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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

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D EFENDA SEUS DIREITOS


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FALSOS CONDOMINIOS -FALSE CONDOMINIUMS´s VICTIMS
Community- A non-profit organisation focusing on Human Rights
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2008 AJUDANDO A DEFENDER A DEMOCRACIA E DIREITOS
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HUMANOS NO BRASIL - FALE CONOSCO email :
vitimas.falsos.condominios@gmail.com

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04/02/15--15:06: UTILIDADE 0 0
PUBLICA :JORNAL DE VALINHOS
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DIVULGA VITORIA DA DEMOCRACIA E DO DIREITO
SOBRE OS FALSOS CONDOMINIOS

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04/02/15--15:06: _UTILIDADE
PUBLICA ...

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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

04/02/15--15:13: _ORLA 500


PERDE MAIS...
04/11/15--12:05: _DEFENDAM O
BRASIL :...

04/18/15--14:45: _TJ SP DEFERE


LIMINA...
04/20/15--08:12: _STJ - MAIS UMA
VITO...
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04/26/15--12:24: _MP SP
RESPONDE A DE...
04/26/15--12:59: _MP SP : CONHEÇA E DEFENDA SEUS DIREITOS
DENUNCIA GR...
04/27/15--08:35: _MP SP
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INTERVEM NO C...
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04/27/15--09:32: _TJ SP - COTIA :
VI... UTILIDADE PUBLICA
04/27/15--09:52: _STJ - REsp
A ARTE GRAFICA ESTA DISPONIVEL PARA TODOS , SEM
1280871/...
CUSTOS
04/30/15--07:47: _STJ CORRIGE
ERRO MA... AJUDEM PARA DIVULGAR NA MIDIA
04/30/15--18:22: _LIBERDADE JÁ :
É DEVER DE CIDADANIA DEFENDER A DEMOCRACIA
FALS...
05/05/15--15:56: _TJ RJ E O PATRIMONIO PUBLICO
APELAÇÃO CÍVE...
05/05/15--16:18: _STJ :
AS RUAS SÃO DE TODOS,
EMBARGOS DE D...
E NOSSAS CASAS PROPRIAS , COMPRADAS COM MUITO
05/06/15--05:37: _TJ RJ - 6a. CAM. SACRIFICIO
CI... SÃO PROPRIEDADES INDIVIDUAIS
(showing articles 61 to 80 of
147) CONHEÇA E DEFENDA SEU DIREITOS

04/02/15--15:13: ORLA 500 0 0


PERDE MAIS UMA AÇÃO ! MAIS
UMA VITORIA SOBRE OS FALSOS CONDOMINIOS

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PARABENS DR PAULO DE CARVALHO ,


E A TODOS QUE ESTÃO RESISTINDO BRAVAMENTE , EM
DEFESA DA DEMOCRACIA
DO PATRIMONIO PUBLICO E DO DIREITO DOS
CIDADÃOS
À CASA PROPRIA E À CIDADE
DIGA NÃO À SANHA DOS FALSOS CONDOMINIOS
FAÇA A SUA PARTE
POR UM BRASIL LIVRE E DIGNO , PARA TODOS !

---------- Mensagem encaminhada ----------


De: Paulo Carvalho
Data: 2 de abril de 2015 10:39
Assunto: VITÓRIA - ORLA
Para: Rogério - Orla , janebbettencourt Orla 500 ,
VITIMAS FALSOS CONDOMINIOS - Marcia , garfinho ,
"Sinval - Sta. Margarida"

Mais uma vitória, essa também foi revertendo a decisão do juiz de 1ª.
instancia. no sentido de que ele tinha decretado a revelia da ré (jane) e
consegui no tribunal reformar essa decisão, tendo sido nossa defesa
apreciada posteriormente pelo mesmo juiz, resultando na sentença de
improcedência....

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abs.

Processo No 0020913-53.2009.8.19.0011

TJ/RJ - 02/04/2015 10:32:27 - Primeira instância - Distribuído em


18/12/2009

Comarca de Cabo Frio 3ª Vara Cível


Cartório da 3ª Vara Cível

Endereço: Av Ministro Gama Filho s/n Fórum


Bairro: Braga
Cidade: Cabo Frio

Ação: Despesas Condominiais / Condomínio em Edifício

Assunto: Despesas Condominiais / Condomínio em Edifício

Classe: Procedimento Sumário

Autor SOCIEDADE CIVIL ORLA 500


Réu JANE BITTENCOURT DE BETTENCOURT e outro(s)...
Listar todos os personagens

Listar alterações / exclusões de personagens

Advogado(s): RJ112361 - RAFAEL LUIZ SARPA


RJ076284 - PAULO ROBERTO DE CARVALHO

Tipo do Movimento: Recebimento


Data de Recebimento: 01/04/2015

Tipo do Movimento: Sentença - Julgado improcedente o pedido


Data Sentença: 01/04/2015
Descrição: (...) Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido
formulado na inicial e condeno a autora ao pagamento
das custas processuais e honorários advocatícios que,
fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à
causa. T...

Ver íntegra do(a) Sentença


Visualizar Ato Assinado Digitalmente
Documentos Digitados:Despacho / Sentença / Decisão

Processo nº:
0020913-53.2009.8.19.0011

Tipo do Movimento:
Sentença

Descrição:
Sociedade Civil Orla 500, devidamente qualificada na inicial, propõe ação de
conhecimento pelo rito sumário em face de Jane Bettencourt de Bettencourt e
Andrea Bittencourt de Bettencourt Oliveira, com a pretensão de obter a
condenação das rés ao pagamento do montante que alega lhe ser devido a título
de cotas de rateio de despesas comuns, nos termos da inicial de fls. 02/16, que
veio instruída com os documentos de fls. 17/141. Na inicial, a autora alega, em
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síntese, que as rés são proprietárias do lote 39, da quadra 09, do Loteamento
Orla 500 e que, na qualidade de ´condomínio de fato´ instituído pelos
proprietários dos lotes situados no local, presta-lhes diversos serviços, tendo
para tanto adquirido vários equipamentos, além de manter 46 funcionários.
Ocorre que embora as rés tenham aderido tacitamente ao regime ´sócio-
condominial´ por meio da fruição contínua dos serviços instituídos, não vêm
pagando suas cotas de rateio das despesas comuns com regularidade,
perfazendo seu débito a quantia de R$ 26.199,45 até setembro de 2009. Pelo
que requer a condenação das rés ao pagamento da referida quantia, bem como
das cotas vincendas. Audiência de conciliação designada na forma do artigo 277,
do CPC, a fls. 175, em que compareceram as partes, sendo que as rés estavam
desacompanhadas de advogado, não tendo, portanto, oferecido contestação.
Decisão às fls. 182, decretando a revelia das rés, contra que foi interposto
agravo de instrumento pelas rés, ao qual foi dado provimento, conforme decisão
monocrática de fls. 282/283vº. As rés, regularmente citadas, responderam por
contestação a fls. 187/202, instruída com os documentos de fls. 203/236,
arguindo preliminarmente a carência acionária por falta de interesse de agir e
impossibilidade jurídica do pedido, bem como a ocorrência da prescrição. No
mérito, afirma que há cobrança excessiva, em razão de algumas prestações
terem sido alcançadas pela prescrição, argumentando que outrora requereu
expressamente o seu desligamento da associação autora, sendo atualmente
associadas da BENGALA, que lhe presta serviços satisfatoriamente. Aduz que a
autora não é um condomínio, alegando, quanto aos serviços prestados, que são
desnecessários ou ilegais, relatando, ainda, que aquela emite ordens a seus
funcionários para que somente prestem serviços a seus sócios, o que as exclui.
Por fim, sustenta que a cobrança pretendida é ilegal, sendo livre o direito de
associação. Pelo que requer a extinção do feito sem julgamento do mérito ou a
improcedência do pedido. Réplica às fls. 289/292. É o relatório. Decido. O
presente feito comporta o julgamento antecipado da lide, em consonância com o
disposto no artigo 330, inciso I, do CPC, diante da desnecessidade da produção
de outras provas para dirimir a controvérsia instaurada. Inicialmente, deve ser
rejeitada a preliminar de carência acionária por falta de interesse de agir, já que,
como condição da ação, assenta-se o interesse de agir na premissa de que não
convém ao Estado que se acione o aparelho judiciário, em exercício de jurisdição,
sem que dele se extraia resultado útil, que corresponde exatamente ao escopo
da função jurisdicional, ou seja, a manutenção da paz na sociedade, por meio da
aplicação do direito positivo, diante de um conflito de interesses. E, no presente
caso, a ação se mostra útil, necessária e adequada ao alcance da pretensão da
autora, a qual foi resistida pela parte ré. Do mesmo modo, deve ser repelida a
preliminar de impossibilidade jurídica do pedido, uma vez que o pedido de
cobrança de rateio de despesas encontra previsão em nosso ordenamento
jurídico. Neste sentido, Humberto Theodoro anota, com a precisão de sempre,
que hoje ´predomina na doutrina o entendimento de que o exame da
possibilidade jurídica do pedido deva ser feito sob o ângulo da adequação do
pedido ao direito material a que eventualmente correspondesse a pretensão do
autor´ (Digesto, vol. II, pág. 209). A prejudicial de mérito da prescrição também
deve ser rechaçada, visto que a cobrança das cotas sociais se equipara à
cobrança das cotas condominiais, sendo aplicável à espécie o prazo a que alude o
artigo 205 do Código Civil, de dez anos. Neste sentido: ´Ação de cobrança pelo
procedimento sumário. Cobrança de contribuição realizada por Associação de
Moradores para prover despesas comuns. Sentença de procedência do pedido.
Inconformismo do Autor. (...) A cobrança da contribuição associativa é
equiparada à cobrança das cotas condominiais. Prescrição decenal regulada pelo
art. 205 do Código Civil. Precedente TJERJ. RECURSO A QUE SE NEGA
SEGUIMENTO, na forma do Artigo 557, caput, do CPC.´ (TJERJ, Apelação nº
0032426-24.2009.8.19.0203, Vigésima Câmara Cível, Rel. Des. Conceição
Mousnier, Julgamento: 12/03/2012) No mérito, a autora pretende por intermédio
da presente ação cobrar das rés, na qualidade de sociedade civil, o débito
referente ao pagamento das ´cotas de rateio´ em atraso. As rés, por seu turno,
alegam que não estão obrigadas a realizar o pagamento do débito cobrado, uma
vez que, de acordo com o art. 5º, inciso XX da CF, é livre o direito de associação.
Assim, a controvérsia instaurada cinge-se à possibilidade de se compelir ou não o
proprietário de imóvel, não sócio, ao pagamento das cotas de rateio das
despesas comuns cobradas pela sociedade civil autora, a cujo pagamento se
recusa. Tal questão vem dividindo a doutrina e a jurisprudência entre aqueles
que, de um lado, defendem o direito de livre associação previsto em nossa
Constituição Federal e, de outro, aqueles que pretendem evitar o enriquecimento
ilícito dos não associados em detrimento dos proprietários pagantes que acabam
por arcar integralmente com o custo de serviços como conservação, limpeza,
vigilância, entre outros, que costumeiramente são prestados por tais associações
e dos quais todos se beneficiam. A jurisprudência do E. Tribunal de Justiça deste
Estado chegou a consolidar-se no sentido da possibilidade da cobrança, conforme

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se verifica do Verbete nº 79 da sua Súmula, in verbis: ´Em respeito ao princípio
que veda o enriquecimento sem causa, as associações de moradores podem
exigir dos não associados, em igualdade de condições com os associados, que
concorram para o custeio dos serviços por elas efetivamente prestados e que
sejam do interesse comum dos moradores da localidade.´ Todavia, tal
entendimento não prevalece em nossos Tribunais Superiores atualmente. De
fato, a jurisprudência da Segunda Seção do C. Superior Tribunal de Justiça
firmou-se no sentido de que é vedada às associações de moradores a cobrança
de encargos por serviços contra pessoas que delas não fazem parte, ainda que
proprietárias de imóvel em cuja área ocorreram os benefícios, não se cogitando,
então, de enriquecimento sem causa. Nesse sentido: ´AGRAVO REGIMENTAL.
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES. CONDOMÍNIO ATÍPICO. COBRANÇA DE NÃO-ASSOCIADO.
IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DO ENUNCIADO SUMULAR N.º 168/STJ. 1.
Consoante entendimento sedimentado no âmbito da Eg. Segunda Seção desta
Corte Superior, as taxas de manutenção instituídas por associação de moradores
não podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é associado, nem
aderiu ao ato que fixou o encargo (Precedentes: AgRg no Ag 1179073/RJ, Rel.
Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, DJe de 02/02/2010; AgRg no Ag
953621/RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Quarta Turma, DJe de
14/12/2009; AgRg no REsp 1061702/SP, Rel. Min. Aldir Passarinho, Quarta
Turma, DJe de 05/10/2009; AgRg no REsp 1034349/SP, Rel. Min. Massami
Uyeda, Terceira Turma, DJe 16/12/2008) 2. (...). 3. Agravo regimental a que se
nega provimento.´ [STJ, AgRg nos EREsp 961927/RJ, Segunda Seção, Rel. Min.
Vasco Della Giustina (Desembargador Convocado do TJ/RS), julgamento:
08/09/2010, publicação/fonte: DJe de 15/09/2010] Nossa Corte Suprema, ao
julgar o Recurso Extraordinário nº 432106, também oriundo deste Estado,
decidiu a questão em igual sentido, conforme se extrai da ementa do acórdão
então proferido, a seguir transcrita: ´ASSOCIAÇÃO DE MORADORES -
MENSALIDADE - AUSÊNCIA DE ADESÃO. Por não se confundir a associação de
moradores com o condomínio disciplinado pela Lei nº 4.591/64, descabe, a
pretexto de evitar vantagem sem causa, impor mensalidade a morador ou a
proprietário de imóvel que a ela não tenha aderido. Considerações sobre o
princípio da legalidade e da autonomia da manifestação de vontade - artigo 5º,
incisos II e XX, da Constituição Federal.´ (STF, RE 432106/RJ, Primeira Turma,
Rel. Min. MARCO AURÉLIO, julgamento: 20/09/2011, DJe-210, divulg. 03-11-
2011 public. 04-11-2011, ement. vol-02619-01 pp-00177) O Supremo Tribunal
Federal reconheceu, ainda, a existência de repercussão geral na questão
constitucional suscitada nos autos do AI 745831 RG/SP que versa sobre a
matéria, tendo sido esse feito substituído como paradigma para julgamento pelo
RE 695911, o qual se encontra pendente de julgamento. Diante desse quadro, a
conclusão que se impõe, à luz do ordenamento jurídico vigente e da
jurisprudência predominante, é a de que assiste razão às rés, as quais não estão
obrigadas a se associarem e nem a contribuírem para as despesas de uma
sociedade civil da qual não fazem parte. Aplica-se à hipótese o princípio
constitucional da Livre Associação. Com efeito, a Constituição Federal assegura
em seu artigo 5º, inciso II que ´ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei´, garantindo, ainda, no inciso XX do
mesmo artigo que ´ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer
associado´. Por conseguinte, as associações ou sociedades civis não possuem o
direito de exigir que o particular se associe aos seus quadros e/ou seja compelido
a pagar suas contribuições. Inexistindo lei que imponha a associação do
particular a uma entidade privada, é descabida a cobrança de contribuições
impostas por associação de moradores a proprietários não associados que não
aderiram ao ato que instituiu o encargo. Assim, no confronto entre os princípios
constitucionais da legalidade e da livre associação com o princípio de direito que
veda o enriquecimento sem causa, devem prevalecer os dois primeiros, já que
tratam de garantias constitucionais. Diante dos fundamentos acima, outra
solução não resta senão a improcedência do pedido formulado na inicial. Pelo
exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial e condeno a
autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que, fixo
em 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à causa. Transitada em julgado,
remetam-se os autos à Central de Arquivamento desta Comarca, nos termos do
disposto no artigo 229-A, §1º, inciso I, da Consolidação Normativa da
Corregedoria-Geral de Justiça (parte judicial), com a redação que lhe foi dada
pelo Provimento CGJ nº 20/2013, de 05/04/2013, para baixa e arquivamento.
P.I.

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RESULTADO DO RECURSO NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

0020913-53.2009.8.19.0011

Tipo do Movimento: Despacho

Descrição: Tendo em conta o


resultado do
recurso de agravo
interposto ´Ante o
exposto, dou
provimento ao
recurso, na forma
do art. 557, §1º-A
do CPC, para
anular a decisão
que decretou a
revelia da parte, e
permitir que esta
apresente a peça
contestatória´,
intime-se o autor
para se manifestar
sobre a
contestação e
documentos (fls.
187/236). Prazo:
05 (cinco) dias

Paulo Carvalho
      OAB/RJ 76.284
tel.:21 993303408
      21 22156413

04/11/15--12:05: DEFENDAM O 0 0
BRASIL : RUAS PUB,LICAS NAO
PODEM SER VENDIDAS Mais um tremendo absurdo com o
patrimônio público

É PRECISO QUE O POVO BRASILEIRO SAIBA QUE O


FECHAMENTO DE RUAS PUBLICAS É UMA DAS MAIORES
FONTES DE CORRUPÇÃO QUE ESTA DESTRUINDO A
DEMOCRACIA NO BRASIL
AS MAFIAS QUE DOMINAM OS ESPAÇOS URBANOS
ESTÃO ME PERSEGUINDO, JÁ TENTARAM ME MATAR,.
EM TERESOPOLIS, NO RIO DE JANEIRO E EM BRASILIA
MEUS DOCUMENTOS FORAM FURTADOS, E ESTOU SEM
ACESSO A INTERNET EM CASA DESTE 25 DE MARÇO DE
2015 , QUANDO MINHA CONTA FOI BLOQUEADA , E
DEPOIS CANCELADA PORQUE AS MILICIAS DOS
FALSOS CONDOMINIOS. VIOLARAM A MINHA REDE DE
ACESSO A INTERNET, DA NET E DA GVT, E CHEGOU AO
CUMULO DA QUADRILHA LIGAR PARA A GVT E MANDAR
CANCELAR O MEU CONTRATO,. APÓS TER
ADULTERADO, NAO SEI COMO, O MEU CADASTRO NA
GVT
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

ESTOU PRESA INCOMUNICAVEL, SEM TELEFONE FIXO,


SEM INTERNET, SEM TELEVISAO, E SEM SEM PODER
SAIR DE CASA PORQUE BANDIDO ENTRA , E FURTA
DOCUMENTOS PESOAIS, CIC, PEÇAS ´DE DEFESA
CONTRA O FALSO CONDOMINIO DA GLEBA 8D NA
GRANJA COMARY , E,M TERESOPOLIS
ESTES BANDIDOS , DESTRUIRAM A MINHA VIDA, A
MINHA FAMILIA, E QUEREM DESTRUIR TAMBEM O
NOSSO MOVIMENTO !
E TUDO ISTO COMEÇOU HÁ 20 ANOS ATRAS, QUIANDO
MELIANTES TOMARAM DE ASSALTO UMA RUA PUBLICA
,
PEÇO A TODOS A QUEM, TIVE A OPORTUNIDADE DE
AJUDAR, QUE ME AJUDEM
POR FAVOR , PORQUE , ATE MESMO OS MEUS
CELULARES ESTAO SENDO BLOQUEADOS POR ESTES
BANDIDOS
´PEÇO AO DR JOSE CARLOS DE FREITAS QUE
INTERCEDA ´POR MIM JUNTO AO DR MARÇO
FERNANDO ELIAS ROSA , PORQUE JA FIZ UM MONTE DE
BOLETINS DE OCORRENCIAS NA DELEGACIA DO RIO
,DO DF, E A POLICIA NADA FEZ
ESTOU EM UMA LAN HOUSE
PEÇO A TODOS CIDADÃOS QUE NOS AJU DEFENDER A
REPUBLICA DEMOCRATICA DO BRASIL CONTRA AS
QUADRILHAS DE BANDIDOS QUE QUEREM DESTRUIR A
NAÇÃO !
E PEÇO A TODOS QUE NAO SE CALEM
NAO TENHAM MEDO
QUE CONTINUEM LUTANDO CONTRA ESTAS MILICIAS
DOS FALSOS CONDOMINIOS
NAO SE DEIXEM INTIMIDAR NEM ENGANAR POR
BANDIDOS , CORRUPTOS E LADROES
DE TODOS OS CASOS QUE EJ JA DENUNCIEI , ESTE
MEU CASO , É , SEM DUVIDA , O PIOR . , PORQUE ATE
VENENO ESTES BANDIDOS COVARDES JA USARAM
CONTRA MIM
QUEREM ME CALAR A QUALQIUER CUSTO !
MAS EU TENHO FÉ EM DEUS, E NA NOSSA VITORIA,.
QUE É A VITORIA DA JUSTIÇA E DO DIREITO DE TODOS
OS CIDADÃOS
DIGAM NÃO À ESCRAVIDÃO E AO CRIME ORGANIZADO
!!!
ABAIXO O PL 109/2014 E TODOS OS PROJETOS DE LEI
ILEGAIS E INCONSTITUCIOPNAIS QUE QUEREM
VENDER RUAS PUBLICAS PARA QUADRILHEIROS E
BANDIDOS
NÓS TRABALHAMOS HONESTAMENTE A VIDA INTEIRA
PARA YER UMA CASA PROPRIA
QUERO RESPEITO AOS NOSSOS DIREITOS HUMANOS
TEMOS DIREITOS INALIENAVEIS À
SEGURANÇA PUBLICA, LIBERDADE, DIGNIDADE ,
PROPRIEDADE
EU EXIJO RESPEITO !!!
MARCIA SARAIVA DE ALMEIDA

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---------- Forwarded message ----------


From: rwy10 editora e multimídia
Date: 2015-04-11 12:34 GMT-03:00
Subject: Um absurdo!

http://juliocesarcamerini.blogspot.com.br/2015/04/mais-
um-tremendo-absurdo-com-o.html

Mais um tremendo absurdo com o patrimônio


público

E sabe o futuro disso?


Pessoas que perderão suas casas para administradoras de condomínios e Ass
Moradores.
Aliás, isto em Cotia já ocorre por baixo dos panos, uma verdadeira especulaçã
iludindo pessoas que acham estar comprando em verdadeiros condomínios, qu
não passam de bolsões residenciais, nascidos através de indecentes Decretos
favorecendo assim poucos em detrimento de muitos.

Depois falam em Mobilidade Urbana, e lideram grupos para este fim?

Cotia onde bairro não se comunica com bairro e usam uma rodovia como a Ra
como uma imensa avenida?

Engraçado que alguns políticos engajados em defender estas Associações não


por elas, mas por uma população maior, que agora se vê privada do constitucio
Vir, e usar parques, praças e avenidas, tomadas deles.

É a falência total do poder público, que deveria dar segurança ao invés de dele
grupos que funcionam artesanalmente muitas vezes sem consentimento da Po

Existem no meio destas Associações de Moradores sem fins lucrativos, alguma


passam da escória da sociedade, nada produzem, nada fazem, a não ser cobr
pelo serviço que deveria estar sendo prestado pela municipalidade, lucrar com
inadimplentes e provocar a especulação imobiliária.

E antes que falem alguma coisa lembro que nossa constituição garante plenam
Livre Expressão!

E é isso que aqui democraticamente faço, coloco a minha expressão livre,e rep
Associações de moradores sérias que realmente lutam pelo interesse de seus

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contrário de algumas, não exigem a compulsória associação de ninguém, obed


nossa constituição federal.

Que a Receita Federal investigue aquelas que se dizem sem fins lucrativos e q
milhões através de suas isenções, alimentando ainda algumas administradoras
ai o pote de ouro após o Arco-Iris.

E aqui a resposta do MPSP:

Segunda-Feira, 06 de abril de 2015


NOTA À IMPRENSA
MP-SP nega par cipação em projeto que prevê a venda de ruas sem saída e
Em maio de 2013, a Promotoria de Jus ça de Habitação e Urbanismo da Cap
Promotor de Jus ça José Carlos de Freitas, enviou representação ao Procura
Jus ça postulando o ingresso de ação direta de incons tucionalidade da Lei
Paulistana nº 15.002/09, que autorizou “o fechamento ao tráfego de veículo
moradores de vilas, ruas sem saída e ruas e travessas com caracterís cas de
de pequena circulação de veículos em áreas residenciais, ficando limitado o
veículos apenas a seus moradores e visitantes”.
A ação foi proposta e julgada procedente, tendo o Tribunal de Jus ça estabe
fechamentos de ruas nessas condições, anteriores à data de publicação do a
(15.08.14), deveriam permanecer como estão.
Em novembro de 2014, a Promotoria recomendou ao Sr. Prefeito de São Pau
fechamentos anteriores a essa decisão deveriam respeitar a obrigação legal
passeios livres de quaisquer obstáculos e que, para tanto, determinasse às s
imediata in mação dos moradores beneficiados pela decisão para que, em c
promovessem a re rada dos obstáculos construídos, colocados ou instalado
passeios públicos, sob pena de remoção pelo Município (art. 4º c.c. art. 8º, L
Diante da repercussão dos fatos, o Promotor de Jus ça José Carlos de Freita
gabinete o Vereador José Police Neto e, reafirmando a postura do Ministério
ruas são bens públicos que não podem ser fechados ao acesso de qualquer
admi u que, em tese, a questão poderia ser resolvida com a venda das ruas
respec vos moradores (e somente das ruas sem saída), caso em que, passan
patrimônio privado, haveria somente nessa hipótese a possibilidade de fech
tratar de via que passaria a integrar o patrimônio privado dos moradores (nã
bem de uso comum do povo). Tudo mediante procedimentos legais prévios
autorização legisla va e avaliação dos bens).
Portanto, nem o Promotor de Jus ça José Carlos de Freitas nem o Ministério
desenvolvem qualquer projeto de priva zação de ruas em São Paulo, salient
fato, os moradores beneficiados com essa decisão judicial já priva zam as ru
efetuarem qualquer pagamento como contrapar da pela apropriação do es
José Carlos de Freitas, Promotor de Jus ça de Habitação e Urbanismo.
Núcleo de Comunicação SocialAP

04/18/15--14:45: TJ SP DEFERE 0 0
LIMINAR NA ADIN CONTRA PLANO
DIRETOR DE VINHEDO

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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

... defiro a liminar pleiteada, para suspender a


eficácia da Lei Complementar nº 98, de 12 de
maio de 2011, bem como dos artigos 131 a 139
da Lei Complementar nº 66, de 17 de janeiro de
2007, do Município de Vinhedo, até o final
julgamento da presente ação.

PARABÉNS EXMO DESEMBARGADOR ROBERTO


MORTARI !

PARABÉNS AO DR. MARCIO FERNANDO ELIAS ROSA


PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ,

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2058521-
79.2015.8.26.0000
Requerente : Procurador Geral de Justiça
Requeridos : Presidente da Câmara Municipal de
Vinhedo e
Prefeito do Município de Vinhedo
Vistos.-
Trata-se de Ação Direta de Inconstitucionalidade
proposta
pelo d. Procurador Geral de Justiça, tendo por objeto a
Lei Complementar
nº 98, de 12 de maio de 2011, e, por arrastamento, dos
artigos 131 a 139 da
Lei Complementar nº 66, de 17 de janeiro de 2007, do
Município de
Vinhedo.
Sustenta-se, em síntese, que as referidas Leis
Complementares
Municipais, ao disciplinarem a regularização dos
loteamentos fechados na
cidade de Vinhedo, acabaram por afrontar os artigos
111, 117, 144. 180, I,
II e VII, da Constituição do Estado de São Paulo.
Pois bem.
Consoante decidido por este Colendo Órgão Especial em
r.precedente:

“(...) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.


Lei do Município de Pindamonhangaba que 'dispõe sobre
o fechamento
e o controle de acesso a loteamentos residenciais e
comerciais e
fechamento de ruas. Ausência de participação popular.
Alegada afronta
ao artigo 180, II, da Carta Bandeirante. Ocorrência.
Planejamento
urbanístico que é democrático, não prescindindo da
participação
popular, na medida em que, ainda que a finalidade da
norma seja a
segurança dos munícipes, não se pode apartar da
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

necessidade de debate
sobre as medidas introduzidas com a norma atacada,
sob pena de se
atender a interesses particulares. Vício insanável. Ação
procedente, com
declaração de inconstitucionalidade ex nunc (...)” (ADI
nº 2133801-
90.2014.8.26.0000).
Por conta disso, considerando-se que, consoante
anotado na
petição inicial da presente ação, “(...) da análise dos
Projetos de Lei
Complementar nº 9/2006 e nº 6/2011, que deram
ensejo às Leis
Complementares n. 98/2011 e n. 66/2007, de Vinhedo,
se constata não ter
havido participação popular em seu trâmite. Há apenas
a informação do
Prefeito (fl. 166) afirmando que houve discussão e
participação de
diversos setores da comunidade, sem todavia ter
apresentado documentos
que o comprovem (...)”, inequívoca a presença do
fumus boni juris.
De outra sorte, não há como deixar de reconhecer,
também, a
existência do periculum in mora, porquanto evidente o
prejuízo que o
fechamento de ruas ou loteamentos, realizado com base
em legislação
incompatível com a vigente ordem constitucional,
poderá gerar à
população local.

Presentes tais requisitos, defiro a liminar


pleiteada, para
suspender a eficácia da Lei Complementar nº 98,
de 12 de maio de 2011,
bem como dos artigos 131 a 139 da Lei
Complementar nº 66, de 17 de
janeiro de 2007, do Município de Vinhedo, até o
final julgamento da
presente ação.
Processe-se, comunicando-se a concessão da medida
liminar.
De resto, deverão ser solicitadas informações, com
prazo de trinta dias para
resposta, tanto ao Presidente da Câmara Municipal de
Vinhedo, como ao
Prefeito do referido Município. Cite-se, também, a douta
Procuradoria
Geral do Estado, para a defesa dos atos atacados, com
prazo de quinze
dias. Após, abra-se vista à douta Procuradoria Geral de
Justiça, para ciência
e final manifestação. Oportunamente, tornem conclusos.
Intime-se e cumpra-se.
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

São Paulo, 1º de abril de 2014.


ROBERTO MORTARI
Relator
Se impresso, para conferência acesse o site
https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo
2058521-79.2015.8.26.0000 e o código 1399692.
Este documento foi assinado digitalmente por ROBERTO
MARIO MORTARI

04/20/15--08:12: STJ - MAIS UMA 0 0


VITORIA DOS MORADORES SOBRE
FALSO CONDOMINIO AMIGOS DE ITAMAMBUCA

ASSOCIAÇÃO DE MORADORES NÃO É CONDOMINIO


NÃO PODE OBRIGAR NINGUEM A SE ASSOCIAR NEM A
PAGAR TAXAS

PARABÉNS MINISTRO MARCO BUZZI POR FAZER VALER


A JUSTIÇA E O DIREITO !

PARABÉNS DR. ROBERTO MAFULDE, DRA VERA


TAVARES DA DEFESA POPULAR !
PARABÉNS BRUNO BROGGI !
13/04/2015(11:59hs)Juntada de Certidão : Certifico
que, recebidos os presentes autos nesta unidade,
procedeu-se à alteração da autuação para fazer constar
Roberto Mafulde, OAB SP54892, como advogado do
agravado Bruno Broggi. (581)
10/04/2015(05:23hs)Publicado DESPACHO / DECISÃO
em 10/04/2015 (92)

Decisão Monocrática CLIQUE AQUI PARA LER A


INTEGRA

AREsp 525705(2014/0123879-8 - 10/04/2015)

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Decisão Monocrática- Ministro MARCO BUZZI

09/04/2015(19:02hs)Disponibilizado no DJ Eletrônico -
DESPACHO / DECISÃO (1061)

09/04/2015(07:58hs)Conhecido o recurso de
ASSOCIACAO AMIGOS DE ITAMAMBUCA e não-provido
(Publicação prevista para 10/04/2015) (239)

04/21/15--11:27: Litigância de 0 0
má-fé processual do advogado no
exercício da sua profissão

STF - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES NÃO PODE IMPOR


COBRANÇAS - RE 432106/RJ , v. u. j. 20.09.2011

PARA CONHECIMENTO E
REFLEXÃO
Litigância de má-fé
processual do advogado
no exercício da sua
profissão

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"o papel do advogado,


mesmo com as tensões
estruturais modernas da
profissão, deve zelar
pelos valores de justiça
que acreditam para
sustentar os
fundamentos do seu
papel social e não para
desenvolver ações que
contribuem para
injustiça e a má-fé"
Publicado por Taysa Matos - 1 dia atrás

Estrenado com Lianne Macedo Soares

FONTE : JUSBRASIL

Não há como imaginar o homem vivendo e se


desenvolvendo senão em sociedade. Os indivíduos se
relacionam politicamente e, sendo assim, uma
delineação dos limites para que haja ordem na
sociedade faz-se necessária, eis que as pretensões,
opiniões e interesses são concorrentes. Por isso, há a
necessidade de se regulamentar as condutas e relações
humanas em sociedade, já que os conflitos advindos de
pretensões diversas carecem de resoluções.
É dessa regulamentação que surge então a necessidade
do Estado Democrático de Direito chamar para si a
responsabilidade na condução das resoluções de
conflitos, detento, desta forma, o monopólio da
Jurisdição, cujo acesso é uma garantia constitucional, ex
vi do artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal, qual
seja, “a Lei não excluirá da Apreciação do Poder
Judiciário, lesão ou ameaça a direito”.
Entretanto, ao buscar o Sistema Judiciário, as pessoas
tornam-se subordinadas a ele e devem se sujeitar a
seus regulamentos e requisitos estabelecido,
desaparecendo, assim, a possibilidade da autotutela ou
autocomposição. Dessa forma, revela-se o direito, fruto
da atividade política humana, que estabelece o
comportamento individual em respeito aos demais
cidadãos, que vai se modificando a partir da
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

transformação histórica social das sociedades.


Essa regulamentação, através de aparelhos
burocráticos, tais como as normas, determinam o
comportamento humano a fim de obter uma mínima
ordem social estabelecida pelo Estado, responsável pela
condução da prestação Jurisdicional, devendo este
garantir aos litigantes uma prestação capaz de suprir
pretensões, de forma justa e igualitária, sem privilégio a
qualquer das partes, que proporcione a efetivação das
normas.
A Constituição Federal de 88 em seu artigo 133 afirma
que “O advogado é indispensável à administração da
Justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações
no exercício da profissão, nos limites da lei”. Somado a
isso, o direito se apresenta como fruto de uma
necessidade de ordem social, devendo os conflitos
oriundos dessas relações serem levado à apreciação do
Estado (que só age quando provocado) para que seja
garantido ao cidadão o direito líquido e certo ao acesso
à justiça, procurando fazer com que este tenha uma
prestação judicial eficaz, célere e pacificadora.
Bem, se o advogado é indispensável para a
administração da justiça e o direito é fruto da
necessidade humana para a construção de uma
sociedade mais justa, não cabe ao Estado pressupor a
má-fé, a conduta antiética e principalmente, a intenção
proposital de prejudicar outrem através da utilização de
seus instrumentos, já que estes buscam alcançar a
pacificação das relações humanas e não a sua
descaracterização.
Ademais, além da imperatividade das leis e do domínio
estatal, também os costumes e formas de
comportamento são utilizados pela sociedade para a
aplicabilidade de princípios e ordem moral que
possibilite a censura e sanções as condutas contrárias a
eles. Outrossim, ressalta-se ainda, que o custo
econômico oriundo dessa movimentação jurisdicional é
muito alto, não podendo ser pressuposto que se
utilizem, de má-fé, da prestação jurisdicional não
considerando esses custos nos processos e
procedimentos cotidianos.
Ressalta-se, ainda, o mérito do Código de Processo Civil,
que visa também à conduta ética em relação às partes
processuais e principalmente a punição das pessoas que
agem de má-fé, não respeitando a verdadeira finalidade
jurisdicional para evitar a disseminação de conflitos.
Deve-se observar também que um dos motivos que
levou a reformulação do Código de Processo Civil foi a
morosidade do sistema judiciário na prestação de seus
serviços.
Ao recorrer à tutela estatal, o litigante depara-se com
uma atividade onerosa e um lapso temporal dilatado.
Um grande número de lides se deve à qualidade das
pessoas que se utilizam do direito de ação ou de defesa,
apenas para prejudicar e lesar a parte contrária. O
colapso jurisdicional que assola o país não é motivado
em decorrência de seus métodos, mas sim, devido à
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

grande quantidade de ações que buscam,


impropriamente, a utilização indevida dos serviços
judiciais para se vingar ou danosamente prejudicar a
outra parte, descaracterizando por completo o real
objetivo do poder jurisdicional.
A reforma do Judiciário, apontada com a solução para o
caos que se estabeleceu pouco pode fazer caso não haja
mudança de conduta dos cidadãos e seus
representantes legais. Má-fé, desrespeito e
desonestidade são comportamentos que atrapalham,
substancialmente, a eficácia da atividade da Tutela
Jurisdicional. Pode-se dizer que a efetiva condenação
em litigância de má-fé reduziria, notoriamente, o
número abundante de processos que chegam ao Poder
Judiciário. Por isso, as práticas maliciosas que obstam o
devido processo legal e seu regular trâmite devem ser
veementemente reprovadas, uma vez que contribuem
para o excesso de litígios desnecessários tutelados pelo
Estado e a impossibilidade a garantia do acesso à
justiça, direito fundamental de todos.
A conduta dos advogados que, no exercício de suas
atribuições, comportam-se de maneira a ferir a
Constituição, o Código de Processo Civil, o Estatuto da
Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil e,
também, o Código de Ética e Disciplina da OAB, agindo
de má-fé e sem a devida observância aos princípios
éticos, como também o papel do juiz diante de tal
situação, devem ser observadas e punidas, ressaltando-
se, sempre, a importância da condenação em litigância
de má-fé e suas consequências.
Faz-se necessário, então, diante do colapso do sistema
Judiciário, uma reflexão acerca da imoralidade, da má-fé
e de outras atitudes desleais que devem ser coibidas,
principalmente em uma atividade que visa a justiça e o
bem de todos, pois admiti-las ou tolerá-las é contribuir
para a utilização da jurisdição para fins meramente
ofensivos e, consequentemente, para a morosidade do
Judiciário.
O artigo 2º do Código de Ética e Disciplina da OAB prevê
que o advogado, na prestação de seus serviços, tem o
dever de defender o Estado Democrático de Direito, a
cidadania, a moralidade pública, a justiça e a paz social,
caracterizando, assim, a relevância do interesse público
ante o privado. Nesse sentido, podemos dizer que este,
no exercício de suas atividades, desenvolve uma função
social intrínseca – quando busca e concretiza a aplicação
do direito e não só da lei, quando possibilita a prestação
jurisdicional e quando, através dos seus conhecimentos
especializados, contribui para a construção de uma
sociedade mais justa – devendo assim ter ciência e
consciência que no exercício da advocacia ele
representa não só o interesse do seu cliente mas de
toda uma coletividade, não podendo, portanto, sacrificar
esse interesse maior e seu prestígio profissional em
detrimento da má-fé processual.
Em verdade, os conceitos de boa-fé, veracidade e
valores éticos estão sendo cada vez mais desrespeitados
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

na sociedade contemporânea. Apesar disso, não é


possível se admitir e compactuar com condutas dolosas
e irresponsáveis que afetem a função jurisdicional e
advocacia, uma vez que a lealdade, a boa-fé e a
veracidade são comportamentos éticos inerentes às
condutas dos advogados. Por tanto, ainda que de forma
genérica, é preciso que fique claro que a litigância de
má-fé, em todas as hipóteses legalmente previstas no
Código de Processo Civil, o advogado propicia ou
viabiliza a má-fé da parte, cabendo a este,
primordialmente, ser responsabilizado por eventual
litigância.
Portanto, podemos concluir que o papel do advogado,
mesmo com as tensões estruturais modernas da
profissão, deve zelar pelos valores de justiça que
acreditam para sustentar os fundamentos do seu papel
social e não para desenvolver ações que contribuem
para injustiça e a má-fé, pois, na melhor das hipóteses,
essas condutas desleais propiciarão somente violações
de valores e perda de reconhecimento profissional.
Enfim, resta ao advogado optar entre a advocacia com
satisfação ética que o propicie o bem social para o qual
colaboram as condutas corretas ou por uma advocacia
de concorrência agressiva, mercadológica baseada no
princípio dos fins como justificação para os meios
associado a expectativas por facilidades e “justiça”
privatizada.

LINKS :
http://taysamatos.jusbrasil.com.br/artigos/182415537/li
de-ma-fe-processual-do-advogado-no-exercicio-da-sua-
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Lianne Macedo Soares é Graduada em Direito pela


Universidade Estadual de Santa Cruz. Especialista em
Direito Processual Civil pela Escola preparatória para
carreira jurídica JUS PODIVM. Diretora Geral do Sêneca
Cursos e Concursos – Preparatório para carreira pública.
Professora para Concursos públicos. Foi professora de
ensino superior da FAINOR – Faculdade Independente
do Nordeste. Em Vitória da Conquista também é
advogada militante, atuando no campo do Direito
Trabalho/ Civil / Penal/ Consumidor. Foi professora –
Tutora no curso de aperfeiçoamento aos magistrados do
Tribunal do Justiça da Bahia.
Taysa Matos Seixas é Mestre pela UFPB; Especialista em
Metodologia e Gestão do Ensino Superior; Graduada em
Direito; Profa. De Direitos Humanos e Cidadania e foi
Vice-Coordenadora do Curso de Direito da FAINOR;
Membro do Conselho de Segurança de Vitória da
Conquista – CONSEG; Coordenadora do Sêneca Cursos
e Concursos. Autora do capítulo do livro Perspectivas
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

Interdisciplinares Sobre Educação e Tecnologia. Ed.


Universitária/UFPB; Organizadora do livro Direitos
Humanos Fundamentais: Estudo sobre o Art.
5ºConstituição

04/21/15--11:50: STJ : FALSO 0 0


CONDOMINIO BOSQUE DOS
ESQUILOS "C"NÃO PODE COBRAR

LIBERTA QUAE SERA TAMEN

LIBERDADE
PARABÉNS Min. RAUL ARAÚJO - relator

PARABÉNS Srs. Ministros Paulo de Tarso


Sanseverino, Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos
Ferreira, Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi,
Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro e João
Otávio de Noronha , que votaram com o Sr.
Ministro Relator.

AgRg nos EREsp 1479017 / RJ

AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE


DIVERGENCIA EM RECURSO ESPECIAL
2014/0318097-1

Relator(a)

Ministro RAUL ARAÚJO (1143)

Órgão Julgador

S2 - SEGUNDA SEÇÃO

Data do Julgamento

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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS
25/02/2015

Data da Publicação/Fonte

DJe 23/03/2015

Ementa

AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. ASSOCIAÇÃ


COBRANÇA DE TAXA DE MANUTENÇÃO. PROPRIETÁRIO NÃO ASSO
IMPOSSIBILIDADE. ACÓRDÃO EMBARGADO EM CONSONÂNCIA COM
DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IN
SÚMULA 168/STJ.
1. A eg. Segunda Seção desta Corte pacificou o entend
as taxas de manutenção criadas por associação de mora
ser impostas a proprietário de imóvel que não é assoc
ao ato que instituiu o encargo.
2. Nos moldes da Súmula 168/STJ, "não cabem embargos
quando a jurisprudência do Tribunal se firmou no mesm
acórdão embargado".
3. Agravo regimental a que se nega provimento.

Acórdão

Vistos e relatados estes autos, em que são partes as


indicadas, decide a Segunda Seção, por unanimidade, n
ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Minis
Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Maria Isab
Antonio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Bôas Cueva, M
Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro e João Otávio d
votaram com o Sr. Ministro Relator.

Referência Legislativa

LEG:FED SUM:******
***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
SUM:000168

Veja

STJ - EREsp 444931-SP, AgRg no Ag 1344898-RJ,


EDcl no REsp 980523-SP,
AgRg nos EDcl nos EDcl no REsp 1358558-MG,
AgRg nos EDcl no Ag 1194579-RJ

INTEIRO TEOR :

AgRg nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.479.017 - RJ


(2014⁄0318097-1)

RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO

AGRAVANTE : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES DO BOSQUE


DOS ESQUILOS GLEBA C

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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO E OUTRO(S)

AGRAVADO : ANTONIO COELHO TRAVESSA

ADVOGADO : VANESSA QUEIROS DE AMORIM FARIA E OUTRO(S)

EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES.
COBRANÇA DE TAXA DE MANUTENÇÃO. PROPRIETÁRIO NÃO ASSOCIADO.
IMPOSSIBILIDADE. ACÓRDÃO EMBARGADO EM CONSONÂNCIA COM A ORIENTAÇÃO DA
JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
168⁄STJ.
1. A eg. Segunda Seção desta Corte pacificou o entendimento de que as taxas de
manutenção criadas por associação de moradores não podem ser impostas a proprietário
de imóvel que não é associado nem aderiu ao ato que instituiu o encargo.
2. Nos moldes da Súmula 168⁄STJ, "não cabem embargos de divergência, quando a
jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado".
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a Segunda
Seção, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Maria Isabel Gallotti,
Antonio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi, Marco Aurélio Bellizze,
Moura Ribeiro e João Otávio de Noronha votaram com o Sr. Ministro Relator.
Brasília, 25 de fevereiro de 2015(Data do Julgamento)
MINISTRO RAUL ARAÚJO
Relator
AgRg nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.479.017 - RJ
(2014⁄0318097-1)

RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO

AGRAVANTE : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES DO BOSQUE


DOS ESQUILOS GLEBA C

ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO E OUTRO(S)

AGRAVADO : ANTONIO COELHO TRAVESSA

ADVOGADO : VANESSA QUEIROS DE AMORIM FARIA E OUTRO(S)

RELATÓRIO
MINISTRO RAUL ARAÚJO (Relator):
Trata-se de agravo regimental interposto pela ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E
MORADORES DO BOSQUE DOS ESQUILOS GLEBA C contra decisão que indeferiu
liminarmente os embargos de divergência, porquanto o posicionamento externado pelo
acórdão embargado encontra-se em consonância com a atual jurisprudência desta Corte,
no sentido de que "as taxas de manutenção criadas por associação de moradores, não
podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é associado, nem aderiu ao ato que
instituiu o encargo"(EREsp 444.931⁄SP, Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES, Rel. p⁄
acórdão Min. HUMBERTO GOMES DE BARROS, DJU de 1º.2.2006), circunstância que faz
incidir na espécie o óbice da Súmula 168⁄STJ, segundo a qual "não cabem Embargos de
Divergência, quando a jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão
embargado".
Nas razões do presente agravo regimental, a parte agravante repisa os argumentos
deduzidos nos embargos de divergência, no sentido da existência de divergência entre as
Terceira e Quarta Turmas desta Corte acerca da matéria objeto do recurso especial,
ressaltando que a questão ainda não se encontra pacificada no âmbito do Superior
Tribunal de Justiça.
Nesse sentido, pugna o provimento do regimental, com a consequente admissão dos
embargos de divergência.
É o relatório.

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AgRg nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.479.017 - RJ


(2014⁄0318097-1)

RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO

AGRAVANTE : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES DO BOSQUE


DOS ESQUILOS GLEBA C

ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO E OUTRO(S)

AGRAVADO : ANTONIO COELHO TRAVESSA

ADVOGADO : VANESSA QUEIROS DE AMORIM FARIA E OUTRO(S)

VOTO
MINISTRO RAUL ARAÚJO (Relator):
A irresignação não merece prosperar, porque, conforme defende a decisão agravada, o
posicionamento externado pelo acórdão embargado encontra-se em consonância com a
atual jurisprudência desta Corte.
Com efeito, consoante entendimento pacificado no âmbito da eg. Segunda Seção, "as
taxas de manutenção criadas por associação de moradores, não podem ser impostas a
proprietário de imóvel que não é associado, nem aderiu ao ato que instituiu o encargo"
(EREsp 444.931⁄SP, Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES, Rel. p⁄ acórdão Min.
HUMBERTO GOMES DE BARROS, DJU de 1º.2.2006).
Confiram-se, a propósito, recentes julgados de ambas as Turmas que compõem a eg.
Segunda Seção:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
COBRANÇA. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. COTAS CONDOMINIAIS OU QUALQUER
OUTRA CONTRIBUIÇÃO. COBRANÇA COMPULSÓRIA. INVIABILIDADE.
1. É inviável impor a cobrança de taxas condominiais de manutenção ou de qualquer outra
espécie a proprietários de imóveis que não sejam associados e não tenham aderido ao ato
que fixou o encargo.
2. Agravo regimental desprovido.
(AgRg no Ag 1.344.898⁄RJ, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA
TURMA, DJe de 19⁄8⁄2013)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES. COBRANÇA DE TAXA DE MANUTENÇÃO. PROPRIETÁRIO NÃO ASSOCIADO.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental em face do nítido caráter
infringente das razões recursais. Aplicação dos princípios da fungibilidade recursal e da
economia processual.
2. A eg. Segunda Seção desta Corte pacificou o entendimento de que as taxas de
manutenção criadas por associação de moradores não podem ser impostas a proprietário
de imóvel que não é associado nem aderiu ao ato que instituiu o encargo.
3. O eg. Tribunal de origem, à luz do contexto fático-probatório dos autos, concluiu que o
proprietário do lote não é associado à associação de moradores. Nesse contexto, para se
chegar a conclusão diversa seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos
autos, providência incompatível nesta instância. Incidência da Súmula 7⁄STJ.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
(EDcl no REsp 980.523⁄SP, Rel. MinistroRAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
21⁄5⁄2013, DJe de 24⁄6⁄2013)
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COBRANÇA DE TAXAS DE
ASSOCIAÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DE MORADOR QUE NÃO É ASSOCIADO.
COBRANÇA INDEVIDA. PRECEDENTES . MULTA. ARTIGO 538, PARÁGRAFO ÚNICO, DO
CPC. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. IMPROVIMENTO.
1.- Não tendo a parte apresentado argumentos novos capazes de alterar o julgamento
anterior, deve-se manter a decisão recorrida.
2.- As taxas de manutenção criadas por associação de moradores, não podem ser
impostas a proprietário de imóvel que não é associado, nem aderiu ao ato que instituiu o

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encargo.
3.- Subsiste a multa, aplicada aos Embargos de Declaração tidos por protelatórios,
porquanto o decisum embargado não padecia, de fato, de nenhum dos vícios elencados no
art. 535 do CPC, como restou bem demonstrado. Em verdade, o sistemático cancelamento
da multa em casos como o presente frustra o elevado propósito de desincentivar a
recorribilidade inviável, seja no Tribunal de origem, seja neste Tribunal.
4.- Agravo Regimental improvido.
(AgRg nos EDcl nos EDcl no REsp 1.358.558⁄MG, Rel. Ministro SIDNEI BENETI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 14⁄5⁄2013, DJe de 7⁄6⁄2013)
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES.
COBRANÇA DE TAXA DE MANUTENÇÃO. PROPRIETÁRIO NÃO ASSOCIADO.
IMPOSSIBILIDADE. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NOTÓRIO. INTUITO PROTELATÓRIO
NÃO EVIDENCIADO. RECURSO PROVIDO.
1. As taxas de manutenção criadas por associações de moradores não obrigam os
proprietários não associados ou que a elas não anuíram.
Precedentes do STJ.
2. Agravo regimental provido para excluir a multa fixada.
(AgRg nos EDcl no Ag 1.194.579⁄RJ, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA
TURMA, DJe de 3⁄5⁄2012)
Assim, não está configurada a alegada divergência jurisprudencial, sendo impositiva a
aplicação da Súmula 168 do STJ, segundo a qual "não cabem Embargos de Divergência,
quando a jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado".
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA SEÇÃO
AgRg nos

Número Registro: 2014⁄0318097-1 EREsp 1.479.017 ⁄


PROCESSO ELETRÔNICO RJ

Números Origem: 201402229721 201425162600 2733012 2733020128190203


300104242300120

EM MESA JULGADO:
25⁄02⁄2015

Relator
Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. PEDRO HENRIQUE TÁVORA NIESS
Secretária
Bela. ANA ELISA DE ALMEIDA KIRJNER
AUTUAÇÃO

EMBARGANTE : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES DO BOSQUE


DOS ESQUILOS GLEBA C

ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO E OUTRO(S)

EMBARGADO : ANTONIO COELHO TRAVESSA

ADVOGADO : VANESSA QUEIROS DE AMORIM FARIA E OUTRO(S)

ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Coisas - Propriedade - Condomínio em Edifício - Despesas


Condominiais
AGRAVO REGIMENTAL

AGRAVANTE : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES DO BOSQUE


DOS ESQUILOS GLEBA C

ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO E OUTRO(S)

AGRAVADO : ANTONIO COELHO TRAVESSA

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ADVOGADO : VANESSA QUEIROS DE AMORIM FARIA E OUTRO(S)

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Seção, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos
Ferreira, Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi, Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro e
João Otávio de Noronha votaram com o Sr. Ministro Relator.

Documento: 1385592 Inteiro Teor do Acórdão

04/21/15--12:11: STJ : FALSOS 0 0


CONDOMINIOS NÃO TEM
AUTORIDADE PARA IMPOR COBRANÇAS COERCITIVAS DE
TAXAS AOS MORADORES

DIREITOS IGUAIS PARA TODAS AS VITIMAS DOS


FALSOS CONDOMÍNIOS

ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO POMAR


DO RIO GRANDE NÃO É CONDOMÍNIO,
NÃO PODE IMPOR TAXAS AOS MORADORES

AgRg nos EDcl no Ag 715800 / RJ


AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
2005/0175257-0

Relator(a)

Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA (1123)

Órgão Julgador

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T3 - TERCEIRA TURMA

Data do Julgamento

25/11/2014

Data da Publicação/Fonte

DJe 12/12/2014

Ementa

AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. COBRANÇ


QUOTA-PARTE DE PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL SITUADO EM LOTE
CONSTITUÍDO POR ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. ILEGALIDADE
SERVIÇOS AOS PROPRIETÁRIOS. ADESÃO VOLUNTÁRIA. NÃO CO
CONDOMÍNIO.
1. Associações de moradores não têm autoridade para c
forma impositiva, taxa de manutenção por elas criada
contribuição a quem não é associado, visto que tais e
equiparam a condomínio para efeitos de aplicação da L
4.591/64.
2. Agravo regimental desprovido.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as


acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior
Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs.
Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Ricardo Villas Bôas Cueva
(Presidente), Marco Aurélio Bellizze e Moura Ribeiro votaram com o
Sr. Ministro Relator.

Veja

(ASSOCIAÇÃO DE MORADORES - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - COBRANÇA DE


ENCARGO A NÃO ASSOCIADO - IMPOSSIBILIDADE - NÃO OBRIGATORIEDADE D
ASSOCIAR-SE)
STJ - AgRg no REsp 1190901-SP, EREsp 444931-SP
AgRg no REsp 1125837-SP, AgRg no Ag 1339489-SP
AgRg no REsp 1106441-SP, AgRg nos EREsp 623274-RJ
AgRg nos EREsp 961927-RJ, EDcl no Ag 1288412-RJ
AgRg no Ag 1179073-RJ, AgRg no REsp 613474-RJ

integra do acordão :

AgRg nos EDcl no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 715.800 - RJ (2005⁄0175257-0)

RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA

AGRAVANTE : ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO POMAR DO RIO GRANDE

ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO

AGRAVADO : SERGIO PACHECO ALVES DE CARVALHO

ADVOGADO : LUIZ MANOEL NASI SANDES

EMENTA

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AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


COBRANÇA DE QUOTA-PARTE DE PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL
SITUADO EM LOTEAMENTO CONSTITUÍDO POR ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES. ILEGALIDADE. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AOS
PROPRIETÁRIOS. ADESÃO VOLUNTÁRIA. NÃO CONFIGURAÇÃO DE
CONDOMÍNIO.
1. Associações de moradores não têm autoridade para cobrar, de
forma impositiva, taxa de manutenção por elas criada ou qualquer
contribuição a quem não é associado, visto que tais entes não se
equiparam a condomínio para efeitos de aplicação da Lei n. 4.591⁄64.
2. Agravo regimental desprovido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima


indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior
Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs.
Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Ricardo Villas Bôas Cueva
(Presidente), Marco Aurélio Bellizze e Moura Ribeiro votaram com o
Sr. Ministro Relator.

Brasília (DF), 25 de novembro de 2014(Data do Julgamento)

MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA


Relator

AgRg nos EDcl no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 715.800 - RJ (2005⁄0175257-0)

RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA

AGRAVANTE : ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO POMAR DO RIO GRANDE

ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO

AGRAVADO : SERGIO PACHECO ALVES DE CARVALHO

ADVOGADO : LUIZ MANOEL NASI SANDES

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA:

Trata-se de agravo regimental interposto por ASSOCIAÇÃO DOS


MORADORES DO POMAR DO RIO GRANDE contra decisão assim
ementada:

"EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ERRO MATERIAL. ART. 463, I, DO


CPC.

1. Os embargos de declaração são cabíveis quando o provimento


jurisdicional padece de omissão, contradição ou obscuridade, bem
como quando há erro material a ser sanado.
2. Conforme preceitua o art. 463, I, do CPC, eventual erro material é
passível de correção a qualquer tempo.
3. Embargos de declaração acolhidos sem efeitos modificativos."

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Alega a agravante que todos os acórdãos a que se referiu o relator ao


proferir seu voto no agravo de instrumento dizem respeito a casos
semelhantes ao presente nos quais se permitiu a cobrança aos
inadimplentes da cota mensal pelo princípio que veda o
enriquecimento ilícito. Argumenta que não é justo que o associado se
beneficie dos serviços prestados pela associação e alegue a não
obrigatoriedade de manter-se associado sem pagar a cota devida,
enriquecendo-se ilicitamente, em detrimento dos demais associados
que pagam sua cota-parte.
Aduz que a decisão agravada, que corrigiu o erro material, mas
mantendo o "nego provimento ao agravo" não deve prosperar, já que
a matéria foi amplamente discutida no voto do relator,
fundamentando-a com precedentes em que foram analisadas
situações idênticas, não diversas, como salientado no decisum ora
impugnado.
Requer que a decisão agravada seja reformada.
É o relatório.
AgRg nos EDcl no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 715.800 - RJ
(2005⁄0175257-0)

EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
COBRANÇA DE QUOTA-PARTE DE PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL
SITUADO EM LOTEAMENTO CONSTITUÍDO POR ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES. ILEGALIDADE. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AOS
PROPRIETÁRIOS. ADESÃO VOLUNTÁRIA. NÃO CONFIGURAÇÃO DE
CONDOMÍNIO.
1. Associações de moradores não têm autoridade para cobrar, de
forma impositiva, taxa de manutenção por elas criada ou qualquer
contribuição a quem não é associado, visto que tais entes não se
equiparam a condomínio para efeitos de aplicação da Lei n. 4.591⁄64.
2. Agravo regimental desprovido.

VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
(Relator):
A irresignação não merce prosperar.
No caso, os serviços essenciais são prestados pelo poder público, que
já impõe tributação à parte recorrida. Além do mais, a questão
discutida nos autos diz respeito a mera associação de moradores,
que não se amolda às disposições da Lei n. 4.591⁄64.
A propósito, confira-se a ementa do acórdão recorrido:
"SUMÁRIA COBRANÇA DE QUOTA-PARTE DE PROPRIETÁRIO DE
IMÓVEL SITUADO EM LOTEAMENTO CONSTITUÍDO POR ASSOCIAÇÃO
DE MORADORES. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AOS PROPRIETÁRIOS.
ADESÃO VOLUNTÁRIA. INEXISTÊNCIA DE CO-PROPRIEDADE DE
ÁREA COMUM. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE OBRIGAÇÃO PROPTER
REM. ESTATUTO SOCIAL QUE NÃO SE AMOLDA ÀS REGRAS DA LEI
Nº 4.591⁄64. AUSÊNCIA DE DISPOSITIVO QUE OBRIGUE O
PAGAMENTO COMPULSÓRIO DE CONTRIBUIÇÕES. APLICAÇÃO DO
ART. 5º, II E XX, DA CRFB. REFORMA DA SENTENÇA. APELAÇÃO A
QUE SE DÁ PROVIMENTO" (e-STJ, fl. 176).
Para melhor elucidação do caso, transcrevo também trecho do
julgado:

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"De fato, alguns moradores concordaram e aderiram aos propósitos


buscados pela associação, conforme se verifica das listas de
assinatura de fls. 6, 37, 40 verso e 42.
Entretanto, em tal caso, a adesão é voluntária, como é de se
reconhecer em se tratando de uma sociedade civil, merecendo
destaque a regra do art. 5º, XX, da Constituição da República,
segundo a qual, ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
permanecer associado'.
Assim, ainda que o apelante, em determinada época, tenha se
proposto a contribuir com as cotas, tal fato não o obriga a continuar
contribuindo, pois falece à associação legitimidade para compeli-lo ao
rateio.
Em verdade, a constituição de uma associação de moradores, opera
em relação aos proprietários de imóveis e residentes, a sua
representatividade, de conformidade com as finalidades definidas no
seu estatuto social.
Contudo, o documento constitutivo não tem o condão de transformar
a Associação num condomínio, no seu sentido jurídico, que pressupõe
co-propriedade de áreas comuns, gerando direitos e deveres aos
condôminos, previstos na legislação, seja qual for o tipo de
condomínio, o que não se verifica na associação destes autos, que
pretende compelir o réu ao rateio, sem se amoldar à Lei Federal nº
4.591⁄64.
O direito de associar-se existe para em julgar necessário ou
conveniente, devendo ser respeitado aquele que não deseja fazê-lo,
pois 'ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei', conforme dispõe o art. 5º, II, da CRFB, e
não há lei que imponha esse tipo de obrigação. Aliás, a Constituição
dispõe em direção oposta.
O argumento da associação no sentido de que o proprietário estaria
locupletando-se indevidamente dos serviços prestados, mostra-se
frágil, na medida em que serviços essenciais, como os de limpeza e
segurança, são prestados, lato sensu, pelo poder público, pelos quais
o contribuinte já sofre tributação.
Por tais razões, sendo a apelada mera associação de moradores, não
se amoldando às disposições da Lei nº 4.591⁄64, e especialmente,
não se constituindo no clube originariamente previsto no projeto de
loteamento, por não oferecer as atividades recreativas próprias e
essa não ser a finalidade associativa em causa, não pode impor
contribuições aos residentes e proprietários, pois não se cuida, no
caso, de obrigação propter rem, mas de obrigação pessoal, de quem
deseja associar-se ou manter-se associado" (e-STJ, fls. 179⁄180).
O entendimento do Tribunal de origem está em conformidade com o
desta Corte, conforme demonstra o seguinte precedente:
"AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. LOTEAMENTO
FECHADO. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS. COBRANÇA DE ENCARGO A NÃO ASSOCIADO.
ILEGALIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO DE CONDOMÍNIO.
1. A Segunda Seção desta Corte Superior pacificou o entendimento
de que a associação de moradores, qualificada como sociedade civil,
sem fins lucrativos, não tem autoridade para cobrar taxa condominial
ou qualquer contribuição compulsória a quem não é associado,
mesmo porque tais entes não são equiparados a condomínio para
efeitos de aplicação da Lei 4.591⁄64.
2. Agravo regimental a que se nega provimento." (Terceira Turma,
AgRg no REsp n. 1.190.901⁄SP, relator Ministro Vasco Della Giustina,
Desembargador convocado do TJ⁄RS, DJe de 10.5.2011.)
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Como já exposto na decisão agravada, a questão relativa à não


obrigatoriedade de associar-se e a obrigação de pagamento de taxas
foram objeto de debate pela Segunda Seção do STJ no julgamento
dos EREsp n. 444.931⁄SP (relator para o acórdão Ministro Humberto
Gomes de Barros, DJ de 1º.2.2006), assim ementado:

"EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RECURSO ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO


DE MORADORES. TAXAS DE MANUTENÇÃO DO LOTEAMENTO.
IMPOSIÇÃO A QUEM NÃO É ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE.
As taxas de manutenção criadas por associação de moradores, não
podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é associado,
nem aderiu ao ato que instituiu o encargo."
No mesmo sentido, confiram-se os seguintes julgados: Quarta
Turma, AgRg no REsp n. 1.125.837⁄SP, relator Ministro Raul Araújo,
DJe de 5.6.2012; Quarta Turma, AgRg no Ag n. 1.339.489⁄SP,
relatora Ministra Maria Isabel Gallotti, DJe de 28.3.2012; Terceira
Turma, AgRg no REsp n. 1.106.441⁄SP, relator Ministro Paulo de
Tarso Sanseverino, DJe de 22.6.2011; Segunda Seção, AgRg nos
EREsp n. 623.274⁄RJ, de minha relatoria, DJe de 19.4.2011; Segunda
Seção, AgRg nos EREsp n. 961.927⁄RJ, relator Ministro Vasco Della
Giustina, Desembargador convocado do TJ⁄RS, DJe de 15.9.2010;
Terceira Turma, EDcl no Ag n. 1.288.412⁄RJ, relator Ministro Massami
Uyeda, DJe de 23.6.2010; Terceira Turma, AgRg no Ag n.
1.179.073⁄RJ, relatora Ministra Nancy Andrighi, DJe de 2.2.2010;
Quarta Turma, AgRg no REsp n. 613.474⁄RJ, de minha relatoria, DJe
de 5.10.2009.
Percebe-se que a questão já foi pacificada nesta Corte, não havendo
falar em obrigatoriedade de se associar, tampouco em imposição de
taxa a quem não é associado.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.

CERTIDÃO DE JULGAMENTO
TERCEIRA TURMA
AgRg nos EDcl no
Número Registro: Ag 715800 ⁄
2005⁄0175257-0 PROCESSO RJ
ELETRÔNICO

Números Origem: 200500104635 200513706042

EM MESA JULGADO:
25⁄11⁄2014

Relator
Exmo. Sr. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA

Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA

Subprocurador-Geral da República

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Exmo. Sr. Dr. MÁRIO PIMENTEL ALBUQUERQUE

Secretária
Bela. MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA

AUTUAÇÃO

AGRAVANTE : ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO POMAR DO


RIO GRANDE
ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO
AGRAVADO : SERGIO PACHECO ALVES DE CARVALHO
ADVOGADO : LUIZ MANOEL NASI SANDES

ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Coisas - Propriedade - Condomínio

AGRAVO REGIMENTAL

AGRAVANTE : ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO POMAR DO


RIO GRANDE
ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO
AGRAVADO : SERGIO PACHECO ALVES DE CARVALHO
ADVOGADO : LUIZ MANOEL NASI SANDES

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em


epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental,


nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs.
Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Ricardo Villas Bôas Cueva
(Presidente), Marco Aurélio Bellizze e Moura Ribeiro votaram com o
Sr. Ministro Relator.
Documento: 1369384 Inteiro Teor do Acórdão

04/21/15--13:52: SENADORES DA 0 0
REPUBLICA : REJEITEM O PLC
109/14 - "PEC" DOS FALSOS CONDOMÍNIOS

Não ha por que confundir loteamento com condominio,


os quais são regidos por legislação especifica, ou seja,
para loteamentos, a Lei n° 6.766/79; para condominios,
a Lei n° 4.591/64 ... Como já diz o poeta popular : Uma
coisa, é uma coisa; outra coisa, é outra coisa ! ...

Importante! STF discute na ADI 1923 questão estrutural


de Estado

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"O Estado não pode simplesmente se eximir da


execução direta" de certas atividades, passando a tarefa
para a iniciativa privada. Foi o que defendeu o ministro
Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, em "O
Estado não pode simplesmente se eximir da execução
direta" de certas atividades, passando a tarefa para a
iniciativa privada. Foi o que defendeu nesta o ministro
Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, em ação
que discute os limites da contratação de organizações
sociais para executar serviços públicos.ação que discute
os limites da contratação de organizações sociais para
executar serviços públicos...
STJ JÁ PACIFICOU DEFINITIVAMENTE A QUESTÃO :
ASSOCIAÇÃO NÃO PODE COBRAR

REsp Nº1.439.163 -SP (2014/03790-) PROVIDO EM 11.


RELATOR PARA O ACORDÃO MINISTRO MARCO BUZZI
11/03/2015(15:58hs)Proclamação Final de
Julgamento: Preliminarmente, a Seção, por
maioria, decidiu manter a afetação como recurso
repetitivo, vencidos os Srs. Ministros Moura
Ribeiro e Raul Araújo. Prosseguindo o julgamento,
após o voto-vista do Sr. Ministro Marco Buzzi
divergindo do Sr. Ministro Relator e dando
provimento ao recurso especial, a Seção, por
maioria, deu provimento ao recurso especial, nos
termos do voto do Sr. Ministro Marco Buzzi,
vencidos os Srs. Ministros Ricardo Villas Bôas
Cueva e Moura Ribeiro. Para os efeitos do artigo
543-C, do Código de Processo Civil, foi definida a
seguinte tese: "As taxas de manutenção criadas
por associação de moradores não obrigam os não
associados ou os que a elas não anuíram."
Lavrará o acórdão o Sr. Ministro Marco Buzzi.
(3001)

APELAMOS AO MIN. MARCO BUZZI


para dar prioridade e PROVIMENTO ao Recurso REsp nº 1434565 / RJ
( e outros REsp similares )
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libertando esta(s) família(s) deste imenso tormento !

DENUNCIA GRAVISSIMA LUIZ GEO…

LUIZ GEORG KUNZ IDOSO DOENTE CARENTE


foi ILEGALMENTE CONDENADO
A PAGAR TAXAS EXTORSIVAS
APESAR DE SEMPRE TER-SE RECUSADO
a se associar ao FALSO CONDOMINIO AMAMIR -
MIRANTE DA BARRA - RJ
Lutando contra o CANCER ele esta sendo processado desde 2005 ,
E aguarda julgamento do REsp nº 1434565 / RJ (2014/0026627-0)
relator Min. Marco Buzzi

MUITOS IDOSOS JÁ FALECERAM , OUTROS PERDERAM


A CASA PRÓPRIA, E FORAM MORAR EM FAVELAS, OU
PAGAR ALUGUEL ,
POR NÃO TEREM SEUS DIREITOS CONSTITUCIONAIS
RECONHECIDOS PELOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

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Emydio Silingovschi é um deles,


e sua familia ainda luta na justiça para não perder a moradia
único bem de familia
SITUAÇÃO CAÓTICA NAS INSTÂNCIAS
INFERIORES

NA GRANJA COMARY MORADORES PEDEM A


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DERRUBADA DE GUARITAS ILEGAIS

"Parece despercebida a situação caótica que se


desenvolve no Judiciário Brasileiro com reflexos
na sociedade civil, aonde as CORTES DE
INSTÂNCIAS INFERIORES DA JUSTIÇA VÊM SE
NEGANDO A APLICAR A JURISPRUDÊNCIA
ASSENTADA DA Eg. Superior Corte, condenando
moradores ao pagamento de taxas ilegais
cobradas por associações de bairro (falsos
condomínios) e na maioria dos casos penhorando
seus bens únicos “imóveis” e assim provendo o
enriquecimento ilícito dessas associações.
Continuemos, pois, alertando as autoridades
judiciais competentes, sobretudo, no âmbito de
suas corregedorias, que ainda não se deram conta
de que alguns setores da Justiça estão
patrocinando o maior estelionato de todos os
tempos que faz o caso de corrupção na Petrobrás
e o “mensalão” se tornarem irrelevantes no
universo milionário dos falsos condomínios, que
possuem braços em quase todas as esferas de
Poder. Luiz Z.
DEFENDA SUA CASA PROPRIA ASSINE O
MANIFESTO NACIONAL AOS MINISTROS DO
SUPREMO E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA

BI-TRIBUTAÇÃO ABUSIVA VISANDO


CONFISCO DE BENS

Em 5 anos a taxa associativa que me era cobrada


aumentou mais de 250% (isso mesmo, mais de
50% ao ano). De 180,00 passou para quase
700,00. Me desliguei formalmente por escrito, via
cartório, mas meu pedido não foi aceito e corre
processo na justiça contra mim. Fiquei viúva e é
meu único bem, tenho dois filhos e um ainda tem
só 10 anos, já tenho 50 anos e sou obrigada a
viver com essa insegurança, sem falar no
constrangimento diário que enfrento ao encontrar
algum vizinho. Não participo das reuniões mas já
recebi ata onde fui citada como 'a moradora que
quer viver às custas da associação', e por aí vai.
Isso tudo é fruto da ilegalidade, do 'jeitinho
brasileiro', que ao invés de cortar o mal pela raiz -
coibindo ou REGULAMENTANDO a situação -
compactua, via Judiciário, com um estado de
coisas insustentável, fechando os olhos aos

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direitos consagrados pela Constituição, sob


alegação de que os novos tempos pedem tal
inovação. (...) !!! Carmem R.

CIDADÃOS DE TODAS AS CLASSES SOCIAIS


LUTAM NA JUSTIÇA PELO DIREITO À DIGNIDADE
, À LIBERDADE E À PROPRIEDADE , CONTRA OS
ABUSOS DE FALSOS CONDOMINIOS

DONIZETE CAMARGO AINDA LUTA NA JUSTIÇA PARA


NÃO PERDER A MORADIA

PROJETO DE LEI ou "PEC" das "milícias" ?

APÓS SEREM BATIDOS EM TODAS AS FRENTES , as


associações de falsos condominios, e seus "patronos" ,
querem aprovar um Projeto de lei ( material e
formalmente ) inconstitucional e ilegal

O PL 2725/2011, tramita irregularmente no


Congresso Nacional, agora no Senado , sob o numero
PLC 109/14 , e tem por objetivo CASSAR A LIBERDADE
, O DIREITO DE PROPRIEDADE ( publica e privada ), A
ESTRITA LEGALIDADE TRIBUTARIA E A PRESTAÇÃO
DOS SERVIÇOS PUBLICOS ESSENCIAIS PELOS
ESTADOS E MUNICIPIOS, impondo, CONTRA A LEI
MAIOR - A CARTA MAGNA DA REPUBLICA - a "ADESÃO
FORÇADA" de todos os CIDADÃOS a FALSOS
CONDOMINIOS, cedendo PODERES INDELEGAVEIS E
PRIVATIVOS DO ESTADO a PARTICULARES
representados por SINDICATOS , violando
FRONTALMENTE, todos os PRINCIPIOS
CONSTITUCIONAIS que regem o DEVIDO PROCESSO
LEGISLATIVO , e AFRONTANDO A JURISPRUDENCIA
PACIFICADA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA !

PL 2725 /11 - PLC 109/14 - VICIO DE


INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL E FORMAL

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AVISO 308/2014- DIARIO OFICIAL 20


AGOSTO 2014 -

Objeto: Projeto de Lei n. 2.725, de 2011, que acrescenta


dispositivo à Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2011.
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. URBANÍSTICO. PROJETO DE
LEI N. 2.725, DE 2011, DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. ALTERAÇÃO
DO ESTATUTO DA CIDADE (LEI N. 10.257/01). ACRÉSCIMO DO
ART. 51-A. CONCESSÃO, PELO MUNICÍPIO, DE CONTROLE DE
ACESSO E TRANSFERÊNCIA DA GESTÃO DE ÁREAS E
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS EM LOTEAMENTO A PARTICULARES,
ATRAVÉS DE ENTIDADE CIVIL DE CARÁTER ESPECÍFICO,
RESPONSÁVEL PELA MANUTENÇÃO E CUSTEIO. PRIVATIZAÇÃO DE
BENS PÚBLICOS DE USO COMUM DO POVO. CERCEIO À
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO. INCOMPATIBILIDADE COM A REGRA
DA LICITAÇÃO. DELEGAÇÃO DA POLÍCIA ADMINISTRATIVA.
INCONSTITUCIONALIDADE. REJEIÇÃO.
1. Bens públicos de uso comum do povo e outros
equipamentos públicos resultantes de loteamento são de
fruição ampla, livre, irrestrita e gratuita, não sendo admitida
sua privatização nem o controle de acesso agressivo à
liberdade de locomoção.
2. A concessão de espaços públicos a particulares à míngua
de licitação ofende os princípios de moralidade e
impessoalidade..
A nota técnica encontra-se disponível no Portal da Instituição, no
sítio Subprocuradoria-Geral de Justiça Jurídica

Nota Técnica n. 11/2014


Protocolado n. 330/14
Interessado: Núcleo de Estudos Institucionais e Apoio
Legislativo
Objeto: Projeto de Lei n. 2.725, de 2011, que
acrescenta dispositivo à Lei n. 10.257, de 10 de julho de
2011

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. URBANÍSTICO. PROJETO DE


LEI N. 2.725, DE 2011, DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
ALTERAÇÃO DO ESTATUTO DA CIDADE (LEI N. 10.257/01).
ACRÉSCIMO DO ART. 51-A. CONCESSÃO, PELO MUNICÍPIO, DE
CONTROLE DE ACESSO E TRANSFERÊNCIA DA GESTÃO DE ÁREAS E
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS EM LOTEAMENTO A PARTICULARES,
ATRAVÉS DE ENTIDADE CIVIL DE CARÁTER ESPECÍFICO, RESPONSÁVEL
PELA MANUTENÇÃO E CUSTEIO. PRIVATIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
DE USO COMUM DO POVO. CERCEIO À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO.
INCOMPATIBILIDADE COM A REGRA DA LICITAÇÃO. DELEGAÇÃO DA
POLÍCIA ADMINISTRATIVA. INCONSTITUCIONALIDADE. REJEIÇÃO. 1.
Bens públicos de uso comum do povo e outros
equipamentos públicos resultantes de loteamento são de
fruição ampla, livre, irrestrita e gratuita, não sendo
admitida sua privatização nem o controle de acesso
agressivo à liberdade de locomoção. 2. A concessão de
espaços públicos a particulares à míngua de licitação
ofende os princípios de moralidade e impessoalidade.
leia a integra aqui
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CARTA AOS SENADORES

Nobre Senador
,
O Projeto de lei PLC n° 109/2014, oriundo da Camara dos Deputados,
lá registrado sob n° PL 2725/2011, visa regulamentar os artigos 182
e 183 da Constituição Federal de 1988 e, pretendendo estabelecer
diretrizes gerais da política urbana, contem
ilegalidades/anormalidades que passarei a expor, para o que solicito
a especial atenção de Vossa Excelencia.

1. No seu artigo 2°, ao pretender acrescentar o artigo 51-A a Lei n°


10.257, de 10 de julho de 2001, beneficia entidade civil de carater
especifico (loteamento de acesso concedido, provavelmente),
mediante concessão, do controle do acesso e gestão sobre áreas e
equipamentos públicos, a titulares de unidades autônomas que
compõem loteamentos existentes e futuros, desde que venham a
arcar com a sua manutenção e custeio.

A redação desse artigo, de plano, utiliza o termo unidades


autônomas, tipificado na Lei n° 4.591, de 16.12.54, que dispõe
sobre o condomínio em edificações e incorporações imobiliarias -
convindo ressaltar que cada unidade autônoma citada no artigo 1°
desta lei, tem sua fração ideal, de forma inseparável, no terreno e
nas coisas comuns, o que não ocorre com loteamento que é a
subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação com abertura de
novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento,
modificação ou ampliação das vias existentes, conforme consta do §
1° do artigo 2° da Lei n° 6.766, de 19.12.79 - Lei de Parcelamento
do Solo Urbano.
Consequentemente, é inadequada e incorreta a tipificação de
unidades autônomas para áreas individuais, ou lotes existentes em
loteamento no qual inexiste fração ideal no terreno e nas coisas
comuns, pois as vias de circulação, áreas de lazer e equipamentos
públicos são do patrimônio e domínio da municipalidade a partir do
ato de registro do respectivo loteamento, como consta do item III do
§ 2° do artigo 9° da Lei n°. 6.766/79. Não há como aceitar esse
entendimento tratado no PLC 109/2014 !

2. A concessão citada no caput do artigo 51-A, seria realizada a partir


do registro do loteamento no Cartorio de Imoveis, quando o loteador
ou empreendedor faria constar essa condição como restrição
urbanística em modelo de instrumento-padrão depositado por ocasião
do respectivo processo de parcelamento do solo (§ 2° desse artigo),
caso esse projeto de lei, venha a ser aprovado no Congresso
Nacional. Esse tipo de restrição corresponderia, na pratica, em
inaceitavel coação ao cidadão que já fosse proprietário de imóvel em
loteamento, ou que desejasse adquiri-lo, no futuro !

3. Em seu § 6°, o projeto de lei ora citado, prevê que a gestão de


loteamento com acesso controlado implica na manutenção básica e
administração a cargo de entidade civil de carater especifico dos
titulares de cada lote, custeada por todos, concluindo-se, pois, que o
onus de manutenção da infraestrutura básica seria da
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responsabilidade de cada proprietário de lote, associado, ou não, a


esse tipo de entidade, em total contraposição ao direito da livre
associação expresso no Inciso XX do artigo 5° da Constituição
Federal de 1988, norma fundamental que não pode ser objeto de
deliberação, mesmo como Emenda, por se tratar de clausula pétrea
citada no Inciso IV do § 4° do artigo 60 da nossa Carta Maior.

4. Ocorrendo a gestão de cada loteamento a cargo de entidade civil


de carater especifico, deduz-se que a cobrança da participação
contributiva ocorreria, como num passe de mágica, por seu
intermédio, pois esse tipo de entidade passaria a ter competência
para a constituição, lançamento e cobrança de cotas-partes de taxas
de manutenção em áreas que são de domínio publico - que não se
confundem com as áreas dos condomínios - a cada proprietário de
imóvel em loteamento, atos esses da exclusiva competência da
autoridade administrativa estatal que exerce o poder de policia,
conforme se observa dos artigos 78, 79 e 142 do Codigo Tributario
Nacional - CTN - Lei n° 5.172, de 27 de outubro de 1966, o primeiro
e ultimo, assim descritos :

" Art. 78 - Considera-se poder de policia, atividade da


administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato,
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. "

" Art. 142 - Compete privativamente a autoridade administrativa


constituir o credito tributário pelo lançamento, assim entendido o
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível."

4.1. Consequentemente, sendo o CTN lei complementar à


Constituição Federal de 1988 e, por estar em escala hierárquica
superior a lei ordinaria, o que já é do conhecimento de V. Excia.,
nenhum dos seus artigos poderá ser alterado ou modificado, como
pretendido, lamentavelmente, por essa equivocada, lamentavel e
inadmissível proposta legislativa, que é o PLC n°
109/2014.

5. Permito-me destacar a V. Excia., que altas autoridades do


Ministerio Publico do Estado de São Paulo, já se manifestaram a
respeito do tema mencionado neste trabalho. A Procuradoria-Geral
de Justiça do Estado de São Paulo, de forma cristalinamente clara e
insofismável, por meio da Nota Tecnica n° 11/2014 (*), subscrita por
seu D. titular, Dr. Márcio Fernando Elias Rosa, em 11.08.14, opinou
pela rejeição desse projeto, a qual, considerada sua relevância e
atualidade, transcrevo, parcialmente, a seguir :

" Não bastasse a concessão de espaços públicos para uso privativo a


particulares à míngua de licitação ser ofensiva aos princípios de
moralidade e impessoalidade (art. 37, caput e XXI, Constituição
Federal), as áreas e equipamentos públicos resultantes de
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loteamento são, desde o registro, bens públicos de uso comum do


povo e, como tais, são fruição ordinária ampla, livre, irrestrita e
gratuita.
Por isso, não é admitida sua privatização, latu sensu, nem o controle
de acesso, medida agressiva à liberdade de locomoção, como decidiu
o Supremo Tribunal Federal (ADI 1.706-DF, Tribunal Pleno, Rel. Min.
Eros Grau, 09-04-2008, v.u) e, que por ter natureza de ato de policia
administrativa sobre bens públicos de uso comum do povo, é
absolutamente indelegável a particulares.
A proposição não atende ao interesse publico, nem se afigura
razoável e tende a vilipendiar a liberdade de associação, dada a
perenidade da relação que pretende estabelecer, impeditiva do
direito de não se manter associado.
Face ao exposto, manifesto-me pela rejeição do projeto de lei.
São Paulo, 11 de agosto de 2014
Márcio Fernando Elias Rosa - Procurador-Geral de Justiça ".

5.1. Por seu lado, o Dr. José Carlos de Freitas, autor de reconhecidos
trabalhos na área da qual é titular na 1ª Promotoria de Justiça e
Urbanismo - Capital de São Paulo, na tese "Loteamentos Fechados :
O Papel do Ministerio Publico" (*), aprovada no Congresso de Meio
Ambiente, Habitação e Urbanismo", do Ministerio Publico do Estado
de São Paulo, realizado em Águas de São Pedro/SP), em
novembro/14, na firme e intransigente linha de defesa dos direitos
fundamentais da brava gente brasileira, inscritos na nossa Carta-
Cidadã, com a competência que lhe é peculiar, argumenta/defende e
acompanha os entendimentos descritos na Nota Técnica acima
referida. (*)

6. Não fossem suficientes as considerações antes mencionadas, cabe


ressaltar, ainda, que a nossa mais alta Corte de Justiça - o Supremo
Tribunal Federal - por meio da sua 1ª Turma, com as presenças dos
Ministros Marco Aurelio, Dias Toffoli, Luiz Fux, sob a presidência da
Ministra Carmen Lucia, no Recurso Extraordinario n° 432.106 - RJ,
que teve como recorrente o Sr. Franklin Bertoldo Vieira x Associação
de Moradores Flamboyant - AMF, e com Relatoria do Ministro Marco
Aurelio Mello, em 20.09.11, deu provimento, por unanimidade, a
esse recurso, do qual passamos a transcrever o voto do Ministro Luiz
Fux :

" Senhora Presidente , no Superior Tribunal de Justiça, essa questão


tornou-se recorrente porque, na verdade, não se trata de um
condomínio com uma assembléia de condôminos e que, pela maioria
ou pelo quórum da Lei n° 4.591, se estabelece o pagamento de uma
taxa condominial. Aqui, na verdade, é uma taxa associativa imposta
por essa associação de moradores, e o Superior Tribunal de Justiça
tem entendimento sedimentado no sentido de que as taxas de
manutenção, criadas pela associação de moradores, não podem ser
impostas ao proprietário, de modo que não é associado, nem aderiu
ao ato que instituiu o encargo, o EREsp n° 444.931, de São Paulo.
Adjunta-se a isso a liberdade de associação do artigo 5°, inciso XX,
da Constituição Federal. Por todos esses fundamentos, acompanho
integralmente o Ministro Marco Aurelio. "

6.1 Aponto, por ultimo, que em recente decisão, a 2ª Seção do


Superior Tribunal de Justiça - O Tribunal da Cidadania - no exame do
Recurso Especial n° 1.439.163-SP, em 11 de março deste ano,
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confirmando posições anteriores e abordando, inclusive, o principio


constitucional da Livre Associação, decidiu que as taxas criadas por
associação de moradores não obrigam os não associados, ou os que
a ela não anuiram.

Assim, em face as razões apresentadas na presente, encareço a V.


Excia. sua desaprovação e total rejeição a esse nada feliz PLC n°
109/2014, que se encontra para apreciação dos membros dessa Alta
Casa do Congresso Nacional.

15 de abril de 2015 -

Alcides de Mello Caldeira


(*) - textos integrais disponíveis no portal
www.mpsp.mp.br

DEFENDA A DEMOCRACIA E SUA MORADIA - ASSINE E


DIVULGUE
NOSSAS PETIÇÕES NACIONAIS CONTRA USURPAÇÃO
DE PODERES DO ESTADO
POR ASSOCIAÇÕES DE FALSOS CONDOMINIOS

Defenda seus direitos constitucionais à


liberdade, propriedade, vida digna, meio
ambiente sadio, livre uso das praias, ruas e do
patrimônio publico . assine PEDIDO DE
SUMULA VINCULANTE AO STF

Petição ao Congresso Nacional pelo FIM DOS


FALSOS CONDOMINIOS : Falsos condomínios
são organizações que ocupam bairros e
loteamentos, em todo país. Eles instalam
cancelas nas vias públicas, criam milícias e
cerceiam o direito Constitucional de ir e vir
dos cidadãos. Agora eles querem que o
Congresso Nacional legalize este golpe contra
a propriedade publica e a família brasileira.
Assine aqui e DIGA NÃO AO PL 3057 E AO
SUBSTITUTIVO DO PL 2725

04/21/15--14:52: STF- ADI 1923 0 0


QUAL O PAPEL DO ESTADO ????

QUAL O PAPEL DO ESTADO ????

Importante! STF com uma década de atraso


discute na ADI 1923 questão estrutural de Estado
DEFENDA A DEMOCRACIA E SUA MORADIA - ASSINE E
DIVULGUE
NOSSAS PETIÇÕES NACIONAIS CONTRA USURPAÇÃO

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DE PODERES DO ESTADO
POR ASSOCIAÇÕES DE FALSOS CONDOMINIOS

Defenda seus direitos constitucionais à


liberdade, propriedade, vida digna, meio
ambiente sadio, livre uso das praias, ruas e do
patrimônio publico . assine PEDIDO DE
SUMULA VINCULANTE AO STF

Petição ao Congresso Nacional pelo FIM DOS


FALSOS CONDOMINIOS : Falsos condomínios
são organizações que ocupam bairros e
loteamentos, em todo país. Eles instalam
cancelas nas vias públicas, criam milícias e
cerceiam o direito Constitucional de ir e vir
dos cidadãos. Agora eles querem que o
Congresso Nacional legalize este golpe contra
a propriedade publica e a família brasileira.
Assine aqui e DIGA NÃO AO PL 3057 E AO
SUBSTITUTIVO DO PL 2725

05.10.1988 SENADOR ULISSES GUIMARAES LEVANTA


NO CONGRESSO NACIONAL A CARTA MAGNA DA
REPUBLICA : A CONSTITUIÇÃO CIDADÃ

"O Estado não pode simplesmente se eximir da


execução direta" de certas atividades, passando a
tarefa para a iniciativa privada.
Foi o que defendeu nesta o ministro Marco Aurélio, do
Supremo Tribunal Federal, em ação que discute os
limites da contratação de organizações sociais para
executar serviços públicos.

"O Estado não pode simplesmente se eximir da


execução direta" de certas atividades, passando a tarefa
para a iniciativa privada. Foi o que defendeu nesta o
ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal,
em ação que discute os limites da contratação de
organizações sociais para executar serviços públicos.

A ADI 1.923 tramita desde 1998 [um inominável


absurdo no retardo da aguardada pacificação social] e
ataca a Lei de Organizações Sociais. Nos lindes da
inicial, a norma desobedece a Constituição Republicana
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ao permitir que a administração pública delegue a


entidades privadas a execução de serviços que o Texto
diz ser obrigações estatais.

O voto do ministro Marco Aurélio foi um voto-vista que


discordou dos dois votos que o precederam, dos
ministros Ayres Britto (relator) e Luiz Fux. Após do voto
do vice-decano, a sessão foi suspensa e conclusão do
caso ficou para esta quinta-feira (16/4).

Nos termos do voto do ministro Fux, a Constituição


permite outras formas de organização da atividade
estatal que não apenas a centralização da prestação de
serviços essenciais. Segundo o ministro, a decisão do
que pode ou não ser delegado a organizações sociais é
do Congresso, obedecendo o "princípio democrático".

Marco Aurélio diverge. Sustentou em seu voto "a


modelagem estabelecida pelo Texto Constitucional para
a execução de serviços públicos sociais como saúde,
ensino, pesquisa, cultura e preservação do meio
ambiente, não prescinde de atuação direta do Estado".
Por isso, continua, são inconstitucionais leis que
"emprestem ao Estado papel meramente indutor nessas
áreas, consideradas de grande relevância pelo
constituinte".
Continua, ao salientar que essa distribuição de tarefas
"configura privatização que ultrapassa as fronteiras
permitidas pela Constituição".
Começa então a exemplificar para agregar valor aos
seus argumento: no caso dos serviços de saúde, o
artigo 196 da Constituição Federal os declara “direito de
todos e dever do Estado”. O artigo 199, embora
mencione que a “assistência à saúde é livre à iniciativa
privada”, explicita, no parágrafo 1º, que a participação
das instituições privadas se dá apenas de forma
complementar ao sistema único de saúde. Com a
educação, que, segundo os artigos 205 e 208 da
Constituição, é “dever do Estado”, assegura Marco
Aurélio. Já o artigo 211, parágrafo 1º, dá à União a
tarefa de financiar "as instituições de ensino públicas
federais".
E continua, agora no campo da cultura, expressando
que de acordo com o artigo 215 da Constituição, o
“Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos
culturais e acesso às fontes da cultura nacional”, sem
prejuízo de apoiar e incentivar a valorização e a difusão
das manifestações culturais. Marco Aurélio também
defende que a administração pública não pode delegar a
promoção do "desenvolvimento científico, a pesquisa e a
capacitação tecnológicas".
Em resumo, para Marco Aurélio as OSs são uma fraude
à Constituição.
Sobre o meio ambiente, o ministro cita o artigo 225 da
Constituição, que confere ao poder público e à
coletividade o dever de defender e preservar o meio
ambiente "para as presentes e futuras gerações". "Por
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

mais que se reconheça a importância de atuação


conjunta do poder público e da sociedade na defesa e
preservação do meio ambiente, fato é que não há como
se admitir a transferência integral da execução direta
dessas atividades para a iniciativa privada, assumindo o
Estado papel de mera indução e coordenação", proferiu.
Esta ADI perseveramos trazê-la à debate pois promove
importante debate que revela o quão paradoxal podem
revelar-se expressões hermenêuticas corretas, mas
vislumbradas de pontos referenciais distintos.
Clarividenciado está que, parte da Corte se posicionará
no espírito e dogmática constitucional atendendo sua
força normativa, respeito à sua literalidade posta
disponibilizada pelo constituinte, em clara interpretação
de viés positivista. Outros ministros já propugnam uma
hermenêutica neoconstitucionalista, que procura
adequar o texto à realidade e desta forma imbricando
aproximar a Carta de 1988 a uma exigência
circunstancial em prol da efetividade das normas
constitucionais.
Esta ADI em comento é um belo exemplo o quão
importante e atual foi a discussão protagonizada por
Ferdinand Lassale (concepção sociológica da
Constituição) e Konrad Hess (concepção jurídica da
vontade de constituição). Marco Aurélio induz em seu
voto a ideia de Hess enquanto Ayres e Fux trazem a
ideia da constituição real de Lassale. Claro que
percebemos traços marcantes, mas não exclusivos dos
dois pensadores nos votos da ADI ora tratada.
Mais que evidente fica o intérprete da Constituição entre
o dever de conferir a máxima força normativa ao texto
constitucional ou interpretá-lo, de certa forma com uma
pitada de ativismo judicial o texto da forma que melhor
se amolde aos termos atuais da sociedade, quando de
certa forma retirar-se-ia o papel da Constituição de
protagonista e espraiadora de suas normas nos termos
que o constituinte dispôs o parlamento nada mais falou.
Os chamados serviços públicos essenciais que, de fato,
deveriam nos termos da ordem constitucional vigente,
restarem prestados pelo Estado Social ou não são
prestados ou muito mal prestados, com inapelável
ineficiência e desprezo pela dignidade da pessoa
humana, apesar da tributação acachapante, que em sua
totalidade beira o confisco, mas que é ardilosamente
desviada de suas finalidades (aí os tributos vinculados
ou não). A alegação que o estado promove de prestar
na medida do possível, apenas derrubada,
episodicamente, nos tribunais, acaba prevalecendo em
maior parte das vezes sobre o mínimo existencial, o que
uma ordem constitucional social-cidadã jamais poderia
tolerar se efetiva fosse.
O contribuinte absurdamente onerado a ponto de
comprometer sua dignidade e muitas vezes a própria
sobrevivência, não recebe historicamente serviços
públicos essenciais minimamente dignos quando
prestados pelo poder público, nos exatos termos da
Constituição Federal vigente, quando através do
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princípio Cooperativo –Solidário a sociedade busca


através do dinamismo próprio das sociedades
contemporâneas procurar meios (entidades de
cooperação) para que referidas prestações
fundamentais, essenciais, restem prestadas, cheguem a
sociedade com maior dignidade.
Aqui não estamos discutindo com o dinheiro que o
Estado muitas vezes subsidia referidas entidades de
cooperação é empregado, que sem fiscalização
adequada é em grande parte das vezes desviado de sua
finalidade para o locupletamento privatista. Falamos
sim, apenas de alternativas capazes de suprir um
Estado absolutamente incompetente, ineficiente.
A presente ADI, apesar de proposta em 1998, uma
década após a concepção da Carta de 1988, parece-nos
afirmar que já àquela época a Constituição Republicana
não atendia em parte fundamental, dos direitos
fundamentais do cidadão, aos anseios da sociedade,
mais se assemelhando aos valores programáticos no
campo de uma constituição meramente de intenções,
sem a efetividade imediada que deveriam promover no
âmbito social.
Necessário já era, e mais que nunca continua a ser uma
ampla discussão a respeito de reformas em nosso
modelo constitucional de prestações do Estado. Se o
Estado historicamente denota-se um péssimo executor
das politicas públicas capazes de cumprir o programa
normativo constitucional, durante o tempo ratificou sua
incapacidade como prestador social, uma alternativa
deve ser buscada e constitucionalizada.
Se pensarmos verdadeiramente em um Estado gerencial
bem planejado,, menos inchado e mais barato,
fornecendo prerrogativas, poder e material humano
qualificado (não com cargos comissionados, mas com
pessoal técnico-concursado) para as agências
reguladoras com responsabilidade de resultados, uma
iniciativa privada eficazmente fiscalizada à partir de um
modelo exaustivamente regulamentado de proteção do
Estado às prestações dirigidas ao cidadão. Nessa onda,
com um Estado mais barato seria o momento da
desoneração do contribuinte pessoa jurídica para que
pudéssemos produzir de forma mais competitiva e
eficiente no mercado (nacional e internacional),
praticarmos preços mais razoáveis, reduzirmos o custo
de vida do brasileiro com a redução do processo
inflacionário e seu corolários. Momento das pessoas
físicas também restarem desoneradas, com suas
remunerações por seus labores com maior integridade,
sem o confisco de mais de 30% de seu suor diário.
Fim do Estado sanguessuga que, lenta, mas
persistentemente, exaure as riquezas da nossa
castigada nação e, o que é bem mais terrificante, sob o
manso olhar de uma sociedade alienada e alheada,
realimentada perenemente pelo famigerado "pão e circo
romano". O festejado filósofo e sociólogo francês, Edgar
Morin, contemporâneo e quase centenário, já
vaticinava: "O que não se regenera, se degenera".
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

Irretocável epílogo para nosso pobre Brasil...


Não divergimos do preclaro ministro Marco Aurélio que
apoia-se no positivismo de Konrad Hess em seu voto,
como também não divergimos para o futuro da posição
defendida por Fux e Ayres Brito, em uma interpretação
neoconstitucionalista que procura coadunar a
Constituiçãoàs nossas necessidades reais. Sorte nossa
que não precisamos votar!
Ao final, em plenário (dia 16/04/2015) prevaleceu a
interpretação esperada, de que o Estado não pode
simplesmente se eximir da execução direta"de certas
atividades, passando a tarefa para a iniciativa privada.
Foi o que defendeu nesta o ministro Marco Aurélio, do
Supremo Tribunal Federal, nos termos que expusemos
nesta ação que discutiu os limites da contratação de
organizações sociais para executar serviços públicos.
Por votação majoritária, a Corte julgou parcialmente
procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
1923, dando interpretação conforme a Constituiçãoàs
normas que dispensam licitação em celebração de
contratos de gestão firmados entre o Poder Público e as
organizações sociais para a prestação de serviços
públicos de ensino, pesquisa científica, desenvolvimento
tecnológico, proteção e preservação ao meio ambiente,
cultura e saúde. Na ação, o Partido dos Trabalhadores
(PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT)
questionavam a Lei 9.637/1998, e o inciso XXIV do
artigo 24 da Lei 8.666/1993 (Lei das Licitações).

Leonardo Sarmento
Professor constitucionalista
Professor constitucionalista, consultor jurídico,
palestrante, parecerista, colunista do jornal Brasil 247 e
de diversas revistas e portais jurídicos. Pós graduado
em Direito Público, Direito Processual Civil, Direito
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Empresarial e com MBA em Direito e Processo do


Trabalho pela FGV. Autor de algumas...

13 Comentários

Flávio Soares
5 votos
No que se refere à hermenêutica constitucional
aplicável, fico com as teses defendidas por Konrad Hess,
tido como um positivista, mas que ao meu ver, tinha o
escopo de acenar para a aplicação de uma hermenêutica
voltada para uma segurança jurídica da norma
fundamental e consequentemente, de todo o
ordenamento jurídico.
Noutro giro, ressalto a felicidade do articulista ao
apontar soluções, como: "Estado bem gerenciado,
menos inchado e mais barato, fornecendo prerrogativas,
poder e material humano qualificado (não com cargos
comissionados, mas com pessoal técnico-concursado)
(...)".
Somente com o fortalecimento do próprio welfare state,
através de uma arrecadação fiscal justa, com
planejamento na aplicabilidade desses recursos,
gozaremos das garantias sociais elencadas na
Constituição, que ficará à disposição dos cidadãos que
pagam tributos nada módicos para tê-las.
4 dias atrásResponderReportar

Leonardo Sarmento
2 votos
Preciso Flávio!

LS.
4 dias atrásReportar

Marcio Mateus de Macedo


3 votos
Voto com Ministro Marco Aurélio.
É inconcebível que o Estado promova a tributação nos
moldes do Welfare State e delegue serviços públicos
essenciais à moda neoliberal.
4 dias atrásResponderReportar

Leandro Pedrosa de Oliveira


1 voto
Confiemos então no estado provedor.
3 dias atrásReportar

Gilberto Ferri
2 votos
Então Professor, creio que o problema não reside nas
obrigações do Estado em se atribuir o fazer. O problema
é na capacitação para execução. Os resultados têm sido
pífios ou simplesmente, não existem e não são
cobrados.

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O que se tem demonstrado é um Estado muito caro, que


enriquece servidores em altos cargos e gastos
inadmissíveis para o padrão de vida do cidadão que o
sustenta com seu suor. Sem considerar os problemas
crônicos do princípio de autoridade da forma como é
utilizado, assim como o da fé pública, das gestões
consideradas temerárias acobertadas pelo poder de
polícia que acaba por favorecer a temida corrupção,
destruidora de nações.

É preciso repensar o papel do Estado brasileiro de forma


a coibir o abuso desenfreado do poder e financeiro de
agentes públicos.

Afinal, qual empresa privada no mundo disporia de


tanto poder de coerção, dinheiro, recursos técnicos e
recursos humanos próprios como saco sem fundo, sem
perdas financeiras a seus donos e de emprego a seus
executivos (que quando estatal e em prejuízos
aumentam seus ganhos) e trabalhadores ou que
pudesse competir com o Estado brasileiro e transferir
sua incapacidade de gestão e corrupção predatórias
para mais de 200 milhões de pessoas?
4 dias atrásResponderReportar

Leandro Pedrosa de Oliveira


2 votos
Realmente precisamos de um estado menor, que não
sugue o nosso suor. O estado brasileiro não esta
mostrando-se digno de nossa confiança. Assim, não
podemos colocar o dinheiro na mão do estado para que
este decida o que fazer.
3 dias atrásResponderReportar

Lilian Teixeira
1 voto
Perfeito juridicamente e no aspecto político o artigo.
Mais uma vez, parabéns professor Sarmento! Seus
artigos são ótimos!!
4 dias atrásResponderReportar

fonte :
http://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/182074
stf-com-uma-decada-de-atraso-discute-na-adi-1923-
questao-estrutural-de-estado?ref=topic_feed

04/26/15--12:24: MP SP 0 0
RESPONDE A DENUNCIA
GRAVISSIMA EM ITATIBA

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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

Prezado(a) Senhor(a),

A pedido dos Promotores de Justiça, Assessores do CAO de Meio Ambiente,


Habitação e Urbanismo do CAO CÍVEL, comunicamos Vossa Senhoria que
sua mensagem “infra”, foi encaminhada à PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE
ITATIBA/SP, órgão de execução do Ministério Público, para conhecimento e
providências que entenderem cabíveis.

Maiores informações devem ser solicitadas ou fornecidas diretamente na


referida Promotoria (e-mail: pjitatiba@mpsp.mp.br - segue linkpara endereço
e telefone da Promotoria: http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/lista_
telefonica ).

Atenciosamente,

Ministério Público do Estado de São Paulo


Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Cíveis e de Tutela
Coletiva – CAO de Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo
mlmi

Prezado(a) Sr(a):
Venho, por meio do presente, informar-lhe que o expediente abaixo foi registrado nesta Promotoria de
Justiça de Itatiba, sob o nº. 38.0304.0000537/2015-7, distribuída à 3ª P.J. de Itatiba.
Att,
MPSP Ministério Público do Estado de São Paulo
Promotoria de Justiça de Itatiba - pjitatiba@mpsp.mp.br
Fone/Fax (11) 4538-2476 / (11) 4538-8894 / (11) 4538-8708
Avenida Barão de Itapema, nº. 120 - salas 12 (secretaria), 61 e 62 – Edifício
“Lex Tower”
CEP 13250-020 - Itatiba/SP

04/26/15--12:59: MP SP : 0 0
DENUNCIA GRAVISSIMA UBATUBA
- MAIS UMA FAMILIA LUTA PARA NÃO PERDER A
MORADIA PARA FALSO CONDOMINIO EM PRAIA
PRIVATIZADA

AGUAS CALMAS DA PRAIA DO LÁZARO, MAS SÓ


PRA POUCOS

Eles fizeram em 2013 um leilão on line e


arremataram a casa num valor muito inferior ao
que vale, ex: eles estão cobrando uma divida que
com juros vai pra quase R$ 240.000,00 e
leiloaram por esse valor, mas a casa vale
acima de R$ 700.000,00.

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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

MAIS UMA FAMILIA LUTA NA JUSTIÇA PARA NÃO


PERDER A CASA PROPRIA, UNICO BEM ,
IMPENHORAVEL ,MAS QUE FOI VENDIDA ILEGALMENTE
PARA PAGAR COBRANÇAS ILEGAIS IMPOSTAS POR
FALSO CONDOMÍNIO

O PLC 109/2014 QUE TRAMITA NO SENADO


FEDERAL quer alterar a CF/88 para
ACABAR COM A LIBERDADE, PRIVATIZAR AS PRAIAS, E
TODAS
AS RUAS PUBLICAS DO BRASIL, para
EXTORQUIR O DINHEIRO E TOMAR A CASA PROPRIA
DOS CIDADÃOS
ASSINE NOSSAS PETIÇÕES
NÃO DEIXE QUE O BRASIL SEJA SUBJUGADO POR
FALSOS CONDOMINIOS

Defenda seus direitos constitucionais à


liberdade, propriedade, vida digna, meio
ambiente sadio, livre uso das praias, ruas e do
patrimônio publico . assine PEDIDO DE
SUMULA VINCULANTE AO STF

Petição ao Congresso Nacional pelo FIM DOS


FALSOS CONDOMINIOS : Falsos condomínios
são organizações que ocupam bairros e
loteamentos, em todo país. Eles instalam
cancelas nas vias públicas, criam milícias e
cerceiam o direito Constitucional de ir e vir
dos cidadãos. Agora eles querem que o
Congresso Nacional legalize este golpe contra
a propriedade publica e a família brasileira.
Assine aqui e DIGA NÃO AO PL 3057 E AO
SUBSTITUTIVO DO PL 2725/11 - AGORA
TRAMITANDO COMO PLC 109/14

---------- Mensagem encaminhada ----------


De: Francielli Marques
Data: 24 de abril de 2015 07:44
Assunto: Re: Leilão de imóveis residencial em
associação de moradores
Para: VITIMAS FALSOS CONDOMINIOS
<vitimas.falsos.condominios@gmail.com>
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

Bom dia , tudo bem,

Primeiramente queria agradecer, muito obrigado pelo


seu retorno.

Meu caso foi o seguinte:

Ha 40 anos atrás, meu sogro comprou um terreno em


um bairro na praia do lázaro em ubatuba onde só havia
uma casa construída, a dee foi a segunda a ser
construída. Nesta época este lote ainda não era
constituído uma associação.

Por volta do ano de 96/97, vieram e colocaram uma


associação de moradores no qual eles começaram a
cobrar pelos serviços de limpeza de rua e coleta de lixo
( a prefeitura prefeitura não recolhe o lixo aqui.

Ocorre que desde então, eles passaram a processar meu


sogro por Ele não pagar. Dai ele ficou ser vir aqui por
mais de 15 anos, ou seja, não gerou serviços para que
eles cobrasse qualquer coisa.

Em 2010 meu esposo ganho um dinheiro de herança e


veio pra Ubatuba, a casa estava em total abandono,
viemos morar aqui, reformamos e pagamos a divida de
IPTU atrasado e a associação se recusou a negociar
o pagamento da divida por causa do processo,
desde então meu esposo pagou de 2010 a 2013
direitinho, mas engravidei e não deu pra pagar
mais, (....)

Eles fizeram em 2013 um leilão on line e


arremataram a casa num valor muito inferior ao
que vale, ex: eles estão cobrando uma divida que
com juros vai pra quase R$ 240.000,00 e
leiloaram por esse valor, mas a casa vale
acima de R$ 700.000,00.

Como meu sogro estava anos recorrendo ai dizendo que


eles são associação e não condomínio e não estava
dando efeito, assim que minha filha nasceu meu esposo
entrou com um processo pelo nome dele alegando
embargo de terceiros e imóvel familiar sendo único
imóvel de família e apresentamos uma carta de
sentença referente a separação dos meus sogros onde
consta que o imóvel é bem próprio de meu esposo e seu
irmão e o pai fica como usufrutuário e no caso quem
deveria ser executado seria os irmãos e não o pai.

Esse mês recebemos uma carta do arrematador pedindo


que saíssem os da casa ou pagariamos multa por uso
indevido.

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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

Bom, gostaria de saber se você pode me auxiliar em


como devemos proceder a partir de agora. Não
podemos perder este imóvel por que não temos para
onde ir.

A Associação aqui chama associação amigos do jardim


pedra verde na praia do lázaro.

(...)

mais uma vez muito obrigada pelo real interesse em me


ajudar.

Fico a sua disposição

Atenciosamente

Francielli

04/27/15--08:35: MP SP 0 0
INTERVEM NO CASO DO LEILÃO DE
BEM DE FAMILIA EM UBATUBA POR FALSO CONDOMINIO

Agradecemos ao Ministerio Publico de São Paulo, pelo


pronto atendimento ao nosso pedido de intervenção no
caso da Sra Francielle, em Ubatuba - SP

MP SP : DENUNCIA GRAVISSIMA UBATUBA - MAIS UMA


FAMILIA LUTA PARA NÃO PERDER A MORADIA PARA
FALSO CONDOMINIO EM PRAIA PRIVATIZADA

É IMPRESSIONANTE A FORMA COMO OS FALSOS


CONDOMINIOS AFRONTAM AS LEIS, A CONSTITUIÇÃO
FEDERAL E A AUTORIDADE DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

STF DETERMINA RETIRADA DE TODOS OS BLOQUEIOS


NAS RUAS DE ACESSO À PRAIA EM 1989 MAS AS RUAS
CONTINUAM FECHADAS ATE HOJE , DESRESPEITANDO
O STF

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O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL JÁ DECLAROU


INCIDENTER TANTUM A INEXISTENCIA JURIDICA DO
FALSO CONDOMINIO PEDRA VERDE - RE 94.253-0 -
VOTAÇÃO UNANIME - 12.11.1982 - O MP SP PODERÁ
EXECUTAR ESTE ACORDÃO

---------- Mensagem encaminhada ----------


De: CAO Civel - Urbanismo e Meio Ambiente
Data: 27 de abril de 2015 10:47
Assunto: RES: DENUNCIA GRAVISSIMA UBATUBA -
MAIS UMA FAMILIA PERDE A MORADIA PARA FALSO
CONDOMINIO Fwd: Leilão de imóveis residencial em
associação de moradores
Para: VITIMAS FALSOS CONDOMINIOS

Prezada Senhora,


A pedido dos Promotores de Justiça, Assessores do
CAO de Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo do CAO
CÍVEL, comunicamos Vossa Senhoria que sua
mensagem “infra”, foi encaminhada à PROMOTORIA DE
JUSTIÇA DE UBATUBA, órgão de execução do
Ministério Público, para conhecimento e providências
que entenderem cabíveis.

Maiores informações devem ser solicitadas ou fornecidas diretamente na
referida Promotoria (e-mail: pjubatuba@mpsp.mp.br).

Atenciosamente,

Ministério Público do Estado de São Paulo
Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Cíveis e de Tutela
Coletiva
CAO de Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo
http://defenda2.rssing.com/chan-36731355/all_p4.html 53/113
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acmp

MINDD - Movimento Nacional de Defesa das Vitimas dos


Falsos Condominios

---------- Mensagem encaminhada ----------


De: Francielli Marques
Data: 24 de abril de 2015 07:44
Assunto: Re: Leilão de imóveis residencial em
associação de moradores
Para: VITIMAS FALSOS CONDOMINIOS
<vitimas.falsos.condominios@gmail.com>

Bom dia , tudo bem,

Primeiramente queria agradecer, muito obrigado pelo


seu retorno.

Meu caso foi o seguinte:

Ha 40 anos atrás, meu sogro comprou um terreno em


um bairro na praia do lázaro em ubatuba onde só havia
uma casa construída, a dele foi a segunda a ser
construída. Nesta época este lote ainda não era
constituído uma associação.
Por volta do ano de 96/97, vieram e colocaram uma
associação de moradores no qual eles começaram a
cobrar pelos serviços de limpeza de rua e coleta de lixo
( a prefeitura prefeitura não recolhe o lixo aqui.

Ocorre que desde então, eles passaram a processar meu


sogro por Ele não pagar. Dai ele ficou ser vir aqui por
mais de 15 anos, ou seja, não gerou serviços para que
eles cobrasse qualquer coisa.

Em 2010 meu esposo ganho um dinheiro de herança e


veio pra Ubatuba, a casa estava em total abandono,
viemos morar aqui, reformamos e pagamos a divida de
IPTU atrasado e aassociação se recusou a negociar o
pagamento da divida por causa do processo, desde então
meu esposo pagou de 2010 a 2013 direitinho, mas
engravidei e não deu pra pagar mais, (...)

Eles fizeram em 2013 um leilão on line e


arremataram a casa num valor muito inferior ao
que vale, ex: eles estão cobrando uma divida que
com juros vai pra quase R$ 240.000,00 e
leiloaram por esse valor, mas a casa vale
acima de R$ 700.000,00.

Como meu sogro estava anos recorrendo ai


dizendo que eles são associação e não condomínio

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e não estava dando efeito, assim que minha filha


nasceu meu esposo entrou com um processo pelo
nome dele alegando embargo de terceiros e
imóvel familiar sendo único imóvel de família e
apresentamos uma carta de sentença referente a
separação dos meus sogros onde consta que o
imóvel é bem próprio de meu esposo e seu irmão
e o pai fica como usufrutuário e no caso quem
deveria ser executado seria os irmãos e não o pai.

Esse mês recebemos uma carta do arrematador pedindo


que saíssem os da casa ou pagariamos multa por uso
indevido.

Bom, gostaria de saber se você pode me auxiliar em


como devemos proceder a partir de agora. Não
podemos perder este imóvel por que não temos para
onde ir.

A Associação aqui chama associação amigos do jardim


pedra verde na praia do lázaro.

Gostaria de saber se você é de São Paulo? Caso seja,


semana que vem estarei por aí e gostaria de fazer uma
visita para que possamos explicar melhor a situação .
Caso precise de mais alguma informação também posso
passar por email .

mais uma vez muito obrigada pelo real interesse em me


ajudar.

Fico a sua disposição

Atenciosamente

Francielli

Em 3 de abril de 2015 08:53, Francielli Marques


escreveu:
Bom dia,

Estou com um processo na residência onde


moro com meu marido e filha. o imóvel foi a
leilão online e foi arrematado e deram um prazo
de 10 dias para entregarmos o imóvel, visto que
é nosso único bem e não temos para onde
ir. gostaria que me informasse um telefone
para contato para que eu possa ligar e explicar
melhor nossa situação. ..

Grato desde ja.

atenciosamente

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francielli

04/27/15--09:32: TJ SP - COTIA : 0 0
VITORIA NA AÇÃO DECLARATORIA
CONTRA FALSO CONDOMINIO JARDIM DO ALGARVE

PARABENIZAMOS O EXMO. JUIZ DE COTIA ,


DR Carlos Alexandre Aiba Aguemi, por fazer
justiça e preservar a ORDEM PUBLICA em seu
aspecto juridico-constitucional !

AÇÃO DECLARATORIA PROCEDENTE

Em 2008 o saudoso advogado Dr Nicodemo Sposato Neto, fundador


de nosso Movimento Nacional já recomendava a todos os moradores
que defendessem seus direitos instaurando AÇÃO DECLARATORIA DE
INEXISTENCIA DE VINCULO JURIDICO , INEXISTENCIA DE DIVIDA,
em materia publicada no ESTADÃO : RUAS SE FECHAM
E CASO ACABA NA JUSTIÇA ( leia abaixo )

É preciso que todos os processados por associações de


falsos condominios saiam da "retranca" e partam para o
"ataque" , entrando com ações declaratorias ,
anulatorias, contra os falsos condominios ! Cada
cidadão deve ser um defensor ativo da DEMOCRACIA e
da ORDEM PUBLICA, usando os recursos LEGAIS , para
banir, de vez, os falsos condominios de nossas cidades !
A hora é agora, pois eles estão querendo manter o
LUCRO FACIL, ISENTO DE IMPOSTOS, atraves de
PROJETO DE LEI INCONSTITUCIONAL, o antigo
PL2725/11 , agora no Senado sob n. PLC 109/2014

De: rodolfo mello


Data: 27 de abril de 2015 10:19
Assunto:
Para: Vitimas Falsos Condominios

Relação: 0235/2015 Teor do ato:


Vistos. EDGARD DE LEMOS BRITTO MARTINS e
outro, qualificados na inicial, ajuizaram ação
declaratória em face de ASSOCIAÇÃO DE
AMIGOS DO JARDIM ALGARVE.,alegando, em
síntese, que, muito embora de início
associado à requerida, em momento
subsequente expressou seu desejo de
desassociar-se. Ainda assim, a entidade
demandada prosseguiu a emitir cobranças em

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desfavor do autor. Entendendo que é livre o


direito de associação, postula a declaração
de que não é associado à requerida e que,
portanto, não são devidas despesas
análogas a contribuição condominial.
Regularmente citada, a parte requerida ofertou
contestação, oportunidade em que rebateu ponto
por ponto todas as assertivas autorais, pugnando,
por isso, pela total rejeição do pedido deduzido na
inicial. Deu-se a réplica na sequencia. Relatados,
D E C I D O. O feito comporta julgamento de
plano, pois basta o constante dos autos ao
esclarecimento da controvérsia, remanescendo,
no mais, questões de direito, tudo levando à
conclusão de que qualquer outra prova, seja
técnica, seja testemunhal, é mesmo dispensável.
Passo a enfrentar o mérito. Revendo
posicionamento anteriormente adotado por este
Juízo e na esteira do entendimento recentemente
consagrado pelo e. Superior Tribunal de Justiça,
tenho por PROCEDENTE a presenta demanda. A
questão suscita debates acalorados porque
confronta a garantia constitucional da liberdade
associativa e o princípio da vedação ao
enriquecimento ilícito. Entendia, outrora, que a
cobrança por despesas com manutenção de
loteamento em que constituída associação de
moradores era devida porque todos os
proprietários de lotes se beneficiam da
valorização de seu patrimônio imobiliário em
razão da infraestrutura provida pela associação.
Sendo assim, a obrigação de pagamento
fundamentava-se na vedação ao enriquecimento
sem causa em seu favor, na forma dos artigos
844 e seguintes do Código Civil. Ocorre que, à luz
da jurisprudência que vem se tornando vitoriosa,
tenho por bem reformar meu entendimento, para,
doravante, prestigiar a liberdade associativa. Nos
autos, há evidências de que tenha o autor
expressa clara vontade de não se associar à ré. E,
se ele não quer ser associada à requerida, não há
como compeli-lo a tanto e tampouco como força-
lo a pagamento de contribuições à associação.
Deveras, no embate jurídico ora instaurado, mais
acertado ter a liberdade como bem e princípio
mais elevados. Note-se o entendimento
expressado em recentíssima decisão do e. STJ:

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RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA


CONTROVÉRSIA - ART. 543-C DO CPC -
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES - CONDOMÍNIO DE
FATO - COBRANÇA DE TAXA DE MANUTENÇÃO DE
NÃO ASSOCIADO OU QUE A ELA NÃO ANUIU -
IMPOSSIBILIDADE. 1. Para efeitos do art. 543-C
do CPC, firma-se a seguinte tese: "As taxas de
manutenção criadas por associações de
moradores não obrigam os não associados ou que
a elas não anuíram". 2. No caso concreto, recurso
especial provido para julgar improcedente a ação
de cobrança. (REsp 1280871/SP, Rel. para
acórdão Ministro MARCO BUZZI, SEGUNDA
SEÇÃO, julgado em 11/03/2015, g.n.)

Esta posição firmada pelo Tribunal Superior


coroa tese amiúde adotada pelos Tribunais
brasileiros.

Civil. Loteamento. Associação de moradores.


Cobrança de contribuição. Recurso provido. O
proprietário do lote, que não faz parte da
associação, não está obrigado a concorrer para o
custeio de serviços por esta prestados, se não os
solicitou. (Apelação nº 990.06.018480-7, TJSP,
Segunda Câmara de Direito Privado, Rel. Des.
BORIS KAUFFMANN, j. 18.06.10, v.u.).

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL.


CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA. ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES. CONDOMÍNIO ATÍPICO. COTAS
RESULTANTES DE DESPESAS EM PROL DA
SEGURANÇA E CONSERVAÇÃO DE ÁREA COMUM.
COBRANÇA DE QUEM NÃO É ASSOCIADO.
IMPOSSIBILIDADE. 1. Consoante entendimento
firmado pela Segunda Seção do STJ, "as taxas de
manutenção criadas por associação de
moradores, não podem ser impostas a
proprietário de imóvel que não é associado, nem
aderiu ao ato que instituiu o encargo" (EREsp n.
444.931/SP, rel. Min. Fernando Gonçalves, rel. p/
o acórdão Min. Humberto Gomes de Barros, DJ de
1º.2.2006). 2. Agravo regimental desprovido.
(AgRg no Resp 613474/RJ, Rel. Min. JOÃO
OTÁVIO DE NORONHA, J. 17.09.09, v.u.).

"AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL.


CIVIL. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. TAXA
CONDOMINIAL. IMPOSIÇÃO DE OBRIGAÇÃO A

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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

NÃO ASSOCIADO. ILEGALIDADE. I. As taxas de


manutenção criadas por associação de moradores
não podem ser cobradas de proprietário de imóvel
que não é associado, nem aderiu ao ato
instituidor do encargo. 2 - Uniformização da
jurisprudência da Segunda Seção do STJ a partir
do julgamento do EREspn. 444.931/SP (Rel. Min.
Fernando Gonçalves, Rel. p/ acórdão Min.
Humberto Gomes de Barros, DJU de 01.02.2006).
3 - Precedentes específicos. 4 - Agravo interno
provido."

(AgRg no REsp 1106441/SP, Rel. Ministro PAULO


DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA,
julgado em 14/06/2011, DJe 22/06/2011).
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES MENSALIDADE
AUSÊNCIA DE ADESÃO. Por não se confundir a
associação de moradores com o condomínio
disciplinado pela Lei nº 4.591/64, descabe, a
pretexto de evitar vantagem sem causa, impor
mensalidade a morador ou a proprietário do
imóvel que a ela não tenha aderido.
Considerações sobre o princípio da legalidade e da
autonomia da manifestação da vontade artigo 5º,
incisos II e XX, da Constituição Federal. (RE nº
432.106/RJ, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, j.
20.09.11, v.u.).

Pelo exposto e por mais que dos autos consta,


julgo PROCEDENTE o pedido desta ação, fazendo-
o para declarar que o autor não está associado ao
ente requerido e para determinar o levantamento
em favor do autor dos valores depositados nos
autos.

Por consequência, julgo EXTINTO o processo, com


apreciação de mérito, na forma do artigo 269, I,
CPC.

Condeno, finalmente, a parte requerida ao


pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios, que fixo em 10% do valor corrigido
da causa.
Certificado o trânsito em julgado e nada vindo em
dez dias, arquivem-se. P. R. I. Advogados(s):
Rodrigo Tadeu Tiberio (OAB 177507/SP), Fabio
Adriano Vituli da Silva (OAB
94790/SP), Leonice Moreira Nascimento (OAB
342320/SP)

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Juiz: Carlos Alexandre Aiba Aguemi

saiba mais sobre o caso deste falso condominio


lendo :

NOSSA SÃO PAULO

RUAS SE FECHAM E CASO ACABA NA JUSTIÇA

Publicado em: 10/07/2008 - 18:00


Fonte: O Estado de S.Paulo
Inadimplentes de 'bairros privados' criam
até associação de vítimas
A questão dos loteamentos fechados envolve
pontos que vão desde a ausência da
municipalidade e o desejo por melhorias até
extorsão e cerceamento de liberdade. No Jardim
Algarve, por exemplo, na cidade de Cotia, uma
associação de moradores foi criada em 1984 para
cobrar melhorias para o bairro, que na época não
contava com iluminação pública ou mesmo
recolhimento de lixo. Juntando moedinhas de
contribuições voluntárias, os vizinhos também
pagavam um guarda noturno, que passava com
seu apito todas as noites.
"Com o tempo as coisas foram evoluindo, a
associação recolhia o dinheiro e pagava para os
guardas que ficavam o dia inteiro", lembra
Elisabete Ferreira Dias Martins, moradora do
Jardim Algarve que fez parte da criação da
associação. "Começaram a fazer boletos e tudo
estava indo bem. Alguns pagavam e outros não,
pois era opcional." Em pouco tempo, no entanto,
a Associação de Amigos do Jardim Algarve
transformou o lugar em um grande bolsão
residencial, colocando cancela na entrada para
monitorar a entrada das pessoas e investindo em
equipamentos esportivos.
Foi o primeiro passo para a criação de um
condomínio residencial fechado, nos moldes de
Alphaville, com direito a sede social e quadra
poliesportiva disponível para os sócios - mas que
não contava com a aprovação de todos os
moradores.
"Por volta de 1995, um grupo de moradores
resolveu cobrar das pessoas que não pagavam a
mensalidade por acharem injusto. Só que a
cobrança obrigatória é ilegal, nós já pagamos
nossos impostos, somos pessoas de bem", diz
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Elizabete, que se recusou a pagar a taxa de


condomínio e agora está sendo cobrada na Justiça
juntamente com vários outros vizinhos - por
inadimplência. "As associações fecham ruas,
colocam guaritas no meio e se apoderam de áreas
públicas, escolhendo as pessoas que podem ou
não podem passar pela cancela. Aqui onde moro
tem um lago e fizeram uma pista de cooper, que
só pode ser usada pelos moradores do
condomínio. Mas eu não escolhi morar em um
condomínio fechado, escolheram isso por mim e
agora querem me cobrar por essa aberração."
PRIVATIZAÇÃO
Há casos ainda como o de Yvone Okida, cujo pai
era dono de um sítio na região de Cotia que deu
origem ao bairro do Jardim das Flores. Apesar de
aparecer na divisão do município, o bairro virou
um condomínio fechado depois que a maioria dos
vizinhos se uniu em uma associação de
moradores. Yvone, que ainda guarda fotos e
lembranças do sítio do seu pai, se recusou a
pagar os R$ 200 de condomínio e hoje tem uma
dívida que já alcançou os R$ 200 mil. "Desde
1992 querem me cobrar, mas acho isso imoral",
diz. "Construíram quadras aqui, jardins, tudo em
cima de área pública, mas eu nunca pedi por
isso."
Yvone, Elisabete, Ana e diversas outras pessoas
prejudicadas na região de Cotia estão se unindo
agora para criar uma defesa única. O Ministério
Público Estadual (MPE), que já coleciona dezenas
de reclamações idênticas, será acionado. "O
problema é que muitas vezes os juízes de
primeira instância não entendem o assunto e dão
ganho de causa para as associações", diz
Elisabete. "Somos obrigados a levar os casos para
a segunda instância e continuar lutando até que
alguém perceba essa incongruência."
INCONSTITUCIONAL
Segundo o promotor de Habitação e Urbanismo
José Carlos de Freitas, o fechamento de
loteamentos acaba criando governos paralelos,
espécies de milícias que estabelecem à revelia do
poder público a forma de uso das áreas comuns,
com o rateio de despesas com serviços de
colocação de asfalto e urbanização. "O mais
absurdo é o constrangimento a que o condômino
inadimplente está sujeito, com ações judiciais
movidas pela associação de moradores e corte no
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fornecimento de água", diz. "É sim uma


privatização de espaços públicos, que afronta os
direitos e garantias fundamentais previstas no
artigo 5º da Constituição Federal."
Para o advogado e jornalista Nicodemo Sposato
Neto, presidente da Associação das Vítimas dos
Loteamentos (Avilesp), os benefícios alardeados
pelas associações de moradores já estão inclusos
no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o
que torna a cobrança de mensalidade
inconstitucional. "Não há contrato, não há nada,
então as pessoas não podem ser cobradas por
algo que não contrataram", diz ele, que mora no
Loteamento Village II, na beira da Rodovia
Raposo Tavares, e também está à mercê das
taxas de condomínio. "Não há nem legislação que
autorize essas taxas de loteamentos fechados.
Queremos juntar o maior número possível de
casos para levar esse assunto para o Conselho
Nacional de Justiça, em Brasília. É aquele velho
papo: se a prefeitura está feliz em ter menos
custos e se a maioria está feliz em ter um bairro
fechado, a minoria paga o pato."
O QUE DIZ A LEI
Bairro privatizado: O fechamento de um
loteamento é proibida pela Lei Federal 6.766/79,
mas muitas prefeituras concedem a autorização
pelo fato de que um condomínio fechado desonera
a folha municipal de pagamentos
Dívida: Se não há um contrato assinado entre a
empresa de administração de condomínio e o
morador, a cobrança de uma taxa mensal
obrigatória poderá ser considerada ilegal.
Segundo o advogado Nicodemo Sposato Neto, o
morador que for cobrado por uma associação da
qual não faça parte deverá entrar com uma ação
declaratória na Justiça, afirmando que seu imóvel
está em um bairro localizado em terreno público

04/27/15--09:52: STJ - REsp 0 0


1280871/SP : RECURSO
REPRESENTATIVO : FALSO CONDOMINIO NÃO PODE
COBRAR TAXAS DE NÃO ASSOCIADOS

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OBRIGADA SENHOR !
QUE DEUS CONTINUE ABENÇOANDO
NOSSA NAÇÃO !
SENADORES DA REPUBLICA : REJEITEM O PLC 109/14
-

RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA


CONTROVÉRSIA - ART. 543-C DO CPC -
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES - CONDOMÍNIO DE
FATO - COBRANÇA DE TAXA DE MANUTENÇÃO DE
NÃO ASSOCIADO OU QUE A ELA NÃO ANUIU -
IMPOSSIBILIDADE.
1. Para efeitos do art. 543-C do CPC, firma-se a
seguinte tese: "As taxas de manutenção criadas
por associações de moradores não obrigam os
não associados ou que a elas não anuíram".
2. No caso concreto, recurso especial provido para
julgar improcedente a ação de cobrança.
(REsp 1280871/SP, Rel. para acórdão Ministro
MARCO BUZZI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
11/03/2015, g.n.)
O QUE DIZ O ARTIGO 543 -C DO CPC ?
A Lei n.º 11.672, de 08 de maio de 2008,
objetivando o alcance de uma prestação jurisdicional
racional e célere, sem, ao mesmo tempo, ferir o
contraditório e a ampla defesa, estabeleceu o
procedimento para o julgamento de recursos
especiais repetitivos.
Segundo a referida norma, quando, perante o tribunal a
quo, houver multiplicidade de demandas fundadas em
idêntica questão de direito, os recursos especiais
eventualmente interpostos serão processados nos
termos do art. 543-C do Código de Processo Civil.

(...)

Outrossim, não é necessário que os atos jurisdicionais

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decisórios que deram ensejo à interposição de recursos


especiais sejam idênticos. Basta que tratem da mesma
questão (pouco importando o resultado do decisum), e
que ela seja de direito (até porque, nos termos da
Súmula 7 do STJ, as questões de fato, em regra, não
são levadas aos tribunais superiores).
Segundo a sistemática de processamento instituída para
os recursos especiais repetitivos, caberá ao presidente
do tribunal a quo admitir um ou mais recursos
representativos da controvérsia, os quais serão
encaminhados [01] ao Superior Tribunal de Justiça. Os
demais recursos especiais ficarão suspensos até o
pronunciamento definitivo do STJ.

(...)
Um ponto merece realce. O art. 543-C tem aplicação
imediata, inclusive com relação aos recursos já
interpostos por ocasião da sua entrada em vigor. Neste
caso, não há desrespeito ao direito processual
adquirido, porque a disposição legal em referência não
diz respeito a pressupostos de admissibilidade recursal.

Assim, a uma primeira vista, tem-se que a nova


sistemática apresenta mais pontos positivos que
negativos. Destacar-se-ia como principal benefício o fato
de que, firmado o posicionamento pelo STJ acerca da
questão de direito, os demais recursos de natureza
ordinária surgentes terão seu seguimento negado ou
serão monocraticamente providos (se a decisão anterior
estiver, respectivamente, de acordo ou contra o
entendimento do STJ).

E vai-se mais longe: as novas demandas certamente


deparar-se-ão com as diposições do art. 285-A do
Código de Processo Civil, sendo alvos de julgamento
imediato de improcedência (acaso estejam em
desarmonia com a orientação pronunciada pelo Superior
Tribunal de Justiça).

Leia mais: http://jus.com.br/artigos/11266/uma-breve-


analise-do-art-543-c-do-cpc#ixzz3YWrCT6B7

Leia mais: http://jus.com.br/artigos/11266/uma-breve-


analise-do-art-543-c-do-cpc#ixzz3YWqpD9SH

Leia mais: http://jus.com.br/artigos/11266/uma-breve-


analise-do-art-543-c-do-cpc#ixzz3YWqb0mto

04/30/15--07:47: STJ CORRIGE 0 0


ERRO MATERIAL E PÕE FIM AO
"IMPÉRIO" DOS FALSOS CONDOMINIOS

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" SE DEUS É POR NÓS, QUEM SERÁ CONTRA NÓS


?"
"AGINDO DEUS, QUEM IMPEDIRÁ ? "
ALELUIA , ALELUIA

AgRg nos EDCL no Agravo de Instrumento no. 715.800 -


RJ ( 2005/0175257-0)
STJ CORRIGE ERRO MATERIAL E LIBERTA
VITIMAS DAS COBRANÇAS ILEGAIS IMPOSTAS
COERCITIVAMENTE POR FALSOS CONDOMÍNIOS
( ASSOCIAÇÕES DE MORADORES )

ACORDÃO JÁ TRANSITOU EM JULGADO, E NÃO CABE


MAIS RECURSO

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MILHARES DE FAMÍLIAS PROCESSADAS


ILEGALMENTE

DURANTE MUITO TEMPO, MILHARES DE CIDADÃOS


BRASILEIROS VIRAM-SE CATIVOS DAS "MAFIAS" DOS
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FALSOS CONDOMINIOS, E TIVEMOS QUE LUTAR ,


BRAVAMENTE, NA JUSTIÇA, PARA NÃO PERDEMOS
NOSSAS CASAS PRÓPRIAS, ÚNICO BEM DE FAMÍLIA,
PARA OS MILICIANOS* QUE USURPARAM ATIVIDADES
PRIVATIVAS DE ESTADO, E O PATRIMONIO PUBLICO,
ENRIQUECENDO-SE ILICITAMENTE, ÀS CUSTAS DO
SANGUE, SUOR , LAGRIMAS , DINHEIRO E RENDA
AUFERIDA COM LEILÕES JUDICIAIS DA CASA DOS
VIZINHOS NÃO ASSOCIADOS

Risco-moradia
Associações de bairro fazem reparos em vias
públicas e cobram de moradores não filiados;
Supremo diz que taxa é inconstitucional

PATRÍCIA BRITTO
Imagine que você more numa casa de rua, que não faz
parte de um condomínio, e que a associação de
moradores do seu bairro decida instalar câmeras de
segurança nas quadras, contratar vigias, capinar os
jardins e renovar as calçadas.

Para pagar os serviços, a entidade rateia as despesas


entre os proprietários e cobra uma taxa de manutenção
-mesmo de quem não é filiado ao grupo. Se o morador
não paga, é levado à Justiça. Essa manobra vem sendo
utilizada há alguns anos por associações de São Paulo,
da capital e de outras cidades, como Cotia.
leia a integra aqui

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RISCO MORADIA : FOLHA DE SÃO PAULO DENUNCIA


COBRANÇAS ILEGAIS DE FALSOS CONDOMÍNIOS

Estão me matando aos poucos não respeitando


meus direitos de cidadã e de idosa. ARMENIA in
PETIÇÃO AO STF

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LUIZ GEORG KUNZ : DE GERENTE DO BRADESCO A


VITIMA DE FALSO CONDOMINIO
MILHARES DE PESSOAS, INFELICITADAS PELOS
AZARES DA VIDA, VITIMADAS PELO CANCER E OUTRAS
DOENÇAS INCAPACITANTES, DESEMPREGADOS,
APOSENTADOS, PENSIONISTAS, TRABALHADORES DE
BAIXA RENDA, E MESMO PESSOAS DE CLASSE MÉDIA
QUE SE RECUSARAM A SE ASSOCIAR AOS FALSOS
CONDOMINIOS, E SE NEGARAM A FINANCIAR OS
ATOS ILEGAIS E IMORAIS PRATICADOS POR
ASSOCIAÇÕES DE MORADORES, VIRAM-SE, DE
REPENTE, VITIMADOS POR SENTENÇAS
CONDENATÓRIASINQUINADAS DE ERROS
MATERIAIS , QUE OS CONDENARAM A PAGAR
DIVIDAS INEXISTENTES E COBRANÇAS ILEGAIS,
APLICANDO , INDEVIDAMENTE, A LEI DE
CONDOMINIOS EM EDIFÍCIOS - LEI 4591/64 ÀS
ASSOCIAÇÕES DE MORADORES

Parece despercebida a situação caótica que se desenvolve no


Judiciário Brasileiro com reflexos na sociedade civil, aonde as
CORTES DE INSTÂNCIAS INFERIORES DA JUSTIÇA VÊM SE
NEGANDO A APLICAR A JURISPRUDÊNCIA ASSENTADA DA Eg.
Superior Corte, condenando moradores ao pagamento de taxas
ilegais cobradas por associações de bairro (falsos condomínios) e na
maioria dos casos penhorando seus bens únicos “imóveis” e assim
provendo o enriquecimento ilícito dessas associações. Continuemos,
pois, alertando as autoridades judiciais competentes, sobretudo, no

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âmbito de suas corregedorias, que ainda não se deram conta de que


alguns setores da Justiça estão patrocinando o maior estelionato de
todos os tempos que faz o caso de corrupção na Petrobrás e o
“mensalão” se tornarem irrelevantes no universo milionário dos
falsos condomínios, que possuem braços em quase todas as esferas
de Poder. Luiz Z. in PETIÇÃO AO STF

MUITOS NÃO CONSEGUIRAM SOBREVIVER,E


FALECERAM, DE AVC, DE CANCER, DE INFARTO, POR
CAUSA DOS ATAQUES, AMEAÇAS, ABUSOS ,
PERSEGUIÇÃO DIÁRIA CONTRA SUA VIDA, FAMÍLIA E
BENS, DENTRO E FORA DOS TRIBUNAIS.

Em Nova Lima, M.G, os falsos condomínios fecharam


vias públicas, controlam e mesmo impedem a entrada
de pessoas aos bairros e encaminham aos moradores
cobranças por serviços que são prestados pelo município
ou que não foram solicitados pelo morador. Os que se
recusam a pagar são ameaçados, tratados como mal
pagadores e finalmente cobrados judicialmente. Isto
precisa acabar. Centenas de famílias, incusive famílias
pobres podem perder o seu único bem, que é a sua
casa. Antonio T. in PETIÇÃO AO STF

OS CASOS SE MULTIPLICAM, E MUITOS FORAM


DENUNCIADOS AQUI

RJ - Se há enriquecimento sem causa no caso em tela , é por parte


das associacoes que antes de criarem os falsos condominios já existia
o art 5 inc xx .Visam com isso arrancar dinheiro dos moradores que
compram seus imoveis em loteamentos ,tudo com respaldo das
prefeituras.Isso tem que acabar principalmente em sao pedro da
aldeia rj loteamento olga diuana zacharias. lidney m. in PETIÇÃO AO
STF

MACEIO - AL - moro no bairro do jardin petropolis I a


quase 20anos e a pouco mais de cinco anos surgiu uma
associação e logo fecharam o bairro transformando em
falso condominio.logo os administradores passaram a
cobrar dos moradores e inpor leis e aqueles que se
recusaram a pagar,passaram a serem apontados como
inadiplentas sendo humilhados,perseguidos e até
ameaçados como é meu caso,a ultima ameaça veio em
forma de carta anonima escrita de propio punho a qual
dizia que minha casa seria assaltada e que alguem de
minha familia até poderia ser sequestrada.realmente a
coisa esta fora de controle e infelismente a justiça aqui
nada faz para coibir esse topo de coisa,pelo
contrario,até contribui ao condenar moradores
injustamente a pagar essas taxas imorais e
ilegais.estamos vivendo momentos de terror e refens
em nossa propia casa.não sabemos mais o que
fazer,pois nem mesmo com tantos documentos que
mostra as irregularidades da associação de moradores e
propietarios do residencial jardin petropolis I,o juiz do
quinto juizado continua a condenar moradores de forma
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extranha passando por cima das leis e decisões do


supremo se achando um DEUS.pedimos socorro,pois a
coisa aqui em maceio esta serissima. Miguel in PETIÇÃO
AO STF

MUITAS PESSOAS FORAM INCLUSIVE


ASSASSINADAS POR DESAFIAREM ESSAS
ASSOCIAÇÕES DE MORADORES!!!!

O STJ E O STF JÁ RESTABELECERAM A ORDEM


JURIDICA, MAS, MESMO ASSIM, AINDA EXISTEM
MILHARES DE SENTENÇAS EM EXECUÇÃO, QUE
CONDENARAM MORADORES NÃO ASSOCIADOS, E QUE,
SALVO ENGANO, ESTÃO CONTAMINADAS PELO MESMO
ERRO MATERIAL CORRIGIDO PELO STJ NO
JULGAMENTO DO AgRg nos EDCL no Agravo de
Instrumento no. 715.800 - RJ ( 2005/0175257-0)

A QUESTÃO DISCUTIDA NOS AUTOS NÃO SE AMOLDA


ÀS DISPOSIÇÕES DA LEI 4591/64 leia a integra aqui
trecho do primoroso VOTO do RELATOR que DEU
PROVIMENTO ao recurso do MORADOR

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O DOCUMENTO CONSTITUTIVO ( da associação )


NÃO TEM O CONDÃO DE TRANSFORMAR A
ASSOCIAÇÃO NUM CONDOMINIO, NO SEU
SENTIDO JURÍDICO

ACORDÃO que deu PROVIMENTO à APELAÇÃO


CIVIL 2005.001.04635 -17a. Cam Civil TJ RJ leia a
integra aqui

ASSOCIAÇÃO DE MORADOR NÃO É CONDOMINIO ,


NÃO TEM DIREITO MATERIAL DE PROCESSAR
NINGUEM PARA COBRAR TAXAS, DE QUALQUER

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ESPECIE

As taxas de manutenção criadas por associação de moradores, não


podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é associado,
nem aderiu ao ato que instituiu o encargo." (EREsp 444.931/SP, Rel.
Min. FERNANDO GONÇALVES, Rel. p/ Acórdão Min. HUMBERTO
GOMES DE BARROS, Segunda Seção, DJ de 01.02.2006)
‘CIVIL. LOTEAMENTO. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. COBRANÇA DE
CONTRIBUIÇÃO POR SERVIÇOS PRESTADOS. O proprietário de lote
não está obrigado a concorrer para o custeio de serviços prestados
por associação de moradores, se não os solicitou. Recurso especial
conhecido e provido.’ (REsp 444.931/SP, Rel. Min. ARI PARGENDLER,
Terceira Turma, DJ de 06.10.2003)
DESVIO DE FINALIDADE
ASSOCIAÇÃO DE MORADOR TAMBÉM NÃO É EMPRESA
PRESTADORA DE SERVIÇO E AS ASSOCIAÇÕES
DESVIADAS DE SUAS FINALIDADES
ESTATUTÁRIASPODEM E DEVEM SER
DISSOLVIDAS POR MEIO DE AÇÃO CIVIL PUBLICA
INSTAURADA PELO MINISTERIO PUBLICO,

EVASÃO TRIBUTÁRIA :

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AO GOZAR INDEVIDAMENTE DA ISENÇÃO


TRIBUTÁRIA CONCEDIDA ÀS ASSOCIAÇÕES CIVIS
REALMENTE FILANTROPICAS , OS FALSOS
CONDOMINIOS ESTÃO COMETENDO, EM TESE, CRIME
CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, E , ASSIM, TODO O
DINHEIRO QUE ELES ARRECADARAM DE TERCEIROS
NOS ULTIMOS CINCO ANOS ,PODE E DEVE SER
TRIBUTADO

DENUNCIEM ESTES ILICITOS AO MINISTERIO


PUBLICO, E À RECEITA FEDERAL
PARA ACABAR DE VEZ COM ESTES ILICITOS, É
PRECISO, APENAS ,QUE AS VITIMAS DESTES ABUSOS
E ATOS ILEGAIS DOS FALSOS CONDOMINIOS TENHAM
A CORAGEM DE CUMPRIR SEU DEVER CIVÍCO E
DENUNCIEM ESTES ATOS ILEGAIS AO MINISTERIO
PUBLICO, FEDERAL E ESTADUAL, E AO MINISTERIO DA
FAZENDA

ESTAMOS SENDO MASSACRADOS , E É IMPERIOSA


A DIVULGAÇÃO PELA MIDIA

PARALELAMENTE A ISTO, É PRECISO QUE A MIDIA


DIVULGUE ENFÁTICAMENTE OS CRIMES CONTRA O
ESTADO E CONTRA OS CIDADÃOS, QUE DE FATO,
ESTÃO ACONTECENDO POR DETRAS DOS MUROS E
PORTÕES ILEGAIS DOS FALSOS CONDOMINIOS, ONDE
MORADORES SÃO APRISIONADOS,
AMEAÇADOS,EXTORQUIDOS de BENS E DE DIREITOS
CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS

ESTE É O MEU CASO: SOU VÍTIMA DE UMA MILÍCIA


FORMADA POR UM DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL,
POLICIAIS MILITARES E ATÉ POLÍTICOS.
ESTA MILÍCIA DESTRUIU A MINHA VIDA E A JUSTIÇA
SEMPRE ACOLHEU AS RAZÕES DELES, IGNORANDO BO
DA 16a. DPRJ, DE REGISTRO DE AMEAÇA DE MORTE E
COMO SE ISSO NÃO FOSSE NADA A JUSTIÇA
DESQUALIFICOU TODAS AS PROVAS DOCUMENTAIS
JUNTADAS NOS AUTOS, COMPROVANDO A GRILAGEM
DE TERRAS, CUJA A ASSOCIAÇÃO FOI FUNDADA PARA
DAR PERSONALIDADE JURÍDICA AO EMPREENDIMENTO
FRAUDULENTO DO QUAL EU FUI VÍTIMA, E CUJO
TABELIÃO DO 11o. OFÍCIO DE NOTAS DO RJ, PERDEU
O CARTÓRIO APÓS SER PROCESSADO PELA
CORREGEDORIA DA JUSTIÇA DO RJ. ENFIM, O PAPEL
DA ASSOCIAÇÃO É SIMPLESMENTE DAR
CONTINUIDADE ÀS ILICITUDES INICIADAS PELOS
GRILEIROS, OU SEJA, TOMAR AS CASAS E TERRENOS
DOS ADQUIRENTES DE BOA FÉ QUE SE RECUSAM A
PAGAR PELAS TAXAS ABUSIVAS QUE SÃO
COBRADAS.ISTO PRECISA SER DIVULGADOPARA O
MUNDO TODO TOMAR CONHECIMENTO DO QUE SE
PASSA NO NOSSO PAÍS, POIS MUITAS PESSOAS
FORAM INCLUSIVE ASSASSINADAS POR
DESAFIAREM ESSAS ASSOCIAÇÕES DE
MORADORES!!!!EU MESMA VIVO ESCONDIDA COM
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MEDO DO QUE ME POSSA ACONTECER. EU SOU MARIA


CRISTINA VÍTIMA DE UM FALSO CONDOMÍNIO DO RIO
DE JANEIRO, BAIRRO RECREIO DOS BANDEIRANTES!!!!

SENADORES REJEITEM A "PEC" DOS FALSOS


CONDOMINIOS

O PAPEL DA IMPRENSA É INFORMAR A POPULAÇÃO


SOBRE OS FATOS RELEVANTES QUE OCORREM NO
BRASIL, E DENUNCIAR A CORRUPÇÃO E OS CRIMES
QUE SE PRATICAM CONTRA O ESTADO E CONTRA OS
CIDADÃOS,

É PRECISO DENUNCIAR, EM AMBITO NACIONAL, AS


IRREGULARIDADES E INCONSTITUCIONALIDADES
EXISTENTES NO PLC 109/2014 , antigo substitutivo do
PL 2725/11,QUE PRETENDE REVOGAR , POR VIA
INDIRETA, CLAUSULAS PETRAS DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, E LEIS FEDERAIS COGENTES, PARA
SUBMETER TODO O POVO BRASILEIRO AOS FALSOS
CONDOMINIOS

APOSENTADOS, PENSIONISTAS, E TODAS AS DEMAIS


FAMILIAS VITIMAS DOS ABUSOS E ILEGALIDADES DOS
FALSOS CONDOMINIOS ESTAMOS SENDO
,LITERALMENTE, DESTROÇADOS

ISTO SE DEVE, À GANANCIA DE ALGUNS, AO TERROR


IMPOSTO AOS MORADORES PELAS MILICIAS DOS
FALSOS CONDOMINIOS, E PRINCIPALMENTE, À
OMISSÃO INCONSTITUCIONAL DE POLITICOS E
SERVIDORES PUBLICOS QUE TEM O DEVER DE
DEFENDER O REGIME DEMOCRATICO DE DIREITO, E OS
DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS CIDADÃOS, MAS
NÃO O FAZEM .

POR ISTO, É COM IMENSA SATISFAÇÃO, QUE


REPUBLICAMOSO ACORDÃO DO STJ, no EMBARGOS
DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EAg nº 715800 / RJ
(2005/0175257-0)ONDE OS MINISTROS RESSALTARAM
OS PONTOS NODAIS DA CONTROVERSIA, DIRIMIDOS
PELO DESEMBARGADOR MAURO DICKSTEIN, RELATOR,
DA 17a. CAMARA CIVIL DO TJ RJ, que DEU
PROVIMENTO, à APELAÇÃO CIVIL, 0007210-
08.2002.8.19.0203(2002.203.006995-7),

APELAMOS A TODAS AS PESSOAS DE BEM , PARA QUE


ASSINEM NOSSAS PETIÇÕES
AO CONGRESSO NACIONAL E AO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL, E NOS AJUDEM A DEFENDER OS PILARES DO
REGIME REPUBLICANO E DO ESTADO DEMOCRATICO
DE DIREITO, CONTRA O ASSALTO DOS FALSOS
CONDOMINIOS

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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

Defenda seus direitos constitucionais à


liberdade, propriedade, vida digna, meio
ambiente sadio, livre uso das praias, ruas e do
patrimônio publico . assine PEDIDO DE
SUMULA VINCULANTE AO STF

Petição ao Congresso Nacional pelo FIM DOS


FALSOS CONDOMINIOS : Falsos condomínios
são organizações que ocupam bairros e
loteamentos, em todo país. Eles instalam
cancelas nas vias públicas, criam milícias e
cerceiam o direito Constitucional de ir e vir
dos cidadãos. Agora eles querem que o
Congresso Nacional legalize este golpe contra
a propriedade publica e a família brasileira.
Assine aqui e DIGA NÃO AO PL 3057 E AO
SUBSTITUTIVO DO PL 2725

LEIA OS DEPOIMENTOS DAS VITIMAS DOS FALSOS


CONDOMINIOS

E AJUDE-NOS A DEFENDER A SUA LIBERDADE,


IGUALDADE E PROPRIEDADE

CODIGO PENAL- ART 288

CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para


o fim específico de cometer crimes: (Redação dada pela
Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação


dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)

Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se


a associação é armada ou se houver a participação de
criança ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº
12.850, de 2013) (Vigência)

Constituição de milícia privada (Incluído dada pela Lei


nº 12.720, de 2012)

Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou


custear organização paramilitar, milícia particular, grupo
ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos
crimes previstos neste Código: (Incluído dada pela Lei
nº 12.720, de 2012)

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (Incluído


dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
SAIBA MAIS LENDO : O NOVO CRIME DO ARTIGO 288
– A DO CÓDIGO PENAL
http://socializandonoticiaseideias.blogspot.com.br/2012/
o-novo-crime-do-artigo-288-do-codigo.html

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(*) O QUE É ERRO MATERIAL ?

Erro formal ou material no direito civil


PORTAL DE LICITAÇÃO

Tem erro formal ou material no direito civil?

Tanto no direito civil quanto no processo civil, assim


como no direito administrativo temos erro formal ou
material. O erro material no direito civil é aquele que
provém da falsa percepção da realidade. No erro a
pessoa se engana sozinha. São anuláveis os negócios
jurídicos, quando as declarações de vontade emanam
de erro substancial que poderia ser percebido por
pessoa de diligência normal Art. 138 Cód. Civil.

O erro quanto à forma no direito civil é aquele que não


respeita as formalidades essenciais do negócio jurídico.
Em regra a validade da declaração de vontade não
dependerá de forma especial, senão quando a lei
expressamente a exigir Art. 107 Cód. Civil Ex: escritura
pública para transmissão de propriedade imóvel.
No processo civil o erro material é aquele que pode ser
perceptível num primeiro olhar. Ex. erro quanto ao
nome das partes na sentença, troca de letras. O erro
material e de cálculo mesmo depois de transitada em
julgado a sentença pode ser corrigido pelo juiz.
O erro formal no processo civil pode ser relativizado.
Segundo o princípio da instrumentalidade das formas
os atos processuais reputam-se válidos quando
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade
essencial Art. 154 CPC.
Normalmente dizemos erro material aquele proveniente
do direito civil, à matéria, direito substancial. Erro
formal é aquele decorrente da forma, normalmente
decorrente do procedimento, ou do direito processual,
direito adjetivo.

Clique aqui e veja o artigo sobre Erro Formal e


Erro Material.

link :
http://www.portaldelicitacao.com.br/questoes-
sobre-licitacoes/outras-questoes/465-erro-
formal-ou-material-no-direito-civil.html
acessado em 31 de abril de 2015

04/30/15--18:22: LIBERDADE JÁ : 0 0
FALSOS CONDOMINIOS AMEAÇAM
EMPRESAS E CIDADÃOS

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FALSOS CONDOMÍNIOS COBRAM ATÉ das


EMPRESAS
no passado, até a LIGHT foi condenada a pagar pelo TJRJ , e
GANHOU no STJ (veja abaixo)
A IMPOSSIBILIDADE DESTAS COBRANÇAS ESTA
PACIFICADA NO AMBITO DO STJ
agora eles querem que o Congresso Legalize este
GOLPE
SENADORES DA REPUBLICA , REJEITEM O PLC 109/14 (
PL 2725/11)
Falsos condomínios são associações que ocupam bairros
e loteamentos, em todo país. Eles instalam cancelas nas
vias públicas, criam milícias e violam o direito de ir e vir,
a Liberdade de associação e o Direito de Propriedade
publica e privada assine aqui
REGISTRE SUA DENUNCIA
no Manifesto Nacional ao STF com
PEDIDO de SÚMULA VINCULANTE
As taxas de manutenção criadas por associações de
moradores não obrigam os não associados ou que a elas
não anuiram¨. leia aqui

LIBERDADE e IGUALDADE JÁ !

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.344.898 - RJ


(2010⁄0156711-6)

RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA

AGRAVANTE : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES DO PORTO


DOS CABRITOS

ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO

AGRAVADO : LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S⁄A

ADVOGADOS : ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REISr

LUCAS ANTONIO DA FONSECA COSTA E OUTRO(S)

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES. COTAS CONDOMINIAIS OU QUALQUER OUTRA
CONTRIBUIÇÃO. COBRANÇA COMPULSÓRIA. INVIABILIDADE.

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1. É inviável impor a cobrança de taxas


condominiais de manutenção ou de qualquer
outra espécie a proprietários de imóveis que não
sejam associados e não tenham aderido ao ato
que fixou o encargo.
2.Agravo regimental desprovido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior
Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs.
Ministros Sidnei Beneti, Paulo de Tarso Sanseverino (Presidente),
Ricardo Villas Bôas Cueva e Nancy Andrighi votaram com o Sr.
Ministro Relator.
Brasília (DF), 06 de agosto de 2013(Data do Julgamento)
MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
Relator
AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.344.898 - RJ
(2010⁄0156711-6)

RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA

AGRAVANTE : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES DO PORTO


DOS CABRITOS

ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO

AGRAVADO : LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S⁄A

ADVOGADOS : ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS

LUCAS ANTONIO DA FONSECA COSTA E OUTRO(S)

RELATÓRIO
O EXMO. SR. MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA:
Trata-se de agravo regimental interposto por ASSOCIAÇÃO DOS
PROPRIETÁRIOS E MORADORES DO PORTO DOS CABRITOS contra
decisão monocrática de minha lavra e assim ementada:
"CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. COBRANÇA DE TAXAS E
CONTRIBUIÇÕES. PROPRIETÁRIO NÃO INTEGRANTE.
IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
1. As taxas de manutenção instituídas por associação de moradores
não podem ser impostas a proprietário de imóveis que não é
associado e que não aderiu ao ato que fixou o encargo. Precedentes.
2. Dissídio jurisprudencial configurado.
3. Agravo de instrumento conhecido para dar provimento ao recurso
especial."
A agravante alega que a decisão merece reforma. Argumenta que há
obrigatoriedade de o agravado pagar as taxas instituídas pela
associação de moradores, em razão de usufruir dos serviços
prestados, sob pena de enriquecimento ilícito.
Colacionada julgados do STJ e do STF a fim de amparar sua
pretensão.
É o relatório.
AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.344.898 - RJ (2010⁄0156711-6)

EMENTA

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PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES. COTAS CONDOMINIAIS OU QUALQUER OUTRA
CONTRIBUIÇÃO. COBRANÇA COMPULSÓRIA. INVIABILIDADE.
1. É inviável impor a cobrança de taxas condominiais de manutenção
ou de qualquer outra espécie a proprietários de imóveis que não
sejam associados e não tenham aderido ao ato que fixou o encargo.
2.Agravo regimental desprovido.

VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
(Relator):
O recurso não merece prosperar, devendo a decisão ser mantida por
seus próprios fundamentos.
Com efeito, vê-se que o entendimento proferido encontra amparo na
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça de que é inviável impor
a cobrança de taxas condominiais de manutenção ou de qualquer
outra espécie a proprietários de imóveis que não sejam associados e
não tenham aderido ao ato que fixou o encargo.
Nesse sentido, colaciono os seguintes julgados:
"AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ASSOCIAÇÃO. COBRANÇA DE TAXA DE SERVIÇOS.
NÃO-ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 168⁄STJ. AGRAVO
NÃO PROVIDO.
1. Descabida a cobrança, por parte da associação, de taxa de
serviços de proprietário de imóvel que não faz parte do seu quadro
de sócios.
2. 'Não cabem embargos de divergência, quando a jurisprudência do
Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado'
(Súmula 168⁄STJ).
3. Agravo regimental não provido." (Segunda Seção, AgRg nos EAg
n. 1.053.878⁄SP, relatora Ministra Maria Isabel Gallotti, DJe de
17.3.2011.)
"AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RECURSO
ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. TAXA DE MANUTENÇÃO.
PAGAMENTO POR PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL NÃO ASSOCIADO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 168 DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO." (Segunda Seção, AgRg nos EAg n. 1.063.663⁄MG,
relator Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, DJe de 4.3.2011.)
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE
COBRANÇA - ASSOCIAÇÃO DE PROPRIETÁRIOS E MORADORES -
AUSÊNCIA DE ADESÃO - DEVER DE PAGAR AS DESPESAS E TAXAS
DE MANUTENÇÃO NÃO CARACTERIZADO, NA ESPÉCIE -
PRECEDENTES - AGRAVO IMPROVIDO." (Terceira Turma, AgRg no Ag
n. 1.330.968⁄RJ, relator Ministro Massami Uyeda, DJe de 25.2.2011.)
"RECURSO ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. TAXAS DE
MANUTENÇÃO DO LOTEAMENTO. IMPOSIÇÃO A QUEM NÃO É
ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE.
I- As taxas de manutenção criadas por associação de moradores, não
podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é associado,
nem aderiu ao ato que instituiu o encargo. Precedentes.
II- Orientação que, por assente há anos, é consolidada neste
Tribunal, não havendo como, sem alteração legislativa, ser revista, a
despeito dos argumentos fático-jurídicos contidos na tese contrária.
III- Recurso Especial provido." (Terceira Turma, REsp n.
1.020.186⁄SP, relator Ministro Sidnei Beneti, DJe de 24.11.2010.)
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"AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO


ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. CONDOMÍNIO ATÍPICO.
COBRANÇA DE NÃO-ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DO
ENUNCIADO SUMULAR N.º 168⁄STJ.
1. Consoante entendimento sedimentado no âmbito da Eg. Segunda
Seção desta Corte Superior, as taxas de manutenção instituídas por
associação de moradores não podem ser impostas a proprietário de
imóvel que não é associado, nem aderiu ao ato que fixou o encargo
(Precedentes: AgRg no Ag 1179073⁄RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi,
Terceira Turma, DJe de 02⁄02⁄2010; AgRg no Ag 953621⁄RJ, Rel.
Min. João Otávio de Noronha, Quarta Turma, DJe de 14⁄12⁄2009;
AgRg no REsp 1061702⁄SP, Rel. Min. Aldir Passarinho, Quarta Turma,
DJe de 05⁄10⁄2009; AgRg no REsp 1034349⁄SP, Rel. Min. Massami
Uyeda, Terceira Turma, DJe 16⁄12⁄2008)
2. À luz da inteligência do verbete sumular n.º 168⁄STJ, 'não cabem
embargos de divergência, quando a jurisprudência do Tribunal se
firmou no mesmo sentido do acórdão embargado'.
3. Agravo regimental a que se nega provimento." (Segunda Seção,
AgRg no EREsp n. 961.927⁄RJ, relator Ministro Vasco Della Giustina,
Desembargador convocado do TJ⁄RS, DJe de 15.9.2010.)
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
AUTUAÇÃO

AGRAVANTE : LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S⁄A


ADVOGADO : LUCAS ANTONIO DA FONSECA COSTA E OUTRO(S)
ADVOGADOS : ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS
GUSTAVO PERSCH HOLZBACH E OUTRO(S)
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES
DO PORTO DOS CABRITOS
ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.344.898 - RJ (2010⁄0156711-


6)

RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA

AGRAVANTE : LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S⁄A


ADVOGADO : LUCAS ANTONIO DA FONSECA COSTA E OUTRO(S)

ADVOGADA : ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS

AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES


DO PORTO DOS CABRITOS
ADVOGADO : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO

EMENTA
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. COBRANÇA DE TAXAS E
CONTRIBUIÇÕES. PROPRIETÁRIO NÃO INTEGRANTE.
IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
1. As taxas de manutenção instituídas por
associação de moradores não podem ser impostas
a proprietário de imóveis que não é associado e
que não aderiu ao ato que fixou o encargo.
Precedentes.
2. Dissídio jurisprudencial configurado.

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3. Agravo de instrumento conhecido para dar provimento ao recurso


especial.
DECISÃO
Trata-se de agravo de instrumento interposto por LIGTH SERVIÇOS
DE ELETRICIDADE S⁄A contra decisão que inadmitiu recurso especial
com base:
a) na incidência das Súmulas n. 282⁄STF e n. 7⁄STJ; e
b) na ausência de cotejo analítico entre os acórdãos confrontados
com o objetivo de comprovar o alegado dissídio jurisprudencial.
Alega a agravante, em síntese, que o recurso especial atendeu aos
pressupostos de admissibilidade, razão pela qual requer o seu
processamento.
É o relatório. Decido.
O recurso especial foi interposto com fulcro nas alíneas "a" e "c" do
permissivo constitucional, contra acórdão assim ementado:
"COBRANÇA - AS ASSOCIAÇÕES DE MORADORES PODEM EXIGIR
DAQUELES QUE SE BENEFICIAM DOS SERVIÇOS PRESTADOS A
CONTRIBUIÇÃO DEVIDA, POSTO QUE VEDADO O ENRIQUECIMENTO
SEM CAUSA - SÚMULA Nº 79 DESTA CORTE - JUROS DE MORA
CONTADOS DA CITAÇÃO - PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO." (fl.
76)
Aduz a recorrente que o acórdão violou os arts. 53, parágrafo único,
e 1.332 do Código Civil; e 7º e 8º da Lei n. 4.591⁄64, sustentando a
tese de que não há enriquecimento sem causa, já que não é cabível a
cobrança de taxas de cotas condominiais por associação de
moradores.
Alega ainda a existência de dissídio jurisprudencial.
O recurso merece prosperar.
A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça já firmou
jurisprudência no sentido de que as taxas de manutenção instituídas
por associação de moradores não podem ser impostas a proprietário
de imóveis que não é associado e que não aderiu ao ato que fixou o
encargo. Destaco, por oportunos, os seguintes precedentes:
"DIREITO CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. TAXA DE
MANUTENÇÃO. COBRANÇA DE PESSOA NÃO ASSOCIADA.
IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA N.126⁄STJ.
INAPLICABILIDADE. RECURSO DESPROVIDO.
1. 'As taxas de manutenção criadas por associação de moradores,
não podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é
associado, nem aderiu ao ato que instituiu o encargo' (EREsp n.
444.931⁄SP, Relator Ministro FERNANDO GONÇALVES, Relator para
Acórdão Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, DJ 1º⁄2⁄2006).
2. Evidente a divergência entre o acórdão recorrido e a jurisprudência
desta Corte, o recurso especial interposto com fundamento na alínea
"c" do permissivo constitucional deve ser provido.
3. Agravo regimental a que se nega provimento." (Quarta Turma,
AgRg no REsp n. 1.096.413⁄SP, relator Ministro Antônio Carlos
Ferreira, DJe de 13⁄12⁄2012.)
"AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CIVIL. REPERCUSSÃO
GERAL. RECONHECIMENTO. PEDIDO DE SOBRESTAMENTO. NÃO
CABIMENTO. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. COBRANÇA DE TAXA DE
SERVIÇOS. NÃO ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE.
1 - É firme a compreensão desta Corte no sentido de não competir ao
relator determinar o sobrestamento do apelo especial em razão de
ter sido reconhecida a repercussão geral da matéria pelo Supremo
Tribunal Federal, tratando-se de providência a ser avaliada no
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momento do exame de eventual recurso extraordinário a ser


interposto, nos termos previstos no artigo 543-B do Código de
Processo Civil.
2 - A eg. Segunda Seção desta Corte pacificou o entendimento de
que as taxas de manutenção criadas por associação de moradores
não podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é
associado nem aderiu ao ato que instituiu o encargo.
3 - Agravo regimental desprovido." (Quarta Turma, AgRg no REsp n.
1.125.837⁄SP, rel. Ministro Raul Araújo, DJe de 5⁄6⁄2012.)
Dissídio jurisprudencial configurado.
Ante o exposto, com fulcro no art. 544, § 3º, do Código de Processo
Civil, conheço do agravo de instrumento para dar provimento
ao recurso especial, julgando improcedente a ação de cobrança,
determinando a inversão dos ônus sucumbenciais e dos honorários
advocatícios fixados na origem.
Publique-se.
Brasília, 29 de maio de 2013.
MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
Relator

05/05/15--15:56: TJ RJ APELAÇÃO 0 0
CÍVEL. DIREITO
CONSTITUCIONAL. AÇÃO DE COBRANÇA. COTAS
“CONDOMINIAIS” OU “ASSOCIATIVAS”. CONDOMÍNIO
ATÍPICO OU DE FATO. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
RESERVA LEGAL E DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO (CF, 5
, II E XX). PRIVATIZAÇÃO INDEVIDA DO ESPAÇO
PÚBLICO. OBRIGAÇÃO PESSOAL E NÃO REAL.

republicamos o importante acordão ,referente à postagem

TJ RJ - Des. ROGERIO SOUZA EXPÕE


GRAVE PROBLEMA JURIDICO POLITICO E
SOCIAL : Ao invés de privatizar as
obrigações do Estado, a Sociedade deve
exigir que o Estado cumpra com suas
obrigações, para as quais recebe grande
parte da riqueza produzida por esta mesma
Sociedade - PARABENS DES. ROGÉRIO DE
OLIVEIRA SOUZA

"Ainda que a questão constitucional tenha enfrentado


soluções diversas nos Tribunais de todo o País, não mais
se admite, segundo o regime jurídico processual atual
(CPC, 543-B) que trata dos recursos repetitivos, conclusão
diversa daquela a que chegou a Suprema Corte quanto à
inconstitucionalidade de se exigir o pagamento de quem
não se associou voluntariamente." Des. Rogerio de Oliveira
Souza ( veja acordão aqui )
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PARABÉNS DES. ROGERIO DE OLIVEIRA SOUZA por sua


CORAGEM , em expor , de forma objetiva e direta , o
gravíssimo problema politico, jurídico e social criado pela
subtração de extensas áreas do território nacional ao
Regime Politico e Jurídico eleito pelo povo Brasileiro, e
consubstanciado Carta Magna da Nação , a CF/88 !

http://vitimasfalsoscondominios.blogspot.com.br/2013/0
rj-grave-problema-politico-e-social.html

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro


TRIBUNAL DE JUSTIÇA
9ª CÂMARA CÍVEL
=================================

APELAÇÃO CÍVEL 0035374-02.2010.8.19.0203

Apelante: ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E


MORADORESDO BOSQUE DOS ESQUILOS – GLEBA
C
Apelado: FRANKLIN CID PESTANA
REDATOR: DESEMBARGADOR ROGERIO DE
OLIVEIRA SOUZA

ACÓRDÃO

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CONSTITUCIONAL.


AÇÃODE COBRANÇA. COTAS “CONDOMINIAIS”
OU“ASSOCIATIVAS”. CONDOMÍNIO ATÍPICO OU
DE FATO.PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
RESERVA LEGAL EDA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
(CF, 5 , II E XX).PRIVATIZAÇÃO INDEVIDA DO
ESPAÇO PÚBLICO.OBRIGAÇÃO PESSOAL E NÃO
REAL. Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude da lei, não podendo ser
compelido a se associar a entidade privada. Associação
de moradores não tem nenhum direito de crédito em
face de morador que não se associou. Serviços de
segurança, limpeza e conservação que cabem ao Poder
Público prestar como obrigação constitucional de sua
razão de ser. Privatização dos espaços públicos por
entidade privada. Imposição de obrigação ao particular
de pagar duplamente pelos mesmos serviços, para os
quais já contribui através de impostos e taxas. Relação
jurídica que não se confunde com a obrigação
condominial, na qual as áreas comuns integram a fração
ideal do imóvel do condômino e, muito menos, com a
obrigação tributária, cujo fundamento é o dever de
constitucional de contribuir para a manutenção do
Estado e dos serviços públicos. Livre associação e livre
desvinculação associativa. Conhecimento
edesprovimento do recurso.
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VISTOS , relatados e discutidos estes autos


daApelação nº 00035374-02.2010.8.19.0203 em
que é apelanteASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS
E MORADORES DOBOSQUE DOS ESQUILOS –
GLEBA C e apelado FRANKLIN CIDPESTANA.

ACORDAM os Desembargadores da 9ª CâmaraCível


do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro,
pormaioria, em CONHECER O RECURSO e NEGAR-
LHEPROVIMENTO, na forma do voto do
Desembargador Redator.

Trata-se de ação proposta pela ASSOCIAÇÃO DOS


PROPRIETÁRIOS E MORADORES DO BOSQUE DOS
ESQUILOS –
GLEBA C em face de FRANKLIN CID PESTANA
objetivando a cobrança de despesas e contribuições
associativas sob o fundamento de ser o réu proprietário
de imóvel localizado em sua área de atuação,
encontrando-se inadimplente no período de março de
2003 a setembro de 2010, totalizando R$19.365,30.

A sentença de fls. 365/366 julgou improcedente o


pedido, sob o fundamento da liberdade de associação,
no sentido de que “não existe lei que imponha a
associação do particular a uma entidade privada; assim
sendo, é descabida a cobrança de contribuições
impostas por associação de moradores a proprietários
não associados que não aderiram ao ato que instituiu o
encargo”.

Recorreu o réu com as razões às fls. 368/384,


postulando a reforma da sentença, considerando que o
réu se beneficia dos serviços prestados pela associação,
tendo pago as contribuições por diversos anos sem
qualquer reclamação

O recurso foi contra arrazoado, conforme fls. 387/400,


prestigiando a sentença e a inconstitucionalidade das
cobranças em razão da ausência de adesão voluntária.

O recurso deve ser conhecido, porquanto presentes seus


requisitos de admissibilidade.

A controvérsia recursal cinge-se a perquirir sobre a


possibilidade de associações de moradores imporem e
cobrarem contribuições de todo e qualquer morador que
reside na área de sua atuação, ainda quando não
tenham a ela se associado voluntariamente.

De início, cumpre afirmar que o conflito entre o princípio


constitucional da LIVRE ASSOCIAÇÃO e do princípio de
direito que veda o enriquecimento sem causa é apenas
aparente, não servindo para a solução do problema.

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A Constituição Federal assegura que “ninguém será


obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei” (artigo 5 , II), asseverando ainda que
“ninguém poderá ser compelido a associar-se ou
permanecer associado” (artigo 5 , XX).

Vigora em plenitude absoluta o Princípio da Liberdade,


da liberdade perante a lei.

As associações privadas não têm nenhum poder e


nenhum direito de exigir que o particular se associe aos
seus quadros e seja compelido a pagar suas
contribuições.

Repita-se: não existindo lei que imponha a associação


do particular a uma entidade privada, carece esta de
qualquer direito em face do daquele e, muito menos, de
obter qualquer contribuição.
O estatuto da associação particular não tem o poder
jurídico de criar a adesão tão somente pelo fator
objetivo de imóvel do particular se situar dentro da área
territorial escolhida aleatoriamente como sendo de sua
própria atuação associativa.

Esta obrigação pecuniária não pode decorrer da


condição de proprietário, mas apenas de associado, se
neste sentido manifestou sua vontade.

Normalmente tais associações buscam prestar


“serviços”, de natureza essencialmente pública, a
determinada localidade residencial, especialmente
aqueles destinados a segurança pública.
Contudo, verifica-se que tais “serviços” são próprios do
Poder Público ou de qualquer pessoa, seja natural ou
jurídica, não se revelando a necessidade e
imprescindibilidade de sua prestação.

A conservação e reparação das áreas públicas, mas


indevidamente delimitadas com de sendo de uso
comum, devem caber ao Poder Público e à sociedade
como um todo e não a um determinado número de
residentes da localidade.

Assim, a obrigação legal do Apelante é para com o


condomínio legal (porque as áreas lhe são comuns,
integrando a fração ideal de seu imóvel particular) ou
para com o Poder Público (em razão da relação
tributária).

Quanto a estas obrigações, o proprietário não pode,


válida e legalmente, se afastar, sob pena de ser-lhe
exigido judicialmente o seu cumprimento.

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Se, por ventura, o proprietário não associado, vem


direta ou indiretamente, a se beneficiar deste ou
daquele serviço, tal situação de fato não tem o condão
de criar obrigação jurídica, judicialmente exigível.

Ao resolverem constituir a associação de moradores,


seus fundadores certamente tiveram ciência de que
muitos não iriam aderir ao projeto, devendo aqueles
entusiastas suportar por si o empreendimento.

Sob qualquer enfoque que se examine a matéria, não


existe razão - fática ou jurídica - para a Apelada impor
qualquer obrigação pecuniária em desfavor do Apelante,
sob pena – aí sim – de propiciar enriquecimento
indevido daquela, em detrimento deste.

Tais contribuições, mister que se esclareça, carecem de


um simples requisito para sua validação: a necessária e
voluntária associação.

A se entender diferente, não estaria longe o dia em que


nos veríamos sendo cobrados pela “associação de
taxistas do fórum”
porque simplesmente mantém ponto próximo
propiciando segurança e rapidez. Ou deveríamos ainda
contribuir para a “associação dos ascensoristas de
elevadores da cidade do Rio de Janeiro” porque prestam
serviço de qualidade ao nos transportar de um andar
para o outro.

Não.

Apenas no caso de associação voluntária à determinada


entidade, pode se estar exigir o pagamento dos
encargos sociais do associado.

E, no caso, não há qualquer prova no sentido do


Apelado ter aderido voluntariamente à associação, de
forma a ser compelido a pagar as referidas
contribuições.

Por certo, não pode o morador de determinada rua, pelo


simples fato de residir no local, ser obrigado a associar-
se a determinado grupo que, sem legitimidade, dispõe-
se a representar os moradores da região.

A situação é mais ilegal ainda quando a associação


pretende prestar serviços que são de responsabilidade
do Estado.

O mesmo enfoque já havia sido veiculado na Apelação


Cível 1994.08920, do extinto Tribunal de Alçada Cível,
da lavra do Eminente Desembargador JAIR PONTES
DE ALMEIDA : “Associação de moradores. Ninguém
será compelido a se associar ou a permanecer
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associado, nem será obrigado a fazer ou deixar de fazer


alguma coisa, senão em virtude de lei. Associações de
moradores, de proprietários ou de amigos de
determinado logradouro público só se constituem com
aqueles que a elas aderem voluntariamente”.

Por último, a legitimação que o Poder Judiciário vem


outorgando a tais associações, está lançando as
sementes para um problema futuro que as grandes
metrópoles certamente terão que enfrentar: é a tomada
de tais associações por motes de delinqüentes locais
(como já ocorre em diversas associações de favelas),
impondo a lei do terror àquele que ousar discordar ou
resistir em “contribuir” para os serviços de proteção.

É a volta a épocas passadas em que o particular tinha


que pagar para não ser atacado no recanto de seu lar,
diante da ausência do Poder Público e do arbítrio do
Poder Paralelo.

Tal situação absurda fomenta a conduta ilícita do


Estado, que não presta o serviço a que está obrigado
constitucionalmente, mas recebe o excessivo tributo,
bem como autoriza a cobrança de eventual
“contribuição” imposta pelo grupo que se apossou de
umas poucas ruas da vizinhança, colocou duas ou três
cancelas ilegais nas
extremidades e passou a se servir do medo que ela
própria fez nascer no morador.

Não se pode afastar o Direito da realidade social,


porquanto é o primeiro que serve à última, e não o
contrário.

Ao invés de privatizar as obrigações do Estado, a


Sociedade deve exigir que o Estado cumpra com suas
obrigações, para as quais recebe grande parte da
riqueza produzida por esta mesma Sociedade.

Comungando deste mesmo posicionamento, decidiu o


Supremo Tribunal Federal, reconhecendo, inclusive, a
repercussão geral da matéria:

DIREITO CIVIL E CONSTITUCIONAL. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE COBRANÇA DE
TAXAS DE MANUTENÇAO E CONSERVAÇÃO DE ÁREA DE
LOTEAMENTO. DISCUSSÃO ACERCA DO PRINCÍPIO
CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO.
MATÉRIA PASSÍVEL DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS
PROCESSOS, A REPERCUTIR NA ESFERA DE INTERESSE
DE MILHARES DE PESSOAS. PRESENÇA DE
REPERCUSSÃO GERAL. ( AI 745831RG, Relator (a):
Min. DIAS TOFFOLI, julgado em20/10/2011,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe- 226DIVULG 28-11-
2011 PUBLIC 29-11-2011 )

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RE 432106 / RJ - RIO DE JANEIRO


RECURSO EXTRAORDINÁRIO
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES – MENSALIDADE –
AUSÊNCIA DE ADESÃO . Por não se confundir a
associação de moradores com o condomínio disciplinado
pela Lei nº 4.591/64, descabe, a pretexto de evitar
vantagem sem causa, impor mensalidade a morador ou
a proprietário de imóvel que a ela não tenha aderido.
Considerações sobre o princípio da legalidade e da
autonomia da manifestação de vontade – artigo 5º,
incisos II e XX, da Constituição Federal. Relator: Min.
MARCOAURÉLIO Julgamento: 20/09/2011
ÓrgãoJulgador: Primeira Turma Publicação DJe-
210 DIVULG03-11-2011 PUBLIC 04-11-2011 ).

Ainda que a questão constitucional tenha enfrentado


soluções diversas nos Tribunais de todo o País, não mais
se admite, segundo o regime jurídico processual atual
(CPC, 543-B) que trata dos recursos repetitivos,
conclusão diversa daquela a que chegou a Suprema
Corte quanto à inconstitucionalidade de se exigir o
pagamento de quem não se associou voluntariamente.

Diante do exposto, conheço o recurso e nego-


lheprovimento, mantendo a sentença em todos os
seus termos.

Rio de Janeiro, 05 de fevereiro de 2013.

Rogerio de Oliveira Souza


Desembargador Redator

05/05/15--16:18: STJ : 0 0
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO
CARACTERIZADA. SUPRIMENTO. NECESSIDADE. EFEITOS
INFRINGENTES. POSSIBILIDADE. EXCEPCIONALIDADE.
DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NOTÓRIO. MITIGAÇÃO DOS
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE. ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES. CONDOMÍNIO ATÍPICO. COBRANÇA DE NÃO
ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.

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EDcl no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.356.554 - SP (2012⁄0251862-7)

RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA

EMBARGANTE : WANDERLEY ZANETTI GOULART E OUTRO

ADVOGADOS : ELTON FERNANDO ROSSINI MACHADO E OUTRO(S)

JOSÉ ROBERTO SPOLDARI E OUTRO(S)

LUCIANO FRANCISCO DE OLIVEIRA E OUTRO(S)

ROBERTO MAFULDE

EMBARGADO : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES NO PAINEIRAS


PARQUE RESIDENCIAL

ADVOGADOS : CHEIDE MAUAD FILHO

TAÍS NADER MARTA E OUTRO(S)

EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO CARACTERIZADA. SUPRIMENTO.
NECESSIDADE. EFEITOS INFRINGENTES. POSSIBILIDADE.
EXCEPCIONALIDADE. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NOTÓRIO.
MITIGAÇÃO DOS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE. ASSOCIAÇÃO
DE MORADORES. CONDOMÍNIO ATÍPICO. COBRANÇA DE NÃO
ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
1. A caracterização de omissão no julgado impõe o acolhimento dos
embargos declaratórios para suprimento.
2. A atribuição de efeitos infringentes aos embargos de declaração é
possível, em situações excepcionais, quando, sanado o vício da decisão
embargada, a alteração do resultado do julgamento surja como
consequência lógica.
3. É possível a mitigação dos requisitos formais de admissibilidade do
recurso especial diante da constatação de divergência jurisprudencial

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notória.
4. Consoante entendimento firmado pela Segunda Seção desta Corte
Superior, as taxas de manutenção criadas por associação de moradores
não podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é associado,
nem aderiu ao ato que instituiu o encargo.
5. Embargos de declaração acolhidos com efeitos modificativos para dar
provimento ao recurso especial.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas,
decide a Terceira Turma, por unanimidade, acolher os embargos de
declaração, com efeitos modificativos, nos termos do voto do(a) Sr(a).
Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Nancy Andrighi, João Otávio de
Noronha, Sidnei Beneti e Paulo de Tarso Sanseverino votaram com o Sr.
Ministro Relator.
Brasília (DF), 13 de maio de 2014(Data do Julgamento)
Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva 
Relator
EDcl no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.356.554 - SP
(2012⁄0251862-7)

RELATÓRIO
O EXMO. SR. MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (Relator):
Trata-se de embargos de declaração (e-STJ fls. 594-599) opostos por
WANDERLEY ZANETTI GOULART E OUTRO ao acórdão (e-STJ fls. 588-
591), que negou provimento ao agravo regimental interposto contra a
decisão de fls. 522-524 (e-STJ), que negou seguimento ao recurso
especial.
O acórdão embargado recebeu a seguinte ementa:
"AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DIVERGÊNCIA
JURISPRUDENCIAL. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO LEGAL
VIOLADO. SÚMULA Nº 284⁄STF.
1. O recurso especial fundamentado no dissídio jurisprudencial exige, em
qualquer caso, que tenham os acórdãos - recorrido e paradigma -
examinado o tema sob o enfoque do mesmo dispositivo de lei federal.
2. Se nas razões de recurso especial não há sequer a indicação de qual
dispositivo legal teria sido malferido, com a consequente demonstração
da eventual ofensa à legislação infraconstitucional, aplica-se, por
analogia, o óbice contido na Súmula nº 284 do Supremo Tribunal Federal,
a inviabilizar o conhecimento do recurso pela alínea 'c' do permissivo
constitucional.
3. Agravo regimental não provido" (e-STJ fl. 588).
Os embargantes apontam omissão no julgado atacado acerca de pontos
suscitados em seu agravo regimental, que consideram imprescindíveis
para o deslinde da controvérsia.
Sustentam, em síntese, que:
(i) a decisão está pautada em excesso de formalismo;
(ii) "a Eg. Superior Corte, já decidiu por mais de 114 vezes de forma
assentada que estas ações não podem proceder, contra aqueles
moradores que não possuem obrigações ou vínculos jurídicos ou no caso,
obrigações estatutárias" (e-STJ fl. 595);
(iii) "se fez no REsp menção e confronto da jurisprudência pacifica do STJ
contra o Enunciado nº 12 da 3ª Câmara da Seção de Direito Privado do
TJSP, destacada como fundamento no acórdão do Tribunal a quo" (e-STJ
fl. 596);

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(iv) "mencionam as razões de agravo regimental o apontamento das


laudas do REsp onde se destacam os artigos de lei em análise divergente
como a transcrição do acórdão recorrido da 3ª C. do TJSP nas 4ª e 5ª
laudas das razões de REsp" (e-STJ fl. 596) e
(v) "os julgados do STJ transcritos nas razões especiais nas laudas 7 e 8
das razões de REsp, há o confronto indicativo com recursos do STJ e nas
laudas 09, 10 e 11 das razões de recurso, são expressa e
analiticamente, confrontados o acórdão paulista com julgados do STF,
colocando em sua ordem a hierarquia das leis, como de costume faz o
STJ em casos reportando o mesmo tema aqui abordado" (e-STJ fl. 597).
Tendo em vista os efeitos infringentes pretendidos pelos embargantes,
foi conferida oportunidade de manifestação da parte adversa que,
contudo, deixou de se manifestar (e-STJ fls. 602 e 604).
É o relatório.
EDcl no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.356.554 - SP
(2012⁄0251862-7)
 
VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (Relator):
Colhe a irresignação manifestada nos presentes embargos de
declaração.
Compulsando os autos, verifica-se que não foi enfrentada a alegação,
estampada em sede de agravo regimental, concernente à necessidade de
relativização do óbice processual da Súmula nº 284⁄STF, tendo em vista
a caracterização de divergência jurisprudencial notória.
A referida omissão merece suprimento.
É certo que, de acordo com a jurisprudência desta Corte, mesmo nos
casos em que o recurso especial é interposto apenas pela alínea "c" do
artigo 105 da Constituição Federal, imprescindível se mostra a
indicação do artigo legal tido como violado ou que tivera sua vigência
negada, pois o dissídio jurisprudencial baseia-se na interpretação
divergente da lei federal.
Aplica-se, por analogia, em tais casos, o disposto na Súmula nº
284⁄STF, segundo a qual "é inadmissível o recurso extraordinário,
quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata
compreensão da controvérsia".
Nesse sentido:
"AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL
CIVIL. FAMÍLIA. ALIMENTOS. EXECUÇÃO. RECURSO ESPECIAL. ALÍNEA
'C'DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO
DISPOSITIVO LEGAL VIOLADO. SÚMULA 284⁄STF. NÃO
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS FORMAIS.
1. A ausência de indicação dos dispositivos tidos por violados não
autoriza o conhecimento do recurso especial, mesmo quando interposto
com base na alínea 'c' do permissivo constitucional (Súmula 284⁄STF).
2. Agravo regimental a que se nega provimento".
(AgRg no Ag 1.097.914⁄MG, Rel. Ministro HONILDO AMARAL DE
MELLO CASTRO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ⁄AP),
QUARTA TURMA, julgado em 25⁄08⁄2009, DJe 02⁄09⁄2009)
"ISS. ICMS. MANDADO DE SEGURANÇA. EFEITOS PATRIMONIAIS.
AJUIZAMENTO DO WRIT. SÚMULA Nº 271⁄STF. DISSÍDIO
JURISPRUDENCIAL. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO DE LEI
VIOLADO. SÚMULA 284⁄STF.

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I - No que tange ao dissídio jurisprudencial, deixou a ora agravante, nas


razões do recurso especial, de explicitar sobre qual norma
infraconstitucional teria ocorrido a dissidência interpretativa, conforme
exigido pelo art. 105, inciso III, alínea 'c', da Carta Magna: 'der a lei
federal interpretação divergente a que lhe haja atribuído outro Tribunal',
tendo se limitado a apontar divergência quanto à Súmula nº 213⁄STJ, que
não tem natureza de lei federal. Incide, à espécie, o enunciado sumular
nº 284 do STF. Precedentes: EDcl no REsp nº 955.389⁄RJ, Rel. Min.
FRANCISCO FALCÃO, DJ de 19⁄12⁄07; AgRg no Ag nº 764.091⁄SC, Rel.
Min. JOSÉ DELGADO, DJ de 14⁄12⁄06; REsp nº 533.766⁄RS, Rel. Min.
TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ de 16⁄05⁄05.
II - (...)
III - Agravo regimental improvido".
(AgRg no REsp 1.058.589⁄DF, Rel. Ministro  FRANCISCO FALCÃO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 02⁄09⁄2008, DJe 17⁄09⁄2008)
Ocorre que, também consoante entendimento assente neste Tribunal
Superior, é possível a mitigação dos requisitos formais de
admissibilidade do recurso especial diante da constatação de
divergência jurisprudencial notória.
A propósito:
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO
DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. ENUNCIADO SUMULAR. INCAPACIDADE
PARA  DEMONSTRAR DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. DEFICIÊNCIA NA
FUNDAMENTAÇÃO DO RECURSO. DIVERGÊNCIA NÃO DEMONSTRADA.
SÚMULA Nº 284⁄STF.
1. Enunciados sumulares possuem natureza essencialmente abstrata,
não se prestando à demonstração de divergência diante da
impossibilidade de cotejamento com o caso concreto. Precedentes.
2. A divergência jurisprudencial com fundamento na alínea 'c' do
permissivo constitucional, nos termos do art. 541, parágrafo único, do
Código de Processo Civil e do art. 255, § 1º, do Regimento Interno do
Superior Tribunal de Justiça, requisita comprovação e demonstração, a
qual não foi configurada na presente hipótese em virtude da ausência de
similitude fática entre o paradigma e o acórdão impugnado.
3.  Se a divergência não é notória, e nas razões de recurso
especial não há sequer a indicação de qual dispositivo legal teria
sido malferido, com a consequente demonstração da eventual
ofensa à legislação infraconstitucional, aplica-se, por analogia, o
óbice contido na Súmula nº 284 do Supremo Tribunal Federal, a
inviabilizar o conhecimento do recurso pela alínea 'c' do
permissivo constitucional. Precedentes.
4. Agravo regimental não provido".
(AgRg no AREsp 440.785⁄SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS
CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 25⁄03⁄2014, DJe 31⁄03⁄2014 -
grifou-se)
"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
OMISSÃO. EXISTÊNCIA. DISSÍDIO NOTÓRIO. CONCURSO PÚBLICO.
EXAME PSICOTÉCNICO. ANULAÇÃO POR DECISÃO JUDICIAL.
SUBMISSÃO A NOVO EXAME.
1. A teor do art. 535, incs. I e II, do Código de Processo Civil os embargos
de declaração destinam-se a suprir omissão, afastar obscuridade ou
eliminar contradição existente no julgado.

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2. Com efeito, o aresto embargado foi omisso quanto à existência de


dissídio notório entre o acórdão de origem e a jurisprudência pacífica
deste Superior Tribunal, no sentido de que, reconhecida a existência de
vícios na realização do exame psicotécnico, deve o candidato submeter-se
a novo exame, desta feita pautado por critérios constitucionais e legais.
3. Esta Corte autoriza, excepcionalmente, nos casos de
divergência jurisprudencial notória, a mitigação dos requisitos
exigidos para a interposição do recurso especial com base na
alínea 'c' do permissivo constitucional.
4. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos infringentes, para dar
provimento ao recurso especial, de modo a submeter o candidato a novo
exame, desta feita pautado por critérios constitucionais e legais".
(EDcl no AgRg no REsp 1.330.229⁄DF, Rel. Ministro OG FERNANDES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17⁄12⁄2013, DJe 03⁄02⁄2014 - grifou-se)
"ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. EXTINTO DNER.
PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS DO DNIT. APLICAÇÃO. MATÉRIA
SUBMETIDA AO RITO PREVISTO NO ARTIGO 543-C DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NOTÓRIA.
DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. ANÁLISE. IMPOSSIBILIDADE.
1. Nas situações de notória divergência jurisprudencial, é possível
a mitigação dos requisitos formais de admissibilidade do recurso
especial previstos na legislação processual.
2. A jurisprudência das Turmas que compõem a 1ª Seção é uníssona no
sentido de ser cabível a extensão das vantagens previstas no Plano
Especial de Cargos do DNIT (Lei 11.171⁄2005) aos inativos e pensionistas
do extinto DNER, compreensão confirmada no julgamento do REsp
1.244.632⁄CE, Rel. Ministro Castro Meira, julgado em 10⁄8⁄2011, DJe
13⁄9⁄2011, pelo rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC).
3. Não compete ao Superior Tribunal de Justiça, ainda que para fins de
prequestionamento, examinar na via especial suposta violação a
dispositivos constitucionais, sob pena de usurpação da competência do
Supremo Tribunal Federal.
4. Agravo regimental a que se nega provimento".
(AgRg no REsp 1.302.333⁄CE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 06⁄08⁄2013, DJe 15⁄08⁄2013 - grifou-se)
"EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM PROPÓSITO INFRINGENTE.
RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL. FUNGIBILIDADE
RECURSAL. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. DIVERGÊNCIA NOTÓRIA.
EXIGÊNCIAS MITIGADAS. SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT.
INDENIZAÇÃO COM BASE NO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE NA DATA DO
EVENTO DANOSO. DECISÃO MANTIDA.
1. Em caso de notória divergência interpretativa, devem ser
mitigadas as exigências de natureza formal, tal como o cotejo
analítico.
2. O valor da indenização decorrente do seguro obrigatório (DPVAT) deve
ser apurado com base no valor do salário mínimo vigente na data do
evento danoso, monetariamente atualizado até o efetivo pagamento, até o
limite de 40 salários mínimos.
3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se
nega provimento".
(EDcl no REsp 1.323.386⁄DF, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE
NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 25⁄06⁄2013, DJe 28⁄06⁄2013
- grifou-se)

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"AGRAVO REGIMENTAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.


RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
DIVERGÊNCIA NOTÓRIA. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1 - Não há no acórdão recorrido a fixação dos marcos temporais
necessários para a verificação da prescrição. Desta forma, é necessário o
retorno dos autos à instância ordinária para a verificação necessária.
2 - O recurso foi interposto com base na alínea 'c' do permissivo
constitucional e, sendo notória a jurisprudência, a decisão
apenas conheceu do recurso para aplicar a jurisprudência
pacificada desta Corte.
3 - Agravo regimental a que se nega provimento".
(AgRg no Ag 1.370.205⁄SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, julgado em 10⁄05⁄2011, DJe 13⁄05⁄2011 - grifou-se)
Na espécie, trata-se de recurso especial interposto por WANDERLEY
ZANETTI GOULART E OUTRO, fundamentado no artigo 105, inciso III,
alínea "c", da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo assim ementado:
"Ação de cobrança - Loteamento - Associação de moradores - Rateio das
despesas de manutenção dos serviços de interesse comum -
Admissibilidade - Vedação do enriquecimento sem causa - Precedentes -
Prescrição relativa a porte dos mensalidades cobradas - Ocorrência -
Prazo trienal - Art. 206, § 3º inciso IV do CPC - Recurso parcialmente
provido"(e-STJ fl. 389).
Nas razões do especial (e-STJ fls. 416-429), os recorrentes suscitam a
ocorrência de dissídio jurisprudencial acerca da inviabilidade da
cobrança de taxas por associação de moradores sem que o proprietário
tenha se associado.
A irresignação merece prosperar.
Com efeito, a jurisprudência desta Corte, há muito, encontra-se
consolidada no mesmo rumo da tese defendida nas razões do especial,
no sentido de que as taxas de manutenção instituídas por associação
de moradores não podem ser impostas a proprietário de imóvel que não
é associado, nem aderiu ao ato que fixou o encargo, consoante se
observa, a título exemplificativo, dos seguintes precedentes da Segunda
Seção e de ambas as suas Turmas integrantes:
"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE
DIVERGÊNCIA EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO.
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. COBRANÇA DE TAXA DE SERVIÇOS.
NÃO ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 168⁄STJ. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO.
I - 'Não cabem Embargos de Divergência quando a jurisprudência do
Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado' - Súmula
168⁄STJ.
II - A eg. Segunda Seção desta Corte pacificou o entendimento de
que as taxas de manutenção criadas por associação de
moradores não podem ser impostas a proprietário de imóvel que
não é associado nem aderiu ao ato que instituiu o encargo.
III - Agravo regimental desprovido".
(AgRg nos EAg 1.330.968⁄RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, SEGUNDA
SEÇÃO, julgado em 26⁄10⁄2011, DJe 07⁄12⁄2011 - grifou-se)
"PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AGRAVO
REGIMENTAL. INVIABILIDADE DE DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL EM
FACE DE ACÓRDÃO PROFERIDO POR OUTRO TRIBUNAL. ASSOCIAÇÃO

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DE MORADORES. TAXAS DE MANUTENÇÃO. DISSENSO SUPERADO.


SÚMULA N. 168⁄STJ.
1. Mantém-se na íntegra a decisão cujos fundamentos não foram
infirmados.
2. É improcedente, em de sede de embargos de divergência, a alegação
de existência de dissídio jurisprudencial entre acórdão do Superior
Tribunal de Justiça e aresto de qualquer outro Tribunal pátrio, mesmo
que seja do Supremo Tribunal Federal.
3. A jurisprudência da Seção de Direito Privado pacificou-se no
sentido de que as taxas de manutenção criadas por associação de
moradores não podem ser impostas a proprietário de imóvel que
não seja associado nem tenha aderido ao ato que instituiu o
encargo. Incidência da Súmula n. 168⁄STJ.
4.  Agravo regimental desprovido".
(AgRg nos EREsp 623.274⁄RJ, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE
NORONHA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 13⁄04⁄2011, DJe 19⁄04⁄2011
- grifou-se)
"AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RECURSO
ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. TAXA DE MANUTENÇÃO.
PAGAMENTO POR PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL NÃO ASSOCIADO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 168 DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO".
(AgRg nos EAg 1.063.663⁄MG, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23⁄02⁄2011, DJe
04⁄03⁄2011 - grifou-se)
"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA.
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. PROPRIETÁRIO NÃO INTEGRANTE.
COBRANÇA DE TAXAS OU CONTRIBUIÇÕES. IMPOSSIBILIDADE.
HARMONIA ENTRE O ACÓRDÃO EMBARGADO E A JURISPRUDÊNCIA
DO STJ. SÚMULA 168⁄STJ.
- Não cabem embargos de divergência quando o acórdão embargado
encontra-se no mesmo sentido da jurisprudência pacífica do Tribunal.
Agravo nos embargos de divergência não provido".
(AgRg nos EREsp 1.003.875⁄RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 25⁄08⁄2010, DJe 10⁄09⁄2010 - grifou-se)
"EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RECURSO ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES. TAXAS DE MANUTENÇÃO DO LOTEAMENTO. IMPOSIÇÃO
A QUEM NÃO É ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE.
- As taxas de manutenção criadas por associação de moradores,
não podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é
associado, nem aderiu ao ato que instituiu o encargo".
(EREsp 444.931⁄SP, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, Rel. p⁄
Acórdão Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, SEGUNDA
SEÇÃO, julgado em 26⁄10⁄2005, DJ 01⁄02⁄2006 - grifou-se)
"PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AGRAVO NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. AÇÃO DE COBRANÇA. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. TAXA
DE MANUTENÇÃO. PAGAMENTO IMPOSTO A PROPRIETÁRIO NÃO-
ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE.
1.Os proprietários de imóveis que não integram ou não aderiram
a associação de moradores não estão obrigados ao pagamento
compulsório de taxas condominiais ou de outras contribuições.
2.Agravo não provido".
(AgRg no AREsp 422.068⁄RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 25⁄02⁄2014, DJe 10⁄03⁄2014 - grifou-se)

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"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.


AÇÃO DE COBRANÇA. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES OU
ADMINISTRADORA DE LOTEAMENTO. TAXAS DE MANUTENÇÃO OU DE
QUALQUER OUTRA ESPÉCIE. INVIABILIDADE DE COBRANÇA A
PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL NÃO ASSOCIADO.  SÚMULAS N. 5 E 7 DO
STJ.
1. É  inviável  a  cobrança de  taxas  de  manutenção  ou  de
qualquer  outra  espécie por associação de moradores ou
administradora de loteamento a proprietário  de  imóvel  que  não
seja  associado  nem  tenha  aderido  ao  ato  que fixou o encargo.
Precedentes do STJ.
2. Assentado nas instâncias ordinárias tratar-se de imposição do rateio
de despesas a terceiro - proprietário ou morador - não vinculado à
administração do loteamento e que não tenha anuído à cobrança, não é
razoável a remessa dos autos ao Tribunal a quo para nova análise do
acervo probatório, tampouco oportuno aferir o acerto ou desacerto de tais
conclusões, por envolver a interpretação de cláusula contratual e o
reexame de prova, medidas vedadas pelas Súmulas n. 5 e 7⁄STJ.
3.   Agravo regimental desprovido".
(AgRg no REsp 1.184.563⁄SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE
NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 20⁄02⁄2014, DJe 07⁄03⁄2014
- grifou-se)
"AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES. LOTEAMENTO FECHADO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
CONTRIBUIÇÃO. INEXIGIBILIDADE DE QUEM NÃO É ASSOCIADO. NÃO
IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. 
APLICAÇÃO DA SÚMULA 182⁄STJ. IMPROVIMENTO.
1.- 'As taxas de manutenção criadas por associação de moradores,
não podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é
associado, nem aderiu ao ato que instituiu o encargo' (2ª Seção,
EREsp n. 444.931⁄SP, Rel. p⁄ acórdão Min. Humberto Gomes de Barros,
DJU de 01.02.2006).
2.- Nas razões do agravo regimental, devem ser expressamente
impugnados os fundamentos lançados na decisão agravada. Incidência
da Súmula 182 do Superior Tribunal de Justiça.
3.- Agravo Regimental improvido".
(AgRg no REsp 1.393.031⁄SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA
TURMA, julgado em 19⁄11⁄2013, DJe 03⁄12⁄2013 - grifou-se)
"PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO
AGRAVO REGIMENTAL. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL E DA
ECONOMIA PROCESSUAL. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. RATEIO DOS
CUSTOS DE MANUTENÇÃO. EXEGESE DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS E
REVOLVIMENTO DE PROVAS. SÚMULAS 5 E 7⁄STJ. AGRAVO
DESPROVIDO.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental em face do
nítido caráter infringente das razões recursais. Aplicação dos princípios
da fungibilidade e da economia processual.
2. 'As taxas de manutenção criadas por associação de moradores,
não podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é
associado, nem aderiu ao ato que instituiu o encargo' (EREsp
444.931⁄SP, Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES, Rel. p⁄ o acórdão Min.
HUMBERTO GOMES DE BARROS, DJU de 1º.2.2006).
3. A análise da alegação da agravante de assunção da obrigação do
pagamento das referidas taxas pelo morador não associado demanda o

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reexame de cláusulas contratuais e do acervo fático-probatório dos autos,


o que é vedado pelas Súmulas 5 e 7 do STJ.
4. Agravo regimental desprovido".
(EDcl no REsp 1.322.723⁄SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA
TURMA, julgado em 06⁄08⁄2013, DJe 29⁄08⁄2013 - grifou-se)
"DIREITO CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. TAXA DE
MANUTENÇÃO. COBRANÇA DE PESSOA NÃO ASSOCIADA.
IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA N. 126⁄STJ.
INAPLICABILIDADE. RECURSO DESPROVIDO.
1. 'As taxas de manutenção criadas por associação de moradores,
não podem ser impostas a proprietário de imóvel que não é
associado, nem aderiu ao ato que instituiu o encargo' (EREsp n.
444.931⁄SP, Relator Ministro FERNANDO GONÇALVES, Relator para
Acórdão Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, DJ 1º⁄2⁄2006).
2. Evidente a divergência entre o acórdão recorrido e a jurisprudência
desta Corte, o recurso especial interposto com fundamento na alínea 'c'
do permissivo constitucional deve ser provido.
3. Agravo regimental a que se nega provimento".
(AgRg no REsp 1.096.413⁄SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS
FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 06⁄12⁄2012, DJe 13⁄12⁄2012 -
grifou-se)
Diante da manifesta divergência entre o acórdão recorrido e a
jurisprudência desta Corte, impõe-se o provimento ao recurso especial
a fim de julgar improcedente a ação de cobrança.
A autora arcará com as despesas processuais e verba honorária
arbitrada em R$ 1.000,00 (mil reais).
Ante o exposto, acolho os embargos declaratórios para suprir a omissão
e, por consequência, atribuir-lhes efeitos infringentes e dar provimento
ao recurso especial nos termos da fundamentação acima.
É como voto.
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
TERCEIRA TURMA
EDcl no AgRg no
Número Registro: REsp
2012⁄0251862-7 PROCESSO 1.356.554 ⁄ SP
ELETRÔNICO
Números Origem: 122398503 249107 24912007 420062007
63971040 710120070420060 91184347720098260000
994090457701

EM MESA JULGADO:
13⁄05⁄2014

Relator
Exmo. Sr. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MAURÍCIO DE PAULA CARDOSO
Secretária
Bela. MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : WANDERLEY ZANETTI GOULART E OUTRO
ADVOGADOS : ROBERTO MAFULDE

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JOSÉ ROBERTO SPOLDARI E OUTRO(S)


LUCIANO FRANCISCO DE OLIVEIRA E OUTRO(S)
ELTON FERNANDO ROSSINI MACHADO E
OUTRO(S)
RECORRIDO : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES
NO PAINEIRAS PARQUE RESIDENCIAL
ADVOGADOS : TAÍS NADER MARTA E OUTRO(S)
CHEIDE MAUAD FILHO
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Pessoas Jurídicas - Associação
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EMBARGANTE : WANDERLEY ZANETTI GOULART E OUTRO
ADVOGADOS : ROBERTO MAFULDE
JOSÉ ROBERTO SPOLDARI E OUTRO(S)
LUCIANO FRANCISCO DE OLIVEIRA E OUTRO(S)
ELTON FERNANDO ROSSINI MACHADO E
OUTRO(S)
EMBARGADO : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES
NO PAINEIRAS PARQUE RESIDENCIAL
ADVOGADOS : TAÍS NADER MARTA E OUTRO(S)
CHEIDE MAUAD FILHO
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em
epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, acolheu os embargos de declaração, com
efeitos modificativos, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)
Relator(a).
Os Srs. Ministros Nancy Andrighi, João Otávio de Noronha, Sidnei
Beneti e Paulo de Tarso Sanseverino votaram com o Sr. Ministro
Relator.

Documento: Inteiro Teor do - DJe:


1320359 Acórdão 22/05/2014

05/06/15--05:37: TJ RJ - 6a. CAM. 0 0


CIVIL ACORDÃO EXCELENTE !
PARABENS !

PARABÉNS DES. INES DA TRINDADE CHAVES DE MELO


- RELATORA
PARABENS DES. BENEDICTO ULTRA ABICAIR,
PARABENS DES.DA 6a. CAMARA CIVIL DO TJ RJ
PARABÉNS DR. PAULO ROBERTO DE CARVALHO

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Estamos PUBLICANDO a INTEGRA deste ACORDÃO pois


é LEITURA essencial para TODOS que ainda tenham
duvida sobre a ILEGALIDADE das cobranças coercitivas
impostas por associações civis.

"Vale repetir que, decididamente, ninguém


poderá ser forçado, com base em qualquer
lei em vigore por via judicial nenhuma, a
contribuir com cota-parte nas despesas geradas
por mera associação de moradores à qual não
aderiu não pode ser impostas a proprietário de
imóvel que não seja a ela associado e nem
tampouco aderiu ao ato que instituiu o
encargo, como é o caso dos autos, ou que dela
licitamente se retirou." Des. INES da Trindade
Chaves de Melo ( grifos nossos )

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Processo No: 0019319-67.2010.8.19.0011

TJ/RJ - 6/5/2015 9:7 - Segunda Instância -


Autuado em 7/8/2014
Processo eletrônico - clique aqui para visualizar.
Classe: APELAÇÃO
Assunto: Enriquecimento sem Causa / Atos
Unilaterais / Obrigações / DIREITO
CIVIL

Órgão
SEXTA CAMARA CIVEL
Julgador:
Relator: DES. INES DA TRINDADE CHAVES DE
MELO
Revisor: DES. CLAUDIA PIRES DOS SANTOS
FERREIRA
APELANTE: MARIO LUIZ DE ARAUJO e outro
APELADO: SOCIEDADE CIVIL ORLA 500
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TIPO PERSONAGEM
Listar todos os personagens
Autor MARIO LUIZ DE ARAUJO
Autor CLAUDETE CARVALHO DE ARAÚJO
Advogado RJ076284 - PAULO ROBERTO DE
CARVALHO
Reu SOCIEDADE CIVIL ORLA 500
Advogado RJ112361 - RAFAEL LUIZ SARPA

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Processo originário: 0019319-67.2010.8.19.0011
RIO DE JANEIRO CABO FRIO 1 VARA CIVEL
cccc

SESSAO DE JULGAMENTO

Data do
08/04/2015 13:00
Movimento:
Resultado: Com Resolução do Mérito
Motivo: Provimento
COMPL.3: Conhecido o Recurso e Provido -
Unanimidade
Data da
08/04/2015 13:00
Sessão:
Antecipação
Não
de Tutela:
Liminar: Não
Presidente: DES. BENEDICTO ULTRA ABICAIR
Relator: DES. INES DA TRINDADE CHAVES DE
MELO
Revisor: DES. CLAUDIA PIRES DOS SANTOS
FERREIRA
Designado p/ DES. INES DA TRINDADE CHAVES DE
Acórdão: MELO
Decisão: Conhecido o Recurso e Provido -
Unanimidade
Texto: POR UNANIMIDADE, DEU-SE
PROVIMENTO AO RECURSO, NOS
TERMOS DO VOTO DO DES. RELATOR.
PRESENTE DR. PAULO ROBERTO DE
CARVALHO PELOS APELANTES.

PUBLICAÇÃO DO ACORDÃO

Data da
13/04/2015
Publicacao:
Folhas/Diario: 185/191
Número do 2127516
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Diário:

INTEIRO TEOR

Íntegra do(a) Despacho Mero expediente - Data:


02/09/2014
Íntegra do(a) Despacho Mero expediente - Data:
19/11/2014
Íntegra do(a) Despacho Peço dia para julgamento -
Data: 10/12/2014
Íntegra do(a) Acórdão - Data: 10/04/2015
Íntegra do(a) Despacho Em Mesa - Data: 30/04/2015

INTEGRA DO ACORDÃO :

APELAÇÃO CÍVEL
PROCESSO N° 0019319-67.2010.8.19.0011
SEXTA CÂMARA CÍVEL
MPV/VCC - 1 -
APELANTE: MARIO LUIZ ARAUJO
APELANTE: CLAUDETE CARVALHO DE ARAÚJO
APELADO: SOCIEDADE CIVIL ORLA 500
RELATORA: DES. INÊS DA TRINDADE CHAVES DE
MELO

APELAÇÃO CÍVEL. ASSOCIAÇÃO DE


MORADORES. CONDOMÍNIO ATÍPICO OU DE
FATO. AÇÃO DE COBRANÇA DE COTA
CONDOMINIAL. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DO
PEDIDO AUTORAL. MERECE REFORMA. O
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FIRMOU O
ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE, POR NÃO
SE CONFUNDIR A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES
COM O CONDOMÍNIO DISCIPLINADO PELA LEI
4.591/64, DESCABE, A PRETEXTO DE EVITAR
VANTAGEM SEM CAUSA, IMPOR MENSALIDADE A
MORADOR OU A PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL QUE
A ELA NÃO TENHA ADERIDO. O SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NO JULGAMENTO DOS
RECURSOS ESPECIAIS NºS 1280871/SP E
1439163-SP, NOTICIADO EM 19.03.2015, EM
SEDE DE RECURSO REPETITIVO, SEGUIU O
ENTENDIMENTO JÁ FIRMADO NO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL, CONSAGRANDO OS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA RESERVA
LEGAL, DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO, DA
LEGALIDADE E DA AUTONOMIA DA
MANIFESTAÇÃO DA VONTADE – ARTIGOS 5º,
INCISOS II E XX, 5O, II E XX DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. PRECEDENTES STF, STJ E TJRJ. APELO
DOS RÉUS PROVIDO PARA REFORMAR A
SENTENÇA E JULGAR IMPROCEDENTE O PEDIDO
AUTORAL, INVERTENDO-SE OS ÔNUS
SUCUMBENCIAIS.

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Vistos, relatados e discutidos estes autos da Apelação


Cível - Processo nº 0019319-67.2010.8.19.0011, em
que são Apelantes MARIO LUIZ ARAUJO e CLAUDETE
CARVALHO DE ARAÚJO e Apelada SOCIEDADE CIVIL
ORLA 500. ACORDAM os Desembargadores que
integram a Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Estado do Rio de Janeiro, por UNANIMIDADE, em
DAR PROVIMENTO À APELAÇÃO CÍVEL, nos termos do
voto da Desembargadora Relatora.

APELAÇÃO CÍVEL
PROCESSO N° 0019319-67.2010.8.19.0011
SEXTA CÂMARA CÍVEL
MPV/VCC - 2 -
VOTO
Trata-se de ação de cobrança de cotas de condomínio
de fato ajuizada por SOCIEDADE CIVIL ORLA 500, ora
Apelada, em face de MARIO LUIZ ARAUJO e
CLAUDETE CARVALHO DE ARAÚJO, ora Apelantes.
Na inicial narra a parte autora, ora Apelante, ter sido
legalmente constituído, prestando aos moradores
diversos serviços básicos e salientando que o réu,
adquirente de imóvel localizado nos limites territoriais
administrados pela autora, encontra-se em débito
com a obrigação convencional de contribuição da taxa
de manutenção mensal. Nestes termos, requer a
condenação do réu ao pagamento das cotas vencidas,
no valor de R$ 23.201,23.
Em sua resposta os Réus, ora Apelados, sustentam a
ilegitimidade ativa e passiva, por não serem os réus
associados da Autora, afirmando inexistir prova da
prestação dos serviços referidos na inicial, falta de
interesse de agir e prescrição, bem como a ilegalidade
da cobrança, ante a liberdade de associação, bem
como a prescrição trienal de alguns débitos.
Na r.sentença de fls. 319/v o MM.Juízo a quo julgou
procedente o pedido inicial para condenar o morador
ao pagamento da associação aos valores mensais
devidos, inclusive durante a tramitação do feito,
acrescidos de correção e juros de 1% am, a partir da
citação, limitado ao prazo prescricional trienal,
retroativos à data do ajuizamento, bem como custas e
honorários no valor de 10% sobre o valor do débito.
Apela o autor repetindo os argumentos expostos na
contestação, aduzindo a impossibilidade jurídica do
pedido e no mérito que não aderiu a associação e por
isso não está obrigado à contribuição mensal,
conforme os julgados que colaciona no corpo da peça.
Relatei.
Recurso preparado e tempestivo, logo, conhecido.
No mérito, cinge-se a controvérsia na possibilidade de
cobrança de cotas relativas a rateio das despesas
comuns a proprietário de imóvel localizado nos limites
territoriais administrados por associação de
moradores ou condomínio de fato.
A questão não é nova, e vem sendo amplamente
debatida neste Tribunal e nas Cortes Superiores.
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In casu, se trata de associação de moradores de


logradouro público, ou seja, de imóveis
individualizados e localizados em vias públicas, cuja
obrigação quanto às taxas e impostos, incidentes
sobre o seu imóvel, são instituídos pelo Poder Público,
e, cuja participação de rateio de contribuição para
associação de moradores depende de expressa
adesão ao Estatuto, não decorrendo, portanto, esta
obrigação da lei e sim da vontade das partes.
APELAÇÃO CÍVEL
PROCESSO N° 0019319-67.2010.8.19.0011
SEXTA CÂMARA CÍVEL
MPV/VCC - 4 -
Completamente diferente dos condomínios
imobiliários regulados pela Lei dos Condomínios nº
4.591/641, que existem por força da necessária
convivência entre os proprietários de frações de área
privada, formado através de uma convenção,
devidamente registrada em Cartório de Registro de
Títulos e Documentos, cujo pagamento de quota
condominial é estabelecido por uma assembleia pela
maioria ou pelo quórum da referida lei (Art. 9°, §§ 2°
e 3º, letra d).
AS ASSOCIAÇÕES SÃO REGULADAS PELOS ARTIGOS
53 A 61 DO NOVO CÓDIGO CIVIL.
1 Lei nº 4.591/64. Art. 1°: As edificações, ou
conjuntos de edificações, de um ou mais pavimentos,
construídos sob a forma de unidades isoladas entre si,
destinadas a fins residenciais ou não-residenciais,
poderão ser alienados, no todo ou em parte,
objetivamente considerados, e constituirá cada
unidade propriedade autônoma sujeita às limitações
desta Lei. § 2° A cada unidade caberá, como parte
inseparável, uma fração ideal do terreno e coisas
comuns, expressa sob forma decimal ou ordinária.
Art. 3° O terreno em que se levantam a edificação ou
o conjunto de edificações e suas instalações, bem
como as fundações, paredes externas, o teto, as
áreas internas de ventilação, e tudo o mais que sirva
a qualquer dependência de uso comum dos
proprietários ou titulares de direito à aquisição de
unidades, ou ocupantes, constituirão condomínio de
todos, e serão insuscetíveis de divisão, ou de
alienação destacada da respectiva unidade. Art. 9° Os
proprietários (...), elaborarão, por escrito, a
Convenção de Condomínio, (...). §1° Far-se-á o
registro da Convenção no Registro de Imóveis, (...). §
2° Considera-se aprovada, e obrigatória para os
proprietários de unidades, (...), a Convenção que
reúna as assinaturas de titulares de direitos que
representem, no mínimo, 2/3 (dois terços) das
frações ideais que compõem o condomínio. §3° Além
de outras normas aprovadas pelos interessados, a
Convenção deverá conter: (...) d) encargos, forma e
proporção das contribuições dos condôminos para as
despesas de custeio e para as extraordinárias. Aos
condomínios também se aplicam as leis descritas no
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Novo Código a partir do artigo 1.331.


a forma de unidades isoladas entre si, destinadas a
fins residenciais ou não-residenciais, poderão ser
alienados, no todo ou em parte, objetivamente
considerados, e constituirá cada unidade propriedade
autônoma sujeita às limitações desta Lei. § 2° A cada
unidade caberá, como parte inseparável, uma fração
ideal do terreno e coisas comuns, expressa sob forma
decimal ou ordinária. Art. 3° O terreno em que se
levantam a edificação ou o conjunto de edificações e
suas instalações, bem como as fundações, paredes
externas, o teto, as áreas internas de ventilação, e
tudo o mais que sirva a qualquer dependência de uso
comum dos proprietários ou titulares de direito à
aquisição de unidades, ou ocupantes, constituirão
condomínio de todos, e serão insuscetíveis de divisão,
ou de alienação destacada da respectiva unidade. Art.
9° Os proprietários (...), elaborarão, por escrito, a
Convenção de Condomínio, (...). §1° Far-se-á o
registro da Convenção no Registro de Imóveis, (...). §
2° Considera-se aprovada, e obrigatória para os
proprietários de unidades, (...), a Convenção que
reúna as assinaturas de titulares de direitos que
representem, no mínimo, 2/3 (dois terços) das
frações ideais que compõem o condomínio. §3° Além
de outras normas aprovadas pelos interessados, a
Convenção deverá conter: (...) d) encargos, forma e
proporção das contribuições dos condôminos para as
despesas de custeio e para as extraordinárias. Aos
condomínios também se aplicam as leis descritas no
Novo Código a partir do artigo 1.331.
APELAÇÃO CÍVEL
PROCESSO N° 0019319-67.2010.8.19.0011
SEXTA CÂMARA CÍVEL
MPV/VCC - 5 -
Art. 53: Constituem-se as associações pela união de
pessoas que se organizem para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos
e obrigações recíprocos.
Assim, quem adere a uma associação fica obrigado
aos termos do contrato que assina, bem como aos
termos do estatuto, mesmo que não os aprove.
Porém, é possível sair da associação com o simples
envio de uma carta protocolada a seu presidente.
Assim, aqueles que não participarem dessas
associações de moradores não estão obrigados a
qualquer tipo de pagamento ou subordinação.
Já em relação ao condomínio, por sua vez, quem
adquire um imóvel fica obrigado aos termos da Lei e à
convenção, ainda que não tenha concordado com ela.
Mas, enquanto na associação se desobriga dela quem
simplesmente se retira, no condomínio somente se
desobriga quem vende seu imóvel. As Leis
condominiais estão descritas no Novo Código a partir
do artigo 1.331.
Extrai-se dos Estatutos da autora, SOCIEDADE CIVIL
ORLA 500, às fls. 20/ dos autos, mais precisamente
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do arts. 27, e pú, à fl. 25, que:


Art. 27. A Sociedade Civil Orla 500 será constituída
por um número ilimitado de associados de qualquer
nacionalidade, profissão, raça, crença religiosa,
convicção filosófica ou política, desde que seja
proprietário no Loteamento Orla 500, e que
voluntariamente se proponha a participar do rateio
das despesas com os serviços prestados pela
Sociedade.
Parágrafo único - Será considerado como ato de
adesão como associado, no caso de novo (as)
associados (as), o preenchimento do formulário pelo
qual solicitará a sua inclusão como associado (a), ou o
primeiro pagamento que efetuar referente à quantia
que lhe corresponder no rateio das despesas mensais
com os serviços prestado pela Sociedade.
APELAÇÃO CÍVEL
PROCESSO N° 0019319-67.2010.8.19.0011
SEXTA CÂMARA CÍVEL
MPV/VCC - 6 -
O artigo 5º da Constituição Federal/88, inciso XX traz
como liberdade fundamental o direito à livre
associação, ao dispor que: “ninguém poderá ser
compelido a associar-se ou a permanecer associado”.
O Exmo. Senhor MINISTRO MARCO AURELIO do
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no julgamento do
Recurso Extraordinário 432.106 RJ, em caso análogo
ao presente, afirmou que: “NINGUÉM ESTÁ
COMPELIDO A FAZER OU DEIXAR DE FAZER ALGUMA
COISA SENÃO EM VIRTUDE DE LEI OU DA
MANIFESTAÇÃO DA VONTADE”.
Seguindo o mesmo entendimento do Relator, O
EXMO. MINISTRO LUIZ FUX, em seu voto, afirmou
que: “(...) A OBRIGAÇÃO SURGE DA VONTADE DAS
PARTES OU SURGE DA LEI, OU, NA PIOR DAS
HIPÓTESES, OBRIGAÇÃO DECORRENTE DE ATO
ILÍCITO. EU NÃO CONHEÇO OUTRA FONTE DAS
OBRIGAÇÕES, DESDE O DIREITO ROMANO.”
Segue o aresto, do RE2 acima citado, em julgamento
UNÂNIME, de 20/09/2011:
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES – MENSALIDADE –
AUSÊNCIA DE ADESÃO. Por não se confundir a
associação de moradores com o condomínio
disciplinado pela Lei 4.591/64, descabe, a pretexto de
evitar vantagem sem causa, impor mensalidade a
morador ou a proprietário de imóvel que a ela não
tenha aderido. Considerações sobre o princípio da
legalidade e da autonomia da manifestação da
vontade – artigo 5º, incisos II e XX, da Constituição
Federal.
2 Recurso Extraordinário 432.106 RJ
APELAÇÃO CÍVEL
PROCESSO N° 0019319-67.2010.8.19.0011
SEXTA CÂMARA CÍVEL
MPV/VCC - 7 -
Ressalte-se que o Supremo Tribunal Federal no
Agravo de Instrumento 745.831 São Paulo, tendo
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como Relator o Exmo. Ministro DIAS TOFFOLI,


reconheceu a existência de repercussão geral da
questão constitucional suscitada no Recurso
Extraordinário 432.106 RJ acima destacado, conforme
ementa abaixo:
DIREITO CIVIL E CONSTITUCIONAL. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE COBRANÇA
DE TAXAS DE MANUTENÇAO E CONSERVAÇÃO DE
ÁREA DE LOTEAMENTO. DISCUSSÃO ACERCA DO
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE
ASSOCIAÇÃO. MATÉRIA PASSÍVEL DE REPETIÇÃO EM
INÚMEROS PROCESSOS, A REPERCUTIR NA ESFERA
DE INTERESSE DE MILHARES DE PESSOAS.
PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL.
O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, em sede de
recurso repetitivo, seguiu o entendimento já firmado
no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no julgamento dos
Recursos Especiais nºs 1280871/SP e 1439163-SP,
noticiado em 19.03.2015, que ora transcrevo:
“As taxas de manutenção criadas por associações de
moradores não obrigam os não associados ou os que
a elas não anuíram.” Essa foi a tese firmada pela
Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça no
julgamento de dois recursos especiais sob o rito
previsto no artigo 543-C do Código de Processo Civil.
Por maioria, o colegiado acompanhou o voto
divergente do ministro Marco Buzzi. Ficaram vencidos
os ministros Villas Bôas Cueva, relator, e Moura
Ribeiro.
A tese firmada pelo tribunal deve orientar a solução
dos casos idênticos. Caberá recurso ao STJ apenas
quando a decisão de segunda instância for contrária
ao entendimento firmado nesses repetitivos.
APELAÇÃO CÍVEL
PROCESSO N° 0019319-67.2010.8.19.0011
SEXTA CÂMARA CÍVEL
MPV/VCC - 8 -
Moradores condenados
Os recursos foram interpostos por proprietários que,
embora não integrassem as associações de
moradores, sofreram cobrança das taxas de
manutenção relativas às suas unidades e aos serviços
postos à disposição de todos. A primeira instância os
condenou a pagar as quantias reclamadas pelas
respectivas associações.
O Tribunal de Justiça de São Paulo, em ambos os
casos, afirmou que a contribuição mensal era
obrigatória, independentemente de inscrição prévia do
morador na associação, pois ela presta serviços
comuns que beneficiam a todos. A falta de
pagamento, segundo o TJSP, configuraria
enriquecimento ilícito do proprietário.
No STJ, os proprietários alegaram violação ao direito
de livre associação. Os ministros deram provimento
aos recursos para julgar improcedentes as ações de
cobrança.
De acordo com Marco Buzzi, o problema tratado nos
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recursos – que já foi enfrentado pelo STJ – exige


reflexão sobre três questões: liberdade associativa,
inexistência de fato gerador de obrigação civil e
vedação ao enriquecimento sem causa.
Lei ou contrato
Para o ministro, as obrigações de ordem civil, de
natureza real ou contratual, pressupõem a existência
de uma lei que as exija ou de um acordo firmado com
a manifestação expressa de vontade das partes
pactuantes. No ordenamento jurídico brasileiro, há
somente duas fontes de obrigações: a lei ou o
contrato; e, no caso, não atua nenhuma dessas
fontes, afirmou.
De acordo com o ministro, a análise de possível
violação ao princípio do enriquecimento sem causa,
nos casos julgados, deve ser feita à luz da garantia
fundamental da liberdade associativa.
Segundo Buzzi, o Poder Judiciário não pode impor o
cumprimento de uma obrigação não gerada por lei ou
por vontade, pois a Constituição garante que ninguém
pode ser compelido a fazer algo senão em virtude de
lei, além de garantir a liberdade de associação.
APELAÇÃO CÍVEL
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Sendo uma associação de moradores nada mais do
que uma associação civil, ela “deve respeitar os
direitos e garantias individuais, aplicando-se, na
espécie, a teoria da eficácia horizontal dos direitos
fundamentais”, afirmou.”
Colaciono também os julgados da Egrégia Segunda
Seção do Superior Tribunal de Justiça no EREsp n.º
444.931/SP, Relator o Exmo. Ministro FERNANDO
GONÇALVES, Rel. p/ Acórdão Ministro HUMBERTO
GOMES DE BARROS, Segunda Seção, DJU de
01.02.2006, firmou entendimento no sentido de que
as taxas de manutenção criadas por associação de
moradores não podem ser impostas a proprietário de
imóvel que não seja a ela associado e nem tampouco
aderiu ao ato que instituiu o encargo, verbis:
Ementa: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RECURSO
ESPECIAL. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. TAXAS DE
MANUTENÇÃO DO LOTEAMENTO. IMPOSIÇÃO A QUEM
NÃO É ASSOCIADO. IMPOSSIBILIDADE. - As taxas de
manutenção criadas por associação de moradores,
não podem ser impostas a proprietário de imóvel que
não é associado, nem aderiu ao ato que instituiu o
encargo.
(EREsp 444931 / SP EMBARGOS DE DIVERGENCIA NO
RECURSO ESPECIAL 2005/0084165-3 Relatora
Ministro FERNANDO GONÇALVES (1107) Relator p/
Acórdão Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS
(1096) Órgão Julgador S2 – SEGUNDA SEÇÃO Data
do Julgamento 26/10/2005 Data da Publicação/Fonte
DJ 01/02/2006 p. 427 RDDP vol. 37 p. 140 RDR vol.
38 p. 190 REVFOR vol. 392 p. 341)
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No mesmo sentido, o julgado da Terceira Turma,


Relatora Exma. Ministra NANCY ANDRIGHI, no AgRg
no Ag 1179073 / RJ:
Ementa: Civil. Agravo no agravo de instrumento. Ação
de cobrança. Cotas condominiais. Não associado.
Impossibilidade. - As taxas de manutenção instituídas
por associação de moradores não podem ser impostas
a proprietário de imóvel que não é associado, nem
aderiu
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ao ato que fixou o encargo. Agravo no agravo de
instrumento não provido.
(AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO 2009/0068751-5 Relatora Ministra
NANCY ANDRIGHI (1118) - Órgão Julgador T3 -
TERCEIRA TURMA Data do Julgamento 15/12/2009
Data da Publicação/Fonte DJe 02/02/2010 LEXSTJ vol.
246 p. 46)
No caso dos autos, a Associação, autora, constituída
em 2005 (Estatutos em fls. 20 e seguintes), exige da
parte Ré, ora Apelantes, o pagamento de taxa de
contribuição por ser o mesmo proprietário de imóvel
desde no loteamento, na área onde a referida
associação alega prestar serviços descritos na inicial,
alegando estar o mesmo inadimplente desde 2001.
Contudo, a Associação autora não colacionou aos
autos qualquer prova de que tenha o réu aderido
expressamente aos termos do Estatuto da associação,
concordando assim expressamente em contribuir com
o rateio das despesas cobradas nesta ação, conforme,
inclusive, prevê a cláusula 27ª do Estatuto, tampouco
traz aos autos qualquer recibo capaz de demonstrar
que em algum momento o réu contribuiu para o rateio
das despesas.
Logo, por se tratar a autora de associação civil, a
envolver participação voluntária de associados, não
pode obrigar o réu, ora apelado, a associar-se ou
impor-lhe contribuições compulsórias, a fim de
satisfazer pagamentos referentes aos serviços que a
autora alega prestar, eis que o réu não é associado e
tampouco aderiu ao ato que fixou o encargo, isto
porque, conforme assentado pelo SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL, no voto do Exmo. Ministro LUIZ
FUX3: “A OBRIGAÇÃO SURGE
3 RE 432.106 RJ, já citado.
APELAÇÃO CÍVEL
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SEXTA CÂMARA CÍVEL
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DA VONTADE DAS PARTES OU SURGE DA LEI, OU, NA
PIOR DAS HIPÓTESES, OBRIGAÇÃO DECORRENTE DE
ATO ILÍCITO”.
Desta forma inaplicável ao caso a Sumula 79 desse
Egrégio Tribunal de Justiça, que diz: “Em respeito ao
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princípio que veda o enriquecimento sem causa, as


associações de moradores podem exigir dos não
associados, em igualdade de condições com os
associados, que concorram para o custeio dos
serviços por elas efetivamente prestados e que sejam
do interesse comum dos moradores da localidade".
Isto porque, a referida sumula está em total
dissonância com os entendimentos firmados, acima
destacados, pela Segunda Seção no EREsp n.º
444.931/SP, pela Terceira Turma, Relatora Ministra
NANCY ANDRIGHI, no AgRg no Ag 1179073 / RJ,
ambos do Superior Tribunal de Justiça, BEM COMO DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, CONFORME
JULGAMENTO UNÂNIME DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO 432.106 RJ, NO QUAL O EXMO.
MINISTRO MARCO AURELIO, RELATOR DO VOTO
CONDUTOR, ASSEVEROU QUE POR NÃO SE
CONFUNDIR A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES COM O
CONDOMÍNIO DISCIPLINADO PELA LEI 4.591/64,
DESCABE, A PRETEXTO DE EVITAR VANTAGEM SEM
CAUSA, IMPOR MENSALIDADE A MORADOR OU A
PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL QUE A ELA NÃO TENHA
ADERIDO, EM AFRONTA A DIREITO CONSTITUCIONAL
FUNDAMENTAL DA LIVRE ASSOCIAÇÃO, DISPOSTO
NO ARTIGO 5º, INCISO XX DA CF. Verbis:
“... É induvidoso, (...), não se tratar, na espécie, de
condomínio em edificações ou incorporações
imobiliárias regidas pela Lei nº 4.591/64. Colho da
Constituição Federal que ninguém está compelido a
fazer ou a deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei. Embora o preceito se refira a obrigação
de fazer, a concretude que lhe é própria apanha,
também, obrigação de dar. Esta, ou bem se submete
à manifestação de vontade, ou a previsão em lei.
APELAÇÃO CÍVEL
PROCESSO N° 0019319-67.2010.8.19.0011
SEXTA CÂMARA CÍVEL
MPV/VCC - 12 -
Mais do que isso, a título de evitar o que se apontou
como enriquecimento sem causa, esvaziou-se a regra
do inciso XX do artigo 5º do Diploma Maior, a revelar
que ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
permanecer associado. A garantia constitucional
alcança não só a associação sob o ângulo formal como
também tudo que resulte desse fenômeno e,
iniludivelmente, a satisfação de mensalidades ou de
outra parcela, seja qual for a periodicidade, à
associação pressupõe a vontade livre e espontânea do
cidadão em associar-se...”
Neste sentido, os julgados do nosso Tribunal:
0003459-50.2009.8.19.0079 - APELACAO - 1ª
Ementa DES. MALDONADO DE CARVALHO -
Julgamento: 30/11/2010 - PRIMEIRA CAMARA CIVEL
CIVIL.
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA.
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. CONDOMÍNIO
ATÍPICO. Apesar de já ter sustentado posição em
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20/04/2018 DEFENDA SEUS DIREITOS

sentido contrário, que mantinha total sintonia com o


enunciado nº 79 deste Tribunal de Justiça, consoante
entendimento firmado pela Egrégia Segunda Seção do
Superior Tribunal de Justiça no EREsp 444.931/SP, as
taxas de manutenção criadas por associação de
moradores não podem ser impostas a proprietário de
imóvel que não seja a ela associado e nem tampouco
aderiu ao ato que instituiu o encargo. Todavia, no
caso em exame, o próprio réu admite ter sido
associado da Associação de Moradores. Restando,
pois, incontroversa sua condição de associado, correta
a sentença no que tange à condenação do réu ao
pagamento das cotas condominiais em atraso, sendo
devido o período reclamado, excetuando-se os valores
comprovadamente pagos às fls. 168/169, 211/216.
PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO.

0013606-70.2008.8.19.0209 - APELACAO - 1ª
Ementa DES. ROGERIO DE OLIVEIRA SOUZA -
Julgamento: 22/06/2010 - NONA CAMARA CIVEL
DIREITO CONSTITUCIONAL. COBRANÇA DE COTAS
"CONDOMINIAIS". CONDOMÍNIO ATÍPICO OU DE
FATO. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA RESERVA
LEGAL E DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO (ARTIGO
5O, II E XX). Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude da lei, não
podendo ser compelido a se associar a entidade
privada. Associação de moradores não tem nenhum
direito de crédito em face de morador que não se
associou. Serviços de segurança, urbanização, lazer,
etc. que cabem ao Poder Público prestar como
obrigação constitucional de sua razão de ser.
Privatização dos espaços públicos por entidade
privada. Imposição de obrigação ao particular de
pagar duplamente pelos mesmos serviços, pelos quais
já paga através de impostos e taxas. Conhecimento e
provimento do recurso.

0017329-46.2007.8.19.0205 (2009.001.50799) -
APELACAO - 2ª Ementa DES. MALDONADO DE
CARVALHO - Julgamento: 10/08/2010 - PRIMEIRA
CAMARA CIVEL
CONDOMÍNIO DE FATO. ASSOCIAÇÃO CONDOMINIAL.
AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO.
PERÍCIA TÉCNICA. IMÓVEL COM ACESSO ÚNICO PELA
VIA PÚBLICA. NÃO UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
SEGURANÇA, LIMPEZA E LAZER OFERTADOS PELO
CONDOMÍNIO. COBRANÇA INDEVIDA DE COTA
CONDOMINIAL. SENTENÇA QUE SE REFORMA.
PROVIMENTO DO RECURSO.

Por tais fundamentos, conheço do recurso e voto pelo seu parcial


provimento a fim de reformar a sentença, julgando improcedente
o pedido, condenando a parte autora ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% do
valor da causa, observada a gratuidade de justiça deferida a
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mesma. Rio de Janeiro, 03 de maio de 2011.

Vale repetir que, decididamente, ninguém


poderá ser forçado, com base em qualquer lei
em vigor e por via judicial nenhuma, a
contribuir com cota-parte nas despesas geradas
por mera associação de moradores à qual não
aderiu não pode ser impostas a proprietário de
imóvel que não seja a ela associado e nem
tampouco aderiu ao ato que instituiu o encargo,
como é o caso dos autos, ou que dela
licitamente se retirou.

Por todo o exposto, VOTO PELO PROVIMENTO DO


RECURSO INTERPOSTO PELA PARTE RÉ, para
reformar, in totum, a sentença, e julgar
improcedentes os pedidos deduzidos na inicial,
invertendo-se os ônus sucumbenciais.

Rio de Janeiro, 08 de abril de 2015.


DES. INÊS DA TRINDADE CHAVES DE MELO
Relatora

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