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“METODOLOGIA DA MEDIAÇÃO DIALÉTICA” E TRABALHO INTERDISCIPLINAR

ENVOLVENDO PRODUÇÃO TEXTUAL E TEMÁTICA AMBIENTAL

Maria Eliza Brefere ARNONI


Aline de Souza BROCCO
Lilian Kelly CALDAS

Resumo: Este texto descreve parte do Projeto “Produção de material didático sobre temática
ambiental: um trabalho interdisciplinar na perspectiva da Mediação Dialética”,
realizado em uma escola estadual, no município de Mirassol, SP, com alunos de 7ª e
8ª séries do Ensino Fundamental, sob a coordenação da Profª Drª Maria Eliza Brefere
Arnoni, no período de abril a dezembro de 2005, por estagiárias de Letras da UNESP
de São José do Rio Preto e uma professora colaboradora de Ciências Biológicas, da
escola em que o projeto se desenvolveu. Trabalhou-se, neste Projeto, a produção de
um saber interdisciplinar sobre a temática ambiental, gerada na relação das diferentes
áreas do saber: Pedagógica (Metodologia da Mediação Dialética – M.M.D., em uma
perspectiva filosófica), Língua Portuguesa (leitura, produção de textos, gêneros
textuais e diferentes tipos de textos) e Ciências Biológicas e Ecologia (temática
ambiental e agravos ambientais). Basicamente, o trabalho desenvolveu-se em duas
fases: (a) na primeira foram desenvolvidas atividades que propiciaram a elaboração
da noção de meio ambiente e a interação com a diversidade textual, a fim de tornar o
aluno um produtor competente e leitor autônomo de textos, (b) na segunda fase, as
atividades provocaram nos alunos a necessidade de socializar no contexto escolar e
suas proximidades o conceito de meio ambiente aprendido. Tendo como enfoque a
organização metodológica do conteúdo de ensino, desenvolvida neste trabalho, foi
produzido CDROM, intitulado “METODOLOGIA DA MEDIAÇÃO DIALÉTICA -
TRABALHO INTERDISCIPLINAR: PRODUÇÃO TEXTUAL & TEMÁTICA AMBIENTAL
& QUESTÕES SOCIAIS”, um material didático que explicita o processo de
transformação dos conceitos científicos das áreas de referência em conteúdo de
ensino destas.

Palavras-chave: “Metodologia da Mediação Dialética”; interdisciplinaridade; meio ambiente,


Educação Ambiental; leitura e produção textual.

1. INTRODUÇÃO

É inegável que a opção metodológica do professor influencia na formação do aluno,


em especial, no seu modo de viver. Por este motivo, a escolha da “Metodologia da Mediação
dialética” (ARNONI, 2004) para o desenvolvimento desse Projeto ganha relevância, ao preconizar
o trabalho interdisciplinar e a organização do processo de ensino que possibilita ao aluno
compreender o conteúdo de ensino e elaborar sínteses cognitivas necessárias para que possa
tomar decisões conscientes em sua vida cotidiana.

Nessa perspectiva filosófica, ensinar não se resume na mera transmissão


(declamação) do conceito científico e nem na simplificação deste. Para ARNONI (2004), a
conversão ou transformação do conceito científico em conteúdo de ensino é necessária, para que
ele se torne ensinável (para o professor), assimilável (para o aluno) e preservador do conceito

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científico, realizado no planejamento das atividades pretendidas. O planejamento e o
desenvolvimento das atividades do Projeto foram pautados na “Metodologia da Mediação dialética”
que preconiza:

[...] os processos de ensino e de aprendizagem na perspectiva da mediação


dialética, centram-se na problematização de situações capazes de gerar
contradições entre o ponto de partida (imediato) e o ponto de chegada
(mediato) dos referidos processos, provocando a superação do imediato
(representação do cotidiano) no mediato (conceito científico), possibilitando,
assim, a aprendizagem pela elaboração de sínteses cognitivas. (ARNONI,
2004).

Esta proposição metodológica centra-se em um trabalho interdisciplinar, gerado pela


relação entre os fundamentos de diversas áreas do saber: Pedagógicos, Letras e Ciências
Biológicas, visando à melhoria das condições educativas do Ensino Fundamental da escola
pública.

De uma forma geral, o Projeto colabora com a formação inicial das estagiárias, ao
possibilitar-lhes o exercício da docência, em especial, pela vivência do processo de conversão do
conceito científico de ambiente (síntese de múltiplas determinações) em conteúdo de ensino e pelo
desenvolvimento deste, junto aos alunos participantes, por intermédio da aplicação da
“Metodologia da Mediação Dialética”, tendo como suporte a leitura e produção de textos.

Torna-se relevante destacar que o trabalho apresentou duas fases, distintas e


articuladas, com os seguintes objetivos: a primeira pretendia potencializar aos alunos a elaboração
da noção de ambiente, como síntese de múltiplos fatores, e, a segunda, despertar nos alunos a
necessidade de eles sensibilizarem a comunidade escolar e vizinhanças sobre os cuidados que a
sociedade deve dispensar à natureza. Assim, neste texto, torna-se necessário apresentar os
pressupostos teóricos que embasaram o trabalho, comentar a primeira fase para a compreensão
da segunda e das considerações finais.

2. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

2.1. Metodologia Da Mediação Dialética (Arnoni, 2004)

O ensino e a aprendizagem são processos distintos e se articulam, em uma


situação de aula, por intermédio da Metodologia da Mediação Dialética, que se centralizada na
problematização de situações capazes de:

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a. Gerar contradições entre o ponto de partida (saber imediato) e o ponto de
chegada desses processos (saber mediato);

b. Promover a superação do saber imediato no mediato;

c. Possibilitar a elaboração de sínteses pelos alunos (aprendizagem).

d. Essa síntese elaborada pelo aluno no ponto de chegada, representa o saber


aprendido, mais articulado e menos imediato que o do ponto de partida. O
ponto de chegada torna-se imediatamente em um novo ponto de partida
para novas aprendizagens.

O saber imediato são as representações que o aluno traz sobre o conceito científico
a ser ensinado, e o saber mediato é o saber científico que se pretende ensinar para lhe
potencializar a elaboração de novas sínteses.

Didaticamente, a “Metodologia da Mediação Dialética” é composta por etapas,


interligadas e interdependentes, denominadas de Resgatando/Registrando, Problematizando,
Sistematizando e Produzindo, representado no Diagrama abaixo.

116
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# #
*&

UNESP-IBILCE de São José do Rio Preto

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(

)!

Ponto de partida Ponto de chegada

Em uma aula, a ação de ensinar não constitui a mera transmissão ou declamação do conceito científico da Ciência
de referência, e nem a simplificação deste. O ensinar deve estar compromissado com o aprender e, para isso, torna-
se necessário realizar a transformação do conceito científico da área de referência, em conteúdo de ensino desta,
para que ele se torne ensinável (ensino-professor), compreensível (aprendizagem-aluno) e preservador do
conhecimento científico, um bem cultural. Esse complexo processo de transformação se expressa na “Metodologia
da Mediação Dialética”, que considera distintos os processos de ensino e de aprendizagem, pressupondo-os
centrados na organização metodológica do conteúdo de ensino, por intermédio de situações capazes de gerar
contradições entre o ponto de partida (plano do imediato) e o ponto de chegada (plano do mediato) da prática
educativa - a aula -, provocando a superação do imediato (conhecimento aparentemente fragmentado,
desarticulado) no mediato (conhecimento articulado, com múltiplas relações), possibilitando, assim, a aprendizagem
por elaboração de sínteses (conhecimento aprendido).

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2.2. Temática ambiental

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais - (PCNs, 1998), a solução dos


problemas ambientais tem sido considerado cada vez mais urgente para garantir o futuro da
humanidade e depende da relação que se estabelece entre sociedade/natureza, tanto na
dimensão coletiva quanto na individual. O documento afirma que muitas iniciativas têm sido
tomadas em torno da questão dessa relação, entre elas, a de levar essa consciência para a
escola, incluindo a temática meio ambiente nos currículos escolares como tema transversal que
permeia toda a prática educacional. Segundo os PCNs, é fundamental abordar os aspectos físicos
e biológicos do ambiente e, principalmente, os modos de interação do ser humano com a natureza,
por meio de suas relações sociais, do trabalho, da ciência, da arte e da tecnologia.

Sendo assim, é relevante que os alunos se conscientizem que a temática ambiental


não deve ser considerada um assunto meramente desenvolvido dentro da escola, mas
coletivamente, ou seja, é um tema que envolve toda a sociedade, uma vez que, ainda que a
atuação de um único indivíduo em direção à defesa do meio ambiente seja relevante para a
sociedade, a atuação do coletivo é que garante resultados.

Dessa forma, além de conceitos e informações, cabe a escola também garantir


situações em que os alunos possam pôr em prática sua capacidade de atuação na sociedade.

2.3. Interdisciplinaridade

Segundo ALMEIDA (1996), o saber normalmente é levado aos alunos de forma


compartimentada, ou seja, a eles são expostas inúmeras disciplinas desconectadas umas das
outras. Estas, no entanto, estão interligadas, uma vez que fazem parte de um todo que não se
dissocia. É necessária a integração dessas, a fim de contribuir para uma aprendizagem mais
adequada à realidade dos alunos, e isto só se torna possível por intermédio da
interdisciplinaridade.

ARNONI (2003) afirma que a interdisciplinaridade é uma possibilidade de o sujeito


estabelecer a relação dialética entre os conteúdos disciplinares (diversidade) que envolvem o
conteúdo de ensino (unidade) na busca da compreensão do tema estudado.

2.4. Leitura e produção de textos

Sabe-se que a escrita tem uma função muito importante: possibilitar a materialização da
mensagem. Segundo BAKHTIN (1929: 33-34),

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a própria consciência só pode surgir e se afirmar como realidade mediante a encarnação
material em signos [...]. A consciência adquire forma e existência nos signos criados por
um grupo organizado no curso de suas relações sociais. Os signos são o alimento da
consciência individual, a matéria de seu desenvolvimento e ela reflete sua lógica e suas
leis.

Este projeto trabalhou essa concepção de escrita, considerando a produção textual


como uma prática de linguagem que afirma seu caráter social e, por isso, nasce de uma
necessidade dos próprios alunos refletirem sobre a correção, adequação e pertinência dos textos
escritos por eles, uma vez que escrevem textos para diferentes interlocutores – pais, professores e
funcionários da instituição escolar de escola, entre outros.

Essa concepção de escrita é o que difere este projeto de outros que tratam as
produções dos alunos como objeto de avaliação do professor, de modo que se exige dos alunos
produções escritas apenas para demonstrarem sua capacidade de desenvolver um texto, ou seja,
escrevem para um único interlocutor - o professor -, com a única função de serem avaliados.

O objetivo da escrita é a leitura, pois quem escreve, escreve para ser lido. A leitura
é um processo de descoberta, de busca do saber científico (CAGLIARI, 1997). Ao contrário da
escrita, que é uma atividade de exteriorizar o pensamento, a leitura é uma atividade de
interioridade e reflexão do conhecimento. Após a decifração da escrita, o leitor decodificará o texto,
refletirá sobre ele e formará o próprio conhecimento e opinião sobre o que leu.

A meta deste projeto era trabalhar a produção de texto (escrita), com a


intencionalidade de promulgar as idéias dos alunos por intermédio da leitura, direcionada para
leitores diversificados.

2.5. Tipologia textual

Quanto maior for o contato do aluno com os diferentes tipos de textos, maior será a
sua capacidade de identificar e de refletir sobre os mecanismos lingüísticos e extralingüísticos que
constituem o processo comunicativo. Segundo MARCUSCHI (2002: 27),

Entre as características básicas dos tipos textuais está o fato de eles serem
definidos por seus traços lingüísticos predominantes. Por isso um tipo textual é
dado por um conjunto de traços que formam uma seqüência e não um texto.

Neste projeto, foi trabalhada tipologia textual com o intuito de fazer o aluno refletir
sobre os traços lingüísticos da composição do texto, como, por exemplo, aspectos lexicais,
sintáticos, tempos verbais, entre outros. E, nesta etapa do Projeto, os seguintes tipos de texto:
narração, argumentação e descrição.

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“Tipo de texto” é uma expressão muito corrente nos livros didáticos e, muitas vezes,
é utilizada inadequadamente como “gênero textual”. Segundo MARCUSCHI (2002: 22-23), gênero
textual é usado como

uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que


encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-
comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e
composição característica.

Os tipos textuais, de acordo com o referido autor, têm número determinado:


narração, argumentação, exposição, descrição, injunção; enquanto os gêneros textuais são
inúmeros, entre os quais, pode-se citar: bilhete, sermão, reportagem jornalística, carta eletrônica,
etc.

3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO: AS DUAS FASES DO TRABALHO EDUCATIVO

3.1. Primeira fase: conceituando ambiente

Esta primeira fase propiciou ao aluno a compreensão do ambiente natural e social


como síntese de múltiplas determinações: econômicas, políticas, sociais, culturais, físicas,
biológicas e químicas. Para isso, desenvolveu-se a temática ambiental, na perspectiva da
Mediação Dialética, para que o aluno elaborasse uma leitura mais elaborada e menos imediata do
ambiente.

3.1.1. Operacionalização da “M.M.D.”:

1a Etapa: Resgatando e Registrando

Para resgatar as representações dos alunos, em relação à temática ambiental,


foram solicitadas duas atividades: a produção de desenho sobre o ambiente (Atividade 1) e a de
texto, redação sobre uma “boa ação” para o meio ambiente (Atividade 2).

Comparando as duas produções (Atividades 1 e 2), percebeu-se que havia uma


contradição entre essas produções. A maioria dos desenhos mostrava um meio ambiente
harmônico, com ou sem ação humana, uma natureza bonita e verde, na qual não havia poluição e
nem sujeira. No entanto, quando foi solicitado o texto sobre uma “boa ação” para o meio ambiente,
eles apresentaram soluções para um outro meio ambiente, diferente daquele representado nos
desenhos. No texto, a relação do homem com o meio ambiente era desarmônica, relatando o
desmatamento, as queimadas, os lixos jogados em lugares impróprios, a poluição, desperdício de
água, entre outros.

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2a Etapa: Problematizando
Na concepção dos alunos, as duas produções relatavam o meio ambiente, mas eles
não perceberam a contradição que havia nas produções. Então, para que os alunos percebessem
as contradições, foi solicitado que eles escrevessem um texto descritivo sobre o desenho da
“Atividade 1” e que ilustrassem o texto da “Atividade 2”.

Assim, os alunos, ao compararem suas produções iniciais com as posteriores,


constataram que o ambiente representado na primeira atividade (Atividade 1), não precisava das
“boas ações” propostas nos textos (Atividade 2). E, desta forma, identificaram seus saberes
imediatos e contraditórios, em relação à temática ambiental. E, para evidenciar as contradições,
todas as produções dos alunos foram expostas em um mural e apresentou-se a seguinte questão:

SE OS DOIS DESENHOS E OS DOIS TEXTOS RELATAM O MEIO AMBIENTE, QUAL FATOR


FAZ DELES MEIO AMBIENTE DIFERENTES?

Solicitou-se, então, aos alunos que apontassem as diferenças entre suas próprias
produções (desenhos e textos), apontando as contradições no conceito de ambiente que eles
expressaram. Essa problematização gerou a necessidade de eles buscarem informações capazes
de solucioná-la.

3a Etapa: Sistematizando
Nesta etapa do trabalho educativo, retomou-se a análise dos componentes dos
desenhos e dos textos, realizada na problematização e, a partir daí, foi pedido que os alunos
descrevessem e relatassem as impressões que eles tiveram em relação aos desenhos. A partir
dessa análise, os alunos, com a intervenção teórica da professora e das estagiárias, chegaram às
seguintes asserções:

1. O meio ambiente é o lugar onde vivemos, é o universo em si;

2. O primeiro desenho ilustra o meio ambiente preservado, isento da atuação


humana e/ou da relação harmônica do homem com o meio. Já o segundo desenho apresenta o
meio ambiente degradado pelo homem.

3. O meio ambiente representado na segunda fase, como deteriorado, já foi o meio


ambiente representado na primeira fase, como harmônico, e se tornou dessa forma pela ação dos
fenômenos da natureza e, principalmente, pela ação do homem;

4. Os fatores que fizeram o homem degradar o meio ambiente são: ambição,


ganância, prazer, urbanização, tecnologia, progresso sem consciência, pobreza e sobrevivência;

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5. O meio ambiente está deteriorado, porque falta à sociedade e, em especial, ao
homem: educação, conscientização e respeito à natureza e aos seus semelhantes.

Nesta sistematização, os alunos compreenderam o desenvolvimento do ambiente e


a presença de diferentes fatores que nele interferem, bem como, a intervenção do homem.

4a Etapa: Produzindo
Para que o aluno expressasse a sua síntese, um saber mais elaborado sobre meio
ambiente, foi requerida a produção coletiva de uma história que fosse capaz de representar todas
as etapas deste trabalho (cf. Anexo I).

Os alunos discutiram a melhor forma de desenvolver a atividade, em relação ao


gênero do texto, ao tipo de narrador, aos nomes das personagens, entre outros.

Eles optaram por fazer uma seqüência de perguntas e respostas, um texto


jornalístico, com se fosse um telejornal em uma seção de reportagens. As personagens da história
eram animais, árvores e homens. Os repórteres animais entrevistavam as outras personagens
sobre seus atos e sobre idéias em relação à situação do meio ambiente. O texto trata de uma
seqüência de entrevistas em que cada repórter encontra-se em um ambiente diferente e interage
com as personagens daquele lugar.

A condição de cada ambiente foi representada por intermédio das entrevistas.


Notou-se que as questões levantadas nos diálogos das personagens foram baseadas nas etapas
da “Metodologia da Mediação Dialética” e, desta forma, percorreram todas as demais do trabalho.
Por intermédio dessa atividade os alunos expressaram o meio ambiente como síntese de múltiplos
fatores, diferentemente do conceito que eles expressaram no início deste trabalho educativo.

3.2. Segunda fase: socializando o conceito de ambiente

Considerando que os alunos compreenderam o conceito mais elaborado de meio


ambiente, por intermédio das atividades relatadas anteriormente, esta segunda fase do Projeto
pretendia despertar a necessidade da socialização do conceito mediato de ambiente. Para isso, foi
necessário “chamar a atenção” do aluno para a “situação real” do ambiente escolar e circundante,
pela observação in locus do mesmo. A discussão dos dados observados estimulou-o a investigar
as concepções de ambiente que veiculavam no território intra/extra escolar, ou melhor, das
pessoas que trabalhavam na escola e das residentes em sua proximidade.

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Para subsidiar a ação do aluno com a comunidade, desenvolveu-se um trabalho de
produção de textos, permitindo, assim, que o aluno pudesse: manifestar o saber elaborado, em
relação ao meio ambiente e às tipologias de textos; sentir-se motivado a escrever; tornar-se bom
produtor de textos; liberar sua palavra, valorizando sua própria autonomia e utilizar as tipologias de
textos para a criação e execução de campanhas educativas que promulguem o conceito mediato
de ambiente.

Desta forma, a sensibilização do aluno sobre a importância da socialização do


conceito de meio ambiente, deu-se pela pesquisa com a comunidade escolar (alunos, funcionários
e professores) e de sua redondeza (moradores e comerciantes), na qual foi investigado o conceito
de meio ambiente e as relações entre interesse da população por questões ambientais e
Educação Ambiental.

O trabalho educativo desta segunda fase foi desenvolvido na perspectiva da


“Metodologia da Mediação Dialética”, conforme relato abaixo:

1ª Etapa: Resgatando

Para despertar “a necessidade da socialização” do conceito mediato de ambiente,


foi planejado, pelos próprios alunos, a elaboração de um questionário para entrevistar pessoas da
comunidade e, posteriormente, a montagem de uma reportagem sobre o tema.

O questionário consistia em perguntas sobre o que é o meio ambiente, como é o


ambiente onde eles vivem, o que eles podem fazer para melhorá-lo, quais eram as suas maiores
reclamações sobre o local e sobre as pessoas que freqüentavam o mesmo, entre outras. (cf.
Anexo II).

Assim, os estudantes realizaram a entrevista, filmaram a ação e realizaram a


tabulação dos dados coletados na pesquisa, calculando, em forma de porcentagem, o número de
semelhanças e divergências nas respostas dos entrevistados.

2ª Etapa: Problematizando

Para gerar uma situação-problema, organizou-se um debate entre alunos,


estagiárias e professora sobre os dados coletados. A partir desta análise, os alunos perceberam
que grande parte das respostas tinha o mesmo conceito de meio ambiente “um lugar bonito
composto por flores e animais”, diferentemente do conceito elaborado por eles, na primeira fase
do trabalho educativo desenvolvido no projeto. Nesse momento, os alunos perceberam a

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contradição entre sua concepção de ambiente e o saber imediato da população, surgindo, então, a
questão problematizadora:

COMO FAZER COM QUE A POPULAÇÃO REPENSE O SEU SABER ACERCA DO MEIO
AMBIENTE?
A análise dos dados coletados chamou a atenção do aluno para o fato de a
sociedade, em geral, não possuir o conceito elaborado de meio ambiente. Essa tomada de
consciência, auxiliada pela compreensão da questão, gerou a necessidade de ele buscar
propostas de sensibilização que provocassem na população um outro olhar para o ambiente e,
conseqüentemente, a elaboração de um conceito mais elaborado. No dizer do aluno, havia a
necessidade de uma conscientização coletiva a esse respeito.

3ª Etapa: Sistematizando
Pela discussão da questão supracitada, percebeu-se que os alunos queriam buscar
uma solução, quando depararam com a discordância entre o conceito de meio ambiente deles e o
da população. E, dessa forma, eles compreenderam a necessidade de difundir esse novo conceito
que aprenderam, colocando em prática a capacidade pessoal de cada um quanto à atuação na
sociedade.

Os alunos, então, elaboraram propostas que fossem capazes de socializar esse


conceito mais elaborado de meio ambiente que assimilaram. Dentre as inúmeras propostas
sugeridas por eles, foram destacadas as seguintes: realização de palestras, cartazes para
conscientização, peça de teatro. Notou-se, assim, que eles refletiram a respeito da eficácia de tais
propostas no momento de selecioná-las, escolhendo a que mais se adequasse ao contexto social
deles, bem como, o tipo de texto mais adequado aos seus anseios.

A partir das propostas dos alunos, pôde-se perceber que houve uma sensibilização
por parte deles acerca da importância da socialização do conceito de meio ambiente. Concluiu-se,
então, que eles deixaram de considerar a temática ambiental um assunto meramente escolar,
sendo, então, considerado um tema de interesse de toda a sociedade.

Levando em conta que, no decorrer do projeto, foi trabalhada tipologia de textos


com o intuito de fazer o aluno refletir os traços lingüísticos da composição dos mesmos, como, por
exemplo, aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, entre outros, foi requerido aos alunos a
produção de textos predominantemente argumentativos, como já foi citado acima. Pôde-se
constatar, então, uma preocupação maior dos alunos em relação ao uso da língua escrita, uma
vez que os seus textos seriam expostos no jornal-mural e teriam, por isso, vários leitores.

124
A correção foi realizada individualmente, em sala de aula. Primeiramente, foi
solicitado ao aluno que lesse o seu texto antes de começar a correção. Nessa leitura, eles
detectavam alguns dos seus desvios, principalmente de ortografia, corrigindo-os. Com este
procedimento, os próprios notaram que a pressa e a falta de atenção contribuiram para que isto
acontecesse. Posteriormente, foram corrigidos os desvios menos evidentes. Por se tratar de
correções individuais, puderam-se trabalhar as dificuldades específicas de cada aluno e
sistematizar os conteúdos gramaticais, partindo dos textos e das dúvidas.

4ª Etapa: Produzindo
Para que os alunos representassem sua síntese, o saber elaborado sobre a
importância da socialização do conceito de meio ambiente, foram solicitadas produções de textos
que expressassem a opinião deles sobre o saber aprendido, ou seja, um texto predominantemente
argumentativo (cf. Anexo III). No entanto, os textos de produzidos pelos alunos nesta etapa
apresentam também trechos narrativos e descritivos, uma vez que “um texto é em geral
tipologicamente variado (heterogêneo)” (MARCUSCHI, 2002:25). A predominância do
argumentativo se deu pelo fato de o objetivo principal ser a expressão da opinião deles sobre o
saber aprendido.

Logo depois, foi elaborado um jornal-mural, que consistia em um grande cartaz, em


formato de jornal, fixado em um mural da escola. O objetivo desta atividade foi chamar a atenção
de toda a comunidade escolar – inclusive moradores do bairro que freqüentam os projetos
realizados na escola aos fins-de-semana, como, por exemplo, o projeto “Escola da Família” – para
a temática ambiental.

Neste jornal-mural, foram pregadas várias produções dos alunos do projeto, como
desenhos e textos, e também informativos sobre reciclagem, tempo de decomposição de materiais
inorgânicos, fotos que expunham diversos tipos de ambientes, desde os sem intervenção do
homem até os destruídos pela ação humana. Além do mais, os alunos do projeto ainda deixaram
algumas frases alertando os leitores sobre as conseqüências que o descaso com o ambiente pode
causar. Dessa forma, a prática de produção de texto realizada pelos alunos e o tipo de texto que
eles aprenderam, de caráter predominantemente argumentativo, proporcionou a criação e
execução de uma campanha educativa – a exposição do jornal-mural – com o intuito de promulgar
as idéias deles por intermédio da leitura, direcionada para leitores diversificados.

125
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização da segunda fase proporcionou a vivência do trabalho em equipe, um


entrosamento entre alunos, uma vez que todos atuaram de forma participativa no desenvolvimento
das atividades e a produção coletiva, pois enquanto um propunha uma idéia, os outros logo a
complementavam.

Notou-se, por intermédio dessa atividade, o percurso do aprendizado do novo saber


dos alunos acerca da temática ambiental. Além de eles assimilarem o conceito de meio ambiente
como a síntese de múltiplos fatores, eles puderam buscar propostas de como levar este saber
mais elaborado para a população. É como se eles tivessem tomado para si parte da
responsabilidade de defender o meio ambiente.

Nesse aspecto, o intuito de conscientizar os alunos que, em relação à defesa do


meio ambiente, a atuação do coletivo é relevante para a sociedade, uma vez que a atuação de um
único indivíduo não garante resultados coletivos, atende a afirmação de Bakhtin (1829: 115):

A atividade mental do nós é uma atividade de caráter primitivo e gregário: é uma


atividade diferenciada. Melhor ainda, a diferenciação ideológica, o crescimento
do grau de consciência são diretamente proporcionais à firmeza e à estabilidade
da orientação social. Quanto mais forte, mais bem organizada e diferenciada for
a coletividade no interior da qual o indivíduo se orienta, mais distinto e complexo
será o seu mundo interior.

O trabalho interdisciplinar proporcionou o conhecimento das tipologias textuais e


também uma noção de meio ambiente diferente da inicial, menos imediata e mais elaborada, em
que os alunos perceberam que o meio ambiente se constitui na interação de fatores sociais,
econômicos, políticos e culturais que interferem no mesmo, além de se conscientizarem a respeito
do papel deles na sociedade no que se tratava de Educação Ambiental.

126
5. ANEXOS
ANEXO I
- Bom dia! Eu sou a Dona Abelhuda e estou falando diretamente da Lindoselva. Estou aqui para
fazer uma entrevista com um dos habitantes deste lugar. Vamos falar com a Dona Árvore.

- Dona Árvore, como é morar neste lugar?

- É simplesmente magnífico. Este lugar é lindo, tudo limpo, o ar é puro, a piracema é respeitada.

- Dona Árvore, você tem alguma preocupação por aqui?

- Olha, Abelhuda, eu tenho um medo. Pelo fato de nós termos diferentes tipos de espécies de
animais e de árvores, o homem pode ver destruir tudo isso.

- D. Abelhuda, muito obrigada por sua atenção.

Vamos agora transferir esta reportagem para Destruilândia, com a repórter Melissa:

- Bom dia, Brasil, vamos agora conversar com o Senhor José. Ele é uma das pessoas que
dependem deste lugar, retirando daqui o seu sustento. Ele caça, pesca e retira as madeira das
árvores para fazer a lenha.

- Senhor José, porque o senhor está destruindo este ambiente?

- Estou fazendo isto para sobreviver. Em breve, aqui será construída uma cidade.

- Muito obrigada Senhor José.

Agora vamos falar com a Capivara.

- Dona Capivara, como é viver neste lugar?

- Depois que o homem começou a habitar neste lugar, a nossa vida está bem pior. O rio que nós
bebíamos água está poluído, o ar que respiramos também. As árvores foram cortadas, não
temos mais casas e a nossa comida já é escassa.

Vamos transferir esta reportagem para Harmolândia, é com você Carlos:

- Bom dia, estou aqui em Harmolãndia, pra conversar com o Engenheiro agrônomo Pedro que
nos explicará todos esses contrastes que acontecem no meio ambiente.

- Alguns lugares são diferentes. Existem lugares preservados e outros não. No caso de
Lindoselva, o lugar está plenamente preservado, e isto é bom. Já Destruilândia um dia já foi
com Lindoselva, porém, os homens destruíram este lugar por ganância ou necessidade de
sobrevivência. Os homens precisam de móveis e os retiram das árvores, eles precisam de
roupas e por isso matam os animais. Eles não têm uma educação adequada, pois jogam lixos
e produtos químicos nos rios e os poluem, queimam as matas e poluem o ar.

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- Pedro, passe uma mensagem para todos os moradores de Destruilândia.

- Minha mensagem é para que eles evitem jogar lixo no chão e nos rios e aproveitem pra fazer
reciclagem. Eles também não devem queimar as matas nem desmatá-las. Eles poderiam fazer
o reflorestamento. Não devem caçar animais, principalmente aqueles que estão em extinção.

- Muito obrigado pela entrevista.

E vamos terminando aqui nossa série de reportagens sobre o Meio Ambiente.

ANEXO II

Nome: _______________________________________________
Profissão:_____________________________________________
Local da pesquisa:________________________________________

1) O que você acha sobre esse bairro?


Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( )
2) Qual o lugar desse bairro você mais gosta?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
3) Você acha que esse bairro é bem preservado ou precisa de modificações? Quais?
Sim ( ) Não ( )
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
4) Você gostaria de uma área de lazer no bairro? Como esta área seria?
Sim ( ) Não ( )
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
5) Qual a sua maior reclamação em relação às pessoas que freqüentam esse ambiente?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
6) O que você pensa sobre a educação da população em relação à limpeza dos bens públicos?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
7) Que soluções você encontraria para as erosões que existem neste bairro?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
8) O que você faria para melhorar o meio ambiente que você vive?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
9) Como você vê a postura dos seres humanos em relação ao meio ambiente?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
10) O que você entende sobre meio ambiente?

ANEXO III

Texto 1

128
Certa vez, um repórter foi fazer uma entrevista no bairro Santa Rita. Quando ele chegou ali,
ele viu a situação que se encontrava o bairro, as ruas estavam esburacadas e havia duas erosões.
Muitas pessoas jogam lixo e entulho nas erosões. Os traficantes e usuários de drogas se
encontram perto dessas erosões.

O bairro, praticamente, não tem área de lazer, está totalmente esquecido. Os moradores e
as pessoas que freqüentam o bairro dizem que é necessário que aconteça algumas mudanças,
mas eles mesmos não se comprometem em fazer nada. Algumas pessoas ousam em reclamar,
mas não cuidam dos bens públicos.

Muitas pessoas reclamaram da falta de educação de alguns freqüentadores do bairro que


jogam lixo em lugares impróprios.

Quando o repórter perguntava às pessoas quais as atitudes que elas poderiam tomar para
melhorar essa situação, a maioria das pessoas respondia que deveria reclamar com o governo,
mas essas pessoas não se lembravam que é a própria população que polui, suja e faz vandalismo.

O repórter percebeu que as pessoas precisam se conscientizar, principalmente sobre o


meio ambiente. Elas devem saber que o meio ambiente não é somente a flora e a fauna, mas é
tudo que está ao nosso redor. As pessoas devem alertar umas às outras sobre a preservação do
ambiente que vivemos e cada um deve fazer a sua parte.

Texto 2
Visitando o bairro Bela Vista, que também é conhecido como B.V., encontramos
ruas com muitos buracos, orelhões pichados e quebrados, paredes pichadas, lixo no meio da rua e
pessoas queimando o mato.

Perguntamos à Dona Aparecida, que é moradora do B. V., o que ela achava das
atitudes das pessoas que moram neste bairro.

Ela respondeu que as pessoas deveriam se conscientizar de que se eles não


mudarem essas atitudes, eles estariam contribuindo para acabar com o oxigênio que nos resta.

Pedimos para que ela dissesse qual era a sua idéia sobre meio ambiente. Ela nos
disse que meio ambiente era as matas e as floresta.

Depois fomos visitar o bairro Cohab II, mais conhecido como CH2. Lá, encontramos
pessoas pichando e quebrando os orelhões. Depois perguntamos ao senhor Osvaldo, que é
morador do bairro, o que ele poderia fazer para ajudar a natureza.

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Ele nos respondeu que a população deveria fazer passeatas, colocar cartazes de
conscientização para fazer com que as pessoas não acabem com a natureza, que é a floresta, os
bosques e os campos.

Precisamos fazer com que as pessoas se conscientizem e façam com que os outros
ajudem a si mesmos e também o meio ambiente, não poluindo nem colocando fogo no mato.

Texto 3
Atualmente, no mundo em que vivemos, a grande maioria das pessoais adquirem o
conceito de que devermos preservar o meio ambiente, mas muitas vezes não agem para contribuir
, ou por acreditarem que não irá fazer diferença se colaborarem, pois o mundo é imenso ou pelo
simples falto de não terem vontade ou disposição para, pelo menos, jogar o lixo onde se deve.

Dá para se notar que muitas pessoas acreditam que o meio ambiente se resume em
natureza, lugares verdes, ambientes bonitos e tranqüilos.

Por isso o objetivo do nosso projeto que está sendo desenvolvido é levar o
conhecimento de que é necessário que cada um faça a sua parte e complementar que o meio
ambiente é tudo o que está ao nosso redor. Portanto, devemos colocar em prática a melhoria do
ambiente e o e para isto é importante preservá-lo.

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