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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Luziânia - GO
2016
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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Luziânia - GO
2016
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
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Orientador: Prof. D’angelles Sousa de Oliveira
DEDICATÓRIA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10
2. DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 18
1. INTRODUÇÃO
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Destacamos aqui que as categorias Sistema Penitenciário e ou Sistema Prisional são distintas
ao do Sistema Socioeducativo, mais especificamente no que tange a internação quando
decretada pela autoridade judicial, tornando-se a internação socioeducativa exclusiva para
adolescente, conforme expressa o Art. 123 do ECA e o Art. 185 que não permite que ele
cumpra internação em Sistema Prisional por entender que a penitenciária não é local adequado
para jovem.
5Disponível em: http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2015-01/ppp--educacao---medida-
6 Por Ato Infracional o ECA no Art. 103 diz da conduta considerada como crime ou
contravenção penal. O Ato Infracional é, no entender da autoridade judicial, o ato condenável,
de desrespeito às leis, à ordem pública, aos direitos dos cidadãos ou ao patrimônio, cometido
por crianças ou adolescentes (aqui vistos entre idades de 12 a 18 anos, pois aos 21 anos a sua
liberdade é compulsória.
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7Uma vez que a sexta-feira acontece o Dia da Visita na Unidade e as aulas são suspensas,
embora os professores permanecem na Escola da Unidade em planejamento escolar no
cumprimento de carga horária.
8 É muito comum em pesquisa autores lidar com a escassez de dados sobre a população
juvenil de negros encarcerados. Estudos recentes foram divulgado em parceria pela Secretaria
Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, um estudo, de autoria da pesquisadora Jacqueline
SINHORETTO, intitulado “Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil” que demonstra
dados mais recentes sobre a população carcerária negra e jovem do País. Disponível em:
http://www.seppir.gov.br/central-de-conteudos/noticias/junho/mapa-do-encarceramento-aponta-
maioria-da-populacao-carceraria-e-negra-1 ; Acesso em: 16/07/2016.
9 Segundo o estudo “Panorama, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ, 2012, p. 10), os
principais motivos de internação são crime contra patrimônio (roubo e furto), tráfico de drogas e
homicídio.
10De MAEYER, M. A Educação na Prisão não é Mera Atividade. In: Educação & Realidade,
ambiente hostil, ainda que isso possa parecer “paradoxal”), e porque a prisão
impõe atitudes, regras, normas rígidas e comportamento aceitável do ponto de
vista disciplinar. Assim sendo, nas duas instituições coercitivas potencializariam
a aversão ao aluno socioeducando cultivando um sentimento de injustiça e de
incompreensão impingido. Há quem acredita também que a debilidade política
da “clientela” da EJA, composta por “populações marginalizadas” e
discriminadas, entre os quais: “povos indígenas, mulheres, minorias étnicas
etc, é uma das justificativas para a situação de marginalidade das políticas
públicas nessa área”, sem contar que a EJA é vista também com um
“Supletivo”, ou seja, ensino massificado em tempo curto de aprendizagem.
Neste sentido, a EJA no Brasil, assume uma dimensão própria devido a sua
relação com a pobreza, convertendo-a em um projeto de atendimento aos
“deserdados sociais”, especificamente com qualidade educacional questionável
ou mesmo punitiva (BAQUEIRO, 1996).11
FOUCAULT (2010) e GOFFMAN (1961) abordaram os processos de
legitimação da cultura do confinamento e da repressão, da pena como
modalidade vingativa, pois, historicamente, a sociedade conquistou o direito de
punir (FOUCAULT, 2010).12
Nos capítulos seguintes, trataremos de abordar a rede e os mecanismos
dos órgãos que realizam o gerenciamento e as políticas públicas no Estado de
Goiás quanto ao sistema socioeducativo ao adolescente privado de liberdade,
assim como deficiências na articulação dessas políticas.
Este estudo propõe-se analisar a situação particular institucional na
modalidade do ensino EJA e as ações voltadas para o socioeducando;
caracterizar a escola e seus atores; identificar e analisar relações e ações
estabelecidas entre jovens e professores no espaço da escola e demais atores
interagindo em todo o processo de discussão delineado nas páginas que
seguem.
1.2 METODOLOGIA
2. DESENVOLVIMENTO
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
21 Loic Wacquant em “As Prisões da Miséria” aponta que tais “depósitos humanos” ou
“depósito dos indesejáveis” são os negros, latinos, com baixa renda familiar, oriundos de
famílias do “subproletariado” tanto em países de ‘Primeiro Mundo” quanto os de ‘Segundo
Mundo” e condenados pelo direito comum por envolvimento com drogas, furto, roubo ou
atentados à ordem pública, em grande parte, pequenos delitos. Ver WACQUANT, Loic. As
prisões da miséria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
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22 Citado de OLIVEIRA, Leandra S. da Silva; ARAÚJO, Elson Luiz de. A educação escolar nas
prisões: um olhar a partir dos direitos humanos. Revista Eletrônica de Educação. São Paulo,
SP: UFSCar, v, 7, n. 1, p. 177-191, mai. 2013. Disponível em http:www.revedec.ufscar.br,
Acesso em: 20 out 2016.
23 Ver PADAVANI, Andrea S., e RISTUM, Marilena. A Escola como caminho socioeducativo
para adolescents privados de liberdade. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 39, n. 4, p. 969-984,
out./dez.2013.
24 Cabe salientar que o termo “ressocialização” costuma trazer discussões entre autores, pois
acredita-se que a expressão traga sinonímia com o termo “socialização”, pois alguns
estudiosos apontam que aqueles sujeitos, de fato, nunca deixaram de estar socializados, nem
passaram por um processo de exclusão social, mas que, assim como os demais, são
participantes das relações sociais de uma determinada cultura, mesmo que a forma de inclusão
possa ter sido perversa, o que pode também ser considerado que independe da lógica de
inclusão-exclusão, de alguma maneira tais indivíduos estão inseridos num contexto social de
opressão, de invisibilidade e posições de desigualdade pelo poder público na sociedade.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS