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NOME DO ADVOGADO OU ESCRITÓRIO Rua xxxxxxxxxxxx, nº.

xx/xx,
OAB/UF XX.XXX Bairro xxxxxxx,
Cep xxxxxxxx,
Cidade xxxxxx – Estado:

Email: advogado@mail.com
Telefone:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do ___ (Juizado Especial Cível/Vara


XXXXXXX/Estado

PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

FULANO DA SILVA, estado civil (ou existência de união estável),


profissão, CPF nº. xxx.xxx.xxx-xx, nacionalidade, endereço eletrônico: XXXXXXXXXXXXX,
domiciliado e residente na Rua xxxxxxxxxx, nº. xxxx, Bairro xxxxxxxxxx, cidade de
xxxxxxxxxx, vem, perante Vossa Excelência, por seus procuradores signatários, instrumento
de mandato em anexo, ajuizar a presente AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO CUMULADA
COM DANOS MORAIS e COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA contra TV XXXXXXXX,
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº XX.XXX.XXX/0001-00, endereço
eletrônico xxxx@mail.com.br, com sede na Avenida XXXXXXX, XXXX, na cidade de
XXXXXXXXXXX/XX, que deverá ser citada na pessoa de seu representante legal, forte no art.
5°, X, da Constituição Federal, e no art. 6 e 37 do Código de Defesa do Consumidor, ante os
fatos e fundamentos expostos a seguir.

I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

Inicialmente, destaca o requerente que não possui condições de arcar com


custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio, conforme
demonstra o documento 2 (em anexo), razão pela qual faz jus ao benefício da gratuidade da
justiça, nos termos dos artigos 98 a 102 do NCPC, o que requer desde já.

II. DOS FATOS

O requerente manteve contrato de prestação de serviço junto a TV


XXXXXX por vários anos. Detinha o pacote de Mensalidade relativamente a uma TV

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principal, seleção Combo Advanced Digital e mais dois serviços de conexão adicional,
totalizando um valor de aproximadamente R$ XXX,00 reais por mês.

Na data de XX de XXXXXX de XXXX, o demandante solicitou o


cancelamento dos serviços prestados pela requerida. O atendimento se deu protocolo de
nº. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, o qual confirma tal requerimento.

Posteriormente, no mesmo dia, o autor realizou mais 3 ligações para


confirmar o cancelamento. Uma dessas ligações com a mencionada confirmação do
cancelamento, tendo como protocolo o nº. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

A conta referente ao mês de XXXXX de 201X chegou normalmente à


residência do requerente, sem que houvesse a contraprestação do serviço, uma vez que o
sinal já havia sido cortado, tendo ocorrido o devido adimplemento.

Mais uma vez o demandante promoveu a ligação para a requerida na


data de XX de XXXXXXX de 201X, sendo que mais uma restou confirmado o fato de o
contrato já estar devidamente cancelado, conforme confirma o protocolo de nº.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Ocorre que até o presente momento, ou seja, 12 meses após o pedido


de cancelamento, não houve a suspensão do envio de cobrança mensal. Frise-se que o
requerente pagou as parcelas normalmente até XXXXXXXX de 201X, sendo que o sinal já
estava cortado desde dezembro de 201X.

Não bastasse o desrespeito da requerida em não promover o


cancelamento do serviço de TV a cabo mesmo 12 meses após a solicitação e confirmação, o
autor, depois de parar de pagar as parcelas sem que o sinal estivesse ativo, ainda passou a

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receber ameaças de inserção de seu nome nos órgãos de proteção ao crédito, em virtude
de suposto inadimplemento.

Frise-se que já foram enviadas 3 (três) cartas ameaçando a inserção do


autor nos cadastros de restrição ao crédito, inclusive sendo uma delas promovida por uma
empresa de cobrança (doc. em anexo).

Logo, não resta outra saída ao consumidor/demandante senão ingressar


em juízo para postular a suspensão da cobrança dos valores indevidos além da condenação
referente aos Danos Morais, em virtude dos dissabores e aborrecimentos causados.

3. DAS PRELIMINARES
3.1. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

A questão do ônus da prova é de relevante importância, visto que a sua


inobservância pode vir a acarretar prejuízos aos que dela se sujeitam.

Levando-se a efeito o disposto no artigo 373 do Código de Processo Civil,


provas são os elementos através dos quais as partes tentam convencer o Magistrado da
veracidade de suas alegações, seja o autor quanto ao fato constitutivo de seu direito, seja o
réu quanto ao fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Lembrando
que estas deverão ser indicadas na primeira oportunidade de se falar aos autos, ou seja,
petição inicial e contestação.

Tecidas tais considerações, reportemo-nos ao novo Código de Processo


Civil, artigo 373, §1º que determina:
“Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir
o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da
prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de
modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em
que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus

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que lhe foi atribuído.”

O art. 6º do CDC, por sua vez, refere que são direitos básicos do
consumidor “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da
prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
quando for ele hipossuficiente, segundo regras ordinárias de experiências”.

Da exegese do artigo vislumbra-se que para a inversão do ônus da prova


se faz necessária a verossimilhança da alegação, conforme o entendimento do Juiz, ou a
hipossuficiência do autor.

Portanto, são 02 (duas) as situações presentes no artigo em tela,


necessárias para a concessão da inversão do ônus da prova, quais sejam: a verossimilhança
e (ou) a hipossuficiência.

A relevância da inversão do ônus da prova está em fazer com que a


pessoa de boa-fé torne-se mais consciente de seus direitos e o fornecedor mais responsável
e garantidor dos bens que põe no comércio, assim como as compras que de fato são
efetivadas em seu estabelecimento comercial.

No caso em tela, tanto a (i) verossimilhança quanto a (ii) hipossuficiência


estão presentes. (i) A primeira se fundamenta no fato de o requerente comprovar de forma
inequívoca que CANCELOU os serviços que permanecem sendo indevidamente cobrados
pela demandada.

(ii) A segunda é flagrante, na medida em que ao ameaçar ou


efetivamente cadastrar o nome dos cadastros de maus pagadores por serviços há muito
tempo cancelados, a parte autora fica totalmente a mercê da demandada, a qual optou
unilateralmente por manter a cobrança de valores que não lhes são devidos.

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Enfim, todos os requisitos legais estão preenchidos, sendo que a


inversão do ônus da prova deve ser deferida. Nesse sentido é o entendimento do Tribunal
de Justiça do Estado de XXXXXXXXXXXXXX, conforme veremos:

Telefonia. Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Restituição de


Quantias Pagas e Indenização por Danos Morais. Sentença de Procedência
em Parte. Inconformismo da Empresa Ré. Não acolhimento. Relação de
consumo. Inversão do ônus da prova. Empresa Requerida não comprovou
fato impeditivo, modificativo ou extintivo do Direito do Autor. Cobrança
indevida. Restituição do valor erroneamente faturado. Danos Morais
incabíveis. Mero aborrecimento. Sentença de Primeiro Grau mantida.
Ratificação, nos termos do artigo 252 do Regimento Interno desta Corte de
Justiça. RECURSOS NÃO PROVIDOS. (APL 00268878820138260576 SP
0026887-88.2013.8.26.0576, 30ª Câmara de Direito Privado TJSP, Relator:
Penna Machado, Julgado em 30/03/2016)

APELAÇÃO CÍVEL – CONSUMIDOR – SERVIÇO DE TELEFONIA –


TRANSFERÊNCIA DE DADOS – USO NO EXTERIOR – INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA – ÔNUS DA EMPRESA DE PROVAR A AUSÊNCIA DE FALHAS NA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO – COBRANÇA INDEVIDA – LANÇAMENTO DO
NOME DO CONSUMIDOR NO CADASTRO DE INADIMPLENTES –
DIVERGÊNCIA NA INTERPRETAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS – NÃO
OCORRÊNCIA DE DANOS MORAIS. 1. Tendo ocorrido a inversão do ônus da
prova, caberia à empresa de telefonia provar que informou ao consumidor
que o pacote ilimitado de transferência de dados contratado não incluía o
uso do serviço no exterior. 2. No caso específico, a inscrição do nome do
autor em cadastros de inadimplentes, não enseja a reparação por danos
morais, pois decorrente de divergência na interpretação de cláusulas
contratuais. 3. Deu-se parcial provimento ao apelo do autor. . (APC Nº
20110111096440 - 4ª Turma Cível, TJ-DF. Relator: SÉRGIO ROCHA, Julgado
em 13/05/2015)

Portanto, haja vista a existência da verossimilhança das alegações do


requerente e da existência da hipossuficiência do mesmo, este faz jus a inversão do ônus da
prova a seu favor, o que desde já requer.

4. DO MÉRITO

4.1 Do Direito

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Com relação ao mérito, a pretensão da demandante encontra guarida na


Constituição Federal de 1988, no Código Civil de 2002 e, principalmente, no Código de
Defesa do Consumidor.

O art. 931 do Código Civil estabelece que “ressalvados outros casos


previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem
independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação”.

O art. 12 do Código de Defesa do Consumidor, por sua vez, em raciocínio


análogo dispõe que “o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o
importador, respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de
seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
utilização ou riscos”

Da simples leitura dos supramencionados artigos, conclui-se que a


responsabilidade das empresas prestadoras de serviços quando causadores de danos é
puramente objetiva, isto é, ocorre independentemente de culpa desta.

A responsabilidade civil objetiva tem como fundamento o risco e


consiste na obrigação de indenizar o dano produzido por atividade exercida no interesse do
agente e sob seu controle, sem que haja qualquer indagação sobre o comportamento do
lesante, fixando-se no elemento objetivo, isto é, na relação de causalidade entre o dano e a
conduta de seu causador1.

Os referidos artigos servem apenas para elucidar a espécie de


responsabilidade da empresa ré, tendo em vista que através dos documentos juntados aos

1
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, pág. 49.
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autos resta evidente que esta decaiu em culpa ao lesar o autor em decorrência de não ter
cancelado o contrato, além de ameaçar a inserção do seu nome nos órgãos de proteção ao
crédito, mesmo após 12 meses do pedido de cancelamento, sendo que deste período, por
10 meses o autor pagou sem ter o serviço.

Todavia, tendo o Código de Defesa do Consumidor adotado o sistema de


responsabilidade objetiva, é salutar a existência de uma teoria unitária, fundada
essencialmente no que o consumidor mais deseja: qualidade e responsabilidade.

Ademais, conforme será demonstrado a seguir, o Superior Tribunal de


Justiça entende da mesma forma, na medida em que estabelece como in re ipsa o dano
moral causado pelos fornecedores de serviço, em casos de cobrança indevida:

ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE ÁGUA. COBRANÇA INDEVIDA DE


FATURA DE CONSUMO DE ÁGUA. DANO MORAL. COMPROVAÇÃO.
AUSÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO, EXTINTIVO OU MODIFICATIVO DO
DIREITO DO AUTOR. APRECIAÇÃO DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS EM
RECURSO ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE OMISSÃO NO
ACÓRDÃO. 1. Não cabe a esta Corte, em recurso especial, o exame de
matéria constitucional, cuja competência é reservada ao Supremo Tribunal
Federal, nos termos do art. 102, inciso III, da Constituição Federal. 2. Não
há falar em ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil, quando o
Tribunal de origem pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão colocada nos autos, o que é o caso da presente hipótese. Agravo
regimental improvido. (AgRg no AREsp 405.220/CE, Rel. Ministro
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/10/2013, DJe
25/10/2013)

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C RESTITUIÇÃO DE COBRANÇA
INDEVIDA. ART. 535. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO. DANO MORAL EVIDENCIADO. REEXAME. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO
REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Não caracteriza omissão
quando o tribunal adota outro fundamento que não aquele defendido pela
parte. Destarte, não há que se falar em violação do art. 535, do Código de
Processo Civil, pois o tribunal de origem dirimiu as questões pertinentes ao
litígio, afigurando-se dispensável que venha examinar uma a uma as
alegações e fundamentos expendidos pelas partes. 2. A conclusão a que
chegou o Tribunal a quo acerca da existência da prova e do nexo causal
dos danos sofridos pelo recorrido, decorreu de convicção formada em face
dos elementos fáticos existentes nos autos. Rever os fundamentos do
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acórdão recorrido importaria necessariamente no reexame de provas, o


que é defeso nesta fase recursal (Súmula 7/STJ). 3. A inscrição/manutenção
indevida do nome do devedor no cadastro de inadimplente enseja o dano
moral in re ipsa, ou seja, dano vinculado a própria existência do fato
ilícito, cujos resultados são presumidos. Precedentes. 4. Agravo
regimental a que se nega provimento. (STJ , Relator: Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Data de Julgamento: 17/12/2013, T4 - QUARTA TURMA)

Por todo o exposto, é medida que se impõe a imediata determinação de


não inserção no cadastro de inadimplentes, devendo as cobranças indevidas referente a TV
XXXXXXX serem canceladas e, posteriormente, rescindido o mencionado contrato, com a
devida indenização por danos morais; bem como a inversão do ônus da prova, pela razões
anteriormente expostas.

4.2. Devolução em Dobro

Adentrando nos pedidos do requerente, após demonstrar de forma


inequívoca o pedido de cancelamento com a respectiva confirmação por parte da
requerida, tem-se por devida a devolução em dobro dos valores pagos após a suspensão do
serviço, a qual se deu em XXXXXXXXXXXX de 201X.

Imperioso destacar que a devolução deverá ocorrer em dobro, na


medida em que foi cobrado do autor quantia indevida. O § único do art. 42 do CDC
dispõe que “o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável”.

Frise-se que os pagamentos efetuados de maneira abusiva e


desarrazoada iniciaram-se em XXXXXXXXXXXX de 201X, no montante de R$ XXX,XX (XXXXX
reais e XXXXXXX centavos). O pagamento se deu até XXXXXXXXXXXX de 201X, oportunidade
que o requerente desistiu de tentar o cancelamento e simplesmente parou de pagar as
contas indevidas.

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Destarte, temos de XXXXXXXXXXXX de 201X até XXXXXXXXXXXX de 201X


o período de XX (XXX) meses, o qual multiplicado pelo montante de R$ XXX,XX (XXXXX reais
e XXXXXXX centavos) remonta a quantia de R$ X.XXX,XX.

Somados os valores e multiplicando por duas vezes, uma vez que deverá
ocorrer o reembolso em dobro, remontando o valor final de R$ X.XXX,XX, com correção e
juros desde o desembolso de cada parcela.

Nesse sentido é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, isto é,


que deve ocorrer a devolução em dobro nos casos de cobrança indevida, em que não há
engano justificável:

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 730.886 - RS (2015/0147740-6)


RELATOR : MINISTRO OG FERNANDES AGRAVANTE : ELIANE BENDER
MARQUARDT ADVOGADO : ALEXANDRE LUIS JUDACHESKI E OUTRO (S)
AGRAVADO : OI S.A ADVOGADOS : TOMÁS ESCOSTEGUY PETTER E OUTRO
(S) DIEGO SOUZA GALVAO DECISÃO Vistos, etc. Trata-se de recurso
especial interposto por Eliane Bender Marquardt, com amparo no art. 105,
III, a e c, da CF/88, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado: apelação cível. direito
privado não especificado. ação ordinária. cobrança indevida. danos
morais. Prescrição. Aplicação da regra do art. 206, § 3º, IV, do Código Civil
Brasileiro, visto que, a pretensão é de ressarcimento de valores
indevidamente cobrados, circunstância não prevista no Código de Defesa
do Consumidor e que não se enquadra na regra da prescrição quinquenal,
do seu art. 27. Manutenção do prazo prescricional aplicado pela sentença,
diante da ausência de recurso da parte contrária. Cobrança indevida.
Caracterização, pois não demonstrada a efetiva contratação dos serviços
cobrados. Repetição do indébito. Caso em que a repetição deve se dar de
forma simples, por ausência de prova da má-fé da empresa demandada.
Danos morais. Não configuração, pois não demonstrado nos autos que a
conduta da ré tenha acarretado incômodos que superaram os limites da
normalidade. Apelação desprovida. Apelação da autora parcialmente
provida. Alega a recorrente a existência de violação dos arts. 186, 187,
205 e 927 do Código Civil e 14 do Código de Defesa do Consumidor. Aduz
que incide à espécie o prazo prescricional de dez anos, para fins de
repetição do indébito. Sustenta a inaplicabilidade da prescrição
quinquenal prevista no art. 27 do CDC, porquanto tal regra tem como
pressuposto a formulação de pedido de reparação de danos causados por
fato do produto ou serviço, o que não ocorreu no caso dos autos. Defende
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a ocorrência de dano moral in re ipsa advindo da cobrança indevida de


tarifas telefônicas. Aponta divergência jurisprudencial sobre aludidas
matérias. As contrarrazões foram apresentadas às e-STJ, fls. 557/566. É o
relatório. A Segunda Turma deste Superior Tribunal, no REsp
1.362.758/MG, firmou orientação no sentido de que o prazo prescricional
para ressarcimento por cobrança indevida de serviço telefônico é de 10
(dez) anos, o mesmo aplicável às ações pertinentes a tarifas de água e
esgoto (REsp 1.113.403/RJ, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, DJE
15/9/2009, julgado sob o rito do art. 543-C do CPC). A propósito:
ADMINISTRATIVO. SERVIÇOS DE FORNECIMENTO DE ÁGUA. COBRANÇA DE
TARIFA PROGRESSIVA. LEGITIMIDADE. REPETIÇÃO DE INDÉBITO DE
TARIFAS. APLICAÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL DO CÓDIGO CIVIL.
PRECEDENTES. 1. É legítima a cobrança de tarifa de água fixada por
sistema progressivo. 2. A ação de repetição de indébito de tarifas de água
e esgoto sujeita-se ao prazo prescricional estabelecido no Código Civil. 3.
Recurso especial da concessionária parcialmente conhecido e, nessa parte,
provido. Recurso especial da autora provido. Recursos sujeitos ao regime
do art. 543-C do CPC. (REsp 1.113.403/RJ, Rel. Ministro TEORI ALBINO
ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 15/9/2009) Quanto à alegativa de
malferimento ao art. 14 do CDC, a jurisprudência desta Corte estabelece
que o engano é considerado justificável quando não decorre de dolo ou
culpa na conduta do prestador de serviço. No ponto: PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. COBRANÇA DE
ÁGUA INDEVIDA. ART. 535 DO CPC. OMISSÃO E AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. NÃO DEMONSTRAÇÃO DA
CONTRARIEDADE DO DIREITO FEDERAL. SÚMULA 284/STF. EXAME DE
LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280/STF. JULGAMENTO
EXTRA PETITA. NÃO OCORRÊNCIA. RESTITUIÇÃO EM DOBRO. CDC.
POSSIBILIDADE. ERRO INJUSTIFICÁVEL. PRECEDENTES DO STJ. AGRAVO
NÃO PROVIDO. [...] 5. O entendimento deste Superior Tribunal sobre a
incidência do art. 42, parágrafo único, do CDC, é pacífico no sentido de
que "o engano, na cobrança indevida, só é justificável quando não
decorrer de dolo (má-fé) ou culpa na conduta do fornecedor do serviço". 6.
Na hipótese em exame, restou incontroverso que não se mostra justificável
a cobrança efetuada, uma vez que o Tribunal de origem entendeu que
ficou configurada a ausência de prestação do serviço, "após a retirada da
instalação destinada ao fornecimento de água na unidade consumidora"
(fl. 340e), razão pela qual não poderia a concessionária cobrar por um
serviço que não executa. [...] 8. Agravo regimental não provido. (AgRg no
Ag 1.397.322/RJ, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA
TURMA, DJe 25/6/2014) ADMINISTRATIVO E CONSUMIDOR. AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SERVIÇOS TELEFÔNICOS
NÃO SOLICITADOS PELO USUÁRIO. COBRANÇA INDEVIDA. DEVOLUÇÃO EM
DOBRO. REVISÃO DO ACÓRDÃO. SÚMULA 7/STJ. 1. Dispõe o art. 42,
parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor que "o consumidor
cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor
igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária

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e juros legais, salvo hipótese de engano justificável". 2. Segundo a


jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o engano é considerado
justificável quando não decorrer de dolo (má-fé) ou culpa na conduta do
prestador do serviço público. 3. No caso, o Tribunal de origem, soberano
na análise das circunstâncias fáticas da causa, concluiu que a cobrança
indevida de serviços telefônicos não solicitados pelo usuário enseja a
restituição em dobro dos valores pagos. 4. A modificação do julgado, nos
termos propugnado, demandaria a análise acerca do elemento subjetivo
norteador da conduta do agente (dolo ou culpa), o que é vedado, a teor do
contido no enunciado 7 da Súmula do STJ. 5. Agravo regimental a que se
nega provimento. (AgRg no AREsp 431.065/SC, de minha relatoria,
SEGUNDA TURMA, DJe 3/2/2014) PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO.
OFENSA AO ART. 535 DO CPC NÃO CONFIGURADA. CONSUMIDOR.
FORNECIMENTO DE ÁGUA. RELAÇÃO DE CONSUMO. ART. 42, PARÁGRAFO
ÚNICO, DO CDC. DEVOLUÇÃO EM DOBRO DA TARIFA. CONSTATAÇÃO DE
ERRO JUSTIFICÁVEL. SÚMULA 7/STJ. DANOS MORAIS. REEXAME DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ.
DECRETO ESTADUAL 553/1976. LEI LOCAL. SÚMULA 280/STF. [...] 2. O STJ
firmou a orientação de que tanto a má-fé como a culpa (imprudência,
negligência e imperícia) dão ensejo à punição do fornecedor do produto
na restituição em dobro. 3. A averiguação de erro justificável, no caso,
demanda revolvimento da matéria fático-probatória, o que é vedado pela
Súmula 7/STJ no âmbito dos Recursos Especiais. 4. Hipótese em que o
Tribunal de origem consignou: "Na hipótese dos autos, verifica-se que
apesar das diversas reclamações perpetradas pela autora, pessoa idosa,
contando 77 anos de idade, nada foi feito pela parte ré, obrigando a
demandante a ajuizar a presente ação para conseguir recalcular
adequadamente suas contas. O dano moral na presente hipótese,
portanto, decorre da enganosidade da postura da concessionária de
cobrar valores evidentemente indevidos, desconsiderando o efetivo
consumo do registrado no hidrômetro, submetendo o consumidor à
ameaça de ter o fornecimento de água cortado, serviço esse essencial." (fl.
220, e-STJ). A revisão desse entendimento demanda nova análise dos
elementos fático-probatórios, o que esbarra no óbice da Súmula 7/STJ. [...]
(AgRg no AREsp 347.282/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, DJe 6/12/2013) O aresto hostilizado consignou expressamente,
no tocante aos danos morais, a sua "não configuração, pois não
demonstrado nos autos que a conduta da ré tenha acarretado incômodos
que superaram os limites da normalidade". Diante desse quadro, não é
possível aferir a inexistência dos mencionados aspectos subjetivos sem
novo exame dos fatos e provas constantes dos autos, providência
inadmitida em sede de recurso especial, nos termos do disposto na Súmula
7/STJ: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso
especial". Por fim, no que tange à divergência jurisprudencial, tem-se que
o dissídio não foi demonstrado nos moldes exigidos pelo art. 255, §§ 1º e
2º, do RISTJ. Com efeito, a parte interessada não comprova a similitude
fática entre a hipótese contida no acórdão recorrido e aquela tratada nos

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julgados apontados como paradigmas, nem realiza o cotejo analítico entre


os arestos trazidos a confronto. Ante o exposto, com fulcro no art. 557, §
1º-A, do Código de Processo Civil, conheço em parte do recurso especial e,
nessa extensão, dou-lhe provimento para aplicar a prescrição decenal ao
pleito de ressarcimento de valores indevidamente cobrados. Publique-se.
Intimem-se. Brasília, 29 de junho de 2015. Ministro Og Fernandes Relator
(AREsp 730886 RS 2015/0147740-6, Rel. Ministro OG FERNANDES,
SEGUNDA TURMA, publicado em DJ 01/07/2015)

Por todo o exposto, é medida que se impõe seja determinada a imediata


devolução em dobro de todas estas quantias descontadas indevidamente, uma vez que o
serviço restou cancelado em XXXXXXXX de 201X.

4.3. Do Flagrante Dano Moral

No que concerne aos Danos Morais, mister salientar que serão


indenizáveis as invectivas que efetivamente atingem e aviltam a intimidade, a vida privada,
a honra, a dignidade e a imagem da pessoa.

No caso sub judice, estamos diante de flagrante abalo moral por três
situações claras. (i) Primeiro pelo fato de o autor ter se desgastado deveras com o intuito
de cancelar o contrato, sendo que após muitas tentativas conseguiu obter a confirmação
do cancelamento.

(ii) Segundo porque após o pedido e a respectiva confirmação, apenas


o serviço restou cancelado, sendo que as cobranças seguiram sendo enviadas
normalmente.

(iii) E, por fim, pelo fato de ter ficado XX meses pagando por um
serviço cancelado e ainda ter sido ameaçado acerca da inclusão do seu nome nos órgãos
de proteção ao crédito, quando desistiu e optou por não mais pagar, tendo em vista o
absurdo que estava acontecendo.

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Com relação a configuração do Dano Moral nas relações de consumo,


existe uma vasta legislação que regula essa matéria, inclusive de ordem constitucional,
justamente para restringir a atuação das empresas quando se deparam em contratos com
consumidores hipossuficientes.

A Constituição Federal dispõe em seu art. 5º, inciso X que “são


invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

O Código de Defesa do Consumidor, por sua vez, expressa que são


direitos básicos do consumidor “a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos e o acesso aos órgãos judiciários e
administrativos,com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais (...)”.

Neste caso, a obrigação emana do fato da empresa ter lançado em


nome da requerente uma compra sem que a mesma jamais a tivesse efetuado. Por
conseguinte, provado o fato básico, isto é, o ponto de apoio, provado está o dano, suporte
fático do dever de reparar o dano.

Por conseguinte, por ter havido um profundo desgaste por parte do


consumidor, além de não ter sido seu problema resolvido até o presente momento, mister
que exista uma condenação com o intuito de inibir a requerida a agir desta maneira com
outros clientes.
Nesse sentido entendem os Tribunais:

AÇÃO DECLARATÓRIA C.C. INDENIZATÓRIA – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE


TELEFONIA – COBRANÇA DE VALOR INDEVIDO, REFERENTE A SERVIÇOS
NÃO CONTRATADOS - FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO – INSCRIÇÃO
INDEVIDA EM CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – DANO MORAL
CARACTERIZADO - Cumpre à empresa prestadora o dever de zelar pela
veracidade e atualização de seus registros, adotando todas as medidas
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cabíveis para verificar a exigibilidade dos débitos cobrados antes de


proceder a constrições que possam acarretar danos ao consumidor,
primando pelos princípios da segurança e boa-fé que regem as relações de
consumo - Indenização arbitrada pelo Juízo "a quo" que se mostra
adequada para sanar de forma justa a lide – Verba honorária fixada em
valor condizente com os parâmetros elencados pela lei processual civil –
Manutenção do entendimento adotado em Primeiro Grau - Negado
provimento aos apelos. (APL 00043822720108260506 SP 0004382-
27.2010.8.26.0506 - TJ-SP , Relator: Hugo Crepaldi, Data de Julgamento:
30/03/2016, 25ª Câmara de Direito Privado)

Em assim sendo, postula a condenação da ré no que se refere aos Danos


Morais causados a autora.

4.4. Do Quantum Debeatur

O Dano Moral é aquela ação ou omissão que afeta a paz interior de cada
um. Atinge o sentimento de cada pessoa, a paciência, o bem-estar, a honra, enfim, tudo
aquilo que não tem valor econômico, mas que lhe cause angústia, transtorno, que tira sua
tranqüilidade.

Por isto, lesados os direitos de personalidade do consumidor e sendo


responsabilizados objetivamente os causadores, é corolário lógico a indenização pelo dano
moral.

A indenização por dano moral, portanto, tem caráter satisfativo-punitivo.


Satisfativo quando a verba condenatória satisfaz a vítima de forma plena, isto é, o quantum
é adequado e efetivo; punitivo quando a condenação seja suficiente a dissuadir o ofensor
de novas ações ilícitas2.

Fazendo um balanceamento dessas duas características, devemos


chegar a um quantum, que no presente caso deverá seguir a concepção subjetiva, isto é,

2
CARNEIRO, Odete. Da responsabilidade civil por vício do produto e serviço, pág. 37.
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deve haver uma aferição in concreto, a qual visa avaliar, concretamente, a satisfação na
busca dos prejuízos reais alegados pela vítima.

Para ter uma base do valor que deve ser imputado a ré, necessário
tomar como parâmetro a jurisprudência adotada pelo Superior Tribunal de Justiça e pelos
Tribunais Regionais:

AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL -


RESPONSABILIDADE CIVIL - FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
BANCÁRIO - DANOS MORAIS - QUANTUM INDENIZATÓRIO -
RAZOABILIDADE - REDUÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA
7/STJ - DECISÃO AGRAVADA MANTIDA - IMPROVIMENTO. 1.- A
intervenção do STJ, Corte de caráter nacional, destinada a
firmar interpretação geral do Direito Federal para todo o país
e não para a revisão de questões de interesse individual, no
caso de questionamento do valor fixado para o dano moral,
somente é admissível quando o valor fixado pelo Tribunal de
origem, cumprindo o duplo grau de jurisdição, se mostre
teratólogico, por irrisório ou abusivo.
2.- Inocorrência de teratologia no caso concreto, em que foi
fixado o valor de indenização em R$ 15.000,00 (quinze mil
reais), devido pelo ora Agravante à autora, a título de danos
morais decorrentes de devolução de cheque e cobranças
indevidas decorrentes de emissão de cheques por falsário 3.- O
Agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz de
modificar a conclusão do julgado, a qual se mantém por seus
próprios fundamentos. 4.- Agravo Regimental improvido.
(AgRg no AREsp 425.642/SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 26/11/2013, DJe 04/12/2013)

AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL -


RESPONSABILIDADE CIVIL - INSCRIÇÃO INDEVIDA EM
CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - DANOS MORAIS -
FIXAÇÃO - RAZOABILIDADE - REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 7/STJ - DECISÃO
AGRAVADA MANTIDA - IMPROVIMENTO. 1.- A intervenção do
STJ, Corte de caráter nacional, destinada a firmar
interpretação geral do Direito Federal para todo o país e não
para a revisão de questões de interesse individual, no caso de
questionamento do valor fixado para o dano moral, somente é
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admissível quando o valor fixado pelo Tribunal de origem,


cumprindo o duplo grau de jurisdição, se mostre teratólogico,
por irrisório ou abusivo. 2.- Inocorrência de teratologia no
caso concreto, em que foi fixado o valor de indenização de R$
60.000,00 (sessenta mil reais) devido à empresa Agravada
pela ré, a título de danos morais decorrentes de inscrição
indevida em cadastro de proteção ao crédito decorrente de
cobrança de serviços de telefonia contratados por falsário em
nome da Agravada. 3.- Agravo Regimental improvido. (AgRg
no AREsp 360.848/SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA
TURMA, julgado em 22/10/2013, DJe 21/11/2013)

Em assim sendo, por todos os prejuízos que foram demonstrados e


provados pela demandante, postula a fixação dos Danos Morais no montante de R$
10.000,00 (dez mil reais) reais, com juros e correção desde o evento danoso, evitando
assim que a empresa pratique novamente fatos análogos e satisfaça os dissabores
experimentados pelo demandante.

5. DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA


5.1 Do Imediato Cancelamento das Cobranças Indevidas e Retirada do Nome
do Requerente do Rol dos Cadastros de Devedores

Noutro sentir, vem o requerente respeitosamente pleitear em tutela de


urgência o cancelamento das cobranças e a retirada do Nome do Requerente do Rol dos Cadastros
de Devedores, tendo em vista a total inexistência de mora por parte do autor.

No caso em tela resta evidente que houve um equívoco por parte da


demandada ao efetuar cobranças indevidas. E tal assertiva mostra-se verdadeira na medida em que
o autor cancelou há muito tempo o serviço de TV a cabo da requerida. E tal fato resta comprovado
de forma inequívoca pela documentação juntada.

De outro norte, o Código de Processo Civil autoriza o Juiz conceder a tutela de


urgência quando “probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo”:

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Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando


houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.

Resta nos autos “prova inequívoca” da ilicitude cometida pela Ré, que se
formou pelos documentos ora apresentados, bem como pela ausência que qualquer comprovação
por parte da ré da existência de manutenção de contratação, seja via contrato escrito, seja via
atendimento telefônico.

Desse modo, à guisa de sumariedade de cognição, os elementos indicativos de


ilegalidades contidos nas provas ora imersas e até mesmo da análise das provas a serem juntadas
pela ré, traz à tona circunstâncias de que o direito muito provavelmente existe.

Acerca do tema do tema em espécie, é do magistério de José Miguel Garcia


Medina as seguintes linhas:

“. . . sob outro ponto de vista, contudo, essa probabilidade é


vista como requisito, no sentido de que a parte deve
demonstrar, no mínimo, que o direito afirmado é provável (e
mais se exigirá, no sentido de se demonstrar que tal direito
muito provavelmente existe, quanto menor for o grau
depericulum. “ (MEDINA, José Miguel Garcia. Novo código de
processo civil comentado … – São Paulo: RT, 2015, p. 472)

Com esse mesmo enfoque, sustenta Nélson Nery Júnior, delimitando


comparações acerca da “probabilidade de direito” e o “fumus boni iuris”, esse professa, in verbis:

“4. Requisitos para a concessão da tutela de urgência: fumus


boni iuris:Também é preciso que a parte comprove a
existência da plausibilidade do direito por ela afirmado
(fumus boni iuris). Assim, a tutela de urgência visa assegurar
a eficácia do processo de conhecimento ou do processo de
execução…” (NERY JÚNIOR, Nélson. Comentários ao código de
processo civil.– São Paulo: RT, 2015, p. 857-858)

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Diante dessas circunstâncias jurídicas, faz-se necessária a concessão da tutela


de urgência antecipatória, o que também sustentamos à luz dos ensinamentos de Tereza Arruda
Alvim Wambier:
“O juízo de plausibilidade ou de probabilidade – que
envolvem dose significativa de subjetividade – ficam, ao
nosso ver, num segundo plano, dependendo do periculum
evidenciado. Mesmo em situações que o magistrado não
vislumbre uma maior probabilidade do direito invocado,
dependendo do bem em jogo e da urgência demonstrada
(princípio da proporcionalidade), deverá ser deferida a tutela
de urgência, mesmo que satisfativa. “ (Wambier, Teresa
Arruda Alvim … [et tal]. – São Paulo: RT, 2015, p. 499)

No tocante ao periculum na demora da providência judicial, urge demonstrar


que as cobranças e eventual inscrição em cadastro de devedores resultam em prejuízos diretos ao
autor.

Com efeito, o cancelamento da cobrança evitará maiores danos patrimoniais


ao autor, e em nada prejudicará a demandada, uma vez que cobra por serviços não prestados.

Diante disso, o Autor vem pleitear, sem a oitiva prévia da parte contrária
(CPC/2015, art. 300, § 2º), independente de caução (CPC/2015, art. 300, § 1º), tutela de urgência
antecipatória no sentido de:

a) determinar que a Ré deixe de efetuar a cobrança dos serviços cancelados há


muito tempo, bem como determinar a imediata suspensão de eventual inscrição nos cadastros de
inadimplentes, e caso já o tenham realizado, a imediata retirada do nome do autor sob pena de
multa.

6. Dos pedidos

Diante do exposto, respeitosamente requer a Vossa Excelência o que


segue:

Liminarmente:

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a) Seja determinado que a Ré deixe de efetuar a cobrança dos serviços


jamais contratados e muito menos prestados, bem como determinar a imediata suspensão das
cobranças via débito automático em sua conta corrente junto ao Banco XXXX, Agência XXXXXXXX,
Conta Corrente nº xxxxxx.

No mérito:

a) Seja designada/dispensada audiência de conciliação ou mediação


na forma do previsto no artigo 33 do NCPC; (em caso de requerer a dispensa, abrir tópico
específico justificando o motivo)

b) A citação do Réu, nos termos do art. 246, inciso I do CPC/2015, para


oferecer resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;

c) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art.


98 e seguintes do CPC/2015;

d) Seja determinada a inversão do ônus da prova, nos termos acima


destacados;

e) Seja determinada a produção de todos os meios de provas em


direito admitidos, em especial a prova documental que deverá obrigatoriamente ser apresentada
pela requerida;

f) Ao final, seja julgada totalmente procedente a presente ação, para


condenar a ré a devolução em dobro da quantia de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXX mil
XXXXXXXXXXXXXXXXX reais e XXXXXXX centavos), além de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a título de
Danos Morais, assim como seja confirmada a liminar acima postulada;

g) Seja ainda, a ré condenada ao pagamento das custas e honorários


sucumbenciais.

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Em tempo, requer sejam cadastrados no registro deste processo no


sistema o procurador XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, OAB/ESTADO XXX.XXX, expedindo-se todas
intimações em nome deste, sob pena de nulidade.

Dá a causa o valor de R$ XX.000,00 (XXXXXX mil reais).

Termos em que pede deferimento.

CIDADE, DATA

ADVOGADO
OAB

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