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Aplicações do

Sensoriamento
Remoto nos
estudos
ambientais
ACH – 1056 – Fundamentos de Cartografia

Profª. Drª. Mariana S. Domingues


Maio/2017
Foz do rio Doce em Linhares – ES , atingido pela lama de rejeitos de minérios da barragem de
Fundão de Mariana – MG (22/11/2015)
Introdução
 Conceito e história do sensoriamento remoto
 Tipo de sensores remotos: sensores passivos e ativos
 Imagens do sensoriamento remoto
 Imagens coloridas
 Interpretação de imagens
 Aerofotogrametria
 Obstáculos, Estereoscopia e Intrepretação de
fotografias aéreas
 Transformações ambientais
 Fenômenos ambientais a serem monitorados
 Imagens de fenômenos diversos
 Aplicações do sensoriamento remoto
 Conclusão
Sensoriamento Remoto
 É a tecnologia que permite obter imagens e outros tipos
de dados, da superfície terrestre, através da captação e
do registro da energia refletida ou emitida pela superfície.
 Registro da energia ou radiação eletromagnética com a
finalidade de obtenção de dados e informações acerca da
constituição física da superfície terrestre ou dos
fenômenos que nela se manifestam.
Sensoriamento Remoto
 A energia refletida ou emitida pela superfície terrestre e
captada por sensores eletrônicos é transformada em sinais
elétricos que são registrados e transmitidos para estações
de recepção na Terra.

(Fonte: Florenzano, 2002)


História do Sensoriamento Remoto
 1860 – 1960: baseado em fotografias aéreas com
câmeras acopladas a pipas, balões, edifícios, torres e
estruturas altas
 Elaboração de croquis de bairros e cidades e uso
militares com reconhecimento de territórios inimigos,
planejamento de movimentação das tropas,
comunicações e fins de espionagem.

Balão Intrepid, utilizado na Guerra Civil


americana (1862)
História do Sensoriamento Remoto
 A partir de 1960: baseado em vários tipos de sensores:
fotografias orbitais, imagens de satélite, aerotransportados,
veículos aéreos não tripulados (VANT), entre outros

Sistema sensores:
1 – terrestres: espectro
radiômetros, máquinas
fotográficas
2 - sub-orbitais: balões,
aeronaves, drones
3 – orbitais: satélites
Tipos de sensores remotos
 Sensores orbitais ativos: são independentes e possuem
fonte de energia ou radiação própria para obtenção da
imagem.
 Não necessitam da radiação solar ou geotérmica para seu
funcionamento com ampla aplicação nas pesquisas
ambientais.
 Sensores orbitais passivos: captam a energia refletida ou
emitida de um alvo que foi iluminado por uma fonte de
radiação externa, geralmente o sol, e a converte em sinais
digitais.
 Importância para levantamentos de dados de inventário de
Planos de Manejo de Unidades de Conservação e
mapeamentos pedológicos, geológicos, geomorfológicos,
climatológicos, de uso da terra, entre outros.
Sensores ativos
 LIDAR, que utilizam Laser Scanner, são aerotransportados
e criam dados altimétricos de grandes escalas.
 Radar, que operam na frequência das micro-ondas de rádio
Ex. SRTM: Shuttle Radar Topography Mission.

Modelos Digital de Terreno e de Superfície


Sensores passivos
 Tem maior diversidade de sensores disponíveis:
pancromáticos, multiespectrais, hiperespectrais, em
baixas, médias e altas resoluções espaciais.

Principais Satélites de Observação da Terra


Imagens do sensoriamento remoto
 Espectro eletromagnético: representa a distribuição
eletromagnética, por região, segundo o comprimento de onda
e frequência.
 Os objetos da superfície terrestre, como a vegetação, água,
solos refletem, absorvem e transmitem radiação
eletromagnética em proporções que variam com o
comprimento de onda.
Imagens do sensoriamento remoto

Curva espectral da vegetação, água e solos


Imagens coloridas
 As imagens obtidas por sensores eletrônicos são
produzidas em preto e branco.
 Ao projetá-las sobre filtros coloridos azul, verde e
vermelho é possível gerar imagens coloridas.
 A cor de um objeto vai depender da quantidade de
energia por ele refletida, da mistura das cores e da
associação das cores com a imagem.
Imagens coloridas

Imagem colorida de Ubatuba em diferentes bandas e composições


Interpretação de
imagens
 Elementos básicos de análise e
interpretação:
 Tonalidade/cor
 Textura
 Tamanho
 Forma
 Sombra
 Altura
 Padrão
 Localização

Imagem de Ubatuba LANDSAT - 7


Definição de Aerofotogrametria
Técnica cartográfica, desenvolvida em 1903, que consiste na
utilização de registros fotográficos aéreos para a obtenção de
informações referentes a um determinado local do espaço
geográfico, com emprego da estereoscopia.
Aerofotogrametria
 As primeiras imagens eram obtidas através da utilização de
aves ou pequenos balões.

Brigada de Balões do Exército Americano – 1862

Equipamento de Julius Neubronner, 1903


Aerofotogrametria
 Com o tempo, a tecnologia foi se ampliando e os
aviões passaram a ser utilizados, sobretudo em
tempos de guerra, para reconhecimento de um
território ou espaço inimigo.
Aerofotogrametria
 Atualmente, até mesmo os drones podem ser utilizados para
tal fim, fato que contribuiu bastante para a aplicação dessa
técnica mesmo com o uso atual dos sistemas de satélites
e SIGs em geral.

Os aviões ou helicópteros
utilizados pelo trabalho da
aerofotogrametria são chamados
de aeromapas
Aerofotogrametria
 São utilizadas câmeras de alta resolução, com elevado nível de
precisão.
 As escalas das imagens podem variar, podendo ser muito
grandes (1:1000) ou relativamente pequenas (1:35000), a
depender do tamanho da área a ser registrado e do nível de
detalhamento pretendido.
 Essa técnica permite a produção de mapas e cartas topográficas,
pois fornece uma visão ampla e com escala adequada da
superfície terrestre.
Fotointerpretação do Setor 06 do
Município de Varginha – MG
escala 1: 1000

Mapa digital do município de


Varginha- MG
no software AutoCAD 3D 2010
Aerofotogrametria
 As fases que compõem um trabalho aerofotogramétrico são:

 Voo fotogramétrico

 Laboratório Fotográfico,

 Apoio básico e suplementar (Geodesia e topografia )

 Restituição (Captação de dados Digitais)

 Ortofoto

 Edição, processamento de imagens (processamento dos


dados)

 Produto final (arquivo digital e plotagens).


Aerofotogrametria
 Essas fotografias costumam ser registradas totalmente na
vertical, mas também podem ser obtidas em linhas diagonais,
sobretudo para evidenciar as declividades e diferenciações na
altimetria do relevo terrestre.
Aerofotogrametria
 Além de cópias das fotos e ampliações, as empresas podem
fornecer ao usuário produtos como o fotoíndice – que consiste na
montagem da cobertura, dispondo as fotos lado a lado, todas
numeradas.
 Este produto permite ao usuário visualizar toda a área e verificar
em que fotografia se localiza um determinado detalhe.
 Outro produto é o mosaico fotográfico, uma montagem artística
das fotos com preservação de detalhes. Com o mosaico, é
possível a representação de maiores áreas sem as quebras de
imagem decorrentes dos limites das fotos.
O voo
 Na hora do orçamento são levados em conta os seguintes
fatores:
 área total a ser fotografada
 a escala do vôo
 localização da área, se a área é de fácil ou difícil acesso, é perto ou
longe da sede da empresa.
 as condições climáticas da região
 Um voo pode ser realizado em poucos dias. Apesar disso pode
levar cerca de um mês, ou até mais em alguns casos
específicos
Obstáculos na aerofotogrametria
 Interpretação das imagens: exigem perícia do intérprete
para reconhecer e diferenciar objetos, principalmente, porque
a forma destes (meio pelo qual se faz o reconhecimento)
pode ser alterada de acordo com a perspectiva da máquina
na hora do registro da imagem (fotografia) ou mesmo devido
as características de interação da radiação
eletromagnética com o alvo ou o conjunto observador-sensor.
Obstáculos na aerofotogrametria
 Instabilidade do voo:
principalmente quando feito em
local onde venta constantemente.
 Quando a aerofotogrametria é
feita com o intuito de mapear o
local, traça-se um plano de voo
de forma que as fotos sejam
tiradas “em faixas” que cobrirão,
paralelamente, todo o terreno.
Obstáculos na aerofotogrametria
 Cada foto tirada em uma faixa de voo deve sobrepor-se a outra
em 25% lateralmente, e em 60% longitudinalmente. Se o
objetivo for a confecção de ortofotos (representação fotográfica
de um terreno com a mesma validade de uma carta) a
superposição longitudinal pode ser de 80%.

Recobrimento da fotografia aérea


Obstáculos na aerofotogrametria
Obstáculos na aerofotogrametria
 Para isto, o ideal seria manter o voo em linha reta e a uma
altura constante, entretanto, isso nem sempre é possível
causando pequenas distorções nas fotos.
Recobrimento das fotos
 A fotografia aérea pode ser
ampliada em até 5 vezes de
sua escala original, tanto para
fins de mapeamento quanto
para trabalhos com as próprias
ampliações fotográficas –
desta forma, uma foto 23 x 23
cm ampliada chega às
dimensões de 1,15m x 1,15m ,
aproximadamente.
Tipos de fotos
Estereoscopia
 Visão estereoscópia: de modo simplificado refere-se ter visão em
três dimensões.
 Par de fotografias com sobreposição de áreas e com diferente
perspectiva
 Uso de lentes (estereoscópio).
 Paralaxe = profundidade

É possível com o uso de


equipamentos medir
altitudes com boa
precisão
Estereoscópio de espelhos
 Par de espelhos e de primas que permitem maior afastamento das
fotografias. Facilidade e agilidade para trabalhar
 Os métodos geram um exagero de estereoscopia. Relevo
apresenta-se mais declivoso como na realidade.
Fotointerpretação
 Detecção: diretamente relacionada com a visibilidade dos objetos
na fotografia, além do tipo de objeto, objetivos da interpretação,
escala da foto, qualidade da fotografia (resolução, nitidez,
contraste, etc) e do conhecimento do assunto por parte do
fotointérprete.
Fotointerpretação
 Reconhecimento e identificação: Dizer o que é o
objeto ou alvo.
 Delimitação e análise;
Fotointerpretação
 Classificação: Esta fase subdivide-se em 3 fases:
 descrição da área;
 organização da área numa estrutura adequada às
investigações de campo;
 codificação em convenções para a expressão das
informações.
 Conclusão: Geração de mapas, cartas e relatórios.
Elementos de Reconhecimento
 Tonalidade =>características reflectivas do objeto dentro do
espectro registrado.
 Textura => É a impressão visual da rugosidade, aspereza ou
suavidade, causada pela variação ou uniformidade dos tons de
cinza ou da cor
Elementos de Reconhecimento
 Tamanho => Em 2D o tamanho de um objeto é definido pelas
dimensões de sua superfície.
 Forma => Descreve a aparência externa ou a configuração de
um objeto, pois a vista apresentada, é uma vista superior.
Formas características de aspectos humanos e culturais são
geometricamente regulares, em contraposição às formas
naturais, irregulares e dispersas.
Elementos de Reconhecimento
 Sombra => É um elemento bastante importante para a
fotointerpretação, por fornecer uma impressão sobre a altura do
objeto, e por contribuir para a sua identificação.
 Padrão=> Caracterizado pela união ou extensão das formas
visuais. A repetição de uma certa forma é uma característica de
muitas feições humanas e algumas naturais. Plantações de
laranjas, loteamentos, cidades, estruturas geológicas, sistema
de drenagem podem apresentar padrões retilíneos ou
organizados.
Elementos de Reconhecimento
 Densidade => Caracterizada pela frequência de ocorrência e
dependente da escala da foto. Para que a densidade seja mais
próxima do real, é conveniente expressá-la em unidades do
terreno.
 Declividade=> Varia em intensidade. O ângulo de declive
determina o tipo de vertente, mergulhos de camadas,
superfícies e linhas inclinadas. Sua interpretação vai depender
muito da visão estereoscópica do intérprete.
Elementos de Reconhecimento
 Associação=> Subordinação genética e hierárquica à outros
elementos de tal forma que o reconhecimento de um confirma
ou indica o outro. Um exemplo disso seria que a existência de
mata galeria indica a possível existência de um curso d’água,
mesmo que este não seja visível.
 Adjacência e Localização=> É a localização de um objeto em
relação ao ambiente que o cerca. Exemplo: as plantações de
flores são normalmente com plástico ou com estufas. Exemplo:
presença de dunas nas proximidades do litoral. .
Restituição
 RESTITUIÇÃO => reconstrução do terreno fotografado
na forma de um modelo tridimensional.
 MEDIÇÕES, CURVAS DE NÍVEL E FOLHAS
TOPOGRÁFICAS.
 GERAÇÃO DE MODELOS DE ELEVAÇÃO
(TOPOGRAFIA) BASEADO EM PARES
ESTEREOSCÓPICOS DE IMAGENS ORBITAIS
ÓTICAS
Transformações ambientais
 Ação antrópica: derrubada de matas, implantação de
pastagens e cultivos, construção de estradas, portos,
aeroportos, represas, poluição, retificação e
canalização de cursos d´água, implantação de
indústrias e áreas urbanas, etc.
 Sensoriamento remoto: identificação dos usos dos
espaços terrestres, divisão de ambientes rurais e
urbanos e acompanhamento das transformações ao
longo do tempo.
Fenômenos ambientais que
devem ser monitorados
 Incêndios
 Desmatamentos
 Inundações
 Deslizamentos
 Erosões
 Desertificação
 Vulcanismo
 Derretimento de geleiras e calotas polares
Desmatamento

Imagem de Satélite demonstrando o desmatamento em Marabá


(PA), 1984 – 2006.
Represas

Represa de Tarbela, Paquistão,


responsável pela relocação de
96.000 pessoas
Cultivos e pastagens

Projeto Embrapa de integração entre lavoura – floresta –


pecuária em Tomé-Açu - PA
Expansão de áreas urbanas

Rio de Janeiro visto do satélite Pléiades


Poluição de cursos d´água

Proliferação de algas tóxica no lago Erie em Toledo, Ohio


(EUA)
Deslizamento

Deslizamento mostra estrago na região serrana do Rio de


Janeiroa
Desertificação

Avanço do processo de deserticação no mar de Aral, no


Cazaquistão, imagens de 1989, 2003, 2009, respectivamente
Poluição: Ilhas de calor

Imagem tratada em preto e branco e infravermelho


Aplicações do Sensoriamento Remoto
 Prospecção mineral e de petróleo
 Cartografia e mapeamentos geomorfológico, pedológicos,
geológicos, climáticos, entre outros
 Planejamento e monitoramento de uso do solo
 Distribuição espacial de fenômenos naturais e socioeconômicos
 Avaliação de geopotencialidades territoriais
 Manejo de pastagens, agricultura e florestas
 Gestão da biodiversidade
 Monitoramento de recursos hídricos
 Controle de poluição ambiental
 Ordenamento territorial em áreas rurais e urbanas
 Planos de manejo de Unidades de Conservação
 Planejamento de atividades ligadas ao Turismo e ecoturismo
 Monitoramento e fiscalização ambiental
Conclusão
 A análise e interpretação de imagens permite uma
associação da interação homem/meio de maneira dinâmica
 Compreensão dos problemas ambientais nas dimensões do
espaço e tempo
 Estudo dos processos de transformação e ocupação do
espaço, das mudanças e inovações tecnológicas ocorridas
ao longo do tempo
 Promoção de ações táticas e estratégicas e elaboração de
políticas efetivas no planejamento territorial e na mitigação de
impactos
 Estudo do espaço geográfico de forma integrada e
interdisciplinar buscando soluções para os problemas da
realidade socioambiental e, consequentemente, para o
exercício da cidadania.
Exercício
 Buscar de fontes diversas de sensoriamento remoto em
mídia eletrônica e interativa (internet) e elencar os usos mais
apropriado entre elas ( ao menos 3).
 Supondo-se um estudo de impacto ambiental, a construção
de uma hidrelétrica no rio Tapajós (PA), responder:
 Quais imagens seriam as mais adequadas de utilizar? Por
quê?
Referências Bibliográficas
 CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de Sistemas Ambientais. São Paulo: ed.
Edgard Blücher, 1999.
 FLORENZANO, T. G. Imagens de satélite para estudos ambientais. São
Paulo: Editora Oficina de Textos, 2002.
 NEPOMUCENO, P. L. M. Geoprocessamento nos mapeamentos de
inventário dos Planos de Manejo de Unidades de Conservação paulistas:
Avaliação dos casos do PETAR e da APA – VRT a partir da revisão
integrada da literatura. Tese de doutorado do programa de pós
graduação em Geografia Física – FFLCH –USP, 2016.
 NOVO, E. M. L. de Morais. Sensoriamento Remoto, Princípios e Aplicações.
São José dos Campos: ed. Edgard Blücher, 1988.
 PAESE, A. Et al (org). Conservação da Biodiversidade com SIG. São Paulo:
ed. Oficina de Texto, 2012
 ROSS, J.L.S. Geomorfologia – São Paulo: ed. Contexto, 2010
 SILVA, J.X & ZAIDAN, R. T. (org). Geoprocessamento & Meio Ambiente. Rio
de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 2011.
 SILVA, J.X & ZAIDAN, R. T. (org). Geoprocessamento & Análise Ambiental -
Aplicações. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 2011.
 VENTURI, L. A. B. (org). Geografia – Práticas de Campo, Laboratório e Sala
de Aula. São Paulo: ed. Sarandi, 2011.

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