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Avaliação

Diagnóstica 
 do  E M
2012
3a. série

Linguagens, códigos
e suas

tecnologias

VOLUME 2

2.º SEMESTRE
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

O16 Ochôa, Ana Cristina


Avaliação diagnóstica do EM 2012 : 3a. série : linguagens, códigos e suas tecnologias:
2º. semestre / Ana Cristina Ochôa ... [et al.] ; ilustrações Eduardo Borges. – Curitiba : Positivo,
2012.
2v. : il.

Aluno
ISBN 978-85-385-5759-3

1. Ensino médio – Currículos – Avaliação. 2. Línguas. 3. Artes. 4. Literatura brasileira.


5 Educação física. I. Borges, Eduardo . II. Título.

CDU 373.5

© Editora Positivo Ltda., 2012

Diretor-Superintendente Ilustração
Ruben Formighieri Eduardo Borges

Diretor-Geral Capa
Emerson Walter dos Santos Roberto Corban

Diretor Editorial Projeto gráfico e editoração


Joseph Razouk Junior Expressão Digital

Gerente Editorial Pesquisa iconográfica


Maria Elenice Costa Dantas Madrine Eduarda Perussi

Gerente de Arte e Iconografia Produção


Cláudio Espósito Godoy Editora Positivo Ltda.
Rua Major Heitor Guimarães, 174
Supervisão Editorial 80440-120 — Curitiba — PR
Margil Feller Tel.: (0xx41) 3312-3500
Fax: (0xx41) 3312-3599
Coordenação Editorial
Solange Gomes Impressão e acabamento
Gráfica Posigraf S.A.
Autoria Rua Senador Accioly Filho, 500
Ana Cristina Ochôa (Língua Inglesa) 81310-000 — Curitiba — PR
Andrea Prendin (Artes) Fax: (0xx41) 3212-5452
Maria Josele Bucco Coelho (Língua E-mail: posigraf@positivo.com.br
Portuguesa, Língua Espanhola, Literatura Uso em 2012
Brasileira)
Wilson Antonio Menoncin Junior (Educação Contato
Física) editora.spe@positivo.com.br
Avaliação Diagnóstica EM 2012
REDAÇÃO E LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
3.a série — Volume 2 — 2°. semestre

Caro(a) Aluno(a)!
Esta avaliação objetiva diagnosticar as competências e habilidades que você desenvolveu até a presente etapa de sua
escolarização, bem como aproximá-lo(a) das exigências das provas oficiais ao final do Ensino Médio.
Por isso, as questões estão formatadas em cadernos, no estilo do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), distribuídas
por eixos de conteúdos.

Ao final de cada caderno, há um cartão-resposta que deve ser devidamente preenchido.

Leia as orientações abaixo:


1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a proposta de produção textual e 45 questões do Eixo Linguagens, códigos e
suas tecnologias, englobando as seguintes áreas: Língua Inglesa, Língua Espanhola, Língua Portuguesa, Literatura
Brasileira, Artes e Educação Física.
2. Registre seus dados no CARTÃO-RESPOSTA e na FOLHA DE REDAÇÃO que se encontram no final deste caderno.
3. Após o preenchimento, registre sua assinatura no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA e da FOLHA DE REDAÇÃO com
caneta esferográfica de tinta preta.
4. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.
5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas cinco opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Ape-
nas uma responde corretamente à questão.
6. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, pre-
enchendo, com caneta esferográfica de tinta preta, todo o espaço compreendido no círculo. Você deve, portanto,
assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma
das respostas esteja correta.
7. Fique atento ao tempo determinado por sua escola para a execução da avaliação.
8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADER-
NO DE QUESTÕES não serão considerados nessa avaliação.
9. Quando terminar a prova, entregue ao professor aplicador este CADERNO DE QUESTÕES, o CARTÃO-RESPOSTA e a
FOLHA DE REDAÇÃO.
10. Durante a realização da prova, não é permitido:
a) utilizar máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, headphones, telefones celulares ou
fontes de consulta de qualquer espécie;
b) ausentar-se da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA antes do
prazo estabelecido;
c) agir com incorreção ou descortesia com qualquer participante do processo de aplicação das provas;
d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal.
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Proposta de redação regras preestabelecidas, enquanto que o “jeito” transmite a


ideia de infração, o que consequentemente, é preciso dar
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e um jeito para não haver punição.
nos conhecimentos construídos ao longo de sua forma- MOURA, Ana Maria de Almeida. O jeitinho brasileiro de ser e sua influência no dia a dia das orga-
nizações. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-jeitinho-brasileiro-
ção, redija texto dissertativo-argumentativo em norma de-ser-e-sua-influencia-no-dia-a-dia-das-organizacoes/22249/>. Acesso em: 21 fev. 2012.
culta escrita da língua portuguesa sobre a tolerância à
Texto motivador II
corrupção no Brasil.
Texto motivador I Corrupção, o ladrão faz a ocasião
A promiscuidade entre poderosos interesses privados e
O jeitinho brasileiro de ser e a sua influência a gestão da coisa pública atingiu entre nós proporções ini-
no dia a dia das organizações magináveis. As consequências estão à vista uma democra-
O jeitinho brasileiro está presente no cotidiano das cia moribunda, um pequeno grupo que enriquece à custa
pessoas como uma forma de obter um rápido favor para dos bens coletivos e os pobres, esses, cada vez mais pobres.
si, às escondidas, e sem chamar a atenção; por isso, o jei- Tudo isto com uma corrupção generalizada como pano
tinho pode ser também definido como “molejo”, “jogo de fundo. Como foi possível que a democracia de Abril,
de cintura”, habilidade de se “dar bem” em uma situação fundada sobre os valores da ética republicana, se tenha
“apertada”, em que a versatilidade é o ponto ideal para abastardado a este ponto?
encontrar os resultados desejados em curto prazo, princi- Em primeiro lugar, porque o Estado é hoje um gran-
palmente porque, quando se fala em jeitinho, a primeira de cliente, o maior cliente de serviços de toda a ordem,
coisa que vem à mente é [...] suborno, esperteza, ambição. e é responsável pelos maiores investimentos (ou esbanja-
Mas nem todo jeitinho é negativo, podendo ser tam- mentos) – que são realizados habitualmente sem critério,
bém visto de uma perspectiva positiva.  Por outro lado, o com gastos descontrolados. É um Estado gastador, imenso
jeitinho coloca o sujeito que o pratica em situação de tro- e fraco, que subordina seus gastos aos interesses dos mais
ca, por se sentir obrigado a retribuir o favor recebido, para poderosos interesses instalados.
que não seja chamado de  “ingrato” ou ser reconhecido Por outro lado, e muito mais grave, porque é no apa-
como aquele sujeito que “cuspiu no prato que comeu”. relho de Estado, através dos seus agentes políticos, que se
Se, por um lado, a prática do jeitinho, encontra-se in- decide, por despacho, quem enriquece. Pode ser através da
serida no cotidiano das pessoas, o mesmo se dá nas organi- atribuição de qualquer concessão por cinquenta ou setenta
zações burocráticas, o que não é nenhuma surpresa, prin- anos. Ou pela via da atribuição do estatuto de PIN (Projeto
cipalmente pela formalidade existente nessas organizações, de Interesse Nacional) a qualquer projeto, o que permite
que por ser extremamente racional e impessoal, leva o in- que um dado promotor imobiliário adquira, por tostões,
divíduo a lançar mão do “jeito”, permitindo a suspensão um terreno a um agricultor e o transforme em empreendi-
temporária da lei e das regras estabelecidas para atingir os mentos de milhões. Ou até pela alteração de um plano di-
seus objetivos. Para se pedir um jeitinho, são utilizados vo- retor municipal, efetuada a pedido. Ou, por último, através
cábulos “carinhosos”, pois agindo de  maneira contrária é do deferimento ilegal de um empreendimento imobiliário
provável que não consiga sucesso. Mas,  essa não é a única como contrapartida de financiamento partidário.
maneira de definir o jeitinho brasileiro, pois nem todo jei- MORAES, Paulo. Corrupção, o ladrão faz a ocasião. Disponível em: <http://pravdailheu.blogs.sapo.
pt/95569.html>. Acesso em: 21 fev. 2012.
tinho é negativo, já que, o mesmo pode ser visto tanto de
uma perspectiva negativa ou positiva. O lado negativo do INSTRUÇÕES:
jeitinho está presente naquela situação em que o sujeito
Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria.
tenta conseguir a solução de algum problema pela trans-
gressão de uma norma, ou simplesmente transgredindo os Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem
princípios morais  para defender seus interesses. poema.
O que caracteriza a passagem do negativo para o po- O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado
sitivo é tipo de relação existente entre as pessoas envolvi- texto em branco.
das. Essas  relações existentes entre jeito e favor podem ser O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.
consideradas normais já que pedir um favor não transgride O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
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(Opção Língua Inglesa) O chocolate, como é consumido hoje, é o produto obti-


do a partir da mistura de derivados de cacau, massa (ou
Questão 1 pasta ou licor) de cacau, cacau em pó e/ou manteiga de
cacau, com outros ingredientes, contendo, no mínimo,
A brief history of chocolate 25% de sólidos totais de cacau. Segundo o texto,
A) a bebida feita com o cacau, como o “chocolate” era

©Shutterstock/Smit
feito antigamente, já foi descrita como “uma bebida
amarga para porcos”.
B) cerca de 90% do chocolate existente no mundo é
produzido na Europa.
C) apesar de o chocolate ter sido no passado uma bebi-
da, na maior parte da sua história ele é conhecido por
seu formato em barra e seu sabor doce.
D) em 1847, Joseph Fry descobriu que as sementes de
cacau derretidas na manteiga faziam uma bebida de-
liciosa, que ele batizou de Dutch cocoa.
E) a Nestlé foi a pioneira na comercialização de caixas
de chocolate.

Questão 2
When most of us hear the word chocolate, we picture
Sixth sense technology will
a bar, a box of bonbons, or a bunny. The verb that comes
to mind is probably “eat,” not “drink,” and the most revolutionize the world

LatinStock/Science Photo Library/Sam Ogden


apt adjective would seem to be “sweet.” But for about
90 percent of chocolate’s long history, it was strictly a
beverage, and sugar didn’t have anything to do with it.
[…]
Sweetened chocolate didn’t appear until Europeans
discovered the Americas and sampled the native cuisine.
[…]
Chocolate didn’t suit the ‘foreigners’ tastebuds at first
– one described it in his writings as “a bitter drink for pigs”
– but once mixed with honey or cane sugar, it quickly
became popular throughout Spain. […]
The creation of the first modern chocolate bar is
credited to Joseph Fry, who in 1847 discovered that he
could make a moldable chocolate paste by adding melted
cacao butter back into Dutch cocoa.
By 1868, a little company called Cadbury was
marketing boxes of chocolate candies in England. Milk
chocolate hit the market a few years later, pioneered by
another name that may ring a bell – Nestle.
BENSEN, Amanda. A brief history of chocolate. Disponível em: <http://www.smithsonianmag.com/
Pranav Mistry, 28 year old, of Indian origin, is the
arts-culture/brief-history-of-chocolate.html?c=y&page=1>. Acesso em: 20 fev. 2012. mastermind behind the sixth sense technology. He

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invented ‘Sixth Sense / WUW ( Wear UR World)’ which On the face of it, as a society, we seem to be a little
is a wearable gestural, user friendly interface which links mixed-up when it comes to “graffiti”, as you call it if you
the physical world around us with digital information work in the local council’s cleansing department, or “street
and uses hand gestures to interact with them. He is a art” as you say if you’re the chap – and they do mainly
PhD student at MIT and he won the ‘Invention of the seem to be blokes – wielding the spray can.
Year 2009’ – by Popular Science. The device sees what But the confusion now runs deeper than those who
we see but it lets out information that we want to know spray and those who remove the paint. Great British
while viewing the object. It can project information on institutions have been polarised. Last week the might
any surface, be it a wall, table or any other object and of English law delivered its verdict at Southwark Crown
uses hand / arm movements to help us interact with Court where five members of the DPM graffiti crew
the projected information. The device brings us closer were jailed – one, Andrew Gillman, for two years – after
to reality and assists us in making right decisions by
admitting conspiracy to cause criminal damage costing
providing the relevant information, thereby, making the
the taxpayer at least £1m.
entire world a computer.
By contrast, just down the road, the riverside facade
Disponível em: <http://theviewspaper.net/sixth-sense-technology-will-revolutionize-the-world/>.
Acesso em: 23 fev. 2012. of Tate Modern had been covered in giant murals by six
urban artists with international reputations, including
Pranav Mistry, estudante de Ph.D. do Instituto de
Blu from Bologna, Faile from New York, and Sixeart
Tecnologia de Massachusetts, ganhou o prêmio
from Barcelona, in the first display of street art at a major
“Invenção do Ano de 2009” pela revista Popular Science museum.
por sua invenção Sixth Sense. De acordo com o artigo, Disponível em: <http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/art/features/graffiti-street-art-ndash-
A) a invenção de Mistry é uma interface que conecta o or-crime-868736.html>. Acesso em: 23 fev. 2012

mundo espiritual ao mundo físico ao nosso redor. O excerto acima foi retirado do jornal diário britânico The
B) a tecnologia Sixth Sense faz uso de um dispositivo Independent e trata da polêmica existente em torno do
que projeta informações em uma superfície espe- grafite, comumente definido como um tipo de inscrição
cífica, ajudando o usuário interagir com essas infor- feita em paredes. Uma das informações apresentadas é
mações. a de que
C) o dispositivo Sixth Sense conecta o mundo físico com A) o trabalho dos grafiteiros que foram presos na se-
informações digitais e usa gestos com as mãos para mana passada recebeu vários prêmios de uma gale-
interagir com elas. ria em Nova Iorque.
D) o prêmio rendeu a Pranav Mistry uma indicação ao B) o departamento de limpeza local multou os grafitei-
MIT. ros em um milhão de libras.
E) o Sixth Sense é um dispositivo capaz de ver o que nós C) uma das fachadas do Tate Modern foi coberta por
vemos, mas deixa de fora as informações que quere- murais de seis grafiteiros de reputação internacio-
mos depois de vermos o objeto.
nal.
Questão 3 D) a Corte Southwark Crown sentenciou os cinco mem-
bros da gangue de grafiteiros DPM a dois anos de
Graffiti: Street art – or crime? prisão.
A group of south London graffiti artists were jailed E) além de exigir o pagamento de uma multa por danos
last week for up to two years for defacing public property. à propriedade pública, a sociedade londrina quer a
Yet as they begin their sentences, their work is to be prisão dos grafiteiros por um período de dois anos
championed by a New York gallery. ou mais.

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Questão 4
What is the difference?
Cloning an animal, or any other
organism, refers to making an exact genetic

©Cartoonstock - www.cartoonStock.com
copy of that organism. The techniques used
to clone organisms are described
on this page.
Cloning a gene means
isolating an exact copy of a
single gene from the entire
genome of an organism.
Usually this involves
Human
genome copying the DNA sequence
of that gene into a smaller,
more accessible piece of
DNA, such as a plasmid. This
Gene of interest makes it easier to study the
isolated from genome function of the individual
gene in the laboratory.

Gene inserted
into plasmid

Disponível em: <http://www.cartoonstock.com/lowres/rde5338l.jpg>. Acesso em: 23 fev. 2012.

Multitasking is the ability a person has to do more than


Plasmid inserted into bacteria
one thing at the same time. It can be inferred from the population generating “clones” of the gene
cartoon that Disponível em: <http://learn.genetics.utah.edu/content/tech/cloning/whatiscloning/>.
Acesso em: 23 fev. 2012.
A) the wife is reprimanding the husband for doing all
the housework alone. Cloning can be defined as the creation of an organism
B) the husband does not understand why the woman that is an exact genetic copy of another. The passage
is so angry. above shows the difference between cloning an
organism and cloning a gene. According to the
C) the couple has problems multitasking.
information presented, cloning an animal is easier than
D) the baby is crying because the mom is multitasking. cloning a human being.
E) the wife cannot believe the husband didn´t know A) a plasmid is a small piece of DNA which can be used
what multitasking was so far. in cloning.
B) the techniques used to clone organisms are exactly
Questão 5 the same as the ones used to clone genes.
C) the illustration above represents the cloning of a
Is cloning an organism the human being.
same as cloning a gene? D) from time to time, researchers clone organisms
because this makes it easier to study the function of
You’ve heard about cloning animals – sheep, mice,
the individual gene in the laboratory.
even house pets – in the news. From time to time, you may
have also heard about researchers cloning, or identifying, E) from time to time, researches clone organisms
genes that are responsible for various medical conditions because this makes it easier to study the function of
or traits. the individual gene in the laboratory.

Linguagens, códigos e suas tecnologias 5


Avaliação Diagnóstica EM 2012

(Opção Língua Espanhola) D) reflete sobre a necessidade de gerar mecanismos de


Texto para as questões 6 e 7. controle do comportamento infantil.
E) aponta as dificuldades de convivência entre os casais,
En la playa considerando a falta de diálogo.
El sol se puso un poco más rojo. Él volvió a cargar la
máquina, apuntó bien y disparó otra vez. Páfate. Miró su Questão 7
aparato, no muy convencido de su eficacia. Ya había dado
muerte a varios paisajes, pero no estaba conforme. Sus va- Tomando como base a discussão engendrada no frag-
caciones eran tan perfectas que seguramente no las olvida- mento – “todos somos extranjeros”, a narrativa revela cer-
rá jamás: tomaba fotografías para recordarlas. to desconcerto da personagem em entender a afirmati-
–¿Quién iba a confiar en la memoria? va porque
– Nenita – insistió Alicia. A) o esposo da personagem possui uma linguagem mui-
La niña los miró con escepticismo. Volvió despacio la to rebuscada e, portanto, impossível de ser assimilada.
cabeza, consideró que el paisaje era más digno de observa-
ción y se enfrascó en la contemplación del mar. B) provavelmente a personagem não tem filhos, dessa for-
Seguramente es extranjera, no debe comprender nues- ma, considera que o universo infantil é incompreensível.
tro idioma – comentó Alicia. C) menospreza as reflexões de cunho filosófico sobre de-
– Todos somos extranjeros – dijo él, empeñado en re- terminados assuntos que o esposo gosta de manter.
tirar el rollo de la cámara. D) está de férias em uma praia e preocupada com uma
Ella lo miró sobresaltada. A veces hacía afirmaciones menina que foi encontrada sozinha.
cuyo sentido, aunque aparentemente claro, resultaba am-
biguo, dudoso, y no había cosa que la hiciera sentirse peor E) ela considera a possibilidade de inserir-se nessa cate-
que la ambigüedad. ¿Qué había querido decirle? ¿Qué to- goria – os estrangeiros são sempre os outros.
dos los niños hablaban otro idioma? ¿Qué la infancia era
otro país? Questão 8
– No lo creo. Tiene un aspecto bastante normal – ase-
guró ella. ¿Los mensajes de texto afectan al desarrollo
– No pienses que los extranjeros son todos morenos y del lenguaje? (EL)
de narices anchas – agregó él.
PERI ROSSI, Cristina. En la playa. In: ABSATZ, Cecilia. 17 narradoras latinoamericanas. Buenos Aires:
Joan Lee, de la Universidad de Calgary (EE UU), ha
Aique Grupo Editor, 2007. p. 173-174. llevado a cabo un estudio que revela que las personas que
envían más mensajes de texto son también las más reti-
Questão 6 centes a aceptar nuevas palabras. Sin embargo, sus experi-
mentos muestran que quienes consumen más información
O fragmento do conto En la Playa, da uruguaia Cristina en medios tradicionales como libros, revistas y periódicos
Peri Rossi, narra o encontro de um casal de turistas com aceptan mejor las palabras nuevas e incluso son capaces de
uma menina durante as férias. Da reflexão gerada a partir entender mejor su significado. “Pensamos que los mensa-
desse encontro, a narrativa jes de texto fomentan un lenguaje menos restringido pero
es un mito”, sostiene.
A) questiona os estereótipos culturais que predominam Según Lee, los medios impresos tradicionales exponen
na sociedade, pois indaga o que é considerado es- a las personas a una variedad y creatividad en el lenguaje
trangeiro. que no existen en el intercambio de mensajes coloquia-
B) valida uma visão do mundo infantil marcada pelos ques- les entre dos personas. Y esto afecta, sobre todo, a los jó-
tionamentos e dúvidas em relação ao universo adulto. venes miembros de la apodada como “generación de los
mensajes de texto”.
C) ironiza a busca dos turistas pelas férias perfeitas mar- MUY Interesante. Disponível em: <http://www.muyinteresante.es/ilos-mensajes-de-texto-afectan-al-
cadas pelos registros da memória. desarrollo-del-lenguaje>. Acesso em: 21 fev. 2012.

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Avaliação Diagnóstica EM 2012

O fragmento da reportagem ¿Los mensajes de texto afectan al desarrollo del lenguaje? apresenta os resultados de uma
investigação sobre a linguagem que, foi motivada
A) pela falta de textos que tratem do desenvolvimento da linguagem entre jovens.
B) pela necessidade de averiguar as consequências do uso de novas tecnologias.
C) pelo desacordo que o autor do texto tem em relação ao uso de novas tecnologias.
D) pelo consumo desenfreado de novas tecnologias de comunicação em massa.
E) pelo desprezo do jornal pelas mensagens de texto no universo contemporâneo.
Texto para as questões 9 e 10.

©Maitena Burundarena

MAITENA, Burundarena. Todas las mujeres alteradas. Barcelona: Debolsillo, 2008. p. 127.

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comunicação e no relacionamento entre as pessoas. Não é


Questão 9
à toa que, ao longo do tempo, várias técnicas de registro
e de reprodução de imagens foram criadas. E quase todas
A partir da análise da estrutura composicional do texto elas são utilizadas até hoje.
Las injustas sensaciones que nos provocan los hijos de Él, Mas, além de serem instrumentos importantes para
é possível identificar alguns procedimentos textuais que explicar as coisas à nossa volta, as imagens assumem mui-
operam de modo a produzir um efeito de humor, dentre tas outras funções nas sociedades: podem manter a fé e a
eles religiosidade de pequenas ou grandes comunidades, reu-
A) o uso da letra maiúscula no pronome “Él” foi um erro nindo multidões em templos monumentais ou em volta
de figuras e objetos sagrados; podem servir de elemento
de ortografia, pois está no final da frase.
de dominação, como nos majestosos desfiles militares da
B) a apresentação de pares de situações com desenla- Roma Antiga, numa demonstração de força e poder; po-
ces negativos indica a injustiça a que se refere o título. dem tornar-se instrumento de sedução, como acontece na
C) não há distinção entre as situações apresentadas, pois, propaganda; ou podem servir de fonte de reflexão. Elas
em todas, a mulher está agindo de forma incorreta. são criadas para expressar ideias ou sentimentos que nos
mostram como somos: é como se estivéssemos diante de
D) os filhos estão isentos de atuar de forma incorreta, um espelho mágico capaz de revelar-nos nossas almas.
uma vez que os pais parecem sempre dar-lhes razão. A imagem é uma criação do homem, que o expressa
E) a representação do universo familiar é sempre cômi- e o reflete.
ca porque o leitor pode visualizar algo de sua própria KON, Sergio. Imagem: da caverna ao monitor, a ventura do olhar. São Paulo: Melhoramentos, 2007. p. 2-3.
vivência. A partir das informações apresentadas, pode-se afirmar
que a imagem
Questão 10
A) necessita, para sua percepção e compreensão, de to-
Um dos fatores socioculturais que motivaram a produ- dos os sentidos humanos de forma equivalente.
ção dessa história em quadrinhos foi B) possui funções restritas nas sociedades, principal-
A) a evidência de que a relação entre mães e filhos é mente com a ampliação, ao longo da história, de téc-
sempre complexa. nicas para sua produção e reprodução.
B) a inexistência de vínculos afetivos nas relações fami- C) permite a comunicação entre culturas e inibe o poder
liares contemporâneas. de manipulação ideológico, devido à sua fragilidade
como forma de comunicação.
C) o surgimento de novas relações familiares constituí-
das de famílias de segundos casamentos. D) oportuniza a expressão e a captação de informação,
pois é considerada uma importante forma de comu-
D) a falta de participação da sociedade na constituição
nicação.
de vínculos afetivos mais concretos.
E) divulga mensagens artísticas constantemente, em-
E) o rechaço que os filhos apresentam em relação a
bora impossibilite oportunidades reflexivas ou de
qualquer reprimenda feita pelos pais.
manipulação.
Questão 11 Texto para as questões 12 e 13.
Os laços de família
A visão é o mais aguçado dos nossos sentidos e, talvez,
aquele que nos permite ter mais controle sobre o ambien- A mulher e a mãe acomodaram-se finalmente no táxi
te que nos cerca. Por isso, podemos dizer que a imagem que as levaria à Estação. A mãe contava e recontava as duas
faz um elo fundamental entre o mundo que vemos e o malas tentando convencer-se de que ambas estavam no car-
mundo que compreendemos, nesses nossos mil séculos de ro. A filha, com seus olhos escuros, a que um ligeiro estra-
vida. Também fica evidente a importância da imagem na bismo dava um contínuo brilho de zombaria e frieza assistia.

8 a
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Avaliação Diagnóstica EM 2012

– Não esqueci de nada? perguntava pela terceira vez


Questão 13
a mãe.
– Não, não, não esqueceu de nada, respondia a filha
Os procedimentos composicionais utilizados no conto
divertida, com paciência.
Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica en-
de Clarice Lispector para representar como se estabe-
tre sua mãe e seu marido, na hora da despedida. Durante lece a relação mãe x filha ganham contornos concretos
as duas semanas da visita da velha, os dois mal se haviam quando
suportado; os bons-dias e as boas-tardes soavam a cada mo- A) o narrador aponta a ar zombeteiro com que a filha
mento com uma delicadeza cautelosa que a fazia querer rir. observa a mãe – “A filha, com seus olhos escuros, a que
Mas eis que na hora da despedida, antes de entrarem no um ligeiro estrabismo dava um contínuo brilho de zom-
táxi, a mãe se transformara em sogra exemplar e o marido baria e frieza assistia”.
se tornara o bom genro. “Perdoe alguma palavra mal dita”, B) a filha demonstra preocupação em relação ao estado
dissera a velha senhora, e Catarina, com alguma alegria,
de saúde do marido – “[...] e Antônio aproveitara sua
vira Antônio não saber o que fazer das malas nas mãos, a
gripe para tossir”.
gaguejar – perturbado em ser o bom genro. “Se eu rio, eles
pensam que estou louca”, pensara Catarina franzindo as C) denota-se a proximidade entre mãe e filha, conforme
sobrancelhas. “Quem casa um filho perde um filho, quem expresso em “A mulher e a mãe acomodaram-se final-
casa uma filha ganha mais um”, acrescentara a mãe, e Antô- mente no táxi que as levaria à Estação”.
nio aproveitara sua gripe para tossir. Catarina, de pé, obser- D) o uso de ditados populares apontam o grau de afe-
vava com malícia o marido, cuja segurança se desvanecera tividade familiar, como expresso em “Quem casa um
para dar lugar a um homem moreno e miúdo, forçado a filho perde um filho, quem casa uma filha ganha mais
ser filho daquela mulherzinha grisalha... Foi então que a um”.
vontade de rir tornou-se mais forte. Felizmente nunca pre-
E) revela-se a dificuldade de relacionamento conjugal
cisava rir de fato quando tinha vontade de rir: seus olhos
tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se
da filha – “Catarina, de pé, observava com malícia o
mais estrábicos – e o riso saía pelos olhos. Sempre doía um marido, cuja segurança se desvanecera para dar lugar
pouco ser capaz de rir. Mas nada podia fazer contra: desde a um homem moreno e miúdo”.
pequena rira pelos olhos, desde sempre fora estrábica. Textos para as questões 14, 15 e 16.
LISPECTOR, Clarice. Laços de família. Rio de Janeiro:  Rocco, 1998. p. 94.
O consumismo como personagem literário
Questão 12 As Coisas, de Georges Perec, fala do peso do consumo na vida
de jovens dos anos 60 e permanece espantosamente atual qua-
O fragmento do conto Os laços de família, narrado em se 50 anos depois.
terceira pessoa, denota uma das características desse Em As coisas: uma história dos anos sessenta, seu livro de
primeiro momento da escrita clariciana, marcada, em estreia, ele usa um narrador que descreve, sem rodeios, a
essência, vida de dois jovens inteligentes e ambiciosos, divididos en-
A) pela preocupação com o universo familiar desde a tre a vontade de ter uma vida criativa e não convencional e
perspectiva feminina. a necessidade de trabalhar para ganhar dinheiro e atender
a necessidades consumistas.
B) pela problemática contemporânea marcada pela fal- O tema do livro é, na verdade, o consumismo, que
ta de tempo. naquele início dos anos 60, assumia o papel de motor da
C) pelo apreço a uma linguagem formal. sociedade. Os dois personagens, Jerôme e Sylvie, precisam
de certos objetos e roupas para ser o que pretendem ser
D) pela reflexão filosófica existencialista.
(pessoas de bom gosto e de bom nível cultural) e, princi-
E) pela representação de sujeitos marginalizados social- palmente, para mostrarem ao mundo o que creem ser. Eles
mente. são felizes por poderem prolongar a juventude devotada à

Linguagens, códigos e suas tecnologias 9


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apreciação do mundo, aos amigos e às descobertas – uma B) da exaltação da necessidade de comprar considerada
possibilidade que os anos 60 trouxeram. Por outro lado, inerente à condição humana.
estão constantemente frustrados com a dificuldade para
C) do rechaço à influência da literatura na conformação
obter os símbolos que os ajudariam a construir a imagem
desejada de si mesmos.
de padrões de comportamento.
As coisas é espantosamente atual ao descrever o con- D) do condicionamento do leitor a partir da apresenta-
sumismo em todas as suas nuances. Veja este trecho: “No ção de informações em relação ao consumismo.
mundo deles, era quase regra desejar sempre mais do que E) da negação do padrão de comportamento da juven-
se podia comprar. Não eram eles que tinham decretado tude da década de 1960, marcado pelo consumo.
isso, era uma lei da civilização, um dado de fato, de que
a publicidade em geral, as revistas, a arte das vitrines, o Questão 16
espetáculo da rua, e até, sob certo aspecto, o conjunto das
produções comumente chamadas culturais eram as expres- Segundo Antônio Candido, na obra Literatura e socieda-
sões mais adequadas”. de, faz-se necessário perceber que a obra literária exerce
SILVA, Marleth. O consumismo como personagem literário. Gazeta do Povo. Disponível em: <http://
www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1222669&tit=O-consumismo-como- uma influência no meio social a que pertence e atua na
personagem-literario>. Acesso em: 19 fev. 2012. formação da sociedade que a engendrou. Nesse senti-
do, ao divulgar as ideias que permeiam o texto As coisas,
Questão 14
pode-se vislumbrar uma crítica à constituição identitária
contemporânea marcada, em essência,
Considerando que o consumismo é um processo típico
das sociedades capitalistas estimulado pelas campanhas A) pela necessidade de trabalhar cada vez mais.
publicitárias vinculadas principalmente nos meios de B) pela valorização de uma vida criativa.
comunicação, o texto apresentado objetiva C) pelo uso de meios de comunicação de massa.
A) criticar a influência dos meios de comunicação no D) pela imagem construída a partir dos produtos e mar-
que tange ao estímulo ao consumo. cas consumidos.
B) divulgar um produto cultural que tem como tema E) pelo ideal de vida da juventude da década de 1960.
central a questão do consumo na sociedade contem-
porânea. Questão 17
C) contestar uma determinada forma de atuação social
Estudo realizado em escolas públicas no Rio de Janei-
que privilegia a compra de produtos sem necessidade.
ro apontou índice de sedentarismo de 85% entre adoles-
D) informar sobre a constituição da sociedade na déca- centes do sexo masculino e de 94% nos do sexo feminino.
da de 1960, caracterizada pelo consumo. A participação em atividades físicas declina consideravel-
E) noticiar informações em relação ao consumismo mente com o crescimento, especialmente da adolescência
com a finalidade de mudar padrões de compor- para o adulto jovem. Alguns estudos identificam alguns
tamento. fatores de risco para o sedentarismo: pais inativos fisica-
mente, escolas sem atividades esportivas, sexo feminino,
Questão 15 residir em área urbana, TV no quarto da criança.
ALVES, João Guilherme Bezerra; MONTENEGRO, Fernanda Maria Ulisses,
OLIVEIRA, Fernando Antonio; ALVES, Roseane Victor. Prática de esportes durante a adolescência e
A resenha O consumismo como personagem literário atividade física de lazer na vida adulta. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. vol. 11, n. 5, set./
out. 2005. p. 292.
apresenta uma determinada visão da sociedade con-
temporânea marcada por relações de consumo que se Com base no estudo acima, conclui-se que
materializa textualmente por meio A) as meninas são mais sedentárias que os meninos
A) da apresentação das características e do enredo da devido ao hábito de assistirem à televisão por mais
obra As coisas, de Georges Perec. tempo.

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3. série – Volume 2 - 2º
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B) o sedentarismo dos pais não influencia os filhos, pois Assim, em Guitarrista, a figura é legível não tanto pela
pais inativos tendem a gerar filhos fisicamente ativos. semelhança de seus aspectos com a imagem reconhecível
de um guitarrista, mas pela relação entre as formas circu-
C) o fato de morar em áreas urbanas, que oportunizam
lares e as diagonais colocadas contra uma gelosia* retan-
maior número de locais para a prática de atividades
gular. A partir daí, lemos a cabeça (o cilindro do alto), os
físicas, pode contribuir para a diminuição do índice braços (as formas triangulares de ambos os lados) e uma
de sedentarismo entre os adolescentes. guitarra (os arcos que se repetem no centro). Conserva-se
D) a participação em atividades esportivas escolares ainda um grau decisivo e residual de semelhança – os co-
pode desenvolver habilidades e proporcionar diver- tovelos são pontudos e guitarras têm uma abertura circu-
são, criando bases para a atividade esportiva na vida lar no tampo da caixa de ressonância –, mas a disposição
adulta. desses elementos e sua distinção das formas retangulares,
num sistema de signos praticamente reduzido ao mínimo,
E) o tempo para a prática de atividades físicas é igual é que são cruciais.
tanto para adultos quanto para adolescentes, pois, *gelosia – Grade feitas de ripas de madeira cruzadas intervaladamente, que ocupa o vão de uma janela; rótula.
atualmente, os adolescentes também estão inseridos COTTINGTON, David. Cubismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2001. p. 42-43.
no mercado de trabalho.
Com base no texto e na Figura I, entende-se que o Cubismo
Questão 18 A) é uma técnica artística que evidencia o contraste cro-
O pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973) foi um dos mático e o realismo das formas representadas.
pioneiros do Cubismo, uma proposta que transformou B) exprime uma busca por novas formas de representa-
não apenas a técnica da pintura, mas, sobretudo, a ma- ção da realidade.
neira de se olhar a realidade e as formas de representá-la. C) explora intensamente aspectos da sociedade, como
Leia o texto a seguir sobre sua obra Guitarrista, de 1910. as diferenças sociais e étnicas.
Centre Georges Pompidou/Fotógrafo Desconhecido

D) representa um único ângulo, ponto de vista, para a


observação e a apresentação da realidade.
E) desconsidera totalmente a realidade na sua forma de
representação.

Questão 19

O ensino da gramática
Você está triste?
Não sei. Talvez.
Tristeza dá câncer, sabia?
Pensei que dava verruga no nariz.
Estou falando sério.
Ultimamente você vive falando sério.
Quando eu brincava você reclamava.
Nem tanto ao mar nem tanto a terra.
Você colocou vírgula depois de mar.
Estou falando, não estou escrevendo.
Mas na sua fala tinha uma vírgula depois de mar?
Não. Você está fazendo uma análise sintática e morfo-
PICASSO, Pablo. Guitarrista. 1910. 1 color. Óleo sobre tela, 100 x 73 cm. Coleções lógica da frase?
Mnam/Cci/Centre Georges Pompidou, Paris. Na frase há o uso da figura de sintaxe chamada elipse.

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Chega. É por coisas assim que eu não quero mais viver Kent treme quando se aproxima da colega Lois Lane, por
com você. quem é apaixonado, e só se torna mais desinibido quan-
Porque eu sei gramática e você não? do veste a cueca por cima da calça e combate o crime
Entre outras coisas. com a capa de Super-Homem.
[...] [...]
FONSECA, Rubem. Axilas e outras histórias indecorosas. São Paulo: Nova Fronteira, 2011. Para os representantes dessa turma, o livro Quiet: the
Denominada brutalista por Alfredo Bosi, a estética de power of introverts in a world that can’t stop talking (algo
como Quietos: o poder dos introvertidos em um mundo que
Rubem Fonseca é marcada pela presença de uma socie-
não para de falar), da americana Susan Cain, é mensageiro
dade onde imperam a violência, o tecnicismo e o indivi-
de uma boa-nova. A obra, que chegará às livrarias brasi-
dualismo. No texto O ensino da gramática, tais caracterís-
leiras em maio pela Editora Agir, contraria um lugar-co-
ticas se materializam a partir mum, segundo o qual tímidos e introvertidos devem fazer
A) da temática em que se insere o texto – a questão da um esforço para deixar de ser o que são, como se tivessem
técnica – representada no uso da linguagem perti- uma doença. Para Susan Cain, é exatamente o oposto. Os
nente aos estudos literários. tímidos e os introvertidos mais bem-sucedidos são justa-
B) da dificuldade expressa entre os personagens narra- mente aqueles que transformam timidez e introversão em
dores em entenderem-se efetivamente, marcando o aliados ao longo da vida.
individualismo da sociedade. [...]
SPINACÉ, Natalia; ZIEMKIEWICZ, Nathalia. Timidez: como usá-la a seu favor. Revista Época. Disponível em:
C) do uso do discurso indireto livre, que demonstra a <http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/02/timidez-como-usa-la-seu-favor-trecho.html>.
Acesso em: 19 fev. 2012.
versatilidade dos personagens ao considerarem o fim
do relacionamento. Questão 20
D) da linguagem com marcas da oralidade que repro-
duzem a velocidade em que a discussão se esta- A reportagem Timidez: como usá-la a seu favor, publicada
belece. na Revista Época, aborda os resultados de uma pesqui-
E) da referência aos valores que a sociedade contempo- sa. Considerando que o autor precisa respeitar os fatos,
rânea preconiza, a saber, a saúde e o bem-estar. isentando-se de apresentar uma opinião em relação às
informações apresentadas, pois o papel de avaliação é
Texto para as questões 20 e 21.
do leitor, o fragmento da reportagem apresentada con-
Timidez: como usá-la a seu favor tribui para o desenvolvimento do senso crítico e da pró-
pria atuação do indivíduo em sociedade ao
Novas pesquisas mostram que os introvertidos podem ser mais
concentrados, mais criativos – e mais bem-sucedidos A) contrariar o senso comum que percebe a timidez
Eles estão em todos os lugares, na vida real e na fic- como uma faceta a ser reforçada no comportamento
ção, da literatura clássica à cultura pop. O introvertido de um indivíduo.
número um da literatura talvez seja Julien Sorel, protago-
B) destacar a influência que os produtos culturais – lite-
nista do romance O vermelho e o negro, do século XIX. Fã
ratura e revista em quadrinhos – desempenham na
de filosofia e de leituras religiosas, o personagem criado
pelo francês Henri-Marie Beyle, conhecido como Sten- formação de opinião.
dhal, leva centenas de páginas até conseguir se aproximar C) rechaçar o padrão de comportamento dos heróis juve-
de sua amada, Madame de Renal – uma paixão proibi- nis simbolizados pelo Super-Homem e por Julien Sorel.
da, pois ela é casada com o prefeito da fictícia cidade
D) divulgar uma obra que trata de uma pesquisa sobre
de Verrières. Na cultura pop, esse papel é exercido por
Clark Kent, habitante de outra cidade fictícia, Metró-
como tornar-se uma pessoa bem-sucedida.
polis, que ganha a vida como repórter do jornal Planeta E) apresentar fatos que revelam um novo ponto de vista
Diário. Criação do gigante dos quadrinhos DC Comics, sobre a introversão.

12 a
3. série – Volume 2 - 2º
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D) cabe à Educação Física a difusão, a exploração e a


Questão 21
massificação das práticas corporais para as crianças,
O autor de um texto busca, por meio de estratégias di- mesmo que precocemente, pois o que é feito nas au-
versas, interpelar o maior número de leitores possíveis. las tem influência no que é praticado também fora
No fragmento da reportagem, um dos recursos usados delas.
pela autora para se aproximar do universo dos leitores é E) a mídia, em geral, transformou as práticas corporais
A) a exposição do título da obra no original. em bens de consumo, divulgadas com discernimen-
to crítico e defendidas como direito para todos.
B) a indicação da editora que publicará a obra.
C) a apresentação de personagens de universos distin- Questão 23
tos – literário e HQs.
D) a apresentação da autora do livro. Os textos a seguir apresentam a definição de arte pri-
mitiva, de arte medieval e do termo clássico. Leia-os e
E) o tratamento do tema pelo viés de uma linguagem
observe as Figuras I, II e III.
mais formal.
Texto I
Questão 22
A arte primitiva, apesar de sua ilimitada variedade,
O esporte, as ginásticas, as danças, as artes marciais compartilha um traço dominante: a reestruturação imagi-
e as práticas de aptidão física tornam-se, cada vez mais, nativa das formas da natureza, em vez de observação cui-
produtos de consumo (mesmo que apenas como imagens) dadosa. Sua preocupação não é com o mundo visível, mas
e objetos de conhecimento e informações amplamente com o mundo invisível e inquietante dos espíritos. Para a
divulgados para o grande público. Jornais, revistas, video- mente primitiva, todas as coisas são animadas por espíritos
games, rádio e televisão difundem ideias sobre a cultura poderosos.
JANSON, H. W. Iniciação à história da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 18.
corporal de movimento. Há muitas produções dirigidas
ao público adolescente. Crianças tomam contato precoce- Texto II
mente com práticas corporais e esportivas do mundo adul-
to. [...] A Educação Física deve assumir a responsabilidade A Alta Idade Média oscila entre duas formas princi-
de formar o cidadão capaz de posicionar-se criticamente pais de representação: a arquitetura das igrejas, palácios e
diante das novas formas da cultura corporal. templos, e a pintura de fundo religioso. Conhecida como
BETTI, Mauro. A janela de vidro: esporte, televisão e Educação Física. Campinas: Papirus, 1998. p. 17.
a “era da Fé”, a Idade Média foi um ciclo de represen-
tação que opôs duas linhas: o românico, estabelecido de
Com base no texto acima, conclui-se que forma múltipla em diversas regiões da Europa, entre os
A) a difusão em massa por parte dos meios de comuni- anos 1050 e 1200, e o gótico, considerado o auge da arte
cação só traz efeitos positivos, pois as práticas corpo- medieval.
JANSON, H. W. Iniciação à história da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 103.
rais são amplamente exploradas e divulgadas.
B) a influência da mídia esportiva é percebida somente Texto III
nas aulas de Educação Física nas quais se apresentam clássico – adj 1. Que se tornou um modelo; modelar,
as novas tendências do esporte mundial. exemplar. 2. Que se refere à cultura, à literatura ou à arte
C) por meio de um trabalho crítico e informativo sobre as dos antigos gregos e romanos. 3. Que segue, em matéria
práticas esportivas exploradas pela mídia, a Educação de cultura, letras e artes, o padrão destes povos. 4. Famoso
Física pode minimizar os efeitos negativos do contato por se repetir ao longo do tempo; consagrado.
Dicionário Barsa da língua portuguesa. São Paulo: Barsa Planeta, 2004. p. 216.
precoce das crianças com as produções adultas.

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Sociedade Arqueológica Avesnesss/Fotógrafo Desconhecido

Museu Rietberg/Fotógrafo Desconhecido

Corel Stock Photos


Figura I Figura II Figura III
São João Evangelista, do Evangellho do Abade Wedricus. Máscara da região de Bamenda, Camarões. Século XIX-XX. Madeira, MANET, Edouard. O tocador de pífaro. 1866. 1 color.
1147 (aprox.). 1 color. Iluminura. Sociedade Arqueológica, altura 0,67 m. Coleção E. v.d. Heydt, Museu Rietberg, Zurique. Óleo sobre tela, 1,60 x 0,97 m. Museu d’Orsay, Paris.
Avesnes, França.

Ao relacionar textos e figuras, pode-se considerar que


A) a Figura I exemplifica a definição do Texto I.
B) a Figura III exemplifica a definição do Texto II.
C) as Figuras I, II e III são exemplos da definição do Texto III.
D) todas as figuras possuem relação de semelhança com a definição do Texto II.
E) as definições dos Textos I e III complementam-se e a Figura II as exemplificam.

Texto para as questões 24 e 25.


Tá com essa cara por quê?
Cientistas ingleses afirmaram que já é possível fazer transplantes de rosto. É isso mesmo. Eu li a notícia numa dessas
revistas de ciências, no consultório do meu médico A ideia dos cientistas é retirar a pele do semblante de um doador e
reimplantá-la em outra pessoa. Afinal, eles dizem, a pele é apenas mais um órgão humano e, se já é possível fazer trans-
plantes seguros até do coração, que é muito mais complicado, por que não da pele?
Eu fiquei abismado. Primeiro que eu nem sabia que a pele era considerada um órgão. Segundo que essa operação
oferece possibilidades que beiram a ficção científica.
É, porque, embora os tais cientistas ingleses afirmem que a intenção deles é apenas recuperar pessoas desfiguradas por
queimaduras, eu duvido muito que a coisa vá ficar por aí.
Você agora pode mudar de cara, entende? Quem sabe se, daqui alguns anos, a gente não vai poder escolher novas
feições numa clínica ou até mesmo num supermercado ou num shopping?
A maioria das pessoas com quem comentei a notícia ficou entusiasmada. Afinal, quase ninguém é muito feliz com a
cara que tem. Um reclama do nariz mais protuberante. A outra, de suas orelhas de abano. Um terceiro que tem muitas
espinhas. Todo mundo quer mudar de cara.
Apenas um dos meus amigos não gostou muito da ideia. E com certa dose de razão.

14 a
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– Eu é que não troco a minha cara. Apesar de feia, com essa pelo menos eu já estou acostumado. E, mesmo se fosse
para trocar, eu ia querer a cara de quem? É uma pergunta interessante. A cara de quem você gostaria de ter? Do Silvester
Stallone? Não. Acho que eu prefiro alguma coisa um pouco mais intelectual, Talvez do Woody Allen. Não, também não.
Eu nunca fiquei bem de óculos. Do Tom Cruise? Não. As fãs não iam me deixar em paz. Do BilI Gates? Bem, só se, junto
com a cara, viesse também seu saldo bancário. A verdade é que é muito difícil escolher uma nova cara.
– E tem outra – continuou meu amigo –, já imaginou ter a cara de outro homem ali, o tempo todo, encostadinha
em você? Cai fora, sô...
CARVALHO, Arthur. Tá com essa cara por quê?. Disponível em:<http://www.releituras.com/acarvalho_menu.asp>. Acesso em: 21 fev. 2012.

C) informar o leitor sobre o resultado de novas pesquisas.


Questão 24
D) elogiar a atuação de pessoas consideradas como íco-
Um dos recursos utilizados pelo autor para chamar a nes de sucesso.
atenção do leitor e que conferem ao texto certo grau de E) rechaçar a indústria cultural que cria ídolos para a cul-
ironia é tura de massa.
A) a busca do indivíduo pela cara perfeita – Bill Gates, Textos para as questões 26 e 27.
Tom Cruise, Silvester Stallone, Woddy Allen –, ressaltan-
do os ícones de beleza da cultura de massa. Texto I
B) a representação de um diálogo entre amigos – Ape- Do clima à fome. Da fome à guerra
nas um dos meus amigos não gostou muito da ideia –, Cientistas comprovam a relação entre o El Niño e a
revelando a importância da opinião na escolha de ocorrência de guerras civis em países pobres
um novo rosto. Que as consequências dos conflitos militares são mais
C) o elogio ao consumo – [...] a gente não vai poder es- graves em regiões com condições climáticas extremas é um
colher novas feições numa clínica ou até mesmo num fato comprovado há tempos. Um grupo de cientistas, no en-
tanto, foi mais longe. Seu estudo, publicado na revista Natu-
supermercado ou num shopping? –, desvelando as re-
re, mostra o que muitos suspeitavam: as condições climáticas
lações de comércio na contemporaneidade.
também podem agravar ou criar guerras locais. “O clima
D) o rechaço aos avanços científicos – embora os tais pode ser o último empurrão para a eclosão de uma guerra
cientistas ingleses afirmem que a intenção deles é ape- civil”, disse Solomon Hsiang, líder do grupo de pesquisa do
nas recuperar pessoas desfiguradas por queimaduras, Instituto da Terra da Universidade Colúmbia, em Nova York.
eu duvido muito que a coisa vá ficar por aí. No Chifre da África, a atual seca é consequência do fenô-
E) a retomada do bordão popular – Tá com essa cara por meno La Niña – resfriamento de parte das águas do Oceano
Pacífico. Em outras partes do mundo, porém, é geralmente
quê? –, usado, normalmente, para sugerir um esta-
associada a outro fenômeno, de características opostas, o El
do de ânimo. Há de se observar que, na crônica, essa Niño – aquecimento das águas do Pacífico. Com os dois fe-
expressão é usada para chamar a atenção para os as- nômenos em mente, Hsiang e seus colegas analisaram a va-
pectos físicos do rosto. riação climática de 175 países e a ocorrência de conflitos civis
entre 1950 e 2004. Notaram não só que as guerras eram mais
Questão 25 frequentes nos anos do El Niño, mais quentes e secos, como
também costumavam eclodir no segundo semestre, junto
O texto Tá com essa cara por quê? elucida, por meio de com os efeitos do fenômeno climático. Encaixam-se nesse
uma linguagem simples e direta, o objeto de crítica e re- padrão a retomada da guerra civil no Sudão, em 1983, depois
flexão do cronista que intenciona de dez anos de armistício; os conflitos no Haiti, após o golpe
A) divertir o leitor com o relato de uma situação vivida de Estado de 1991; e o início da guerra civil na República
Democrática do Congo, em 1997.
por ele.
SORG, Leticia. Do clima à fome. Da fome à guerra. Revista Época. Disponível em: <http://revistaepoca.
B) criticar o uso comercial de descobertas cientificas. globo.com/Mundo/noticia/2011/09/do-clima-fome-da-fomeguerra.html>. Acesso em: 19 fev. 2012.

Linguagens, códigos e suas tecnologias 15


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Texto II
Questão 27
África: fome e guerra
Em relação às ideias apresentadas nos dois textos sobre
Um continente assediado pela fome. Pelas estatísti- o desenvolvimento de conflitos, pode-se considerar que
cas recentes, as cifras desse flagelo não param de crescer, A) o Texto I apresenta uma situação hipotética em re-
tornando-se mais graves e mais preocupantes. A cada lação à influência do clima no desenvolvimento de
ano, 27 milhões de africanos, a maioria crianças, estão conflitos.
ameaçados de morrer de fome. Dos 800 milhões de ha-
B) o Texto II faz uma descrição da situação vivida por
bitantes, pelo menos 150 milhões vivem em debilitante
países africanos que corrobora as ideias apresentadas
escassez de alimentos. Os países mais atingidos pelo fla-
no Texto I.
gelo são: Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malavi,
Libéria e Angola. Além disso, são os mais atingidos por
C) os dois textos apresentam dados sobre a influência
do clima na manifestação de conflitos na África.
violentos conflitos internos, que ameaçam aumentar a
ruína. No fluxo do comércio mundial, no qual a África D) no Texto II, pode-se perceber a presença de dados
não tem condições de tomar parte, contribuem com mo- econômicos que contrariam as ideias defendidas no
destíssimos 1,5%. Texto I sobre a influência do clima.
ROSSI, Carlos. África: fome e guerra. Disponível em: <http://pt.shvoong.com/humanities/history/1832853- E) ambos os textos divergem em relação ao tema, já
%C3%A1frica-fome-guerra/#ixzz1nDMdGujf>. Acesso em: 19 fev. 2012.
que o Texto I apresenta dados de uma investigação,
enquanto o Texto II descreve as dificuldades vividas
Questão 26
pelos africanos.
Para reconstruir o sentido de um texto, o leitor precisa Questão 28
estar atento aos recursos linguísticos e estéticos esco-
lhidos pelo autor. Nesse processo, o reconhecimento As atividades de luta representam uma necessidade
do uso das figuras de linguagem se converte em uma infantil manifestada principalmente entre os meninos sen-
importante ferramenta que amplia a expressividade do, na maioria das vezes, reprimidos e punidos. Contudo,
na Capoeira, essas questões são abordadas de forma hu-
da mensagem apresentada. No Texto I, uma das figu-
manizadora. O professor (mestre) age de modo dinâmico
ras de linguagem utilizada pelo autor é vindo com a proposta de fazer uso de jogos de lutas, per-
A) a elipse, haja vista que ele não explica o que é o fe- mitindo o contato corporal de forma organizada em con-
nômeno El niño – “Cientistas comprovam a relação dições seguras, possibilitando a liberação da agressividade
sem deixar de lado o reconhecimento do outro suprindo
entre o El Niño e a ocorrência de guerras civis em países
sua necessidade. Trabalha-se numa constante renovação
pobres”. na transmissão do ensino, com a expectativa de levar o
B) a gradação, pois demonstra como um fenômeno leva homem a ser melhor. Por meio de golpes e de outros movi-
a outro – “Do clima à fome. Da fome à guerra”. mentos específicos, a criança percebe seu corpo no espaço,
motivada pelo ritmo, pelo som das músicas e dos instru-
C) a metáfora, pois considera um fenômeno natural mentos e pela vibração das palmas.
como algo passível de ter gênero, “a atual seca é con- PAULA, Luiz Carlos de; CAMPOS, Luiz Antonio Silva. A capoeira na integração com a Educação Física
escolar na promoção do crescimento e desenvolvimento infantil além do aspecto motor.
sequência do fenômeno La Niña”. UNIUBE/Uberaba. UNIPAM/Patos de Minas. MG. 2008.p23

D) a antítese, ao contrapor as origens de dois fenôme- Com base no texto, constata-se que
nos climáticos – el Niño e La niña. A) a capoeira é uma manifestação violenta, mas que
E) o pleonasmo, pois repete várias vezes a ideia que o pode ser controlada nas aulas de Educação Física
clima influencia no surgimento de conflitos. com a condução correta por parte do professor.

16 a
3. série – Volume 2 - 2º
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B) a capoeira é uma atividade motivadora que permite Trata-se mais uma vez, do espelho. Quando se pro-
a liberação da agressividade das crianças de maneira curam, no Chico de hoje, as canções de ontem, impõem-
controlada, organizada e segura, por meio de golpes -se uma frustração de contornos nostálgicos. A saudade
e outros movimentos específicos conduzidos pelo de uma época na qual o tipo de música feita por ele e
professor ou mestre durante as aulas de Educação seus colegas de geração, como Caetano Veloso e Gilberto
Gil, ocupavam um posto privilegiado na cultura brasi-
Física.
leira, funcionando como ponto de interseção de utopias
C) a capoeira é uma modalidade que pode ser trabalha- e terreno para a purgação dos malogros da classe média
da nas aulas de Educação Física apenas com meni- urbana.
nos, pois consegue controlar a agressividade dos ga- [...]
rotos pelos movimentos específicos conduzidos pelo “Ao longo dos anos 80, a MPB perdeu sua centrali-
professor ou mestre. dade”, resume Fernando de Barros e Silva, autor do livro
D) as meninas devem praticar a capoeira nas aulas de Chico Buarque (Publifolha). O próprio compositor já
Educação Física para, além de se defender, poderem afirmou que “a canção, como a conhecemos, é fenômeno
liberar a agressividade contra os meninos que pos- próprio de século passado”. Na esteira da sedimentação da
indústria cultural e da crescente democratização do con-
suem a luta desenvolvida desde a infância.
sumo, o modelo formatado por Noel Rosa nos anos 30,
E) o professor de Educação Física deve ser formado em e depois redesenhado pela bossa nova, tornou-se apenas
capoeira para poder ensinar os movimentos técnicos mais um entre tantos.
específicos, bem como os valores inerentes a ela: hu- [...]
manização e igualdade. Na reverência ao passado, o compositor não tira o
olho do futuro, em uma peleja sem derrotados. Como dis-
Questão 29 se Caetano Veloso certa vez, Chico arrasta a tradição, mas
anda para frente.
A música brasileira desenvolvida a partir da década de MOUTINHO, Marcelo. Chico versus Chico. Bravo. São Paulo: Abril, ago. 2011. p. 40 - 43.
1960 contava com autores e intérpretes que se torna-
De acordo com o texto, é correto afirmar que
ram referência tanto para a história como para a poé-
tica da música atual. Alguns nomes de artistas surgem A) o artista é figura isolada na produção musical a partir
como expoentes desse período e ainda demonstram da década de 1960 e sua aceitação e crítica mantêm-
sua arte com produções e lançamentos de CDs, entre -se constantes e favoráveis.
eles, pode-se citar Chico Buarque (Francisco Buarque de B) a obra atual desse compositor é mais exaltada do que
Hollanda, nascido no Rio de Janeiro, em 19 de junho de a realizada no século XX, pois esta foi rejeitada pelo
1944). público e pela crítica.
Leia trechos de uma reportagem que trata da obra desse C) a canção é colocada como algo estável na cultura
artista nos séculos XX e XXI: brasileira, principalmente as de Chico Buarque, que,
desde a década de 1980, segue repetindo os mesmos
Chico Versus Chico temas em suas composições.
A cada novo disco, um espelho se ergue diante de Chi- D) o artista mudou sua maneira de se expressar du-
co Buarque. Porém, como um Dorian Gray às avessas, é rante a vida e, por esse fato, sua genialidade criati-
a imagem do artista jovial e engajado da década de 1970 va é unânime para a crítica especializada e para o
que se reflete no aço. Nesse confronto consigo mesmo –
público.
promovida não pelo cantor, mas por parte do público e da
crítica –, o gongo costuma soar rápido: vitória por nocaute E) Chico Buarque é referência na MPB e sua obra atual
do Chico de outrora. recebe críticas por se mostrar diferente da produzida
[...] na década de 1970.

Linguagens, códigos e suas tecnologias 17


Avaliação Diagnóstica EM 2012

Textos para as questões 30 e 31. em várias partes do mundo, todas elas no Brasil. Venho,
em linha reta, de espanhóis e italianos. Dos espanhóis her-
Texto I dei a natural tentação do bravado*, que já me levou a pro-
A evidência curar colorir a vida com outras cores: céu feito de conhas
de metal roxo e abóbora, mar todo vermelho, e mulheres
Ainda que pasmem os leitores, ainda que não acredi- azuis, verdes ciclames. Dos italianos que, tradicionalmen-
tem e passem, doravante, a chamar este escritor de men- te, dão para engraxates ou artistas, eu consegui conciliar as
tiroso e fátuo, a verdade é que, certo dia que não adianta duas qualidades, emprestando um brilho novo ao humor
precisar, entraram num restaurante de luxo, que não me nativo. Posso dizer que todo o País já riu de mim, embora
interessa dizer qual seja, um ratinho gordo e catita e um poucos tenham rido do que é meu.”
enorme tigre de olhar estriado e grandes bigodes ferozes. FERNANDEZ, Millor. Supermercado Millôr. Disponível em: <http://www.releituras.com/millor_bio.asp>.
Acesso em: 21 fev. 2012.
Entraram e, como sucede nas histórias deste tipo, ninguém
se espantou, muito menos o garçom do restaurante. Era *bravado – expressão usada para se referir a uma pretensa valentia,
apenas mais um par de fregueses. Entrados os dois, rati- a uma falsa coragem.
nho e tigre, escolheram uma mesa e se sentaram. O gar-
çom andou de lá pra cá e de cá pra lá, como fazem todos Questão 30
os garçons durante meia hora, na preliminar de atender
fregueses, mas, afinal, atendeu-os, já que não lhe restava Com base no título e no enredo do Texto I, pode-se con-
outra possibilidade, pois, por mais que faça um garçom, siderar que entre eles se estabelece
acaba mesmo tendo que atender seus fregueses. Chegou,
A) uma correspondência, pois o jantar do ratinho com
pois o garçom e perguntou ao ratinho o que desejava co-
mer. Disse o ratinho, numa segurança de conhecedor: um tigre é uma evidência de que o felino não estava
– Primeiro você me traga Roquefort aublinnis. Depois, faminto.
Couer de baratta filet roti à la broche pommes dauphine. B) uma contradição, afinal, nas fábulas, os ratos e os ti-
Em seguida, Medaillon lagartiche foie gras de Strasbourg. E, gres não podem ser amigos.
como sobremesa, me traga um Parfait de biscuit estraguèe
C) um contrassenso, pois os ratos não conhecem a culiná-
avec cerises jubilée. Café. Beberei, durante o jantar, um La-
ffite Porcherrie Rotschild 1934.
ria francesa, o que compromete a coerência do texto.
– Muito bem – disse o garçom. E, dirigindo-se ao tigre D) um equívoco, pois a fábula não apresenta nenhuma
– E o senhor, que vai querer? moral explícita em relação ao episódio descrito.
– Ele não quer nada – disse o ratinho. E) uma sátira, uma vez que o ratinho possui conheci-
– Nada? – tornou o garçom – Não tem apetite?
mentos sofisticados em relação ao cardápio.
– Apetite? Que apetite? – rosnou o ratinho enraiveci-
do – Deixa de ser idiota, seu idiota! Então você acha que se
Questão 31
ele estivesse com fome eu ia andar ao lado dele?
Moral: É necessário manter a lógica mesmo na fantasia.
Considere o trecho do Texto II – Autobiografia de mim
FERNANDES, Millor. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: José Álvaro, 1964. p. 89.
mesmo à maneira de mim próprio –, das características
Texto II mencionadas nesse texto, materializam-se textualmente
Supermercado Millôr no Texto I
A) a tenacidade em lutar por seus ideais – Dou um boi
ANO I – Nº. 1 pra não entrar numa briga. Dou uma boiada pra sair
(Autobiografia de mim mesmo à maneira dela – expressa na audácia do ratinho.
de mim próprio) B) a busca pelo reconhecimento – Aos quinze (anos) já
“[...] Dou um boi pra não entrar numa briga. Dou era famoso em várias partes do mundo – ao mencio-
uma boiada pra sair dela... Aos quinze (anos) já era famoso nar o cardápio em francês.

18 a
3. série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012

C) o novo brilho ao humor nativo – ao escrever uma fá- de olhos, que eu não vejo e eles veem. Que relação exis-
bula com personagens já reconhecidos pelo público, te entre minhas ideias e meu nariz? Para mim, nenhuma.
mas a partir da realidade local. Eu não penso com o nariz, nem me ocupo com o nariz,
quando penso. Mas os outros? Os outros que não podem
D) a tentação do bravado – expressa pela naturalidade ver dentro de mim minhas ideias e veem de fora o meu
da descrição de um jantar entre um ratinho e um tigre. nariz? Para os outros, as minhas ideias e o meu nariz têm
E) a insatisfação perante a crítica – Posso dizer que todo tanta relação, que se aquelas, digamos, fossem muito sérias
o País já riu de mim – expressa na moral da história e este, por sua forma, muito esquisito, começariam a rir.
narrada. PIRANDELLO, Luigi. Uno, nessuno e centomila. In: FABRIS, Annateresa. Identidades virtuais. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2004. p. 154.
Textos para as questões 32, 33 e 34.
Questão 32
Texto I
A análise das ideias defendidas no texto Uno, nessuno e
centomila, evidencia que o texto está centrado na dis-
cussão sobre
A) a dificuldade de o personagem-narrador se fazer en-
tender por seu interlocutor.
B) a necessidade de adequar a imagem externa de acor-
do com as ideias que o indivíduo tem.
C) a falta de consideração que as pessoas têm pelo as-
pecto físico atualmente.
D) a percepção de como a imagem externa pode influen-
ciar a forma pela qual as pessoas julgam os demais.
E) o elogio das características físicas do narrador-per-
sonagem que menospreza a imagem que os outros
fazem dele.
GUERRA, Cristina. Retratos. 1989-1997. Fotógrafo: Marcelo Zocchio. In: FABRIS, Annateresa. Identidades
virtuais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004. p. 142. Questão 33

Texto II No texto Uno, nessuno e centomila, o fragmento que


Uno, nessuno e centomila melhor explica e exemplifica a importância da imagem
mental e afetiva na recepção de um discurso é
Se, para os outros, eu não era aquele que, até agora,
A) “Se, para os outros, eu não era aquele que, até agora,
acreditara ser para mim, quem era eu?
Vivendo, nunca tinha pensado na forma de meu na- acreditara ser para mim, quem era eu?”
riz, no corte, se pequeno ou grande, ou na cor dos meus B) “Vivendo, nunca tinha pensado na forma de meu na-
olhos; na estreiteza ou na amplidão da minha testa, e as- riz, no corte, se pequeno ou grande, ou na cor dos
sim por diante. Aquele era o meu nariz, aqueles os meus meus olhos”.
olhos, aquela a minha testa: coisas inseparáveis de mim, C) “Aquele era o meu nariz, aqueles os meus olhos,
nas quais, levado por meus negócios, tomado por minhas aquela a minha testa: coisas inseparáveis de mim.”
ideias, entregue a meus sentimentos, não podia pensar.
Mas agora pensava: D) “E os outros? Os outros não estão dentro de mim.”
E os outros? Os outros não estão dentro de mim. Para E) “Para os outros as minhas ideias e o meu nariz tem tanta
os outros que olham de fora, minhas ideias, meus senti- relação, que se aquelas, digamos, fossem muito sérias
mentos possuem um nariz. Meu nariz. E possuem um par e este por sua forma muito esquisito, começariam a rir.”

Linguagens, códigos e suas tecnologias 19


Avaliação Diagnóstica EM 2012

Wilhelm-Hack-Museum/Fotógrafo Desconhecido
Questão 34

Considere as ideias apresentadas no fragmento do tex-


to literário Uno, nessuno e centomila e analise o quadro
Retratos, em que se pode visualizar uma obra artística
constituída de representações de pessoas. A partir da
análise comparada dos textos, pode-se afirmar que
A) o Texto I aborda apenas a questão da imagem externa,
uma vez que descreve características físicas do narrador.
B) o Texto II representa a diversidade identitária marca-
da pelas diferentes imagens feitas dos indivíduos.
C) o Texto I está constituído de sequências descritivas,
uma vez que retrata o que sente o autor em relação a
MONDRIAN, Piet. Composição com vermelho, amarelo e azul. 1928, 1 color.
seu próprio corpo. Óleo sobre tela, 42,2 x 45 cm. Ludwingshafen do Reno, Wilhelm-Hack-Museum.
D) o Texto II não apresenta mensagem alguma, já que Com base na relação entre o texto e a Figura I, é correto
não possui texto verbal. afirmar que
E) o Texto I possui um caráter persuasivo, pois tenta A) o artista desenvolveu um estilo essencialmente cro-
convencer o leitor a mudar seu comportamento a mático e testou a bidimensionalidade da tela sempre
partir da relação entre imagem x ideias. a partir de um ponto visual central.
Questão 35 B) o neoplasticismo caracteriza-se como forma precisa
de descrição das obras do artista e de seu estilo pes-
Leia o texto que apresenta aspectos da obra e da pro- soal de pintar.
posta artística do pintor de origem holandesa Piet Mon-
C) o neoplasticismo fundamenta especialmente a pro-
drian (1872-1944).
posta artística de Mondrian, demonstrando as con-
O Neoplasticismo tem ligação indissolúvel com a obra sequências da irreverência do artista.
de Piet Mondrian. Suas pinturas em forma gradeada bus- D) o artista é referência de um estilo e de uma concep-
cam revelar a ordem espiritual e atemporal que subjaz à ção de arte na qual o equilíbrio e a espiritualidade
aparência infinitamente variável do mundo. As teorias de possuem uma relação reflexiva e estética.
Mondrian foram exploradas e expostas por artistas associa-
dos à revista de arte holandesa De Stijl. E) tanto o artista como sua produção demonstram uma
Em relação às pinturas geométricas abstratas de Mon- arte intuitiva, aleatória, casual e desprovida de pesquisa.
drian, o Neoplasticismo se refere a linhas negras horizon-
Questão 36
tais e verticais em fundo branco acinzentado, no qual ele
acrescentou blocos de cores primárias. Mondrian defendia
pinturas sem centro, e muitas de suas obras não têm um
Já podeis da pátria filhos
ponto óbvio sobre o qual o olhar se fixa. As margens são Sabe-se que o estrangeiro, ao jogar futebol, ataca o ba-
tão importantes quanto o meio. As linhas verticais e hori- lão de couro como se fosse inimigo. Há quem diga que
zontais sugerem a calma e a suspensão que surgem de duas o joelho empedrado é natural do gringo, variando uma
forças opostas e equilibradas entre si. Mondrian se motiva- besteirinha de acordo com a espécie. Isto devido à comida
va pela crença de que sua arte revelava a estrutura espiritual que eles comem, que e muito melhor do que a comida que
que sustentava o mundo como o sentimos. o brasileiro come, com exceção de que o joelho fica empe-
LITTLE, Stephen. ...ismos: para entender a arte. São Paulo: Globo, 2010. p. 116-117. drado. Porém a comida dá enormes sustanças e, além dis-

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3. série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012

so, eles usam foguetes e o raio leise. Ninguém me diga que as terríveis baixas da Segunda Guerra Mundial, ficavam
a Hungria não usou o raio laser em cinquenta e quatro, liberados para outras tarefas).
quando eles davam de 11 a 8 e 19 a 15 e 48 a 0 em quem SCLIAR, Moacir. A linguagem médica. In: Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.
br/livrariadafolha/1052130-leia-trecho-de-folha-explica-a-linguagem-medica.shtml>.
aparecesse, eles não facilitavam. Disse seu Góes, que não Acesso em: 19 fev. 2012.
esteve nessa Copa, aliás não esteve em Copa nenhuma,
mas esteve com Pongó que o primo esteve nessa Copa, que Ao refletir sobre as características da linguagem médica
eles vinham lá de baixo do campo parecendo uns cavalos, no fragmento apresentado, Scliar toca em uma questão
tudo falando hurunguês e dando aqueles passes de joelho de gênero, evidenciando
empedrado, situque-situque. A) a falta de preparo das mulheres para atuar na medicina.
RIBEIRO, João Ubaldo. Já podeis da pátria filhos. In: Livro de histórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
p. 59. B) o preconceito em relação aos homens que não são
bons cuidadores.
O título do texto – Já podeis da pátria filhos – remete ao
primeiro verso do Hino da Independência do Brasil, le- C) as práticas sexistas em relação ao exercício da medi-
cina por mulheres.
vando o leitor a inferir que o fragmento de texto apre-
sentado refere-se ao contexto nacional, pois faz uma D) a falta de opção para as mulheres no mercado de tra-
reflexão de cunho político a partir balho.
A) do futebol, considerado um dos ícones da cultura E) a inexistência de preconceito na antiga União Sovié-
brasileira. tica em relação às mulheres.
B) dos estrangeiros e seus hábitos alimentares. Questão 38
C) da pobreza a que o narrador do texto está submetido.
D) da imaginação do narrador que acredita no uso de A produção de arte contemporânea conta com propos-
raio laser na Copa de 1954. tas artísticas que incluem instalações e performances. Um
dos artistas que inovou e promoveu discussões sobre arte
E) da ignorância do narrador que afirma que os jogado-
pelas suas performances foi o alemão Joseph Beuys (1921-
res falavam hurunguês. 1986). Em sua primeira mostra individual para uma galeria
Questão 37
privada, Beuys entrou com uma lebre morta no colo, rosto
coberto com mel e pó de ouro e visitou a exposição co-
mentando com o animal sobre as obras dispostas nas pa-
O encontro médico-paciente
redes. Por três horas as pessoas puderam observar a mo-
Mas a linguagem médica não é feita só de palavras. Há vimentação do artista, mesmo sem ouvir o que ele dizia.
uma comunicação não verbal, que começa já no ambiente. Esta performance intitulada Como Explicar Desenhos a uma
Suponhamos que alguém esteja doente e vá procurar um Lebre Morta, e realizada em 26 de novembro de 1965, na
médico. Ou médica: a presença da mulher na profissão galeria Schmela de Düsseldorf, Alemanha, além de gerar
é cada vez mais frequente, o que, aliás, representa uma opiniões controversas sobre a arte, demonstrou que a arte
mudança. Durante milênios, a atividade médica era uma
contemporânea vem buscando novas propostas de inte-
coisa quase exclusivamente masculina. Claro, havia partei-
ração com o público, bem como novas possibilidades de
ras, mas sua atividade era considerada auxiliar. E, quando
as mulheres começaram a se diplomar medicina, iam em compreensão dos próprios caminhos da arte. Além disso,
geral para certas especialidades, como pediatria e gineco- as intenções do artista podem conter aspectos simbólicos,
logia (cirurgia, por exemplo, nem pensar). Uma curiosa como em rituais, conforme apresenta Gisele Kato em re-
exceção, mas ainda não isenta de preconceito, ocorreu na portagem (Bravo, set. 2010, p. 40) sobre uma mostra desse
finada União Soviética. Lá, dava-se preferência às mulhe- artista realizada em 2010 em São Paulo: “o mel para reme-
res nas escolas de medicina, sob o argumento de que seu ter à sociedade organizada das abelhas, tida por ele como
perfil psicológico tornava-as mais aptas a cuidar de pes- um exemplo, e o ouro por simbolizar o poder e a conexão
soas (além disso, os homens, que andavam em falta após com o Sol. A própria lebre, presente na maioria de suas

Linguagens, códigos e suas tecnologias 21


Avaliação Diagnóstica EM 2012

peças, também carrega diversos significados implícitos. termos tão ásperos e convincentes que, com lágrimas nos
Na mitologia grega, estava ligada à deusa da beleza e do olhos, ele reconheceu sua culpa, se arrependeu sincero, e
amor, Afrodite, e, no cristianismo, representa a ressurrei- durante muito tempo se aplicou em disparar apenas sobre
ção.” Desta forma, estas manifestações artísticas exigem os outros meninos.
Dedicado anos depois às Forças Armadas, na Segunda
um olhar mais atento e disposto a análise para a constru-
Guerra Mundial, Davi foi promovido até general e conde-
ção de sentido e significado para o observador, apesar de corado com as cruzes mais altas por matar sozinho trinta e
o próprio artista considerar que “Toda pessoa é um artista”, seis homens, e mais tarde degradado e fuzilado por deixar
em seu dito mais famoso (segundo comentário de Gisele escapar com vida um Pombo mensageiro do inimigo.
Kato na mesma reportagem). MONTERROSO, Augusto. A ovelha negra e outras fábulas. Rio de Janeiro: Record, 1983. p. 71.

Tendo a obra de Beuys como exemplo, pode-se colocar Augusto Monterroso, contista contemporâneo, reinventa
que, em uma performance, o artista um signo há muito conhecido na história ocidental – a do
A) articula ideias, sentimentos e conceitos na arte con- jovem Davi que, em uma luta desigual, vence o gigante
temporânea. ao atirar uma pedrada em seus olhos. No entanto, o conto
B) reúne diferentes artistas na reprodução de visões de apresentado é uma crítica aos valores dos novos heróis
arte do século XIX. contemporâneos e, por extensão, à sociedade em que es-
C) explora os limites da arte, embora seja facilmente tão inseridos. Tal reflexão se estabelece por meio da apre-
compreendida pelo público. sentação de uma contradição expressa no fragmento
D) expõe o artista fisicamente na obra apenas em espa- A) “Era uma vez um menino chamado Davi N., cuja pon-
ços públicos. taria e habilidade no manejo da atiradeira desperta-
vam tanta inveja e admiração entre seus amigos da
E) reforça a cultura de massa na qual a produção indus-
vizinhança e da escola.”
trial é predominante.
B) “Quando os pais de Davi se aperceberam desse cos-
Questão 39 tume do seu bom filho se alarmaram muito, lhe per-
guntaram o que é que era aquilo, e denegriram a sua
A funda de Davi conduta com termos tão ásperos e convincentes [...].”
Era uma vez um menino chamado Davi N., cuja pon- C) “Cansado do tedioso tiro ao alvo que praticava dis-
taria e habilidade no manejo da atiradeira despertavam parando pedrouços contra latas vazias e pedaços de
tanta inveja e admiração entre seus amigos da vizinhança garrafa, Davi descobriu um dia que era muito mais
e da escola, que viam nele – e, assim, comentavam entre si divertido exercer contra os pássaros a habilidade com
quando os pais não podiam escutar – um novo Davi. que Deus o tinha dotado, [...].”
O tempo passou.
Cansado do tedioso tiro ao alvo que praticava dispa- D) “[...] de modo que dali em diante a exercitou contra
rando pedrouços contra latas vazias e pedaços de garrafa, todos os que se punham ao seu alcance, em espe-
Davi descobriu um dia que era muito mais divertido exer- cial contra Pardais, Cotovias, Rouxinóis e Pintassilgos,
cer contra os pássaros a habilidade com que Deus o tinha cujos corpinhos sangrentos caíam suavemente sobre
dotado, de modo que dali em diante a exercitou contra a grama, com o coração ainda agitado pelo susto e a
todos os que se punham ao seu alcance, em especial contra violência da pedrada. 
Pardais, Cotovias, Rouxinóis e Pintassilgos, cujos corpi-
E) “Dedicado anos depois às Forças Armadas, na Segun-
nhos sangrentos caíam suavemente sobre a grama, com o
coração ainda agitado pelo susto e a violência da pedrada.  da Guerra Mundial Davi foi promovido até general e
Davi corria alegre até eles e os enterrava cristãmente. condecorado com as cruzes mais altas por matar so-
Quando os pais de Davi se aperceberam desse costume zinho trinta e seis homens, e mais tarde degradado
do seu bom filho se alarmaram muito, lhe perguntaram o e fuzilado por deixar escapar com vida um Pombo
que é que era aquilo, e denegriram a sua conduta com mensageiro do inimigo.”

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3. série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012

Questão 40 Questão 41

Rubem Fonseca vence Prêmio Literário

©Wikimedia Commons/Sanjo
Casino da Póvoa
O escritor brasileiro Rubem Fonseca, 86, venceu o
Prêmio Literário Casino da Póvoa, anunciado nesta ma-
nhã durante o 13.º encontro literário Correntes D’Escritas,
na Póvoa de Varzim, em Portugal.
Convidado especial da edição, o escritor venceu os
finalistas Teolinda Gersão, Maria Teresa Horta, Hélia
Correia, Yvette Centeno, Enrique Vila-Matas, Leonardo
Padura, Inês Pedrosa e Mário Cláudio. Figura I
Segundo o jornal “Público”, em seu discurso de agra- Teatro kabuki
decimento, o escritor recitou de memória “O Melro” e O teatro kabuki é um espetáculo tradicional e popu-
sonetos de Camões. lar japonês. A palavra kabuki pode ser traduzida como a
“Amo a língua portuguesa, é uma língua lindíssima”, arte de cantar e dançar. Sua apresentação busca o exagero
disse Fonseca. “Adoro poesia. Lembrei-me de Camões. como uma forma de torná-lo fantástico ou com aspectos
Vocês me permitem que eu leia Camões?” de sobrenatural. Nesse sentido, as cores e o requinte dos
Fonseca, que recebeu 20 mil euros pelo prêmio, será trajes; a quantidade de adereços; a maquiagem estilizada;
ainda condecorado com a Medalha de Mérito Cultural a precisão, a movimentação e interpretação bem definida
pelo secretário de Estado da Cultura (cargo equivalente ao dos atores, até como se fossem estátuas; o som bem mar-
de ministro), Francisco José Viegas. cado pelo uso de matracas e também por instrumentos de
RUBEM Fonseca vence Prêmio Literário Casino da Póvoa. In: Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1. corda como o shamisen, possuem uma grande importân-
folha.uol.com.br/ilustrada/1052548-rubem-fonseca-vence-premio-literario-casino-da-povoa.shtml>. cia. Todos os recursos resultam em um choque visual para
Acesso em: 19 fev. 2012.
expressar a força, a perfeição, os sentimentos em cada uma
Nessa notícia, o jornalista privilegiou algumas infor- das atuações dos atores e no seu conjunto.
mações, destacando alguns dados sobre o prêmio e o O kabuki, para os japoneses, é uma arte dedicada para
autor. Considere que tais subsídios contribuem para a a gente comum, diferente de outros espetáculos desen-
volvidos para a aristocracia. Em sua origem, século XVI,
construção de sentidos e evidenciam que
mulheres também atuavam, mas, desde o século XVII,
A) o autor premiado buscou abrilhantar a literatura do ele é encenado somente por homens, inclusive os papéis
país que lhe concedeu o prêmio, recitando Camões. femininos, o que exigiu o desenvolvimento e a especiali-
B) o valor dado no Prêmio Literário Casino da Póvoa era zação de atores para esta modalidade cênica. Tendo como
público inicialmente os mercadores, sua beleza ampliou
menos significativo que a condecoração oferecida ao
sua popularidade e ele se tornou uma expressão artística
ganhador. duradoura.
C) o objetivo do texto é divulgar a literatura brasileira Disponível em: <http://www.culturajaponesa.com.br/htm/kabuki.html>. Acesso em: 2 mar. 2012.
por meio do escritor Rubem Fonseca. Sobre o kabuki, pode-se afirmar que
D) a linguagem formal usada no texto contrapõe-se ao A) consiste em arte cênica japonesa dedicada original-
uso das aspas para citar a fala de Rubem Fonseca. mente à aristocracia que se tornou popular ao valori-
E) a função social da notícia – divulgar a literatura por- zar principalmente a simplicidade de recursos.
tuguesa – ocorre por meio da apresentação do autor B) é um espetáculo que, pelo exagero de recursos visuais e
português: Camões. interpretativos, busca a expressividade de sentimentos.

Linguagens, códigos e suas tecnologias 23


Avaliação Diagnóstica EM 2012

C) como arte japonesa, é valorizado mais em outros


Questão 43
países que em seu próprio país de origem.
D) explora a visualidade chocante no palco, passando No ritmo do Fórum Mundial da Bicicleta,
para o público uma visão realista do cotidiano. veja 10 motivos para começar a pedalar
E) nesse espetáculo japonês, a interpretação dos atores
é mais valorizada que outros recursos cênicos. Além de ser cada vez mais difundida como uma al-
ternativa para a mobilidade urbana, andar de bicicleta é
Questão 42 uma atividade física que reduz o estresse, evita o infarto
e aumenta a imunidade. É o que garante o médico Has-
Conclusões de Aninha san Ahmed Yassine Neto, cirurgião torácico do Hospital e
Maternidade São Luiz e coordenador médico World Bike
Estavam ali parados. Marido e mulher.
Tour, realizado no fim de janeiro, em São Paulo. É ele
Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça
também quem lista as 10 razões para começar a pedalar:
tímida, humilde, sofrida.
1. Combate estresse e depressão 
Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,
2. Desintoxica 
e tudo que tinha dentro.
3. Emagrece 
Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar 
4. Melhora o sono 
novo rancho e comprar suas pobrezinhas. 
5. Reduz colesterol e triglicerídeos 
6. Evita o infarto 
O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula, 
7. Diminui a pressão arterial 
entregou sem palavra.
8. Aumenta a imunidade 
A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,
9. Melhora a respiração 
se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar
10. Garante boa forma e fôlego de atleta 
E não abriu a bolsa.
Qual dos dois ajudou mais? NO RITMO do fórum mundial da bicicleta. In: Jornal Zero Hora. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.
br/especial/rs/bem-estar/19,0,3672008,No-ritmo-do-Forum-Mundial-da-Bicicleta-veja-10-motivos-para-
[...] comecar-a-pedalar.html>. Acesso em: 21 fev. 2012.
CORALINA, Cora. Vintém de cobre – meias confissões de Aninha. São Paulo: Global, 2001. p. 174.
Considerando que cada texto desempenha uma função
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães social entre a comunidade de leitores, o texto publicado
Peixoto Bretas, foi uma grande poetisa brasileira que, no jornal Zero Hora objetiva
sendo doceira por profissão, foi responsável por uma A) apresentar informações que possam auxiliar no pro-
produção poética simples, atrelada ao cotidiano e aos cesso de mudança de comportamento.
temas da vida interiorana. No fragmento do poema Con-
B) exaltar práticas de atuação que podem aumentar o
clusões de Aninha, pode-se perceber uma reflexão sobre
número de participantes do Fórum Mundial de Bici-
a atuação das pessoas frente a alguém que necessita de
cleta.
ajuda. Essa situação pode ser sintetizada pelo ditado po-
pular C) divulgar o evento que acontece em Porto Alegre so-
bre essa modalidade de transporte urbano.
A) A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar.
D) destacar a bicicleta como único meio de transpor-
B) Quem não tem cachorro que cace com gato.
te urbano disponível que combina saúde e bem-
C) Deus ajuda quem cedo madruga. -estar.
D) Há males que vêm para o bem. E) incentivar o uso da bicicleta como meio de transpor-
E) Depois da tempestade, sempre vem a calmaria. te ecologicamente recomendável para as cidades.

24 a
3. série – Volume 2 - 2º
. semestre
Avaliação Diagnóstica EM 2012

Questão 44

A cultura brasileira recebeu contribuições e influências da cultura africana. Pode-se constatar essa presença, popula-
ridade e força em aspectos da culinária, da língua, da religião, das artes. Leia o texto a seguir:
Instrumentos musicais africanos
O Continente africano vive em pauta na mídia e, na maioria das vezes, por seus problemas sociais, econômicos, polí-
ticos, conflitos entre grupos separatistas, diversas doenças, entre outros aspectos negativos. No entanto, pouco se destaca
sobre a pluralidade cultural que o povo desse continente apresenta, contribuindo com elementos culturais em várias ou-
tras nações do mundo, e fortemente ligados ao Brasil. As principais características dos africanos são a musicalidade e suas
danças compostas por diferentes ritmos e instrumentos. A criatividade proporcionou a criação de vários instrumentos
musicais, entre eles podemos destacar: afoxé, agogô, berimbau, caxixi, cuíca, kora, reco-reco, tambores.
FRANCISCO, Wagner de Cerqueira. Instrumentos musicais africanos. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/instrumentos-musicais-africanos.htm>. Acesso em: 23 fev. 2012.

Com base no texto, pode-se afirmar que a contribuição da musicalidade da cultura africana na constituição da música
brasileira
A) manteve-se na reprodução da pluralidade de rituais religiosos.
B) destaca-se na presença e na elitização de ritmos regionais.
C) explora a diversidade rítmica e a criatividade dos instrumentos.
D) valoriza as danças que exprimem os conflitos sociais atuais divulgados na mídia .
E) privilegia o Brasil mostrando-se presente apenas em nosso país.
Questão 45

Narcisismo no “Face”
Cuidado! Quem tem muitos amigos no “Face” pode ter uma personalidade narcísica. Personalidade narcísica não é
alguém que se ama muito, é alguém muito carente. [...]
Em 1979, o historiador americano Christopher Lasch (1932-94) publicava seu best-seller acadêmico “A cultura do
narcisismo”, um livro essencial para pensarmos o comportamento no final de século 20. Ali, o autor identificava o traço
narcísico de nossa era: carência, adolescência tardia, incapacidade de assumir a paternidade ou maternidade, pavor do
envelhecimento, enfim, uma alma ridiculamente infantil num corpo de adulto.
O Facebook é a plataforma ideal para autopromoção delirante e inflação do ego via aceitação de um número gigan-
tesco de “amigos” irreais. O doutor Viv Vignoles, catedrático da Universidade de Sussex, no Reino Unido, afirma que,
nos EUA, o narcisismo já era marca da juventude desde os anos 80, muito antes do “Face”. Portanto, a “culpa” não é dele.
Ele é apenas uma ferramenta do narcisismo generalizado.
PONDÉ, Luiz Felipe. Narcisismo no “Face”. Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/37302-narcisismo-no-quotfacequot.shtml>. Acesso em: 16 abr. 2012.

Ao tratar do uso do Facebook, o autor busca consolidar sua opinião em relação à sociedade contemporânea marca-
da, segundo ele, por uma cultura narcísica. Entre os tipos de recursos mobilizados pelo autor para persuadir o leitor,
destaca(m)-se, nesse texto,
A) as relações de causa e consequência, apresentando o resultado ou efeito do uso intensivo do Facebook.
B) o raciocínio lógico, descrevendo como se constituem as plataformas de autopromoção do Facebook.
C) o argumento de autoridade, usando citação/paráfrase de fonte confiável, a fim de consolidar as ideias apresentadas.
D) o argumento de provas concretas, apresentando dados estatísticos que comprovam como se constitui a sociedade narcísica.
E) o argumento baseado no senso comum, descrevendo as crenças populares em relação ao uso das ferramentas de
comunicação midiática.

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3. série – Volume 2 - 2º
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CARTÃO-RESPOSTA

Avaliação Diagnóstica do EM 2012 – 3a. SÉRIE – VOLUME 2 – 2.º SEMESTRE


LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Nome da escola: _______________________________________________________________

Aluno(a): _____________________________________________________________________

Série: ______________________ Turma: ___________________________________

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CARTÃO-RESPOSTA

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