria da qualidade de vida.
FASE II (Após 1973) Década de 1970

Nesta década, temos um aumento da


imigração em Portugal, em resultado...

- Da descolonização e do retorno dos


portugueses das ex-colónias;

- Do regresso dos emigrantes, sobretudo


os que se encontravam numa situação de
impedimento, antes do 25 de Abril, de
voltarem a Portugal.
FASE II (Após 1973) Década de 1980

Nesta década, assistimos a um aumento da emigração,


um incremento e predomínio da emigração
temporária, em consequência, por exemplo:

Do fim dos condicionalismos administrativos que


restringiam a saída do país;

Da assinatura dos acordos de Schengen, que estabelecem


a livre circulação de pessoas nos países signatários;

Do desenvolvimento das infraestruturas e dos meios de


transporte;

Da globalização da economia.
FASE II (Após 1973) Década de 1980

Nesta década, verificamos ainda:

Um incremento da imigração, originária dos países africanos de


expressão portuguesa (PALOP), especialmente de Cabo Verde;

Um aumento do regresso da população emigrante a Portugal


devido à melhoria do nível de vida em Portugal.
FASE II (Após 1973) Década de 1990

A partir desta década, Portugal passa também a ser um país de


imigrantes, que representam já 3,7% do total da população em 2011.

Os imigrantes não são só de países de expressão portuguesa


(com destaque para Brasil e Cabo Verde) mas também...

Da Europa de Leste (Ucrânia, Roménia, entre outros)

Da Europa Ocidental (como o Reino Unido)

Da Ásia (como a China)


FASE II (Após 1973) A partir da década de 1990...

Origem da população estrangeira residente em Portugal (2001 e 2011)


FASE II (Após 1973) A partir da década de 1990...

Apesar de desde esta altura, também sermos um país de imigrantes,


Portugal continua a ser um país de emigrantes mas com destinos e
um perfil diferenciados dos encontrados na década de sessenta:

A par da emigração intracontinental, os destinos intercontinentais


regressam, como Angola, Moçambique e Brasil;

A emigração temporária predomina;

Surge o aumento da emigração de jovens qualificados;

A emigração de caráter individual substitui a familiar;

A emigração feminina aumenta, apesar de predominar a masculina;


Em suma...

O aumento da população em 2% Com a taxa de fecundidade dos


entre 2001 e 2011 foi portugueses a diminuir, a
consequência da imigração substituição das gerações em
compensando o decréscimo da Portugal teve o contributo dos
natalidade. imigrantes.

As migrações e a
evolução da população
portuguesa

Num futuro próximo, perspetiva-


se uma baixa mais acentuada da A nova vaga emigratória de
Taxa de Crescimento Efetivo, já portugueses recupera antigos
que o saldo migratório será destinos dentro da Europa e
negativo. países de expressão portuguesa.
OS DADOS DAS TAXAS
MIGRATÓRIAS
Taxa de Crescimento
Migratório em Portugal
por NUT III, em 1998.

Saldo Migratório em Portugal


por NUT III, em 2001.
O EXEMPLO PORTUGUÊS
• Características da população emigrante da 2ª metade do século XX
— Proporção grande de população jovem (< 30 anos);
— Reduzida escolaridade e formação profissional;
— Grande número de emigrantes de 2ª geração.
• A entrada da 2ª década do Século XXI mostra uma realidade diferente
A tendência recente de
“fuga dos cérebros” portugueses”
• As principais características da população imigrante
— Maior proporção de população adulta;
— Disparidades de formação:
– Países do leste europeu com escolaridade elevada e
grande número de quadros superiores;
– Países africanos com elevada taxa de analfabetismo.
— Desajustamento funcional (frequentemente, não se aproveitam as
competências adquiridas nos países de origem).
A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA
As migrações e o Crescimento Efectivo
Evolução da taxa de crescimento natural e taxa migratória, em Portugal

Estatísticas Demográficas 2007, INE, I.P. Lisboa · Portugal, 2008


ATUALIZAÇÃO
A mobilidade da população
Estima-se que, durante o ano de 2014, tenham:
• entrado em Portugal (imigrantes permanentes) 19 516 pessoas (17 554,
em 2013), das quais 45% eram do sexo masculino e 55% do sexo
feminino.
• saído de Portugal (emigrantes permanentes) um total de 49 572 pessoas
(53 786 em 2013), das quais 65% eram do sexo masculino e 35% do sexo
feminino.
Imigrantes e emigrantes permanentes, Portugal, 2009-2014

Fonte: Estatísticas
Demográficas 2014
A ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO
- PIRÂMIDE ETÁRIA -

H M
44.012 85 + 95.189
80-84
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
420.067 35-39 422.665
30-34
25-29
20-24
Classe oca 15-19 Classe oca
10-14
5-9
294.719 0-4 281.448

Estrutura etária em Portugal em 2010


QUE COMPORTAMENTO DEMOGRÁFICO NO FUTURO?

População Jovem
População em transição
População Envelhecida
População em Rejuvenescimento
QUE EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO PORTUGUESA?
ESTRUTURAS ETÁRIAS EXTREMAS NO INTERIOR

(Bragança)
EVOLUÇÃO DA COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA PELOS
TRÊS GRUPOS ETÁRIOS (JOVENS, ADULTOS E IDOSOS)
Índice de Envelhecimento = Nº de indivíduos com 65 ou mais
anos por cada indivíduo com menos de 15 anos

População  65 anos
IE  x100
População  15 anos
Envelhecimento pela base – decréscimo da proporção de jovens no
conjunto da população.
Envelhecimento pelo topo – aumento da proporção de idosos no
conjunto da população.
ATUALIZAÇÃO
O índice de envelhecimento (IE)…
Estamos cada vez mais velhos! Índice de envelhecimento, NUTS III, Portugal, 2014

• Alentejo e Centro apresentaram


o IE mais elevado, sendo superior à
média nacional.
• As regiões autónomas, Açores e
Madeira, foram as regiões menos
envelhecidas.
Índice de envelhecimento, Portugal e NUTS II, 2014

Fonte: PORDATA (26 de junho de 2016)

Fonte: PORDATA (26 de junho de 2016)


Causas do envelhecimento
Aumento da idade média dos casamentos
Causas do envelhecimento
Comportamento do Índice de Fecundidade
Causas do envelhecimento
Número de filhos do casal
Causas do envelhecimento
Apoios à família
CONSOLIDAÇÃO SOCIAL DO DECLÍNIO DE MEMBROS DA FAMÍLIA
Condição da maternidade em Portugal

Indicador negativo: aumento da idade média em que as mulheres têm o 1º filho


Indicador positivo: melhoria das condições de apoio materno-infantil, com
redução acentuada da mortalidade materna
Opinião da população para
apoiar medidas de promoção
da natalidade
O problema da sustentabilidade
do sistema de segurança social
Inquérito à população
para aferir da
sustentabilidade das
medidas
A ESTRUTURA ATIVA DA POPULAÇÃO PORTUGUESA
TAXAS FUNDAMENTAIS

TAXA DE ACTIVIDADE
População Activa
Taxa de Actividade = X 100
População Absoluta

TAXA DE DESEMPREGO
População Desempregada
Taxa de Desemprego = X 100
População Activa

ÍNDICES DE DEPENDÊNCIA
— Dependência de Jovens
— Dependência de Idosos
— Dependência Total

População Jovem e Idosa


Índice de Dependência Total = X 100
População Adulta
ATUALIZAÇÃO
Os índices de dependência: Total (IDT), Jovens (IDJ) e Idosos (IDI)
O IDJ foi:
 Mais elevado, na Área Metropolitana de
Lisboa, na R.A. Açores e no Algarve.
 Mais baixo, no Norte, no Centro e no Índice de dependência total, de jovens e de idosos,
Alentejo. Portugal, NUTS II, 2015
 Superior à média nacional, na Área
Metropolitana de Lisboa, na R.A. Açores e no
Algarve.
 Inferior à média nacional, no Norte, no
Centro, no Alentejo e na R.A. Madeira.
O IDI foi:
 Mais elevado, no Alentejo e no Centro.
 Mais baixo, na R.A. Açores e na R.A.
Madeira.
 Superior à média nacional, no Alentejo, no Fonte: PORDATA, agosto de 2016

Centro, no Algarve e na Área Metropolitana


de Lisboa.
 Inferior à média nacional, na R.A. Açores, na
R.A. Madeira e no Norte.
OS SECTORES DE ACTIVIDADE ECONÓMICA

• Como classificar as actividades?


– Indústria Extractiva
SECTOR I — PRIMÁRIO – Alguma indústria alimentar
(explora os recursos da natureza)
— Agricultura Artesanato
— Silvicultura (produção florestal)
— Pecuária (produção animal) SECTOR II — SECUNDÁRIO
— Pesca/Aquacultura (transformação da matéria-prima)
— Salicultura/Salinicultura — Indústria extractiva
— Indústria transformadora
— Construção e obras públicas
SECTOR III — TERCIÁRIO * Há outras formas de classificar as
(prestação de serviços e comércio) actividades industriais.
— Comércio grossista e de retalho
— Banca e Seguros
— Educação
— Saúde – Indústria Hoteleira
— Transportes
— Telecomunicações
— ...
O DIAGRAMA SECTORIAL
INDICADOR DO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DE UM PAÍS

I
II
III

360º = 100%
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO PELOS SECTORES DE ACTIVIDADE

Sectores de Actividade em Portugal


DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA PELOS SECTORES DE ATIVIDADE

Sectores de Atividade em Portugal em 2014

Qual a evolução verificada nas últimas duas décadas?


Sectores de Actividade em Portugal
Por Distrito (à esquerda) e por NUT II (à direita)
EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA PELOS SECTORES DE ATIVIDADE
Comparação internacional dos níveis de desenvolvimento
Com os dados do quadro anterior:

Países menos desenvolvidos:


Países mais desenvolvidos:
na base à esquerda

na base à direita
AL
ES PT
LX IT
BL DN IR
RU FR GR
BR
EUA HL

AG

ET

Diagrama Triangular – Sectores de actividade (países)


Neste gráfico, distingue-se a população dos 15-24 anos, uma vez que esta é, em grande
parte, dependente (grande número de estudantes).
Taxas de Actividade e de
Desemprego em Portugal
por NUT III, em 2001.
A composição específica do desemprego

Fonte: INE
INSTRUÇÃO, ESCOLARIDADE E QUALIFICAÇÃO

Número de analfabetos
Taxa de Analfabetismo = X 100
População Absoluta

Número de alfabetizados
Taxa de Alfabetização = X 100
População Absoluta

Nº de analfabetos do grupo etário


Taxa de Analfabetismo (específica) = X 100
População Absoluta desse grupo

Nº de Estudantes do
escalão etário de um nível
de ensino
Taxa de Escolarização = X 100
População Absoluta
desse escalão etário e
desse nível de ensino

Daí a razão de ser estabelecida a chamada “Escolaridade Obrigatória”


que é acompanhada de uma idade limite para a completar.
ESTRUTURA DEMOGRÁFICA E CLIMA SOCIAL E ECONÓMICO
• Problemas demográficos
— Declínio da fecundidade e da natalidade
— Envelhecimento da população
• Problemas sociais e económicos
— Desemprego de longa duração
— Baixa instrução e qualificação profissional
— Factura com baixas e subsídios de desemprego
— Aumento das despesas de saúde
— Precariedade do emprego (subemprego e contratos a prazo)
— Quebra no montantes de financiamento da Segurança Social
— Diminuição do consumo interno
— Ciclos negativos nas estruturas médias de produção

DESLOCALIZAÇÃO
• A globalização (factores)
— Livre circulação de pessoas
— Livre circulação de capitais Mercados
— Livre circulação de bens Mão-de-Obra
— Livre circulação de empresas Transportes

Energia
Matérias-Primas
• Estabilizador demográfico e económico

A IMIGRAÇÃO

Trava o envelhecimento global relativo da população

Produz riqueza e trava o maior aumento do índice de dependência

Mas...

Cria instabilidade no mercado de trabalho

Reduz o nível salarial e regalias sociais

Baixa as contribuições para a Segurança Social

Provoca conflitos raciais e étnicos

Tende a degradar as áreas urbanas


A DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO NO TERRITÓRIO

Conceito mais comum: DENSIDADE DEMOGRÁFICA

Número de Habitantes
Densidade demográfica = = Hab/Km2
Área territorial
(superfície em Km2)

É um valor global indicativo que contém grandes diferenças

Há ASSIMETRIAS — a distribuição da população não é homogénea

Concentração de riqueza Infra-estruturas e serviços

Necessidades de mão-de-obra

ÊXODO RURAL migrações


LITORALIZAÇÃO E BIPOLARIZAÇÃO

Em Portugal continental há assimetrias na distribuição


da população, havendo uma tendência para a
litoralização e para a bipolarização.
Retrato de Portugal

Litoralização
Concentração
demográfica e das
atividades económicas
no litoral.

Bipolarização
Força atrativa que dois
polos urbanos exercem
sobre a população e as
atividade económicas.
Retrato de Portugal
Fatores responsáveis pela litoralização

Fatores naturais

• Proximidade do oceano Atlântico (clima ameno e húmido);


• Relevo mais plano facilita a construção de infraestruturas;
• Solos férteis para a prática da agricultura;
• Facilidade de comunicação com o exterior, devido à extensa linha de costa;
• Ligação ao mar facilitou o desenvolvimento da pesca;
• Construção de infraestruturas portuárias conduziram ao desenvolvimento
de outras atividades económicas.
Retrato de Portugal
Fatores responsáveis pela litoralização

Fatores humanos

• Existência de grandes cidades e áreas urbanas que concentram maior


número de habitações e serviços;
• Presença de atividades económicas que geram emprego e melhoram a
qualidade de vida da população;
• Maior oferta de redes e infraestruturas de transporte;
• Condições favoráveis à prática da agricultura moderna e com acesso
facilitado aos grandes mercados nacionais e internacionais.
AS TENDÊNCIAS DOMINANTES

1. Atracção para a zona Costeira — LITORALIZAÇÃO


— Clima ameno;
— Lazer-Turismo;
— Solos férteis (vales fluviais);
— Facilidade de deslocação (planícies);
— Diversidade de comunicações (incluindo marítimas);
— Oferta de produtos diversificados.

RAZÕES SUPLEMENTARES:

a) Inércia institucional (não promoção de alternativas — custos elevados)

b) Progressivo reforço do poder atractivo dos centros urbanos do litoral


– Crescimento traz crescimento;
– Rejuvenescimento e aumento da natalidade.

As 12 NUT III do litoral contêm quase 70% da população portuguesa, vivendo mais de 50%
dessa população numa faixa de 30 km da linha costeira.
AS TENDÊNCIAS DOMINANTES

2. Elevada taxa de urbanização — BIPOLARIZAÇÃO

Grande concentração de população nas áreas metropolitanas de Lisboa e


do Porto

Concentração da População Mais Infra-estruturas Mais Comércio

Mais Indústria

Mais Investimentos Mais Tráfego Mais Comunicações

ASSIMETRIAS REGIONAIS AGRAVADAS

Perda de Funções
Desqualificação do Interior Diminuição do Investimento
(saúde, educação)

3. Despovoamento do interior
Desertificação Demográfica Contracção do Mercado Desinvestimento

Repulsão da População Envelhecimento Desqualificação Profissional

Taxa de Analfabetismo por


NUT III, em 2001
No que respeita às políticas sociodemográficas, há dois caminhos essenciais a seguir:

1. Políticas Natalistas activas

— Condições de assistência materno-Infantil


— Licenças de parto (maior duração e abrangência)
— Apoios à família (na perspectiva das famílias)
Pela Via das Despesas
– Redução nos impostos (IRS, IVA especial,...)
– Crédito à Habitação (factor de bonificação)
– Contratos para educação gratuita
Pela Via das Receitas
– Subsídios de Nascimento
– Abonos de família progressivos

2. Formação e qualificação pessoal e profissional

Prioridades:
– Literacia
– Língua estrangeira
– Novas Tecnologias da Comunicação
– Formação Científica e Investigação

Mercado global Formação profissional Experiência adquirida Nichos de mercado

Exemplos de áreas de desenvolvimento específicas de Portugal:


Produção aquícola, Investigação e exploração marítima, Turismo/Natureza, Património,
Produtos especiais (regiões demarcadas), Inovação Tecnológica
Índices de desenvolvimento
— Exemplo do IDH —

Doc. IDH (Anexo)


O PAPEL DO PLANEAMENTO
O PLANEAMENTO é um processo contínuo, permanentemente em
desenvolvimento. Procura resolver problemas da sociedade, para o bem
estar dos cidadãos (crescimento e desenvolvimento), havendo
normalmente uma cartografia com os territórios abrangidos pelas medidas.
Do processo de planeamento resulta um ou mais planos.
O PLANO, como instrumento de ação é um documento de referência. É,
pois, um produto do planeamento.
Quando o processo de planeamento assim o determina (por força da
demonstração técnica e da decisão política), o plano é revisto e é aprovado
um novo plano que responda às necessidades e expectativas da sociedade.
O CICLO DO PLANEAMENTO

Avaliação

Revisão
Monitorização dos
efeitos e resultados

Execução dos
programas e ações Repete-se o
processo

Planeamento de Problema ou necessidades


programas e ações da sociedade

Orientações
estratégicas
O PDM é o plano integrado mais próximo dos cidadãos

Elementos do PDM
REGULAMENTO
PLANTA DE ORDENAMENTO
PLANTA DE CONDICIONANTES
HIERARQUIA E NÍVEIS DO PLANEAMENTO

PU
PP
A INTEGRAÇÃO DE PLANOS NAS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO

PORTUGAL
2020

ENDS – Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável; PNAC – Programa Nacional para as Alterações Climáticas; PNACE –
Programa Nacional de Ações para o Crescimento e Emprego; PNPOT – Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território; QREN –
Quadro de Referência Estratégica Nacional; PORTUGAL 2020 – Novo Quadro Comunitário de Apoio; PEAASAR – Plano Estratégico de
Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais.

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